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22/02/2018 Prof.

Leandro Meost: Análise crítica da obra “Oração dos desesperados”, de Sérgio Vaz

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Análise crítica da obra “Oração dos desesperados”, de Sérgio Vaz

ORAÇÃO DOS DESESPERADOS

Que a pele escura Gadget


Não seja escudo para os covardes,
Que habitam na senzala do silêncio, Este conteúdo ainda não está disponível po
Porque nascer negro é consequência conexões criptografadas.
Ser
É consciência

Dói no povo a dor do universo


Chibata, faca e corte
Miséria, morte
Sob o olhar irônico
De um Deus inverso
Uma dor que tem cor
Escorre na pele e na boca se cala
Uma gente livre para o amor
Mas os pés fincados na senzala.
Dói na gente a dor que mata
Chaga que paralisa o mundo O que é mais difícil na Língua Portuguesa
E sob o olhar de um Deus de gravata...
Doença, fome, esgoto, inferno profundo. Gramática 0 (0%)
Dor que humilha, alimenta cegueira Literatura 0 (0%)
Trevas, violência, tiro no escuro
Redação 0 (0%)
Pedaço de pau, lar sem muro
Interpretação de textos 0 (0%)
Paraíso do mal
Castelo de madeira.
Votos até o momento: 0
Oh! Senhores Enquete encerrada
Deuses das máquinas,
Das teclas, das perdidas almas.
Do destino e do coração!
Escuta o homem que nasce das lágrimas
Do suor, do sangue e do pranto,
Escuta esse pranto
(Que lindo esse povo!)
(Quilombo esse povo!)
Que vem a galope com voz de trovão
Pois ele se apega nas armas
Quando se cansa das páginas
Do livro da oração.
Sérgio Vaz
Leandro Meost
Análise crítica da obra “Oração dos desesperados”, de Sérgio Vaz (obra de referência do Sobradinho/ DF, Distrito Federal,
PAS) Sou professor de Língua Portugu
Leciono no Alub, Mont Blanc e Ê
O texto "Oração dos desesperados", de Sérgio Vaz, aborda questões históricas relevantes: a
Respiro, vivo e amo minha profissão, a qual muit
dor do negro, oprimido, desde os tempos em que foram condenados ao serviço escravo. Sendo
vezes me consome. Foram incontáveis os mome

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assim, desde então, criou-se o culto ao preconceito racial; por consequência; exclusão social. em que notei lágrimas percorrerem meu rosto du
Infelizmente, essa situação perdura no cenário mundial, uma vez que é possível e após um dia de trabalho, sentindo-me insatisfe
depreender do texto também uma crítica à sociedade que se submete, acomoda-se sob o poder com situações corriqueiras; mas os momentos d
daqueles que são detentores do capital, conhecimento, influência. Os três primeiros versos satisfação são predominantes na minha carreira
corroboram para essa análise, pois neles o autor afirma que os excluídos “habitam na senzala do Quero, acima de tudo, ser um servo fiel de Deus
silêncio”, ou seja, aceitam com parcimônia, em silêncio, a situação desfavorável pela qual são meus locais de trabalho, uma vez que ser docen
obrigados a passar. realização diária do meu maior sonho.
A ideia de que “nascer negro é consequência” deixa claro que não se pode escolher a cor Visualizar meu perfil completo
da própria pele, isso, pois, é uma questão de herança genética. A frase “SER é consciência” indica
que as pessoas têm consciência de seus atos. Esta pode ser aplicada em diversos contextos, porque
trata da segregação de modo geral.
Nos versos: “dói no povo a dor do universo, chibata, faca e corte, Miséria, morte sob o
olhar irônico de um Deus inverso”, encontra-se alusão à humilhação pública pela qual passaram
os escravos que eram expostos a condições desumanas de trabalhos não remunerados. Muitas
vezes apanharam dos seus senhores – chamados de “Deus do inverso” – por promoverem
exatamente o contrário do que pregam o evangelho. Em decorrência disso, à miséria e à morte
eram condenados.
Em “uma dor que tem cor, escorre na pele e na boca se cala”, há a reiteração ao
sofrimento, em silêncio, herdado, como uma herança genética dos negros. Claro que está nesses
versos retratada a situação dos que se encontram nas mazelas da sociedade, os quais não possuem Curso Êxito
voz perante à civilização.
Mesmo em situação adversa, o homem se prende às preces, que servem de motivação na
busca do sentido de sua existência sofrida. Nessas, há uma menção irônica ao advento da
tecnologia, que favorece a um “Deus de gravata”. Por sua vez, este observa passivamente
situações de “doença, fome, esgoto, inferno profundo” às quais estão submetidos aqueles menos
favorecidos economicamente.

Postado por Leandro Meost às 17:50

30 comentários:
Camila Costa disse...
Olá professor! Como cai esses textos na prova do pas da unb??
24 de novembro de 2014 14:41

Luiz disse...
Muito bom! Obrigado
27 de novembro de 2014 15:07

Leandro Meost disse...


