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(MPU)
TÉCNICO DO MPU
ÁREA DE ATIVIDADE: APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
ESPECIALIDADE: SEGURANÇA INSTITUCIONAL E TRANSPORTE
VOLUME 1
CONHECIMENTOS BÁSICOS
LÍNGUA PORTUGUESA:
1 Compreensão e interpretação de textos. ....................................................................................................... 1
2 Tipologia textual. ...........................................................................................................................................19
3 Ortografia oficial. ...........................................................................................................................................45
4 Acentuação gráfica. ......................................................................................................................................43
5 Emprego das classes de palavras. ...............................................................................................................59
6 Emprego/correlação de tempos e modos verbais. ........................................................................................66
7 Emprego do sinal indicativo de crase. ..........................................................................................................49
8 Sintaxe da oração e do período. ..................................................................................................................81
9 Pontuação. ....................................................................................................................................................48
10 Concordância nominal e verbal. .................................................................................................................81
11 Regência nominal e verbal. ........................................................................................................................83
12 Significação das palavras. ...........................................................................................................................56
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU:
1 Ministério Público da União. ............................................................................................................. PP 1 a 58
1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993).
1.2 Perfil constitucional do Ministério Público e suas funções institucionais.
1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais.
1.5 A autonomia funcional e administrativa.
1.6 A iniciativa legislativa.
1.7 A elaboração da proposta orçamentária.
1.8 Os vários Ministérios Públicos.
1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de destituição.
1.10 Os demais Procuradores-Gerais.
1.11 Funções exclusivas e concorrentes.
1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedação.
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LÍNGUA PORTUGUESA
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas
em êem e ôo(s).
Como era: abençôo, crêem (verbo crer), dêem (verbo dar),
dôo (verbo doar), enjôo, lêem (verbo ler),magôo (verbo mago-
ar), perdôo (verbo perdoar), povôo (verbo povoar), vêem
(verbo ver), vôos, zôo.
Como fica: abençoo creem (verbo crer), deem (verbo dar),
doo (verbo doar), enjoo, leem (verbo ler), magoo (verbo ma-
goar), perdoo (verbo perdoar), povoo (verbo povoar), veem
(verbo ver), voos, zoo.
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pa-
res pára/para, péla(s)/ pe-
la(s),pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era: Ele pára o carro. Ele foi ao póloNorte. Ele gosta
de jogar pólo. Esse gato tem pêlos brancos. Comi uma pêra.
Como fica: Ele para o carro. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA de jogar polo. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pera.
Mudanças no alfabeto Atenção: Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito
letras k, w e y. do indicativo), na 3ª pessoa do singular.
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do
N O P Q R S T U V WX Y Z singular.
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele
da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em pode.
várias situações. Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por
Por exemplo: é preposição.
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilô- Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
metro), kg (quilograma), W (watt);
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus deri-
dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter,
vados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin,
deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele
Trema
vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes.
para indicar que ela deve ser pronunciada nos gru- / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles
pos gue, gui, que, qui. detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles inter-
Como era: agüentar, argüir, bilíngüe, cinqüenta, delinqüen- vêm em todas as aulas.
te, eloqüente,ensangüentado, eqüestre, freqüente, lingüeta, É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
lingüiça, qüinqüênio, sagüi,seqüência, seqüestro, tranqüilo, palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento
Como fica: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta, delinquente, deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma
eloquente, ensanguentado, equestre, frequente, lingueta, da fôrma do bolo?
linguiça, quinquênio, sagui, sequência, sequestro, tranquilo. 5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangei- (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicati-
ras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. vo dos verbos arguir e redarguir.
Mudanças nas regras de acentuação 6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar,
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc. Esses verbos
penúltima sílaba). admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do
Como era: alcalóide, alcatéia, andróide, apóia, apóio(verbo indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
apoiar), asteróide, bóia,celulóide, clarabóia, colméia, Coréia, Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas
debilóide, epopéia, estóico, estréia, estréio (verbo estrear), formas devem ser acentuadas.
geléia, heróico, ideia, jibóia, jóia, odisséia, paranóia, paranói- Exemplos:
co, platéia, tramóia. verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam;
Como fica: alcaloide, alcateia, androide apoia, apoio (verbo enxágue, enxágues, enxáguem.
apoiar), asteroide, boia, celuloide, claraboia, colmeia, Coreia, verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem;
debiloide, epopeia, estoico, estreia, estreio(verbo estrear), delínqua, delínquas, delínquam.
geleia, heroico, ideia, jiboia joia, odisseia, paranoia, paranoi- b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam
co, plateia tramoia. de ser acentuadas.
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxí- Exemplos: (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pro-
tonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxíto- nunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar:
nas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxa-
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. gues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delin-
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e que, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira,
Como era: baiúca, bocaiúva, cauíla, feiúra. aquela com a e i tônicos.
Como fica: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura. Uso do hífen
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores,
Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das ‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Pau-
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer lo aponta que as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças meno-
tema ou assunto. res de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violência se-
xual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Bying-
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar, ton.’’
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve • Causa e consequência: Garantem a coesão e a concatenação
também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da das ideias ao longo do parágrafo, além de conferir caráter lógico ao pro-
leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo cesso argumentativo.
que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da ‘ No final de março, o Estado divulgou índices vergonhosos do Idesp
opinião. – indicador desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação para ava-
Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes: liar a qualidade do ensino (…). O péssimo resultado é apenas conse-
a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese; quência de como está baixa a qualidade do ensino público. As causas
o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; e são várias, mas certamente entre elas está a falta de respeito do Estado
a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser que, próximo do fim do 1º bimestre, ainda não enviou apostilas para al-
de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatís- gumas escolas estaduais de Rio Preto.
tico, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos - enfim
• Síntese: Reforça a tese defendida, uma vez que fecha o texto
tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor tem
com a retomada de tudo o que foi exposto ao longo da argumentação.
consistência. A conclusão pode apresentar uma possível solução/proposta
Recurso seguro e convincente para arrematar o processo discursivo.
ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção do leitor e utilizar
variedade padrão de língua. ‘ Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que não é o ideal,
mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento.
A linguagem normalmente é impessoal e objetiva.
O aspecto mais polêmico era a venda de bebidas alcoólicas nos es-
O roteiro da persuasão para o texto argumentativo:
tádios. A lei eliminou o veto federal, mas não exclui que os organizadores
Na introdução, no desenvolvimento e na conclusão do texto argumen- precisem negociar a permissão em alguns Estados, como São Paulo.’’
tativo espera-se que o redator o leitor de seu ponto de vista. Alguns recur-
sos podem contribuir para que a defesa da tese seja concluída com suces-
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló- responder as questões relacionadas a textos.
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si,
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNI-
transformar na salvação do mundo. CATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci-
sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul. transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que
o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retira-
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual da de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um
dissertativa assim organizada: significado diferente daquele inicial.
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendi-
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou
da;
indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso deno-
“Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi- mina-se INTERTEXTO.
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan- INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.” de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-
se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou
2º parágrafo: Há o desenvolvimento da tese com fundamentos ar- explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na
gumentativos; prova.
“O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço
a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), respon-
sáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, 1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argu-
problemas ambientais que afetam a população. mentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos 2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar entre as situações do texto.
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de 3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade,
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente opinando a respeito.
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, 4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti- parágrafo.
ca.” 5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.
3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de
EXEMPLO
intervenção relacionada à tese.
“O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os TÍTULO DO TEXTO
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló-
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais "O HOMEM UNIDO ”
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpre- D - Deduzir: deduz- se somente através do que o texto informa.
tação. Os mais frequentes são:
E - Erros de Interpretação:
a) Extrapolação (viagem) • Extrapolação ( viagem ): é proibido viajar. Não se pode permitir que o
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no pensamento voe.
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. • Redução: síntese serve apenas para facilitar o entendimento do contexto
e para fixar a ideia principal. Na hora de responder lê-se o texto novamente.
b) Redução • Contradição: é proibido contradizer o autor. Só se contradiz se solicitado.
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esque-
cendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente F – Figuras de linguagem: conhecê-las bem ajudam a compreender o
para o total do entendimento do tema desenvolvido. texto e, até, as questões.
c) Contradição G – Gramática: é a “alma” do texto. Sem ela, não haverá texto interpretá-
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o vel. Portanto, estude-a bastante.
tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.
H - História da Literatura: reconhecer as escolas e os gêneros literários é
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do fundamental. Revise seus apontamentos de literatura.
leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que
deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. I – Interpretação: o ato de interpretar tem primeiro e principal objetivo a
identificação da ideia principal. • Intertexto: são as citações que comple-
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam pala- mentam, ou reforçam, o enfoque do autor .
vras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coe-
são dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NE- J – Jamais responda “de cabeça”. Volte sempre ao texto.
XOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que
se vai dizer e o que já foi dito. L – Localizar-se no contexto permite que o candidato DESCUBRA a
resposta.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles,
está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este M – Mensagem: às vezes, a mensagem não é explícita, mas o contexto
P – Parafrasear: é dizer o mesmo que está no texto com outras palavras. É Ideia principal:
o mais conhecido “pega – ratão“ das provas. Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte.
Q – Questões de alternativas ( de “a” a “e” ): devem ser todas lidas.
Nunca se convença de que a resposta é a letra “a” . Duvide e leia até a letra Ideias secundárias:
“e”, pois a resposta correta pode estar aqui.
Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas,
demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as
R – Roteiro de Interpretação
mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
Na hora de interpretar um texto, alguns cuidados são necessários: A ideia principal, como você pode observar, refere-se a uma ação peri-
gosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundárias
a) ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua ideia central; complementam a ideia principal, mostrando como o primo do narrador
b) interpretar as palavras desconhecidas através do contexto; conseguiu sair-se da perigosa situação em que se encontrava.
c) reconhecer os argumentos que dão sustentação a ideia central;
d) identificar as objeções à ideia central; Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhado
e) sublinhar os exemplos que foram empregados como ilustração da ideia de ideias secundárias. Entretanto, é muito comum encontrarmos, em pará-
central; grafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o exemplo:
f) antes de responder as questões, ler mais de uma vez todo o texto, fazen- O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
do o mesmo com as questões e as alternativas;
g) a cada questão, voltar ao texto, não responder “de cabeça”; Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram
h) se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto; aproveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e seguiram con-
i) se o enunciado pedir a ideia principal, ou tema, estará situada na introdu- tentes pelos campos, levando um farto lanche, preparado pela mãe.
ção, na conclusão, ou no título; Nesse trecho, há dois parágrafos.
j) se o enunciado pedir a argumentação, esta estará localizada, normalmen-
te, no corpo do texto. No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que corresponde à ideia
principal do parágrafo: O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
S – Semântica: é a parte da gramática que estuda o significado das pala-
No segundo, já podemos perceber a relação ideia principal + ideias
vras. É bom estudar: homônimos e parônimos, denotação e conotação,
secundárias. Observe:
polissemia, sinônimos e antônimos. Não esqueça que a mudança de um “i “
para “e” pode mudar o significado da palavra e do contexto. Ideia principal:
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA A língua padrão está ligada à variedade escrita, culta da língua portu-
guesa. Ela é considerada formal, "correta", e deve ser usada em ocasiões
FALA E ESCRITA mais formais, tanto na escrita , quanto na fala.
Registros, variantes ou níveis de língua(gem) A língua não-padrão está ligada à variedade falada, coloquial da nossa
língua. Ela é considerada informal, mais flexível e permite alguns usos que
A comunicação não é regida por normas fixas e imutáveis. Ela pode devem ser evitados quando escrevemos : gírias, abreviações, falta dos
transformar-se, através do tempo, e, se compararmos textos antigos com plurais nas palavras, etc.Porém, às vezes, encontramos essa variedade
atuais, perceberemos grandes mudanças no estilo e nas expressões. Por não-padrão também na variedade escrita : em textos como poesias,
que as pessoas se comunicam de formas diferentes? Temos que conside- propagandas , jornal,etc. christina luisa
rar múltiplos fatores: época, região geográfica, ambiente e status cultural
dos falantes.
AS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA
Há uma língua-padrão? O modelo de língua-padrão é uma decorrência
dos parâmetros utilizados pelo grupo social mais culto. Às vezes, a mesma Enquanto a língua falada é espontânea e natural, a língua escrita precisa
pessoa, dependendo do meio em que se encontra, da situação sociocultural seguir algumas regras. Embora sejam expressões de um mesmo idio-
dos indivíduos com quem se comunica, usará níveis diferentes de língua. ma, cada uma tem a sua especificidade. A língua falada é a mais natu-
Dentro desse critério, podemos reconhecer, num primeiro momento, dois ral, aprendemos a falar imitando o que ouvimos. A língua escrita, por
tipos de língua: a falada e a escrita. seu lado, só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela
não é uma simples transcrição do que falamos; está mais subordinada
A língua falada pode ser culta ou coloquial, vulgar ou inculta, regional, às normas gramaticais. Portanto requer mais atenção e conhecimento
grupal (gíria ou técnica). Quando a gíria é grosseira, recebe o nome de de quem fala. Além disso, a língua escrita é um registro, permanece ao
calão. longo do tempo, não tem o caráter efêmero da língua falada.
Língua falada:
Quando redigimos um texto, não devemos mudar o registro, a não ser
· Palavra sonora
que o estilo permita, ou seja, se estamos dissertando – e, nesse tipo de
· Requer a presença dos interlocutores
redação, usa-se, geralmente, a língua-padrão – não podemos passar desse
· Ganha em vivacidade
nível para um como a gíria, por exemplo.
· É espontânea e imediata
Variação linguística: como falantes da língua portuguesa, percebe- · Uso de frases feitas
mos que existem situações em que a língua apresenta-se sob uma forma · É repetitiva e redundante
bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em casa ou nos · O contexto extralinguístico é importante
meios de comunicação. Essa diferença pode manifestarse tanto pelo voca- · A expressividade permite prescindir de certas regras
bulário utilizado, como pela pronúncia ou organização da frase. · A informação é permeada de subjetividade e influenciada pela pre-
sença do
Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma interlocutor
forma. Isso ocorre porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e · Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos, entorno físico e
extremamente sensíveis a fatores como, por exemplo, a região geográfica, psíquico
o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do Língua escrita:
contexto. Essas diferenças constituem as variações linguísticas. · Palavra gráfica
Observe abaixo as especificidades de algumas variações: · É possível esquecer o interlocutor
· É mais sintética e objetiva
1. Profissional: no exercício de algumas atividades profissionais, o · A redundância é apenas um recurso estilístico
domínio de certas formas de línguas técnicas é essencial. As variações · Ganha em permanência
profissionais são abundantes em termos específicos e têm seu uso restrito · Mais correção na elaboração das frases
ao intercâmbio técnico. · Evita a improvisação
2. Situacional: as diferentes situações comunicativas exigem de um · Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais de pontua-
mesmo indivíduo diferentes modalidades da língua. Empregam-se, em ção
e em várias outras situações. Um parágrafo padrão inicia-se por uma introdução em que se encontra
a ideia principal desenvolvida em mais períodos. Segundo a lição de Othon
Linguagem Não Verbal M. Garcia em sua Comunicação em prosa moderna (p. 192), denomina-
se tópico frasal essa introdução. Depois dela, vem o desenvolvimento e
pode haver a conclusão. Um texto de parágrafo:
“Em todos os níveis de sua manifestação, a vida requer certas condi-
ções dinâmicas, que atestam a dependência mútua dos seres vivos. Ne-
cessidades associadas à alimentação, ao crescimento, à reprodução ou a
outros processos biológicos criam, com frequência, relações que fazem do
bem-estar, da segurança e da sobrevivência dos indivíduos matérias de
interesse coletivo”. FERNANDES, Florestan. Elementos de sociologia
teórica 2. ed. São Paulo: Nacional, 1974, p. 35.
Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que é proibido fumar em
Neste parágrafo, o tópico frasal é o primeiro período (Em .... vivos). Se-
um determinado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não utiliza
gue-se o desenvolvimento especificando o que é dito na introdução. Se o
do código "língua portuguesa" para transmitir que é proibido fumar. Na
tópico frasal é uma generalização, e o desenvolvimento constitui-se de
figura abaixo, percebemos que o semáforo, nos transmite a ideia de aten-
especificações, o parágrafo é, então, a expressão de um raciocínio deduti-
ção, de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos saber se é
vo. Vai do geral para o particular: Todos devem colaborar no combate às
permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se é
drogas. Você não pode se omitir.
proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante.
Se não há tópico frasal no início do parágrafo e a síntese está na con-
clusão, então o método é indutivo, ou seja, vai do particular para o geral,
dos exemplos para a regra: João pesquisou, o grupo discutiu, Lea redigiu.
Todos colaborando, o trabalho é bem feito.
PARAGRAFAÇÃO
A PARAGRAFAÇÃO
NO/DO TEXTO DISSERTATIVO
(Partes deste capítulo foram adaptados/tirados de PACHECO, Agnelo
Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente decodi- C. A dissertação. São Paulo: Atual, 1993 e de SOBRAL, João Jonas Veiga.
ficadas. Você notou que em nenhuma delas existe a presença da palavra? Redação: Escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997)
O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver ausência da
O texto dissertativo é o tipo de texto que expõe uma tese (ideias gerais
palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar mensagens a
sobre um assunto/tema) seguida de um ponto de vista, apoiada em argu-
partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra,
mentos, dados e fatos que a comprovem.
denomina-se linguagem não-verbal, isto é, usam-se outros códigos (o
desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores) “A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita, pois, lendo, o indivíduo
Fonte: www.graudez.com.br tem contato com modelos de textos bem redigidos que, ao longo do tempo,
farão parte de sua bagagem linguística; e também porque entrará em
AS PALAVRAS-CHAVE contato com vários pontos de vista de intelectuais diversos, ampliando,
Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. Mas leitu- dessa forma, sua própria visão em relação aos assuntos. Como a produção
ra aqui não significa somente a capacidade de juntar letras, palavras, escrita se baseia praticamente na exposição de ideias por meio de pala-
frases. Ler é muito mais que isso. É compreender a forma como está tecido vras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao
o texto. Ultrapassar sua superfície e aferir da leitura seu sentido maior, que enriquecimento linguístico adquirido através da leitura de bons autores.”
muitas vezes passa despercebido a uma grande maioria de leitores. Só No texto acima temos uma ideia defendida pelo autor:
uma relação mais estreita do leitor com o texto lhe dará esse sentido. Ler
bem exige tanta habilidade quanto escrever bem. Leitura e escrita comple- TESE/TÓPICO FRASAL: “A leitura auxilia o desenvolvimento da escri-
mentam-se. Lendo textos bem estruturados, podemos apreender os proce- ta.”
dimentos linguísticos necessários a uma boa redação.
Em seguida o autor defende seu ponto de vista com os seguintes ar-
gumentos:
A) DESCRITIVO: a matéria da descrição é o objeto. Não há persona- “Vários motivos me levaram a este livro. Dois se destacaram pelo grau
gens em movimento (atemporal). O autor/produtor deve apresentar o de envolvimento: raiva e esperança. Explico-me: raiva por ver o quanto à
objeto, pessoa, paisagem etc, de tal forma que o leitor consiga distinguir o cultura ainda é vista como artigo supérfluo em nossa terra, esperança por
ser descrito. observar quantos movimentos culturais têm acontecido em nossa história, e
quase sempre como forma de resistência e/ou transformação (...)” FEIJÓ,
B) NARRATIVO: a matéria da narração é o fato. Uma maneira eficiente Martin César. O que é política cultural. São Paulo, Brasiliense, 1985.p.7.
de organizá-lo é respondendo à seis perguntas: O quê? Quem? Quando?
Onde? Como? Por quê? O autor estabelece a oposição e logo depois explica os termos que a
compõem.
C) DISSERTATIVO: a matéria da dissertação é a análise (discussão).
Alusão histórica
ELABORAÇÃO/ PLANEJAMENTO DE PARÁGRAFOS
Após a queda do Muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-
Ter um assunto oeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As
fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de
Delimitá-lo, traçando um objetivo: o que pretende transmitir? competição.
Elaborar o tópico frasal; desenvolvê-lo e concluí-lo O conhecimento dos principais fatos históricos ajuda a iniciar um texto.
PARÁGRAFO-CHAVE: FORMAS PARA COMEÇAR UM TEXTO O leitor é situado no tempo e pode ter uma melhor dimensão do problema.
Ao escrever seu primeiro parágrafo, você pode fazê-lo de forma criati- Pergunta
va. Ele deve atrair a atenção do leitor. Por isso, evite os lugares-comuns Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os
como: atualmente, hoje em dia, desde épocas remotas, o mundo hoje, a contribuintes já estão cansados de tirar do bolso para tapar um buraco que
cada dia que passa, no mundo em vivemos, na atualidade. parece não ter fim. A cada ano, somos lesados por novos impostos para
Listamos aqui algumas formas de começar um texto. Elas vão das mais alimentar um sistema que só parece piorar. A pergunta não é respondida de
simples às mais complexas. imediato. Ela serve para despertar a atenção do leitor para o tema e será
respondida ao longo da argumentação.
Declaração
Citação
É um grande erro a liberação da maconha. Provocará de imediato vio-
lenta elevação do consumo. O Estado perderá o controle que ainda exerce “As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não
sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de chorarem mais, trazem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as
viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. Alberto costas e irem embora.” O comentário, do fotógrafo Sebastião Salgado,
Corazza, Isto é, 20 dez. 1995. falando sobre o que viu em Ruanda, é um acicate no estado de letargia
Afirmação b. O aluno finge que lê, finge que ouve, finge que estuda.
A profissionalização de uma equipe começa com a procura e aquisição Coerência textual é a relação que se estabelece entre as diversas
das pessoas que tenham experiência e as aptidões adequadas para o partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao en-
desempenho da tarefa, especialmente quando esta é imediata. (Desenvol- tendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou
vimento ) As pessoas já virão integrar a equipe sem precisar de treinamen- lê.
to profissionalizante, podendo entrar em ação logo após seu ingresso. OBS: pode haver texto com a presença de elementos coesivos, e não
Alternativamente, ou quando se dispõe de tempo, pode-se recrutar apresentar coerência.
pessoas inexperientes, mas que demonstrem o potencial para desenvolver Exemplo:
as aptidões e o interesse em fazer parte da equipe ou dedicar-se a sua
missão. Sempre que possível, uma equipe deve procurar combinar pessoas O presidente George W.Bush está descontente com o grupo Talibã.
experientes e aprendizes em sua composição, de modo que os segundos Estes eram estudantes da escola fundamentalista. Eles, hoje, governam o
aprendam com os primeiros. (conclusão) A falta de um banco de reservas, afeganistão. Os afegãos apóiam o líder Osama Bin Laden. Este foi aliado
muitas vezes, pode ser um obstáculo à própria evolução da equipe.” (Ma- dos Estados Unidos quando da invasão da União Soviética ao Afeganistão.
ximiniano, 1986:50 )
Comentário:
ARTICULAÇÃO ENTRE PARÁGRAFOS
Ninguém pode dizer que falta coesão a este parágrafo. Mas de que se
COESÃO E COERÊNCIA trata mesmo? Do descontentamento do presidente dos Estados Unidos? Do
grupo Talibã? Do povo Afegão?
Articulação entre os parágrafos
Do Osama Bin Laden? Embora o parágrafo tenha coesão, não apre-
A articulação dos/entre parágrafos depende da coesão e coerência. senta coerência, entendimento.
Sem um deles, ainda assim, é possível haver entendimento textual, entre-
tanto, há necessidade de ter domínio da língua e do contexto para escrever Pode ainda um texto apresentar coerência, e não apresentar elementos
um texto de tal forma. Dependendo da tipologia textual, a articulação textual coesivos. Veja o texto seguinte:
se dá de forma diferente. Na narração, por exemplo, não há necessidade
Como se conjuga um empresário
de ter um parágrafo com mais de um período. Um parágrafo narrativo pode
ser apenas “Oi”. Já a dissertação necessita ter ao menos um parágrafo com Mino
introdução e desenvolvimento (conclusão; opcional). Assim também varia a
necessidade de números de parágrafos para cada texto. Para se obter um “Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou-se. Enxugou-
bom texto, são necessários também: concisão, clareza, correção, adequa- se. Perfumou-se. Lanchou. Escovou. Abraçou. Saiu. Entrou. Cumprimen-
ção de linguagem, expressividade. tou. Orientou. Controlou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu. Entrou. Cum-
primentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Convocou. Leu.
Coerência e Coesão Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou. Vendeu. Vendeu. Ganhou.
Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou. Explorou. Escondeu.
Para não ser ludibriado pela articulação do contexto, é necessário que
Burlou. Safou-se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Depositou. Deposi-
se esteja atento à coesão e à coerência textuais.
tou. Associou-se. Vendeu-se. Entregou. Sacou. Depositou. Despachou.
Coesão textual é o que permite a ligação entre as diversas partes de Repreendeu. Suspendeu. Demitiu. Negou. Explorou. Desconfiou. Vigiou.
um texto. Pode-se dividir em três segmentos: Ordenou. Telefonou. Despachou. Esperou. Chegou. Vendeu. Lucrou.
Lesou. Demitiu. Convocou. Elogiou. Bolinou. Estimulou. Beijou. Convidou.
1. Coesão referencial – é a que se refere a outro(s) elemento(s) do Saiu. Chegou. Despiu-se. Abraçou. Deitou-se. Mexeu. Gemeu. Fungou.
mundo textual. Babou. Antecipou. Frustrou. Virou-se. Relaxou-se. Envergonhou-se. Pre-
Exemplos: senteou. Saiu. Despiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou.
Justificou-se. Dormiu. Roncou. Sonhou. Sobressaltou-se. Acordou. Preocu-
a) O presidente George W.Bush ficou indignado com o ataque no pou-se. Temeu. Suou. Ansiou. Tentou. Despertou. Insistiu. Irritou-se. Te-
World Trade Center. Ele afirmou que “castigará” os culpados. (retomada de meu. Levantou. Apanhou. Rasgou. Engoliu. Bebeu. Dormiu. Dormiu. Dor-
uma palavra gramatical – referente “Ele” + “ Presidente George W.Bush”) miu. Dormiu. Acordou. Levantou-se. Aprontou-se... Comentário:
b) De você só quero isto: a sua amizade (antecipação de uma palavra O texto nos mostra o dia-a-dia de um empresário qualquer. A estrutura
gramatical – “isto” = “a sua amizade” textual – somente verbos – não apresenta elementos coesivos; o que se
c) O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou um bom di- encontra são relações de sentido, isto é, o texto retrata a visão do seu
nheiro na loteria. ( retomada por palavra lexical – “o felizardo” = “o homem”) autor, no caso, a de que todo empresário é calculista e desonesto.
A autora também apresenta diversas formas de classificação do discur- No capítulo que diz respeito às noções de estrutura, Elisa Guimarães,
so e do texto, porém, detenhamo-nos na divisão de texto informativo e de busca ressaltar o nível sintático representado pelas coordenações e subor-
um texto literário ou ficcional. dinações que fixam relações de “equivalência” ou “hierarquia” respectiva-
mente.
Analisando um texto, é possível percebermos que a repetição de um Um fato importante dentro do livro A Articulação do Texto, é o valor atribuí-
nome/lexema, nos induz à lembrar de fatos já abordados, estimula a nossa do às estruturas integrantes do texto, como o título, o parágrafo, as inter e
biblioteca mental e a informa da importância de tal nome, que dentro de um intrapartes, o início e o fim e também, as superestruturas.
contexto qualquer, ou seja que não fosse de um texto informacional, seria
apenas caracterizado como uma redundância desnecessária. Essa repeti- O título funciona como estratégica de articulação do texto podendo de-
ção é normalmente dada através de sinônimos ou “sinônimos perfeitos” sempenhar papéis que resumam os seus pontos primordiais, como tam-
(p.30) que permitem a permutação destes nomes durante o texto sem que o bém, podem ser desvendados no decorrer da leitura do texto.
sentido original e desejado seja modificado.
Os parágrafos esquematizam o raciocínio do escritos, como enuncia
Esta relação semântica presente nos textos ocorre devido às interpre- Othon Moacir Garcia:
tações feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a chamada “semânti- “O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar con-
ca referencial” (p.31) para causar esta busca mental no receptor através de venientemente as ideias principais da sua composição, permitindo ao leitor
palavras semanticamente semelhantes à que fora enunciada, porém, existe acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios”.
ainda o que a autora denominou de “inexistência de sinônimo perfeito”
(p.30) que são sinônimos porém quando posto em substituição um ao outro É bom relembrar, que dentro do parágrafo encontraremos o chamado
não geram uma coerência adequada ao entendimento. tópico frasal, que resumirá a principal ideia do parágrafo no qual esta
inserido; e também encontraremos, segundo a autora, dez diferentes tipos
O candidato foi aprovado, mas não fez a matrícula. Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portan-
condicionalidade: essa relação é expressa pela combinação de duas to, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece uma conclusão em
proposições: uma introduzida pelo articulador se ou caso e outra por então relação a algo dito no enunciado anterior:
(consequente), que pode vir implícito. Estabelece-se uma relação entre o
antecedente e o consequente, isto é, sendo o antecedente verdadeiro ou Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Por-
possível, o consequente também o será. tanto tem condições de se sair bem na prova.
Na relação de condicionalidade, estabelece-se, muitas vezes, uma É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam
condição hipotética, isto é,, cria-se na proposição introduzida pelo articula- a articular frases. Eles podem articular parágrafos, capítulos.
dor se/caso uma hipótese que condicionará o que será dito na proposição
seguinte. Em geral, a proposição situa-se num tempo futuro. Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como,
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que,
Caso tenha férias, (então) viajarei para Buenos Aires. assim como.
Ele é tão competente quanto Alberto.
causalidade: é expressa pela combinação de duas proposições, uma
das quais encerra a causa que acarreta a consequência expressa na outra. Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, por-
Tal relação pode ser veiculada de diferentes formas: que introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente
referido.
Passei no vestibular porque estudei muito
visto que Não se preocupe que eu voltarei
já que pois
uma vez que porque
_________________ _____________________
consequência causa As pausas
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marca-
das por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar
Estudei tanto que passei no vestibular. tipos de relações diferentes.
Estudei muito por isso passei no vestibular
_________________ ____________________ Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalida-
causa consequência de)
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa)
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposi-
Como estudei passei no vestibular ção)
Por ter estudado muito passei no vestibular Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão)
___________________ ___________________ http://www.seaac.com.br/
causa consequência
A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu en- Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configuração teórica:
tender, importante para direcionar o trabalho do professor de língua na • intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
leitura, compreensão e produção de textos1. O que pretendemos neste
pequeno ensaio é apresentar algumas considerações sobre Gênero Tex-
• heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários
tual e Tipologia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por tipos
Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis Travaglia mostra o seguinte:
para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considerações • conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
a respeito de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia. • intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro
Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreen- Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gê-
são e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial neros não são entidades naturais, mas artefatos culturais construídos
o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma
capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Para
produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o
de interação humana. autor da carta não tenha assinado o nome no final, ela continuará sendo
carta, graças as suas propriedades necessárias e suficientes .Ele diz, ainda,
Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na esco- que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e 3. Dissertação
também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exem- Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer
plo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira. sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou
argumentativo.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como
os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros. 3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apre-
senta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem
informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e definidos e de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um
o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mu-
ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. lher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o sepa-
ram, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalida- isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na
de explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.
algo.
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade
do romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma home-
personagens principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma nagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o
lição de moral. poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais bele-
zas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos
linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica (muito rara);
indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal,
revistas e programas da TV. Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a
algo, em tom sério ou irônico.
Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos
narrativos e manifestos descritivos. Acalanto: ou canção de ninar;
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual
expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase;
tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na
defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanísti- Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de
co, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à
se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedu- dança;
tivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José
Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke. Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical;
Gênero Dramático: Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, médio;
não há um narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é
representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o
cenas. poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distri-
buídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;
Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar
compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma represen- Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e
tação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem dois tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d.
figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror".
Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escár-
nio e de maldizer); satíricas, portanto.
Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que
critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo
castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no exa-
COESÃO E COERÊNCIA
gero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o
absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o
humor primário, as situações ridículas. Diogo Maria De Matos Polônio
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte Procurou-se, no referido seminário, refletir, de uma forma geral, sobre a
apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de
realidade vivida por este povo. Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre deter-
minados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e,
simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessaria-
Gênero Lírico: mente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que de aula.
nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e
impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplica-
verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da lingua- ção na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no
gem. campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no
referido seminário.
Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui Assim, segundo esta autora, coesão textual diz respeito aos processos
apresentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no linguísticos que permitem revelar a inter-dependência semântica existente
vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e entre sequências textuais:
que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões Ex.: Entrei na livraria mas não comprei nenhum livro.
no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cum-
prido honestamente o seu papel. Para a mesma autora, coerência textual diz respeito aos processos
mentais de apropriação do real que permitem inter-relacionar sequências
Coesão e Coerência Textual textuais:
Qualquer falante sabe que a comunicação verbal não se faz geralmen- Ex.: Se esse animal respira por pulmões, não é peixe.
te através de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto
em que são produzidas. Ou seja, uma qualquer sequência de palavras não Pensamos, no entanto, que esta distinção se faz apenas por razões de
constitui forçosamente uma frase. sistematização e de estruturação de trabalho, já que Mira Mateus não
hesita em agrupar coesão e coerência como características de uma só
Para que uma sequência de morfemas seja admitida como frase, torna- propriedade indispensável para que qualquer manifestação linguística se
se necessário que respeite uma certa ordem combinatória, ou seja, é transforme num texto: a conetividade.
preciso que essa sequência seja construÍda tendo em conta o sistema da
língua. Para Charolles não é pertinente, do ponto de vista técnico, estabelecer
uma distinção entre coesão e coerência textuais, uma vez que se torna
Tal como um qualquer conjunto de palavras não forma uma frase, tam- difícil separar as regras que orientam a formação textual das regras que
bém um qualquer conjunto de frases não forma, forçosamente, um texto. orientam a formação do discurso.
Precisando um pouco mais, um texto, ou discurso, é um objeto materia- Além disso, para este autor, as regras que orientam a micro-coerência
lizado numa dada língua natural, produzido numa situação concreta e são as mesmas que orientam a macro-coerência textual. Efetivamente,
pressupondo os participantes locutor e alocutário, fabricado pelo locutor quando se elabora um resumo de um texto obedece-se às mesmas regras
através de uma seleção feita sobre tudo o que é dizível por esse locutor, de coerência que foram usadas para a construção do texto original.
numa determinada situação, a um determinado alocutário.
Assim, para Charolles, micro-estrutura textual diz respeito às relações
Assim, materialidade linguística, isto é, a língua natural em uso, os có- de coerência que se estabelecem entre as frases de uma sequência textual,
digos simbólicos, os processos cognitivos e as pressuposições do locutor enquanto que macro-estrutura textual diz respeito às relações de coerência
sobre o saber que ele e o alocutário partilham acerca do mundo são ingre- existentes entre as várias sequências textuais. Por exemplo:
dientes indispensáveis ao objeto texto. • Sequência 1: O António partiu para Lisboa. Ele deixou o escritório
mais cedo para apanhar o comboio das quatro horas.
Podemos assim dizer que existe um sistema de regras interiorizadas • Sequência 2: Em Lisboa, o António irá encontrar-se com ami-
por todos os membros de uma comunidade linguística. Este sistema de gos.Vai trabalhar com eles num projeto de uma nova companhia
regras de base constitui a competência textual dos sujeitos, competência de teatro.
essa que uma gramática do texto se propõe modelizar.
Como micro-estruturas temos a sequência 1 ou a sequência 2, enquan-
Uma tal gramática fornece, dentro de um quadro formal, determinadas to que o conjunto das duas sequências forma uma macro-estrutura.
regras para a boa formação textual. Destas regras podemos fazer derivar
certos julgamentos de coerência textual. Vamos agora abordar os princípios de coerência textual3:
1. Princípio da Recorrência4: para que um texto seja coerente, torna-se
Quanto ao julgamento, efetuado pelos professores, sobre a coerência necessário que comporte, no seu desenvolvimento linear, elementos de
nos textos dos seus alunos, os trabalhos de investigação concluem que as recorrência restrita.
intervenções do professor a nível de incorreções detectadas na estrutura da
frase são precisamente localizadas e assinaladas com marcas convencio- Para assegurar essa recorrência a língua dispõe de vários recursos:
nais; são designadas com recurso a expressões técnicas (construção, - pronominalizações,
conjugação) e fornecem pretexto para pôr em prática exercícios de corre- - expressões definidas,
ção, tendo em conta uma eliminação duradoura das incorreções observa- - substituições lexicais,
das. - retomas de inferências.
Pelo contrário, as intervenções dos professores no quadro das incorre- Todos estes recursos permitem juntar uma frase ou uma sequência a
ções a nível da estrutura do texto, permite-nos concluir que essas incorre- uma outra que se encontre próxima em termos de estrutura de texto, reto-
ções não são designadas através de vocabulário técnico, traduzindo, na mando num elemento de uma sequência um elemento presente numa
maior parte das vezes, uma impressão global da leitura (incompreensível; sequência anterior:
não quer dizer nada).
a)-Pronominalizações: a utilização de um pronome torna possível a re-
Para além disso, verificam-se práticas de correção algo brutais (refazer; petição, à distância, de um sintagma ou até de uma frase inteira.
reformular) sendo, poucas vezes, acompanhadas de exercícios de recupe-
ração. O caso mais frequente é o da anáfora, em que o referente antecipa o
pronome.
Esta situação é pedagogicamente penosa, uma vez que se o professor Ex.: Uma senhora foi assassinada ontem. Ela foi encontrada estrangu-
desconhece um determinado quadro normativo, encontra-se reduzido a lada no seu quarto.
fazer respeitar uma ordem sobre a qual não tem nenhum controle.
No caso mais raro da catáfora, o pronome antecipa o seu referente.
Antes de passarmos à apresentação e ao estudo dos quatro princípios Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ain-
de coerência textual, há que esclarecer a problemática criada pela dicoto- da: Não me importo de o confessar: este crime impressionou-me.
mia coerência/coesão que se encontra diretamente relacionada com a
dicotomia coerência macro-estrutural/coerência micro-estrutural. Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilização da catáfora, pa-
ra nos precavermos de enunciados como este:
Mira Mateus considera pertinente a existência de uma diferenciação Ele sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com o António.
entre coerência textual e coesão textual.
Também neste caso, surgem algumas regras que se torna necessário Quando analisamos certos exercícios de prolongamento de texto (con-
respeitar. Por exemplo, o termo mais genérico não pode preceder o seu tinuar a estruturação de um texto a partir de um início dado) os alunos são
representante mais específico. levados a veicular certas informações pressupostas pelos professores.
Ex.: O piloto alemão venceu ontem o grande prêmio da Alemanha.
Schumacher festejou euforicamente junto da sua equipe. Por exemplo, quando se apresenta um início de um texto do tipo: Três
crianças passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vão eles
Se se inverterem os substantivos, a relação entre os elementos linguís- fazer?
ticos torna-se mais clara, favorecendo a coerência textual. Assim, Schuma-
cher, como termo mais específico, deveria preceder o piloto alemão. A interrogação final permite-nos pressupor que as crianças vão real-
mente fazer qualquer coisa.
No entanto, a substituição de um lexema acompanhado por um deter-
minante, pode não ser suficiente para estabelecer uma coerência restrita. Um aluno que ignore isso e que narre que os pássaros cantavam en-
Atentemos no seguinte exemplo: quanto as folhas eram levadas pelo vento, será punido por ter apresentado
uma narração incoerente, tendo em conta a questão apresentada.
Picasso morreu há alguns anos. O autor da "Sagração da Primavera"
doou toda a sua coleção particular ao Museu de Barcelona. No entanto, um professor terá que ter em conta que essas inferências
ou essas pressuposições se relacionam mais com o conhecimento do
A presença do determinante definido não é suficiente para considerar mundo do que com os elementos linguísticos propriamente ditos.
que Picasso e o autor da referida peça sejam a mesma pessoa, uma vez
que sabemos que não foi Picasso mas Stravinski que compôs a referida Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exercí-
peça. cios, estão muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo
ao qual eles não tiveram acesso. Por exemplo, será difícil a um aluno
Neste caso, mais do que o conhecimento normativo teórico, ou lexico- recriar o quotidiano de um multi-milionário,senhor de um grande império
enciclopédico, são importantes o conhecimento e as convicções dos parti- industrial, que vive numa luxuosa vila.
Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das con- Assim, o leitor vai esforçar-se na procura de um fio condutor de pen-
tradições inferenciais e pressuposicionais. samento que conduza a uma estrutura coerente.
Existe contradição inferencial quando a partir de uma proposição po- Tudo isto para dizer que deve existir nos nossos sistemas de pensa-
demos deduzir uma outra que contradiz um conteúdo semântico apresenta- mento e de linguagem uma espécie de princípio de coerência verbal (com-
do ou dedutível. parável com o princípio de cooperação de Grice8 estipulando que, seja qual
Ex.: A minha tia é viúva. O seu marido coleciona relógios de bolso. for o discurso, ele deve apresentar forçosamente uma coerência própria,
uma vez que é concebido por um espírito que não é incoerente por si
As inferências que autorizam viúva não só não são retomadas na se- mesmo.
gunda frase, como são perfeitamente contraditas por essa mesma frase.
É justamente tendo isto em conta que devemos ler, avaliar e corrigir os
O efeito da incoerência resulta de incompatibilidades semânticas pro- textos dos nossos alunos.
fundas às quais temos de acrescentar algumas considerações temporais,
uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o 1. Coerência:
pretérito para suprimir as contradições. Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, con-
vencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto é uma unidade de significado
As contradições pressuposicionais são em tudo comparáveis às infe- produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não
renciais, com a exceção de que no caso das pressuposicionais é um conte- é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples
údo pressuposto que se encontra contradito. sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato
A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao con- Segundo testemunhas, o bimotor (1) já estava em chamas antes de
texto extra verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa cair em cima de quatro casas (9). Três pessoas (10) que estavam nas
ser conhecido pelo receptor. casas (9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram
ferimentos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Elídia Fiorezzi,
Ao ler uma frase como "No verão passado, quando estivemos na capi- de 62 anos, Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no
tal do Ceará Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto Pronto Socorro de Santa Cecília.
que chegou a nevar", percebemos que ela é incoerente em decorrência da
incompatibilidade entre um conhecimento prévio que temos da realizada Vejamos, por exemplo, o elemento (1), referente ao avião envolvido no
com o que se relata. Sabemos que, considerando uma realidade "normal", acidente. Ele foi retomado nove vezes durante o texto. Isso é necessário à
em Fortaleza não neva (ainda mais no verão!). clareza e à compreensão do texto. A memória do leitor deve ser reavivada
a cada instante. Se, por exemplo, o avião fosse citado uma vez no primeiro
Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantástica, o exemplo acima parágrafo e fosse retomado somente uma vez, no último, talvez a clareza
poderia fazer sentido, dando coerência ao texto - nesse caso, o contexto da matéria fosse comprometida.
seria a "anormalidade" e prevaleceria a coerência interna da narrativa.
E como retomar os elementos do texto? Podemos enumerar alguns
No caso de apresentar uma inadequação entre o que informa e a reali- mecanismos:
dade "normal" pré-conhecida, para guardar a coerência o texto deve apre-
sentar elementos linguísticos instruindo o receptor acerca dessa anormali- a) REPETIÇÃO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o
dade. texto. Pode perceber que a palavra avião foi bastante usada, principalmente
por ele ter sido o veículo envolvido no acidente, que é a notícia propriamen-
Uma afirmação como "Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do te dita. A repetição é um dos principais elementos de coesão do texto
décimo andar e não sofreu nenhum arranhão." é coerente, na medida que a jornalístico fatual, que, por sua natureza, deve dispensar a releitura por
frase inicial ("Foi um verdadeiro milagre") instrui o leitor para a anormalida- parte do receptor (o leitor, no caso). A repetição pode ser considerada a
de do fato narrado. mais explícita ferramenta de coesão. Na dissertação cobrada pelos vestibu-
lares, obviamente deve ser usada com parcimônia, uma vez que um núme-
2. Coesão: ro elevado de repetições pode levar o leitor à exaustão.
A redação deve primar, como se sabe, pela clareza, objetividade, coe-
rência e coesão. E a coesão, como o próprio nome diz (coeso significa b) REPETIÇÃO PARCIAL: na retomada de nomes de pessoas, a repe-
ligado), é a propriedade que os elementos textuais têm de estar interliga- tição parcial é o mais comum mecanismo coesivo do texto jornalístico.
dos. De um fazer referência ao outro. Do sentido de um depender da rela- Costuma-se, uma vez citado o nome completo de um entrevistado - ou da
ção com o outro. Preste atenção a este texto, observando como as palavras vítima de um acidente, como se observa com o elemento (7), na última
se comunicam, como dependem uma das outras. linha do segundo parágrafo e na primeira linha do terceiro -, repetir somente
o(s) seu(s) sobrenome(s). Quando os nomes em questão são de celebrida-
SÃO PAULO: OITO PESSOAS MORREM EM QUEDA DE AVIÃO des (políticos, artistas, escritores, etc.), é de praxe, durante o texto, utilizar
Das Agências a nominalização por meio da qual são conhecidas pelo público. Exemplos:
Nedson (para o prefeito de Londrina, Nedson Micheletti); Farage (para o
Cinco passageiros de uma mesma família, de Maringá, dois tripulantes candidato à prefeitura de Londrina em 2000 Farage Khouri); etc. Nomes
e uma mulher que viu o avião cair morreram femininos costumam ser retomados pelo primeiro nome, a não ser nos
casos em que o sobrenomes sejam, no contexto da matéria, mais relevan-
Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e tes e as identifiquem com mais propriedade.
dois tripulantes, além de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda
de um avião (1) bimotor Aero Commander, da empresa J. Caetano, da c) ELIPSE: é a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido
cidade de Maringá (PR). O avião (1) prefixo PTI-EE caiu sobre quatro pelo contexto da matéria. Veja-se o seguinte exemplo: Estavam no avião
sobrados da Rua Andaquara, no bairro de Jardim Marajoara, Zona Sul de (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que foi candidato a
São Paulo, por volta das 21h40 de sábado. O impacto (2) ainda atingiu prefeito de Maringá nas últimas eleições; o piloto (1) José Traspadini (4), de
mais três residências. 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38. Perceba
que não foi necessário repetir-se a palavra avião logo após as palavras
Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, piloto e co-piloto. Numa matéria que trata de um acidente de avião, obvia-
que foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições (leia reporta- mente o piloto será de aviões; o leitor não poderia pensar que se tratasse
gem nesta página); o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto de um piloto de automóveis, por exemplo. No último parágrafo ocorre outro
(1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38; o sogro de Name Júnior (4), exemplo de elipse: Três pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas
Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimentos graves.
Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), (10) Apenas escoriações e queimaduras. Note que o (10) em negrito, antes
João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. de Apenas, é uma omissão de um elemento já citado: Três pessoas. Na
verdade, foi omitido, ainda, o verbo: (As três pessoas sofreram) Apenas
Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores escoriações e queimaduras.
compradores de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era
um dos sócios do Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). d) SUBSTITUIÇÕES: uma das mais ricas maneiras de se retomar um
Isidoro Andrade (7) havia alugado o avião (1) Rockwell Aero Commander elemento já citado ou de se referir a outro que ainda vai ser mencionado é a
691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a São Paulo assistir ao velório do filho (7) substituição, que é o mecanismo pelo qual se usa uma palavra (ou grupo
Sérgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um de palavras) no lugar de outra palavra (ou grupo de palavras). Confira os
Sinônimos ou quase sinônimos: palavras com o mesmo sentido (ou Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda
muito parecido) dos elementos a serem retomados. Exemplo: O prédio foi mais, ainda cima, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também,
demolido às 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifício, para não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem
conferir o espetáculo (edifício retoma prédio. Ambos são sinônimos). como, com, ou (quando não for excludente).
Nomes deverbais: são derivados de verbos e retomam a ação expres- Dúvida: talvez provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é
sa por eles. Servem, ainda, como um resumo dos argumentos já utilizados. provável, não é certo, se é que.
Exemplos: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida
Higienópolis, como sinal de protesto contra o aumentos dos impostos. A Certeza, ênfase: decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, in-
paralisação foi a maneira encontrada... (paralisação, que deriva de parali- questionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.
sar, retoma a ação de centenas de veículos de paralisar o trânsito da
Avenida Higienópolis). O impacto (2) ainda atingiu mais três residências (o Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, de súbito,
nome impacto retoma e resume o acidente de avião noticiado na matéria- subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente.
exemplo)
Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para
Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um ele- exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber,
mento (palavra ou grupo de palavras) já mencionado ou não por meio de ou seja, aliás.
uma classe ou categoria a que esse elemento pertença: Uma fila de cente-
nas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis. O protesto foi Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propó-
a maneira encontrada... (protesto retoma toda a ideia anterior - da paralisa- sito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para.
ção -, categorizando-a como um protesto); Quatro cães foram encontrados
ao lado do corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reação dos Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a ou de, junto a ou de,
animais (animais retoma cães, indicando uma das possíveis classificações dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa,
que se podem atribuir a eles). isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.
Advérbios: palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclu-
de lugar: Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderi- são, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse
ram... (o advérbio de lugar lá retoma São Paulo). Exemplos de advérbios modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte, destarte, assim sendo.
que comumente funcionam como elementos referenciais, isto é, como
elementos que se referem a outros do texto: aí, aqui, ali, onde, lá, etc. Causa e consequência. Explicação: por consequência, por conseguin-
te, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com
Observação: É mais frequente a referência a elementos já citados no efeito, tão (tanto, tamanho) ... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez
texto. Porém, é muito comum a utilização de palavras e expressões que se que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte
refiram a elementos que ainda serão utilizados. Exemplo: Izidoro Andrade que, de tal forma que, haja vista.
(7) é conhecido na região (8) como um dos maiores compradores de cabe-
ças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do Contraste, oposição, restrição, ressalva: pelo contrário, em contraste
Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). A palavra região com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
serve como elemento classificador de Sul (A palavra Sul indica uma região embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, posto, conquanto, se
do país), que só é citada na linha seguinte. bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que.
Os Parágrafos na Dissertação Escolar: Parágrafos longos: em geral, as obras científicas e acadêmicas pos-
suem longos parágrafos, por três razões: os textos são grandes e conso-
As dissertações escolares, normalmente, costumam ser estruturadas mem muitas páginas; as explicações são complexas e exigem várias ideias
em quatro ou cinco parágrafos (um parágrafo para a introdução, dois ou e especificações, ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade
três para o desenvolvimento e um para a conclusão). e fôlego para acompanhá-los.
