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OBRIGAÇÕES EXTRACONTRATUAIS – RESPONSABILIDADE CIVIL

9. (RS-2006-3). Sobre responsabilidade civil, assinale a assertiva correta:

a) É objetiva a responsabilidade civil dos profissionais liberais.

b) O incapaz jamais responde pelos prejuízos que causar.

c) A sentença penal não tem efeitos para a responsabilidade civil.

d) Não é objetiva a responsabilidade do transportador, quando se tratar de transporte de


simples cortesia ou desinteressado.

A responsabilidade dos profissionais liberais (médicos, advogados etc.), mesmo


configurada uma relação de consumo, é subjetiva, ou seja, necessita, além da conduta,
do dano, e do nexo causal entre estes, do elemento culpa em sentido amplo (art. 14, §4º,
da Lei nº 8.078/90).
O incapaz possui responsabilidade subsidiária com seus representantes ou assistentes
pelo prejuízos que causar a outrem. Assim, ele responderá pelos prejuízos sempre que
seus representantes não tiverem a obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes (art. 928, "caput", CC), porém, somente se a indenização fixada não vier a
privá-lo do necessário, ou privar as pessoas que dele dependam (art. 928, parágrafo
único, CC). Vale ressaltar que o representante ou assistente do incapaz que ressarcir os
danos causados por ele tem ação de regresso para reaver o que houver pago, salvo se o
incapaz for descendente seu (art. 934, CC).
A responsabilidade civil é independente da penal, porém, a sentença no juízo
criminal transitado em julgado é título executivo no juízo cível (art. 475-N, II, CPC),
não se podendo mais questionar sobre a existência do fato ou da autoria (art. 935, CC;
arts 63 e ss. do CPP).
Correta letra “d”, conforme art. 736 do Código Civil.

10. (SC-2007-1) Sobre a responsabilidade civil, pode-se afirmar, especificamente:

a) Os pais respondem pelos atos ilícitos praticados por seus filhos menores, sob
sua autoridade, exceto quando a guarda do menor tiver sido deferida a terceiro que,
neste caso, tornar-se-á responsável.

b) O patrão somente responde pelos atos de seus prepostos quando o dano decorre de
culpa no desempenho das atividades regulares do empregado, ou seja, quando o
preposto não age com abuso ou desvio das suas funções contratuais.

c) A responsabilidade do médico, por ser contratual, é normalmente considerada


de fim e, excepcionalmente, de meio.

d) A responsabilidade dos donos de animais é subjetiva, ou seja, dependente da


verificação da sua culpa ou dolo.

O empregador ou comitente é solidariamente responsável com os empregados,


serviçais ou prepostos pelos danos causados por estes a terceiros, no exercício do
trabalho que lhes competir (art. 932, III, CC). Trata-se de uma responsabilidade objetiva
e indireta do patrão, visto que ele responde independentemente de sua culpa ou dolo
(art. 933, CC), tendo ação regressiva contra o subordinado (art. 934, CC). Esta
responsabilidade do empregador ou comitente pelos atos cometidos pelos seus
empregados, serviçais ou prepostos contra terceiros não se confunde com a
responsabilidade do patrão em ressarcir eventuais danos causados ao subordinado
decorrentes de acidente de trabalho, pois esta é subjetiva, dependendo da comprovação
da culpa ou dolo do subordinante (art. 7º, XXVIII, CF).
A responsabilidade do médico é, via de regra, contratual e de meio, sendo a
responsabilidade de resultado (ou de fim) a exceção (v.g., cirurgias estéticas). A
principal diferença entre as duas obrigações está na produção probatória, bastando, na
obrigação de resultado, indicar o inadimplemento do profissional ("ônus probandi" do
réu), ao passo que, na obrigação de meio, cabe ao autor comprovar que o profissional
agiu de forma dolosa ou culposa (imperícia) na administração dos meios.
A responsabilidade dos donos ou detentores de animais, pelos danos causados por
estes a terceiros, é objetiva, não tendo que se falar em culpa ou dolo. Mas, como há que
se provar os demais elementos da responsabilidade civil (conduta, dano, nexo causal),
pode a força maior ou a culpa exclusiva da vítima romper o nexo de causalidade (art.
936, CC).
Correta alternativa “a”, conforme artigo 932, I, do Código Civil (sob sua autoridade).
Vale salientar que, conforme entendimento doutrinário, a emancipação voluntária (art.
5º, I, CC) não retira a responsabilidade dos pais.