Boa noite, Camila!!! A UnB costuma abordar conhecimentos de intertextualidades entre as obras
de referência das suas provas. Sendo assim, pode ser cobrado um texto que, mesmo produzido Estude com quem acredita em você!!!
em época diferente, dialoga acerca do mesmo assunto. A interpretação é sempre evidenciada,
mais raramente, são cobrados conhecimentos sobre a vida do autor.
5 de janeiro de 2015 14:39

Leandro Meost disse...


Muito obrigado, Luiz!! Forte abraço!
5 de janeiro de 2015 14:40

michelly martins disse...


muito bom シ .
6 de abril de 2015 15:17
Acentuação: monossílabos tônicos, palavras oxit

Leandro Meost disse... Análise crítica da obra “Oração dos desesperado


de Sérgio Vaz
Muito obrigado, Mychelly!!
Regência verbal - exercícios
11 de abril de 2015 11:00
Diferença entre predicado e predicativo.
Mariana Rocha disse...
Tipos de Aposto
Professor, os versos: 'Porque nascer negro é consequência' e "SER É consciência" podem ser
interpretados como a cor resultado da herança genética (consequência) e ao admitir (ser)é não A importância do domínio da escrita para profiss
da área de enfermagem
sofrer passivamente, lutar por seus direitos?
2 de novembro de 2015 14:24 Sintaxe - Transitividade verbal

Exercícios - Análise sintática


natasha melo disse...
Texto descritivo
Amei a breve explicaçaõ,me ajudará muita para a minha prova do Pas desse ano em que esse
texto cairá! Barroco
8 de novembro de 2015 09:09

Leandro Meost disse...

https://leandromeost.blogspot.com.br/2013/11/analise-critica-da-obra-oracao-dos.html 2/6
22/02/2018 Prof. Leandro Meost: Análise crítica da obra “Oração dos desesperados”, de Sérgio Vaz
Obrigado pelo elogio, Natasha! Continue acompanhando meu trabalho. Bons estudos!
9 de novembro de 2015 11:23

Unknown disse...
Muito bom. Grato pelo auxílio.
18 de novembro de 2015 12:19

Itto Moura disse...


► 2018 (6)
Muito bom. Grato pelo auxílio.
► 2017 (1)
18 de novembro de 2015 12:21
► 2016 (23)

Itto Moura disse... ► 2015 (14)

Muito bom. Grato pelo auxílio na interpretação. ► 2014 (13)

18 de novembro de 2015 12:31 ▼ 2013 (36)


► Dezembro (6)
Leandro Meost disse... ▼ Novembro (4)
Mariana Rocha, minha querida. Primeiramente, obrigado pela pergunta. Veja bem: em "Porque Tema de redação - carta argumentativa
nascer negro é consequência", note que o verso começa com uma conjunção coordenativa
Arcadismo/ Neoclassicismo/
explicativa, introduz, portanto, uma ideia de explicação de que nascer negro é, inegavelmente,
Setecentismo (1687 – 18...
uma questão de herança genérica, não de escolha. Já em "SER É consciência", pode-se
depreender que, a partir do momento em que o negro tem consciência da sua herança genética, O QUE É RESENHA
pode viver como raça negra. O "SER", destacado, indica o viver sua cor de modo ativo, ou seja, Análise crítica da obra “Oração dos
sem conscientização da sua origem, não há como se defender de preconceitos. desesperados”,...

18 de novembro de 2015 15:33 ► Outubro (1)


► Setembro (1)
Otaku AnimeWorld disse...
► Agosto (4)
Olá professor! Eu não entendi o que você quis dizer com "Muitas vezes apanharam dos seus
senhores - Deus do inverso- por promoverem exatamente o contrário do que pregam o ► Julho (2)
evangelho." Como assim promovem o contrário do que pregam o evangelho?
► Junho (3)
28 de novembro de 2015 11:31
► Maio (2)

Otaku AnimeWorld disse... ► Abril (7)

Professor, quem seria o "Deus de gravata"? ► Março (5)

28 de novembro de 2015 11:47 ► Janeiro (1)

► 2012 (42)
Sofia Neves disse...
► 2011 (26)
Obrigada pela análise professor, continue sempre com esse trabalho maravilhoso!
► 2010 (10)
3 de dezembro de 2015 16:43

Leandro Meost disse...


Bom dia, Otaku AnimeWorld, a expressão "Muitas vezes apanharam dos seus senhores - Deus
do inverso- por promoverem exatamente o contrário do que pregam o evangelho" faz menção
àqueles que exploram a mão de obra escrava, tornado-se, assim, "Deus do universo". Este diz
respeito ao universo terreno, leis humanas, PRECONCEITUOSAS, capitalistas que exploram o
trabalho escravo. Esta atitude é completamente exposta ao que ensina Deus no Evangelho.
Para mim, "Oração dos desesperados" é um verdadeiro hino de denúncia social da situação
desumana à que se submetem os negros.
5 de dezembro de 2015 05:04

Leandro Meost disse...