É claro que essa divisão não é absoluta. Dependendo do tema propos- A ordenação no desenvolvimento do parágrafo pode acontecer:
to e da abordagem que se dê a ele, ela poderá sofrer variações. Mas é
fundamental que você perceba o seguinte: a divisão de um texto em pará- a) por indicações de espaço: "... não muito longe do lito-
grafos (cada um correspondendo a uma determinada ideia que nele se ral...".Utilizam-se advérbios e locuções adverbiais de lugar e certas locu-
desenvolve) tem a função de facilitar, para quem escreve, a estruturação ções prepositivas, e adjuntos adverbiais de lugar;
coerente do texto e de possibilitar, a quem lê, uma melhor compreensão do b) por tempo e espaço: advérbios e locuções adverbiais de tempo,
texto em sua totalidade. certas preposições e locuções prepositivas, conjunções e locuções conjun-
Parágrafo Narrativo: tivas e adjuntos adverbiais de tempo;
Nas narrações, a ideia central do parágrafo é um incidente, isto é, um c) por enumeração: citação de características que vem normalmente
episódio curto. depois de dois pontos;
Nos parágrafos narrativos, há o predomínio dos verbos de ação que se d) por contrastes: estabelece comparações, apresenta paralelos e
referem as personagens, além de indicações de circunstâncias relativas ao evidencia diferenças; Conjunções adversativas, proporcionais e comparati-
fato: onde ele ocorreu, quando ocorreu, por que ocorreu, etc. vas podem ser utilizadas nesta ordenação;
O que falamos acima se aplica ao parágrafo narrativo propriamente di- e) por causa-consequência: conjunções e locuções conjuntivas con-
to, ou seja, aquele que relata um fato. clusivas, explicativas, causais e consecutivas;
Para adquirir um estilo próprio e eficaz é conveniente ler e estudar os A descrição resulta, portanto, da capacidade que o indivíduo tem de
grandes mestres do idioma, clássicos e contemporâneos; redigir frequen- perceber o mundo que o cerca. Quanto maior for sua sensibilidade, mais
temente, para familiarizar-se com o processo e adquirir facilidade de ex- rica será a descrição. Por meio da percepção sensorial, o autor registra
pressão; e ser escrupuloso na correção da composição, retificando o que suas impressões sobre os objetos, quanto ao aroma, cor, sabor, textura ou
não saiu bem na primeira tentativa. É importante também realizar um sonoridade, e as transmite para o leitor.
exame atento da realidade a ser retratada e dos eventos a que o texto se Narração. O relato de um fato, real ou imaginário, é denominado narra-
refere, sejam eles concretos, emocionais ou filosóficos. O romancista, o ção. Pode seguir o tempo cronológico, de acordo com a ordem de sucessão
cientista, o burocrata, o legislador, o educador, o jornalista, o biógrafo, dos acontecimentos, ou o tempo psicológico, em que se privilegiam alguns
todos pretendem comunicar por escrito, a um público real, um conteúdo que eventos para atrair a atenção do leitor. A escolha do narrador, ou ponto de
quase sempre demanda pesquisa, leitura e observação minuciosa de fatos vista, pode recair sobre o protagonista da história, um observador neutro,
empíricos. A capacidade de observar os dados e apresentá-los de maneira alguém que participou do acontecimento de forma secundária ou ainda um
própria e individual determina o grau de criatividade do escritor. espectador onisciente, que supostamente esteve presente em todos os
Para que haja eficácia na transmissão da mensagem, é preciso ter em lugares, conhece todos os personagens, suas ideias e sentimentos.
Ex.: Sentado na varanda, o menino avistou um mendigo. Essa noção, uma vez proferida, tende a subsidiar os nossos propósitos no
que se refere ao assunto em questão. E, para tal, analisemos:
Quem estava sentado na varanda: o menino ou o mendigo?
O exemplo em voga trata-se de uma criação poética pertencente a um OBS.: Não basta, neste caso, propor apenas a correção gramatical, numa
renomado autor da era modernista. Atendo-nos às suas peculiaridades no situação escolar envolvendo a escrita. É preciso, na reescritura do texto,
tange à linguagem, notamos a presença de uma linguagem metafórica que eliminar o supérfluo, buscando a clareza e a eficácia da mensagem.
simboliza a capacidade imaginativa do artista comparando-a com a liberda-
de conferida aos pássaros, uma vez que são livres e voam rumo ao hori- REESCRITA:
zonte. (Ausentei-me do serviço para consultar um oculista.)
Por meio dos seguintes excertos poéticos, assim representados, voltamos à TEXTO 4 – Redação escolar: "lugar-comum"
ideia anteriormente mencionada de que a competência linguística vai
paulatinamente sendo “adornada”, de acordo com a troca de experiências “O que fiz ontem de mais importante, sem dúvida, foi assistir um jogo de
entre o emissor e o mundo que o rodeia: futebol pelo rádio. O confronto entre Corinthians e Palmeiras é um clássico
imperdível.
Eles não têm pouso Durante a partida, sofri, sofri muito como todo corinthiano que se preza.
nem porto Mas, Graças a Deus, o empate teve gosto de vitória”.
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem. OBS: Nessa produção, a não ser pela regência incorreta do verbo “assis-
E olhas, então, essas tuas mãos vazias, tir” (empregado equivocadamente em lugar do verbo “ouvir”), não há restri-
no maravilhoso espanto de saberes [...] ções quanto ao uso da língua padrão, sequer pelo emprego do termo
“imperdível”, já consagrado nas modalidades oral e escrita, menos formais.
Desta feita, a intencionalidade discursiva, característica textual marcante, Note-se, ainda, a utilização adequada do relator adversativo (mas) e a
pauta-se por despertar no interlocutor sentimentos e emoções, com vistas a coesão por sequenciação temporal (durante a partida/ ontem).
oferecer uma multiplicidade de interpretações, uma vez conferida pelo O que pode, então, poluir esse “oásis”? Nada menos que a predomi-
caráter subjetivo. Eis assim a característica que nutre um texto literário. nância do “LUGAR-COMUM”, em prejuízo da originalidade de expressão:
Pensemos agora em um outro tipo de texto, no qual não identificamos ... é um (jogo) imperdível,0
nenhum envolvimento por parte do emissor, pois suas marcas linguísticas ... como todo (corinthiano) que se preza
primam-se pela objetividade. A conclusão a que podemos chegar é que, ... o empate teve gosto de vitória
nesse caso, a finalidade é apenas informar algo, tal qual se encontra no
discurso apresentado, isento de marcas pessoais, opiniões, juízos de valor Todo A INTENÇÃO COMUNICATIVA
e, sobretudo, de traços ligados à subjetividade. Todo aquele que se comunica -falando, pintando, escrevendo, dan-
çando etc. - tem uma intenção comunicativa. Ele, locutor, não está apenas
Uma notícia, reportagem, artigo científico? Seriam esses os casos querendo transmitir uma mensagem, passar uma informação, mas interagir
representativos? A reposta para tal indagação é reafirmá-la, uma vez que com outra pessoa que se vai tornar o locutário. Ou seja, o locutor tem um
tais modalidades tem uma finalidade em comum: a informação. Essa, por objetivo em mente ao construir o seu texto e, normalmente, esse objetivo se
sua vez, precisa retratar uma certa credibilidade conferida por meio do relaciona com alguma ação. Toda palavra faz parte de um movimento maior
discurso. Daí o caráter objetivo, razão pela qual o autor, em momento em torno de uma ação social.
algum, não deixa que suas opiniões se fruam em meio ao ato discursivo a
que se propõe. Tal particularidade revela a natureza linguística do chamado Por exemplo, uma bula de remédios. Ela pode ser lida a qualquer mo-
texto não literário. Vânia Maria do Nascimento Duarte mento e pelos mais variados motivos. Ainda que a maioria considerasse
absurdo, eu poderia ler uma bula de remédios antes de dormir, para relaxar
REESCRITURA DE TEXTOS um pouco. Mas, a intenção comunicativa de uma bula de remédios é outra.
Dorival Coutinho da Silva Ela existe na sociedade para que o leitor conheça adequadamente o remé-
Mas por que o locutário não atenderia à intenção comunicativa do texto Ampliando a noção sobre a correta utilização destes recursos, analisemos
que lê? Isso pode acontecer porque aquele que assume o papel de locutá- alguns casos em que eles se aplicam:
rio não sabe (ou não deseja) realizar o trabalho de envolvimento com o
texto necessário para interpretá-lo. Assim, é muito importante ao interpre- não só... mas (como) também:
tarmos um texto, identificarmos a intenção comunicativa.
A violência não só aumentou nos grandes centros urbanos, mas
Algumas perguntas podem nos ajudar: também no interior.
Ø Para que serve esse texto na sociedade?
Ø O que esse texto revela sobre o locutor? Percebemos que tal construção confere-nos a ideia de adição em comparar
Ø O que se espera que eu faça depois de ler esse texto? ambas as situações em que a violência se manifesta.
Compreendendo a intenção comunicativa do texto, podemos também
Quanto mais... (tanto) mais:
escolher até que ponto desejamos participar no processo comunicativo. Isto
é, podemos envolvermo-nos mais ou menos, de acordo com nossas neces-
Atualmente, quanto mais se aperfeiçoa o profissionalismo, mais chan-
sidades, possibilidades, desejos etc.
ces tem de se progredir.
A escola, como instituição, no entanto, tem sido muito eficiente em 'ma-
tar' as intenções comunicativas dos textos. Em todas os componentes Ao nos atermos à noção de progressão, podemos identificar a construção
curriculares. Seja por reduzir os textos a intenções distorcidas daquelas paralelística.
para as que foram produzidos; seja por simplesmente ignorar o processo
social que deu origem a tais textos. José Luís Landeira Seja... Seja; Quer... Quer; Ora... Ora:
Paralelismo Sintático e Paralelismo Semântico - recursos A cordialidade é uma virtude aplicável em quaisquer circunstâncias,
que compõem o estilo textual seja no ambiente familiar, seja no trabalho.
Notadamente, a construção textual é concebida como um procedimento Confere-se a aplicabilidade do recurso mediante a ideia de alternância.
dotado de grande complexidade, haja vista que o fato de as ideias emergi-
rem com uma certa facilidade não significa transpô-las para o papel sem a Tanto... Quanto:
devida ordenação. Tal complexidade nos remete à noção das competências
inerentes ao emissor diante da elaboração do discurso, dada a necessidade As exigências burocráticas são as mesmas, tanto para os veteranos,
de este se perfazer pela clareza e precisão. quanto para os calouros.
Infere-se, portanto, que as competências estão relacionadas aos conheci- Mediante a ideia de adição, acrescida àquela de equivalência, constata-se
mentos que o usuário tem dos fatos linguísticos, aplicando-os de acordo a estrutura paralelística.
com o objetivo pretendido pela enunciação. De modo mais claro, ressalta-
mos a importância da estrutura discursiva se pautar pela pontuação, con- Não... E não/nem:
cordância, coerência, coesão e demais requisitos necessários à objetivida-
de retratada pela mensagem. Não poderemos contar com o auxílio de ninguém, nem dos alunos,
nem dos funcionários da secretaria.
Atendo-nos de forma específica aos inúmeros aspectos que norteiam os já
citados fatos linguísticos, ressaltamos determinados recursos cuja função Recurso este empregado quando se quer atribuir uma sequência negativa.
se atribui por conferirem estilo à construção textual – o paralelismo sintático
e semântico. Caracterizam-se pelas relações de semelhança existente Por um lado... Por outro:
entre palavras e expressões que se efetivam tanto de ordem morfológica
(quando pertencem à mesma classe gramatical), sintática (quando há Se por um lado, a desistência da viagem implicou economia, por
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 4 - De acordo com o texto, os brasileiros são (A) Thierry Henry ter dado um passe com a mão para o gol da França.
piores do que outros povos em (B) a Gillette ter modificado a publicidade do futebolista francês.
(A) eficiência de correios e andar a pé. (C) a Gillete não concordar com que a França dispute a Copa do Mundo.
(B) ajuste de relógios e andar a pé. (D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de dólares anuais com a propaganda.
(C) marcar compromissos fora de hora. (E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que a França se classificou.
(D) criar desculpas para atrasos.
(E) dar satisfações por atrasos. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 8 - A expressão o gato subiu no telhado é parte
de uma conhecida anedota em que uma mulher, depois de contar abrupta-
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 5 - Pondo foco no processo de coesão textual mente ao marido que seu gato tinha morrido, é advertida de que deveria ter
do 2.º parágrafo, pode-se concluir que Levine é um dito isso aos poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no telhado,
(A) jornalista. depois, que tinha caído e, depois, que tinha morrido. No texto em questão,
(B) economista. a expressão pode ser interpretada da seguinte maneira:
(C) cronometrista.
(D) ensaísta. (A) foi com a “mão do gato” que Thierry assegurou a classificação da Fran-
(E) psicólogo. ça.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo. As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo
"Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem
website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is cada vez mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como
doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa lingua- mostram dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência,
gem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica. congestionamentos, acidentes, poluição e altos custos de manutenção da
Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais problemas
estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no desses municípios.
caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais,
provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas
científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a inter- frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilida-
net está provocando danos em partes do cérebro que constituem a base do de de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm
que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a colaborado para a realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros
sentimentos como compaixão e piedade. desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas
O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes estímu- distâncias, mesmo perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos
los, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo
e imagens, traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas. No aumento da frota.
entanto, esse ganho se dá à custa da perda da capacidade de alimentar Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para milhões de brasi-
nossa memória de longa duração e estabelecer raciocínios mais sofistica- leiros de todas as regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em se-
dos. Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de gundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo o país, um crescimento
exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e de 66% nos últimos nove anos. Não por acaso oito Estados já registram
elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência, com base em mais mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios.
estudos científicos sobre o impacto da internet no cérebro humano. Segun- (O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de setembro de 2010,
do o autor, quando navegamos na rede, "entramos em um ambiente que com adaptações)
promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado super-
ficial." (MP/RS – 2010 – FCC) 13 - Não por acaso oito Estados já registram mais
A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. A afirmativa final do
do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga texto surge como
gigantesca de informações, imersos no mundo virtual, mais nossas mentes (A) constatação baseada no fato de que os brasileiros desejam possuir um
são afetadas. E não se trata apenas de pequenas alterações, mas de carro, mas perdem muito tempo em congestionamentos.
mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa dispersão da atenção (B) observação irônica quanto aos problemas decorrentes do aumento na
vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão.(Thomaz Wood utilização de carros, com danos provocados ao meio ambiente.
Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações) (C) comprovação de que a compra de um carro é sinônimo de status e, por
isso, constitui o maior sonho de consumo do brasileiro.
(MP/RS – 2010 – FCC) 11 - O assunto do texto está corretamente resumi- (D) hipótese de que a vida nas cidades menores tem perdido qualidade,
do em: pois os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros até
(A) O uso da internet deveria motivar reações contrárias de inúmeros para percorrer curtas distâncias.
especialistas, a exemplo de Nicholas Carr, que procura descobrir as cone- (E) conclusão coerente com todo o desenvolvimento, a partir de um título
xões entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o funcionamento do que poderia ser: Carro, problema que se agrava.
cérebro.
(B) O mundo virtual oferecido pela internet propicia o desenvolvimento de (MP/RS – 2010 – FCC) 14 - As ideias mais importantes contidas no 2o
diversas capacidades cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa parágrafo constam, com lógica e correção, de:
navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em termos científicos. (A) A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns elementos
(C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente da internet produz alterações que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro nas cida-
no funcionamento do cérebro, pois estimula leituras superficiais e distraí- des menores, e os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus
das, comprometendo a formulação de raciocínios mais sofisticados. carros para percorrer curtas distâncias, além dos congestionamentos e dos
(D) Usar a internet estimula funções cerebrais, pelas facilidades de percep- alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo
ção e de domínio de assuntos diversificados e de formatos diferenciados de aumento da frota.
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja
1. Para (verbo) de para (preposição)
um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo”
são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras.
“Esse carro velho para em toda esquina”.
“Estarei voltando para casa daqui a uma hora”.
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
Mas e mais
Exemplos: emergir, surgir. depois da letra a, desde que não seja radical A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, de-
terminado com j. vendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário.
Exemplos: ágil, agente. Vejamos, pois:
Escreve-se com J e não com G: Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário.
Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de
• as palavras de origem latinas intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”. Observemos:
Ele escolheu a camiseta mais cara da loja.
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
• as palavras de origem árabe, africana ou exótica. Onde e aonde
“Aonde” resulta da combinação entre “a + onde”, indicando movimento para
algum lugar. É usada com verbos que também expressem tal aspecto (o de
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona. movimento). Assim, vejamos:
Aonde você vai com tanta pressa?
• as palavras terminada com aje. “Onde” indica permanência, lugar em que se passa algo ou que se está.
Portanto, torna-se aplicável a verbos que também denotem essa caracterís-
Exemplos: laje, ultraje tica (estado ou permanência). Vejamos o exemplo:
Onde mesmo você mora?
O fonema ch:
Que e quê
O “que” pode assumir distintas funções sintáticas e morfológicas, entre elas
Escreve-se com X e não com CH: a de pronome, conjunção e partícula expletiva de realce:
Convém que você chegue logo. Nesse caso, o vocábulo em questão atua
• as palavras de origem tupi, africana ou exótica. como uma conjunção integrante.
Já o “quê”, monossílabo tônico, atua como interjeição e como substantivo,
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro. em se tratando de funções morfossintáticas:
Ela tem um quê de mistério.
• as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Mal e mau
“Mal” pode atuar com substantivo, relativo a alguma doença; advérbio,
Exemplos: xampu, lagartixa. denotando erradamente, irregularmente; e como conjunção, indicando
• depois de ditongo. Exemplos: frouxo, feixe. depois de en. tempo. De acordo com o sentido, tal expressão sempre se opõe a bem:
Como ela se comportou mal durante a palestra. (Ela poderia ter se compor-
tado bem)
Exemplos: enxurrada, enxoval “Mau” opõe-se a bom, ocupando a função de adjetivo:
Observação: Pedro é um mau aluno. (Assim como ele poderia ser um bom aluno)
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch -
Cheio - (enchente) Ao encontro de / de encontro a
“Ao encontro de” significa ser favorável, aproximar-se de algo:
Escreve-se com CH e não com X: Suas ideias vão ao encontro das minhas. (São favoráveis)
• as palavras de origem estrangeira “De encontro a” denota oposição a algo, choque, colisão:
O carro foi de encontro ao poste.
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche,
salsicha. Afim e a fim
“Afim” indica semelhança, relacionando-se com a ideia relativa à afinidade:
http://www.comoescreve.com/2013/02
Na faculdade estudamos disciplinas afins.
Dessa forma, segue abaixo uma lista das principais palavras que normal PROJÉTIL / PROJETIL: ambas as formas têm o mesmo significado, apesar
de a primeira ser paroxítona e a segunda oxítona. Plurais: PROJÉTEIS /
ACRÓBATA / ACROBATA: esta palavra, COMO MUITAS OUTRAS DE PROJETIS.
NOSSA lÍNGUA, admite as duas pronúncias: acróbata, com ênfase na
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PUDICO: (aquele que tem pudor, envergonhado): palavra paroxítona (ênfa- 100 erros de português de A a Z.
se na sílaba "di").
RECORDE: deve ser pronunciada como paroxítona (recórde). A lista não é pequena e é bem provável que você já tenha cometido alguns
deles. Por isso, todo cuidado é pouco, os especialistas advertem que
RÉPTIL / REPTIL: mesmo caso da palavra PROJÉTIL. Plurais. RÉPTEIS / tropeçar no português pode prejudicar sua carreira. É uma lista grande,
REPTIS. mas vale a pena ficar atento e conferir as dicas para nunca mais errar:
RUBRICA: palavra paroxítona, e não proparoxítona como se costuma
pensar (ênfase na sílaba "bri"). 1 A / há
Erro: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.
RUIM: palavra oxítona (ruím). Forma correta: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.
Explicação: Para indicar tempo passado usa-se o verbo haver.
RUPIA / RÚPIA: a primeira forma se refere à moeda utilizada na Indonésia
(força no "i") e a segunda é relativa a uma planta aquática (com ênfase no 2 A champanhe / o champanhe
"ú"). Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.
SUBSÍDIOS: a pronúncia correta é com som de "ss", e não "z" (subssídios). Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.
Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe”
SUTIL e SÚTIL: a primeira forma, sendo oxítona, significa "tênue, delicado, provém do francês “champagne” e é um substantivo masculino.
hábil"; a segunda, paroxítona, significa "tudo aquilo que é composto de
pedaços costurados". 3 A cores / em cores
TÓXICO: pronuncia-se com o som de "cs" = tócsico. Erro: O material da apresentação será a cores
Forma correta: O material da apresentação será em cores
Nota Explicação: Se o correto é material em preto em branco, o certo é dizer
Existe alguma discordância quanto ao som do "x" de "hexa-". O Dicionário material em cores.
Aurélio - Século XXI, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa - da
Academia Brasileira de Letras, e o dicionário de Caldas Aulete dizem que 4 A domicílio/ em domicílio
esse "x" deve ter o som de "cs", e deve ser pronunciado como o "x" de Erro: O serviço engloba a entrega a domicílio
"fixo", "táxi", "tóxico", etc. Já o "Houaiss" diz que esse "x" corresponde a "z", Forma correta: O serviço engloba a entrega em domicílio.
portanto deve ser lido como o "x" de "exame", "exercício", "êxodo", etc.. Na Explicação: No caso de entrega usa-se a forma em domicílio. A forma a
língua falada do Brasil, nota-se interessante ambiguidade: o "x" de "hexá- domicílio é usada para verbos de movimento. Exemplo: Foram levá-lo a
gono" normalmente é lido como "z", mas o de "hexacampeão" costuma ser domicílio.
lido como "cs". Por: Eduardo Fernandes Paes
5 A prazo/ em longo prazo
Casos mais frequentes de pronúncias diferentes da Erro: A longo prazo, serão necessárias mudanças.
língua padrão: Forma correta: Em longo prazo, serão necessárias mudanças.
Explicação: Usa-se a preposição em nos seguintes casos: em longo prazo,
em curto prazo e em médio prazo.
8 A pouco/ há pouco
Erro: O diretor chegará daqui há pouco.
Forma correta: O diretor chegará daqui a pouco.
Explicação: Nesse caso, há pouco indica ação que já passou, pode ser
substituído por faz pouco tempo. A pouco indica ação que ainda vai ocorrer,
a ideia é de futuro.
10 À rua/ Na rua
Erro: José, residente à rua Estados Unidos, era um cliente fiel.
Forma correta: José, residente na rua Estados Unidos, era um cliente fiel.
http://www.portugues.com.br/gramatica/ortoepia-prosodia.html Explicação: Os vocábulos residir, morador, residente, situado e sito pedem
o uso da preposição em.
93 Senão/ se não Artigo sobre significação das palavras: sinônimos, antônimos, parônimos e
Erro: Senão fizer o relatório, não cumprirá a meta. homônimos com exemplos e questões extraídos dos principais vestibulares
Forma correta: Se não fizer o relatório, não cumprirá a meta. e concursos do país.
Explicação: Para dar a ideia de “caso não faça o relatório”, como no
exemplo acima, o certo é utilizar a forma separada. Senão (em uma só Significação das palavras
palavra) tem vários significados, do contrário, de outra forma, aliás, a não
ser, mais do que, menos, com exceção de, mas, mas sim, mas também, Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:
defeito, erro, de repente, subitamente.
Sinônimos
São palavras diferentes na forma, mas iguais ou semelhantes na significa-
ção. Os sinônimos podem ser:
94 Seríssimo/ seriíssimo
Erro: O problema é seríssimo. a) perfeitos
Forma correta: O problema é seriíssimo. b) imperfeitos
Explicação: Os adjetivos terminados em io antecedido de consoante
possuem o superlativo com ii. Sinônimos Perfeitos
95 Somos em/ somos Se a significação é igual, o que é raro.
Erro: No escritório, somos em cinco analistas.
Forma correta: No escritório, somos cinco analistas. Exemplos:
Explicação: Não há necessidade de empregar a preposição “em”.
cara – rosto
96 Tão pouco/ tampouco léxico – vocabulário
Erro: Não fala inglês, tão pouco espanhol. falecer – morrer
Forma correta: Não fala inglês, tampouco espanhol escarradeira – cuspideira
Explicação: Tão pouco equivale a muito pouco. Já tampouco pode signifi- língua – idioma
car: também não, nem sequer e nem ao menos.
Sinônimos Imperfeitos
Polissemia Exemplos:
Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar colher (substantivo) – colher (verbo)
mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja selo (substantivo) – selo (verbo)
alguns exemplos de palavras polissêmicas: sede(residência) – sede (vontade de beber água)
cará (planta) – cara (rosto)
cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca) sabia (verbo saber) – sabiá (pássaro) – sábia (feminino de sábio)
banco (instituição comercial financeira, assento)
Observação: As palavras podem ser ao mesmo tempo homônimos
manga (parte da roupa, fruta) homófonos e homônimos homógrafos
Homônimos Exemplos:
mato (bosque) – mato (verbo)
Vem do grego “homós” que quer dizer: “igual”, “ónymon” que significa livre (solto) – livre (verbo livrar)
“nome”. Apresentam identidade de sons ou de forma, mas de significados rio (verbo rir) – rio (curso de água natural)
diferentes. amo (verbo amar) – amo (servo)
As palavras Homônimas podem ser: canto (ângulo) – canto (verbo cantar)
fui (verbo ser) – fui (verbo ir)
a) Homônimos homófonos
b) Homônimos homógrafos Parônimos
Homônimos Homófonos São quando duas ou mais palavras apresentam grafia e pronúncia pareci-
das, mas significados diferentes.
São os que têm som igual e significação diferente.
Exemplos:
Exemplos:
recrear (divertir, alegrar) recriar (criar novamente)
cerrar (fechar) serrar (cortar)
sortir (abastecer) surtir (produzir efeito)
chá (bebida) xá (soberano do Irã)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
cheque (ordem de pagamento) xeque (lance do jogo de xadrez)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
concertar (ajustar, combinar) consertar (corrigir, reparar)
vultoso (volumoso) vultuoso (atacado de congestão na face)
coser (costurar) cozer (preparar alimentos)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
esperto (inteligente, perspicaz) experto (experiente, perito)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
espiar (observar, espionar) expiar (reparar falta mediante cumpri-
mento de pena) infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
estrato (camada) extrato (o que se extrai de) mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
incerto (não certo, impreciso) inserto (introduzido, inserido) emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia) esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa) estada (permanência de pessoas) estadia (permanência de veículos)
acender (pôr fogo) ascender (subir) fusível (o que funde) fuzil (arma)
acento (símbolo gráfico) assento (lugar em que se senta) absolver (perdoar, inocentar) absorver (sorver, aspirar)
apreçar (ajustar o preço) apressar (formar rápido) arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
Há palavras que podem ser grafadas de duas maneiras, sendo ambas As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
aceitas em Português pela norma de língua culta. figurado:
Construí um muro de pedra - sentido próprio
Exemplos: Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
A água pingava lentamente – sentido próprio.
contacto contato
caracter caráter ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.
óptica ótica
secção seção
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários
cota quota
elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das
catorze quatorze
palavras.
cociente quociente
cotidiano quociente
Exs.:
cinzeiro = cinza + eiro
Fonte:: www.algosobre.com.br/
endoidecer = en + doido + ecer
www.exerciciosdeportugues.com.br
predizer = pre + dizer
www.mundovestibular.com.br
Postado por cleiton silva
Os principais elementos móficos são :
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
grau. ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que Ênclise
representa o livreiro) com O (que representa o livro).
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a
ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como
direto ou indireto.
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas
O pai esperava-o na estação agitada.
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos
Expliquei-lhe o motivo das férias.
indiretos:
O menino convidou-a. (V.T.D )
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
O filho obedece-lhe. (V.T. l )
ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
verbos transitivos diretos:
3. Com o imperativo afirmativo:
Eu lhe vi ontem. (errado)
Companheiros, escutai-me.
Nunca o obedeci. (errado)
4. Com o infinitivo impessoal:
Eu o vi ontem. (certo)
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Nunca lhe obedeci. (certo)
destino na mesa.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar,
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in-
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio
finitivo:
franco.
Deixei-o sair.
Vi-o chegar.
Próclise
Sofia deixou-se estar à janela.
Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol-
interrogativos e conjunções.
vendo as orações reduzidas de infinitivo:
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:
Quem lhe ensinou esses modos?
A mim, ninguém me engana.
Quem os ouvia, não os amou.
A ti tocou-te a máquina mercante.
Que lhes importa a eles a recompensa?
Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas-
2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
mo vicioso e sim ênfase.
Papai do céu o abençoe.
A terra lhes seja leve.
11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,
3. Com o gerúndio precedido da preposição EM:
exercendo função sintática de adjunto adnominal:
Em se animando, começa a contagiar-nos.
Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.
Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja
pausa entre eles.
12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.
déstia:
Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes.
Mesóclise
Vós sois minha salvação, meu Deus!
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam
13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando
precedidos de palavras que reclamem a próclise.
nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris.
falamos dessa pessoa:
Dir-se-ia vir do oco da terra.
Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
Vossa Excelência já aprovou os projetos?
Mas:
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris.
Jamais se diria vir do oco da terra.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,
Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível:
VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª
Lembrarei-me (!?)
pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como
Diria-se (!?)
pronomes de terceira pessoa:
CRER REQUERER
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam requereram
Conjugam-se como crer, ler e descrer Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,
requerereis, requereram
DIZER Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem requererão
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, ríeis, requereriam
disseram Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam requeiram
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, requerêsseis, requeressem,
dissesse Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem requerem
Particípio dito Gerúndio requerendo
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer Particípio requerido
O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
FAZER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem REAVER
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão ram
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis,
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam reouveram
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, vésseis, reouvessem
fizessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem reouverem
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-
ta a letra v
PERDER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem SABER
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,
PODER soubéreis, souberam
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam soubessem
Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
puderam
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam VALER
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
pudessem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Gerúndio podendo TRAZER
Particípio podido Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
imperativo negativo Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,
PROVER trouxéreis, trouxeram
Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam
Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam
Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê- Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam
reis, proveram Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão trouxessem
Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove- Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe-
riam rem
Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Gerúndio trazendo
Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, Particípio trazido
provessem
Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem VER
Gerúndio provendo Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem
Particípio provido Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram
QUERER Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês
Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam
Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem
Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé- Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
ABOLIR OUVIR
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, Particípio ouvido
aboliram
Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão PEDIR
Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Presente do subjuntivo não há Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
abolissem Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam
Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
Imperativo afirmativo abole, aboli
Imperativo negativo não há POLIR
Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Infinitivo impessoal abolir Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Gerúndio abolindo Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
Particípio abolido
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. REMIR
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
AGREDIR Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam RIR
Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
COBRIR Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
Particípio coberto Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
FALIR Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do indicativo falimos, falis Gerúndio rindo
Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Particípio rido
Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Conjuga-se como rir: sorrir
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão VIR
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Presente do subjuntivo não há Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Imperativo afirmativo fali (vós) Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
Imperativo negativo não há Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Gerúndio falindo Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Particípio falido Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
FERIR Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Gerúndio vindo
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Particípio vindo
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir
MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é
emprego do ordinal. uma conjunção.
Hoje é primeiro de setembro
Não é aconselhável iniciar período com algarismos No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando
16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia orações: são também conjunções.
A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi- Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da
nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois mesma oração.
(= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse
caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um, No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa
página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a
folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o conjunção E é coordenativa.
numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção
ARTIGO QUANDO é subordinativa.
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná- As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas.
los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Dividem-se em As conjunções coordenativas podem ser:
• definidos: O, A, OS, AS 1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas
• indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. também, mas ainda, senão também, como também, bem como.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). Não aprovo nem permitirei essas coisas.
Os livros não só instruem mas também divertem.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam
geral. as flores.
Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde- 2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com-
terminado). pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape-
É marcante, em nossos compêndios, a polêmica quanto à existên- – processo de hierarquização de estruturas em que as orações
cia e à caracterização da correlação, entendida como processo sintático são sintaticamente dependentes. (cf. Rodrigues, 2007: 227);
distinto da coordenação e da subordinação. A maioria dos gramáticos
tradicionais, por influência da Nomenclatura Gramatical Brasileira, não b) Coordenação
incluiu em suas obras a correlação, apesar de esta apresentar especificida-
des bem particulares em relação aos processos mais canônicos de estrutu- – processo em que as orações são sintaticamen-
ração sintática. te independentes uma das outras, caracterizando-se pelo fato
de implicarem paralelismo de funções ou valores sintáticos idên-
ticos. (cf. Rodrigues, 2007: 227);
A despeito de a NGB preconizar apenas a existência dos proces-
sos sintáticos de subordinação e coordenação, no âmbito do chamado
período composto, houve vozes e opiniões dissonantes ao longo do percur- c) Correlação
so de sua normatização. Chediak (1960: 74), consultado acerca do assun-
to, na época da elaboração da NGB, afirmou: “É lamentável que o Antepro- – processo em que “duas orações são formalmen-
jeto tenha excluído a correlação e a justaposição como processos de com- te interdependentes, relação materializada por meio de ex-
posição de período”. pressões correlatas”. (cf. Rodrigues, 2007: 231)
Ainda durante o período de consultas para a elaboração da NGB, Melo (1978: 152) também considera a correlação como
um terceiro processo de estruturação sintática, distinto da subor-
Chediak (1960: 213) nos informa que o Departamento de Letras da Univer-
dinação e da coordenação. Vejamos:
sidade do Rio Grande do Sul, em 1958, também requereu a inclusão deste
processo de estruturação sintática como distinto da subordinação e da (A correlação) é um processo sintático irredutível a qualquer dos
coordenação. outros dois (subordinação ou coordenação), um processo mais
Rodrigues (2007: 232-233) também advoga a existência Percebemos que os argumentos em defesa da correlação
da correlação como um processo que se distingue dos demais, como um terceiro processo de estruturação sintática são bastante
por conta das seguintes características: contundentes. Entretanto, a maioria dos gramáticos prefere não
considerá-la como um processo distinto dos demais, provavel-
1º - a correlação apresenta conjunções que vêm aos pa-
mente por influência da tradição normativista. Assim, a investi-
res, cada elemento do par em uma oração;
gação da questão apresenta-se como altamente relevante para
2º - no período composto por correlação, as orações não nossos estudos vernáculos.
podem ter sua ordem invertida, isto é, não apresentam a
mobilidade posicional típica das subordinadas adverbiais;
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
3º - as correlatas não podem ser consideradas parte
constituinte de outra, como ocorre com as substantivas,
as adverbiais e as adjetivas. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante
Vejamos um pequeno exemplário oferecido por Rodri- se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
gues, seguido de uma proposta de classificação, oferecida pela
autora (2007):
Principais Casos de Concordância Nominal
(01) Hoje eu trabalho mais do que trabalhava. (Rodri- 1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
gues, 2001:57) → Correlação comparativa. gênero e número com o substantivo.
(02) Quanto mais o conheço, tanto mais o admiro. (Cu- As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
nha & Cintra, 2001:593) → Correlação proporcional. 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
normalmente para o plural.
(03) Trabalhou tanto que adoeceu. (Luft, 2000:61) Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
→ Correlação consecutiva.
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
(04) Não só trabalha de dia, senão que estuda à noite. para o masculino plural.
(Rocha Lima, 1999:261) → Correlação aditiva. Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
(05) Você ou estuda ou trabalha, as duas coisas serão 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
muito difíceis. (Castilho, 2004:143) → Correlação alter- próximo:
nativa. Trouxe livros e revista especializada.
5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi-
mo.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
sofrem variação normalmente. terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
Esses pneus custam caro. este sua impessoalidade.
Conversei bastante com eles. Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Conversei com bastantes pessoas. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
Estas crianças moram longe.
Conheci longes terras. CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER
CONCORDÂNCIA VERBAL 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
CASOS GERAIS RECER concordam com o predicativo.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Aquilo é ilusão.
O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
O pessoal ainda não chegou. corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
A turma não gostou disso. Que são florestas equatoriais?
Um bando de pássaros pousou na árvore. Quem eram aqueles homens?
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
Os Estados Unidos são um grande país. a expressão numérica.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. São oito horas.
Os Alpes vivem cobertos de neve. Hoje são 19 de setembro.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Flores já não leva acento.
O Amazonas deságua no Atlântico. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. fica no singular.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Três batalhões é muito pouco.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen- Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
temente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
Maria era as flores da casa.
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O homem é cinzas. • APONTAR, MIRAR - objeto direto
O artilheiro visou a meta quando fez o gol.
6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER • pör o sinal de visto - objeto direto
concorda com o predicativo. O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia.
Dançar e cantar é a sua atividade.
Estudar e trabalhar são as minhas atividades. 11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores.
7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER Desobedeceram às leis do trânsito.
concorda com o pronome.
A ciência, mestres, sois vós. 12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE
Em minha turma, o líder sou eu. • exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos.
8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo, Ele estabeleceu-se na Avenida São João.
apenas um deles deve ser flexionado.
Os meninos parecem gostar dos brinquedos. 13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo.
Os meninos parece gostarem dos brinquedos. Essas tuas justificativas não procedem.
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A.
Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati- O secretário procedeu à leitura da carta.
calmente do outro.
14. ESQUECER E LEMBRAR
A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
adjetivos). Esqueci o nome desta aluna.
Lembrei o recado, assim que o vi.
Exemplos: • quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto:
Esqueceram-se da reunião de hoje.
- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM Lembrei-me da sua fisionomia.
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
PARA = passagem 15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
A regência verbal trata dos complementos do verbo. • pagar - Pago o 13° aos professores.
• dar - Daremos esmolas ao pobre.
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
• agradecer - Agradeço as graças a Deus.
• pretender (transitivo indireto)
• pedir - Pedi um favor ao colega.
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
2. OBEDECER - transitivo indireto
O amor implica renúncia.
Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
3. PAGAR - transitivo direto e indireto
COM:
Já paguei um jantar a você.
O professor implicava com os alunos
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi-
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
ção EM:
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
Implicou-se na briga e saiu ferido
Prefiro Comunicação à Matemática.
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A:
6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
Informei-lhe o problema.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
7. ASSISTIR - morar, residir:
Assisto em Porto Alegre.
18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
• amparar, socorrer, objeto direto
como sujeito:
O médico assistiu o doente.
O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto
pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
Assistimos a um belo espetáculo.
ficuldade, será objeto indireto.
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto
Custou-me confiar nele novamente.
Assiste-lhe o direito.
Custar-te-á aceitá-la como nora.
8. ATENDER - dar atenção
Atendi ao pedido do aluno. Funções da Linguagem
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva,
Atenderam o freguês com simpatia. expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem
avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular
9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja,
A moça queria um vestido novo. não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos,
O professor queria muito a seus alunos. jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O
Todos visamos a um futuro melhor. Popular, 16 out. 2008.
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas Substantivo: equivale a alguma coisa.
emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do
emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, Nesse caso, virá sempre antecedida de artigo ou outro determinante, e
apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, receberá acento por ser monossílabo tônico terminado em e. Como subs-
interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois tantivo, designa também a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra
transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe
Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, etc.)
romântico.
Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do direto)
bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros
amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal em que o auxiliar é o
Carlos Drummond de Andrade) verbo ter.
Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não exerce função
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o sintática.
receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos),
sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam Tenho que sair agora.
estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa Ele tem que dar o dinheiro hoje.
(Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de
função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo
autoridade. algum para o sentido.
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!
Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é nome indica, é usada apenas para dar realce. Como partícula expletiva,
quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um aparece também na expressão é que.
poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:
Quase que não consigo chegar a tempo.
“Pegue um jornal Elas é que conseguiram chegar.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando
Recorte o artigo.” funciona como advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto
adverbial; no caso, de intensidade.
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o
código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema. Que lindas flores!
Que barato!
Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o
emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:
ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso recep- • pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o
tor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando na oração consequente. Equivale a o qual e flexões.
atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”. Não encontramos as pessoas que saíram.
Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos • pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substanti-
através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das vo ou pronome adjetivo.
palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de
combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários, publi-
citários e em letras de música. • pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substan-
tivo, a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito,
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0 objeto direto, objeto indireto, etc.)
Que aconteceu com você?
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma
combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, • pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função
de acordo com o poeta. sintática de adjunto adnominal.
Por Sabrina Vilarinho
Que vida é essa?
Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de exclamação. Usa-se Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa explicativa)
também a variação o quê! A palavra que não exerce função sintática Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa consecutiva)
quando funciona como interjeição.
Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a palavra que recebe o
Quê! Você ainda não está pronto? nome de conjunção subordinativa integrante.
O quê! Quem sumiu?
Desejo que você venha logo.
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce Daremos a seguir alguns exemplos:
função sintática. Como conjunção, a palavra se pode ser:
Encontre o termo em destaque que está erradamente empregado:
A) Senão chover, irei às compras.
* conjunção subordinativa integrante: inicia uma oração subordinada subs- B) Olharam-se de alto a baixo.
tantiva. C) Saiu a fim de divertir-se
Perguntei se ele estava feliz. D) Não suportava o dia-a-dia no convento.
E) Quando está cansado, briga à toa.
* conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condici- Alternativa A
onal (equivale a caso).
Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas. Ache a palavra com erro de grafia:
A) cabeleireiro ; manteigueira
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase sem prejuízo B) caranguejo ; beneficência
algum para o sentido. Nesse caso, a palavra se não exerce função sintáti- C) prazeirosamente ; adivinhar
ca. Como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce. D) perturbar ; concupiscência
Passavam-se os dias e nada acontecia. E) berinjela ; meritíssimo
Alternativa C
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos verbos pronominais.
Nesse caso, o se não exerce função sintática. Identifique o termo que está inadequadamente empregado:
Ele arrependeu-se do que fez. A) O juiz infligiu-lhe dura punição.
B) Assustou-se ao receber o mandato de prisão.
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede objeto direto, caracteriza C) Rui Barbosa foi escritor preeminente de nossas letras.
as orações que estão na voz passiva sintética. É também chamada de D) Com ela, pude fruir os melhores momentos de minha vida.
pronome apassivador. Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel E) A polícia pegou o ladrão em flagrante.
é apenas apassivar o verbo. Alternativa B
Trabalha-se de dia. Assinale a alternativa cuja concordância nominal não está de acordo com o
Precisa-se de vendedores. padrão culto:
A) Anexa à carta vão os documentos.
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome pessoal, ela deverá B) Anexos à carta vão os documentos.
estar sempre na mesma pessoa do sujeito da oração de que faz parte. Por C) Anexo à carta vai o documento.
isso o pronome oblíquo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mes- D) Em anexo, vão os documentos.
mo), podendo assumir as seguintes funções sintáticas: Alternativa A
* objeto direto Identifique a única frase onde o verbo está conjugado corretamente:
Ele cortou-se com o facão. A) Os professores revêm as provas.
B) Quando puder, vem à minha casa.
C) Não digas nada e voltes para sua sala.
* objeto indireto D) Se pretendeis destruir a cidade, atacais à noite.
Ele se atribui muito valor. E) Ela se precaveu do perigo.
Alternativa E
* sujeito de um infinitivo
“Sofia deixou-se estar à janela.” Encontre a alternativa onde não há erro no emprego do pronome:
A) A criança é tal quais os pais.
Por Marina Cabral B) Esta tarefa é para mim fazer até domingo.
C) O diretor conversou com nós.
D) Vou consigo ao teatro hoje à noite.
E) Nada de sério houve entre você e eu.
CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES Alternativa A
CORRETAS E INCORRETAS
Que frase apresenta uso inadequado do pronome demonstrativo?
A) Esta aliança não sai do meu dedo.
O reconhecimento de frases corretas e incorretas abrange praticamente
B) Foi preso em 1964 e só saiu neste ano.
toda a gramática.
C) Casaram-se Tânia e José; essa contente, este apreensivo.
Os principais tópicos que podem aparecer numa frase correta ou incorreta
D) Romário foi o maior artilheiro daquele jogo.
são:
- ortografia E) Vencer depende destes fatores: rapidez e segurança.
- acentuação gráfica Alternativa C
Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes ca- Figuras de sintaxe. No tocante à colocação dos termos na frase, salien-
sos: (1) nas orações interrogativas (Que espécie de homem é ele?); (2) nas tem-se as seguintes figuras de sintaxe: (1) hipérbato -- intercalação de um
exclamativas (Que bonito é esse lugar!). termo entre dois outros que se relacionam: "O das águas gigante caudalo-
so" (= O gigante caudaloso das águas); (2) anástrofe -- inversão da ordem
Colocação do adjetivo como adjunto adnominal. A posposição do ad- normal de termos sintaticamente relacionados: "Do mar lançou-se na gela-
junto adnominal ao substantivo é a sequência que predomina no enunciado da areia" (= Lançou-se na gelada areia do mar); (3) prolepse -- transposi-
lógico (livro bom, problema fácil), mas não é rara a inversão dessa ordem: ção, para a oração principal, de termo da oração subordinada: "A nossa
(Uma simples advertência [anteposição do adjetivo simples, no sentido de Corte, não digo que possa competir com Paris ou Londres..." (= Não digo
mero]. O menor descuido porá tudo a perder [anteposição dos superlativos que a nossa Corte possa competir com Paris ou Londres...); (4) sínquise --
relativos: o melhor, o pior, o maior, o menor]). A anteposição do adjetivo, alteração excessiva da ordem natural das palavras, que dificulta a compre-
em alguns casos, empresta-lhe sentido figurado: meu rico filho, um grande ensão do sentido: "No tempo que do reino a rédea leve, João, filho de
homem, um pobre rapaz). Pedro, moderava" (= No tempo [em] que João, filho de Pedro, moderava a
rédea leve do reino). ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Colocação dos pronomes átonos. O pronome átono pode vir antes do
verbo (próclise, pronome proclítico: Não o vejo), depois do verbo (ênclise, Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise)
pronome enclítico: Vejo-o) ou no meio do verbo, o que só ocorre com
formas do futuro do presente (Vê-lo-ei) ou do futuro do pretérito (Vê-lo-ia). Por Cristiana Gomes
Verifica-se próclise, normalmente nos seguintes casos: (1) depois de É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a,
palavras negativas (Ninguém me preveniu), de pronomes interrogativos lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
(Quem me chamou?), de pronomes relativos (O livro que me deram...), de
advérbios interrogativos (Quando me procurarás); (2) em orações optativas Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise),
(Deus lhe pague!); (3) com verbos no subjuntivo (Espero que te comportes); no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
(4) com gerúndio regido de em (Em se aproximando...); (5) com infinitivo Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.
regido da preposição a, sendo o pronome uma das formas lo, la, los, las
(Fiquei a observá-la); (6) com verbo antecedido de advérbio, sem pausa PRÓCLISE
(Logo nos entendemos), do numeral ambos (Ambos o acompanharam) ou Usamos a próclise nos seguintes casos:
de pronomes indefinidos (Todos a estimam).
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada,
Ocorre a ênclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) quando o ver- ninguém, nem, de modo algum.
bo inicia a oração (Contaram-me que...), (2) depois de pausa (Sim, conta-
ram-me que...), (3) com locuções verbais cujo verbo principal esteja no - Nada me perturba.
infinitivo (Não quis incomodar-se). - Ninguém se mexeu.
- De modo algum me afastarei daqui.
Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a me-
- Ela nem se importou com meus problemas.
sóclise é de regra, no início da frase (Chama-lo-ei. Chama-lo-ia). Se o
verbo estiver antecedido de palavra com força atrativa sobre o pronome, (2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme,
haverá próclise (Não o chamarei. Não o chamaria). Nesses casos, a língua embora, logo, que.
moderna rejeita a ênclise e evita a mesóclise, por ser muito formal.
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
Pronomes com o verbo no particípio. Com o particípio desacompanha- - É necessário que a deixe na escola.
do de auxiliar não se verificará nem próclise nem ênclise: usa-se a forma - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.
oblíqua do pronome, com preposição. (O emprego oferecido a mim...).
(3) Advérbios
c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo
brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradá- tal que ela apresente mais de um sentido.
vel. O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou) ou do suspeito?)
d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática. d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede) Paguei cinco mil reais por cada.
e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanima- e) pleonasmo vicioso: consiste na repetição desnecessária de uma
dos predicativos que são próprios de seres animados. ideia.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada. O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.
Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este
f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão as- não é considerado vicioso.
cendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
“Um coração chagado de desejos f) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.
Latejando, batendo, restrugindo.” O menino repetente mente alegremente.
Por Marina Cabral
g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados! PREFIXOS E SUFIXOS MAIS COMUNS
Dizei-me vós, Senhor Deus!” (faculdades, funções, estados, doenças, etc)
algos = dor nevralgia, mialgia
Figuras de palavras bios = vida biologia, biopsia
crásis = temperamento compleição, idiossincrasia
a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente átron = articulação disartria, artralgia
do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido afé = tato disafia, anafilaxia
próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação bulé-vontade abúlico, abulia
em que o conectivo comparativo fica subentendido. cáris = graça eucaristia, carisma
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” crátos = poder, força democracia, plutocracia
dipsa = sede dipsomania, dipsético
b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de signifi- doxa = opinião, glória paradoxo, doxomania
cado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a edema = inchação edematoso, edemaciar
ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados éstesis = sensação sensibilidade, estética, anestesia
não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. éros, érotos = amor erótico, erotofobia
A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. étos, éteos = costume tradição, ética, cacoete
Observe: foné = voz áfono, fonógrafo
Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa) fobos = medo, horror,
aversão fobia, acrofobia
c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para frén, frenós = mente esquizofrenia, frenologia
designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido genos = nascimento eugenia, genética
ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado horama = visão panorama, cosmorama
em sentido figurado. hedoné = prazer hedonismo, hedonista
O pé da mesa estava quebrado. hipnos = sono hipnotismo, hipnose
icon = imagem iconoteca, iconoclasta
d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma gnósis = conhecimento diagnóstico, agnóstico
expressão que o identifique com facilidade: lalia = fala eulalia, dislalia
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles) logos = palavra, discurso logomaquia, logorréia
lépsis = convulsão epilepsia, catalepsia
e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebi- léxis, léxeos = dicção dislexia léxico
BIBLIOGRAFIA/PORTUGUÊS 06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. correta em:
ALMANAQUE ABRIL CULTURAL – Editora Abril/São Paulo (A) As características do solo são as mais variadas possível.
CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP, Editora
(B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
..Scipione, 1994 - 6ª edição.
J. João Campagnaro - (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
http://www.gramaticaportuguesa.com/GLPshop/pt-br/pg_18.html (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
Vários artigos foram extraídos da Internet: Provedores: uol, ig, bol, (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.
terra, google
NOVÍSSIMA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA – Domingos 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de
Paschoal Cegalla flexão de grau.
PORTUGUÊS, teoria e prática – Walter Rossignoli – Editora Ática/SP (A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
BIBLIOTECA INTEGRADA – Claudinei Flores – Editora Lisa S.A. (B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-
Celso Cunha - Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, MEC-
FENAME.
te as férias.
http://www.portugues.com.br/sintaxe/regenomi.asp (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
Pciconcursos.com.br (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim.
Luiz Antonio Sacconi - Nossa Gramática – Teoria e Prática. Editora (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
Atual, 1994.
http://www.portugues.com.br/morfologia/classes/verbos/verbos.asp Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-
Português - GUIA INTENSIVO DE ENSINO GLOBALIZADO - 1º E 2º vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
GRAU E VESTIBULARES – INDÚSTRIA GRÁFICA E EDITORA
LTDA - ERECHIM – RS
http://www.portugues.com.br/morfologia/classes/verbos/conjugacoes.
08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
asp estatal ciência e tecnologia.
(A) à ... sobre o ... do ... para
11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às respeitam as regras de pontuação.
chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
mações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- te, apenas a:
res. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A) seus ... lhes ... los ... lhes
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(C) seus ... nas ... los ... deles
(D) delas ... a elas ... lhes ... seu O livro de registro do processo que você procurava era o que estava
(E) seus ... lhes ... eles ... neles sobre o balcão.
13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem
com o padrão culto. a
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (A) processo e livro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (B) livro do processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (C) processos e processo.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (D) livro de registro.
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. (E) registro e processo.
14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
direto e indireto em: acima:
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. I. há, no período, duas orações;
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. Está correto o contido apenas em
(A) II e IV.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. (B) III e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos (C) I, II e III.
22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. 29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de
Ao transformar os dois períodos simples num único período compos- franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão
to, a alternativa correta é: contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di-
(A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
(B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. possíveis franqueados.
(C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e
(D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. (A) digo ... portanto ... mas
(B) como ... pois ... mas
23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci- (C) ou seja ... embora ... pois
dos galhos da velha árvore. (D) ou seja ... mas ... portanto
Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre (E) isto é ... mas ... como
o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
(A) Quem podou? e Quando podou? 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos
(B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados.
(C) Que jardineiro? e Podou o quê? A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-
(D) Que vizinho? e Que galhos? rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi-
(E) Quando podou? e Podou o quê? da, sem alterar o sentido da frase, é:
(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ...
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores...
correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua- (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...