11. (PR-2006-1) Assinale a alternativa CORRETA:

a) Inexiste, no Código Civil de 2002, qualquer regra que imponha ao incapaz a


responsabilidade pelos prejuízos que causar.

b) Existe, no Código Civil de 2002, hipótese de responsabilidade civil por danos


causados pela prática de ato ilícito.

c)Os pais somente respondem pelos danos causados por seus filhos quando provada
cabalmente a sua culpa in vigilando.

d) No caso de culpa concorrente, a vítima jamais terá direito a qualquer indenização.

O incapaz possui responsabilidade subsidiária (art. 942, parágrafo único, CC) com
seus representantes ou assistentes pelo prejuízos que causar a outrem. Assim, ele
responderá pelos prejuízos sempre que seus representantes não tiverem a obrigação de
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes (art. 928, "caput", CC), porém, somente
se a indenização fixada não vier a privá-lo do necessário, ou privar as pessoas que dele
dependam (art. 928, parágrafo único, CC). Vale ressaltar que o representante ou
assistente do incapaz que ressarcir os danos causados por ele tem ação de regresso para
reaver o que houver pago, salvo se o incapaz for descendente seu (art. 934, CC).
Os pais respondem objetivamente pelos danos causados pelos filhos sob sua
autoridade (arts. 932, inciso I, e 933, CC), não tendo que se falar, com em outros
tempos (égide do Código Civil de 1916), em culpa "in vigilando", pois não precisa ser
provado o elemento culpa (mas pode ocorrer excludentes do nexo causal, como caso
fortuito ou força maior, culpa exclusiva da vítima, culpa de terceiro).
Em caso de culpa concorrente, cada um responde pelos respectivos danos que
causarem, conforme a extensão, podendo ocorrer a compensação (arts 368 e ss., CC).
Conforme o artigo 945 do Código Civil, se a vítima tiver concorrido culposamente para
o evento danoso, a sua indenização será fixada, tendo-se em conta a gravidade de sua
culpa em confronto com a do autor do dano.
Correta alternativa “b” (art. 927, CC).

12. (PR-2006-2) Assinale a alternativa CORRETA:

a) O abuso de direito sempre acarretará responsabilidade civil, ainda que não cause
qualquer dano.

b) A responsabilidade decorrente do abuso do direito depende de demonstração do


elemento subjetivo da conduta do agente que dá causa ao dano, ou seja, depende de
demonstração cabal de dolo ou culpa.

c) A responsabilidade civil dos pais pelos atos dos filhos é objetiva, não se tratando,
portanto, de culpa presumida.

d) A responsabilidade do comitente pelos atos do preposto é subjetiva, uma vez que se


trata de culpa in eligendo.

O dano é um dos elementos da responsabilidade civil, ao lado da conduta, do nexo


causal e da culpa (quando subjetiva). Em caso de abuso do direito (art. 187 CC), a
responsabilidade se origina do exercício de um direito que excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes,
produzindo um dano a outrem. Assim, se trata do exercício de um direito que, a
princípio, era lícito (exercício regular do direito – art. 188, I, "in fine"), mas que, com a
extrapolação, torna-se ilícito.
Tanto a responsabilidade dos pais pelos atos dos filhos como a responsabilidade do
comitente pelos atos do preposto é objetiva (arts. 932, I e III, e 933, CC). Correta
alternativa “c”.

13. (PR-2006-3) Assinale a alternativa CORRETA:

a) Somente será objetiva a responsabilidade civil aplicável a uma dada atividade se a lei
fizer previsão taxativa e específica da hipótese, cominando expressamente a
responsabilidade por culpa presumida.

b) A força maior pode ser reputada como uma excludente tanto da responsabilidade
objetiva como da responsabilidade subjetiva por implicar a conclusão pela ausência de
nexo de causalidade entre a conduta do agente e o dano, e não a pura e simples exclusão
da culpa em sentido estrito.

c) Culpa presumida é sinônimo de responsabilidade objetiva, o que implica dizer que o


dano causado pelo animal não será indenizado pelo seu dono se este provar que não teve
culpa pelo evento.
d) Toda e qualquer atividade dotada de risco inerente, como a do médico e a do dentista,
enquadra-se na previsão do Código Civil a respeito da responsabilidade objetiva por
risco integral imposta àqueles que causarem dano em virtude do exercício habitual de
atividades que coloquem em risco os direitos de outras pessoas.