Otaku AnimeWorld, primeiramente, obrigado pela participação ativa em nosso blog. Nosso
porque o sucesso deste depende de leitores ativos. Com relação à expressão "Deus de
gravata", esta se refere a todo aquele que explora e incentiva à escravidão.
5 de dezembro de 2015 05:07

Lara F disse... Facebook do prof. Leandro Meost

Muito boa explicação, obrigada professor.


5 de dezembro de 2015 07:00

Leandro Meost disse...


Sofia Neves, muito obrigado pelo elogio!! Peço que continue acompanhando nosso blog. Forte
abraço!
5 de dezembro de 2015 07:16

Leandro Meost disse...


Lara F., muito obrigado pelo elogio; continue acompanhando nosso blog. Sucesso!!
5 de dezembro de 2015 07:18

Unknown disse...

https://leandromeost.blogspot.com.br/2013/11/analise-critica-da-obra-oracao-dos.html 3/6
22/02/2018 Prof. Leandro Meost: Análise crítica da obra “Oração dos desesperados”, de Sérgio Vaz
Muito boa a sua análise sobre o texto. Gostei muito. Li o que escreveu sobre sua profissão.
Compartilho com você a mesma ideia. Sou professora de português também e já fiquei várias Leandro Meost
vezes frustrada com os problemas rotineiros da escola, mas o que nos alivia são aqueles alunos
que fazem a diferença. Aí percebemos que plantamos uma "sementinha" em alguém e que
surtiu efeito. Parabéns pelo trabalho e vou visitar esse site sempre que puder. Um abraço.
Smênia.
30 de junho de 2016 11:57

Leandro Meost disse...


Muito obrigado pelo elogio, professora Smênia! Parabéns, também, pelo amor à nossa
profissão. Continue acompanhando nosso blog e participando dele.
30 de junho de 2016 15:06

Maria Rocha disse...


em: 'Porque nascer negro é consequência' e "SER É consciência" não podemos interpretar
também a própria consciência de ser negro? Já que muitas vezes colocam termos para Criar seu atalho
"amenizar" como:"Ah fulano não é negro, é moreno/pardo", enquanto que não existem esses
tipos de derivações pra cor de pele branca. Não podemos analisar também uma falta de
conhecimento sobre a própria etnia africana? Já que muitos são negros e não têm conhecimento Gadget
sobre suas raízes, e muitas vezes nem se intitulam negros, mas sim pardos, morenos...
Muito boa sua análise, abraço. (: Este conteúdo ainda não está disponível po
17 de julho de 2016 07:31 conexões criptografadas.

Ana e Mari disse...


Olá, eu entendi que nos 2 primeiro versos ele está falando que os negros não sejam utilizados
como escudo por outras pessoas que se encontram na senzala.. É isso mesmo?
29 de julho de 2016 06:55

Stephanie Azevedo disse...


Professor queria pergunta uma coisa que o snehor não ressaltou uma parte do poema que é
"Escuta esse pranto
(Que lindo esse povo )
(Quilombo esse povo )
Que vem a galope com voz de trovão
Inspiração
Por ele se apegar nas armas
Quando se cansa das páginas
Do livro de oração! "
O snehor poderia me explicar?
31 de outubro de 2016 04:16

Leandro Meost disse...


Olá, Ana e Mari, está correta a sua análise. Na verdade, os três primeiros versos permitem esta
depreensão de sentido. Obrigado pela pergunta!!
9 de novembro de 2016 12:14

Leandro Meost disse...


Stephanie Azevedo, primeiramente, perdoe-me pela demora em te responder e obrigado pela
participação no nosso blog. Veja bem: o eu lírico, com estes versos aos quais se refere clama
aos “Senhores Deuses das máquinas, Das teclas, das perdidas almas...” que ouça o choro do
povo quilombo, sofredor, escravizado, marginalizado que, quando se cansa das páginas do livro
de oração, ou seja, no momento em que estes se cansam de recorrer aos livros de oração e
súplicas a Deus, para que os tire da condição de escravizados e os conceda liberdade, recorre
ao uso de armas, revelando, assim, sua força física e se fazem ouvir, uma vez que o barulho das
armas é comparado aos sons imponentes dos trovões no céu. Evidentemente, os “Senhores
Deuses das máquinas, Das teclas, das perdidas almas...” equivalem aos detentores do capital.
Isto simboliza o embate entre opressor e oprimido. Aquele pode ser associado à figura do
Estado.

Quero receber email do prof. Leandro Meo


9 de novembro de 2016 12:36

Andressa Moreira disse... Email address... Su


Muito bom, vai me ajudar muito no PAS! Obgrigado
3 de dezembro de 2016 04:21
Você com o Meost
Leandro Meost disse...
Fico feliz por tê-la ajudado. Conte sempre com meu trabalho. Sinta-se à vontade, para participar
do nosso blog.
3 de dezembro de 2016 05:41

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