ção em:
(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. A MISÉRIA É DE TODOS NÓS
(B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social
(C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
(D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tama-
(E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. nho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças
em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro
25. Felizmente, ninguém se machucou. período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil
Lentamente, o navio foi se afastando da costa. também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmen-
Considere: te. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo.
I. felizmente completa o sentido do verbo machucar; No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo
modo; tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte
III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos.
fato;
IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar; Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste.
V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos. Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural,
Está correto o contido apenas em esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem
(A) I, II e III. posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cida-
(B) I, II e IV. des, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e
(C) I, III e IV. se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações
(D) II, III e IV. é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente
(E) III, IV e V. em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da
pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada sim-
26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro..., ples.
indicando concessão, é: Veja, ed. 1735
(A) para poder trabalhar fora.
(B) como havia programado. 31. O título dado ao texto se justifica porque:
(C) assim que recebeu o prêmio. A) a miséria abrange grande parte de nossa população;
(D) porque conseguiu um desconto. B) a miséria é culpa da classe dominante;
9) Mais vícios de linguagem podem ser notados nos exemplos a se- 6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
guir. Identifique-os. a) enxotar - trouxa - chícara.
A - Dividi a maçã em duas metades iguais. b) berinjela - jiló - gipe.
B - Nesse caso, você tem outra alternativa? c) passos - discussão - arremesso.
C - Esse é o elo de ligação entre os crimes. d) certeza - empresa - defeza.
D - A prefeitura municipal pode cuidar disso. e) nervoso - desafio - atravez.
10) Indique as frases com grafia correta, baseada na reforma ortográ- 7. A alternativa que apresenta erro(s) de ortografia é:
fica em vigor desde 1º de janeiro de 2009, a qual tem prazo de implan- a) O experto disse que fora óleo em excesso.
tação no Brasil até 31 de dezembro de 2012. b) O assessor chegou à exaustão.
A - Gosto de geléia de amora. c) A fartura e a escassez são problemáticas.
B - O pântano está cheio de jibóias enormes. d) Assintosamente apareceu enxarcado na sala.
C - Creio num modelo de gestão autossustentável. e) Aceso o fogo, uma labareda ascendeu ao céu.
D - Vocês não veem diferença? Não leem jornais?
E - Averigue: não há feiura nos polos. 8. Assinale a opção cm que a palavra está incorretamente grafada:
a) duquesa.
GABARITO b) magestade.
1-B c) gorjeta.
2-A d) francês.
3-C e) estupidez.
4-A
5-BeC 9. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve
6-AeC com a mesma letra sublinhada na primeira é:
7 - A, B e C a) vez / reve___ar.
8 - Não há erro b) propôs / pu__ eram.
9 - A, B, C e D c) atrás / retra __ ado.
10 - Todas estão corretas d) cafezinho/ blu __ inha.
Folhauol e) esvaziar / e___ tender.
Ortografia 10. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:
a) pran__a / en__er / __adrez.
1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase: b) fei__e / pi__ar / bre__a.
a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário. c) __utar / frou__o / mo__ila.
b) Ele agiu com muita descrição. d) fle__a / en__arcar / li__ar.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição. e) me__erico / en__ame / bru__a.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão. 11. Todas as palavras estão com a grafia correta, exceto:
a) dejeto.
2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial b) ogeriza.
maiúscula, exceto: c) vadear.
a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas. d) iminente.
b) No começo de período, verso ou alguma citação direta. e) vadiar.
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral. 12. A alternativa que apresenta palavra grafada incorretamente é:
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza. a) fixação - rendição - paralisação.
b) exceção - discussão - concessão.
3. Indique a única sequência em que todas as palavras estão grafadas c) seção - admissão - distensão.
corretamente: d) presunção - compreensão - submissão.
a) fanatizar - analizar - frizar. e) cessão - cassação - excurção.
b) fanatisar - paralizar - frisar.
c) banalizar - analisar - paralisar. 13. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corre-
d) realisar - analisar - paralizar. tamente:
e) utilizar - canalisar - vasamento. a) analizar - economizar - civilizar.
b) receoso - prazeirosamente - silvícola.
4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é: c) tábua - previlégio - marquês.
a) hidrólise - hidrolisar. d) pretencioso - hérnia - majestade.
b) comércio - comercializar. e) flecha - jeito - ojeriza.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.
15. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corre- 25. (CESD/98) Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portan-
tamente: to, palavras homônimas. Associe as duas colunas e assinale a alternativa
a) tijela - oscilação - ascenção. com a sequência correta.
b) richa - bruxa - bucha. 1 - conserto ( ) valor pago
c) berinjela - lage - majestade. 2 - concerto ( ) juízo claro
d) enxada - mixto - bexiga. 3 - censo ( ) reparo
e) gasolina - vaso - esplêndido. 4 - senso ( ) estatística
5 - taxa ( ) pequeno prego
16. Marque a única palavra que se escreve sem o h: 6 - tacha ( ) apresentação musical
a) omeopatia. a) 5-4-1-3-6-2
b) umidade. b) 5-3-2-1-6-4
c) umor. c) 4-2-6-1-3-5
d) erdeiro. d) 1-4-6-5-2-3
e) iena.
26. (CFC/98) Assinalar o par de palavras antônimas:
17. (CFS/95) Assinalar o par de palavras parônimas: a) pavor - pânico
a) céu - seu b) pânico - susto
b) paço - passo c) dignidade - indecoro
c) eminente - evidente d) dignidade - integridade
d) descrição - discrição
27. (CFS/97) O antônimo para a expressão "época de estiagem" é:
18. (CFS/95) Assinalar a alternativa em que todas as palavras devem ser a) tempo quente
escritas com "j". b) tempo de ventania
a) __irau, __ibóia, __egue c) estação chuvosa
b) gor__eio, privilé__io, pa__em d) estação florida
c) ma__estoso, __esto, __enipapo
d) here__e, tre__eito, berin__ela 28. (CFS/96) Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da
direita e indicar a sequência correta.
19. (CFC/95) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas 1 - insigne ( ) ignorante
do seguinte período: "Em _____ plenária, estudou-se a _____ de terras a 2 - extático ( ) saliente
_____ japoneses." 3 - insipiente ( ) absorto
a) seção - cessão - emigrantes 4 - proeminente ( ) notável
b) cessão - sessão - imigrantes a) 2-4-3-1
c) sessão - secção - emigrantes b) 3-4-2-1
d) sessão - cessão - imigrantes c) 4-3-1-2
d) 3-2-4-1
20. (CFC/95) Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia:
a) enxofre, exceção, ascensão 29. (ITA/SP) Em que caso todos os vocábulos são grafados com "x" ?
b) abóbada, asterisco, assunção a) __ícara, __ávena, pi__e, be__iga
c) despender, previlégio, economizar b) __enófobo, en__erido, en__erto, __epa
d) adivinhar, prazerosamente, beneficente c) li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e
d) ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear
21. (CFC/95) Assinalar a alternativa que contém um erro de ortografia:
a) beleza, duquesa, francesa 1 A / 2 A / 3 C / 4 D / 5 D / 6 C / 7 D / 8 B / 9 D / 10 E / 11 B / 12 E / 13 E /
b) estrupar, pretensioso, deslizar 14 A / 15 E / 16 B / 17 D / 18 A / 19 D / 20 C / 21 B / 22 B / 23 C / 24 C / 25
c) esplêndido, meteorologia, hesitar A / 26 C / 27 C / 28 B / 29 B pciconcursos
d) cabeleireiro, consciencioso, manteigueira
___________________________________
22. (CFC/96) Assinalar a alternativa correta quanto à grafia das palavras:
a) atraz - ele trás ___________________________________
b) atrás - ele traz
c) atrás - ele trás
___________________________________
d) atraz - ele traz ___________________________________
Formas e características – a) As pessoas que exercem Princípios que regem o regime jurídico da Administra-
as atividades de administração pública são agentes de Direito ção Pública:
Público, especialmente designados, podendo também serem Princípio da supremacia do interesse público.
designados por delegação. b) Os objetivos perseguidos pela Princípio da indisponibilidade do interesse público.
Administração Pública são sempre estabelecidos por lei, ou
seja, são sempre vinculados e não discricionários. c) Os inte- Princípio da supremacia do interesse público + Princí-
resses são sempre públicos, isto é, visando a coletividade pio da indisponibilidade do interesse público = binômio
como um todo, segundo o princípio da isonomia. d) As ativi- prerrogativas + limites na lei
dades administrativas e seus atos em geral gozam de execu-
toriedade prática, ou possibilidade imediata de serem realiza- Princípio da supremacia do interesse público:
dos. e) A natureza da Administração é munus público (encar- Este princípio confere ao administrador um conjunto de
go que alguém de exercer), ou seja, o que procede de natu- privilégios jurídicos que o particular não tem, em razão dos
reza pública ou da lei, obrigando o agente ao exercício de interesses que ele representa, ou seja, interesses da coletivi-
certos encargos visando o benefício da coletividade ou da dade.
ordem social.
A Administração está numa posição de superioridade (su-
Modo de atuação - A Administração, visando o interesse premacia jurídica), numa relação vertical (desigual) para com
social, desempenha suas atividades diretamente através de o particular, pois enquanto busca a satisfação dos interesses
seus agentes técnicos e administrativos, devidamente seleci- públicos, o particular busca a satisfação dos próprios interes-
onados, ou então o faz indiretamente, delegando para outra ses. Já no mundo privado, parte-se da ideia que, formalmen-
personalidade jurídica de direito público, ou mesmo para uma te, as pessoas estão no mesmo plano, isto é, que as relações
instituição de direito privado que possas agir em nome da são horizontais.
referida Administração Pública, o que significa, neste caso.
outorga de competência, como ocorre nas concessões, per- Há um dogma em direito administrativo que diz que o inte-
missões, etc. Da mesma forma, a Administração diversifica resse público prevalece sobre o particular. Ex: No mundo
no regime jurídico de sua atuação, ora manifestando-se com privado, uma pessoa não pode criar obrigações ao outro sem
maior poder de império ou de comando, segundo as normas a concordância dele. Já o administrador, por uma manifesta-
de direito público, como, v. g.. quando exerce o poder de ção de vontade, pode criar uma obrigação unilateral, inde-
No Estado Federal, que é o que nos interessa, a organi- Governo — Em sentido formal, é o conjunto de Poderes e
zação política era dual, abrangendo unicamente a União (de- órgãos constitucionais; em sentido material, é o complexo de
tentora da Soberania) e os Estados-membros ou Províncias funções estatais básicas; em sentido operacional, é a condu-
(com autonomia política, além da administrativa e financeira). ção política dos negócios públicos. Na verdade, o Governo
Agora, a nossa Federação compreende a União, os Estados- ora se identifica com os Poderes e órgãos supremos do Esta-
membros, o Distrito Federal e os Municípios, que também são do, ora se apresenta nas funções originárias desses Poderes
entidades estatais, com autonomia política reconhecida pela e órgãos como manifestação da Soberania. A constante,
Constituição da República (art. 18), embora em menor grau porém, do Governo é a sua expressão política de comando,
que a dos Estados-membros (art. 25). Essa outorga constitu- de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manuten-
cional de autonomia política aos Municípios é uma peculiari- ção da ordem jurídica vigente. O Governo atua mediante atos
dade da Federação brasileira.. Assim, integra a organização de Soberania ou, pelos menos, de autonomia política na con-
política da nossa Federação um Estado-membro anômalo, dução dos negócios públicos.
que é o Distrito Federal, onde se localiza a Capital da União:
Brasília (art. 18 e § 1º). Administração Pública — Em sentido formal, é o conjun-
to de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do
Na nossa Federação, portanto, as entidades estatais, ou Governo; em sentido material, do conjunto das funções ne-
seja, entidades com autonomia política (além da administrati- cessárias aos serviços públicos em geral; em acepção opera-
va e financeira), são unicamente a União, os Estados- cional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico,
membros, os Municípios e o Distrito Federal. . As demais dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em
pessoas jurídicas instituídas ou autorizadas a se constituírem benefício da coletividade. Numa visão global, a Administração
por lei ou são autarquias, ou são fundações, ou são entidades é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à reali-
paraestatais, como veremos ao cuidar dos serviços públicos. zação de serviços, visando à satisfação das necessidades
Esse conjunto de entidades estatais, autárquicas, fundacio- coletivas. A Administração não pratica atos de governo; prati-
nais e paraestatais constitui a Administração Pública em sen- ca, tão somente, atos de execução, com maior ou menor
tido instrumental amplo, ou seja, a Administração centralizada autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de
e a descentralizada, atualmente denominada direta e indireta. seus agentes.
Entidades estatais — São pessoas jurídicas de Direito Descentralização - É o que tem por objeto o desconges-
Público que integram a estrutura constitucional do Estado e tionamento administrativo, afastando do centro (o Estado) e
têm poderes políticos e administrativos, tais como a União, os atribuindo a uma pessoa distinta, poderes de administração,
Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal. A União constituídos do exercício de atividades públicas ou de utilida-
é soberana; as demais entidades estatais têm apenas auto- de pública. Desta forma, em seu próprio nome, o ente des-
nomia política, administrativa e financeira, mas não dispõem centralizado age por outorga do serviço ou atividade pública,
de Soberania, que é privativa da Nação e própria da Federa- bem como por delegação de sua execução. A descentraliza-
ção. ção distingue-se da “desconcentração”, que vem a se consti-
tuir na distribuição ou repartição de funções entre vários ór-
Entidades autárquicas — São pessoas jurídicas de Direi- gãos da mesma entidade estatal (União, Estados, DF, Muni-
to Público, de natureza meramente administrativa, criadas por cípios).
lei específica, para a realização de atividades, obras ou servi-
ços descentralizados da entidade estatal que as criou. Funci- Delegação de competência - Pode ser encarada como
onam e operam na forma estabelecida na lei instituidora e nos uma forma de aplicação do “princípio da descentralização”,
termos de seu regulamento. As autarquias podem desempe- mas o Decreto-Lei n. 200/67 coloca-o como princípio autôno-
nhar atividades econômicas, educacionais, previdenciárias e mo e diferenciado daquele. Constitui-se na transferência,
quaisquer outras outorgadas pela entidade estatal-matriz, pelas autoridades administrativas, de atribuições decisórias a
mas sem subordinação hierárquica, sujeitas apenas ao con- seus subordinados, mediante ato específico e que indique,
trole finalístico de sua administração e da conduta de seus com clareza e precisão, a autoridade delegante (a que trans-
dirigentes. fere), a delegada (que recebe) e o objeto da delegação (a
própria atribuição). Através desse princípio visa, a Administra-
Entidades fundacionais — São, pela nova orientação da ção Pública, maior objetividade e precisão às suas decisões.
Constituição da República de 1988, pessoas jurídicas de com vistas a situá-las o mais próximo possível dos fatos, das
Direito Público, assemelhadas às autarquias, como já decidiu pessoas e dos problemas que pretende atender.
o Supremo Tribunal Federal. São criadas por lei específica
com as atribuições que lhes forem conferidas no ato de sua Controle - Em sentido amplo, caracteriza-se numa das
instituição. formas de exercício do poder hierárquico, com o objetivo de
fiscalização, pelo órgão superior, do cumprimento da lei, das
Entidades paraestatais — São pessoas jurídicas de Di- instruções e da execução das atribuições específicas, dos
reito Privado cuja criação é autorizada por lei específica para órgãos inferiores, bem como dos atos e rendimento de cada
a realização de obras, serviços ou atividades de interesse servidor. Pelo enfoque da reforma administrativa e que mais
coletivo. São espécies de entidades paraestatais as empresas diretamente interessa ao nosso estudo, constitui-se em ins-
públicas, as sociedades de economia mista e os serviços trumento da supervisão ministerial, a que sujeitam-se todos
sociais autônomos (SESI, SESC, SENAI e outros). As entida- os órgãos da Administração federal, inclusive os entes des-
des paraestatais são autônomas, administrativa e financeira- centralizados (autarquias, paraestatais), normalmente não
mente, têm patrimônio próprio e operam em regime da inicia- sujeitos ao poder hierárquico das autoridades da Administra-
tiva particular, na forma de seus estatutos, ficando vinculadas ção direta. Visa, especificamente, à consecução de seus
(não subordinadas) a determinado órgão da entidade estatal a objetivos e à eficiência de sua gestão, sendo exercido de
que pertencem, o qual supervisiona e controla seu desempe- diversos modos e que poderão chegar, se for o caso, à inter-
nho estatutário, sem interferir diretamente na sua administra- venção, mediante controle total.
Muitas classificações têm sido elaboradas para os órgãos Nessa categoria estão as primeiras repartições dos órgãos
públicos, na sua maioria sem interesse prático, pelo que nos independentes e dos autônomos, com variadas denomina-
permitimos omiti-las, para grupá-los apenas quanto à sua ções, tais como Gabinetes, Secretarias - Gerais, Inspetorias -
posição estatal, estrutura e atuação funcional, porque essas Gerais, Procuradorias Administrativas e Judiciais, Coordena-
divisões revelam as características próprias de cada categoria dorias, Departamentos e Divisões. O nome dado ao órgão é
e facilitam a compreensão de seu funcionamento, suas prer- irrelevante; o que importa para caracterizá-lo superior é a
rogativas e seu relacionamento interno e externo. preeminência hierárquica na área de suas atribuições. Assim,
num Ministério ou numa Secretaria de Estado poderão existir
Órgãos independentes, autônomos, superiores e su- tantos órgãos superiores quantas forem as áreas em que o
balternos: quanto à posição estatal, ou seja, relativamente à órgão autônomo se repartir para o melhor desempenho de
posição ocupada pelos órgãos na escala governamental ou suas atribuições.
administrativa, eles se classificam em: independentes, autô-
nomos, superiores e subalternos, como veremos a seguir. Órgãos subalternos são todos aqueles que se acham hi-
erarquizados a órgãos mais elevados, com reduzido poder
Órgãos independentes são os originários da Constituição decisório e predominância de atribuições de execução. Desti-
e representativos dos Poderes de Estado — Legislativo, Exe- nam-se à realização de serviços de rotina, tarefas de formali-
cutivo e Judiciário—, colocados no ápice da pirâmide gover- zação de atos administrativos, cumprimento de decisões
namental, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcio- superiores e primeiras soluções em casos individuais, tais
nal, e só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder como os que, nas repartições públicas, executam as ativida-
pelo outro. Por isso, são também chamados órgãos primários des-meios e atendem ao público, prestando-lhe informações e
do Estado. Esses órgãos detêm e exercem precipuamente as encaminhando seus requerimentos, como são as portarias e
funções políticas judiciais e quase-judiciais outorgadas dire- seções de expediente.
tamente pela Constituição, para serem desempenhadas pes-
soalmente por seus membros (agentes políticos, distintos de Órgãos simples ou compostos: quanto à estrutura, os ór-
seus servidores, que são agentes administrativos), segundo gãos podem ser simples ou compostos.
normas especiais e regimentais.
Órgãos simples ou unitários são os constituídos por um
Nessa categoria encontram-se as Corporações Legislati- só centro de competência. Essa unitariedade tem levado
vas (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado alguns autores a identificar o órgão simples com o cargo de
Federal, Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores), seu agente e com o próprio agente, o que é um erro; o órgão
as Chefias de Executivo (Presidência da República, Governa- é a unidade de ação; o cargo é o lugar reservado ao agente; e
dorias dos Estados e do Distrito Federal, Prefeituras Munici- o agente é a pessoa física que exercita as funções do órgão.
pais), os Tribunais Judiciários e os Juízos singulares (Supre-
mo Tribunal Federal, Tribunais Superiores Federais, Tribunais O que tipifica o órgão como simples ou unitário é a inexis-
Regionais Federais, Tribunais de Justiça e de Alçada dos tência de outro órgão incrustado na sua estrutura, para reali-
Estados-membros, Tribunais do Júri e Varas das Justiças zar desconcentradamente sua função principal ou para auxili-
Comum e Especial). De se incluir, ainda, nesta classe o Minis- ar seu desempenho. O número de seus cargos e agentes não
tério Público federal e estadual e os Tribunais de Contas da influi na unidade orgânica se esta é mantida num único centro
União, dos Estados-membros e Municípios, os quais são de competência, como ocorre numa portaria, que é órgão
órgãos funcionalmente independentes e seus membros inte- simples ou unitário, com diversos cargos e agentes.
A autora estabelece diferenças sensíveis entre tutela (vin- O atributo da capacidade específica é o denominado co-
culação) e hierarquia, conforme o quadro a seguir. mumente de princípio da especialidade ou especialização.
Vejamos, agora, o significado de cada um dos precitados De tudo isso podemos extrair uma importante conclusão.
princípios constitucionais da Administração Pública. Contrariamente ao que ocorre em outros ordenamentos jurídi-
cos, inexiste qualquer possibilidade de ser juridicamente acei-
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS ta, entre nós, a edição dos denominados decretos ou regula-
Caput Do Art. 37 mentos "autônomos ou independentes". Como se sabe, tais
Conforme mencionado anteriormente, os princípios consti- decretos ou regulamentos não passam de atos administrati-
tucionais explícitos são aqueles presentes no art. 37, da vos gerais e normativos baixados pelo chefe do Executivo,
Constituição Federal, de maneira expressa. Assim, são eles: com o assumido objetivo de disciplinar situações anteriormen-
No âmbito dessa particular dimensão do princípio da im- Hoje, por força da expressa inclusão do princípio da mora-
pessoalidade, é que está o elemento diferenciador básico lidade no caput do art. 37, a ninguém será dado sustentar, em
entre esse princípio e o da isonomia. Ao vedar o tratamento boa razão, sua não incidência vinculante sobre todos os atos
desigual entre iguais, a regra isonômica não abarca, em seus da Administração Pública. Ao administrador público brasileiro,
direitos termos, a ideia da imputabilidade dos atos da Admi- por conseguinte, não bastará cumprir os estritos termos da lei.
nistração ao ente ou órgão que a realiza, vedando, como Tem-se por necessário que seus tos estejam verdadeiramen-
decorrência direta de seus próprios termos, e em toda a sua te adequados à moralidade administrativa, ou seja, a padrões
extensão, a possibilidade de apropriação indevida desta por éticos de conduta que orientem e balizem sua realização. Se
agentes públicos. Nisso, reside a diferença jurídica entre assim não for, inexoravelmente, haverão de ser considerados
ambos. não apenas como imorais, mas também como inválidos para
todos os fins de direito.
Já, por outro ângulo de visão, o princípio da impessoalida-
de deve ter sua ênfase não mais colocada na pessoa do ad- Isto posto, CARDOSO fornece uma definição desse prin-
ministrador, mas na própria pessoa do administrado. Passa a cípio, hoje agasalhado na órbita jurídico-constitucional:
afirmar-se como uma garantia de que este não pode e não "Entende-se por princípio da moralidade, a nosso ver,
deve ser favorecido ou prejudicado, no exercício da atividade aquele que determina que os atos da Administração Pública
da Administração Pública, por suas exclusivas condições e devam estar inteiramente conformados aos padrões éticos
características. dominantes na sociedade para a gestão dos bens e interes-
ses públicos, sob pena de invalidade jurídica".
Jamais poderá, por conseguinte, um ato do Poder Público,
ao menos de modo adequado a esse princípio, vir a beneficiar Admite o art. 5.º, LXXIII, da Constituição Federal que
ou a impor sanção a alguém em decorrência de favoritismos qualquer cidadão possa ser considerado parte legítima para a
ou de perseguição pessoal. Todo e qualquer administrado propositura de ação popular que tenha por objetivo anular
deve sempre relacionar-se de forma impessoal com a Admi- atos entendidos como lesivos, entre outros, à própria morali-
nistração, ou com quem sem seu nome atue, sem que suas dade administrativa.
características pessoais, sejam elas quais forem, possam
A Administração Pública tem o dever de sempre buscar, Afinado com esse mesmo entendimento, sumaria SILVA:
entre os interessados em com ela contratar, a melhor alterna- "É uma ressalva constitucional e, pois, inafastável, mas,
tiva disponível no mercado para satisfazer os interesses pú- por certo, destoante dos princípios jurídicos, que não socor-
blicos, para que possa agir de forma honesta, ou adequada rem quem fica inerte (dormientibus non sucurrit ius)".
ao próprio dever de atuar de acordo com padrões exigidos
pela probidade administrativa. De outro lado, tem o dever de Princípio Da Responsabilidade Da Administração
assegurar verdadeira igualdade de oportunidades, sem privi- O princípio em estudo encontra amparo no art. 37, § 6.º,
legiamentos ou desfavorecimentos injustificados, a todos os da Constituição Federal, cuja compostura verifica-se que:
administrados que tencionem com ela celebrar ajustes nego- "As pessoas jurídicas de direito público e as de direito pri-
ciais. vado prestadores de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a tercei-
É dessa conjugação de imposições que nasce o denomi- ros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nado princípio da licitação. Consoante, CARDOZO define este nos casos de dolo ou culpa".
princípio;
"De forma sintética, podemos defini-lo como sendo aquele Assim, de imediata leitura desse texto resulta claro que
que determina como regra o dever jurídico da Administração todo agente público que vier a causar um dano a alguém trará
de celebrar ajustes negociais ou certos atos unilaterais medi- para o Estado o dever jurídico de ressarcir esse dano. Não
ante prévio procedimento administrativo que, por meios de importará se tenha agido com culpa ou dolo. O dever de inde-
critérios preestabelecidos, públicos e isonômicos, possibilite a nizar se configurará pela mera demonstração do nexo causal
escolha objetiva da melhor alternativa existente entre as pro- existente entre o fato ocorrido e o dano verificado.
postas ofertadas pelos interessados" .
Temos, pois, que em nosso Direito a responsabilidade civil
O art. 37, XXI, alberga o princípio nos termos seguintes: do Estado é objetiva, ou seja, independe da conduta dolosa,
"ressalvados os casos especificados na legislação, as negligente, imperita ou imprudente daquele que causa o da-
obras, serviços, compras e alienações serão contratados no. Qualificar-se-á sempre que o agente estiver, nos termos
mediante processo de licitação pública que assegure igualda- do precitado dispositivo constitucional, no exercício da função
de de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que pública, não importando se age em nome de uma pessoa de
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condi- direito público ou de direito privado prestadora de serviços
ções efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual permitirá públicos.
as exigências de qualificação técnica e econômica indispen-
sáveis à garantia do cumprimento das obrigações". Destare, a obrigação de indenizar é a da pessoa jurídica a
que pertence o agente. O prejudicado terá que mover a ação
Temos, assim, o dever de licitar afirmado como um impe- de indenização contra a Fazenda Pública respectiva ou contra
rativo constitucional imposto a todos os entes da Administra- a pessoa jurídica privada prestadora de serviço público, não
ção Pública (40), na conformidade do que vier estabelecido contra o agente causador do dano. O princípio da impessoali-
em lei. A ressalva inicial possibilita à lei definir hipóteses es- dade vale aqui também.
pecíficas de inexigibilidade e de dispensa de licitação.
Impede ressalvar, todavia, que nem sempre as pessoas
Porém, cumpre ressaltar, finalmente, que a licitação é um que integram a Administração Pública encontram-se a exercer
procedimento vinculado, ou seja, formalmente regulado em propriamente função pública. Por vezes, no âmbito do que
lei, cabendo à União legislar sobre normas gerais de licitação admite nossa Constituição, será possível encontrarmos pes-
e contratação, em todas as modalidades, para a Administra- soas da Administração Indireta que não estejam exercendo
ção Pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituí- tais tipos de atividades, como é o caso, por exemplo, das
Princípio Da Razoabilidade E Da Proporcionalidade Assim sendo, sempre que um agente público assumir
Na medida em que o administrador público deva estrita conduta desproporcional ao que lhe é devido para o exercício
obediência à lei (princípio da legalidade) e tem como dever regular de sua competência, tendo em vista as finalidades
absoluto a busca da satisfação dos interesses públicos (prin- legais que tem por incumbência cumprir, poderá provocar
cípio da finalidade), há que se pressupor que a prática de atos situação ilícita passível de originar futura responsabilidade
administrativos discricionários se processe dentro de padrões administrativa, civil e, sendo o caso, até criminal.
estritos de razoabilidade, ou seja, com base em parâmetros
objetivamente racionais de atuação e sensatez. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo nossa carta constitucional, o "bem de todos" é
Deveras, ao regular o agir da Administração Pública, não objetivo fundamental da República Federativa do Brasil (art.
se pode supor que o desejo do legislador seria o de alcançar 3.º, IV) e, por conseguinte, uma finalidade axiológico-jurídica
a satisfação do interesse público pela imposição de condutas que se impõe como pólo de iluminação para a conduta de
bizarras, descabidas, despropositadas ou incongruentes den- todos os órgãos e pessoas que integram a estrutura básica do
tro dos padrões dominantes na sociedade e no momento Estado brasileiro.
histórico em que a atividade normativa se consuma. Ao revés,
é de se supor que a lei tenha a coerência e a racionalidade de Sendo assim, a noção do bem comum, historicamente
condutas como instrumentos próprios para a obtenção de condicionada e posta no âmbito das concepções dominantes
seus objetivos maiores. em nossa sociedade e época, deve ser considerada obrigató-
rio parâmetro para a definição do sentido jurídico-
Dessa noção indiscutível,extrai-se o princípio da razoabili- constitucional de quaisquer dos princípios que governam as
dade: Em boa definição, é o princípio que determina à Admi- atividades da Administração Pública.
nistração Pública, no exercício de faculdades, o dever de
atuar em plena conformidade com critérios racionais, sensa- A maior parte dos princípios da Administração Pública en-
tos e coerentes, fundamentados nas concepções sociais contra-se positivado, implícita ou explicitamente, na Constitui-
dominantes. ção. Possuem eficácia jurídica direta e imediata. Exercem a
função de diretrizes superiores do sistema, vinculando a atua-
Perfilhando este entendimento, sustenta MELLO: ção dos operadores jurídicos na aplicação das normas a res-
"Enuncia-se com este princípio que a administração, ao peito dos mesmos e, objetivando a correção das graves dis-
atuar no exercício de discrição, terá de obedecer a critérios torções ocorridas no âmbito da Administração Pública que
aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o sen- acabam por impedir o efetivo exercício da cidadania.
so normal de pessoas equilibradas e respeitosas das finalida-
des que presidam a outorga da competência exercida". O sistema constitucional da Administração pública funcio-
na como uma rede hierarquizada de princípios, regras e valo-
A nosso ver, dentro do campo desse princípio, deve ser res, que exige não mais o mero respeito à legalidade estrita,
colocada, de que diante do exercício das atividades estatais, mas vincula a interpretação de todos atos administrativos ao
o "cidadão tem o direito à menor desvantagem possível". Com respeito destes princípios.
efeito, havendo a possibilidade de ação discricionária entre
diferentes alternativas administrativas, a opção por aquela Desta maneira, conclui-se que a função administrativa en-
que venha a trazer consequências mais onerosas aos admi- contra-se subordinada às finalidades constitucionais e deve
nistrados é algo inteiramente irrazoável e descabido. pautar as suas tarefas administrativas no sentido de conferir
uma maior concretude aos princípios e regras constitucionais,
Como desdobramento dessa ideia, afirma-se também o uma vez que estão não configuram como enunciados mera-
princípio da proporcionalidade, por alguns autores denomina- mente retóricos e distantes da realidade, mas possuem plena
do princípio da vedação de excessos. Assim, pondera MEL- juridicidade.
LO:
"Trata-se da ideia de que as consequências administrati- Informações bibliográficas:
vas só podem ser validamente exercidas na extensão e inten-
sidades proporcionais ao que realmente seja demandado SERESUELA, Nívea Carolina de Holanda. Princípios
para cumprimento da finalidade de interesse público a que constitucionais da Administração Pública . Jus Navigandi,
estão atreladas". Teresina, a. 7, n. 60, nov. 2002. Disponível em:
<http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=3489>. Acesso
Em outras palavras: os meios utilizados ao longo do exer- em: 25 mar. 2005.
cício da atividade administrativa devem ser logicamente ade-
quados aos fins que se pretendem alcançar, com base em
padrões aceitos pela sociedade e no que determina o caso 2 Ato administrativo. 2.1 Conceito, requisitos, atri-
concreto (53). butos, classificação e espécies.
Roberto Wagner Lima Nogueira ATOS DA ADMINISTRAÇÃO QUE NÃO SÃO TÍPICOS
mestre em Direito Tributário, professor do Departamento ATOS ADMINISTRATIVOS – Podem ser atos privados da
de Direito Público das Universidades Católica de Petrópolis administração, contratos regidos pelo direito privado, compra
(UCP), procurador do Município de Areal (RJ), membro do e venda e locação. Atos materiais, os chamados fatos ad-
Conselho Científico da Associação Paulista de Direito Tribu- ministrativos já estudados.
tário (APET)
3- ATO ADMINISTRATIVO.
1. CONSIDERAÇÕES PREAMBULARES. Conceito de Diógenes Gasparini, toda prescrição, juízo
Trata-se de apontamentos, anotações básicas para aque- ou conhecimento, predisposta à produção de efeitos jurídi-
les operadores do direito administrativo que queiram iniciar cos, expedida pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes,
estudos concernentes ao ato administrativo, por conseguinte, no exercício de suas prerrogativas e como parte interessada
carecem de uma maior aprofundamento teórico, senão que numa relação, estabelecida na conformidade ou compatibili-
servem como um guia para estudos a serem feitos com mais dade da lei, sob o fundamento de cumprir finalidades assina-
rigor e detida análise. ladas no sistema normativo, sindicável pelo Judiciário.
É material de reciclagem para os já formados, e instru- Do conceito de Gasparini ressalta a presença do atos
mental útil para os bacharelandos que vivenciam o estudo de concretos e abstratos (chamados regulamentos do Executi-
direito administrativo ainda na universidade. O texto aponta vo, art. 84, IV da CF). A prescrição destina-se a produzir
caminhos que devem necessariamente ser percorridos. efeitos jurídicos: certificar, criar, extinguir, transferir,
declarar ou modificar direitos e obrigações. Excluem-se do
2 - FATOS ADMINISTRATIVOS. conceito, os atos materiais, os atos de particulares, os de
É conceito mais amplo do que o de ato administrativo. É origem constitucional (sanção e veto), atos legislativos e as
uma atividade material no exercício da função administrativa sentenças judiciais.
que visa efeitos práticos para a Administração. É o ato mate-
rial de pura execução, i,e, em satisfação de um dever jurí- Conceito de José dos Santos Carvalho Filho – é a exte-
dico e traduz o exercício da função administrativa na dicção riorização da vontade de agentes da Administração Públi-
de Marçal Justen Filho. ca ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob re-
gime de direito público, vise à produção de efeitos jurídi-
Segundo Hely Lopes Meirelles o fato administrativo re- cos, com o fim de atender ao interesse público.
sulta do ato administrativo que o determina. Entretanto,
pode ocorrer o contrário, no caso da apreensão de merca- Para Marçal Justen Filho ato administrativo é uma mani-
doria (atividade material de apreender), primeiro se apre- festação de vontade funcional apta a gerar efeitos jurídi-
ende e depois se lavra o auto de infração, este sim o ato cos, produzida no exercício de função administrativa.
administrativo. Pode ocorrer também independente de um
ato administrativo, quando se consuma através de uma 4. REQUISITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS.
simples conduta administrativa, alteração de local de um Para fins didáticos adotamos os requisitos constantes do
departamento público se perfaz sem a necessidade de um art. 2º da Lei nº 4.717/65, ação popular, cuja ausência pro-
ato administrativo, porém, não deixa de ser um atividade voca a invalidação do atos. São eles, competência, objeto,
material. Até fenômenos naturais, quando repercutem na forma, motivo e finalidade.
esfera administrativa, constituem fatos administrativos, um
raio que destrói um bem público, chuvas que deterioram Art. 2º. São nulos os atos lesivos ao patrimônio das en-
um equipamento do serviço público. Ex de fato administrati- tidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
vos: Construção de uma ponte, varredura de ruas, dispersão a) incompetência;
de manifestantes, reforma de escolas públicas. b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
Para Diógenes Gasparini os fatos administrativos não d) inexistência dos motivos;
se preordenam à produção de qualquer efeito jurídico, tradu- e) desvio de finalidade.
zem mero trabalho ou operação técnica do agente público.
Ex: de atos materiais: dar aula. Ainda que não seja a regra, COMPETÊNCIA – Di Pietro prefere fazer alusão ao SU-
deles, atos materiais, podem advir efeitos jurídicos, ex: o JEITO ao revés de falar da COMPETÊNCIA. É o poder que a
direito a indenização do paciente que foi negligentemente lei outorga ao agente público para desempenho de suas
operado por um cirurgião-médico do serviço público. Já os funções. Competência lembra a capacidade do direito priva-
atos administrativos, ao contrário, predestinam-se a pro- do, com um plus, além das condições normas necessárias à
dução de efeitos jurídicos, são os típicos atos administrati- capacidade, o sujeito deve atuar dentro da esfera que a lei
vos, sejam concretos ou abstratos, atos de governo (decla- traçou. A competência pode vir primariamente fundada na
ração de guerra, declaração de estado de emergência, decla- lei (Art. 61, § 1º, II e 84, VI da CF), ou de forma secundária,
ração de estado de sítio, atos administrativos dos Tribunais através de atos administrativos organizacionais. A CF
de Contas, do Poder Legislativo, Judiciário, pelas Concessio- também pode ser fonte de competência, consoante arts. 84
nárias de serviço público). Celso Antonio não concorda em a 87 (competência do Presidente da República e dos Minis-
colocar os atos de governo ou atos políticos sob a rubrica tros de Estado no Executivo); arts. 48, 49, 51 inciso IV e 52
atos administrativos por traduzirem exercício de função (competência do Congresso Nacional, Câmara dos Deputa-
política e não administrativa, porém, Gasparini diz que hoje dos e Senado Federal).
em dia a sua sindicabilidade é ampla pelo judiciário, logo,
perfeitamente enquadráveis na noção de ato administrativo. Para Di Pietro, competência é o conjunto de atribuições
das pessoas jurídicas, órgãos e agentes, fixadas pelo direito
ESPÉCIES ATOS PERTINENTES A ATIVIDADE PÚBLI- positivo.
OBJETO – Também chamado de conteúdo, é a altera- Motivação – Motivação é a demonstração por escrito de
ção no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe que os pressupostos de fato realmente existiram. A motivação
realizar, é identificado pela análise do que o ato enuncia, diz respeito às formalidades do ato, que integram o pró-
prescreve ou dispõe. O objeto é uma resposta a seguinte prio ato, vindo sob a forma de "considerandos". A lei
pergunta: para que serve o ato? Consiste na aquisição, na 9.784/99 em seu art. 50 indica as hipóteses em que a motiva-
modificação, na extinção ou na declaração de direito confor- ção é obrigatória. Segundo José dos Santos Carvalho Fi-
me o fim que a vontade se preordenar. Ex: uma licença lho, pela própria leitura do art. 50 da Lei 9.784/99 pode-se
para construção tem como objeto permitir que o interessado inferir que não se pode mesmo considerar a motivação
possa edificar de forma legítima; o objeto de uma multa é a como indiscriminadamente obrigatória para toda e qual-
punição do transgressor da norma jurídica administrativo; o quer manifestação volitiva da Administração. Ainda segundo
objeto da nomeação, é admitir o indivíduo como servidor ele, o art. 93, X, não pode ser estendido como regra a
público; na desapropriação o objeto do ato é o comportamen- todos os atos administrativos, ademais a CF fala em "mo-
to de desapropriar cujo conteúdo é o imóvel sobre a qual ela tivadas", termo mais próximo de motivo do que de motiva-
recai. ção. Já para Maria Sylvia Zanella Di Pietro a motivação é
regra, necessária, tantos para os atos vinculados quanto
Para ser válido o ato administrativo, o objeto há que ser para os discricionários já que constitui garantia da legali-
lícito, determinado ou determinável, possível. dade administrativa prevista no art. 37, caput, da CF.
FORMA - É o meio pelo qual se exterioza a vontade TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES – Segundo a
administrativa. Para ser válida a forma do ato deve compa- qual o motivo do ato administrativo deve sempre guardar
tibilizar-se com o que expressamente dispõe a lei ou ato compatibilidade com a situação de fato que gerou a mani-
equivalente com jurídica. O aspecto relativo à forma válida festação de vontade. Se o interessado comprovar que
tem estreita conexão com os procedimentos administrati- inexiste a realidade fática mencionada no ato como deter-
vos. O ato administrativo é o ponto em que culmina a minante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado
sequência de atos prévios (é um produto do procedimento), de vício de legalidade. (25) Ex: administração revoga per-
há que ser observado um iter (procedimento), até mesmo missão de uso sob a alegação de que a mesma tornou-se
em homenagem ao princípio do devido processo legal. incompatível com a destinação do bem público objeto da
Torna-se viciado o ato (produto) se o procedimento não foi permissão, e logo a seguir permite o uso do mesmo bem a
rigorosamente observado. Ex: licitação. Outros exemplos: terceira pessoa, restará demonstrado que o ato de revoga-
Se a lei exige a forma escrita e o ato é praticado verbalmente, ção foi ilegal por vício quanto ao motivo; servidor tem seu
ele será nulo; se a lei exige processo disciplinar para demis- pedido de férias indeferido sob a alegação de que há falta
são de um funcionário, a falta ou vício naquele procedimento de pessoal na repartição, poderia o agente público não ter
invalida a demissão. declinado o motivo, já que o fez e em caso do servidor provar
o contrário, o ato estará viciado uma vez que presente a in-
Como anotado por José dos Santos Carvalho Filho, a compatibilidade entre o motivo expresso no ato (motivo
forma e procedimento se distinguem, a forma indica apenas determinante) e a realidade fática.
a exteriorização da vontade e o procedimento uma sequên-
cia ordenada de atos e vontades, porém, a doutrina costuma FINALIDADE – É o resultado que a Administração quer
caracterizar o defeito em ambos como vício de forma. Ex: alcançar com a prática do ato. Enquanto o objeto é o efeito
portaria de demissão de servidor estável sem a observância jurídico imediato (aquisição, transformação ou extinção de
do processo administrativo prévio (art. 41, § 1º, II, da CF); ou, direitos) a finalidade é o efeito mediato, ou seja, o interesse
contratação direta de empresa para realização de obra públi- coletivo que deve o administrador perseguir. Ex: numa per-
ca em hipótese na qual a lei exija o procedimento licitatório. missão de transporte urbano o objeto é permitir a alguém o
exercício de tal atividade e a finalidade é o interesse coletivo
A aprovação pode ser prévia (art. 52, III da CF), ou pos- Apostila – São atos enunciativos ou declaratórios de uma
terior (art. 49, IV da CF), é uma manifestação discricionária situação anterior criada por lei. Ao apostilar um título a
do administrador a respeito de outro ato. Administração não cria um direito, porquanto apenas declara
o reconhecimento da existência de um direito criado por
A homologação constitui manifestação vinculada, isto norma legal. Segundo Hely Lopes Meirelles equivale a uma
é, ou bem procede à homologação se tiver havido legalidade averbação.
ou não o faz em caso contrário, é sempre produzida a poste-
rior. Ex: licitação. ATOS PUNITIVOS – São aqueles que contêm uma san-
ção imposta pela lei e aplicada pela Administração, visando
O visto é ato que se limita à verificação da legitimidade punir as infrações administrativas ou conduta irregulares
formal de outro ato. É condição de eficácia do ato que o exi- de servidores ou de particulares perante a Administração.
ge. É ato vinculado, todavia, na prática tem sido desvirtu-
ado para o exame discricionário, como ocorre com o visto Multa – imposição pecuniária por descumprimento de
em passaporte, que é dado ou negado ao alvedrio das autori- preceito administrativo, geralmente, é de natureza objetiva,
dades consulares. independente da ocorrência de dolo ou culpa.
ATOS ENUNCIATIVOS – Segundo Diogo Figueiredo Mo- Interdição de atividades – Ato pelo qual a Administração
reira Neto, são todos aqueles em a Administração se limita a veda a prática de atividades sujeitas ao seu controle ou que
certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre incidam sobre seus bens. Funda-se na lei e no poder de
determinado assunto, constantes de registros, processos e polícia administrativa, e pressupõe a existência de um pré-
arquivos públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quan- vio e devido processo administrativo (Art. 5º, LV da CF),
to ao motivo e ao conteúdo (objeto). sob pena de nulidade.
Certidões – são atos que reproduzem registros das re- Destruição de coisas – Ato sumário da Administração
partições, contendo uma afirmação quanto à existência e ao pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objetos ou
conteúdo de atos administrativos praticados. É mera trasla- instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou de
dação para o documento fornecido ao interessado do que uso proibido por lei. Típico ato de polícia administrativa,
consta de seus arquivos. Podem ser de inteiro teor ou re- de caráter urgente que dispensa prévio processo, contudo,
sumidas. A CF em seu art. 5º, XXXIV, b, dispõe sobre o exige sempre auto de apreensão e de destruição em for-
fornecimento de certidões independentemente do pagamento ma regular (descritivo e circunstanciado), nos quais se fixam
de taxas. os motivos da medida drástica, se identifiquem as coisas
destruídas, para oportuna avaliação da legalidade do ato. (
Atestados – São atos pelos quais a Administração com-
prova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento Demolição administrativa – Ato executório, praticado
por seus órgãos competentes. Diferentemente da certidão, para remover perigo público iminente, exigindo, também,
os atestados comprovam uma situação existente mas não auto descritivo e circunstanciado sobre o estado da edifi-
constante em livros, papéis ou documentos em poder da cação a ser destruída, e quando possível, prévio e devido
administração, destinam-se a comprovação de situações processo legal (art. 5º, LV, CF).
transeuntes, passíveis de modificações frequentes. Ex: ates-
tado médico. 8. EXISTÊNCIA E EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATI-
VO.
Pareceres – São atos que contém opiniões de órgãos Noções iniciais – Antes de falarmos da extinção do ato
técnicos a respeito de problemas e dúvidas que lhe são administrativo, vamos falar de sua formação. Sob a perspecti-
submetidos, orientando a Administração sobre a matéria téc- va de sua existência (perfeição) no mundo jurídico o ato
nica neles contida. Muito embora sejam opinativos, os pare- administrativo pode ser visto sob três planos de investigação
ceres da consultoria jurídica, órgãos exercentes de função científica quais sejam: vigência, validade e eficácia.
Discricionariedade é a opção, a escolha entre duas ou Como bem observa Gustavo Binenbojm, a constitucionali-
mais alternativas válidas perante o direito (e não somente zação do direito administrativo permitiu uma incidência direta
perante a lei), entre várias hipóteses legais e constitucional- dos princípios constitucionais sobre os atos administrativos.
mente possíveis ao caso concreto. Essa escolha se faz se- Dessa forma, não há decisão administrativa que seja imune
gundo critérios próprios como oportunidade, conveniência, ao direito ou aos princípios constitucionais, pois haverá dife-
justiça, equidade, razoabilidade, interesse público, sintetiza- rentes “graus de vinculação à juridicidade”. Segundo Gustavo
dos no chamado mérito do ato administrativo. Binenbojm, “conforme a densidade administrativa incidente ao
caso, pode-se dizer, assim, que os atos administrativos serão:
• Permissão de serviço público: É o ato administra- 3 Agentes públicos. 3.1 Legislação pertinente. 3.1.1
tivo unilateral, discricionário e precário pelo qual transfere-se Lei nº 8.112/1990. 3.1.2 Disposições constitucionais
a prestação do serviço público à particulares. aplicáveis. 3.2 Disposições doutrinárias. 3.2.1 Con-
ceito. 3.2.2 Espécies. 3.2.3 Cargo, emprego e função
7. Autorização: pública.
Autorização é o ato administrativo unilateral discricionário
pelo qual o Poder Público faculta a alguém, em caráter precá-
rio, o exercício de uma dada atividade material (não jurídica). SERVIDORES PÚBLICOS
Exemplos: decretos, despachos, instruções, resoluções, Carta de 1988, que tanta polemica causou, também foi
portarias, acórdãos, manuais. abolido pela EC 19.
Atos de correspondência: Estes atos podem ser de cor- A Carta de 1988 estendeu diversos direitos dos
respondência individual ou pública. Sua característica é ter trabalhadores urbanos e rurais aos servidores públicos civis
destinatário declarado. (art. 39, § 3º). Como o Autor havia advertido, essa extensão,
pelas dificuldades impostas aos Estados e Municípios,
Exemplos: ofícios, circulares. provocou reações que culminaram com as modificações
determinadas pela EC 19, que suprimiu as vantagens
Atos enunciativos: São todos aqueles em que a adminis-
previstas nos incs. VI e XXIII do art. 70, além de estabelecer
tração limita-se a atestar ou certificar um fato, ou emitir uma
que a lei poderá estabelecer requisitos diferenciados de
opinião sobre determinado assunto, sem vincular-se a seu
admissão, de acordo com a natureza ou a complexidade do
enunciado.
cargo ou emprego.
Exemplos: parecer.
A EC 20 também modificou profundamente a
Atos de assentamento: São aqueles que se destinam a previdência social concernente aos servidores, efetuando
registro. São documentos que contém assentamentos sobre nítida distinção entre o servidor titular de cargo vitalício e
fatos ou ocorrências. efetivo e os demais servidores, titulares de outros cargos ou
de empregos públicos. Na sequência, a EC 41/2003 trouxe
Exemplos: atas. novas e significativas alterações na parte relativa ao teto
Atos negociais: São declarações de vontade da autori- remuneratório e ao sistema de previdência social. Por sua
dade administrativa, destinadas a produzir efeitos específicos vez, a EC 47, que entrou em vigor em 6.7.2005, data da sua
e individuais para o particular interessado. publicação, mas com efeitos retroativos à data de vigência da
EC 4 1/2003, modificou esses dois pontos.
Exemplos: licença, autorização, permissão, homologação,
dispensa, renúncia. Por fim, ante tantas e profundas alterações, a
inevitável questão pertinente ao direito adquirido será tratada
no fim deste capítulo.
