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Atividade experimental 2
Coeficiente de dilatação térmica
1. Objetivos
Este trabalho tem como principal objetivo a determinação do coeficiente de dilatação linear de
diferentes materiais e por sua vez proceder á dentificação do material utilizado ar e ainda consolidar
os fundamentos teóricos previamente estudados.
2. Introdução
Uma das principais leis da natureza é o princípio da conservação da energia. Este estabelece que
durante uma interação a energia pode mudar de forma, mas que a quantidade total permanece
constante, ou seja a energia não pode ser criada ou destruída.
Quando um corpo é deixado num meio que está a uma temperatura diferente da sua, verifica-se uma
transferência de energia entre o corpo e o meio ambiente, até que se estabeleça o equilíbrio térmico
(ou seja, o corpo e o meio alcancem a mesma temperatura).
∆𝑳 = 𝜶 ∗ 𝑳_𝟎 ∗ ∆𝑻 (eq. 1)
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Na figura 1, é possível observar a tendência linear, e onde o declive dessa mesma reta é o coeficiente
de expansão linear:
∆𝑳 = 𝜶 ∗ ∆𝑻 ∗ (eq. 2)
𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 (eq. 3)
Se o material não for isotrópico (classifica-se um material como isotrópico quando este apresenta as
mesmas propriedades físicas em todas as direções), verifica-se então que este coeficiente deixa de ser
linear, uma vez que assume valores diferentes para diferentes direções.
3. Montagem
Dilatómetro
Tina de água
Termóstato
Comparador (micrómetro)
Termómetro
Cronómetro
Fita métrica
Barras de diferentes materiais (2)
Tubos de borracha
Figura 2- Montagem
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3.2. Procedimento
A cada medição efetuada registou-se o valor da temperatura marcada (T), e a respetiva medida da
expansão (∆l).
1ª Barra 2ª Barra
Temperatura (℃) Expansão (mm) Temperatura (℃) Expansão (mm)
20.5 0 19,8 0
24.8 0,5 25,8 0,2
30.5 1,1 31,3 0,8
34.7 1,7 35,4 1,6
40.4 2,6 40,3 2,1
46.3 3,6 45,3 2,7
49.4 4,0 50,6 3,3
54.4 4,7 55,7 4,0
60.1 5,4 60,9 4,6
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0.0006
0.0005 y = 1.413E-05x - 3.047E-04
R² = 9.966E-01
Expansao (m)
0.0004
0.0003
0.0002
0.0001 y = 1.183E-05x - 2.656E-04
R² = 9.903E-01
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Temperatura (°C)
Para obter o coeficiente de expansão linear (α) e dividir o declive obtido para cada reta e dividir pelo
comprimento inicial, assim sendo vem:
E possível obter estes mesmos valores através da equação 2, tendo como intervalo de temperatura e
expansão os primeiras e últimos valores registados (estado inicial e estado final).
(0.00054−0)
α1= (60,1−20,5)∗0,64
= 2.13 ∗ 10−5 ℃−1
(0.00046−0)
α2= (60,9−19.8)∗0,64
= 1.75 ∗ 10−5 ℃−1
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5. Análise de Resultados
Através dos dados obtidos facilmente se observa, pelo gráfico que o coeficiente de dilatação da barra
2 é maior do que o da barra 1 e assim para um mesmo aumento de temperatura (∆T) o a sua expansão
linear (∆L) será consequentemente maior.
Um dos objetivos passa por comparação a valores tabelados destas constantes a fim de se proceder a
identificação do material. Pela tabela 1, verifica-se que o coeficiente linear da barra 1 (α1) é muito
próximo do coeficiente de dilatação do alumínio, e que o coeficiente da barra 2 se aproxima do latão,
conclui-se assim que serão os mais prováveis constituintes das barras utilizadas.
∆𝑽ൗ
𝑽
𝜷 = 𝐥𝐢𝐦 (eq. 4)
∆𝑻→𝟎 ∆𝑻
Considerando um paralelepípedo de dimensões L1,L2, e L3, o seu volume a uma temperatura
T é dado por :
𝑽 = 𝑳𝟏 ∗ 𝑳𝟐 ∗ 𝑳𝟑 (eq.5)
𝜷 = 𝟑𝜶 (eq.8)
Assim pela equação 8, temos que o coeficiente de dilatação volumétrica do alumínio é : 6,22 ∗
10−5 ℃−1, e do latão é : 5.53 ∗ 10−5 ℃−1.
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Tanto o coeficiente de dilatação linear como o volumétrica, em geral não varia significativamente em
sólidos e líquidos com a pressão, mas o mesmo não acontece com a temperatura, varia e pode-se
considerar qualquer intervalo de temperatura positivos.
5.3. Embora a maior parte dos materiais sofra expansão quando aquecidos, a
água entre 0ºC e 4ºC, constitui uma importante exceção. Explique porque tal se
verifica e diga quais as implicações que tem esse facto na existência de vida
aquática em lagos, em Invernos muito rigorosos
Quando a água é aquecida a temperaturas inferiores a 4ºC, contrai em vez de se expandir. Esta
propriedade tem importantes consequências para a ecologia dos lagos. A temperaturas acima de 4°C,
a água num lago fica mais densa ao arrefecer e imerge para o fundo. A temperaturas abaixo de 4°C, a
água fica menos densa ao arrefecer e permanece na superfície. Forma-se então gelo sobre a superfície
do lago e, sendo menos denso que a água, aí permanece e atua como um isolamento térmico para a
água que fica em baixo. Este comportamento irregular provém das ligações por pontes de hidrogénio
das suas moléculas.
Estes dois fenómenos ocorrem sempre em simultâneo, a ocorrência de maior numero de um fenómeno
corresponderá a uma dilatação ou contração.
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6.2. Incertezas
Tendo em conta que o termómetro, cronometro e o termostato são aparelhos digitais, a sua resolução
e igual ao erro de leitura já a fita métrica e o comparador são analógicos.
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑎
𝜇=
√3
Termómetro: 𝜇 = 0,058℃
Cronometro: 𝜇 = 0,058𝑠
Termostato: 𝜇 = 0,12℃
Fita métrica: 𝜇 = 0,023 𝑐𝑚
Dilatómetro: 𝜇 = 0,0029 𝑚𝑚
Para a barra 1
𝑢(𝑐) 2 0,0000026 2
( ) ( )
𝛥𝐿 0,00054
u( ΔL1 /(L ∗ ΔT1) = √ =√ = 0,0134
𝑢(𝑓) 𝑢(𝑇) 0,023 2 0,058 2
√( √(
𝐿
)2 + (
𝛥𝑇
)2 0,64 ) + ( 39.6 )
Para a barra 2
𝑢(𝑐) 0,0000026
( 𝛥𝐿 )2 ( 0,00046 )2
u( ΔL2 /(L ∗ ΔT2) = √ =√ = 0,0157
𝑢(𝑓) 𝑢(𝑇) 0,023 2 0,058 2
√( √(
0,64 ) + ( 41,1 )
2 2
𝐿 ) + ( 𝛥𝑇 )
7. Conclusão
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8. Bibliografia
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao/linear.php
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