A regra geral em nosso ordenamento jurídico é a responsabilidade subjetiva,


dependendo de expressa e taxativa previsão para ela ser objetiva. O erro na alternativa
“a” é o final da proposição (cominar culpa presumida).
Responsabilidade objetiva é diferente de culpa presumida. Enquanto que nesta
ocorre a inversão do "ônus probandi", naquela nem há que se falar em produção
probatória de culpa (lato sensu). Com o advento do Código Civil de 2002, a culpa
presumida foi um tanto mitigada em nosso ordenamento, pois as hipóteses em que era
utilizada passaram a ser de responsabilidade objetiva (arts 932 e 933, CC). A
responsabilidade dos donos ou detentores de animais, pelos danos causados por estes a
terceiros, é objetiva, não tendo que se falar em culpa ou dolo. Mas, como há que se
provar os demais elementos da responsabilidade civil (conduta, dano, nexo causal),
pode a força maior ou a culpa exclusiva da vítima romper o nexo de causalidade (art.
936, CC).
Os médicos e dentistas são exemplos de profissionais liberais, por isto, possuem
responsabilidade subjetiva (art. art. 14, §4º, da Lei nº 8.078/90), não se aplicando a
responsabilidade objetiva com fulcro na cláusula aberta do risco integral (art. 927,
parágrafo único, CC).
Correta letra “b”.

14. (PR-2007-1) Sobre a responsabilidade civil, assinale a alternativa CORRETA:

a) A obrigação de reparar os danos se transmite com a herança, ainda que se trate de


dano moral.

b) É sempre subjetiva, por culpa presumida sob a modalidade culpa in eligendo, a


responsabilidade do empregador pelos danos causados pelo empregado no exercício de
suas funções.

c) Inexiste no sistema jurídico brasileiro a responsabilidade civil ao incapaz, uma vez


que esta se impõe exclusivamente aos representantes destes.

d) Elide a responsabilidade objetiva a prova de que o causador do dano agiu sem culpa.

A responsabilidade do empregador pelos danos causados pelos empregados a


terceiros é objetiva (art. 932, inciso III, com art. 933, CC), restando ultrapassada a
súmula 341 do STF. Porém, vale salientar que a responsabilidade do patrão pelo
infortúnio laboral do empregado ainda é subjetiva, necessitando identificar a conduta
dolosa ou culposa daquele (art. 7º, inciso XXVIII, CF)
O incapaz possui responsabilidade subsidiária com seus representantes ou assistentes
pelo prejuízos que causar a outrem. Assim, ele responderá pelos prejuízos sempre que
seus representantes não tiverem a obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes (art. 928, "caput", CC), porém, somente se a indenização fixada não vier a
privá-lo do necessário, ou privar as pessoas que dele dependam (art. 928, parágrafo
único, CC). Vale ressaltar que o representante ou assistente do incapaz que ressarcir os
danos causados por ele tem ação de regresso para reaver o que houver pago, salvo se o
incapaz for descendente seu (art. 934, CC).
Na responsabilidade objetiva não é preciso deslindar a culpa ("lato sensu"), apenas a
conduta, o dano e o nexo causal. Por isto, a ausência deste elemento subjetivo no agente
não elide sua responsabilidade. Todavia, esta pode ser afastada com alguma de suas
excludentes (culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior, culpa de terceiro,
cláusula de não indenizar etc.), pois estas, no mais das vezes, rompem o nexo causal
entre a conduta do agente e o dano causado.
Correta alternativa “a” (art. 943, CC). Ressaltando que, em caso de dano moral, há
um entendimento que apenas o ofendido pode pleitear a reparação dos danos
extrapatrimoniais, transmitindo-se aos herdeiros apenas a exigibilidade após formado o
título executivo.

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