A organização legal do serviço público é exigida pela Cargo público é o lugar instituído na organização do
Constituição ao permitir a acessibilidade dos “cargos, serviço público, com denominação própria, atribuições e
empregos e funções públicas” a todos os brasileiros “que responsabilidades específicas e estipêndio correspondente,
preencham os requisitos estabelecidos em lei”, assim como para ser provido e exercido por um titular, na forma
aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, I). A parte final do estabelecida em lei. Função é a atribuição ou o conjunto de
dispositivo refere-se expressamente à lei. Isto significa que atribuições que a Administração confere a cada categoria
todo cargo público só pode ser criado e modificado por norma profissional ou comete individualmente a determinados
legal aprovada pelo Legislativo. Todavia, o Executivo pode, servidores para a execução de serviços eventuais, sendo
por ato próprio, extinguir cargos públicos, na forma da lei (CF, comumente remunerada através de pro labore. Diferenciase,
art. 84, XXV), competindo-lhe, ainda, provê-los e basicamente, do cargo em comissão pelo fato de não
regulamentar seu exercício, bem como praticar todos os atos titularizar cargo público.
relativos aos servidores (nomeação, demissão, remoção, Em face da EC 19, as funções de confiança, que só
promoção, punição, lotação, concessão de férias, assistência podem ser exercidas por servidores ocupantes de cargo
à saúde, licença médica, aposentadoria etc.). efetivo, destinam-se, obrigatoriamente, apenas às atribuições
Na organização do serviço público a Administração de direção, chefia e assessoramento (CF, art. 37, V), que são
cria cargos e funções, institui classes e carreiras, faz de natureza permanente. Tal comando independe de lei, uma
provimentos e lotações, estabelece vencimentos e vantagens vez que o exame desse art. 37, V, revela que para as funções
e delimita os deveres e direitos de seus servidores. de confiança ele é de eficácia plena, ao reverso do que ocorre
em relação aos cargos em comissão, a serem preenchidos
Conselhos de política de administração e remuneração de por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
pessoal. Escolas de governo mínimos previstos em lei, como ali está dito. Essas funções,
Como acentuado, a EC 19 deu ao art. 39, caput, da CF por serem de confiança, a exemplo dos cargos em comissão,
conteúdo totalmente diverso, afastando, de um lado, a são de livre nomeação e exoneração.
exigência de um regime jurídico único para os servidores e Todo cargo tem função, mas pode haver função sem
acrescentando, de outro, a obrigatoriedade de a União, os cargo. As funções do cargo são definitivas; as funções
Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituírem, no autônomas são, por índole, provisórias, dada a
âmbito de suas Administrações, conselho de política de transitoriedade do serviço que visam a atender, como ocorre
administração e remuneração de pessoal, integrado por nos casos de contratação por prazo determinado (CF, art. 37,
servidores designados pelos respectivos Poderes. IX). Daí por que as funções permanentes da Administração só
A composição entre os Poderes deverá ser paritária e podem ser desempenhadas pelos titulares de cargos efetivos,
é recomendável que seus integrantes tenham investidura a e as transitórias, por servidores designados, admitidos ou
termo certo, para terem maior independência na formulação contratados precariamente. Os servidores podem estabilizar-
da política pretendida pela norma constitucional. Desse se nos cargos, mas não nas funções. Como visto, a EC 19
conselho também deverão participar integrantes do Tribunal restringe o exercício das funções de confiança apenas para o
de Contas e do Ministério Público, uma vez que estes órgãos titular de cargo efetivo, vale dizer, o concursado. Dessa
constitucionais autônomos e independentes têm competência forma, o fator confiança fica restrito ao âmbito interno da
para a iniciativa de leis a respeito de sua Administração e da Administração.
remuneração de seus membros e pessoal. Aliás, quanto ao Os cargos distribuem-se em classes e carreiras, e
último, a redação do § 2º do art. 127 da CF assegura-lhe excepcionalmente criam-se isolados.
autonomia na formulação de sua política remuneratória e
planos de carreira. Assim, se, de um lado, estes órgãos têm Classe — É o agrupamento de cargos da mesma
competência para a formulação de suas políticas, não podem, profissão, e com idênticas atribuições, responsabilidades e
de outro, estar divorciados da política geral pretendida pela vencimentos. As classes constituem os degraus de acesso na
EC 19, e que deve decorrer justamente das diretrizes desse carreira.
conselho. Não podem também deixar de considerar os Carreira — E o agrupamento de classes da mesma
comandos do art. 169 e da CF. profissão ou atividade, escalonadas segundo a hierarquia do
Obrigou, ainda, pelo § 2º do art. 39, a União, os serviço, para acesso privativo dos titulares dos cargos que a
Estados e o Distrito Federal — não os Municípios — a instituir integram, mediante provimento originário. O conjunto de
Adicionais: são vantagens pecuniárias que a O adicional de função apresenta-se como vantagem
pecuniária ex facto officii, ligada a determinados cargos ou
Administração concede aos servidores em razão do tempo de
exercício (adicional de tempo de serviço) ou em face da funções que, para serem bem desempenhados, exigem um
natureza peculiar da função, que exige conhecimentos regime especial de trabalho, uma particular dedicação ou uma
especializados ou um regime próprio de trabalho (adicionais especial habilitação de seus titulares. Ocorrendo qualquer
de função). Os adicionais destinam-se a melhor retribuir os dessas hipóteses, em que o serviço refoge da rotina
exercentes de funções técnicas, científicas e didáticas, ou a burocrática, por seu caráter técnico, didático ou científico,
recompensar os que se mantiveram por longo tempo no passando a exigir maior jornada de trabalho, maior atenção
exercício do cargo. O que caracteriza o adicional e o distingue do servidor ou maior especialização profissional, a
da gratificação é o ser aquele uma recompensa ao tempo de Administração recompensa pecuniariamente os funcionários
serviço do servidor, ou uma retribuição pelo desempenho de que o realizam, pagando-lhes um adicional de função
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científi- § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver
ca e tecnológica federais poderão prover seus cargos com candidato aprovado em concurso anterior com prazo de vali-
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com dade não expirado.
as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº Seção IV
9.515, de 20.11.97)
Da Posse e do Exercício
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á medi-
ante ato da autoridade competente de cada Poder. Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo
termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado,
posse. que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício § 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer
do exercício serão registrados no assentamento individual do quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de
servidor. direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de
lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou enti-
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor dade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de
apresentará ao órgão competente os elementos necessários provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramen-
ao seu assentamento individual. to Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (In-
cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercí-
cio, que é contado no novo posicionamento na carreira a § 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão
partir da data de publicação do ato que promover o servidor. ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento
para participar de curso de formação decorrente de aprova-
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro mu- ção em concurso para outro cargo na Administração Pública
nicípio em razão de ter sido removido, redistribuído, requisita- Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
do, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo,
dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publica- § 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as
ção do ato, para a retomada do efetivo desempenho das licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86
atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessá- e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de
rio para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada formação, e será retomado a partir do término do impedimen-
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) to. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença Seção V
ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo
Da Estabilidade
será contado a partir do término do impedimento. (Parágrafo
renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e
o
§ 2 É facultado ao servidor declinar dos prazos estabe- empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabili-
lecidos no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) dade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo
exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho
fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude
cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de de sentença judicial transitada em julgado ou de processo
quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla
seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação defesa.
dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) Seção VI
o
§ 1 O ocupante de cargo em comissão ou função de Da Transferência
confiança submete-se a regime de integral dedicação ao
serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser con- Seção VII
vocado sempre que houver interesse da Administração. (Re- Da Readaptação
dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a
trabalho estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou men-
8.270, de 17.12.91) tal verificada em inspeção médica.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o rea-
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio pro- daptando será aposentado.
batório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o
qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação § 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribui-
para o desempenho do cargo, observados os seguinte fato- ções afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolari-
res: (Vide EMC nº 19) dade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexis-
tência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições
I - assiduidade; como excedente, até a ocorrência de vaga.(Redação dada
II - disciplina; pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - produtividade; Da Reversão
(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)
V- responsabilidade.
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do está- aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-
gio probatório, será submetida à homologação da autoridade 45, de 4.9.2001)
competente a avaliação do desempenho do servidor, realiza-
da por comissão constituída para essa finalidade, de acordo I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar
com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela
carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção X Seção I
Da Recondução Da Remoção
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedi-
cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: do ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede.
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro
cargo; Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-
tende-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela
II - reintegração do anterior ocupante. Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao § 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25%
servidor que realizar despesas com a utilização de meio pró- (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Esta-
prio de locomoção para a execução de serviços externos, por do. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser § 2o Independentemente do valor do cargo em comissão
em regulamento. ou função comissionada, fica garantido a todos os que preen-
Subseção IV cherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$
1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784,
Do Auxílio-Moradia de 2008
(Vide Medida Provisória nº 301 de 2006)
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, coloca-
Subseção IV ção de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição
de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um
Do Auxílio-Moradia mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Seção II
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento
das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor Das Gratificações e Adicionais
com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem admi-
nistrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas
comprovação da despesa pelo servidor. (Incluído pela Lei nº nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retri-
11.355, de 2006) buições, gratificações e adicionais: (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se
atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia
11.355, de 2006) e assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo
servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) II - gratificação natalina;
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres,
imóvel funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) perigosas ou penosas;
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário VI - adicional noturno;
ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for
exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem VII - adicional de férias;
averbação de construção, nos doze meses que antecederem VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
a sua nomeação; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio II - ser leal às instituições a que servir;
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requeren-
te. III - observar as normas legais e regulamentares;
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando mani-
que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, festamente ilegais;
não podendo ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010) V - atender com presteza:
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsi- a) ao público em geral, prestando as informações reque-
deração de que tratam os artigos anteriores deverão ser des- ridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
pachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30
(trinta) dias. b) à expedição de certidões requeridas para defesa de
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VII - zelar pela economia do material e a conservação do XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompa-
patrimônio público; tíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de
trabalho;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quan-
IX - manter conduta compatível com a moralidade admi- do solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
nistrativa;
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do
X - ser assíduo e pontual ao serviço; caput deste artigo não se aplica nos seguintes ca-
sos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
I - participação nos conselhos de administração e fiscal
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
poder. indiretamente, participação no capital social ou em sociedade
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso cooperativa constituída para prestar serviços a seus mem-
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela bros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegu- II - gozo de licença para o trato de interesses particula-
rando-se ao representando ampla defesa. res, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação
Capítulo II sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de
2008
Das Proibições
Capítulo III
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória
nº 2.225-45, de 4.9.2001) Da Acumulação
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constitui-
prévia autorização do chefe imediato; ção, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competen- § 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, em-
te, qualquer documento ou objeto da repartição; pregos e funções em autarquias, fundações públicas, empre-
sas públicas, sociedades de economia mista da União, do
III - recusar fé a documentos públicos; Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municí-
IV - opor resistência injustificada ao andamento de do- pios.
cumento e processo ou execução de serviço; § 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica con-
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no dicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
recinto da repartição; § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proven-
casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja tos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram
de sua responsabilidade ou de seu subordinado; essas remunerações forem acumuláveis na atividade. (Incluí-
do pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filia-
rem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um
político; cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo
único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou fun- órgão de deliberação coletiva. (Redação dada pela Lei nº
ção de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o 9.527, de 10.12.97)
segundo grau civil;
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de remuneração devida pela participação em conselhos de ad-
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; ministração e fiscal das empresas públicas e sociedades de
economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como
X - participar de gerência ou administração de sociedade
quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou
privada, personificada ou não personificada, exercer o comér-
indiretamente, detenha participação no capital social, obser-
cio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
vado o que, a respeito, dispuser legislação específica.
(Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a 4.9.2001)
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido
grau, e de cônjuge ou companheiro;
em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; compatibilidade de horário e local com o exercício de um
deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado entidades envolvidos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
estrangeiro; 10.12.97)
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; Capítulo IV
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do I - crime contra a administração pública;
cargo ou função.
II - abandono de cargo;
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas
poderão cumular-se, sendo independentes entre si. III - inassiduidade habitual;
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor IV - improbidade administrativa;
será afastada no caso de absolvição criminal que negue a
existência do fato ou sua autoria. V - incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição;
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabili-
zado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à VI - insubordinação grave em serviço;
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvi- VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
mento desta, a outra autoridade competente para apuração salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
de informação concernente à prática de crimes ou improbida-
de de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
exercício de cargo, emprego ou função pública. (Incluído IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão
pela Lei nº 12.527, de 2011) do cargo;
Capítulo V X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
Das Penalidades nacional;
§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrati- I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das
vo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
dias, contados da data de publicação do ato que constituir a Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão
comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor
quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
9.527, de 10.12.97) II - pelas autoridades administrativas de hierarquia ime-
§8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições diatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior
deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidi- quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
ariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos ca-
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibili- sos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
dade do inativo que houver praticado, na atividade, falta puní- IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quan-
vel com a demissão. do se tratar de destituição de cargo em comissão.
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata destituição de cargo em comissão;
este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será
convertida em destituição de cargo em comissão. II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em co- III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
missão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132,
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
que o fato se tornou conhecido.
erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal apli-
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em co-
cam-se às infrações disciplinares capituladas também como
missão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompa-
crime.
tibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público
federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de pro-
cesso disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
proferida por autoridade competente.
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não § 2o A autoridade julgadora que der causa à prescrição
sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da de que trata o art. 142, § 2o, será responsabilizada na forma
União e em jornal de grande circulação na localidade do últi- do Capítulo IV do Título IV.
mo domicílio conhecido, para apresentar defesa. Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autori-
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para dade julgadora determinará o registro do fato nos assenta-
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação mentos individuais do servidor.
do edital.
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social
parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em para o servidor e sua família.
demissão, se for o caso. § 1o O servidor ocupante de cargo em comissão que não
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias: seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo
na administração pública direta, autárquica e fundacional não
I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social,
da sede de sua repartição, na condição de testemunha, de- com exceção da assistência à saúde. (Redação dada pela
nunciado ou indiciado; Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando § 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo,
obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a sem direito à remuneração, inclusive para servir em organis-
realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos. mo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo
Seção III ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de
previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo
Da Revisão do Processo com o regime do Plano de Seguridade Social do Servidor
Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regi-
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem me de previdência. (Incluído pela Lei nº 10.667, de
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a ino- 14.5.2003)
cência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado
§ 1o Em caso de falecimento, ausência ou desapareci- sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do
mento do servidor, qualquer pessoa da família poderá reque- Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o
rer a revisão do processo. recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo
§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a percentual devido pelos servidores em atividade, incidente
revisão será requerida pelo respectivo curador. sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício
de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusi-
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ve, as vantagens pessoais. (Incluído pela Lei nº 10.667, de
ao requerente. 14.5.2003)
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade § 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetua-
não constitui fundamento para a revisão, que requer elemen- do até o segundo dia útil após a data do pagamento das re-
tos novos, ainda não apreciados no processo originário. munerações dos servidores públicos, aplicando-se os proce-
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será dimentos de cobrança e execução dos tributos federais quan-
dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, do não recolhidas na data de vencimento. (Incluído pela
se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do Lei nº 10.667, de 14.5.2003)
órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar. Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cober-
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade com- tura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e
petente providenciará a constituição de comissão, na forma compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam
do art. 149. às seguintes finalidades:
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo I - garantir meios de subsistência nos eventos de doen-
originário. ça, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, faleci-
mento e reclusão;
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá
dia e hora para a produção de provas e inquirição das teste- II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
munhas que arrolar. III - assistência à saúde.
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos
para a conclusão dos trabalhos. termos e condições definidos em regulamento, observadas as
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão reviso- disposições desta Lei.
ra, no que couber, as normas e procedimentos próprios da Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social
comissão do processo disciplinar. do servidor compreendem:
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou I - quanto ao servidor:
a penalidade, nos termos do art. 141.
a) aposentadoria;
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20
(vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso b) auxílio-natalidade;
do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências. c) salário-família;
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada d) licença para tratamento de saúde;
sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
em comissão, que será convertida em exoneração.
§ 2o O recebimento indevido de benefícios havidos por § 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão
fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total consideradas apenas as licenças motivadas pela enfermidade
auferido, sem prejuízo da ação penal cabível. ensejadora da invalidez ou doenças correlacionadas. (In-
cluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Capítulo II
§ 5o A critério da Administração, o servidor em licença
Dos Benefícios para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá
ser convocado a qualquer momento, para avaliação das con-
Seção I
dições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria.
Da Aposentadoria (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art. 40 da Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado
Constituição) com observância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na
mesma data e proporção, sempre que se modificar a remune-
I - por invalidez permanente, sendo os proventos inte- ração dos servidores em atividade.
grais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especi- Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer
ficada em lei, e proporcionais nos demais casos; benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos ser-
vidores em atividade, inclusive quando decorrentes de trans-
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com formação ou reclassificação do cargo ou função em que se
proventos proporcionais ao tempo de serviço; deu a aposentadoria.
III - voluntariamente: Art. 190. O servidor aposentado com provento proporci-
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e onal ao tempo de serviço se acometido de qualquer das mo-
aos 30 (trinta) se mulher, com proventos integrais; léstias especificadas no § 1o do art. 186 desta Lei e, por esse
motivo, for considerado inválido por junta médica oficial pas-
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções sará a perceber provento integral, calculado com base no
de magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, fundamento legal de concessão da aposentadoria. (Reda-
com proventos integrais; ção dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o
(vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da
tempo; atividade.
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratifica-
aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao ção natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor
tempo de serviço. equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento
§ 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas ou recebido.
incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente
ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, participado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra
cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hansenía- Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de
se, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irrever- 1967, será concedida aposentadoria com provento integral,
sível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropa- aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
tia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte defor-
mante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e Seção II
outras que a lei indicar, com base na medicina especializada. Do Auxílio-Natalidade
§ 2o Nos casos de exercício de atividades consideradas Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por
insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao
no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, "a" e "c", menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de
observará o disposto em lei específica. natimorto.
§ 3o Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à § 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acresci-
junta médica oficial, que atestará a invalidez quando caracte- do de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.
rizada a incapacidade para o desempenho das atribuições do
cargo ou a impossibilidade de se aplicar o disposto no art. § 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro
24. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) servidor público, quando a parturiente não for servidora.
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-
concedida com base em perícia oficial. (Redação dada pela Paternidade
Lei nº 11.907, de 2009) Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante
§ 1o Sempre que necessário, a inspeção médica será por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da
realizada na residência do servidor ou no estabelecimento remuneração. (Vide Decreto nº 6.690, de 2008)
hospitalar onde se encontrar internado. § 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do nono
o
§ 2 Inexistindo médico no órgão ou entidade no local mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
onde se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o § 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terá
servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos início a partir do parto.
parágrafos do art. 230, será aceito atestado passado por
médico particular. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de § 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do
10.12.97) evento, a servidora será submetida a exame médico, e se
julgada apta, reassumirá o exercício.
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente
produzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade de § 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, a
recursos humanos do órgão ou entidade. (Redação dada servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunera-
pela Lei nº 11.907, de 2009) do.
§ 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servi-
vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do primei- dor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias conse-
ro dia de afastamento será concedida mediante avaliação por cutivos.
junta médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de
2009) seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada
§ 5o A perícia oficial para concessão da licença de que de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parce-
trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de lada em dois períodos de meia hora.
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos
de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que de idade;
trata este artigo será de 30 (trinta) dias. c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido,
Seção VI enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência
econômica do servidor;
Da Licença por Acidente em Serviço
d) a pessoa designada que viva na dependência econô-
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o mica do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida,
servidor acidentado em serviço. enquanto durar a invalidez.
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou § 1o A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários
mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou de que tratam as alíneas "a" e "c" do inciso I deste artigo
imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas
alíneas "d" e "e".
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o
dano: § 2o A concessão da pensão temporária aos beneficiá-
rios de que tratam as alíneas "a" e "b" do inciso II deste artigo
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas
servidor no exercício do cargo; alíneas "c" e "d".
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e § 3o (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014)
vice-versa. (Vigência)
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessi- § 4o (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014)
te de tratamento especializado poderá ser tratado em institui- (Vigência)
ção privada, à conta de recursos públicos.
§ 5o (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014)
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta (Vigência)
médica oficial constitui medida de exceção e somente será
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados Art. 218. A pensão será concedida integralmente ao
em instituição pública. titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da
pensão temporária. (Vide Medida Provisória nº 664, de
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 2014) (Vigência)
(dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
§ 1o Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão
Seção VII
vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os
Da Pensão beneficiários habilitados. (Vide Medida Provisória nº 664,
de 2014) (Vigência)
Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes fazem
jus a uma pensão mensal de valor correspondente ao da § 2o Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e tempo-
respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito, rária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão
observado o limite estabelecido no art. 42. (Vide Medida vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes iguais,
Provisória nº 664, de 2014) (Vigência) entre os titulares da pensão temporária.
Art. 216. As pensões distinguem-se, quanto à natureza, § 3o Ocorrendo habilitação somente à pensão temporá-
em vitalícias e temporárias. (Vide Medida Provisória nº ria, o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais,
664, de 2014) (Vigência) entre os que se habilitarem. (Vide Medida Provisória nº
664, de 2014) (Vigência)
§ 1o A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas
permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer
morte de seus beneficiários. tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há
mais de 5 (cinco) anos.
§ 2o A pensão temporária é composta de cota ou cotas
que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, ces- Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova
sação de invalidez ou maioridade do beneficiário. posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de bene-
ficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da
Art. 217. São beneficiários das pensões: data em que for oferecida.
I - vitalícia: (Vide Medida Provisória nº 664, de Art. 220. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado
2014) (Vigência) pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte
a) o cônjuge; do servidor.
b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou di- Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte
vorciada, com percepção de pensão alimentícia; presumida do servidor, nos seguintes casos:
c) o companheiro ou companheira designado que com- I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária
prove união estável como entidade familiar; competente;
d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômi- II - desaparecimento em desabamento, inundação, in-
ca do servidor; cêndio ou acidente não caracterizado como em serviço;
e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a III - desaparecimento no desempenho das atribuições do
pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependên- cargo ou em missão de segurança.
cia econômica do servidor;
IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa desig- § 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o ser-
nada, aos 21 (vinte e um) anos de idade; (Vide Medida vidor terá direito à integralização da remuneração, desde que
Provisória nº 664, de 2014) (Vigência) absolvido.
Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes § 3o As Funções de Assessoramento Superior - FAS,
Executivo, Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela de
funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei.
de carreira: § 4o (VETADO).
I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou § 5o O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serven-
trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a tuários da Justiça, remunerados com recursos da União, no
redução dos custos operacionais; que couber.
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao méri- § 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com
to, condecoração e elogio. estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem a
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em extin-
em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se ção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo dos direi-
o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil tos inerentes aos planos de carreira aos quais se encontrem
seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expedien- vinculados os empregos.
te. § 7o Os servidores públicos de que trata o caput deste
Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições
filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da Admi-
quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida nistração e conforme critérios estabelecidos em regulamento,
funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres. ser exonerados mediante indenização de um mês de remune-
ração por ano de efetivo exercício no serviço público fede-
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos ral. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
termos da Constituição Federal, o direito à livre associação
sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorren- § 8o Para fins de incidência do imposto de renda na
tes: fonte e na declaração de rendimentos, serão considerados
como indenizações isentas os pagamentos efetuados a título
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como de indenização prevista no parágrafo anterior. (Incluído pela
substituto processual; Lei nº 9.527, de 10.12.97)
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano § 9o Os cargos vagos em decorrência da aplicação do
após o final do mandato, exceto se a pedido; disposto no § 7o poderão ser extintos pelo Poder Executivo
quando considerados desnecessários. (Incluído pela Lei
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade
nº 9.527, de 10.12.97)
sindical a que for filiado, o valor das mensalidades e contri-
buições definidas em assembléia geral da categoria. Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já conce-
didos aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transfor-
Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do
mados em anuênio.
cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas ex-
pensas e constem do seu assentamento individual. Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da
Lei nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira
transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma
ou companheiro, que comprove união estável como entidade
prevista nos arts. 87 a 90.
familiar.
Art. 246. (VETADO).
4 Poderes administrativos. 4.1 Hierárquico, discipli- Também não basta ao agente público apenas praticar o
nar, regulamentar e de polícia. 4.2 Uso e abuso do ato administrativo, mas o de praticá-lo com todas as minúcias
poder. especificadas na lei. Qualquer omissão ou diversificação na
sua substância, nos motivos, na forma, na finalidade ou no
tempo tornará o ato inválido, nulo ou anulável, consoante o
PODERES ADMINISTRATIVOS caso, reconhecido pela própria Administração ou pelo Poder
Prof. Soares Judiciário, quando requerido pela parte interessada.
Não se confundem poder hierárquico com poder discipli- Lembre-se que a punição com estribo no Poder Discipli-
nar, adiante apresentado, embora ambos os poderes andem nar, não abrange só as faltas relacionadas com o serviço,
juntos na sustentação da organização administrativa. A hie- mas também aquelas previstas em lei, que atentam contra a
rarquia, considerando a existência de uma organização, como dignidade do serviço. Porém não se trata de um Poder abso-
no caso da Administração, exprime a união de poderes disci- luto. Neste particular temos:
plinadores, de cuja ordem nasce um sistema de subordina-
ção, no qual cada elemento representativo de determinado A autonomia do poder disciplinar só se entende com os fa-
poder, de ordem inferior, deve obediência e respeito ao repre- tos que constituem, exclusivamente, faltas disciplinares. As-
sentante do poder que está colocado acima do seu. sim, faz-se mister que a discricionariedade não venha a ser
usada abusivamente, sob pretexto de pena disciplinar, parti-
No Poder Executivo, a partir da Presidência da República cularmente onde inexiste o ilícito, ou seja ele de existência
e Vice-Presidência, e logo abaixo dos Ministros de Estados, havida por duvidosa. (RT. 417/361)
nota-se perfeitamente a relação de subordinação entre os
vários órgãos e, obviamente, entre os agentes públicos, pela O mestre Português Marcelo Caetano observa:
distribuição das funções e cargos graduando a autoridade de O Poder Disciplinar tem sua origem e razão de ser no inte-
cada um deles. O mesmo ocorre no Poder Legislativo e Judi- resse e na necessidade de aperfeiçoamento progressivo do
ciário, naturalmente, na ordenação de seus respectivos servi- serviço público. (in Do Poder Disciplinar, 1932, Lisboa, pág.
ços administrativos. 25)
O poder hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar, Destarte, o poder disciplinar é correlato com o poder hie-
controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito rárquico, embora com ele não se confunda, pois enquanto
interno da Administração Pública. Efetivamente, ordena as neste a Administração escalona as funções executivas, na-
A apuração da falta deverá ser por meio de processo ad- Desse modo do Estado absolutista ao Estado Social atual
ministrativo onde se garanta o direito de defesa do agente tivemos uma grande caminhada. Sendo assim, o Poder de
faltoso, e o aplicador deverá motivar a sanção imposta. Sendo Polícia moderno tem por destinação institucional a proteção
que a: do interesse coletivo, do bem-estar geral.
A infração disciplinar será punida conforme os anteceden- O poder de polícia se apresenta acima de tudo, como ins-
tes, o grau de culpa do agente, bem assim os motivos, as tituto de natureza basicamente administrativa. É o Poder de
circunstâncias e as consequências do ilícito. (Lei 6.745, de 28 Polícia que gera a denominada Polícia Administrativa, que,
de dezembro de 1985, artigo 135, parágrafo único) juntamente com a Polícia Judiciária, procuram zelar pela
ordem pública, tranquilidade das pessoas e garantia do exer-
8) Poder Regulamentar cício dos direitos quer individuais, quer sociais.
É a faculdade atribuída ao Chefes do Poder Executivo
(Presidente da República, Governadores de Estados e Prefei- Devemos ressaltar, que o Poder de Polícia apenas pode
tos Municipais) de esclarecer ou explicitar a lei para sua cor- atuar onde a lei autoriza, mesmo que o faça de forma discrici-
reta execução, ou seja, competência para expedir decretos onária, porém é um discricionário legítimo, porque da essên-
regulamentares. Tais decretos são autônomos e da exclusiva cia desta qualidade de ato administrativo.
e privativa competência do Chefe do Executivo (CF/88, art.
84, IV). Segundo Henrique de Carvalho Simas, o Poder de Polícia:
Consiste na faculdade deferida a Administração Pública
Seu exercício tem cabimento: de condicionar ou restringir o uso e gozo de direitos individu-
quando a lei a ser cumprida reclama a interferência da ais, notadamente o direito de propriedade, em benefício da
Administração, como requisito de sua aplicação. (Celso Antô- coletividade.
nio Bandeira de Mello, Ato Administrativo e Direitos dos Ad-
ministrados, SP, RT, 1981, pág. 91) Para o jurista lusitano Marcello Caetano, Poder de Polícia
pode ser definido como:
Tal poder, em suma, nada mais é do que a possibilidade a interdição administrativa da autoridade pública no exer-
dos Chefes do Executivo: cício das atividades individuais susceptíveis de fazer perigar
Quando o ato for vinculado, não há qualquer margem de a) De ofício - É uma prerrogativa da Administração de re-
discricionariedade para o agente administrativo praticar o ato, parar seus próprios enganos, erros. Tem base no Princípio da
sendo que as razões, a forma, a finalidade a ser alcançada e Legalidade, donde se extrai o Princípio da Auto Tutela Admi-
o agente incumbido de praticar o ato já estão devidamente nistrativa, princípio este inclusive reconhecido pelo Supremo
descritos na lei, sendo vedada qualquer alteração por parte Tribunal Federal (Súmula nº 473). Provocado - Um terceiro
do agente. se dirige à Administração para a correção de um ato.
Registre-se por oportuno as inolvidáveis lições de CELSO O CONTROLE DO TRIBUNAL DE CONTAS
ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, que, com penas de ouro,
1. INTRODUÇÃO
assinala que “A lei, todavia, em certos casos, regula certa
situação em termos tais que não resta para o administrador Ao discorrer sobre o papel do Tribunal de Contas, importa
margem alguma de liberdade, posto que a norma a ser im- lembrar, embora desnecessário para muitos, que o Tribunal é
plementada prefigura antecipadamente com rigor e objetivi- o órgão, autônomo e independente, ao qual a Constituição
dade absolutos os pressupostos requeridos para a prática do atribui competência para exercer o controle externo da Admi-
ato e o conteúdo que este obrigatoriamente deverá ter uma nistração Pública, no exame dos atos de índole financeira e
vez ocorrida a hipótese legalmente prevista. Nestes lanços orçamentária.
diz-se que há vinculação e, de conseguinte, que o ato a ser
expedido é vinculado”. Como já tive oportunidade de afirmar, a existência de um
órgão de controle dos atos de índole financeira da Adminis-
Nestes termos, basta fazer uma fácil análise de compa- tração Pública é uma das características do Estado contem-
ração entre a lei e o ato administrativo, de sorte que, se al- porâneo. Embora apresentando diferenças de forma, de com-
gum de seus elementos estiver em desacordo com a Lei, tem- posição e, até de competências, a existência de um órgão de
se que o ato é ilegal e, por isso, sujeito à correção, seja pela controle tem sido a marca presente nos Estados atuais.
Administração Pública, que poderá fazê-lo de ofício (Súmu-
la nº 473 do STF – Princípio da Auto Tutela Administrativa) ou Entende-se como Estado Democrático a organização do
a requerimento, através da interposição de recursos cabíveis, país com poderes limitados, com dirigentes eleitos periodica-
seja pelo Poder Judiciário, sempre por requerimento da mente, em eleições livres, por sufrágio universal e voto direto
parte interessada, dado o fato que uma das qualidades da e secreto e que garanta as liberdades fundamentais da pes-
jurisdição é a inércia. soa humana, tornando-se imprescindível que os atos de índo-
le financeira da Administração sejam controlados por um
b) Controle de mérito - Aquele que examina os aspectos órgão externo à própria Administração e dotado de autonomia
da conduta da Administração Pública sob os prismas de con- e de garantias, para o desempenho de suas funções.
veniência e oportunidade.
Não existe, nos dias atuais, país democrático sem um ór-
Neste contexto, somente haverá controle de mérito nos gão de controle com a missão de fiscalizar a boa gestão do
atos administrativos discricionários, visto que, nos ditos atos dinheiro público. Excetuam-se apenas os regimes ditatoriais -
vinculados, a oportunidade e conveniência inexistem em ra- nos quais o que os dirigentes menos querem e menos acei-
zão da estrita observância da lei em todos os aspectos do ato tam é o controle de seus atos -, e os Estados de forte atraso
administrativo. na organização política e econômica. Afora estas duas situa-
ções, todos os demais possuem instituições de controle.
É sabido de todos que o mérito do ato administrativo nada
mais é que a opção tomada pelo administrador em um caso Os órgãos de controle das contas públicas, quer apare-
concreto na incessante busca de um interesse público, opção çam como órgão colegiado (Tribunais de Contas), quer de
esta lastreada em critérios de conveniência e oportunidade. forma unipessoal (Controladorias), detêm, nos dias atuais, a
Em verdade, perfazem o mérito do ato administrativo o motivo importante e indispensável tarefa de fiscalizar as receitas e
e o objeto do ato administrativo. despesas dos Estados. Os Tribunais e Controladorias são
hoje presenças relevantes nos Estados modernos, sendo
Estes elementos (motivo e objeto) é que, nos chamados
tanto maior seu destaque quanto maior for o avanço de suas
atos discricionários, são efetivamente discricionários, sendo
instituições democráticas.
que, no que toca respeito aos mesmos, e não havendo ilega-
No final dos anos 90, quando houve a derrocada do Esta- Ao proferir julgamento sobre a aplicação de uma verba -
do centralizado, os países do Leste Europeu, ao reestrutura- via de regra concedida para uma entidade privada por um
rem o aparelho do Estado reorganizaram suas instituições de órgão público - se houver decisão de irregularidade, o órgão
controle externo, alguns sob a forma de Controladoria, outros recebedor ficará impedido de receber novas verbas do Poder
sob a forma de Tribunais. Público, e o responsável poderá vir a ser responsabilizado.
A jurisdição do Tribunal de Contas se estende a todos os A fiscalização tem características diferentes, exigidas em
órgãos da administração direta, indireta, autárquica e fundaci- função do grande número de contratos celebrados pela Admi-
onal, compreendendo os três níveis de Governo: federal, nistração, razão pela qual, levando-se em conta a impossibili-
estadual e municipal. O Tribunal de Contas da União (TCU) dade de se fiscalizar todos os contratos individualizadamente,
fiscaliza os órgãos e entidades federais, e aos Tribunais Es- o Tribunal decidiu que os órgãos fiscalizados devem enviar ao
taduais (TCE) compete fiscalizar todos os organismos esta- Tribunal todos os contratos precedidos de Tomada de Preços
duais e municipais, exceção feita apenas aos Municípios que - hoje em valor acima de R$ 650.000,00 - e os celebrados por
em 1988, possuíam Tribunal próprio, uma vez que a Consti- dispensa ou inexigibilidade de licitação.
tuição de 1988, garantiu a existência dos que haviam sido Ao serem recebidos no Tribunal, tais contratos são autua-
criados anteriormente, proibindo os demais Municípios de os dos em processo próprio e têm instrução processual pelos
instituírem. órgãos de fiscalização, iniciando-se por um Agente da Fiscali-
Possui o Tribunal de Contas amplo leque de atribuições, zação, sua Chefia e Diretoria, - cargos de nível superior, pre-
mas, com o intuito de ser didático, procurarei transmitir ape- enchidos, no nível inicial, por concurso público.
nas uma síntese das informações que considero básicas e A razão de o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
que pode ser assim resumida: fiscalizar individualmente os contratos, deve-se ao fato de
a. Parecer anual sobre as contas do Governo estadual e representarem o maior volume de recursos orçamentários
Prefeituras consumido da Administração, o que é muito relevante, princi-
palmente considerados em relação aos valores destinados
Para que as contas gerais do exercício - tanto a nível de aos auxílios e subvenções.
Prefeituras, como de Governo do Estado - possam ser julga-
das pelo Legislativo (Câmara e Assembleia), exige a Consti- Tais órgãos de instrução apresentam relatório circunstan-
tuição prévio Parecer emitido pelo Tribunal de Contas. ciado, apontando, com toda a liberdade, se os atos da licita-
ção e da contratação foram praticados pela Administração
Trata-se, portanto, de um importante papel exercido pelo com o cumprimento ou não da legislação. As falhas devem
Tribunal de Contas, cabendo ressaltar que, só poderá ser ser sempre registradas, indicando o dispositivo legal descum-
contrariado pelo Legislativo, com a votação de 2/3 dos parla- prido, havendo casos de o relatório ser enriquecido com a
mentares. posição doutrinária e jurisprudencial sobre o assunto. Abor-
b. Julgar contas de cada Unidade Gestora, Empresas e dam, também, se foram obedecidos os princípios que regem
Sociedades de Economia Mista, Fundações, e responsáveis a licitação - impessoalidade, moralidade, publicidade, econo-
por bens e valores (a nível estadual e municipal) micidade, vinculação ao instrumento convocatório, e demais
que sejam correlatos.
Trata-se, neste caso, de julgamento, não de parecer. Um
julgamento de irregularidade implicará em consequências É, portanto, o Relatório de Auditoria, a primeira manifesta-
para o responsável, entre as quais, se tem a previsão de ção técnica existente no processo sobre a licitação e o contra-
inelegibilidade prevista na Lei Complementar nº 64, de 16 de to.
maio de 1990, que em seu artigo 1º (alínea g, do inciso I) Há casos que pela complexidade ou especialidade do ob-
passou a prever a inelegibilidade para o período de 5 (cinco) jeto, exigem manifestações de outros órgãos técnicos, como a
anos contados a partir da decisão, no caso de rejeição das Assessoria Jurídica, a de Engenharia, de Economia para o
contas. perfeito esclarecimento dos fatos.
c. Registro dos atos de admissão, aposentadorias e re- Importante lembrar que, em se tratando de órgãos da ad-
formas ministração estadual, direta ou indireta, sempre se pronuncia-
rá a Procuradoria da Fazenda, que é o órgão do Governo
estadual com assento junto ao Tribunal, cabendo-lhe opinar
São, portanto, requisitos para o nascimento do dever res- Em princípio deve-se procurar situar a culpa como causa
sarcitório do Estado, consoante a teoria do risco administrati- do erro judiciário, identificando-a na conduta do juiz, para que
só incida o fundamento da faute du service nos casos em
vo, hoje a mais difundida:
que o agente causador do dano não for o juiz ou não se pu-
a) a existência de um dano correspondente a "lesão a um der, nas circunstâncias, imputar a ele a prática de ato danoso
direito da vítima"[, certo e injusto. para os adeptos da teoria por qualquer das modalidades atinentes à culpa.
subjetiva em caso de omissão do poder público, estes casos
exigem, ainda, o comportamento culposo da administração Tratando objetivamente sobre a responsabilidade civil do
(ver capítulo 3,infra); causador do ato ilícito, bem escreve o juscivilista CARLOS
ALBERTO BITTAR:
b) o responsável pelo ato deve se revestir da qualidade de
funcionário da Administração Pública; "Impõe-se-lhe, no plano jurídico, que responda (do latim
"spondeo" = "responder a", "comprometer-se"; "corresponder
c) é preciso que haja nexo de causalidade entre o ato co- a compromisso ou a obrigação anterior") pelos impulsos (ou
missivo ou omissivo da Administração e o dano causado. ausência de impulsos) dados no mundo exterior, sempre que
Ressalte-se que, na apuração da causalidade, o STF abraça estes atinjam a esfera jurídica de outrem. Isso significa que,
a teoria da interrupção do nexo causal, ou do dano direto e em suas interações na sociedade, ao alcançar direito de ter-
imediato, que proclama existir nexo causal apenas quando o ceiro, ou ferir valores básicos da coletividade, o agente deve
dano é o efeito direto e necessário de uma causa. arcar com as consequências, sem o que impossível seria a
própria vida em sociedade."
Hely Lopes MEIRELLES entende que a adoção da teoria
do risco integral atenta contra a equidade social, e se justifica, Referida responsabilidade, no dizer de uns, plasma-se no
argumentado que "por essa fórmula radical, a Administração artigo 37, parág. 6.º da CF, que subjetivamente já era contida
ficaria obrigada a indenizar qualquer dano suportado por no artigo 159 do extinto Código Civil Brasileiro, verbis:
terceiros, ainda que resultante de culpa ou dolo da vítima".
Ter-se-ia um aumento injustificado das despesas do Estado, ARTIGO 159. "Aquele que, por ação ou omissão voluntá-
erigido a segurador universal, o que poderia mesmo compro- ria, negligência, ou imprudência, violar direito ou causar preju-
ízo a outrem. fica obrigado a reparar o dano."
meter a qualidade dos serviços prestados à população.
3. A Responsabilidade Civil do Estado por suas fun- No caso do Estado a sua responsabilidade é objetiva face
ções a Justiça ser considerado um serviço público. Por isso na
França utiliza-se a expressão service public de la justice
3.1. A Responsabilidade Civil do Estado por Ato Judi- ("serviço público da justiça"). Não há razão que justifique
cial excluir, como exceção, a espécie "serviço público judiciário"
do gênero "serviço público geral" (Cretella Júnior, Direito
O Estado é responsável face ao erro judiciário. Em livro Administrativo p. 15). "O serviço judiciário é, sem contestação
específico sobre o tema "INDENIZAÇÃO DO ERRO JUDICI- possível, serviço público do Estado, em função da integração
ÁRIO", escreve LUIZ ANTONIO SOARES LENTZ que "o ato
do Judiciário à esfera estatal" (Souza, 1990, p. 48).
jurisdicional, como espécie do ato jurídico de direito adminis-
trativo, comporta os que se destinam a solução coercitiva Certa vez ao proferir voto em recurso extraordinário, o
conflitos e a atividade destinada a prover interesses em geral, Min. Aliomar Baleeiro acentuou: "Acho que o Estado tem o
"Todavia, não pode a Municipalidade ser responsabilizada "(...) se a força maior decorre de um fato externo, estranho
pela indenização porque os promotores da reforma em imóvel ao serviço, o caso fortuito provém do seu mau funcionamento,
particular descumpriram dispositivo do Código de Obras, que de uma causa interna, inerente ao próprio serviço; admite-se,
proíbe a ocupação de qualquer parte da via pública com ma- por conseguinte, a exclusão da responsabilidade no caso de
teriais de construção." força maior, subsistindo, entretanto, no caso fortuito, por estar
incluído este último no risco do serviço; na força maior, ne-
E evoca a ideia de que ainda que restasse comprovada a nhuma interferência tem a vontade humana, nem próxima
omissão da Administração em seu dever de fiscalização, nem remotamente, enquanto que, no caso fortuito, a vontade
mesmo nesta hipótese não caberia responsabilizar a Prefeitu- apareceria na organização e no funcionamento do serviço".
ra, pois a omissão não seria causa eficiente à produção do
dano, faltando, por isso, o elemento indispensável da causali- Entendeu certa feita o Tribunal de Justiça de São Paulo
dade. Assim, vejamos: que enchente provocada por chuvas fortes e bueiros entupi-
dos não caracteriza caso fortuito, por ser previsível a ocorrên-
"No caso, o acidente ocorreu não porque a Prefeitura dei- cia de chuvas àquela época do ano, sendo dever da Adminis-
xou de fiscalizar o local, ou não puniu o responsável, mas sim tração manter os bueiros da cidade desobstruídos. Seguindo
porque este obstruiu o passeio com materiais de construção, a orientação supramencionada, não libertou o poder público
que dificultavam, senão impediam a passagem de pedestres". do dever de indenizar, por ausência de causa excludente da
Desta forma, entendeu-se não ser dever do Estado, mas responsabilidade.
sim do particular, indenizar os autores da ação. Foi então a "Responsabilidade civil do Estado - Morte de filho menor e
empresa dona da propriedade em que se realizava a obra danos em imóvel decorrentes de inundação - Evento ocorrido,
condenada a pagar a metade da indenização fixada, por ter não pelo excesso de chuvas, mas pela má conservação de
entendido o Egrégio Tribunal haver existido culpa concorrente bueiros e do leito do rio, por parte do Município - Inexistência
da vítima, a qual fora imprudente ao tentar transpor o obstá- de caso fortuito - Indenização de um terço do salário mínimo
culo correndo. até quando a vítima completasse vinte e cinco anos - Proce-
Observe-se outro julgado interessante, em que o Estado dência".
não foi condenado a ressarcir os danos, por haverem enten- Portanto, observa-se que para o Estado eximir-se de seu
dido os magistrados faltar nexo de causalidade, por ter o dever de indenizar, mister é que a ausência de nexo causal
evento danoso decorrido de fato de terceiro. impossibilite qualquer atribuição de responsabilidade a ele. A
"Responsabilidade civil do Estado - Acidente de trânsito - jurisprudência concede especial atenção à característica de
Capotamento de veículo em via pública urbana quando moto- imprevisibilidade do dano, sem o que não se há como falar
rista desviou de animais bovinos - demonstração de que a em caso fortuito ou força maior. Caso não restem comprova-
Prefeitura cumpre seu papel de retirar animais das vias públi- dos, deverá o Estado responder, em benefício da vítima, que
cas - Responsabilidade, a rigor, do proprietário do animal - não deve ver o prejuízo que sofreu restar irressarcido.
Improcedência - CF/88, art. 37, §6o." Admite-se, outrossim, que a ocorrência de um fenômeno
Entendeu, portanto, o 1o Tribunal de Alçada Cível de São da natureza, não obstante seja insuficiente para excluir o
Paulo, que fora a negligência do dono do proprietário que dever indenizatório por parte do Estado, possa influenciar na
causara o acidente, pois a este cabia zelar para que seu ani- determinação da quantia devida, ao ser admitido como uma
mal não invadisse a via pública (art. 1527 do Código Civil). O das causas eficientes para o dano. Nestas hipóteses, o liame
Estado não se apresenta onisciente, capaz de vigiar a todos a de causalidade a conectar o evento danoso à atuação da
cada minuto, daí porque na hipótese não lhe possa ser impu- Administração é mitigado pela concorrência de causas. Ob-
tada responsabilidade por omissão. A matéria, contudo, mos- serve-se, como exemplo, a seguinte ementa:
A Administração Pública só poderá vir a ser responsabili- [5] Desembargador Relator Marcos Alcino A Torres, Jul-
zada por esses danos se ficar provado que, por sua omissão gado em 26/02/2008, Décima Sexta Câmara. Decisão extraí-
ou atuação deficiente, concorreu decisivamente para o even- da do site www.tj.rj.gov.br; acesso em 24/10/2008.
to, deixando de realizar obras que razoavelmente lhe seriam [6] Desembargador Relator Antônio Saldanha Palheiro,
exigíveis. Nesse caso, todavia, a responsabilidade estatal julgado em 01/04/2008, Quinta Câmara. Decisão extraída do
será determinada pela teoria da culpa anônima ou falta do site www.tj.rj.gov.br; acesso em 24/10/2008.
serviço, e não pela objetiva, como corretamente assentado
pela maioria da doutrina e da jurisprudência. Essa é a precisa A omissão e a responsabilidade subjetiva do
lição de Hely Lopes Meirelles: “Daí por que a jurisprudência, Estado: Quando cabe indenização?
mui acertadamente tem exigido a prova da culpa da Adminis-
tração nos casos de depredação por multidões e de enchen- Patrícia Antunes Sisti
tes e vendavais que, superando os serviços existentes, cau- Quando o Poder Público se omite o cidadão pode reivin-
sam danos aos particulares. Nessas hipóteses, a indenização dicar seus direitos.
pela Fazenda Pública só é devida se se comprovar a culpa da
Administração” (ob. cit., 28ª ed., p.p. 628-629)[4]”. A teoria da responsabilidade subjetiva do Estado, base-
ada no art. 37, §6º da CF/88, e art. 43 do CC/22, prevê que
A jurisprudência do Colendo Tribunal de Justiça do Rio de os agentes da Administração Pública devem responder
Janeiro segue o mesmo entendimento. Nesse sentido, as pelos danos que causarem à população. Todavia, a fim de
seguintes ementas de julgados recentes: que isso ocorra, é imperioso comprovar que o mal sofrido
“ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO seja decorrente - tenha nexo de causalidade - de um com-
ESTADO. ATO OMISSIVO. RESPONSABILIDADE SUBJETI- portamento omissivo por parte do Estado.
VA. DANO CAUSADO POR ATO DE DELINQÜÊNCIA. FATO Nesse mesmo norte, e dando enfoque na obrigação de
DE TERCEIRO. 1. O § 6º do art. 37 da CF adotou a teoria do fazer do Estado, serão examinadas aqui as situações em
risco administrativo, que não se confunde com o risco integral, que o cidadão poderia reivindicar seus direitos, buscando
não podendo o Estado ser responsabilizado por todo e qual- indenização quando o Poder Público se omite em termos de
quer dano causado aos particulares por ato que lhe incumbia, atender o bem-estar da população.
genericamente, evitar. 2. A responsabilidade objetiva da Ad-
ministração Pública, nos termos do dispositivo constitucional Segundo o doutrinador Silvio Rodrigues, aquele que cria
mencionado, tem por pressuposto o nexo causal entre um ato risco de dano para terceiros, deve ser obrigado a repará-lo,
8. In casu, a autora, com apenas 14 anos à época dos fa- No REsp 313.886/RN, a primeira seção do STJ entendeu
tos, teve interrompido prematuramente o curso natural da que o Estado, quando demandado, pode vir a denunciar, com
vida. Dura realidade, não só para a vítima, mas para toda a fundamento no art. 70, III do CPC, seu agente que, nessa
família que foi privada da convivência, dos momentos de qualidade, causou prejuízo ao terceiro demandante. Vale
alegria e realizações da adolescente. ressaltar que, nessa hipótese, a pessoa jurídica de direito
público não está obrigada a denunciar, nem o órgão julgador
9. Segundo o acórdão recorrido, a recorrida "precisa de a processar a denunciação se entender que “a tramitação de
tratamentos permanentes de neurologia, neurocirurgia, duas ações em uma só onerará em demasia uma das partes,
psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, oftalmologia, ferindo os princípios da economia e da celeridade na presta-
endocrinologia, cirurgias plásticas e cirurgias diversas", ção jurisdicional.”
e, ainda, que "possui fragmentos metálicos de projétil de
arma de fogo no cérebro". Não obstante, apresentam-se como exceções, as exclu-
dentes de responsabilidade do Estado: culpa exclusiva da
10. Razoável o montante arbitrado pelo Tribunal de Justi- vítima e a culpa concorrente. Nesses casos, apresentada a
ça do Estado do Espírito Santo, em 400 (quatrocentos) e 100 defesa consubstanciada na exceção, o juiz deverá analisar a
(cem) salários mínimos a título de danos morais e de danos questão na demanda principal, o que não acarreta ampliação
estéticos, respectivamente. Precedentes. objetiva indevida do processo.
11. Recurso especial conhecido em parte e não provido.” Esta é uma questão controversa na doutrina e a jurispru-
dência majoritária não tem aceitado o fenômeno da denuncia-
Do acórdão podemos extrair que a alteração morfológica ção da lide nesses casos, em aplicação da teoria restritiva. O
do corpo humano e todo o sofrimento mental a que uma me- argumento principal, segundo Alexandre Mazza, é que a in-
nina de 14 anos tem sido submetida por conta da ação de clusão do debate sobre culpa ou dolo na ação indenizatória
policiais a serviço do Estado, deve sim ensejar a reparação representa um retrocesso histórico à fase subjetiva da res-
do dano moral e estético que suporta até hoje. ponsabilidade estatal.
Também é possível compreender que a indenização pelos O STF já assentou não admitir a denunciação da lide em
danos morais e estéticos deve ser balizada pela proporciona- demandas indenizatórias, nos julgamentos dos RE 327.904,
lidade e razoabilidade, não vindo a ensejar enriquecimento em 18/08/2006 e RE 344.133, em 09/09/2008. Convém des-
sem causa, pois a reparação tem apenas o condão de reparar tacar o julgamento exarado na ACO 305 QO:
ou minorar o estrago feito.
“Competência. Ação ordinária de indenização contra a
Ao arremate, a Corte Infraconstitucional pacificou o enten- União Federal e a FUNAI. 2. Parque Nacional do Xingu. 3.
dimento que estas espécies de dano podem cumular-se em Desapropriação indireta. 4. Denunciação da lide ao Estado-
uma única ação judicial, é o que diz a Súmula 37, “ São cu- membro que vendeu o imóvel. Código de Processo Civil, art.
muláveis as indenizações por dano material e moral oriundos 70. Hipótese em que os autores adquiriram o imóvel do Esta-
do mesmo fato” e a Súmula 387, “é lícita a cumulação de do-membro. 5. A denunciação da lide não se faz per sal-
indenizações de dano estético e dano moral”. Cabe apenas tum. O STF, em casos semelhantes, não tem admitido a
observar que a acumulação depende de que seja possível denunciação da lide ao Estado-membro e, conseqüentemen-
visualizar os danos separadamente. Um dos exemplos que te, afirma sua incompetência para processar e julgar, origina-
deram ensejo à súmula, noticiado pelo próprio STJ em riamente, a ação proposta. Precedentes. 6. Na desapropria-
31/08/2009, é o de “um pedido de indenização decorrente de ção indireta, ocorre, tão-só, súplica de indenização pela perda
acidente de carro em transporte coletivo. Um passageiro do imóvel, cuja reivindicação se faz inviável. Não há, aí, es-
perdeu uma das orelhas na colisão e, em consequência das paço à invocação da regra do art. 70, I, do CPC. 7. Na
lesões sofridas, ficou afastado das atividades profissionais. presente hipótese, a FUNAI e a União Federal ajuizaram, à
Segundo o STJ, presente no caso o dano moral e estético, sua vez, ação declaratória incidental de nulidade dos títulos
deve o passageiro ser indenizado de forma ampla.
Direito Administrativo 117 A Opção Certa Para a Sua Realização
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dos autores. Essa ação não é cabível, pela impossibilidade, presas permissionárias e concessionárias de serviços públi-
no caso, do simultaneus processus. 8. Inviável, destarte, a cos, que devem manter respeito à regra da prescrição trienal,
denunciação à lide do Estado de Mato Grosso e incabível prazo a ser contado do trânsito em julgado da decisão conde-
a ação declaratória incidental, exclui-se o Estado de Mato natória. A razão disso é que, segundo Carvalho Filho, “só se
Grosso da relação processual, afirmando-se, em conse- pode falar em ‘agentes públicos’ – expressão cunhada no art.
qüência, a incompetência do STF para processar e julgar, 37, §6, CF – quando se trata de pessoas de direito público”.
originariamente, a ação, determinando a remessa dos autos
ao Juízo Federal no Estado de Mato Grosso”. (Grifou-se) 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em conclusão, a orientação jurisprudencial dominante é Inicialmente, o direito civil brasileiro veio a prever que para
de não ser cabível, em casos de reparação de dano, a de- todo dano há uma reparação, depois esta reparação passou a
nunciação da lide pelo Estado a seus agentes. Em âmbito ser obrigatória para a pessoa jurídica de direito público. Entre-
federal, também é esta a determinação a ser seguida, con- tanto, não estava bem definido em quais casos deveria se
forme assevera o art. 122, §2 da Lei nº 8.112/90 que diz “tra- reparar.
tando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor Várias teorias passaram pela evolução do tema, a primei-
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva”, o que afasta ra, conhecida como Teoria da Irresponsabilidade, ditava um
de vez as possibilidades de denunciação da lide e de litiscon- Estado isento de culpa ou dolo, não deveria reparar nada. As
sórcio. teorias que se seguiram trouxeram a inicial responsabilização
1.5.3 O Direito de Regresso do Estado, sendo ela subjetiva, dependente de culpa ou dolo
e posteriormente, objetiva.
O art. 37, §6 da CF estabelece a ação regressiva que tem
direito o Estado em face do agente público que tenha agido Com a evolução da doutrina e da jurisprudência, a Consti-
com dolo ou culpa e tenha chegado a causar dano a terceiros. tuição Federal Brasileira de 1988 veio a confirmar a respon-
sabilidade civil objetiva do Estado, em seu art. 37, §5, pelos
O ditame constitucional cria duas espécies de relação jurí- atos de seus agentes que causem danos a terceiros.
dica, a primeira entre o Estado e a vítima, a ser oportunizada
por meio da ação de indenização e a segunda estabelecida Com a crescente demanda de prestação dos serviços pú-
entre a Fazenda Pública e seu agente, no exercício do seu blicos, o Estado resolveu atribuir a prestação a pessoas jurí-
direito de regresso. dicas de direito privado (prestação indireta), por meio de con-
cessão, permissão e autorização. Por estar representando o
O problema do ressarcimento de prejuízos causados ao ente estatal, esse tipo de empresa delegatária de serviços
ente público pode ser resolvido na via administrativa, se as públicos, começou a ser questionada quanto a sua responsa-
partes (agente-Estado) entrarem em acordo. Assevera-se que bilização perante os terceiros. Mais uma vez, os estudiosos
não pode o Estado tomar a iniciativa e descontar os valores do direito se debruçaram sobre a questão e a Corte Máxima
devidos pelo agente de sua remuneração, sem que antes seja da Justiça Brasileira optou por responsabilizá-las pelo dano
autorizado pelo mesmo, haja previsão legal autorizando o ato causado aos terceiros usuários. Recentemente, a jurispru-
e lhe seja assegurado o contraditório e a ampla defesa. Nem dência consignou pela responsabilização objetiva dos delega-
a Fazenda Pública detém esse privilégio. Não sendo viável o tários de serviços públicos também perante os não usuários.
acordo, o Estado pode promover a demanda ressarcitória.
A questão da responsabilidade civil do Estado é aplicada
O primeiro pressuposto para o ajuizamento da ação re- no Direito Brasileiro de forma objetiva, no entanto há algumas
gressiva pelo Estado é este já ter sido condenado judicial- causas que a excluem, exonerando o ente público do cum-
mente pelos danos que seu agente causou. Ademais, deve primento da obrigação para com o particular. Tal assunto é de
também ser comprovada a culpa ou o dolo do agente, pois, extrema relevância por participar do cotidiano dos cidadãos,
nesse caso, a responsabilidade civil do agente é tida como que sofrem prejuízos materiais, morais e até estéticos pela
subjetiva. É oportuno lembrar que, o ônus da prova da condu- atuação estatal, o que restou demonstrado pela evolução
ta danosa do agente é do Estado ao propor a ação de regres- doutrinária e jurisprudencial, levando ao esclarecimento do
so. tema.
Referências
Outra questão de especial importância é o prazo prescrici-
onal dessa ação. Afirma o art. 37, §5 da CF:
CARVALHO FILHO, José dos Santos, Manual de Direito
“A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos Administrativo, 25ª Edição, São Paulo: Atlas, 2012.
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 2ª Edição, São Paulo:
prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
Editora Revista dos Tribunais, 1998.
ressarcimento.” (Grifou-se)
CUNHA JÚNIOR, Dirley da e NOVELINO, Marcelo. Cons-
Por ser a ação regressiva, uma verdadeira ação de res- tituição Federal para concursos. 2ª Edição, Salvador: Jus-
sarcimento ao Estado que também foi lesado ao ter que pagar podivm, 2011.
a conta de seu agente, é uníssono na doutrina e jurisprudên- DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro,
cia que não existe prazo de vencimento para ela, ou seja, é 21ª Edição, São Paulo: Saraiva, 2007.
uma ação imprescritível. GABRIEL, Sérgio. Dano moral e indenização. Jus Navi-
gandi, Teresina, ano 7, n. 56, 1 abr. 2002. Disponível
Portanto, cabe ressaltar que a responsabilidade vítima- em <http://jus.com.br/revista/texto/2821>. Acesso
Estado é objetiva, enquanto o agente responde perante o em: 11/05/2012.
ente estatal de forma subjetiva, se provada sua culpa ou dolo. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro.
No entanto, toda regra comporta exceções. Nos casos em Responsabilidade civil, 5ª Edição: Saraiva, 2010.
que o dano é causado por terceiro, sem vínculo com o Esta- HARADA, Kiyoshi. Responsabilidade civil do Esta-
do, a incidência do art. 37, §5 da CF está descartada, a ação do. Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 41, 01 de maio de
terá prazo prescricional e este será de três anos, conforme 2000. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/491>.
assenta o art. 206, §3, V do CC, já que a responsabilidade Acesso em: 29 de março 2012.
civil aqui é genérica. Importa dizer ainda que a imprescritibili- MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo,
dade somente se aplica às pessoas jurídicas de direito públi- São Paulo: Saraiva, 2011.
co, logo não atinge as de direito privado, tais como as empre- MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasi-
sas públicas e sociedades de economia mista, além das em- leiro. São Paulo: Malheiros, 2003.
7 Regime jurídico-administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro sustenta que o regime jurí-
7.1 Conceito. dico administrativo pode ser resumido a duas únicas realida-
des, ou seja, por prerrogativas e sujeições à Administração
7.2 Princípios expressos e implícitos da Adminis- Pública.
tração Pública.
O Direito Administrativo versus regime jurídico administra-
Regime-Jurídico Administrativo e seus Princípios Nortea- tivo se baseia em 02 (duas) idéias opostas: de um lado, a
dores proteção aos direitos individuais frente ao Estado, que serve
Mária Paula Gomes Marçal Belo de fundamento ao princípio da legalidade, um dos esteios do
Estado de Direito, a liberdade do indivíduo; e de outro lado, a
1. O direito administrativo idéia da necessidade de satisfação dos interesses coletivos,
que conduz a outorga de prerrogativas e sujeições para a
Primeiramente o que vem a ser o Direito Administrativo? Administração Pública, quer para limitar o exercício dos direi-
Sucintamente, diz-se de um ramo do direito público que ocu- tos individuais em benefício do bem-estar coletivo (poder de
pa uma das funções do Estado: a função administrativa. O polícia), quer para a prestação de serviços públicos, ou seja,
Direito Administrativo Brasileiro pode ser considerado um a autoridade da Administração.
direito codificado, pois o mesmo é regido por princípios, re-
gras e normas. A liberdade do indivíduo dispõe do seguinte dispositivo le-
gal, artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal de 1988: “nin-
Leciona-se: “o conceito de Direito Administrativo Brasilei- guém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
ro, para nós, sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios senão em virtude de lei”[5], presente aqui o princípio da lega-
jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades lidade.
públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente
os fins desejados pelo Estado”[1]. Helly Lopes Meirelles, por A Administração Pública possui prerrogativas e privilégios,
sua vez destaca o elemento finalístico na conceituação: os não utilizados e até desconhecidos na esfera do direito priva-
órgãos, agentes e atividades administrativas como instrumen- do, tais como a autoexecutoriedade, a autotutela, o poder de
tos para realização dos fins desejados pelo Estado. expropriar, o de requisitar bens e serviços, o de ocupar tem-
porariamente o imóvel alheio, o de instituir servidão, o de
1.1. A Administração Pública e a administração públi- aplicar sanções administrativas, o de alterar e rescindir unila-
ca
teralmente os contratos, o de impor medidas de polícia.
A Administração Pública representa o conjunto de órgãos A força maior da supremacia do interesse público nos atos
e agentes estatais no exercício da função administrativa, administrativo entre a Administração e o particular para anular
independentemente se pertencentes ao Poder Executivo, ao e revogar seus próprios atos sem necessidade de autorização
Legislativo, ao Judiciário, ou a qualquer outro organismo esta- judicial é justamente em função da condição da imperativida-
tal (como Ministério Público, Defensorias Públicas e etc). de da autotutela e da autoexecutoriedade, que reveste o cita-
A administração pública designa a atividade consistente do supraprincípio.
na defesa concreta do interesse público, “exemplo: os con- Por mais que as prerrogativas colocam a Administração
cessionários e permissionários de serviços públicos exercem em posição de superioridade perante o particular, sempre
administração pública, mas não fazem parte da Administra-
com o objetivo de atingir o benefício da coletividade, as restri-
ção Pública”[2]. A expressão “Administração Pública” pode
ções a que está sujeita limitam a sua atividade a determina-
ser empregada com diferentes sentidos. Alude a professora dos fins e princípios, que se não observados, implicam desvio
Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “Administração Pública” em de poder e consequentemente nulidade dos atos da Adminis-
sentido subjetivo ou orgânico é o conjunto de agentes, órgãos tração.
e entidades públicas que exercem a função administrativa; e
“Administração Pública” em sentido objetivo, material ou fun-
Direito Administrativo 120 A Opção Certa Para a Sua Realização
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As prerrogativas e restrições a que está sujeita a Adminis- O regime funciona como se houvesse 02 (duas) colunas
tração e que não se encontram nas relações entre particula- verticais uma ao lado da outra, uma a complementar a outra.
res dá origem ao regime jurídico administrativo, posiciona- De um lado os poderes outorgados a Administração para que
mento da administrativista Maria Sylvia Zanella Di Pietro. a mesma haja em benefício e para o bem-estar coletivo, e, de
outro lado agentes competentes para agirem de forma finalís-
2.1. A Supremacia do interesse público e a Indisponi-
tica em busca da segurança do direito do administrado.
bilidade do interesse público
3. Princípios norteadores do regime-jurídico adminis-
Todo o arcabouço legal que dá origem e curso regular ao trativo
Direito Administrativo Brasileiro é construído com base nos
supraprincípios: supremacia do interesse público sob o priva- A Constituição Federal de 1988, ao tratar da Administra-
do e indisponibilidade do interesse público. ção Pública, não traz expressos os princípios da Supremacia
do interesse público e da Indisponibilidade do interesse públi-
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que o co. Apesar que é possível considerar que os princípios do
regime jurídico administrativo é amparado por dois princípios Direito Administrativo são desdobramento da supremacia do
basilares, a Supremacia do interesse público e a Indisponibili- interesse público e da indisponibilidade do interesse público.
dade do interesse público, que são os princípios centrais dos
quais derivam todos os demais princípios e normas do Direito Entretanto, no caput de seu artigo 37, enumera os mais
Administrativo. importantes princípios administrativos: legalidade, impessoali-
dade, moralidade, publicidade e eficiência, são estes ainda os
A supremacia do interesse público sobre o privado, tam- princípios que norteiam a Administração Pública.
bém chamada simplesmente de princípio do interesse público
ou da finalidade pública, significa que os interesses da coleti- Tanto a Administração Pública direta ou indireta de qual-
vidade são mais importantes que os interesses individuais, quer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
razão pela qual a Administração, como defensora dos interes- dos Municípios obedecerá aos princípios expressos no artigo
ses públicos, recebe da lei poderes especiais não extensivos 37, caput, da Constituição Federal de 1988.
aos particulares.
Importante citar que: “violar um princípio é muito mais gra-
A outorga dos citados poderes projeta a Administração ve que transgredir uma norma. A desatenção ao princípio
Pública a uma posição de superioridade diante do particular, implica ofensa não apenas a um específico mandamento
onde os interesses do grupo devem prevalecer sobre os do obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais
individuo que o compõem. grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade conforme
o escalão do princípio violado, porque representa insurgência
Sendo assim, a supremacia do interesse público designa contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamen-
que os interesses da coletividade, os interesses públicos são tais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corro-
mais importantes que os interesses individuais. Exemplo: a são de sua estrutura mestra.”[8]
desapropriação é a prevalência do interesse público sob o
privado, como vários outros exemplos citados acima. Helly L. Meirelles ensina que, “na Administração Pública,
não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na adminis-
Alude ainda Celso Antônio Bandeira de Mello, sobre a Su- tração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na
premacia do interesse publico sobre o privado: “Trata-se de Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autori-
verdadeiro axioma reconhecível no moderno Direito Público. za. A lei para o particular significa ‘pode fazer assim’, para o
Proclama a superioridade do interesse da coletividade, fir- administrador público significa ‘deve fazer assim’9.
mando a prevalência dele sobre o particular, como condição,
até mesmo, da sobrevivência e asseguramento deste último. Importante observar que não há uma hierarquia entre os
É pressuposto de uma ordem social estável, em que todos e princípios, cada um tem sua importância e não se diz que um
cada um possam sentir-se garantidos e resguardados.”[6] prevalece sobre o outro. Cada caso é que acaba dando mais
valor a um ou a outro, mas isso não quer dizer que exista
Já a indisponibilidade do interesse público enuncia que os hierarquia, um princípio que não seja usado num determinado
agentes públicos não são donos do interesse por eles defen- caso pode ser o mais importante em outro.
dido. Assim, no exercício da função administrativa os agentes
públicos estão obrigados a atuar, não segundo sua própria Imperioso relembrar a interpretação, bem como, a valida-
vontade, mas do modo determinado pela legislação. de do princípio da legalidade para o particular, sendo, que
este pode fazer tudo o que a lei não proíbe e já para o direito
Portanto a indisponibilidade do interesse público significa público, este só pode realizar o que estiver previsto em lei,
que o agente público não é dono dos interesses que defende, fazer somente o que a lei permite / determina, sob pena de ter
por isso que o agente só pode atuar da forma como a lei de- seus atos anulados. O princípio da legalidade explicita a su-
termina, interpretação dada ainda à validade do princípio da bordinação da atividade administrativa à lei.
legalidade para o direito público.
A relação que o particular tem com a lei é de liberdade e
A indisponibilidade dos interesses públicos significa que, autonomia da vontade, de modo que os ditames legais ope-
sendo interesses qualificados como próprios da coletividade – ram fixando limites negativos à atuação privada. Assim, o
internos ao setor público – não se encontram à livre disposi- silêncio da lei quanto ao regramento de determinada conduta
ção de quem quer que seja por inapropriáveis. O próprio ór- é recebido na esfera particular como permissão para agir.
gão administrativo que os representa não tem disponibilidade
sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-los – No Direito Público a relação do agente público com a lei é
o que é também um dever – na estrita conformidade do que de subordinação, razão pela qual os regramentos estabeleci-
predispuser a intentio legis.”[7] dos pelo legislador desenham limites positivos para as ativi-
dades públicas. Por isso, a ausência de disciplina legal sobre
A existência desses dois supraprincípios é o reflexo de certo comportamento significa no âmbito da Administração
uma dualidade permanente no exercício da função adminis- Pública uma proibição de agir.
trativa, sendo, a dicotomia entre os poderes da Administração
Pública, ou seja, a Supremacia do interesse público o qual Portanto a atividade administrativa, somente será legítima
reflete os poderes da Administração Pública, e de outro lado a se estiver em consonância com os comandos veiculados em
indisponibilidade do interesse público o qual reflete os direitos lei, com capacidade de disciplinar o comportamento da Admi-
dos administrados. nistração Pública.
48. Sobre dispensa e inexigibilidade de licitação, considere as 52. No que concerne à posse e ao exercício, é correto afirmar
hipóteses abaixo, previstas na Lei de Licitações: que:
I. Casos de guerra ou grave perturbação da ordem. (A)) O prazo para o servidor empossado em cargo público
II. Quando não acudirem interessados à licitação anterior e entrar em exercício é de quinze dias, contados da data da
esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo posse.
para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condi- (B) A posse ocorrerá no prazo de quinze dias contados da
ções preestabelecidas. publicação do ato de provimento.
III. Contratação de profissional de qualquer setor artístico, (C) O servidor será demitido do cargo se não entrar em exer-
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que cício dentro do prazo de trinta dias, contados do ato de provi-
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. mento.
Estas hipóteses correspondem, respectivamente, a casos de (D) Ao entrar em exercício, o servidor estável nomeado para
(A) inexigibilidade, dispensa e dispensa. cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório
(B) dispensa, inexigibilidade e dispensa. por período de doze meses.
(C) dispensa, dispensa e dispensa. (E) A promoção interrompe o tempo de exercício, que passa a
(D) inexigibilidade, inexigibilidade e dispensa. ser contado novamente para efeitos do estágio probatório.
(E) dispensa, dispensa e inexigibilidade.
53. A investidura do servidor em cargo de atribuições e res-
49. Na sessão pública para recebimento das propostas do ponsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido
pregão eletrônico, o autor da oferta de valor mais baixo e os em sua capacidade física e mental verificada em inspeção
das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores médica, decorre da forma de provimento derivado denomina-
àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até da
a proclamação do vencedor. Não havendo pelo menos três (A) reintegração.
ofertas nestas condições, (B) recondução.
(A) poderão os autores das melhores propostas, até o máxi- (C) aproveitamento.
mo de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, (D)) readaptação.
quaisquer que sejam os preços oferecidos. (E) reversão.
(B) todos os proponentes presentes, independentemente do
número, poderão oferecer novos lances verbais e sucessivos. 54. A vacância do cargo público decorrerá, dentre outras
(C) o pregoeiro reabrirá prazo para que novos concorrentes hipóteses, de
apresentem propostas. (A) reversão.
(D) a sessão será suspensa e o processo encaminhado à (B)) posse em outro cargo inacumulável.
autoridade competente para decidir sobre o prosseguimento (C) nomeação.
ou não do pregão. (D) aproveitamento.
(E) o pregoeiro declarará encerrada a sessão e prejudi- (E) recondução.
cado o pregão.
55. Com relação ao disposto sobre as férias observe as se-
50. De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o processo guintes proposições:
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, a I. Dentre outras hipóteses, as férias poderão ser interrompi-
competência das por motivo de convocação para serviço eleitoral.
(A) é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a II. As faltas ao serviço poderão ser levadas à conta de férias
que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e até o máximo de dez dias.
avocação legalmente admitidos. III. O servidor poderá acumular suas férias, até o máximo de
(B) para decisão de recursos administrativos é delegável. três períodos, no caso de necessidade do serviço.
(C) não pode ser delegada para órgão que não seja hierarqui- IV. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, des-
camente subordinado ao órgão delegante. de que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da
(D) para edição de atos normativos pode ser delegada. administração pública.
(E) pode ser feita por ato interno, desnecessária a sua publi- Estão corretas APENAS
cação. (A) I e II.
(B) I e III.
51. Os candidatos aprovados em concurso público na esfera (C)) I e IV.
federal, cujo prazo de validade não expirou, aguardam a res- (D) II e III.
pectiva nomeação. Contudo, foram surpreendidos com a (E) III e IV.
abertura de novo concurso para o preenchimento dos mes-
mos cargos. Esta decisão do órgão responsável pelo certame 56. É certo que, o servidor poderá, diante de novos argumen-
(A) somente é válida se todos os aprovados no concurso tos, interpor pedido de reconsideração perante a autoridade
posterior alcançarem notas superiores às dos concursados (A) que houver expedido o ato, que deverá decidir o pleito
anteriores. dentro do prazo improrrogável de 60 dias.
(B)) é vedada, uma vez que não se admite a abertura de novo (B) competente, dentro do prazo de 15 dias, a contar da pu-
concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso blicação ou da ciência do ato impugnado.
anterior, com prazo de validade não expirado. (C) imediatamente superior àquela que tiver expedido o ato,
(C) é válida, desde que os cargos postos em disputa sejam de que decidirá em até 15 dias.
livre nomeação e o interesse público justifique a necessidade (D) imediatamente superior à que tiver expedido a decisão,
de novo concurso. que decidirá dentro do prazo legal de 10 dias,
podendo ser renovado uma única vez.
92. São características da Administração Pública: 95 - Sobre a noção de Administração Pública, analise as
1) As pessoas que exercem as atividades de administração afirmativas a seguir:
pública são agentes de Direito Público, especialmente desig- I. A função administrativa do Estado será desempenhada por
nados, podendo também serem designados por delegação. órgãos e agentes de todos os poderes, ainda
2) Os objetivos perseguidos pela Administração Pública são que predominantemente pelo Poder Executivo.
sempre estabelecidos por lei, ou seja, são sempre vinculados II. No sentido material, considera-se Administração Pública o
e não discricionários. desempenho da função administrativa, como
3) Os interesses são sempre públicos, isto é, visando a cole- por exemplo, a gestão de bens e de serviços públicos.
tividade como um todo, segundo o princípio da isonomia. III. Através da desconcentração administrativa é possível
4) As atividades administrativas e seus atos em geral gozam atribuir a particulares, por ato administrativo, ou por
de executoriedade prática, ou possibilidade imediata de se- contrato, a execução de serviços públicos.
rem realizados. São verdadeiras somente as afirmativas:
5) A natureza da Administração é munus público (encargo a) I e II;
que alguém de exercer), ou seja, o que procede de natureza b) I e III;
pública ou da lei, obrigando o agente ao exercício de certos c) II e III;
encargos visando o benefício da coletividade ou da ordem d) I, II e III;
social. e) nenhuma.
Estão corretas:
a) todas as proposições estão corrretas 96 - Sobre o poder de polícia, analise as afirmativas a seguir:
b) estão corretas somente 1, 2 e 5 I. O poder de polícia não se confunde com a polícia judiciária.
c) estão corretas somente 1, 3, 4 5 A polícia administrativa tem finalidade preventiva e a policia
d) estão corretas 1, 2, 4 e 5 judiciária atua de forma repressiva.
II. Todos os entes estatais são competentes para exercer o
93. Quanto aos enuncioados a seguir: poder de polícia sobre as atividades submetidas ao
1. A Natureza da Administração Pública é a de um munus seu controle.
público para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defe- III. A licença é exemplo de ato administrativo que pode refletir
sa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e inte- o exercício do poder de polícia.
resses da coletividade, impondo ao administrador público a São verdadeiras somente as afirmativas:
obrigação de cumprir fielmente os preceitos do Direito e da a) I e II;
Moral administrativa que regem sua atuação, pois tais precei- b) I e III;
tos é que expressam a vontade do titular dos interesses ad- c) II e III;
ministrativos - o povo - e condicionam os atos a serem prati- d) I, II e III;
cados no desempenho do munus público que lhe é confiado. e) nenhuma.
O Ministério Público no Brasil II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos
serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta
Rafael de Carvalho Missiunas Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua
1. Introdução garantia;
O presente artigo tratará da instituição do Ministério Público, a III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
qual é incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponí- de outros interesses difusos e coletivos;
veis. Sendo analisadas suas duas grandes divisões: Ministé- IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representa-
rio Público da União (MPU) e Ministério Público dos Estados ção para fins de intervenção da União e dos Estados, nos
(MPEs). casos previstos nesta Constituição;
Também apresentaremos a forma da estrutura organizacional V - defender judicialmente os direitos e interesses das popu-
do Ministério Público Brasileiro, assim como suas funções lações indígenas;
institucionais. Veremos o Ministério Público da União (MPU),
o qual é dividido em: Ministério Público Federal (MPF), Minis- VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos
tério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Militar de sua competência, requisitando informações e documentos
(MPM) e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
(MPDFT); e o Ministério Público dos Estados (MPEs), onde VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma
será dando ênfase ao Ministério Público do Rio Grande do da lei complementar mencionada no artigo anterior;
Sul.
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de
2. Do Ministério Público inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas
Com o advento da Constituição Federal de 1988, o Ministério manifestações processuais;
Público deixou de fazer parte do Poder Executivo, como esta- IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde
va disposto na Constituição de 1969, e atualmente, não per- que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
tence a nenhum dos três poderes do Estado, pois recebeu um
tratamento constitucional destacado, pelo qual deixou de ser
O Código Penal Militar, Decreto-Lei Nº 1.001, de 21 de outu- b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprome-
bro de 1969, define os crimes militares: ter a preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de
qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do
“Art. 9º - Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: País ou podem expô-la a perigo;
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, em-
modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, bora não previstos neste Código, quando praticados em zona
qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; de efetivas operações militares ou em território estrangeiro,
militarmente ocupado.”
II - os crimes previstos neste Código, embora também o se-
jam com igual definição na lei penal comum, quando pratica- O Ministério Público Militar atua nas causas de competência
dos: da Justiça Militar, ou seja, nas causas do Superior Tribunal
Militar (STM), dos Tribunais Militares (TM’s) e dos Juízes
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, con- Militares. Sendo a competência da Justiça Militar limitada a
tra militar na mesma situação ou assemelhado; somente crimes militares definidos em lei pela Constituição
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em Federal, em seu art. 124.
lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, A estrutura do Ministério Público Militar, conforme o art. 118
ou reformado, ou assemelhado, ou civil; da LC 75/1993 é constituída de: Procuradoria-Geral da Justi-
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em ça Militar; Colégio de Procuradores da Justiça Militar; Conse-
comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora lho Superior do Ministério Público Militar; Câmara de Coorde-
do lugar sujeito à administração militar contra militar da reser- nação e Revisão do Ministério Público Militar; Corregedoria do
va, ou reformado, ou civil; Ministério Público Militar; Subprocuradores-Gerais da Justiça
Militar; Procuradores da Justiça Militar; Promotores da Justiça
d) por militar durante o período de manobras, ou exercício, Militar.
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil; 3.4 Do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
e) Por militar em situação de atividade, ou assemelhado, O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem pertence ao Ministério Público da União, conforme o art. 128
administrativa militar; da Constituição Federal de 1988, sendo o ramo responsável
por atuar nas causas do Tribunal de Justiça e dos Juízes do
f) por militar em situação de atividade ou assemelhado que, Distrito Federal e Territórios.
embora não estando em serviço, use armamento de proprie-
dade militar ou qualquer material bélico, sob guarda, fiscaliza- As atribuições do Ministério Público do Distrito Federal e Ter-
ção ou administração militar, para a prática de ato ilegal; III - ritórios estão previstas no art. 150 da Lei Complementar
os crimes, praticados por militar da reserva ou reformado, ou 75/1993:
por civil, contra as instituições militares, considerando-se “I - instaurar inquérito civil e outros procedimentos administra-
como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do tivos correlatos;
inciso II, nos seguintes casos:
II - requisitar diligências investigatórias e a instauração de
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a inquérito policial, podendo acompanhá-los e apresentar pro-
ordem administrativa militar; vas;
b) em lugar sujeito a administração militar contra militar em III - requisitar à autoridade competente a instauração de pro-
situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário cedimentos administrativos, ressalvados os de natureza disci-
de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de fun- plinar, podendo acompanhá-los e produzir provas;
ção inerente ao seu cargo;
IV - exercer o controle externo da atividade da polícia do Dis-
c) contra militar em formatura, ou durante o período de pronti- trito Federal e da dos Territórios;
dão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampa-
mento, acantonamento ou manobras; V - participar dos Conselhos Penitenciários;
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, VI - participar, como instituição observadora, na forma e nas
contra militar em função da natureza militar, ou no desempe- condições estabelecidas em ato do Procurador-Geral da Re-
nho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, de qualquer órgão da administração pública direta,
III - elaborar suas folhas de pagamento e expedir os compe- Art. 4º São princípios institucionais do Ministério Público
tentes demonstrativos; da União a unidade, a indivisibilidade e a independência fun-
cional.
IV - adquirir bens e contratar serviços, efetuando a respectiva
contabilização; Art. 5º São funções institucionais do Ministério Público da
União:
V - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de
cargos, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de I - a defesa da ordem jurídica, do regime democrático,
seus membros; dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponí-
veis, considerados, dentre outros, os seguintes fundamentos
VI - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos e princípios:
cargos de seus serviços auxiliares, bem como a fixação e o
reajuste dos vencimentos de seus servidores; a) a soberania e a representatividade popular;
VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxili- b) os direitos políticos;
ares, bem como nos casos de remoção, promoção e demais c) os objetivos fundamentais da República Federativa do
formas de provimento derivado; Brasil;
VIII - editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que d) a indissolubilidade da União;
importem em vacância de cargos e carreira e dos serviços
auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do e) a independência e a harmonia dos Poderes da União;
Ministério Público e de seus servidores; f) a autonomia dos Estados, do Distrito Federal e dos
IX - organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Municípios;
Procuradorias e Promotorias de Justiça; g) as vedações impostas à União, aos Estados, ao Distri-
X - compor os seus órgãos de administração; to Federal e aos Municípios;
Art. 13. Recebidas ou não as informações e instruído o b) do membro do Ministério Público da União que oficie
caso, se o Procurador dos Direitos do Cidadão concluir que perante tribunais, ser processado e julgado, nos crimes co-
direitos constitucionais foram ou estão sendo desrespeitados, muns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal de Justi-
deverá notificar o responsável para que tome as providências ça;
necessárias a prevenir a repetição ou que determine a cessa- c) do membro do Ministério Público da União que oficie
ção do desrespeito verificado. perante juízos de primeira instância, ser processado e julga-
Art. 14. Não atendida, no prazo devido, a notificação do, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos Tribunais
prevista no artigo anterior, a Procuradoria dos Direitos do Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça
Cidadão representará ao poder ou autoridade competente Eleitoral;
para promover a responsabilidade pela ação ou omissão d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do
inconstitucionais. tribunal competente ou em razão de flagrante de crime inafi-
Art. 15. É vedado aos órgãos de defesa dos direitos ançável, caso em que a autoridade fará imediata comunica-
constitucionais do cidadão promover em juízo a defesa de ção àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob
direitos individuais lesados. pena de responsabilidade;
§ 1º Quando a legitimidade para a ação decorrente da e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de
inobservância da Constituição Federal, verificada pela Procu- Estado-Maior, com direito a privacidade e à disposição do
radoria, couber a outro órgão do Ministério Público, os ele- tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a pri-
mentos de informação ser-lhe-ão remetidos. são antes da decisão final; e a dependência separada no
estabelecimento em que tiver de ser cumprida a pena;
§ 2º Sempre que o titular do direito lesado não puder
constituir advogado e a ação cabível não incumbir ao Ministé- f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o
rio Público, o caso, com os elementos colhidos, será encami- disposto no parágrafo único deste artigo;
nhado à Defensoria Pública competente. g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e local
Art. 16. A lei regulará os procedimentos da atuação do previamente ajustados com o magistrado ou a autoridade
Ministério Público na defesa dos direitos constitucionais do competente;
cidadão. h) receber intimação pessoalmente nos autos em qual-
CAPÍTULO V quer processo e grau de jurisdição nos feitos em que tiver que
Das Garantias e das Prerrogativas oficiar.
Art. 17. Os membros do Ministério Público da União Parágrafo único. Quando, no curso de investigação,
gozam das seguintes garantias: houver indício da prática de infração penal por membro do
Ministério Público da União, a autoridade policial, civil ou
I - vitaliciedade, após dois anos de efetivo exercício, não militar, remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral
podendo perder o cargo senão por sentença judicial transita- da República, que designará membro do Ministério Público
da em julgado; para prosseguimento da apuração do fato.
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse públi- Art. 19. O Procurador-Geral da República terá as mes-
co, mediante decisão do Conselho Superior, por voto de dois mas honras e tratamento dos Ministros do Supremo Tribunal
terços de seus membros, assegurada ampla defesa; Federal; e os demais membros da instituição, as que forem
reservadas aos magistrados perante os quais oficiem.
III - (Vetado)
Art. 20. Os órgãos do Ministério Público da União terão
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério presença e palavra asseguradas em todas as sessões dos
Público da União: colegiados em que oficiem.
I - institucionais: Art. 21. As garantias e prerrogativas dos membros do
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita Ministério Público da União são inerentes ao exercício de
dos juízes singulares ou presidentes dos órgãos judiciários suas funções e irrenunciáveis.
perante os quais oficiem; Parágrafo único. As garantias e prerrogativas previstas
b) usar vestes talares; nesta Lei Complementar não excluem as que sejam estabele-
cidas em outras leis.
c) ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em
qualquer recinto público ou privado, respeitada a garantia CAPÍTULO VI
constitucional da inviolabilidade do domicílio; Da Autonomia do Ministério Público
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou Art. 22. Ao Ministério Público da União é assegurada
comunicação, público ou privado, no território nacional, quan- autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe:
do em serviço de caráter urgente; I - propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de
e) o porte de arma, independentemente de autorização; seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos
vencimentos de seus membros e servidores;
f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo
aprovado pelo Procurador-Geral da República e por ele expe- II - prover os cargos de suas carreiras e dos serviços
dida, nela se consignando as prerrogativas constantes do auxiliares;
Art. 24. O Ministério Público da União compreende: § 2º A delegação também poderá ser feita ao Diretor-
Geral da Secretaria do Ministério Público da União para a
I - O Ministério Público Federal; prática de atos de gestão administrativa, financeira e de pes-
soal, estes apenas em relação aos servidores e serviços
II - o Ministério Público do Trabalho; auxiliares.
III - o Ministério Público Militar; Art. 27. O Procurador-Geral da República designará,
IV - o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. dentre os integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco
anos, o Vice-Procurador-Geral da República, que o substituirá
Parágrafo único. A estrutura básica do Ministério Público em seus impedimentos. No caso de vacância, exercerá o
da União será organizada por regulamento, nos termos da lei. cargo o Vice-Presidente do Conselho Superior do Ministério
CAPÍTULO VIII Público Federal, até o provimento definitivo do cargo.
Do Procurador-Geral da República CAPÍTULO IX
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o chefe do Do Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Pú-
Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da blico da União
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e Art. 28. O Conselho de Assessoramento Superior do
cinco anos, permitida a recondução precedida de nova deci- Ministério Público da União, sob a presidência do Procurador-
são do Senado Federal. Geral da República será integrado pelo Vice-Procurador-Geral
Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do Procurador- da República, pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo Procu-
Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, rador-Geral da Justiça Militar e pelo Procurador-Geral de
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Senado Federal, em votação secreta. Art. 29. As reuniões do Conselho de Assessoramento
Art. 26. São atribuições do Procurador-Geral da Repúbli- Superior do Ministério Público da União serão convocadas
ca, como Chefe do Ministério Público da União: pelo Procurador-Geral da República, podendo solicitá-las
qualquer de seus membros.
I - representar a instituição;
Art. 30. O Conselho de Assessoramento Superior do
II - propor ao Poder Legislativo os projetos de lei sobre o Ministério Público da União deverá opinar sobre as matérias
Ministério Público da União; de interesse geral da Instituição, e em especial sobre:
III - apresentar a proposta de orçamento do Ministério I - projetos de lei de interesse comum do Ministério Pú-
Público da União, compatibilizando os anteprojetos dos dife- blico da União, neles incluídos:
rentes ramos da Instituição, na forma da lei de diretrizes or-
çamentárias; a) os que visem a alterar normas gerais da Lei Orgânica
do Ministério Público da União;
IV - nomear e dar posse ao Vice-Procurador-Geral da
República, ao Procurador-Geral do Trabalho, ao Procurador- b) a proposta de orçamento do Ministério Público da
Geral da Justiça Militar, bem como dar posse ao Procurador- União;
Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios; c) os que proponham a fixação dos vencimentos nas
V - encaminhar ao Presidente da República a lista tríplice carreiras e nos serviços auxiliares;
para nomeação do Procurador-Geral de Justiça do Distrito II - a organização e o funcionamento da Diretoria-Geral e
Federal e Territórios; dos Serviços da Secretaria do Ministério Público da União.
VI - encaminhar aos respectivos Presidentes as listas Art. 31. O Conselho de Assessoramento Superior poderá
sêxtuplas para composição dos Tribunais Regionais Federais, propor aos Conselhos Superiores dos diferentes ramos do
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, do Ministério Público da União medidas para uniformizar os atos
Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho decorrentes de seu poder normativo.
e dos Tribunais Regionais do Trabalho;
Art. 49. São atribuições do Procurador-Geral da Repúbli- XVI - homologar, ouvido o Conselho Superior, o resulta-
ca, como Chefe do Ministério Público Federal: do do concurso para ingresso na carreira;
I - representar o Ministério Público Federal; XVII - fazer publicar aviso de existência de vaga na lota-
ção e na relação bienal de designações;
II - integrar, como membro nato, e presidir o Colégio de
Procuradores da República, o Conselho Superior do Ministé- XVIII - elaborar a proposta orçamentária do Ministério
rio Federal e a Comissão de Concurso; Público Federal, submetendo-a, para aprovação, ao Conselho
Superior;
III - designar o Procurador Federal dos Direitos do Cida-
dão e os titulares da Procuradoria nos Estados e no Distrito XIX - organizar a prestação de contas do exercício ante-
Federal; rior;
IV - designar um dos membros e o Coordenador de cada XX - praticar atos de gestão administrativa, financeira e
uma das Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério de pessoal;
Público Federal; XXI - elaborar o relatório das atividades do Ministério
V - nomear o Corregedor-Geral do Ministério Público Público Federal;
Federal, segundo lista formada pelo Conselho Superior; XXII - coordenar as atividades do Ministério Público
VI - designar, observados os critérios da lei e os estabe- Federal;
lecidos pelo Conselho Superior, os ofícios em que exercerão XXIII - exercer outras atividades previstas em lei.
suas funções os membros do Ministério Público Federal;
III - eleger, dentre os Subprocuradores-Gerais da Repú- c) as normas sobre as designações para os diferentes
blica e mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, qua- ofícios do Ministério Público Federal;
tro membros do Conselho Superior do Ministério Público Fe- d) os critérios para distribuição de inquéritos, procedi-
deral; mentos administrativos e quaisquer outros feitos, no Ministério
IV - opinar sobre assuntos gerais de interesse da institui- Público Federal;
ção. e) os critérios de promoção por merecimento, na carrei-
§ 1º Para os fins previstos nos incisos I, II e III, deste ra;
artigo, prescindir-se-á de reunião do Colégio de Procuradores, f) o procedimento para avaliar o cumprimento das condi-
procedendo-se segundo dispuser o seu regimento interno e ções do estágio probatório;
exigindo-se o voto da maioria absoluta dos eleitores.
II - aprovar o nome do Procurador Federal dos Direitos
§ 2º Excepcionalmente, em caso de interesse relevante do Cidadão;
da Instituição, o Colégio de Procuradores reunir-se-á em local
designado pelo Procurador-Geral da República, desde que III - indicar integrantes das Câmaras de Coordenação e
convocado por ele ou pela maioria de seus membros. Revisão;
I - o Procurador-Geral da República e o Vice-Procurador- VII - elaborar a lista tríplice destinada à promoção por
Geral da República, que o integram como membros natos; merecimento;
II - quatro Subprocuradores-Gerais da República eleitos, VIII - aprovar a lista de antiguidade dos membros do
para mandato de dois anos, na forma do art. 53, III, permitida Ministério Público Federal e decidir sobre as reclamações a
uma reeleição; ela concernentes;
III - quatro Subprocuradores-Gerais da República eleitos, IX - indicar o membro do Ministério Público Federal para
para mandato de dois anos, por seus pares, mediante voto promoção por antiguidade, observado o disposto no art. 93, II,
plurinominal, facultativo e secreto, permitida uma reeleição. alínea d, da Constituição Federal;
§ 1º Serão suplentes dos membros de que tratam os b) integrar comissões técnicas ou científicas relaciona-
incisos II e III os demais votados, em ordem decrescente, das às funções da Instituição;
observados os critérios gerais de desempate. X - opinar sobre o afastamento temporário de membro
§ 2º O Conselho Superior elegerá o seu Vice-Presidente, do Ministério Público do Trabalho;
que substituirá o Presidente em seus impedimentos e em XI - autorizar a designação, em caráter excepcional, de
caso de vacância. membros do Ministério Público do Trabalho, para exercício de
Art. 96. O Conselho Superior do Ministério Público do atribuições processuais perante juízos, tribunais ou ofícios
Trabalho reunir-se-á ordinariamente, uma vez por mês, em diferentes dos estabelecidos para cada categoria;
dia previamente fixado, e, extraordinariamente, quando con- XII - determinar a realização de correições e sindicâncias
vocado pelo Procurador-Geral do Trabalho ou por proposta da e apreciar os relatórios correspondentes;
maioria absoluta de seus membros.
XIII - determinar a instauração de processos administra-
Art. 97. Salvo disposição em contrário, as deliberações tivos em que o acusado seja membro do Ministério Público do
do Conselho Superior serão tomadas por maioria de votos, Trabalho, apreciar seus relatórios e propor as medidas cabí-
presente a maioria absoluta de seus membros. veis;
§ 1º Em caso de empate, prevalecerá o voto do Presi- XIV - determinar o afastamento do exercício de suas
dente, exceto em matéria de sanções, caso em que prevale- funções, de membro do Ministério Público do Trabalho, indici-
cerá a solução mais favorável ao acusado. ado ou acusado em processo disciplinar, e o seu retorno;
§ 2º As deliberações do Conselho Superior serão publi- XV - designar a comissão de processo administrativo em
cadas no Diário da Justiça, exceto quando o Regimento Inter- que o acusado seja membro do Ministério Público do Traba-
no determinar sigilo. lho;
Art. 98. Compete ao Conselho Superior do Ministério XVI - decidir sobre o cumprimento do estágio probatório
Público do Trabalho: por membro do Ministério Público do Trabalho, encaminhando
I - exercer o poder normativo no âmbito do Ministério cópia da decisão ao Procurador-Geral da República, quando
Público do Trabalho, observados os princípios desta lei com- for o caso, para ser efetivada sua exoneração;
plementar, especialmente para elaborar e aprovar: XVII - decidir sobre remoção e disponibilidade de mem-
a) o seu Regimento Interno, o do Colégio de Procurado- bro do Ministério Público do Trabalho, por motivo de interesse
res do Trabalho e o da Câmara de Coordenação e Revisão do público;
Ministério Público do Trabalho; XVIII - autorizar, pela maioria absoluta de seus mem-
b) as normas e as instruções para o concurso de ingres- bros, que o Procurador-Geral da República ajuíze a ação de
so na carreira;
Art. 102. Dentre os integrantes da Câmara de Coordena- Art. 107. Os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão
ção e Revisão, um deles será designado pelo Procurador- designados para oficiar junto ao Tribunal Superior do Traba-
Geral para a função executiva de Coordenador. lho e nos ofícios na Câmara de Coordenação e Revisão.
Art. 103. Compete à Câmara de Coordenação e Revisão Parágrafo único. A designação de Subprocurador-Geral
do Ministério Público do Trabalho: do Trabalho para oficiar em órgãos jurisdicionais diferentes do
previsto para a categoria dependerá de autorização do Con-
I - promover a integração e a coordenação dos órgãos selho Superior.
institucionais do Ministério Público do Trabalho, observado o
princípio da independência funcional; Art. 108. Cabe aos Subprocuradores-Gerais do Trabalho,
privativamente, o exercício das funções de:
II - manter intercâmbio com órgãos ou entidades que
atuem em áreas afins; I - Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho;
III - encaminhar informações técnico-jurídicas aos órgãos II - Coordenador da Câmara de Coordenação e Revisão
institucionais do Ministério Público do Trabalho; do Ministério Público do Trabalho.
IV - resolver sobre a distribuição especial de feitos e Art. 109. Os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão
procedimentos, quando a matéria, por sua natureza ou rele- lotados nos ofícios na Procuradoria-Geral do Trabalho.
vância, assim o exigir; SEÇÃO VIII
V - resolver sobre a distribuição especial de feitos, que Dos Procuradores Regionais do Trabalho
por sua contínua reiteração, devam receber tratamento uni- Art. 110. Os Procuradores Regionais do Trabalho serão
forme; designados para oficiar junto aos Tribunais Regionais do
VI - decidir os conflitos de atribuição entre os órgãos do Trabalho.
Ministério Público do Trabalho. Parágrafo único. Em caso de vaga ou de afastamento de
Parágrafo único. A competência fixada nos incisos IV e V Subprocurador-Geral do Trabalho por prazo superior a trinta
será exercida segundo critérios objetivos previamente estabe- dias, poderá ser convocado pelo Procurador-Geral, mediante
lecidos pelo Conselho Superior. aprovação do Conselho Superior, Procurador Regional do
Trabalho para substituição.
Art. 144. Os Procuradores da Justiça Militar serão lota- IV - por entidades que exerçam outra função delegada
dos nos ofícios nas Procuradorias da Justiça Militar. do Distrito Federal e dos Territórios.
Parágrafo único. Os Promotores de Justiça Adjuntos Art. 192. O Procurador-Geral competente, ouvido o Con-
serão lotados nos ofícios previstos para as Promotorias de selho Superior, decidirá sobre a homologação do concurso,
Justiça. dentro de trinta dias, contados da publicação do resultado
final.
SEÇÃO X
Das Unidades de Lotação e de Administração Art. 193. O prazo de eficácia do concurso, para efeito de
nomeação, será de dois anos contados da publicação do ato
Art. 180. Os ofícios na Procuradoria-Geral da Justiça do homologatório, prorrogável uma vez pelo mesmo período.
Distrito Federal e Territórios e nas Promotorias de Justiça
serão unidades de lotação e de administração do Ministério Art. 194. A nomeação dos candidatos habilitados no
Público do Distrito Federal e Territórios. concurso obedecerá à ordem de classificação.
§ 2º Não poderá concorrer à promoção por merecimento V - ausentar-se do País em missão oficial.
quem tenha sofrido penalidade de censura ou suspensão, no § 1º O afastamento, salvo na hipótese do inciso IV, só se
período de um ano imediatamente anterior à ocorrência da dará mediante autorização do Procurador-Geral, depois de
vaga, em caso de censura; ou de dois anos, em caso de sus- ouvido o Conselho Superior e atendida a necessidade de
pensão. serviço.
§ 3º Será obrigatoriamente promovido quem houver § 2º Os casos de afastamento previstos neste artigo dar-
figurado por três vezes consecutivas, ou cinco alternadas, na se-ão sem prejuízo dos vencimentos, vantagens ou qualquer
lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior. direito inerente ao cargo, assegurada, no caso do inciso IV, a
Art. 201. Não poderá concorrer à promoção por mereci- escolha da remuneração preferida, sendo o tempo de afasta-
mento, até um dia após o regresso, o membro do Ministério mento considerado de efetivo exercício para todos os fins e
Público da União afastado da carreira para: efeitos de direito.
I - exercer cargo eletivo ou a ele concorrer; § 3º Não se considera de efetivo exercício, para fins de
estágio probatório, o período de afastamento do membro do
II - exercer outro cargo público permitido por lei. Ministério Público da União.
Art. 202. (Vetado). § 4º Ao membro do Ministério Público da União que haja
§ 1º A lista de antiguidade será organizada no primeiro se afastado de suas funções para o fim previsto no inciso I
trimestre de cada ano, aprovada pelo Conselho Superior e não será concedida exoneração ou licença para tratar de
publicada no Diário Oficial até o último dia do mês seguinte. interesses particulares antes de decorrido período igual ao de
afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento do que
§ 2º O prazo para reclamação contra a lista de antigui- houver recebido a título de vencimentos e vantagens em
dade será de trinta dias, contado da publicação. virtude do afastamento.
§ 3º O desempate na classificação por antiguidade será SEÇÃO VII
determinado, sucessivamente, pelo tempo de serviço na res- Da Reintegração
pectiva carreira do Ministério Público da União, pelo tempo de
serviço público federal, pelo tempo de serviço público em Art. 205. A reintegração, que decorrerá de decisão judi-
geral e pela idade dos candidatos, em favor do mais idoso; na cial passada em julgado, é o reingresso do membro do Minis-
classificação inicial, o primeiro desempate será determinado tério Público da União na carreira, com ressarcimento dos
pela classificação no concurso. vencimentos e vantagens deixados de perceber em razão da
Art. 207. (Vetado). Art. 217. A alteração da lista poderá ser feita, antes do
termo do prazo, por interesse do serviço, havendo:
CAPÍTULO II
Dos Direitos I - provimento de cargo;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companhei- c) será concedida sem prejuízo dos vencimentos, vanta-
ro; gens ou qualquer direito inerente ao cargo.
III - prêmio por tempo de serviço; § 6º É vedado o exercício de atividade remunerada du-
rante o período da licença prevista no inciso I.
IV - para tratar de interesses particulares;
§ 7º A licença concedida dentro de sessenta dias do
V - para desempenho de mandato classista. término de outra da mesma espécie será considerada como
prorrogação.
§ 1º A licença prevista no inciso I será precedida de
exame por médico ou junta médica oficial, considerando-se Art. 223. Conceder-se-á aos membros do Ministério
pessoas da família o cônjuge ou companheiro, o padrasto, a Público da União, além das previstas no artigo anterior, as
madrasta, o ascendente, o descendente, o enteado, o colate- seguintes licenças:
ral consanguíneo ou afim até o segundo grau civil. A licença
estará submetida, ainda, às seguinte condições: I - para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com
base em perícia médica, observadas as seguintes condições:
a) somente será deferida se a assistência direta do
membro do Ministério Público da União for indispensável e a) a licença será concedida sem prejuízo dos vencimen-
não puder ser dada simultaneamente com o exercício do tos e vantagens do cargo;
cargo; b) a perícia será feita por médico ou junta médica oficial,
b) será concedida sem prejuízo dos vencimentos, vanta- se necessário, na residência do examinado ou no estabeleci-
gens ou qualquer direito inerente ao cargo, salvo para conta- mento hospitalar em que estiver internado;
gem de tempo de serviço em estágio probatório, até noventa c) inexistindo médico oficial, será aceito atestado passa-
dias, podendo ser prorrogada por igual prazo nas mesmas do por médico particular;
condições. Excedida a prorrogação, a licença será considera-
da como para tratar de interesses particulares. d) findo o prazo da licença, o licenciado será submetido
a inspeção médica oficial, que concluirá pela volta ao serviço,
§ 2º A licença prevista no inciso II poderá ser concedida pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria;
quando o cônjuge ou companheiro for deslocado para outro
ponto do território nacional, para o exterior ou para exercício e) a existência de indícios de lesões orgânicas ou funci-
de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo; será onais é motivo de inspeção médica;
por prazo indeterminado e sem remuneração, salvo se o II - por acidente em serviço, observadas as seguintes
membro do Ministério Público da União puder ser lotado, condições:
provisoriamente, em ofício vago no local para onde tenha se
deslocado e compatível com o seu cargo, caso em que a a) configura acidente em serviço o dano físico ou mental
licença será convertida em remoção provisória. que se relacione, mediata ou imediatamente, com as funções
exercidas;
§ 3º A licença prevista no inciso III será devida após
cada quinquênio ininterrupto de exercício, pelo prazo de três b) equipara-se ao acidente em serviço o dano decorrente
meses, observadas as seguintes condições: de agressão não provocada e sofrida no exercício funcional,
bem como o dano sofrido em trânsito a ele pertinente;
a) será convertida em pecúnia em favor dos beneficiários
do membro do Ministério Público da União falecido, que não a c) a licença será concedida sem prejuízo dos vencimen-
tiver gozado; tos e vantagens inerentes ao exercício do cargo;
b) não será devida a quem houver sofrido penalidade de d) o acidentado em serviço, que necessite de tratamento
suspensão durante o período aquisitivo ou tiver gozado as especializado, não disponível em instituição pública, poderá
licenças previstas nos incisos II e IV; ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públi-
cos, desde que o tratamento seja recomendado por junta
c) será concedida sem prejuízo dos vencimentos, vanta- médica oficial;
gens ou qualquer direito inerente ao cargo;
b) serviço fora da sede de exercício, por período superior Art. 228. Salvo por imposição legal, ou ordem judicial,
a trinta dias, em valor correspondente a um trinta avos dos nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento e
vencimentos, pelos dias em que perdurar o serviço, sem pre- a pensão devida aos membros do Ministério Público da União
juízo da percepção de diárias; ou a seus beneficiários.
II - diárias, por serviço eventual fora da sede, de valor § 1º Mediante autorização do devedor, poderá haver
mínimo equivalente a um trinta avos dos vencimentos para consignação em folha de pagamento a favor de terceiro.
atender às despesas de locomoção, alimentação e pousada; § 2º As reposições e indenizações em favor do erário
III - transporte: serão descontadas em parcelas mensais de valor não exce-
§ 2º O membro do Ministério Público da União poderá VII - adotar as providências cabíveis em face das irregu-
ainda ser aposentado, voluntariamente, aos sessenta e cinco laridades de que tiver conhecimento ou que ocorrerem nos
anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com serviços a seu cargo;
proventos proporcionais ao tempo de serviço. VIII - tratar com urbanidade as pessoas com as quais se
§ 3º Ao membro do Ministério Público da União, do sexo relacione em razão do serviço;
feminino, é facultada a aposentadoria, com proventos propor- IX - desempenhar com zelo e probidade as suas fun-
cionais, aos vinte e cinco anos de serviço. (Vide ADIN 994- ções;
0)
X - guardar decoro pessoal.
§ 4º A aposentadoria por invalidez será precedida de
licença para tratamento de saúde por período não excedente Art. 237. É vedado ao membro do Ministério Público da
a vinte e quatro meses, salvo quando o laudo médico concluir União:
pela incapacidade definitiva para o exercício de suas funções.
I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto;
§ 5º Será aposentado o membro do Ministério Público honorários, percentagens ou custas processuais;
que, após vinte e quatro meses contínuos de licença para
II - exercer a advocacia;
tratamento de saúde, for considerado inválido para o exercício
de suas funções, não terá efeito interruptivo desse prazo III - exercer o comércio ou participar de sociedade co-
qualquer período de exercício das funções inferiores a trinta mercial, exceto como cotista ou acionista;
dias.
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer
Art. 232. Os proventos da aposentadoria serão integrais. outra função pública, salvo uma de magistério;
Parágrafo único. Para o cálculo dos proventos da apo- V - exercer atividade político-partidária, ressalvada a
sentadoria serão considerados os vencimentos do cargo ime- filiação e o direito de afastar-se para exercer cargo eletivo ou
diatamente superior ao último exercício pelo aposentado; a ele concorrer.
caso a aposentadoria se dê no último nível da carreira, os
vencimentos deste serão acrescidos do percentual de vinte SEÇÃO II
por cento. Dos Impedimentos e Suspeições
Art. 233. Os proventos da aposentadoria serão revistos Art. 238. Os impedimentos e as suspeições dos mem-
na mesma proporção e data em que se modificar a remunera- bros do Ministério Público são os previstos em lei.
ção dos membros do Ministério Público em atividade, sendo SEÇÃO III
também estendidos aos inativos quaisquer benefícios e van- Das Sanções
tagens novas asseguradas à carreira, ainda que por força de
transformação ou reclassificação do cargo. Art. 239. Os membros do Ministério Público são passí-
veis das seguintes sanções disciplinares:
Art. 234. O aposentado conservará as prerrogativas
previstas no art. 18, inciso I, alínea e e inciso II, alínea e, bem I - advertência;
como carteira de identidade especial, de acordo com o mode- II - censura;
lo aprovado pelo Procurador-Geral da República e por ele
expedida, contendo expressamente tais prerrogativas e o III - suspensão;
registro da situação de aposentado.
IV - demissão; e
Art. 235. A pensão por morte, devida pelo órgão previ-
V - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade.
denciário aos dependentes de membros do Ministério Público
da União, corresponderá à totalidade dos vencimentos ou
a) lesão aos cofres públicos, dilapidação do patrimônio Art. 245. A prescrição começa a correr:
nacional ou de bens confiados à sua guarda; I - do dia em que a falta for cometida; ou
b) improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § II - do dia em que tenha cessado a continuação ou per-
4º, da Constituição Federal; manência, nas faltas continuadas ou permanentes.
c) condenação por crime praticado com abuso de poder Parágrafo único. Interrompem a prescrição a instauração
ou violação de dever para com a Administração Pública, de processo administrativo e a citação para a ação de perda
quando a pena aplicada for igual ou superior a dois anos; do cargo.
d) incontinência pública e escandalosa que comprometa SEÇÃO V
gravemente, por sua habitualidade, a dignidade da Instituição; Da Sindicância
e) abandono de cargo; Art. 246. A sindicância é o procedimento que tem por
f) revelação de assunto de caráter sigiloso, que conheça objeto a coleta sumária de dados para instauração, se neces-
em razão do cargo ou função, comprometendo a dignidade de sário, de inquérito administrativo.
suas funções ou da justiça; SEÇÃO VI
g) aceitação ilegal de cargo ou função pública; Do Inquérito Administrativo
h) reincidência no descumprimento do dever legal, ante- Art. 247. O inquérito administrativo, de caráter sigiloso,
riormente punido com a suspensão prevista no inciso anterior; será instaurado pelo Corregedor-Geral, mediante portaria, em
que designará comissão de três membros para realizá-lo,
VI - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, sempre que tomar conhecimento de infração disciplinar.
nos casos de falta punível com demissão, praticada quando
no exercício do cargo ou função. § 1º A comissão, que poderá ser presidida pelo Correge-
dor-Geral, será composta de integrantes da carreira, vitalícios
§ 1º A suspensão importa, enquanto durar, na perda dos e de classe igual ou superior à do indicado.
vencimentos e das vantagens pecuniárias inerentes ao exer-
cício do cargo, vedada a sua conversão em multa. § 2º As publicações relativas a inquérito administrativo
conterão o respectivo número, omitido o nome do indiciado,
§ 2º Considera-se reincidência, para os efeitos desta lei que será cientificado pessoalmente.
complementar, a prática de nova infração, dentro de quatro
anos após cientificado o infrator do ato que lhe tenha imposto Art. 248. O prazo para a conclusão do inquérito e apre-
sanção disciplinar. sentação do relatório final é de trinta dias, prorrogável, no
máximo, por igual período.
§ 3º Considera-se abandono do cargo a ausência do
membro do Ministério Público ao exercício de suas funções, Art. 249. A comissão procederá à instrução do inquérito,
sem causa justificada, por mais de trinta dias consecutivos. podendo ouvir o indiciado e testemunhas, requisitar perícias e
documentos e promover diligências, sendo-lhe facultado o
§ 4º Equipara-se ao abandono de cargo a falta injustifi- exercício das prerrogativas outorgadas ao Ministério Público
cada por mais de sessenta dias intercalados, no período de da União, por esta lei complementar, para instruir procedi-
doze meses. mentos administrativos.
§ 5º A demissão poderá ser convertida, uma única vez, Art. 250. Concluída a instrução do inquérito, abrir-se-á
em suspensão, nas hipóteses previstas nas alíneas a e h do vista dos autos ao indiciado, para se manifestar, no prazo de
inciso V, quando de pequena gravidade o fato ou irrelevantes quinze dias.
os danos causados, atendido o disposto no art. 244.
Art. 251. A comissão encaminhará o inquérito ao Conse-
Art. 241. Na aplicação das penas disciplinares, conside- lho Superior, acompanhado de seu parecer conclusivo, pelo
rar-se-ão os antecedentes do infrator, a natureza e a gravida- arquivamento ou pela instauração de processo administrativo.
de da infração, as circunstâncias em que foi praticada e os
danos que dela resultaram ao serviço ou à dignidade da Insti- § 1º O parecer que concluir pela instauração do processo
tuição ou da Justiça. administrativo formulará a súmula de acusação, que conterá a
exposição do fato imputado, com todas as suas circunstân-
Art. 242. As infrações disciplinares serão apuradas em cias e a capitulação legal da infração.
processo administrativo; quando lhes forem cominadas penas
de demissão, de cassação de aposentadoria ou de disponibi- § 2º O inquérito será submetido à deliberação do Conse-
lidade, a imposição destas dependerá, também, de decisão lho Superior, que poderá:
judicial com trânsito em julgado.
§ 2º Da comissão de processo administrativo não poderá Art. 260. Havendo prova da infração e indícios suficien-
participar quem haja integrado a precedente comissão de tes de sua autoria, o Conselho Superior poderá determinar,
inquérito. fundamentadamente, o afastamento preventivo do indiciado,
enquanto sua permanência for inconveniente ao serviço ou
§ 3º As publicações relativas a processo administrativo prejudicial à apuração dos fatos.
conterão o respectivo número, omitido o nome do acusado,
que será cientificado pessoalmente. § 1º O afastamento do indiciado não poderá ocorrer
quando ao fato imputado corresponderem somente as penas
Art. 253. O prazo para a conclusão do processo adminis- de advertência ou de censura.
trativo e apresentação do relatório final é de noventa dias,
prorrogável, no máximo, por trinta dias, contados da publica- § 2º O afastamento não ultrapassará o prazo de cento e
ção da decisão que o instaurar. vinte dias, salvo em caso de alcance.
Art. 254. A citação será pessoal, com entrega de cópia § 3º O período de afastamento será considerado como
da portaria, do relatório final do inquérito e da súmula da acu- de serviço efetivo, para todos os efeitos.
sação, cientificado o acusado do dia, da hora e do local do Art. 261. Aplicam-se, subsidiariamente, ao processo
interrogatório. disciplinar, as normas do Código de Processo Penal.
§ 1º Não sendo encontrado o acusado em seu domicílio, SEÇÃO VIII
proceder-se-á à citação por edital, publicado no Diário Oficial, Da Revisão do Processo Administrativo
com o prazo de quinze dias.
Art. 262. Cabe, em qualquer tempo, a revisão do proces-
§ 2º O acusado, por si ou através de defensor que no- so de que houver resultado a imposição de penalidade admi-
mear, poderá oferecer defesa prévia, no prazo de quinze dias, nistrativa:
contado do interrogatório, assegurando-se-lhe vista dos autos
no local em que funcione a comissão. I - quando se aduzam fatos ou circunstâncias suscetíveis
de provar inocência ou de justificar a imposição de sanção
§ 3º Se o acusado não tiver apresentado defesa, a co- mais branda; ou
missão nomeará defensor, dentre os integrantes da carreira e
de classe igual ou superior à sua, reabrindo-se-lhe o prazo II - quando a sanção se tenha fundado em prova falsa.
fixado no parágrafo anterior. Art. 263. A instauração do processo de revisão poderá
§ 4º Em defesa prévia, poderá o acusado requerer a ser determinada de ofício, a requerimento do próprio interes-
produção de provas orais, documentais e periciais, inclusive sado, ou, se falecido, do seu cônjuge ou companheiro, as-
pedir a repetição daquelas já produzidas no inquérito. cendente, descendente ou irmão.
§ 5º A comissão poderá indeferir, fundamentadamente, Art. 264. O processo de revisão terá o rito do processo
as provas desnecessárias ou requeridas com intuito manifes- administrativo.
tamente protelatório. Parágrafo único. Não poderá integrar a comissão reviso-
Art. 255. Encerrada a produção de provas, a comissão ra quem haja atuado em qualquer fase do processo revisan-
abrirá vista dos autos ao acusado, para oferecer razões finais, do.
no prazo de quinze dias. Art. 265. Julgada procedente a revisão, será tornada
Art. 256. Havendo mais de um acusado, os prazos para sem efeito a sanção aplicada, com o restabelecimento, em
defesa serão comuns e em dobro. sua plenitude, dos direitos por ela atingidos, exceto se for o
caso de aplicar-se penalidade menor.
Art. 257. Em qualquer fase do processo, será assegura-
da à defesa a extração de cópia das peças dos autos. TÍTULO IV
Das Disposições Finais e Transitórias
Art. 258. Decorrido o prazo para razões finais, a comis-
são remeterá o processo, dentro de quinze dias, ao Conselho Art. 266. (Vetado).
Superior, instruído com relatório dos seus trabalhos. Art. 267. (Vetado).
[1] LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado – 16. • a) o Ministério Público da União, subdivido em:
ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2012. Pag. 601 o Ministério Público Federal;
[2] Ministério Público da União . Disponível em: o Ministério Público do Trabalho;
<http://www.mpu.gov.br/navegacao/institucional/sobre%20o%
20MPU> Acesso em 01 abr. 2013. o Ministério Público Militar;
[3] LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado – 16. o Ministério Público do Distrito Federal e
ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2012. Pag. 606 Territórios;
[4] LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado – 16. • b) os Ministérios Públicos dos Estados;
ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2012. Pag.
608/609
No plano infraconstitucional, a Instituição se encontra
[5] Ministério Público da União . Disponível em: regulamentada pelas Leis Ordinária nº 8.625/1993 (Lei
<http://www.mpu.gov.br/navegacao/institucional/sobre%20o% Orgânica Nacional do Ministério Público), Lei Complementar
20MPU> Acesso em 01 abr. 2013. nº 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União) e, no
âmbito estadual, por suas respectivas Leis Orgânicas, em
[6]Ministério Público da União . Disponível em:
face da repartição de competências legislativas definida pela
<http://www.mpu.gov.br/navegacao/institucional/sobre%20o%
Constituição da República (artigos 24, §3º, e 128, § 5º).
20MPU> Acesso em 01 abr. 2013.
São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a
Ministério Público do Brasil indivisibilidade e a independência funcional.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Segundo o art. 129 da Constituição Federal são funções
O Ministério Público (MP) é uma instituição permanente, institucionais do Ministério Público:
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a • promover, privativamente, a ação penal pública;
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis (art.127, CF/88). • zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e
dos serviços de relevância pública aos direitos
Com relação à atuação do Ministério Público no Controle
assegurados na Constituição, promovendo as
Externo da Administração Pública, consulte o verbete
medidas necessárias a sua garantia;
Ministério Público Especial (também conhecido como
Ministério Público de Contas). • promover o inquérito civil e a ação civil pública, para
Antecedentes históricos a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
Há controvérsias ao se determinar o exato surgimento da
instituição Ministério Público na história humana. Alguns • promover a ação de inconstitucionalidade ou
autores remontam ao Egito Antigo, na figura do Magiaí, que representação para fins de intervenção da União e
era um funcionário do rei e dentre suas várias funções estava dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
a de aplicar castigos a rebeldes, proteger cidadãos pacíficos,
dar assistência a órfãos e viúvas entre outras. Outros • defender judicialmente os direitos e interesses das
estudiosos citam diversos tipos de funcionários da Roma populações indígenas;
antiga. No entanto, a teoria mais aceita é a do surgimento na • expedir notificações nos procedimentos
França, no século XIV, na ordenação de 25 de março de administrativos de sua competência, requisitando
1302, do reinado de Felipe IV (Felipe, o Belo), na qual os informações e documentos para instruí-los;
chamados procuradores do rei “deveriam prestar o mesmo
juramento do juízo com fim de patrocinarem as causas do rei”. • exercer o controle externo da atividade policial.
Todavia foi durante o governo de Napoleão que o Ministério
tomou cunho de Instituição. • requisitar diligências investigatórias e a instauração
de inquérito policial, indicados os fundamentos
Instituição jurídicos de suas manifestações processuais;
• exercer outras funções que lhe forem conferidas,
desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-
lhe vedada a representação judicial e a consultoria
jurídica de entidades públicas.
Constitucionalmente, o Ministério Público tem assegurada
autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o
disposto no art. 169, propor, ao Poder Legislativo, a criação e
a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os
por concurso público de provas ou de provas e títulos, a
política remuneratória, os planos de carreira, bem como a sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei
de diretrizes orçamentárias.
A chefia dos Ministérios Públicos dos Estados é exercida pelo
Procurador-Geral de Justiça. Os integrantes da carreira
3.4 O princípio na Constituição de 1988 Art. 23 As Promotorias de Justiça são órgãos de administra-
ção do Ministério Público com pelo menos um cargo de Pro-
Já na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, motor de Justiça e serviços auxiliares necessários ao desem-
alude-se a forma absoluta do princípio do promotor natural penho das funções que lhe forem cometidas pela Lei Orgâni-
por ampliar as garantias fundamentais individuais e coletivas, ca.
abrangida em seu artigo 5 da Constituição. O Ministério Públi-
co significa perante a carta magna, como uma instituição § 1º As Promotorias de Justiça poderão ser judiciais ou extra-
permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, judiciais, especializadas, gerais ou cumulativas.
procedendo com a ordem jurídica a defesa dos interesses § 2º As atribuições das Promotorias de Justiça e dos cargos
sociais e individuais indisponíveis. (CARNEIRO, 2001, p. 52) dos Promotores de Justiça que a integram serão fixadas me-
Com o princípio do promotor natural a nova Constituição da diante proposta do Procurador-Geral de Justiça, aprovada
República Federativa do Brasil declarou que o Ministério Pú- pelo Colégio de Procuradores de Justiça.
blico poderá exercer apenas sua atividade típica, sendo ve- § 3º A exclusão, inclusão ou outra modificação nas atribuições
dada qualquer outra função não compatível com a de promo- das Promotorias de Justiça ou dos cargos dos Promotores de
tor de justiça. Proteção esta, resguardada pelo princípio do Justiça que a integram serão efetuadas mediante proposta do
promotor natural. (CARNEIRO, 2001, p. 53) Procurador-Geral de Justiça, aprovada por maioria absoluta
Diante disto, a atribuição do promotor de justiça seria exercida do Colégio de Procuradores.
por qualquer pessoa da sociedade, desde que, preenchidos Baseado nos artigos acima fica claro a distinção entre as
os requisitos legais para a investidura do cargo, e que jamais atribuições dos promotores de justiça e procuradores de justi-
um procurador de justiça poderia exercer-se atribuições de ça pautados pelo princípio do promotor natural, onde a cada
um promotor de justiça, salvo-se previstos em lei. membro terá a sua dedicação própria para agir de ofício, sem
3.5 Da Delegação, Avocação e Remoção a interferência de outro membro do órgão ministerial, desde
que respeitada à lei, com a finalidade de garantir a ordem
O Ministério Público baseado em seu princípio do promotor jurídica.
natural, traz uma verdadeira história do membro do parquet
sobre as suas atribuições e aptidões a serem exercidas ao No sistema do órgão ministerial a Constituição da República
órgão com a finalidade da ordem jurídica sobre os interesses Federativa do Brasil, permite que o membro do Ministério
difusos e coletivos. Público seja removido pelo órgão colegiado, tendo o voto de
dois terços dos membros do parquet para atuar em outra
O direito de delegação significa a distribuição de competência comarca diversa, com a finalidade de chegar cada vez mais,
entre os membros do órgão ministerial, onde a autoridade perto da capital do Estado. (CARNEIRO, 2001, p. 69)
transfere atribuições próprias a um de seus subordinados,
desde que, para atos de natureza administrativa. Alude-se No que tange o princípio do promotor natural, é que o mem-
ressaltar que o promotor de justiça sendo ele designado para bro do Ministério Público terá a sua garantia justamente na
respectivo ato, será ele obrigado nos limites de suas atribui- impossibilidade de remoção do Ministério Público do órgão de
ções, promoverem a ação ainda que convencido da inexistên- atuação arguida, ou seja, a quebra deste princípio, sendo
cia de direito prejudicado ou a ser adquirido. (CARNEIRO, impossibilitada a remoção só seria basicamente por compro-
2001, p. 66) vação de interesse público, caso ao contrário, seria a quebra
de uma garantia constitucional, sobrepondo-se sobre o inte-
Diante destas premissas, o princípio do promotor natural é resse da coletividade. (CARNEIRO, 2001, p. 69).
uma garantia institucional desde a investidura no cargo de
MAZZILLI, Hugo Nigro. Regime Jurídico do Ministério Pú- Na verdade, pouco importa sua posição no processo, seja
blico. São Paulo: Saraiva, 2001. como parte, nas ações que propõe (órgão agente), seja como
órgão interveniente, o Ministério Público será, sempre,
SOUZA, Motauri Ciocchetti de. Ministério Público e o Prin- o fiscal da lei, incumbido constitucionalmente de zelar pelo
cípio da Obrigatoriedade: Ação Civil Pública, Ação Penal exato e rigoroso cumprimento da lei, desempenhar a defesa
Pública. São Paulo: Método, 2007. da ordem jurídica e do regime democrático.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Proces- Princípios institucionais
sual Civil – Teoria Geraldo do Direito Processual Civil e
Processo de Conhecimento. Rio de Janeiro: Forense, 2009. São princípios institucionais do Ministério Público:
CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. O Ministério Público no 1. unidade, significando que seus membros (de cada
Processo Civil e Penal: Promotor Natural, Atribuição e Ministério Público) integram um só órgão, sob dire-
Conflito. Rio de Janeiro: Forense, 2001. ção de um só Procurador Geral;
MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto. Ministério Público Brasilei- 2. indivisibilidade, pois seus membros não ficam vin-
ro: Um Novo Ator Político. In: MACEDO JÚNIOR, R. P.; VI- culados aos processos nos quais atuam. Desta for-
GLIAR, José Macedo Menezes (org). Ministério Público II: ma, podem ser substituídos uns pelos outros; e
Democracia. São Paulo: Atlas, 1999.
3. independência ou autonomia funcional: no exer-
SALLES, Carlos Alberto de. Entre a Razão e a Utopia: A For- cício de suas funções, os membros do Ministério
mação Histórica do Ministério Público. In: MACEDO JÚNIOR, Público não estão subordinados a quem quer que
R. P.; VIGLIAR, José Macedo Menezes (org). Ministério seja. Não estão sujeitos a ordens, sendo livres para
Público II: Democracia. São Paulo: Atlas, 1999. atuar segundo sua consciência e suas convicções,
sempre com base na lei.
FRISCHEISEN, Luiza Cristina Fonseca. Princípio do Promotor
Natural. In: MACEDO JÚNIOR, R. P.; VIGLIAR, José Macedo O Ministério Público não integra e nem está subordinado aos
Menezes (org). Ministério Público II: Democracia. São Pau- demais Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - sendo-
lo: Atlas, 1999. lhe assegurado autonomia funcional e administrativa.
Por carlos ernesto nunes filho Garantias constitucionais
O Ministério Público é definido pela Constituição Federal, 2. inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pú-
em seu artigo 127, como instituição permanente, essencial à blico, mediante decisão do órgão colegiado compe-
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da tente do Ministério Público, pelo voto da maioria ab-
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses soci- soluta de seus membros, assegurada ampla defe-
ais e individuais indisponíveis. sa(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004); e
Brasília - Edifício Sede do Ministério Público da União (Procu- A Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de 1993, institui a Lei Orgâ-
radoria-Geral da República) nica Nacional do Ministério Público, dispõe sobre normas
gerais para a organização do Ministério Público dos Estados e
Organização dá outras providências.
O Ministério Público abrange: Cada unidade da Federação também possui sua própria lei
orgânica.
1. o Ministério Público da União, que compreende:
O Ministério Público do Estado de São Paulo
1. o Ministério Público Federal;
2. o Ministério Público do Trabalho; No Estado de São Paulo, a Lei Complementar n. 734, de 26
de novembro de 1993, instituiu a Lei Orgânica do Ministério
3. o Ministério Público Militar; Público.
4. o Ministério Público do Distrito Federal e A Instituição, a exemplo de todos os Ministérios Públicos
Territórios; e estaduais, é composta pelos seguintes órgãos da Administra-
ção Superior:
2. os Ministérios Públicos dos Estados.
Ministério Público da União
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República
dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, para mandato de dois anos,
permitida a recondução.
Os membros do Ministério Público da União são denomina-
dos Procuradores da República e Procuradores Regionais
da República.
A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa
do Presidente da República, deve ser precedida de autoriza-
ção da maioria absoluta do Senado Federal.
A Lei Complementar Federal n. 75, de 20 de maio de 1993,
dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do
Ministério Público da União.
De fato, somente os Procuradores de Justiça - que represen- Por esse motivo, a ascensão para o cargo máximo segue
tam pouco mais de 20% dos integrantes da carreira - podem como exclusividade dos Procuradores de Justiça de São
concorrer e ocupar o cargo de Procurador-Geral de Justiça e Paulo, que, bem se diga, constituem pouco mais de vinte por
os demais cargos da Administração Superior do Ministério cento dos integrantes da carreira.
Público: Sub-Procurador-Geral, Corregedor-Geral, Ouvidor, E assim permanece a situação ainda hoje, apesar das cons-
membro do Conselho Superior, do Órgão Especial ou da tantes reivindicações de membros do Ministério Público de
Comissão Processante Permanente. Abordaremos em mais São Paulo.
detalhes nos tópicos seguintes.
E apesar, também, das constantes e recorrentes promessas e
Desconhece-se qualquer motivo plausível ou sensato para compromissos de campanha de candidatos (Procuradores de
essa estranha e constrangedora situação. Talvez um estudo Justiça) às eleições para Procurador-Geral de Justiça. Que
mais aprofundado da mesquinhez humana, do apetite insaci- nunca são cumpridas.
ável pelo poder - estudo que não cabe fazer aqui neste traba-
lho -, possa trazer alguma luz. De fato, tome-se como exemplo a carta enviada em 03 de
outubro de 2007, pelo Procurador de Justiça Fernando Grella
A vedação aos Promotores de Justiça de concorrer ao Vieira, enquanto candidato ao cargo de Procurador-Geral de
cargo de Procurador-Geral de Justiça Justiça de São Paulo, a centenas de membros do Ministério
São Paulo é ainda um dos poucos Estados, se não o único, a Público que se reuniam, nessa mesma data, no auditório
não permitir que Promotores de Justiça concorram à eleição "Antonio Alvarenga Neto", no Fórum Ministro Mário Guima-
ao cargo de Procurador-Geral de Justiça, o que revela certo rães, no bairro da Barra Funda, na Capital de São Paulo.
paradoxo e dissonância com o relevante papel que expres- Atenção para esse trecho da "carta aberta", com a enfática
samente lhe atribuiu o Constituinte de 1988: o de órgão in- promessa de de campanha [1]:
cumbido de defender o regime democrático (artigo 127). Assumo, formalmente, diante de toda a classe, o compromis-
De fato, soa estranho saber que tão relevante missão não é so de encaminhar ao Poder Legislativo, nos primeiros dias de
exercida internamente, em toda sua plenitude. minha administração, caso tenha a honra de chegar à Chefia
da Instituição, os projetos de lei necessários a implementar a
Vejamos então o motivo da inusitada e injustificada discre- democratização na vida política do Ministério Público, esten-
pância. A Constituição Federal assim estabelece em seu dendo a legitimação eleitoral ativa aos promotores de justiça
artigo 128, § 3º:
Apenas alguns poucos dias de protesto popular contra a fa- 12. Estágio probatório é o período dos três primeiros anos de
migerada PEC da Impunidade, foram suficientes para fazer efetivo exercício do cargo pelo membro do Ministério Público
desmoronar e enterrar de vez essa proposta vergonhosa. da União.
PROVA SIMULADA
Assinale: 13. Poderá concorrer à promoção por merecimento, sem
C = correto ressalvas, o membro do Ministério Público da União afastado
E = incorreto da carreira para: exercer cargo eletivo ou a ele concorrer;
exercer outro cargo público permitido por lei.
1 – (CESPE/ANALISTA/ÁREA ADMINISTRATIVA/MPU/2010)
O princípio do promotor natural decorre da independência 14. O membro do Ministério Público da União (MPU) poderá
funcional e da garantia da inamovibilidade dos membros da afastar-se do exercício de suas funções para frequentar cur-
instituição. sos de aperfeiçoamento e estudos, no País ou no exterior, por
prazo superior a 3 anos, improrrogável.
2 - (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT-17ª REGIÃO/2009)
No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF, estabe- 15. Os membros do Ministério Público da União, após dez
leceu que o Ministério Público é instituição permanente, es- anos de efetivo exercício, só poderão ser demitidos por deci-
sencial à justiça, à qual compete representar a União, judicial são judicial. A propositura de ação para perda de cargo,
e extrajudicialmente. quando decorrente de proposta do Conselho Superior depois
de apreciado o processo judicial, acarretará o afastamento do
A respeito do direito constitucional, julgue os itens. membro do Ministério Público da União (MPU) do exercício de
suas funções, sem a perda dos vencimentos e das vantagens
3 - (CESPE/AGENTE PENITENCIÁRIO/SGA-AC/2008- pecuniárias do respectivo cargo. Professora Lílian Bessa
ADAPTADA) A Constituição Federal estabelece o Ministério
Público como um dos poderes da União. 16. As atribuições e os instrumentos de atuação do Ministério
Público estão previstos no artigo 129 da Constituição Federal,
4 - (CESPE/AGENTE TÉCNICO-JURÍDICO/MPE-AM/2008) A dentro do capítulo "Das funções essenciais à Justiça". As
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são funções e atribuições do MPU estão na Lei Complementar nº
princípios institucionais do Ministério Público. 75/93.
A respeito das funções do MPU e das garantias de seus 17. Segundo o art. 129 da Constituição Federal são funções
membros, julgue os itens que se seguem. institucionais do Ministério Público:
• promover, privativamente, a ação penal pública;
05 A promoção de membros do MPU ocorre por antiguidade • zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos ser-
ou merecimento,independentemente de solicitação, interesse viços de relevância pública aos direitos assegurados na
público ou autorização do órgão colegiado. E Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua
garantia;
06. Aos membros do MPU é vedado o exercício da advocacia, • promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a pro-
proibição que não se estende aos ministérios públicos esta- teção do patrimônio público e social, do meio ambiente e
duais. de outros interesses difusos e coletivos;
Considerando a organização, a estrutura e os princípios que
• promover a ação de inconstitucionalidade ou representação
para fins de intervenção da União e dos Estados, nos ca-
orientam as atribuições do Ministério Público da União
sos previstos nesta Constituição;
(MPU),julgue os itens a seguir.
Se um internauta é desonesto e gosta de uma mensagem que encontra Os valores são características morais que todas as pessoas possuem, tais
divulgada em um site, e passa a divulgá-la como se fosse sua. Mas se for como a humildade, a piedade e o respeito.
honesto repassará a mensagem preservando os créditos a quem de direito.
Como podemos perceber o problema não é do meio de comunicação, mas Conceito de Valor
do indivíduo.
Se considera "valor" aquelas qualidades ou características dos objetos, das
Ambos os indivíduos são filhos de alguém, foram alunos de alguém, convi- ações ou das instituições, selecionadas ou eleitas de maneira livre e cons-
veram com alguém que foi o responsável pela sua educação. Quando a ciente. Servem ao indivíduo para orientar seus comportamentos e ações,
criança respira os valores éticos em seu lar, dificilmente os desprezará na satisfação de determinadas necessidades.
quando jovem ou adulto, mas se não percebe essas noções de honradez na
infância, raramente as respeitará mais tarde. Importância
Se quisermos ter os direitos respeitados, respeitemos os alheios. Façamos Os valores são o que orientam a nossa conduta, com base neles decidimos
aos outros somente o que gostaríamos que nos fizessem, e para garantir como agir diante das diferentes situações que a vida nos impõe.
novas gerações, éticas, passemos exemplos de honestidade, honradez, Se relacionam principalmente com os efeitos que tem sobre o que fazemos
sempre lembrando que a vida não acaba no túmulo, e que nossas ações para as pessoas, para a sociedade ou em nosso ambiente geral.
seguirão conosco, como testemunhas silenciosas, aplaudindo-nos ou repro-
vando-nos. Suas principais funções são:
Robert Gonçalves Monteiro
* Motivam, impulsam a ação, dizem o quê fazer.
Ética, moral e valores * Dão significado aos comportamentos e os legitimam.
Objetivo: Gerar a reflexão e consciênciaprática sobre o importante papel * Servem como guia e orientação.
da ética, da moral e dos valores.
A questão dos valores, da ética e da moral, está muito vinculada com a dos
Ética - O que é? direitos e obrigações do cidadão e do ser humano em geral, por esta razão,
ensinar os valores preparará as pessoas para que suas decisões, atitudes
É uma ciência prática e normativa que estuda o comportamento dos ho- e ações sejam respeitosas e responsáveis, para si e para os demais.
mens, que convivem socialmente sob uma série de normas que lhes permi-
tem ordenar suas ações, as quais o mesmo grupo social estabeleceu. Cultura
Ética e moral são discutidos com igual significado. No entanto, em um nível O hábito é qualquer comportamento repetido regularmente, que requer um
intelectual, enquanto que "a moral tende a ser particular, pela concretude pequeno ou nenhum raciocínio e é aprendido, ao invés de congênito.
de seus objetos, a ética tende a ser universal, pela abstração de seus http://oratoriaelideranca.blogspot.com.br/2010/05/etica-moral-e-valores.html
princípios.
3 Ética e democracia: exercício da cidadania.
Ato Moral
Se quisermos fortalecer nossa democracia, urge uma profunda trans- Não vou me deter no detalhe dos argumentos que esses autores lan-
formação ética no comportamento de nossas elites. As lideranças da socie- çam mão para demonstrar essas conclusões, mesmo porque estamos
dade devem servir de exemplo, espelho, devem gerar confiança e credibili- falando de estudos bastante complexos, envolvendo também entendiantes
dade. A impunidade tem que ser extirpada. O sistema, reformado. formalizações matemáticas. A menção a eles visa apenas destacar as
premissas psicológicas de todo o encadeamento do raciocínio, raramente
O combustível da vida é a esperança. O Brasil não pode mergulhar problematizadas e discutidas, mas geralmente justificadas por seu aparente
num mar de desesperança e apatia em relação à sua democracia. realismo: a base elementar das interações sociais são indivíduos egoístas,
exclusivamente “auto-interessados”, que ingressam em ações cooperativas
4 Ética e função pública. apenas porque não há outra maneira de obter certos bens (justamente os
“bens coletivos”) para si mesmos. Mas que são também indivíduos “racio-
A RELEVÂNCIA DA ÉTICA NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA nais”, isto é, capazes de escolher, dentro de um leque de diferentes opções
Cicero Araujo de ação, aquela alternativa que otimize a relação entre o benefício espera-
do da opção e o custo para viabilizá-la – ou que “maximize a utilidade”,
I.
para empregar a terminologia dos economistas.
Já faz algumas décadas que a Ciência Política contemporânea procu-
rou transpor para seu campo de investigação o paradigma do homo oeco-
Contudo, todas elas deveriam apontar para uma visão mais sintética, Contemporaneamente e de forma bastante usual, a palavra ética é mais
reconciliadora. Estamos, como disse, longe de obter consenso sobre uma compreendida como disciplina da área de filosofia e que tem por objetivo a
visão concreta. Mas penso que, seja qual for, ela deveria ser marcada pelo moral ou moralidade, os bons costumes, o bom comportamento e a boa fé,
esforço de aproximar a natureza da ética ou da moralidade – vejam que, inclusive. Por sua vez, a moral deveria estar intrinsecamente ligada ao
para meus propósitos, não me interessei pela distinção desses termos, mas comportamento humano, na mesma medida, em que está o seu caráter,
espero que outros colegas aqui presentes tenham a chance de sugerir uma personalidade, etc; presumindo portanto, que também a ética pode ser
para a discussão – com a ponderação sobre o que torna a vida digna de avaliada de maneira boa ou ruim, justa ou injusta, correta ou incorreta.
ser vivida, uma ponderação sobre os valores e princípios que expressem o Num sentido menos filosófico e mais prático podemos entender esse
que significa essa vida digna, essa vida que valha a pena ser vivida, como conceito analisando certos comportamentos do nosso dia a dia, quando nos
indivíduos e como membros de uma comunidade. E que valha a pena não referimos por exemplo, ao comportamento de determinados profissionais
porque garante meu próprio bem ou o bem alheio, ou porque garante a podendo ser desde um médico, jornalista, advogado, administrador, um
cega obediência às leis estabelecidas, mas porque promove uma gama de político e até mesmo um professor; expressões como: ética médica, ética
ideais sobre o que deve ser uma vida humana, ideais por definição não jornalística, ética administrativa e ética pública, são muito comuns.
realizados, e talvez jamais plenamente realizáveis, mas que promovidos
graças à nossa capacidade de realizar ações conscientes e inteligentes. Podemos verificar que a ética está diretamente relacionada ao padrão
de comportamento do indivíduo, dos profissionais e também do político,
Penso também, para concluir, que nada poderia representar melhor o como falamos anteriormente. O ser humano elaborou as leis para orientar
excelente exercício das funções públicas do que a consciência dessa seu comportamento frente as nossas necessidades (direitos e obrigações)
questão. Seria ótimo, por certo, que tal ponderação estivesse no horizonte e em relação ao meio social, entretanto, não é possível para a lei ditar
de cada funcionário público, ainda que suas diferentes conclusões geras- nosso padrão de comportamento e é aí que entra outro ponto importante
sem conflito – pois o predomínio da ponderação ética não significa a elimi- que é a cultura, ficando claro que não a cultura no sentido de quantidade de
nação do conflito social, apenas o desloca para um outro patamar: não o conhecimento adquirido, mas sim a qualidade na medida em que esta pode
conflito por interesses mesquinhos, mas o conflito para o qual vale a pena ser usada em prol da função social, do bem estar e tudo mais que diz
lutar, porque feito em prol de coisas dignas. Crucial, porém, é que tal pon- respeito ao bem maior do ser humano, este sim é o ponto fundamental, a
deração contamine suas principais artérias e envolva especialmente os que essência, o ponto mais controverso quando tratamos da questão ética na
exercem suas altas responsabilidades, porque, afinal, como diz a velha vida pública, á qual iremos nos aprofundar um pouco mais, por se tratar do
sabedoria, esses são os exemplos para os demais. Insisto: são exemplos tema central dessa pesquisa.
para os demais não tanto porque indiscutivelmente corretos, mas porque
são suficientemente ousados e ambiciosos para pensar, querer, buscar A questão da ética no serviço Público.
ideais nobres e elevados. Quando falamos sobre ética pública, logo pensamos em corrupção, ex-
5. Ética no Setor Público. torsão, ineficiência, etc, mas na realidade o que devemos ter como ponto
de referência em relação ao serviço público, ou na vida pública em geral, é
Ética no Serviço Público que seja fixado um padrão a partir do qual possamos, em seguida julgar a
atuação dos servidores públicos ou daqueles que estiverem envolvidos na
Jorge Teixeira da Silva; Letícia Clara Ribeiro; Antonio Carlos Menegon; vida pública, entretanto não basta que haja padrão, tão somente, é neces-
Joyce de Castro Nunes; Vanderlei Dandrea; Ana Paula Rodrigues; Francis- sário que esse padrão seja ético, acima de tudo .
ca Dantas; Polliane Tenório Neto; Márcia de Jesus silva; Rogério Chagas
Pozo. Alunos do Curso de Direito da UMESP. O fundamento que precisa ser compreendido é que os padrões éticos
dos servidores públicos advêm de sua própria natureza, ou seja, de caráter
Este artigo, fruto de uma intensa atividade de reflexão escrita de todos público, e sua relação com o público. A questão da ética pública está dire-
nós, alunos do Curso de Direito da UMESP, surgiu da discussão que esteve tamente relacionada aos princípios fundamentais, sendo estes comparados
presente no decorrer do semestre na disciplina: Cidadania, ética pública e ao que chamamos no Direito, de "Norma Fundamental", uma norma hipoté-
ação cultural. Resolvemos escrever sobre os Serviços prestados ao públi- tica com premissas ideológicas e que deve reger tudo mais o que estiver
co, devido aos abusos relatados pelos meios de comunicação presentes relacionado ao comportamento do ser humano em seu meio social, aliás,
em nosso cotidiano pelo que Milton Santos chama de funcionários sem podemos invocar a Constituição Federal. Esta ampara os valores morais da
mandato, é sabido que muitas pessoas que confiaram no trabalho se de- boa conduta, a boa fé acima de tudo, como princípios básicos e essenciais
cepcionaram. O presente texto pretende trabalhar estas ideias, de modo a uma vida equilibrada do cidadão na sociedade, lembrando inclusive o tão
que possamos olhar através da perspectiva do direito, o desrespeito que citado, pelos gregos antigos, "bem viver".
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á medi-
ante ato da autoridade competente de cada Poder.
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis posse.
da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Art. 8o São formas de provimento de cargo público:
PUBLICAÇÃO CONSOLIDADA DA LEI Nº 8.112, DE 11 DE
I - nomeação;
DEZEMBRO DE 1990, DETERMINADA PELO ART. 13 DA
LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997. II - promoção;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o V - readaptação;
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
VI - reversão;
Título I
VII - aproveitamento;
Capítulo Único
VIII - reintegração;
Das Disposições Preliminares
IX - recondução.
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em re- Seção II
gime especial, e das fundações públicas federais. Da Nomeação
Art.2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa Art. 9o A nomeação far-se-á:
legalmente investida em cargo público.
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e res- de provimento efetivo ou de carreira;
ponsabilidades previstas na estrutura organizacional que
devem ser cometidas a um servidor. II - em comissão, inclusive na condição de interino, para
cargos de confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos de 10.12.97)
os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício
sua realização serão fixados em edital, que será publicado no do exercício serão registrados no assentamento individual do
Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circula- servidor.
ção. Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver apresentará ao órgão competente os elementos necessários
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de vali- ao seu assentamento individual.
dade não expirado. Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercí-
Seção IV cio, que é contado no novo posicionamento na carreira a
partir da data de publicação do ato que promover o servidor.
Da Posse e do Exercício (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro mu-
termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as nicípio em razão de ter sido removido, redistribuído, requisita-
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, do, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo,
que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publica-
das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. ção do ato, para a retomada do efetivo desempenho das
atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessá-
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados rio para o deslocamento para a nova sede. (Redação dada
da publicação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo
publicação do ato de provimento, em licença prevista nos será contado a partir do término do impedimento. (Parágrafo
incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do
art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. § 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabe-
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) lecidos no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração espe- Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho
cífica. fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos
cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de
por nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação
10.12.97) dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração § 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de
de bens e valores que constituem seu patrimônio e declara- confiança submete-se a regime de integral dedicação ao
ção quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser con-
função pública. vocado sempre que houver interesse da Administração. (Re-
dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do está- Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
gio probatório, será submetida à homologação da autoridade aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-
competente a avaliação do desempenho do servidor, realiza- 45, de 4.9.2001)
da por comissão constituída para essa finalidade, de acordo I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar
com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela
carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 II - no interesse da administração, desde que: (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 2oO servidor não aprovado no estágio probatório será
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormen- a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida
te ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
29.
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de
direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida
lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou enti- Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
dade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteri-
provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramen- ores à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
to Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (In- 45, de 4.9.2001)
cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão 2.225-45, de 4.9.2001)
ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos
arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo
para participar de curso de formação decorrente de aprova- resultante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provi-
ção em concurso para outro cargo na Administração Pública sória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício
§5o O estágio probatório ficará suspenso durante as será considerado para concessão da aposentadoria. (Incluído
licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o car-
formação, e será retomado a partir do término do impedimen- go, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até
to. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) a ocorrência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº
Seção V 2.225-45, de 4.9.2001)
Seção X Seção I
Da Recondução Da Remoção
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedi-
cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: do ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede.
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro
cargo; Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, en-
tende-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela
II - reintegração do anterior ocupante. Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído
origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
disposto no art. 30.
II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela
Seção XI Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Da Disponibilidade e do Aproveitamento III - a pedido, para outra localidade, independentemente
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibili- do interesse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de
dade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo 10.12.97)
de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormen- a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também
te ocupado. servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que
determinará o imediato aproveitamento de servidor em dispo- foi deslocado no interesse da Administração; (Incluído pela
nibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades Lei nº 9.527, de 10.12.97)
da Administração Pública Federal. b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companhei-
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, ro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu
o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob assentamento funcional, condicionada à comprovação por
responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipóte-
aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo inclu- se em que o número de interessados for superior ao número
ído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e ou entidade em que aqueles estejam lotados.(Incluído pela
cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercí- Lei nº 9.527, de 10.12.97)
cio no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médi- Seção II
ca oficial.
Da Redistribuição
Capítulo II
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de
Da Vacância provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC,
I - exoneração; observados os seguintes preceitos: (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
II - demissão;
I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº
III - promoção; 9.527, de 10.12.97)
VI - readaptação; II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº
VII - aposentadoria; 9.527, de 10.12.97)
VIII - posse em outro cargo inacumulável; III - manutenção da essência das atribuições do cargo;
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IX - falecimento.
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido complexidade das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
do servidor, ou de ofício. 10.12.97)
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do Parágrafo único. Mediante autorização do servidor,
cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Nature- poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de
za Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos terceiros, a critério da administração e com reposição de
legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na custos, na forma definida em regulamento.
proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atuali-
referido período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de zadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunica-
10.12.97) das ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titula- pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
res de unidades administrativas organizadas em nível de parceladas, a pedido do interessado. (Redação dada pela
assessoria. Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, § 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabele- de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a
cidas em lei. sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles
atualizados até a data da reposição. (Redação dada pela
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62.
Da Ajuda de Custo Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar
da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las inte-
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as gralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
despesas de instalação do servidor que, no interesse do ser-
viço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à
domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento sede em prazo menor do que o previsto para o seu afasta-
de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou mento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo
companheiro que detenha também a condição de servidor, previsto no caput.
vier a ter exercício na mesma sede. (Redação dada pela Lei Subseção III
nº 9.527, de 10.12.97)
Da Indenização de Transporte
§ 1o Correm por conta da administração as despesas de
transporte do servidor e de sua família, compreendendo pas- Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao
sagem, bagagem e bens pessoais. servidor que realizar despesas com a utilização de meio pró-
prio de locomoção para a execução de serviços externos, por
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser
assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de em regulamento.
origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
Subseção IV
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste
2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007) artigo somente estará sujeita às revisões gerais de remunera-
ção dos servidores públicos federais. (Incluído pela Medida
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será consi- Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
derado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro
cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei Subseção II
nº 11.355, de 2006) Da Gratificação Natalina
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um
limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês
comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Es- de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
tado ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quin-
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% ze) dias será considerada como mês integral.
(vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Esta-
do. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do
mês de dezembro de cada ano.
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão
ou função comissionada, fica garantido a todos os que preen- Parágrafo único. (VETADO).
cherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$
1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784,
de 2008
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Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordiná-
natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calcula- rio, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a re-
da sobre a remuneração do mês da exoneração. muneração prevista no art. 73.
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada Subseção VII
para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Do Adicional de Férias
Subseção III
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao
Do Adicional por Tempo de Serviço servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente
a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.
Subseção IV
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Ativi-
de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
dades Penosas
comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualida- do adicional de que trata este artigo.
de em locais insalubres ou em contato permanente com subs- Subseção VIII
tâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a
um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
o
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§ 1 O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubri-
dade e de periculosidade deverá optar por um deles. Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Con-
curso é devida ao servidor que, em caráter eventual: (Incluído
§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculo- pela Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)
sidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos
que deram causa a sua concessão. I - atuar como instrutor em curso de formação, de de-
senvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de âmbito da administração pública federal; (Incluído pela Lei nº
servidores em operações ou locais considerados penosos, 11.314 de 2006)
insalubres ou perigosos.
II - participar de banca examinadora ou de comissão pa-
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será ra exames orais, para análise curricular, para correção de
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das opera- provas discursivas, para elaboração de questões de provas
ções e locais previstos neste artigo, exercendo suas ativida- ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;
des em local salubre e em serviço não penoso e não perigo- (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
so.
III - participar da logística de preparação e de realização
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades de concurso público envolvendo atividades de planejamento,
penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão obser- coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado,
vadas as situações estabelecidas em legislação específica. quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de
servidores em exercício em zonas de fronteira ou em locali- 2006)
dades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas
condições e limites fixados em regulamento. de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que ope- essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
ram com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos § 1o Os critérios de concessão e os limites da gratifica-
sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ção de que trata este artigo serão fixados em regulamento,
ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legisla- observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº
ção própria. 11.314 de 2006)
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este I - o valor da gratificação será calculado em horas, ob-
artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) servadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;
meses. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Subseção V
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente
Do Adicional por Serviço Extraordinário a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada
situação de excepcionalidade, devidamente justificada e pre-
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com viamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou enti-
acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora dade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e
normal de trabalho. vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário de 2006)
para atender a situações excepcionais e temporárias, respei- III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá
tado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior venci-
Subseção VI mento básico da administração pública federal: (Incluído pela
Lei nº 11.314 de 2006)
Do Adicional Noturno
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compre-
endido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se
horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput
(vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se
tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
§ 4o Será igualmente concedido horário especial, vincu- f) por convocação para o serviço militar;
lado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art.
até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade previs- 18;
ta nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 11.501, de 2007) X - participação em competição desportiva nacional ou
convocação para integrar representação desportiva nacional,
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;
interesse da administração é assegurada, na localidade da
nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição XI - afastamento para servir em organismo internacional
de ensino congênere, em qualquer época, independentemen- de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído
te de vaga. pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentado-
cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor ria e disponibilidade:
que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob I - o tempo de serviço público prestado aos Estados,
sua guarda, com autorização judicial. Municípios e Distrito Federal;
Capítulo VII II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da
Do Tempo de Serviço família do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trin-
ta) dias em período de 12 (doze) meses. (Redação dada pela
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de Lei nº 12.269, de 2010)
serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Arma-
das. III - a licença para atividade política, no caso do art. 86,
§ 2 o;
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em
dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano IV - o tempo correspondente ao desempenho de manda-
como de trezentos e sessenta e cinco dias. to eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao
ingresso no serviço público federal;
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no
art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afas- V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à
tamentos em virtude de: Previdência Social;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em VII - o tempo de licença para tratamento da própria saú-
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Muni- de que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso
cípios e Distrito Federal; VIII do art. 102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será
contado apenas para nova aposentadoria.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória
data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência nº 2.225-45, de 4.9.2001)
pelo interessado, quando o ato não for publicado. I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, prévia autorização do chefe imediato;
quando cabíveis, interrompem a prescrição. II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competen-
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo te, qualquer documento ou objeto da repartição;
ser relevada pela administração. III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de do-
cumento e processo ou execução de serviço;
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reinci- § 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-
dência das faltas punidas com advertência e de violação das se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a pena- pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em
lidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noven- situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de
ta) dias. vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do
correspondente regime jurídico. (Redação dada pela Lei nº
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias 9.527, de 10.12.97)
o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido
a inspeção médica determinada pela autoridade competente, § 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a de- do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão
terminação. transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior,
bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado,
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe
base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou vista do processo na repartição, observado o disposto nos
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
serviço. 10.12.97)
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relató-
terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e rio conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do
5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o
disciplinar. respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autorida-
de instauradora, para julgamento. (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não
9.527, de 10.12.97)
surtirá efeitos retroativos.
§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão,
I - crime contra a administração pública; aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art.
167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - abandono de cargo;
§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo
III - inassiduidade habitual; para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se con-
IV - improbidade administrativa; verterá automaticamente em pedido de exoneração do outro
cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na
repartição; § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-
fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação
VI - insubordinação grave em serviço; de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos,
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, empregos ou funções públicas em regime de acumulação
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação
serão comunicados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 10.12.97)
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na
deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidi- forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos ca-
ariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. sos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quan-
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibili- do se tratar de destituição de cargo em comissão.
dade do inativo que houver praticado, na atividade, falta puní- Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
vel com a demissão.
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de destituição de cargo em comissão;
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata
este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
convertida em destituição de cargo em comissão. § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em co- que o fato se tornou conhecido.
missão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal apli-
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao cam-se às infrações disciplinares capituladas também como
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. crime.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em co- § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de pro-
missão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompa- cesso disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
tibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público proferida por autoridade competente.
federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo come-
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público çará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em
comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. Título V
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência in- Do Processo Administrativo Disciplinar
tencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias conse-
Capítulo I
cutivos.
Disposições Gerais
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta
ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpo- Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade
ladamente, durante o período de doze meses. no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassi-
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
duidade habitual, também será adotado o procedimento su-
mário a que se refere o art. 133, observando-se especialmen- § 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação da
te que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) autoridade a que se refere, poderá ser promovida por autori-
dade de órgão ou entidade diverso daquele em que tenha
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído
ocorrido a irregularidade, mediante competência específica
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
para tal finalidade, delegada em caráter permanente ou tem-
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação porário pelo Presidente da República, pelos presidentes das
precisa do período de ausência intencional do servidor ao Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
serviço superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de Procurador-Geral da República, no âmbito do respectivo Po-
10.12.97) der, órgão ou entidade, preservadas as competências para o
julgamento que se seguir à apuração. (Incluído pela Lei nº
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos 9.527, de 10.12.97)
dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período
igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão obje-
período de doze meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de to de apuração, desde que contenham a identificação e o
10.12.97) endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
confirmada a autenticidade.
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará
relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de arquivada, por falta de objeto.
abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao
Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autori-
dade instauradora para julgamento. (Incluído pela Lei nº I - arquivamento do processo;
9.527, de 10.12.97)
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspen-
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: são de até 30 (trinta) dias;
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das III - instauração de processo disciplinar.
Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servi- Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicân-
dor não venha a influir na apuração da irregularidade, a cia concluir que a infração está capitulada como ilícito penal,
autoridade instauradora do processo disciplinar poderá de- a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao
terminar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo Ministério Público, independentemente da imediata instaura-
de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. ção do processo disciplinar.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a
por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligên-
que não concluído o processo. cias cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo,
quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
Capítulo III completa elucidação dos fatos.
Do Processo Disciplinar Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompa-
nhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procura-
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destina- dor, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e con-
do a apurar responsabilidade de servidor por infração pratica- traprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova peri-
da no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação cial.
com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
§ 1o O presidente da comissão poderá denegar pedidos
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de
comissão composta de três servidores estáveis designados nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
pela autoridade competente, observado o disposto no § 3o do
art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que de- § 2o Será indeferido o pedido de prova pericial, quando
verá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo a comprovação do fato independer de conhecimento especial
nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do de perito.
indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor me-
§ 1o A Comissão terá como secretário servidor designa- diante mandado expedido pelo presidente da comissão, de-
do pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de vendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser ane-
seus membros. xado aos autos.
§ 2o Não poderá participar de comissão de sindicância Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a
ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusa- expedição do mandado será imediatamente comunicada ao
do, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora
terceiro grau. marcados para inquirição.
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e redu-
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessá- zido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por es-
rio à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da adminis- crito.
tração.
§ 1o As testemunhas serão inquiridas separadamente.
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das co-
missões terão caráter reservado. § 2o Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que
se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas se-
guintes fases: Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a
comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.
comissão;
§ 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em
defesa e relatório; suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promo-
vida a acareação entre eles.
III - julgamento.
§ 2o O procurador do acusado poderá assistir ao inter-
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo discipli- rogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe
nar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigi- comissão.
rem.
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade men-
§ 1o Sempre que necessário, a comissão dedicará tem- tal do acusado, a comissão proporá à autoridade competente
po integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispen- que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da
sados do ponto, até a entrega do relatório final. qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou
vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato. ao inativo, por dependente econômico.
§ 1o A aposentadoria por invalidez será precedida de Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômi-
licença para tratamento de saúde, por período não excedente cos para efeito de percepção do salário-família:
a 24 (vinte e quatro) meses. I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os
§ 2o Expirado o período de licença e não estando em enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante,
condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o ser- até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer ida-
vidor será aposentado. de;
§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante auto-
licença e a publicação do ato da aposentadoria será conside- rização judicial, viver na companhia e às expensas do servi-
rado como de prorrogação da licença. dor, ou do inativo;
§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão III - a mãe e o pai sem economia própria.
consideradas apenas as licenças motivadas pela enfermidade Art. 198. Não se configura a dependência econômica
ensejadora da invalidez ou doenças correlacionadas. (In- quando o beneficiário do salário-família perceber rendimento
cluído pela Lei nº 11.907, de 2009) do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou
§ 5o A critério da Administração, o servidor em licença provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao
para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá salário-mínimo.
ser convocado a qualquer momento, para avaliação das con- Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos
dições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria. e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles;
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado distribuição dos dependentes.
com observância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o pa-
mesma data e proporção, sempre que se modificar a remune- drasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais
ração dos servidores em atividade. dos incapazes.
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer
benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos ser- tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição,
vidores em atividade, inclusive quando decorrentes de trans- inclusive para a Previdência Social.
formação ou reclassificação do cargo ou função em que se
deu a aposentadoria.
§ 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servi-
vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do primei- dor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias conse-
ro dia de afastamento será concedida mediante avaliação por cutivos.
junta médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de
2009) seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada
§ 5o A perícia oficial para concessão da licença de que de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parce-
trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de lada em dois períodos de meia hora.
perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgi- Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judi-
ões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o campo de cial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90
atuação da odontologia. (Incluído pela Lei nº 11.907, de (noventa) dias de licença remunerada. (Vide Decreto nº
2009) 6.691, de 2008)
Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial
15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensa- de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que
da de perícia oficial, na forma definida em regulamento. trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
(Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Seção VI
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se
referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se Da Licença por Acidente em Serviço
tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o
profissional ou qualquer das doenças especificadas no art. servidor acidentado em serviço.
186, § 1o.
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou
orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica. imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médi- Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o
cos periódicos, nos termos e condições definidos em regula- dano:
mento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) (Regulamen-
to). I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo
servidor no exercício do cargo;
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, a
União e suas entidades autárquicas e fundacionais poderão: II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e
(Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) vice-versa.
I - prestar os exames médicos periódicos diretamente Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessi-
pelo órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o servi- te de tratamento especializado poderá ser tratado em institui-
dor; (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) ção privada, à conta de recursos públicos.
II - celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta
parceria com os órgãos e entidades da administração direta, médica oficial constitui medida de exceção e somente será
suas autarquias e fundações; (Incluído pela Lei nº 12.998, de admissível quando inexistirem meios e recursos adequados
2014) em instituição pública.
III - celebrar convênios com operadoras de plano de Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10
assistência à saúde, organizadas na modalidade de autoges- (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
d) a pessoa designada que viva na dependência econô- II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer
mica do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, após a concessão da pensão ao cônjuge;
enquanto durar a invalidez. III - a cessação de invalidez, em se tratando de benefici-
§ 1o A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários ário inválido;
de que tratam as alíneas "a" e "c" do inciso I deste artigo IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa desig-
exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas nada, aos 21 (vinte e um) anos de idade; (Vide Medida
alíneas "d" e "e". Provisória nº 664, de 2014) (Vigência)
§ 2o A concessão da pensão temporária aos beneficiá- V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
rios de que tratam as alíneas "a" e "b" do inciso II deste artigo
exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas VI - a renúncia expressa. (Vide Medida Provisória nº
alíneas "c" e "d". 664, de 2014) (Vigência)
§ 3o (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) VII - (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014)
(Vigência) (Vigência)
§ 4o (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) Parágrafo único. A critério da Administração, o benefici-
(Vigência) ário de pensão temporária motivada por invalidez poderá ser
convocado a qualquer momento para avaliação das condi-
§ 5o (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) ções que ensejaram a concessão do benefício. (Incluído pela
(Vigência) Lei nº 11.907, de 2009) (Vide Medida Provisória nº 664,
Art. 218. A pensão será concedida integralmente ao de 2014) (Vigência)
titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiá-
pensão temporária. (Vide Medida Provisória nº 664, de rio, a respectiva cota reverterá: (Vide Medida Provisória nº
2014) (Vigência) 664, de 2014) (Vigência)
§ 1o No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio § 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo,
será pago somente em razão do cargo de maior remunera- ficam a União e suas entidades autárquicas e fundacionais
ção. autorizadas a: (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio- II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no
reclusão, nos seguintes valores: 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e segu-
ros privados de assistência à saúde que possuam autorização
I - dois terços da remuneração, quando afastado por de funcionamento do órgão regulador; (Incluído pela Lei nº
motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada 11.302 de 2006)
pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;
III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em
virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que § 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
não determine a perda de cargo. § 5o
O valor do ressarcimento fica limitado ao total des-
§ 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o ser- pendido pelo servidor ou pensionista civil com plano ou segu-
vidor terá direito à integralização da remuneração, desde que ro privado de assistência à saúde. (Incluído pela Lei nº
absolvido. 11.302 de 2006)
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1o do art. 231,
por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os servido- os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e
res dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das autarquias, nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor civil
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas, da União conforme regulamento próprio.
regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 - Estatuto Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a
dos Funcionários Públicos Civis da União, ou pela Consolida- satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias
ção das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº para a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do
5.452, de 1o de maio de 1943, exceto os contratados por antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei
prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorro- n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a
gados após o vencimento do prazo de prorrogação. vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido pelo Con-
§ 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos gresso Nacional)
no regime instituído por esta Lei ficam transformados em Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-
cargos, na data de sua publicação. ção, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês
§ 2o As funções de confiança exercidas por pessoas não subseqüente.
integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade onde Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de
têm exercício ficam transformadas em cargos em comissão, e outubro de 1952, e respectiva legislação complementar, bem
mantidas enquanto não for implantado o plano de cargos dos como as demais disposições em contrário.
órgãos ou entidades na forma da lei.
Brasília, 11 de dezembro de 1990; 169o da Independên-
§ 3o As Funções de Assessoramento Superior - FAS, cia e 102o da República.
exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela de
pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei. FERNANDO COLLOR
Jarbas Passarinho
§ 4o (VETADO).
§ 5o O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serven- LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.
tuários da Justiça, remunerados com recursos da União, no
que couber.
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos
§ 6o Os empregos dos servidores estrangeiros com casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,
estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem a
2) A respeito da ética nas organizações, assinale a alternativa correta. 8. A rapidez de resposta ao usuário pode ser caracterizada como uma
a) É uma questão pessoal e subjetiva, que atende aos valores e moral de atitude ética na administração pública.
cada um.
b) São regras regais de comportamento que pretendem ser imparciais. 9. Documentos encaminhados para providências podem ser alterados em
c) É uma necessidade específica dos níveis gerenciais de uma organiza- situações específicas.
ção.
d) É um conjunto de valores e regras que definem a conduta dos indivíduos 10. Informações privilegiadas obtidas no serviço, desde que não sejam
como certa e errada. utilizadas em benefício próprio, devem ser fornecidas pelo servidor quando
e) É um conjunto de regras que dizem como se comportar em todas as solicitadas por pessoas idôneas.
situações.
11. É desnecessária a autorização legal para a retirada de documentos que
3) São vedações ao servidor público, previstas no Código de Ética Profissi- pertençam ao local de trabalho do servidor no órgão público.
onal do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto n°.
1.171, 22.06.94), exceto: Considerando que a expectativa da sociedade com relação à conduta
a) Proceder a prática religiosa no recinto do serviço. daqueles que desempenham atividades no serviço e na gestão de bens
b) Exercer atividade profissional aética ou ligar seu nome a empreendimen- públicos é cada vez maior, julgue os itens que seguem, relativos à ética no
tos de cunho duvidoso. contexto do serviço público e à legislação permanente.
c) Desviar servidor público para atendimento a interesse particular.
d) Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em 12. A ética representa uma abordagem sobre as constantes morais, ou
serviços públicos. seja, refere-se àquele conjunto de valores e costumes mais ou menos
e) Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para permanente no tempo e no espaço.
providências.
13. A ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de
4) Pelo Código de Ética do Servidor Público Civil (Decreto 1.171 de desmoralização do serviço público e pode ser considerada uma atuação
22.06.94),a sanção aplicada pela comissão de ética é de: antiética.
a)Multa.
b)Advertência. 14. O êxito da opção por uma forma ética de prestação de serviços públicos
c)Suspensão. requer a procura contínua de padrões de excelência elaborados com base
d)Censura. em mecanismos de avaliação internos, correspondentes aos posicionamen-
e)Repreensão. tos daqueles servidores que ocupam posições elevadas na hierarquia da
administração. Nesse sentido, a avaliação dos usuários-cidadãos tem papel
5) Julgue os itens a seguir. secundário.
1. O respeito à hierarquia e à disciplina não impede que o servidor público
represente contra ato que caracterize omissão ou abuso de poder, ainda 15. Em caso de atraso no atendimento a cidadãos em órgão público, o
que esse ato tenha emanado de superior hierárquico. servidor deve com base nos princípios de ética no serviço público,
2. O servidor público deve abster-se de exercer sua função, poder ou a) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, buscando
autoridade por fim ao problema.
com finalidade estranha ao interesse público, mesmo não cometendo b) ter respeito à hierarquia, não se imiscuindo na situação, que não lhe diz
qualquer violação expressa à lei. respeito, e procurando fazer da melhor maneira suas atribuições.
3. É dever do servidor público guardar sigilo sobre assuntos da repartição c)ser apenas cortês com os cidadãos, caso lhe apresentem reclamações
que envolvam questões relativas à segurança da sociedade. quanto a situação de atraso.
4. O servidor público pode retirar da repartição documento pertencente ao d) informar aos cidadãos que, diante da situação, só deve fazer o que está
patrimônio público, sem prévia autorização da autoridade competente, se previsto em lei, em respeito ao princípio da estrita legalidade.
exercer cargo de confiança ou função a qual esse documento esteja relaci- e) atender ao princípio de isonomia, não se envolvendo na situação em
onado. tela, cumprindo suas obrigações, porque, caso aja de modo diferente,
incorrerá em crime de advocacia administrativa.
6) Julgue os itens abaixo, relativos à ética no serviço público e qualidade
no atendimento ao público. 16. Considere que um servidor público, membro de comissão de licitação,
I – Os valores fundamentais do serviço público decorrem exclusivamente do tenha recebido um presente valioso de um fornecedor contumaz do órgão a
seu caráter público. que é vinculado. Mesmo não existindo nenhum indício indicando que houve
II – O princípio da impessoalidade, na administração pública, vem acompa- favorecimento ilícito para que esse fornecedor ganhasse licitação promovi-
nhado dos valores da igualdade e da imparcialidade, ou seja, todos têm o da anteriormente, é correto afirmar, à luz das regras deontológicas do
mesmo valor como cidadãos e merecem o mesmo tratamento, exceto os Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
casos mais peculiares, que devem ser considerados de forma parcial. Federal, que
III – Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o a) o servidor deveria avaliar, antes de receber a oferta do presente, se esse
processo de comunicação e contato com o público é um dos principais ato viria ao encontro do bem comum.
deveres do b) a moralidade na administração pública se limita a distinguir se o ato do
servidor público. servidor é bom ou mau.
IV – Permitir a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de c) a moralidade na administração pública se atém, com exclusividade, à
atraso na prestação do serviço, é agir contra a ética. violação concreta de alguma lei quando da realização do ato administrativo
Estão certos apenas os itens. desenvolvido pelo servidor.
a. I e II. d)a moralidade na administração pública se atém, com prioridade, à finali-
b. II e III. dade do servidor quando recebeu o presente.
c. II e IV. e) o servidor público deve decidir apenas entre se é justo ou injusto receber
d. III e IV. o presente.
Julgue os itens que se seguem, acerca da ética no serviço público. 17. Assinale a opção correta acerca da comissão de ética prevista no
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal.
20. Ao tomar ciência de que um subordinado seu praticou ato que contraria I e III.
o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo I e IV.
Federal, a despeito de não se tratar de uma ilegalidade propriamente dita, o II e III.
servidor deverá II e IV.
a) instaurar um inquérito administrativo visando apurar o desvio ético.
b) encaminhar as informações ao MP, que poderá oferecer, ou não, a 24) No que se refere à ética no serviço público e à qualidade no atendimen-
denúncia ao Poder Judiciário. to ao público, assinale a opção correta.
c) deverá, em função do espírito de solidariedade, chamar esse subordina- a) Para a qualidade do atendimento ao público, é fundamental tratar cuida-
do para conversar e dar-lhe uma nova oportunidade. dosamente os usuários dos serviços, o que torna dispensável o aperfeiço-
d) encaminhar a situação para o comitê de ética, que apreciará o caso amento do processo de comunicação.
concreto. b) O servidor deve ser cortês, ter urbanidade, sem, contudo, ter de estar
e) retirar o servidor da função que exerce e, a partir desse momento, acom- atento às limitações individuais de todos os usuários, diante do caráter
panhá-lo, evitando que exerça qualquer outra função. geral da prestação de serviços públicos
c) A manutenção da limpeza no local de trabalho e a observância de méto-
21. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal dos adequados à sua organização não têm relação com a ética no serviço
direta, indireta, autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade público. e) O comparecimento ao trabalho com vestimentas adequadas ao
que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada exercício da função, embora recomendável, não tem relação com a conduta
uma Comissão de Ética encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética ética no serviço público.
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio d) O comparecimento ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício
público. À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarre- da função, embora recomendável, não tem relação com a conduta ética no
gados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros serviço público.
sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e) No exercício de suas atribuições, o servidor deve dar prioridade à resolu-
e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor ção de situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de
público. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a qualquer outra forma de atraso na prestação de serviços pelo setor em que
de: exerce suas atribuições.
a) censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado
por dois terços dos seus integrantes, com ciência dos faltosos. 25) O servidor público quando instado pela legislação a atuar de forma
b) suspensão e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assi- ética, não tem que decidir somente entre o que é legal e ilegal, mas, acima
nado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. de tudo entre o que é
c) suspensão e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assi- a) oportuno e inoportuno
nado por todos os seus integrantes, sem ciência do faltoso. b) conveniente e inconveniente
d) censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado c) público e privado.
por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. d) honesto e desonesto
e) suspensão e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assi- e) bom e ruim.
nado por dois terços dos seus integrantes, com ciência dos faltosos.
26) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
22. Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor público:
servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer
GABARITO
_______________________________________________________
RESPOSTAS _______________________________________________________
01. D 11. A 21. A 31. D 41. C
02. C 12. B 22. C 32. D 42. A _______________________________________________________
03. B 13. C 23. A 33. E 43. C _______________________________________________________
04. E 14. B 24. A 34. B 44. A
05. A 15. E 25. E 35. D 45. D _______________________________________________________
06. A 16. D 26. A 36. C 46. A _______________________________________________________
07. E 17. B 27. B 37. C 47. B
08. D 18. A 28. B 38. E 48. C _______________________________________________________
09. A 19. E 29. E 39. A 49. C
10. B 20. E 30. B 40. B 50. E _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
TÉCNICO DO MPU
ÁREA DE ATIVIDADE: APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
ESPECIALIDADE: SEGURANÇA INSTITUCIONAL E TRANSPORTE
VOLUME 2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TRÂNSITO E MANUTENÇÃO VEICULAR:
1 Legislação de Trânsito:
Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997 e atualizações) e Resoluções do CONTRAN pertinentes à
condução de veículos. ....................................................................................................................................... 1
2 Conhecimento geral sobre o funcionamento de veículos automotores de passeio, ônibus e caminhões. .. 66
2.1 Noções de elétrica e de mecânica de veículos automotores a gasolina, álcool e diesel.
2.1.1 Sistema de freios.
2.1.2. Sistema de suspensão (vibrações e ruídos).
2.1.3 Sistema de direção (mecânica e hidráulica).
2.1.4 Sistema de transmissão.
2.1.5 Motor: sistema de alimentação de combustível (álcool, gasolina, diesel e GNV).
2.1.6 Sistema de arrefecimento (água e ar).
2.1.7 Sistema de distribuição.
2.1.8 Sistema elétrico.
2.1.9 Sistema de lubrificação.
2.1.10 Sistemas eletrônicos.
2.1.11 Sistema de ignição (convencional e eletrônica).
2.1.12 Injeção eletrônica (princípios básicos).
2.1.13 Pneumática.
2.1.14 Alinhamento e balanceamento.
3 Direção defensiva e preventiva. ...................................................................................................................91
4 Noções de meio ambiente. ..........................................................................................................................105
SEGURANÇA INSTITUCIONAL:
1 Técnicas operacionais. ................................................................................................................................... 1
2 Segurança física e patrimonial das instalações. ............................................................................................ 1
3 Prevenção e combate a incêndio. .................................................................................................................. 2
4 Identificação, emprego e utilização de equipamentos eletrônicos de segurança: sensores, sistemas de
alarme, cercas elétricas, CFTV (circuito fechado de televisão). ......................................................................15
5 Defesa pessoal. ............................................................................................................................................16
6 Armamento e tiro. .........................................................................................................................................18
7 Segurança de dignitários. .............................................................................................................................28
8 Crimes contra o patrimônio. .........................................................................................................................61
9 Noções de primeiros-socorros. .....................................................................................................................64
10 Estatuto do desarmamento (Lei nº 10.826/2003): capítulo II (arts. 4º e 5º) capítulo III (arts. 4º a 10º capítulo IV
(arts. 12 a 20) e capítulo V (art. 25). 11 Relações Humanas. .........................................................................89
11.1 Qualidade no atendimento ao público: comunicabilidade; apresentação; atenção; cortesia; interesse;
presteza; eficiência; tolerância; discrição; conduta; objetividade. 11.2 Trabalho em equipe. ........................97
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APOSTILAS OPÇÃO
- o sinal A-24 – Obras, que possui fundo e orla externa na c) Cruz de Santo André
cor laranja;
Parâmetro Variação
- o sinal A-14 – Semáforo à Frente, que possui símbolo nas Relação entre dimensões
cores preta, vermelha, amarela e verde; de largura e comprimento de 1:6 a 1:10
- todos os sinais que, quando utilizados na sinalização de dos braços
obras, possuem fundo na cor laranja. Ângulos menores forma-
entre 45º e 55º
dos entre os dois braços
• quanto à forma, os sinais A-26a – Sentido Único, A-26b –
Sentido Duplo e A-41 – Cruz de Santo André. 1.2.3. Conjunto de Sinais de Advertência
1.2.4. Sinalização Especial de Advertência
Sinal
Cor Estes sinais são empregados nas situações em que não é
Forma Código
A-26a Fundo Amarela possível a utilização dos sinais apresentados no item 1.2.3.
A-26b Orla interna Preta O formato adotado é retangular, de tamanho variável em
Orla externa Amarela função das informações nelas contidas, e suas cores são
amarela e preta:
Seta Preta
A-41 Fundo Amarela Características da Sinalização Especial de Advertência
Orla interna Preta Cor
Orla externa Amarela Fundo Amarela
Símbolo Preta
A Sinalização Especial de Advertência e as Informações Orla interna Preta
Complementares, cujas características são descritas nos itens Orla externa Amarela
1.2.4 e 1.2.5, possuem a forma retangular. Legenda Preta
1.2.2. Dimensões Mínimas Tarja Preta
Devem ser observadas as dimensões mínimas dos sinais, Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa devem
conforme a via em que são implantados, considerando-se que ser na cor laranja.
o aumento no tamanho dos sinais implica em aumento nas
dimensões de orlas e símbolos. Exemplos:
a) Sinais de forma quadrada a) Sinalização Especial para Faixas ou Pistas Exclu-
sivas de Ônibus
Orla ex- Orla inter-
Lado
terna na
Via mínimo
mínima mínima
(m)
(m) (m)
Urbana 0,45 0,010 0,020
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
c) Placas Diagramadas
Características das Placas Diagramadas
Mensagens de No-
mes de
Mensagens de
Rodovias/Estradas
Forma Localidades
ou Associadas aos
seus Símbolos
Cor Cor
Fundo Verde Fundo Azul
Orla Bran- Bran-
Orla interna
interna ca ca
Orla
Verde Orla externa Azul
Retangu- externa
lar, com Bran- Bran-
b) Placas Indicativas de Distância Tarja Tarja
lado maior ca ca
Características das Placas Indicativas de Distância na horizon- Bran- Bran-
tal Legendas Legendas
ca ca
Mensagens de No-
Bran- Bran-
mes de Rodovi- Setas Setas
Mensagens de ca ca
as/Estradas ou As-
Forma Localidades De acordo com a
sociadas aos seus Símbolos -
rodovia / estrada
Símbolos
Cor Cor
Dimensões mínimas (m)
Fundo Verde Fundo Azul
Orla Bran- Bran- Altura das VIA URBANA 0,125(*)
Orla interna letras
interna ca ca VIA RURAL 0,150(*)
Retangu- Orla Orla interna 0,020
Verde Orla externa Azul
lar, com externa
Orla externa 0,010
lado maior Bran- Bran-
na horizon- Tarja Tarja Tarja 0,010
ca ca
tal Bran- Bran- (*) áreas protegidas por legislação especial (patri-
Legendas Legendas mônio histórico, arquitetônico , etc. ) , podem apre-
ca ca
De acordo com a sentar altura de letra inferior, desde que atenda os
Símbolos - critérios de legibilidade
rodovia / estrada
Exemplos:
TIT-10
Pavilhão de
2.2. CLASSIFICAÇÃO
A sinalização horizontal é classificada em:
- marcas longitudinais;
- marcas transversais;
- marcas de canalização; ULTRAPASSAGEM PROIBIDA PARA OS DOIS SENTIDOS
- marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou
parada;
- inscrições no pavimento.
2.2.1. Marcas Longitudinais
Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a
parte da pista destinada normalmente à circulação de veícu- b) Linhas de Divisão de Fluxo de Mesmo Sentido
los, a sua divisão em faixas, a separação de fluxos opostos,
SECCIONADA
d) Linha de Continuidade
Proporciona continuidade a outras marcações longitudi-
nais, quando há quebra no seu alinhamento visual.
- Largura da linha: mínima 0,10 m TRACEJADA
máxima 0,20 m
- Demarcação de faixa exclusiva no fluxo
Largura da linha: mínima 0,20 m
máxima 0,30 m
- Relação entre A e B: mínima 1:2
máxima 1:3
- Cor: branca
Exemplos de Aplicação: - Largura da linha: a mesma da linha à qual dá continuidade
- Relação entre A e B = 1:1
- Cor branca, quando dá continuidade a linhas brancas; cor
amarela, quando dá continuidade a linhas amarelas.
Exemplo de Aplicação:
c) Linha de Bordo
2.2.3. Marcas Transversais
Delimita a parte da pista destinada ao deslocamento de
Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os
veículos.
harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos
CONTÍNUA pedestres, assim como informam os condutores sobre a
necessidade de reduzir a velocidade e indicam travessia de
pedestres e posições de parada.
Em casos específicos têm poder de regulamentação.
- Largura da linha: mínima 0,10 m De acordo com a sua função, as marcas transversais são
máxima 0,30 m subdivididas nos seguintes tipos:
- Cor: branca
a) Linha de Retenção
Exemplos de Aplicação:
Indica ao condutor o local limite em que deve parar o veículo.
PISTA DUPLA
TIPO PARALELA
Exemplo de Aplicação:
Exemplos de Aplicação:
SENTIDO ÚNICO
b) Marca Delimitadora de Parada de Veículos Específi-
cos
Delimita a extensão da pista destinada à operação exclusiva
de parada. Deve sempre estar associada ao sinal de regula-
mentação correspondente.
É opcional o uso destas sinalizações quando utilizadas junto
ao marco do ponto de parada de transporte coletivo.
ESTACIONAMENTO EM ÂNGULO
- Comprimento da seta:
Fluxo veicular: mínimo 5,00 m
máximo 7,50 m
Fluxo pedestre (somente seta ”Siga em Frente” com parte da
haste suprimida):
mínimo 2,00 m
máximo 4,00 m
- Cor: branca
·
INDICATIVO DE MUDANÇA OBRIGATÓRIO DE FAIXA
b) Símbolos
Indicam e alertam o condutor sobre situações específicas na
via
· "DÊ A PREFERÊNCIA"
INDICATIVO DE INTERSEÇÃO COM VIA QUE TEM PRE-
FERÊNCIA
- Comprimento: 6,00 m
- Cor: branca
· "BICICLETA"
INDICATIVO DE VIA, PISTA OU FAIXA DE TRÂNSITO DE
USO DE CICLISTAS
Cor: branca
· "SERVIÇOS DE SAÚDE"
INDICATIVO DE ÁREA OU LOCAL DE SERVIÇOS DE SAÚ-
DE
CRUZAMENTO RODOFERROVIÁRIO
3. DISPOSITIVOS AUXILIARES
Dispositivos Auxiliares são elementos aplicados ao pavimento
da via, junto a ela, ou nos obstáculos próximos, de forma a
tornar mais eficiente e segura a operação da via. São consti-
tuídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou não
de refletividade, com as funções de:
c) Legendas - incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da
Advertem acerca de condições particulares de operação da via ou de obstáculos à circulação;
via e complementam os sinais de regulamentação e adver- - reduzir a velocidade praticada;
tência. - oferecer proteção aos usuários;
- alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial
ou que requeiram maior atenção.
Os Dispositivos Auxiliares são agrupados, de acordo com
suas funções, em:
- Dispositivos Delimitadores;
- Dispositivos de Canalização;
- Dispositivos de Sinalização de Alerta;
- Alterações nas Características do Pavimento;
- Dispositivos de Proteção Contínua;
- Dispositivos Luminosos;
- Dispositivos de Proteção a Áreas de Pedestres e/ou Ciclis-
tas;
- Dispositivos de Uso Temporário.
3.1. DISPOSITIVOS DELIMITADORES
São elementos utilizados para melhorar a percepção do con-
dutor quanto aos limites do espaço destinado ao rolamento e
a sua separação em faixas de circulação. São apostos em
série no pavimento ou em suportes, reforçando marcas viá-
rias, ou ao longo das áreas adjacentes a elas.
Podem ser mono ou bidirecionais em função de possuírem
uma ou duas unidades refletivas. O tipo e a(s) cor(es) das
faces refletivas são definidos em função dos sentidos de cir-
Obs: Para legendas curtas a largura das letras e algarismos culação na via, considerando como referencial um dos senti-
podem ser maiores. dos de circulação, ou seja, a face voltada para este sentido.
- Comprimento mínimo: Tipos de Dispositivos Delimitadores:
Para legenda transversal ao fluxo veicular: 1,60 m · Balizadores - unidades refletivas mono ou bidirecionais,
Para legenda longitudinal ao fluxo veicular: 0,25 m afixadas em suporte.
- Cor: branca - Cor do elemento refletivo:
Exemplos de Legendas: branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
· Cilindros Delimitadores
Exemplo:
· Barreiras de Concreto
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplos: 3.7. DISPOSITIVOS DE USO TEMPORÁRIO
São elementos fixos ou móveis diversos, utilizados em situa-
ções especiais e temporárias, como operações de trânsito,
Vista Lateral
Cilindro
Especificação mínima: Norma ABNT
DESMONTAVEIS
Exemplo:
MÓVEIS
· Tambores
Exemplos:
· Fita Zebrada
Exemplo:
Cancelas
PLÁSTICAS
· Tapumes
Exemplos:
· Gradis
Exemplos: · Bandeiras
Exemplos:
· Faixas
Exemplos:
Significado Sinal
Ordem de parada obri-
gatória para todos os
veículos. Quando exe-
No caso de grupo focal de regulamentação, admite-se o uso
cutada em interseções,
isolado da indicação luminosa em amarelo intermitente, em
os veículos que já se
determinados horários e situações específicas. Fica o condu-
encontrem nela não são
tor do veículo obrigado a reduzir a velocidade e respeitar o
obrigados a parar.
disposto no Artigo 29, inciso III, alínea C.
5. SINALIZAÇÃO DE OBRAS
A Sinalização de Obras tem como característica a utilização
dos sinais e elementos de Sinalização Vertical, Horizontal,
Semafórica e de Dispositivos e Sinalização Auxiliares combi-
nados de forma que:
- os usuários da via sejam advertidos sobre a intervenção
realizada e possam identificar seu caráter temporário; Braço levantado vertical-
- sejam preservadas as condições de segurança e fluidez do mente, com a palma da
trânsito e de acessibilidade; mão pra a frente.
- os usuário sejam orientados sobre caminhos alternativos; Ordem de parada para
- sejam isoladas as áreas de trabalho, de forma a evitar a todos os veículos que
deposição e/ou lançamento de materiais sobre a via. venham de direções
Na sinalização de obras, os elementos que compõem a sinali- que cortem ortogonal-
zação vertical de regulamentação, a sinalização horizontal e a mente a direção indica-
sinalização semafórica têm suas características preservadas. da pelos braços esten-
A sinalização vertical de advertência e as placas de orienta- didos, qualquer que
ção de destino adquirem características próprias de cor, sen- seja o sentido de seu
do adotadas as combinações das cores laranja e preta. Entre- deslocamento.
tanto, mantém as características de forma, dimensões, símbo-
los e padrões alfanuméricos: Braços estendidos horizon-
Sinalização vertical de Cor utilizada para Sinali- talmente com a palma da
Advertência ou de Indi- zação de Obras mão para a frente.
cação Ordem de parada para
Fundo Laranja todos os veículos que
venham de direções
Símbolo Preta que cortem ortogonal-
Orla Preta mente a direção indica-
Tarjas Preta da pelo braço estendi- Braço estendido horizon-
do, qualquer que seja o talmente, com a palma da
Setas Preta sentido de seu deslo-
mão para frente, do lado do
Letras Preta camento trânsito a que se destina.
Ordem de diminuição
da velocidade
Ordem de seguir
Dobrar à direita
Diminuir a marcha ou
parar
7. SINAIS SONOROS
Sinais de apito Significado Emprego
liberar o trânsito em
um silvo breve siga direção / sentido indi-
cado pelo agente.
dois silvos bre- indicar parada obriga-
pare
ves tória
quando for necessário
diminuir a
um silvo longo fazer diminuir a mar-
marcha
cha dos veículos.
b) Substituir o fluido de freio: conforme orientação do manual a) Verificar nível do líquido: semanalmente
do proprietário b) Verificar estado das mangueiras e possíveis vazamentos:
c) Verificar as pastilhas nos freios a disco, substituindo-as a cada 20.000 km
quando houver desgaste: a cada 10.000 km c) Verificar o funcionamento da ventoinha: a cada 30.000 km
d) Verificar o estado dos discos de freio, substituindo-os d) Drenar e limpar o sistema: a cada 30.000 km
quando necessário: a cada 10.000 km
e) Trocar o líquido e o aditivo do reservatório de expansão ou
e) Verificar o estado das lonas de freio e se há vazamentos radiador: a cada 30.000 km
nos cilindros de rodas: a cada 10.000 km
Correias:
f) Avaliar o servo-freio pelo acionamento do pedal: a cada
40.000 km Verificar o estado e ajustar a tensão se necessário das
correias:
g) Checar o freio de estacionamento e regular se necessário:
a cada 10.000 km a) bomba d'água: a cada 20.000 km
b) alternador: a cada 20.000 km
Motor: c) direção hidráulica: a cada 20.000 km
a) Reapertar tampa de válvulas e tampa do cárter para evitar Ar-condicionado:
vazamentos: a cada 10.000 km a) Verificar estado e tensão da correia do compressor: a
cada 20.000 km
b) Trocar correia dentada: a cada 40.000 km preventivamen- b) Verificar funcionamento e limpeza do sistema: a cada
te 20.000 km
c) Verificar nível do óleo: semanalmente Sistema elétrico:
d) Trocar óleo do motor: conforme orientação do manual do a) Regulagem dos faróis: a cada 10.000 km
proprietário
b) Verificar se há lâmpadas ou fusíveis queimados: mensal-
e) Substituir o filtro de óleo: a cada troca de óleo ou a cada mente
10.000 km
c) Testar o funcionamento de comandos e equipamentos
Sistema de transmissão: elétricos: a cada 30.000 km
a) Checar óleo do câmbio e trocar conforme orientações do d) Verificar nível d'água da bateria (se necessário) e avaliar
fabricante: a cada 10.000 km carga: a cada 10.000
b) Chegar o sistema e o acionamento da transmissão: a cada Outros itens:
40.000 km
a) Trocar as palhetas dos limpadores de pára-brisas: a cada
c) Verificar cabo, folga e funcionamento da embreagem: a 20.000 km
cada 20.000 km
b) Verificar nível de água dos limpadores, adicionar aditivo
Sistema de emissões de gases: de limpeza dos vidros: mensalmente
a) Verificar a integridade do sistema de escapamento: a cada c) Lubrificar fechaduras: a cada 20.000 km
20.000 km
Fonte: www.articlesbase.com
b) Avaliar integridade e eficiência do catalisador e da sonda
lambda: a cada 20.000 km
Sistema de alimentação de combustível: 2.1.1 Sistema de freios.
a) Limpar o bico ou bicos injetores: a cada 30.000 km FREIOS;
b) Limpar e regular carburador: a cada 20.000 km
Destinam-se os freios a reduzir a velocidade, parar ou
c) Checar estado das velas de ignição e substituir se neces- manter parados os veículos.
sário: a cada 20.000 km
2.1.5 Motor: sistema de alimentação de combustível (ál- *Aumento real de potência. *É produzido a partir da ca-
cool, gasolina, diesel e GNV). na-de-açúcar, uma fonte renovável, ao contrário do petróleo,
podendo ser obtido de muitos outros vegetais
*Quantidade de CO2 (dióxido de carbono, gás poluente
Diferenças entre motores à álcool, à gasolina e à diesel
que provoca o chamado 'efeito estufa') que o carro emite
Entre o alcool e a gasolina, a diferença é peque- quando queima o álcool vai ser reabsorvida quando a planta
na: Ambos trabalham no ciclo Otto e as difrenças básicas são cresce
a taxa de compressão e a quantidade de combustivel injeta-
*Em média, custa quase 50% menos que a gasolina
da. A explosão e provocada por faisca da vela. Tem carbura-
dores ou injeção eletrônica para injetar combustível. (O álcool *Produz menor volume de gases poluentes em compara-
é mais barato mas consome mais que a gasolina, que é mais ção com a gasolina
cara)
*Como não tem poder de solvente, prejudica menos a pe-
Já o motor Diesel, trabalha sob o ciclo diesel. Geralmente
lícula de óleo lubrificante no interior dos cilindros
não tem velas e a explosão é por compressão, por isso ne-
cessitam de taxas de compressão bem mais altas,e por isso Desvantagens
costumam ser bem maiores e mais pesados. Tem bicos inje- *Exige ficar atento ao nível do reservatório de partida a
tores para injetar combustíveis. (mais barato que a gasolina e frio.
consome menos)
*Tem maior poder corrosivo que a gasolina
Ciclo Otto O ciclo Otto divide-se em fases distintas, que
são denominadas tempos, e será descrito a seguir: quando a *Pelo menor poder calorífico que a gasolina, gera um con-
mistura chega ao cilindro, o êmbolo desce (1º tempo: admis- sumo maior
são); em seguida fecha-se a válvula de admissão e o êmbolo Sistemas
sobe e comprime a mistura (2º tempo: compressão). Nesse Existem dois sistemas de pré-vaporização do etanol com-
momento uma vela produz uma faísca provocando a ignição, bustível:
e a pressão dos gases aumenta ainda mais, deslocando o
êmbolo para baixo (3º tempo: combustão ou explosão). Vaporização pelo aproveitamento do calor gerado pelo es-
Quando o êmbolo chega ao ponto inferior, abre-se a válvula capamento do veículo desenvolvido pelo professor, cientista e
de escapamento; o êmbolo sobe e os gases resultantes da um dos pioneiros do pró-álcool Romeu Corsini.
queima são expulsos do interior do cilindro (4º tempo: expan- Vaporização pelo uso do calor produzido pelo sistema de
são), iniciando-se em seguida um novo ciclo. Observamos, arrefecimento desenvolvido pelos engenheiros Arthur Car-
portanto, que o ciclo Otto completa-se em quatro tempos los Zanetti e Marcos Serra Negra Camerini.
conforme mostra a figura.
Existe a possibilidade de aproveitar a elevada temperatu-
ra do óleo lubrificante, dando maior pressão ao vapor de ál-
cool, o que é vantajoso.
Quando se diz que a taxa de compressão de um motor é Um vizinho seu, entretanto, lembra-se de inventar um ou-
de nove (9) partes para uma (1), quer dizer que o pistão com- tro sistema de rega.
prime a mistura (sistema gasolina) ou o ar (sistema diesel) Coloca um bidão grande a 3 ou 4 metros do chão e liga-o,
num pequeno espaço que corresponde a 1/9 avos do espa- por um tubo apenas, à rede pública de água. Em seguida,
ço/volume disponível no cilindro. abre 4 furos paralelos no bidão e adapta neles as 4 manguei-
Imagine que dá um valente murro numa lata de refrigeran- ras de saída para regar.
te e ela fica encolhida até metade da sua altura inicial. Neste Pergunta: quem rega com mais pressão ?
caso, a "taxa de compressão" seria de 2 partes para 1.
Claro que o seu vizinho, não é verdade ?
Ora, se reparar em alguns catálogos de automóvel, con-
clui facilmente que a taxa de compressão da generalidade
dos motores diesel tem o dobro (20 a 22:1) da taxa de com-
pressão dos motores gasolina (8 a 10:1). Isto porque é ne-
cessário que haja uma grande compressão do ar para que ele
aqueça o suficiente e "incendeie" o gasóleo.
Como consequência, os motores Diesel têm de ser mais
robustos e pesados. Adicionalmente, o motor diesel tem reac-
ções mais lentas na condução pelo facto do seu tipo de com-
bustão ser gradual, ao invés de uma violenta e provocada
explosão (vela) como acontece nos motores gasolina.
Devido a estas características, o motor diesel sempre foi
mais lento, barulhento, etc... e era aplicado em veículos de
trabalho (baixo consumo e extraordinária longevidade) ou
para fins industriais. O baixo consumo dos motores diesel tem
dois aspectos: o preço inferior do gasóleo, mas também o
facto de 1Lt de gasóleo fazer sempre mais kilómetros do que
a sua "colega" gasolina.
No entanto, há muito poucos anos, esta imagem do diesel
começou a alterar-se. Hoje em dia, para quem viaja de auto-
móvel com frequência, torna-se muito mais interessante um
veículo diesel em detrimento de um a gasolina. Ora, o sistema Common-Rail é quase o resultado do
Será porque o gasóleo evoluiu muito ? Claro que não! exemplo anterior. A bomba de combustível (existente no de-
pósito de combustível) envia o gasóleo para a bomba de
Como os motores diesel eram lentos, rapidamente os gasóleo de alta pressão (até aqui, nada de novo, porque o
construtores perceberam que uma forma simples de lhes dar sistema diesel antigo já era assim).
"mais alma" seria a adopção de Turbo-Compressores.
A bomba de gasóleo de alta pressão envia (empurra) o
E assim, desde aí, que tudo se transformou em termos de gasóleo para um cilindro fino (espécie de mangueira metáli-
imagem e volume de vendas das motorizações diesel.
• a câmara de combustão está quente o suficiente para Como a maioria dos carros é arrefecida a líquido, neste ar-
vaporizar completamente o combustível, permitin- tigo daremos atenção a esse sistema.
do melhor combustão e reduzindo as emissões; Tubulação
• o óleo usado para lubrificar o motor fica menos viscoso Há muitos tubos, mas não só isso, no sistema de arrefe-
(mais fino), por isso as partes do motor se movem mais li- cimento de um carro. Vamos começar pela bomba d'água,
vremente e ele desperdiça menos força movendo seus nesta página, e seguir por todo o sistema nas próximas se-
próprios componentes; ções.
• as partes de metal se desgastam menos. A bomba d'água manda para o bloco do motor o fluido,
que passa ao redor dos cilindros e depois pelo cabeçote do
Há dois tipos de sistemas de arrefecimento encontrados motor, por passagens existentes para esse fim. Há uma vál-
em carros: arrefecimento a líquido e arrefecimento a ar. vula termostática (sensível à temperatura) no ponto de saída
Arrefecimento a líquido do fluido. Se a válvula termostática está fechada, o sistema
de mangueiras ao redor dela manda o fluido diretamente de
O sistema de arrefecimento a líquido faz circular um fluido volta à bomba d'água, para circular pelo bloco e cabeçote
por mangueiras e partes do motor. Ao passar pelo motor apenas; se aberta, o fluido passa pelo radiador primeiro e
quente o líquido absorve calor, resfriando o motor. Depois que então volta para a bomba d'água.
o fluido deixa o motor ele passa por um trocador de calor, ou
radiador, que transfere o calor do fluido para o ar que pas- Há também um circuito separado para o sistema de aque-
sa pelo radiador. cimento (popularmente chamado de ar quente). Esse circuito
pega o fluido do cabeçote e o faz passar pelo núcleo do
Arrefecimento a ar aquecedor antes de voltar à bomba d'água.
Em carros com câmbio automático também há um circuito muito baixo, um ponto de ebulição muito alto e deve ter a
separado, dentro do radiador, para resfriar o fluido do câmbio. capacidade de armazenar muito calor.
O óleo do câmbio é bombeado para um segundo trocador de
calor dentro do radiador. A água é um dos fluidos mais eficazes na conservação de
calor, mas ela congela numa temperatura muito alta para ser
Fluido usada em motores de automóveis. O fluido que a maioria dos
carros usa é uma mistura de água e etileno-glicol (C2H6O2),
Os carros rodam em regiões muito diversas – em alguns também conhecido como aditivo de radiador ou anticongelan-
lugares a temperatura pode ficar abaixo de 0; em outros, te. Adicionando-se etileno-glicol à água, os pontos de ebuli-
muito acima de 40º C. Por isso, qualquer fluido usado no ção e de congelamento melhoram significativamente.
arrefecimento do motor precisa ter um ponto de congelamento
Apesar do sistema de vedação dos pistões, quando estes Não é fácil a produção da faísca entre os eletrodos de
não estão devidamente ajustados, estão gastos ou quebra- uma vela. Quanto maior for o intervalo entre os eletrodos,
dos, ou ainda em regimes extremos de funcionamento, parte maior deverá ser a voltagem.
dos gases escapa entre as paredes de cilindros e pistões, A corrente que chega às velas deve ser de alta tensão
aumentando a pressão do sistema. Para resolver este pro- (pelo menos 14000 volts). Porém, para compensar as quedas
blema, existe um sistema de emissão do cárter ou de respiro, de tensão no sistema, poderá ser necessário elevar esse
que consiste de uma mangueira que liga o sistema ao carbu- número para 30.000 volts. Como a energia fornecida pela
rador ou filtro de ar e retornando ao motor para queima. Esta bateria de um automóvel é normalmente de 12 volts, a bobina
mangueira conduz os gases liberados por uma válvula de terá de elevar em milhares de vezes esta tensão. Uma vez
uma via, que se abre toda vez que a pressão dos gases do obtida a alta tensão, esta deverá ser fornecida a cada vela no
motor aumenta demais. preciso momento do ciclo de 4 tempos.
Pressão do óleo muito baixa Indica que pode haver vaza- O distribuidor, como o seu nome indica, distribui a eletrici-
mento de óleo, problemas com a bomba ou insuficiência de dade a cada um dos cilindros segundo a sua ordem de infla-
óleo. Qualquer que seja a razão, pare o carro imediatamente mação. Os platinados contribuem, juntamente com a bobina,
e chame um mecânico. Prosseguir rodando nestas condições, para a obtenção da alta voltagem necessária. Fonte fazerfa-
pode acarretar danos sérioso por lubrificação inadequada ou cil.com.br/carros/sistema_eletrico_introducao
inexistente de diversas partes do motor!
Pressão do óleo muito alta Indica que o filtro de óleo pode
estar demasiadamente sujo ou até mesmo entupido, a válvula 2.1.11 Sistema de ignição (convencional e eletrônica).
de alívio pode ter problemas ou alguma galeria entupida.
Apesar ser um pouco menos grave, da mesma forma provi-
dencie reparo urgente, pois se for caso de entupimento de Como funciona o Sistema de Ignição
galerias, os riscos serão tão graves como na situação anteri- Para que a mistura de combustível+ar se queime no inte-
or. Fonte: www.envenenado.com.br. rior do cilindro do motor, produzindo assim a força mecânica
que o movimenta, é preciso um ponto de partida. Este ponto
de partida é uma faísca que inflama a mistura, e que é produ-
Conforme podemos ver, sua adaptação aos veículos que A eliminação do platinado possibilita um desempenho ain-
possuem ignição tradicional é bastante simples. Apenas em da melhor do motor, além de maior confiabilidade para o sis-
alguns casos, em que existe resistência limitadora em série tema de ignição. Todo o sistema começa a partir de um mó-
com a bobina, é que temos um pouco mais de trabalho com dulo de comando, que é ligado à bobina e ao distribuidor. Não
sua eliminação. é preciso observar que a principal vantagem deste sistema
está na ausência total de contatos mecânicos, que podem
b) Ignição por descarga capacitativa: acumular sujeiras ou falhar.
Este é sem dúvida, o sistema mais moderno e mais utili- Ordem de Ignição
zado nos veículos, inclusive de linha, tanto pelo seu ótimo
desempenho como pela sua confiabilidade. O sistema de É a seqüência de combustão nos vários cilindros do mo-
ignição por descarga capacitativa tem um circuito básico. tor.
Numa primeira etapa temos um circuito inversor, em que Usualmente encontra-se a ordem 1342 para os motores
dois transistores oscilam em contrafase de modo a elevar a de quatro cilindros, pois o virabrequim tende a está em uma
bobina de 12V para aproximadamente 600v. Conforme vimos, posição mais adequada para receber o impacto daquele cilin-
Sistemas Modernos
O uso de dispositivos eletrônicos permite uma melhora
considerável no desempenho de um sistema de ignição. Exis-
tem diversos sistemas de ignição "eletrônicos" que são am-
plamente usados, com resultados sempre melhores que os
sistemas tradicionais.
Exemplos: Para que o motor tenha um funcionamento suave, econô-
a) Ignição assistida: mico e não contamine o ambiente, ele necessita receber a
perfeita mistura ar/combustível em todas as faixas de rotação.
Este é o sistema mais simples que faz uso de componen- Um carburador, por melhor que seja e por melhor que esteja
tes eletrônicos melhorando muito o desempenho de qualquer sua regulagem, não consegue alimentar o motor na proporção
veículo. Os transistores funcionam como "chaves eletrônicas", ideal de mistura em qualquer regime de funcionamento. Os
controlando a corrente intensa da bobina a partir de uma sistemas de injeção eletrônica têm essa característica de
corrente de comando muito menor, que circula pelo platinado. permitir que o motor receba somente o volume de combustí-
vel que ele necessita.
Podemos reduzir em até 100 vezes a corrente do platina-
do, o que significa , em princípio, uma durabilidade muito
maior para este elemento já que não existem mais as faíscas
que causam sua deterioração.
Finalmente, o princípio da co-responsabilidade pela vida Direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira
social, que diz respeito à formação de atitudes e ao aprender de dirigir e de se comportar no trânsito, porque ajuda a pre-
a valorizar comportamentos necessários à segurança no servar a vida, a saúde e o meio ambiente. Mas, o que é a
trânsito, à efetivação do direito de mobilidade a todos os cida- direção defensiva?
dãos e a exigir dos governantes ações de melhoria dos espa- É a forma de dirigir, que permite a você reconhecer ante-
ços públicos. cipadamente as situações de perigo e prever o que pode
Comportamentos expressam princípios e valores que a acontecer com você, com seus acompanhantes, com o seu
sociedade constrói e referenda e que cada pessoa toma para veículo e com os outros usuários da via.
si e leva para o trânsito. Os valores, por sua vez, expressam Para isso, você precisa aprender os conceitos da direção
as contradições e conflitos entre os segmentos sociais e defensiva e usar este conhecimento com eficiência. Dirigir
mesmo entre os papéis que cada pessoa desempenha. Ser sempre com atenção, para poder prever o que fazer com
“veloz”, “esperto”, “levar vantagem” ou “ter o automóvel como antecedência e tomar as decisões certas para evitar aciden-
status”, são valores presentes em parte da sociedade. Mas tes.
são insustentáveis do ponto de vista das necessidades da
vida coletiva, da saúde e do direito de todos. É preciso mudar. A primeira coisa a aprender é que acidente não acontece
por acaso, por obra do destino ou por azar. Na grande maioria
Mudar comportamentos para uma vida coletiva com quali- dos acidentes, o fator humano está presente, ou seja, cabe
dade e respeito exige uma tomada de consciência das ques- aos condutores e aos pedestres uma boa dose de responsabi-
tões em jogo no convívio social, portanto na convivência no lidade.
trânsito. É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar
a um trânsito mais humano, harmonioso, mais seguro e mais Toda ocorrência trágica, quando previsível, é evitável.
justo.
Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito
estão relacionados com:
• Os Veículos;
Quanto mais você enxerga o que acontece à sua volta en- Ingerir bebida alcoólica ou usar drogas, além de reduzir a
quanto dirige, maior a possibilidade de evitar situações de concentração, afeta a coordenação motora, muda o compor-
perigo. tamento e diminui o desempenho, limitando a percepção de
situações de perigo e reduzindo a capacidade de ação e rea-
Nos veículos com o retrovisor interno, sente-se na posição ção.
correta e ajuste-o numa posição que dê a você uma visão
ampla do vidro traseiro. Não coloque bagagens ou objetos Outros fatores que reduzem a concentração, apesar de
que impeçam sua visão através do retrovisor interno; muitos não perceberem isso:
A posição correta ao dirigir produz menos desgaste • Usar o telefone celular ao dirigir, mesmo que seja vivavoz;
físico e aumenta a sua segurança.
• Assistir televisão a bordo ao dirigir;
Os retrovisores externos, esquerdo e direito, devem ser
ajustados de maneira que você, sentado na posição de dire- • Ouvir aparelho de som em volume que não permita ouvir
ção, enxergue o limite traseiro do seu veículo e com isso os sons do seu próprio veículo e dos demais;
reduza a possibilidade de “pontos cegos” ou sem alcance • Transportar animais soltos e desacompanhados no interior
visual. Se não conseguir eliminar esses “pontos cegos”, antes do veículo;
de iniciar uma manobra, movimente a cabeça ou o corpo para
encontrar outros ângulos de visão pelos espelhos externos, • Transportar, no interior do veículo, objetos que possam se
ou através da visão lateral. Fique atento também aos ruídos deslocar durante o percurso.
dos motores dos outros veículos e só faça a manobra se
Nós não conseguimos manter nossa atenção concentrada
estiver seguro de que não vai causar acidentes.
durante o tempo todo enquanto dirigimos. Constantemente
O problema da concentração: telefones, rádios e outros meca- somos levados a pensar em outras coisas, sejam elas impor-
nismos que diminuem sua atenção ao dirigir tantes ou não.
Como tomamos decisões no trânsito? Force a sua concentração no ato de dirigir, acostumando-
se a observar sempre e alternadamente:
Muitas das coisas que fazemos no trânsito são automáti-
cas, feitas sem que pensemos nelas. Depois que aprendemos • As informações no painel do veículo, como velocidade,
a dirigir, não mais pensamos em todas as coisas que temos combustível, sinais luminosos;
que fazer ao volante. Este automatismo acontece após repe-
tirmos muitas vezes os mesmos movimentos ou procedimen- • Os espelhos retrovisores;
tos. • A movimentação de outros veículos à sua frente, à sua
Isso, no entanto, esconde um problema que está na base traseira ou nas laterais;
de muitos acidentes. Em condições normais, nosso cérebro • A movimentação dos pedestres, em especial nas proximi-
leva alguns décimos de segundo para registrar as imagens dades dos cruzamentos;
que enxergamos. Isso significa que, por mais atento que você
esteja ao dirigir um veículo, vão existir, num breve espaço de • A posição de suas mãos no volante.
tempo, situações que você não consegue observar.
O constante aperfeiçoamento
Os veículos em movimento mudam constantemente de
O ato de dirigir apresenta riscos e pode gerar grandes
posição.
conseqüências, tanto físicas, como financeiras. Por isso,
Por exemplo, a 80 quilômetros por hora, um carro per- dirigir exige aperfeiçoamento e atualização constantes, para a
corre 22 metros, em um único segundo. Se acontecer melhoria do desempenho e dos resultados.
uma emergência, entre perceber o problema, tomar a
Você dirige um veículo que exige conhecimento e habili-
decisão de frear, acionar o pedal e o veículo parar total-
dade, passa por lugares diversos e complexos, nem sempre
mente, vão ser necessários, pelo menos, 44 metros.
conhecidos, onde também circulam outros veículos, pessoas
• O condutor de ciclomotor (veículo de duas rodas, motori- Você percebe que à frente tem um declive acentuado: an-
zados, de até 50 cilindradas) deve conduzir este tipo de tes que a descida comece, teste os freios e mantenha o câm-
veículo pela direita da pista de rolamento, preferencial- bio engatado numa marcha reduzida durante a descida.
mente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito Nunca desça com o veículo desengrenado. Porque, em
da pista sempre que não houver acostamento ou faixa caso de necessidade, você não vai ter a força do motor para
própria a ele destinada; ajudar a parar ou a reduzir a velocidade e os freios podem
não ser suficientes.
• É proibida a circulação de ciclomotores nas vias de trânsi-
to rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. Não desligue o motor nas descidas. Com ele desligado, os
freios não funcionam adequadamente, e o veículo pode atingir
Motocicletas são como os demais veículos: devem respei-
velocidades descontroladas. Além disso, a direção poderá
tar os limites de velocidade, manter distância segura, ultra-
travar, se você desligar o motor.
passar apenas pela esquerda e não circular entre veículos.
Ultrapassagem
VIA DE TRÂNSITO
Onde há sinalização proibindo a ultrapassagem, não ultra-
Via pública é a superfície por onde transitam veículos,
passe. A sinalização é a representação da lei e foi implantada
pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o
por pessoal técnico que já calculou que naquele trecho não é
possível a ultrapassagem, porque há perigo de acidente.
• Numa rotatória, a preferência de passagem é do veículo Quando o veículo estiver sobre poças de água, não é re-
que já estiver circulando na mesma; comendável a utilização dos freios. Segure a direção com
força para manter o controle de seu veículo.
• Havendo sinalização por semáforo, o condutor deverá
fazer a passagem com a luz verde. Sob a luz amarela vo- O estado de conservação dos pneus e a profundidade de
cê deverá reduzir a marcha e parar. Com a luz amarela, seus sulcos são igualmente importantes para evitar a perda
você só deverá fazer a travessia se já tiver entrado no de aderência.
cruzamento ou se esta condição for a mais segura para Piso molhado reduz a aderência dos pneus. Velocidade
impedir que o veículo que vem atrás colida com o seu. reduzida e pneus em bom estado evitam acidentes.
Nos cruzamentos com semáforos, você deve observar Neblina ou cerração
apenas o foco de luz que controla o tráfego da via em que
você está e aguardar o sinal verde antes de movimentar seu Sob neblina ou cerração, você deve imediatamente acen-
veículo, mesmo que outros veículos, ao seu lado, se movi- der a luz baixa do farol (e o farol de neblina se tiver), aumen-
mentem. tar a distância do veículo à sua frente e reduzir a sua veloci-
dade, até sentir mais segurança e conforto. Não use o farol
Cruzamentos são áreas de risco no trânsito. Reduza a ve- alto porque ele reflete a luz nas partículas de água, e reduz
locidade e respeite a sinalização. ainda mais a visibilidade.
Algumas condições climáticas e naturais afetam as condi- Lembre-se que nestas condições o pavimento fica úmido e
ções de segurança do trânsito. Sob estas condições, você escorregadio, reduzindo a aderência dos pneus.
deverá adotar atitudes que garantam a sua segurança e a dos
demais usuários da via Caso sinta muita dificuldade em continuar trafegando, pa-
re em local seguro, como um posto de abastecimento. Em
Chuva virtude da pouca visibilidade, na neblina, geralmente não é
A chuva reduz a visibilidade de todos, deixa a pista mo- seguro parar no acostamento. Use o acostamento somente
lhada e escorregadia e pode criar poças de água se o piso da em caso extremo e de emergência e utilize, nestes casos, o
pista for irregular, não tiver inclinação favorável ao escoamen- pisca-alerta.
to de água, ou se estiver com buracos. Sob neblina, reduza a velocidade e use a luz baixa do
É bom ficar alerta desde o início da chuva, quando a pista, farol.
geralmente, fica mais escorregadia, devido à presença de Vento
óleo, areia ou impurezas.
Ventos muito fortes, ao atingir seu veículo em movimento,
E, tomar ainda mais cuidado, no caso de chuvas intensas, podem deslocá-lo ocasionando a perda de estabilidade e o
quando a visibilidade é ainda mais reduzida e a pista é reco- descontrole, que podem ser causa de colisões com outros
berta por uma lâmina de água podendo aparecer muito mais veículos ou mesmo capotamentos.
poças.
Há trechos de rodovias onde são freqüentes os ventos for-
Nesta situação, redobre sua atenção, acione a luz baixa tes. Acostume-se a observar o movimento da vegetação às
do farol, aumente a distância do veículo à sua frente e reduza margens da via. É uma boa orientação para identificar a força
a velocidade até sentir conforto e segurança. Evite pisar no do vento. Em alguns casos, estes trechos encontram- se
freio de maneira brusca, para não travar as rodas e não deixar sinalizados. Notando movimentos fortes da vegetação ou
o veículo derrapar, pela perda de aderência. Se o seu veículo vendo a sinalização correspondente, reduza a velocidade
tem freios ABS (que não deixa travar as rodas), aplique a para não ser surpreendido e para manter a estabilidade.
força no pedal mantendo-o pressionado até o seu controle
total. Os ventos também podem ser gerados pelo deslocamento
de ar de outros veículos maiores em velocidade, no mesmo
No caso de chuvas de granizo (chuva de pedra), o melhor sentido ou no sentido contrário de tráfego ou até mesmo na
a fazer é parar o veículo em local seguro e aguardar o seu saída de túneis. A velocidade deverá ser reduzida, adequan-
fim. Ela não dura muito nestas circunstâncias. do-se a marcha do motor para diminuir a probabilidade de
desestabilização do veículo.
Quando ficamos de frente a um farol alto ou um farol des- Ao dirigir um veículo de maior porte, tome todo o cuidado
regulado, perdemos momentaneamente a visão (ofuscamen- e seja responsável pela segurança dos veículos menores,
to). pelos não motorizados e pela segurança dos pedestres.
Nesta situação, procure desviar sua visão para uma refe- Reduza a velocidade quando for ultrapassar um veículo de
rência na faixa à direita da pista. transporte coletivo (ônibus) que esteja parado efetuando o
embarque ou desembarque de passageiros
Quando a luz do farol do veículo que vem atrás refletir no
retrovisor interno, ajuste-o para desviar o facho de luz. A OUTRAS REGRAS GERAIS E IMPORTANTES
maioria dos veículos tem este dispositivo. Verifique o manual Veículos de maior porte são responsáveis pela segurança
do proprietário. dos veículos menores.
Recomenda-se o uso da luz baixa do veículo, mesmo du- Aguarde uma oportunidade segura e permitida pela sinali-
rante o dia, nas rodovias. No caso das motocicletas, ciclomo- zação para fazer uma ultrapassagem, quando estiver dirigindo
tores e do transporte coletivo de passageiros, estes últimos em vias com duplo sentido de direção e pista única, nos tre-
quando trafegarem em faixa própria, o uso da luz baixa do chos em curvas e em aclives. Não ultrapasse veículos em
farol é obrigatória. pontes, viadutos e nas travessias de pedestres, exceto se
• Penumbra (ausência de luz) houver sinalização que permita.
A penumbra (lusco-fusco), é uma ocorrência freqüente na Numa rodovia, para fazer uma conversão à esquerda ou
passagem do final da tarde para o início da noite ou do final um retorno, aguarde uma oportunidade segura no acostamen-
da madrugada para o nascer do dia ou ainda, quando o céu to. Nas rodovias sem acostamento, siga a sinalização indicati-
está nublado ou se chove com intensidade. va de permissão.
Mantenha faróis regulados e utilize-os de forma correta. Não freie bruscamente o seu veículo, exceto por razões
de segurança.
Torne o trânsito seguro em qualquer lugar ou circuns-
tância. Não pare seu veículo nos cruzamentos, bloqueando a
passagem de outros veículos. Nem mesmo se você estiver na
Sob estas condições, tão importante quanto ver, é tam- via preferencial e com o semáforo verde para você.
bém ser visto. Ao menor sinal de iluminação precária acenda
o farol baixo. Aguarde , antes do cruzamento, o trânsito fluir e vagar um
espaço no trecho de via à frente.
• Inclinação da Luz Solar
OUTRAS REGRAS GERAIS E IMPORTANTES
No início da manhã ou no final da tarde, a luz do sol “bate
na cara”. O sol, devido à sua inclinação, pode causar ofusca- Use a sinalização de advertência (triângulo de segurança)
mento, reduzindo sua visão. Nem é preciso dizer que isso e o pisca-alerta quando precisar parar temporariamente o
representa perigo de acidentes. Procure programar sua via- veículo na pista de rolamento.
gem para evitar estas condições. Em locais onde o estacionamento é proibido, você deverá
O ofuscamento pode acontecer também pelo reflexo do parar apenas durante o tempo suficiente para o embarque ou
sol em alguns objetos polidos, como garrafas, latas ou pára- desembarque de passageiros. Isso, desde que a parada não
brisas. venha a interromper o fluxo de veículos ou a locomoção de
pedestres.
3. Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é • Troque de marcha na rotação correta do motor;
contar seis palavras em seqüência “cinqüenta e um, cin- • Evite reduções constantes de marcha, acelerações brus-
qüenta e dois”. cas e freadas excessivas;
4. A distância entre o seu veículo e o que vai à frente vai ser • Desligue o motor numa parada prolongada;
segura se o seu veículo passar pelo ponto fixo após a con-
tagem de dois segundos. • Não acelere quando o veículo estiver em ponto morto ou
parado no trânsito;
5. Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova conta-
gem. Repita até estabelecer a distância segura. • Mantenha o escapamento e o silencioso em boas condi-
ções;
Para veículos com mais de 6 metros de comprimento ou
sob chuva, aumente o tempo de contagem: “cinqüenta e um, • Faça a manutenção periódica do equipamento destinado a
cinqüenta e dois, cinqüenta e três”. reduzir os poluentes – catalizador (nos veículos em que é
Evite colisões, mantendo distância segura. previsto).
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL
Você e o meio ambiente
Preservar o meio ambiente é um dever de toda a socieda-
de. A sujeira jogada na via pública ou nas margens das rodo-
vias estimula a proliferação de insetos e de roedores, o que
Poluição veicular e poluição sonora favorece a transmissão de doenças contagiosas. Outros ma-
A poluição do ar nas cidades é hoje uma das mais graves teriais jogados no meio ambiente, como latas e garrafas plás-
ameaças à nossa qualidade de vida. Os principais causadores ticas levam muito tempo para serem absorvidos pela nature-
da poluição do ar são os veículos automotores. Os gases que za. Custa muito caro para a sociedade manter limpos os es-
saem do escapamento contêm monóxido de carbono, óxidos paços públicos e recuperar a natureza afetada. Por isso:
de nitrogênio, hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e material • Mantenha sempre sacos de lixo dentro do veículo. Não
particulado (fumaça preta). jogue lixo na via, nos terrenos baldios ou na vegetação à
A quantidade desses gases depende do tipo e da qualida- margem das rodovias;
de do combustível e do tipo e da regulagem do motor. Quanto • Entulhos devem ser transportados para locais próprios.
melhor é a queima do combustível, ou melhor dizendo, quanto Não jogue entulho nas vias e suas margens;
melhor regulado estiver seu veículo, menor será a poluição.
No trânsito, muitas pessoas morrem ou sofrem danos ir- 2. Médico ou outro profissional de saúde presente no
reversíveis por não receberem os devidos cuidados a tempo local – pode-se, a princípio, estranhar que o socorrista
ou por serem atendidas de forma incorreta. venha antes do médico. Ocorre que nem todos os profis-
sionais de saúde estão devidamente treinados para pres-
Para que se possa realmente ajudar às vítimas de aciden- tar atendimento pré-hospitalar, seja em suporte básico ou
tes, é preciso saber prestar socorro de forma correta e efi- avançado de vida.
caz. Para isso, precisa-se dominar técnicas de Primeiros
Socorros. 3. Pessoas leigas, mas que conheçam noções de Primei-
ros Socorros ou Suporte Básico de Vida – as noções de pri-
Primeiros Socorros são os procedimentos efetuados a meiros socorros são conhecimentos úteis a toda e qual-
uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua própria quer pessoa, e podem fazer toda diferença em uma situa-
vida.
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ção de emergência, para manter a vítima viva enquanto • Enquanto aguarda o socorro, ou nos casos em que não
aguarda por socorro especializado. seja possível contatar uma equipe de resgate, deve-se
Exemplos: proceder à prestação dos primeiros socorros.
1. uma pessoa idosa escorrega no banheiro e, ao cair de • Comece sinalizando o local do acidente, para evitar o
costas, pára de respirar. Obviamente, não haverá tempo agravamento da situação e de modo a dar segurança a
sequer para acionar socorro especializado. O que fazer? quem presta o socorro.
O que não fazer?
• Acione o pisca-alerta dos veículos próximos ao local.
2. uma turma de colegiais adolescentes está fazendo um
passeio em uma trilha da Serra do Mar, fora do alcance do • Defina a melhor colocação do triângulo.
celular. Um dos jovens cai e quebra o braço. O que fazer? • Erga a tampa do capuz e porta-malas dos veículos próxi-
O que não fazer? mos do local.
Você pode estar se perguntando o que esses dois exem-
• Espalhe alguns arbustos ou folhas de árvores no leito da
plos têm a ver com acidentes de trânsito. Estamos muito
via.
habituados a relacionar trânsito com veículos. No entanto, nos
dois exemplos, apesar de estarem caminhando a pé, as pes- Respiração Artificial
soas estavam sem dúvida, transitando.
Pessoas leigas, mas que não tenham noções de Pri-
meiros Socorros – temos que ter em mente que o leigo, ao Chama-se respiração artificial ao processo mecânico
presenciar um acidente ou pessoas em sofrimento, provavel- empregado para restabelecer a respiração que deve ser
mente obedecerá seu instinto natural de solidariedade e tenta- ministrado imediatamente, em todos os casos de asfixia,
rá ajudar. Por não possuir os conhecimentos necessários, mesmo quando houver parada cardíaca. Os casos de asfixia
poderá prejudicar a vítima, mas naquela hora, naquele local, começam com uma parada respiratória e podem evoluir para
provavelmente não haverá ninguém para avisá-lo disso. Este uma parada cardíaca. Garantindo-se a oxigenação pulmonar,
é mais um motivo para disseminar os conhecimentos de Pri- há grande probabilidade de reativação do coração e da
meiros Socorros. respiração.
A Situação de emergência justifica as limitações A respiração artificial só obterá êxito se o paciente for
atendido o mais cedo possível. Não se deve esperar
Outro conceito que poucas pessoas sabem é que a situa- condução para levá-lo a um centro médico ou esperar que o
ção de emergência justifica o atendimento ou a ajuda, mesmo médico chegue. Se o paciente for atendido nos primeiros 2
que essa seja dada de forma limitada, quer seja pelo nível de minutos, a probabilidade de salvamento será de 90%.
conhecimento de quem está ajudando, como também pela portanto, o atendimento deve ser feito de imediato, no próprio
precariedade das condições locais. local do acidente e por qualquer pessoa presente.
Quem sabe o que fazer não perde tempo e poupa segun- Respiração Artificial Boca-a-Boca
dos preciosos, que salvam vidas.
Como o nome indica, trata-se de uma técnica simples em
http://www.portaldotransito.com.br/seguranca/texto13.asp que o socorrista procura apenas encher os pulmões do aci-
dentado, soprando fortemente em sua boca.
PRIMEIROS SOCORROS
Para garantir a livre entrada de ar nas vias respiratórias a
Os primeiros minutos depois de um acidente de trânsito
cabeça do acidentado tem que estar na Posição adequada.
podem ser determinantes no destino das vítimas. E preciso
Importante: o pescoço deve ser erguido e flexionado para
agir rápido, prestando de imediato os primeiros socorros aos
trás.
acidentados. Por outro lado, um atendimento de emergência
mal feito pode comprometer ainda mais a saúde das vítimas. Em seguida, com ajuda dos polegares, deve-se abrir a bo-
ca do socorrido. Feito isso, inicie o contato boca-a-boca, des-
Sempre que possível, deve-se deixar que o socorro seja
crito a seguir:
prestado por uma equipe especializada. Nas principais cida-
des brasileiras, um serviço ágil vem sendo prestado pela - Mantendo a cabeça da vítima para trás, aperte as narinas
Emergência do Corpo de Bombeiros, que atende através do para evitar que o ar escape.
telefone número 193. Em alguns casos, a equipe chega ao
local do acidente em 3 minutos. E composta por socorristas e - Coloque a boca aberta sobre a boca do paciente, e sopre
paramédicos bem preparados. O equipamento inclui ambu- com forca até notar a expansão do peito a vítima.
lâncias de UTI móvel e até helicópteros em alguns casos. - Afaste a boca para permitir a expulsão do ar e o esvazia-
Portanto, ao presenciar um acidente tome as seguin- mento dos pulmões do acidentado.
tes providências: - Repita a manobra quantas vezes for necessário, procu-
rando manter um ritmo de 12 respirações por minuto.
• Ligue para 193 de qualquer telefone, aparelho celular ou
orelhão (não é preciso ficha). - Em casos de asfixia por gases ou outros tóxicos, não é
aconselhável usar o método boca-a-boca, pelo perigo de
• Informe com precisão o local do acidente e os veículos envenenamento do próprio socorrista.
envolvidos. Informe sobre as condições de trânsito no lo-
cal. - Em casos de ferimento nos lábios, pratique o método
boca-a-nariz. Esse método é quase igual ao boca-a-boca,
• Tranqüilize as vítimas que estiverem conscientes infor- com a diferença de exigir o cuidado de fechar a boca do
mando que o socorro já está a caminho. acidentado enquanto se sopra por suas narinas.
• Preste os primeiros socorros que estiverem ao seu alcan- Hemorragia
ce até a chegada da equipe de resgate.
Hemorragia é a perda de sangue por rompimento de um
vaso que tanto pode ser uma veia quanto uma artéria. Qual-
quer hemorragia deve ser controlada imediatamente. Hemor-
Para estancar a hemorragia: • Fratura Fechada: quando o osso quebrado não aparece
na superfície.
- Aplique uma compressa limpa de pano, lenço, toalha ou
gaze sobre o ferimento e pressione com firmeza. • Fratura Aberta: o osso aparece na superfície corporal,
Use uma tira de pano, atadura, gravata ou cinta para man- pelo rompimento da carne e da pele.
ter a compressa firme no lugar; PARADA CARDÍACA
- Se o ferimento for pequeno estanque a hemorragia com o SINTOMAS MAIS COMUNS:
dedo, pressionando-o fortemente sobre o corte;
• Respiração extremamente curta, falta de ar
- Se o ferimento for em uma artéria, ou em um membro,
pressione a artéria acima do ferimento para interromper a • Agitação e expressão de agonia
circulação, de preferência apertando-a contra o osso;
• Dor na parte superior do abdome
- Se o ferimento for no antebraço, flexione o cotovelo da
vítima, e coloque junto à sua articulação um objeto duro • Dor no peito, às vezes estendendo-se pelos braços ou
para interromper a circulação; para o pescoço e a cabeça
- Quando o ferimento for nos membros inferiores, pressione • Suores, palidez e enjôo
a virilha ou a face interna das coxas, no trajeto da artéria • É possível que o paciente tussa, provocando a saída de
femural. Flexione o joelho da vítima antes colocando um um líquido espumante e rosado pela boca
objeto duro no ponto de flexão.
PROVIDÊNCIAS:
- Em caso de hemorragia abundante em braços ou pernas,
aplique um torniquete, sobretudo se houve amputação - Procure um profissional de saúde COM URGÊNCIA
parcial pelo acidente.
- Ajude o paciente a tomar a posição que lhe seja mais
O torniquete pode ser improvisado com um pano re- confortável (geralmente é uma posição entre sentado e
sistente, uma borracha ou um cinto. Aja da seguinte ma- deitado)
neira:
- Desaperte-lhe a roupa - cinto, colarinho, gravata etc.
1) Faça um nó e enfie um pedaço de madeira entre as pon-
tas, aplicando outros nós para fixá-lo. - Cubra-o para não sentir frio. Mas não exagere a ponto de
provocar suores
2) Faça uma torção do graveto de madeira até haver pressão
suficiente da atadura para interromper a circulação. - Mantenha o doente calmo
3) Fixe o torniquete com outra atadura e marque o tempo de - Sugira ao paciente respirar profunda e lentamente, exa-
interrupção da circulação. Atenção: não use arame ou fios lando pela boca
finos. - Indague do doente se já teve outros ataques ou está em
4) Deixe o torniquete exposto. Não o cubra. tratamento médico
Marque o tempo de interrupção da circulação. A cada 15 - Veja se o doente traz nos bolsos remédios de urgência
minutos, desaperte o torniquete com cuidado. Se a - Aplique-os, seguindo as instruções que acompanham os
hemorragia parar, deixa-se o torniquete no lugar, porem mesmos, desde que a vítima esteja consciente
frouxo, de forma que possa ser apertado no caso de o sangue
voltar. NÃO TENTE LEVANTAR OU CARREGAR A VÍTIMA SEM
AUXÍLIO DE OUTRAS PESSOAS OU SUPERVISÃO MÉDI-
Se o paciente tiver sede, deve-se dar-lhe de beber, exceto CA.
se houver lesão no ventre ou se estiver inconsciente. Se as
extremidades dos dedos da vítima começarem a ficar roxea- NÃO DÊ NADA DE BEBER AO PACIENTE SEM O CON-
das e frias , afrouxe um Pouco o torniquete. Mas apenas pelo SENTIMENTO MÉDICO.
tempo suficiente para restabelecer um pouco o fluxo sanguí- NÃO ENCONTRANDO UM PROFISSIONAL DE SAÚDE,
neo. Depois volte a apertar o torniquete. LEVE O DOENTE URGENTEMENTE AO HOSPITAL MAIS
Hemorragia Nasal PRÓXIMO TRANSPORTANDO-O COM OS DEVIDOS CUI-
DADOS.
Em acidentes de trânsito é comum que a cabeça do con-
dutor ou de um passageiro se choque contra o painel ou outro
obstáculo, sobretudo quando não se usa o cinto de seguran-
ça. 4 Noções de meio ambiente.
O resultado, frequentemente, é a hemorragia nasal. Se o Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social
sangue começa a jorrar pelo nariz, é preciso fazer alguma (Fonte: Denatran - Ministério das Cidades, maio de 2005)
coisa.
Poluição veicular e poluição sonora
Tome os seguintes cuidados:
A poluição do ar nas cidades é hoje uma das mais graves
Ponha o paciente sentado, com a cabeça voltada para trás ameaças à nossa qualidade de vida. Os principais causadores
e aperte-lhe as narinas durante uns 4 ou 5 minutos da poluição do ar são os veículos automotores. Os gases que
Se a hemorragia persistir, coloque um tampão com gaze saem do escapamento contêm monóxido de carbono, óxidos
ou algodão dentro das narinas. Além disso aplique um ano de nitrogênio, hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e material
umedecido sobre o nariz particulado (fumaça preta).
• Faça a manutenção periódica do equipamento destinado 02. Julgue as proposições seguintes, marcando V, se Correta
a reduzir os poluentes – catalisador (nos veículos em que é e F, se incorreta:
previsto). ( ) No que trata da delimitação do comprimento da vaga
Você e o meio ambiente balizada para o Exame Prático de Direção Veicular, em
veículo de quatro ou mais rodas, se o veículo em que for
A sujeira jogada na via pública ou nas margens das rodovi- realizado o Exame tem comprimento L, a distância entre
as estimula a proliferação de insetos e de roedores, o que as duas balizas deve ser L + 40% (quarenta por cento) de
favorece a transmissão de doenças contagiosas. Outros mate- L.
riais jogados no meio ambiente, como latas e garrafas plásti- ( ) O candidato à obtenção da Autorização da Carteira Naci-
cas levam muito tempo para serem absorvidos pela natureza. onal de Habilitação – CNH deverá obrigatoriamente pos-
Custa muito caro para a sociedade manter limpos os espaços suir Cadastro de Pessoa Física – CPF.
públicos e recuperar a natureza afetada. Por isso: ( ) O candidato à adição ou à mudança de categoria na sua
• Mantenha sempre sacos de lixo dentro do veículo. Não CNH, somente poderá prestar exame de Prática de Dire-
jogue lixo na via, nos terrenos baldios ou na vegetação à mar- ção Veicular depois de cumprida carga horária de 15
gem das rodovias; (quinzE) horasaula de práticas, em veículo da categoria
na qual esteja sendo adicionada ou da categoria para a
• Entulhos devem ser transportados para locais próprios. qual esteja mudando.
Não jogue entulho nas vias e suas margens; ( ) O tempo máximo permitido para colocação de veículos
• Em caso de acidente com transporte de produtos perigo- em espaço delimitado por balizas, para as quatro tentati-
sos (químicos, inflamáveis, tóxicos), procure isolar a área e vas, será de 3 (três) a 6 (seis) minutos para categoria “C”
impedir que eles atinjam rios, mananciais e a flora; e “D”.
05. Considerando o que dispõe o §7º do ART. 257 que rege 10. De acordo com o anexo I da Resolução 168/04 do Con-
o trânsito no Brasil; não sendo imediata a identificação selho Nacional de Trânsito, para conduzir veículos auto-
do infrator, conforme dispõe Resolução do CONTRAN, o motores e elétricos utilizados em transporte de carga, cu-
proprietário do veículo terá o prazo máximo de quantos jo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilo-
dias, após a notificação da situação, para não ser consi- gramas [tratores, máquinas agrícolas e de movimentação
derado responsável pela infração? de cargas, motor–casa, combinação de veículos em que
A) 20 dias a unidade acoplada, reboque, semi-reboque ou articula-
B) 10 dias da, não exceda a 6 000 kg de PBT], um motorista deverá
C) 30 dias estar habilitado, no mínimo, na categoria
D) 15 dias A) “A”.
E) 05 dias B) “B”.
C) “C”.
06. Julgue as seguintes proposições, referentes ao que D) “D”.
estabelece o CTB. E) “E”.
I. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem usar
capacete de segurança com viseira ou óculos de prote- 11. Se transitar com o veículo em calçadas, passeios, passa-
ção e vestuário de acordo com as normas e especifica- relas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamen-
ções aprovadas pelo CONTRAN, implica infração gravís- tos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
sima; acostamentos, marcas de canalização, gramados e jar-
II. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor transportan- dins públicos, um motorista comete uma infração gravís-
do passageiro sem o capacete de segurança implica a sima e poderá ter como penalidade multa (três vezes) no
penalidade de multa e suspensão do direito de dirigir. valor de R$ 574,62. Sendo assim, a anotação em seu
III. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor com os prontuário indicará:
faróis apagados implica em infração grave. A) 1 ponto.
IV. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor transportan- B) 2 pontos.
do carga incompatível com suas especificações implica C) 5 pontos.
infração média, cuja penalidade é multa. D) 7 pontos.
Assinale: E) 21 pontos.
A) se apenas as proposições I e II são corretas.
A) levíssima.
B) leve.
C) média.
D) grave.
E) gravíssima.
16. A figura mostra um comando de válvulas instalado na 22. As infrações de Trânsito definem-se em:
maioria dos veículos automotores. Caso uma das válvu- A) Gravíssima, média, leve e levíssima.
las venha a trabalhar irregularmente, com folga, o moto- B) Gravíssima, média, mediana e leve.
rista poderá perceber que C) Gravíssima, grave, média e leve.
D) Grave, média, leve e suave.
E) Gravíssima, mediana, leve e levíssima.
27. Rodovia é uma via rural quando: 34. Em que situação, o condutor NÃO poderá ultrapassar
A) Não pavimentada. veículos?
B) Pavimentada. A) Em vias de sentido único.
C) Não totalmente pavimentada. B) Nos trechos em curvas.
D) Pavimentada com cascalho. C) Nas pontes, nos viadutos e nas travessias de pedestres,
E) Todas as alternativas estão corretas, pois uma rodovia exceto quando houver sinalização, permitindo a passa-
pode ser pavimentada ou não. gem.
28. O candidato a condutor de veículo motorizado para o D) Em aclives.
transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lu- E) Em local de embarque ou de desembarque de passagei-
gares, excluído o motorista, deverá habilitar-se ros.
A) na categoria A.
B) na categoria E. 35. Assinale a alternativa CORRETA.
C) na categoria D. A) Nas vias não iluminadas, o condutor deve usar luz alta,
D) na categoria B. exceto, ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo.
E) na categoria C. B) O condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizan-
do luz alta durante a noite e durante o dia, nos túneis
29. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita para providos de iluminação pública.
aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à es- C) A troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por
querda, onde não houver local apropriado para manobra curto período de tempo, tem como único objetivo a inten-
de retorno, constitui ção de cortar o veículo da frente.
A) Infração leve. D) Durante neblina ou chuva forte, o condutor manterá,
B) Infração média. obrigatoriamente, a luz alta do veículo.
C) Infração grave. E) O condutor utilizará luz alta em situações de imobilização
D) Infração gravíssima. e emergência.
E) Infração gravíssima com apreensão de carteira.
36. Nos termos da Resolução n º 205/2006, do Conselho
30. É considerada uma infração leve: Nacional de Trânsito - CONTRAN, é(são) documentos de
A) transitar com placas irregulares; porte obrigatório do condutor do veículo:
B) usar corda para rebocar veículo; A) apenas a Carteira de Habilitação, original.
C) dirigir falando ao celular ou com fone de ouvido; B) autorização para conduzir ciclomotor - ACC, Permissão
D) dirigir calçando chinelos; para Dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação, CNH, no
E) buzinar em local ou horário não permitido. original e o Certificado de Registro e Licenciamento Anu-
al, no original.
(Prefeitura Municipal De Arcoverde) C) permissão para Dirigir ou Carteira Nacional de Habilita-
ção (cópia autenticada ou original).
31. A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, instituiu o D) o Certificado de Registro e Licenciamento Anual e a
Código Nacional de Trânsito, que rege o trânsito identidade do condutor, desde que autenticados.
A) de todas as vias privadas do território nacional. E) todos os que identifiquem o veículo e o condutor em
B) das vias aéreas, marítimas e terrestres brasileiras. cópias reprográficas.
C) apenas das vias urbanas do território nacional.
D) de qualquer natureza nas vias terrestres do território 37. Na inspeção de Segurança Veicular, um dos equipamen-
nacional. tos obrigatórios a ser inspecionado é(são)
E) de qualquer natureza nas vias públicas de cada cidade. A) pneu para chuva.
B) rádio toca-fitas.
32. Referente ao conceito de Trânsito, assinale a alternativa C) farol de milha.
CORRETA. D) buzina.
E) bancos dianteiros.
52. Em caso de afastamento do local do acidente para fugir à 59. Em relação ao veiculo a frente, existem quatro tipos de
responsabilidade, penal ou civil, pelo acidente cometido, distância:
o condutor será punido: A) De reação, de parada, de aceleração e de frenagem.
A) somente com multa correspondente ao(s) prejuízo(s) B) De seguimento, de reação, de frenagem e de parada.
decorrente(s)do acidente. C) De parada, de aceleração, de percepção e de frenagem.
B) com multa e recolhimento da Carteira Nacional de Habili- D) De reação, de parada, de percepção e de impulso.
tação (CNH). E) De ação, de reação, de frenagem e de parada.
C) com detenção, de seis (6) meses a um (1) ano, ou multa.
D) com detenção de um (1) a dois (2) anos, caso seja preso 60. A aquaplanagem é o resultado da perda de contato dos
em flagrante. pneus com o solo, devido a uma camada de água exis-
tente entre os dois. Pode ocorrer quando houver:
53. O Amperímetro, um dos instrumentos do painel de con- A) Velocidade incompatível e calibragem correta.
trole do veículo, indica: B) Quando os sulcos dos pneus estiverem bons.
A) a rotação por minuto do motor. C) Calibragem incorreta e poça d’água.
B) se a bateria está sendo carregada. D) Quando o motorista passa muito lento sobre a água.
C) a pressão da bomba de óleo. E) Quando o motorista desvia de cascalhos na pista.
D) a temperatura da água de arrefecimento do motor.
61. Com vítimas em acidentes de trânsito o melhor local para
54. A vítima de acidente de trânsito encontra-se no interior do verificar a pulsação é:
veículo com o cinto de segurança ainda preso ao corpo e A) No pescoço
apresentando sinais de dificuldade de respiração. O pro- B) No pulso
cedimento correto para auxílio imediato à vítima é: C) Na nuca
A) soltar (desafivelar), cuidadosamente, o cinto de seguran- D) No coração
ça, sem movimentar o corpo da vítima, enquanto aguarda E) Nos membros superiores e inferiores
assistência especializada.
B) soltar (desafivelar) o cinto de segurança e, cuidadosa- 62. Na avaliação de vítimas de trauma, o socorrista deverá
mente, remover a vítima do interior do veículo, aguardan- observar primeiramente.
do a assistência especializada. A) Verificar se a vitima sofreu alguma fratura.
C) manter o cinto de segurança afivelado, independente dos B) Olhar as pupilas da vitima para ver se está em choque.
sintomas apresentados pela vítima e procurar reabilitá-la C) Olhar o tempo que chega o socorro.
de todas as formas possíveis. D) Verificar as vias aéreas.
D) reclinar o banco ao máximo e fazer compreensão no E) Retira-lá do local de acidente.
abdômen da vítima, sem retirar o cinto de segurança, até
a chegada do socorro especializado. 63. O código de trânsito brasileiro especifica como poluentes
do ar:
A) Carros
ela significa:
A) Sonorizador
B) Lombada à frente
C) Saliência
D) Alfândega A) proibido mudar de faixa de Trânsito.
E) Fim de pista B) fiscalização eletrônica.
C) sentido obrigatório (pré-sinalização).
66. O instrumento do painel que indica a velocidade desen- D) curva acentuada em “S” à direita.
volvida pelo veiculo é:
A) Hodômetro 72. Toda infração é passível de penalização. Algumas infra-
B) Hectômetro ções, além da penalidade, podem ter como conseqüência
C) Velocímetro a aplicação de medidas administrativas cujo objetivo é
D) Barômetro impedir que o condutor continue dirigindo em condições
E) Escape irregulares.
Relacione as colunas identificando com:
67. A finalidade do filtro de combustível é: (1) as medidas administrativas.
A) Reter as impurezas do combustível. (2) as penalidades
B) Reter o excesso de combustível. ( ) retenção do veículo.
C) Filtrar o combustível que derrama pelo motor. ( ) apreensão do veículo.
D) Filtrar o combustível para que não haja explosão. ( ) cassação do documento de habilitação.
E) Reter o combustível em falta. ( ) recolhimento do documento de habilitação.
( ) remoção do veículo.
68. Não é um objetivo básico do Sistema Nacional de Trânsi- ( ) recolhimento do certificado de licenciamento.
to: ( ) multa
A) Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, ( ) advertência por escrito.
com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto. ( ) suspensão do direito de dirigir.
B) Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, ( ) transbordo do excesso de carga.
com vistas à defesa ambiental e à educação para o trân- ( ) freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
sito, e fiscalizar seu cumprimento. A identificação correta se estabelece em:
C) Fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização A) 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 2 – 1 – 1 – 1 – 2 – 1.
de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a B) 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 2 – 1 – 1 – 2.
execução das atividades de trânsito. C) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 1 – 2 – 2 – 2 – 1 – 2.
D) Estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de D) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 1 – 2 – 2 – 1.
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a
fim de facilitar o processo decisório e a integração do Sis- 73. Evite colisões. Mantenha sempre distância segura, pois
tema. isso permite que você tenha tempo de reagir e acionar os
E) Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, freios diante de uma situação de emergência e haja tem-
com vistas contra o meio ambiente e à educação para o po para evitar uma colisão. Para veículos com menos de
trânsito, e não fiscalizar seu cumprimento mediante nor- seis metros de comprimento e em condições normais de
mas e procedimentos. pista e clima, o tempo necessário para se manter essa
distância segura é de, no mínimo:
69. Quando veículos, transitando por fluxos que se cruze, se A) dois segundos.
aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de B) um segundo.
passagem: C) dez segundos.
A) No caso de rotatória, aquele que não estiver circulando D) cinco segundos.
por ela.
B) No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, 74. Analise as orientações abaixo e assinale a incorreta.
aquele que estiver circulando por ela. A) Em locais onde o estacionamento é proibido o condutor
C) Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas não poderá sequer parar o tempo suficiente para o em-
de circulação no mesmo sentido, são as da esquerda barque ou desembarque de passageiros, pois esse ato
destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos. interrompe o fluxo de veículos e a locomoção de pedes-
D) Nos casos de ultrapassagem, pela direita. tres.
E) Nos demais casos, o que vier pela esquerda do condutor. B) Use a sinalização de advertência e o pisca-alerta quando
precisar parar temporariamente o veículo na pista de ro-
lamento.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN usando da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I e artigo
141, da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e, conforme o Decreto n°
4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
RESOLVE:
Art. 1º As normas regulamentares para o processo de formação, especialização e habilitação do condutor de veículo
automotor e elétrico, os procedimentos dos exames, cursos e avaliações para a habilitação, renovação, adição e
mudança de categoria, emissão de documentos de habilitação, bem como do reconhecimento do documento de ha-
bilitação obtido em país estrangeiro são estabelecidas nesta Resolução.
Art. 2º O candidato à obtenção da Autorização para Conduzir Ciclomotor – ACC, da Carteira Nacional de Habilitação – CNH,
solicitará ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, do seu domicílio ou residência, ou na sede
estadual ou distrital do próprio órgão ou entidade, a abertura do processo de habilitação para o qual deverá preencher os seguin-
tes requisitos:
§1º O processo de habilitação do condutor de que trata o caput deste artigo, após o devido cadastramento dos dados infor-
mativos do candidato no Registro Nacional de Condutores Habilitados – RENACH, deverá realizar Avaliação Psicológica, Exame
de Aptidão Física e Mental, Curso Teórico-técnico, Exame Teórico-técnico, Curso de Prática de Direção Veicular e Exame de
Pratica de Direção Veicular, nesta ordem.
§2° O candidato poderá requerer simultaneamente a ACC e habilitação na categoria “B”, bem como requerer habilitação em
“A” e “B” submetendo-se a um único Exame de Aptidão Física e Mental e Avaliação Psicológica, desde que considerado apto
para ambas.
§3º O processo do candidato à habilitação ficará ativo no órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal, pelo prazo de 12 (doze) meses, contados da data do requerimento do candidato.
§4º A obtenção da ACC obedecerá aos termos e condições estabelecidos para a CNH nas categorias “A”, “B” e, “A” e “B”.
Art. 3º Para a obtenção da ACC e da CNH o candidato devera submeter-se a realização de:
I – Avaliação Psicológica;
II – Exame de Aptidão Física e Mental;
III – Exame escrito, sobre a integralidade do conteúdo programático, desenvolvido em Curso de Formação para Condutor;
IV – Exame de Direção Veicular, realizado na via pública, em veículo da categoria para a qual esteja se habilitando.
§1º O condutor que exerce atividade de transporte remunerado de pessoas ou bens terá que se submeter ao Exame de Ap-
tidão Física e Mental e a Avaliação Psicológica de acordo com os parágrafos 2º e 3º do Art. 147 do Código de Trânsito Brasileiro.
§2º Quando houver indícios de deficiência física, mental ou de progressividade de doença que possa diminuir a capacidade
para conduzir veículo, o prazo de validade do exame poderá ser diminuído a critério do perito examinador.
§3º O condutor que, por qualquer motivo, adquira algum tipo de deficiência física para a condução de veículo automotor, de-
verá apresentar-se ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal para submeter-se aos exames
necessários.
Art. 5º Os tripulantes de aeronaves titulares de cartão de saúde, devidamente atualizado, expedido pelas Forças Armadas ou
pelo Departamento de Aviação Civil – DAC, ficam dispensados do exame de aptidão física e mental necessário à obtenção ou à
renovação periódica da habilitação para conduzir veículo automotor, ressalvados os casos previstos no §4° do art. 147 e art. 160
do CTB.
Parágrafo único. O prazo de validade da habilitação, com base na regulamentação constante no caput deste artigo, contará
da data da obtenção ou renovação da CNH, pelo prazo previsto no §2° do artigo 147 do CTB.
§1º Por ocasião da renovação da CNH o condutor que ainda não tenha freqüentado o curso de Direção Defensiva e de Pri-
meiros Socorros, deverá cumprir o previsto no item 4 do anexo II desta Resolução.
§3° O condutor, com Exame de Aptidão Física e Mental vencido há mais de 5 (cinco) anos, contados a partir da data de vali-
dade, deverá submeter-se ao Curso de Atualização para a Renovação da CNH.
Da Formação do Condutor
Art. 7º A formação de condutor de veículo automotor e elétrico compreende a realização de Curso Teórico-técnico e de Prática
de Direção Veicular, cuja estrutura curricular, carga horária e especificações estão definidas no anexo II.
Art. 8º Para a Prática de Direção Veicular, o candidato deverá estar acompanhado por um Instrutor de Prática de Direção Veicu-
lar e portar a Licença para Aprendizagem de Direção Veicular – LADV expedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal, contendo no mínimo, as seguintes informações:
§1º A LADV será expedida em nome do candidato com a identificação do CFC responsável e/ou do Instrutor, depois de
aprovado nos exames previstos na legislação, com prazo de validade que permita que o processo esteja concluído de acordo
com o previsto no § 3º, do art 2º, desta Resolução.
§2º A LADV será expedida mediante a solicitação do candidato ou do CFC ao qual o mesmo esteja vinculado para a forma-
ção de prática de direção veicular e somente produzirá os seus efeitos legais quando apresentada no original, acompanhada de
um documento de identidade e na Unidade da Federação em que tenha sido expedida.
§3º Quando o candidato optar pela mudança de CFC será expedida nova LADV, considerando-se as aulas já ministradas.
§4º O candidato que for encontrado conduzindo em desacordo com o disposto nesta resolução terá a LADV suspensa pelo
prazo de seis meses.
Art. 9º A instrução de Prática de Direção Veicular será realizada na forma do disposto no art. 158 do CTB.
Dos Exames
Art. 10. O Exame de Aptidão Física e Mental e a Avaliação Psicológica, estabelecidos no art. 147 do CTB, seus procedimentos, e
critérios de credenciamento dos profissionais das áreas médica e psicológica, obedecerão ao disposto em Resolução específica.
Art. 11. O candidato à obtenção da ACC ou da CNH, após a conclusão do curso de formação, será submetido a Exame Teórico-
técnico, constituído de prova convencional ou eletrônica de no mínimo 30 (trinta) questões, incluindo todo o conteúdo programá-
tico, proporcional à carga horária de cada disciplina, organizado de forma individual, única e sigilosa, devendo obter aproveita-
mento de, no mínimo, 70% (setenta por cento) de acertos para aprovação.
Parágrafo único. O exame referido neste artigo será aplicado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal, ou por entidade pública ou privada por ele credenciada.
Art. 12. O Exame de Direção Veicular previsto no art. 147 do CTB será realizado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal, sendo a aplicação de responsabilidade exclusiva dos examinadores devidamente titulados no
curso previsto em Resolução específica.
Art. 13. O candidato à obtenção da ACC, da CNH, adição ou mudança de categoria, somente poderá prestar exame de Prática
de Direção Veicular depois de cumprida a seguinte carga horária de aulas práticas:
Art. 14. O Exame de Direção Veicular será realizado perante uma comissão formada por três membros, designados pelo dirigen-
te do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
§1º A comissão de que trata o caput deste artigo poderá ser volante para atender às especificidades de cada Estado ou do
Distrito Federal, a critério do respectivo órgão ou entidade executivo de trânsito.
§2º No Exame de Direção Veicular, o candidato deverá estar acompanhado, durante toda a prova, por no mínimo, dois
membros da comissão, sendo pelo menos um deles habilitado na categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato.
§3º O Exame de Direção Veicular para os candidatos à ACC e à categoria “A” deverá ser realizado em área especialmente
destinada a este fim, que apresente os obstáculos e as dificuldades da via pública, de forma que o examinado possa ser obser-
vado pelos examinadores durante todas as etapas do exame, sendo que pelo menos um dos membros deverá estar habilitado
na categoria “A”.
Art. 15. O Exame de Direção Veicular somente poderá ser realizado em locais e horários estabelecidos pelo órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal em veículo com transmissão mecânica, da categoria pretendida pelo can-
didato.
Parágrafo único. Para o exame referido no caput deste artigo o veículo de quatro rodas deverá possuir duplo comando de
freios, exceto veículo adaptado, a critério médico, devendo ainda ser identificado como “veiculo em exame” quando não for veí-
culo de aprendizagem.
Art. 16. O Exame de Direção Veicular, para veículo de quatro ou mais rodas, é composto de duas etapas:
§1º A delimitação da vaga balizada para o Exame Prático de Direção Veicular, em veículo de quatro ou mais rodas, deverá
atender as seguintes especificações, por tipo de veículo utilizado:
§2º O tempo máximo permitido para colocação de veículos em espaço delimitado por balizas, para as três tentativas, será:
Art. 17. O Exame de Direção Veicular, para veículo de duas rodas, será realizado em área especialmente destinada para tal fim
em pista com largura de 2m, e que deverá apresentar no mínimo os seguintes obstáculos:
I – ziguezague (slalow) com no mínimo quatro cones alinhados com distância entre eles de 3,5m (três e meio metros);
Art. 18. O candidato será avaliado, no Exame de Direção Veicular, em função da pontuação negativa por faltas cometidas duran-
te todas as etapas do exame, atribuindo-se a seguinte pontuação:
Parágrafo único. Será considerado reprovado na prova prática de direção veicular o candidato que cometer falta eliminatória
ou cuja soma dos pontos negativos ultrapasse a 3 (três).
Art. 19. Constituem faltas no Exame de Direção Veicular, para veículos das categorias “B”, “C”,
“D” e “E”:
I – Faltas Eliminatórias:
II – Faltas Graves:
a) executar o percurso da prova, no todo ou parte dele, sem estar o freio de mão inteiramente livre;
b) trafegar em velocidade inadequada para as condições adversas do local, da circulação, do veículo e do clima;
c) interromper o funcionamento do motor, sem justa razão, após o início da prova;
d) fazer conversão incorretamente;
e) usar buzina sem necessidade ou em local proibido;
f) desengrenar o veículo nos declives;
g) colocar o veículo em movimento, sem observar as cautelas necessárias;
h) usar o pedal da embreagem, antes de usar o pedal de freio nas frenagens;
i) entrar nas curvas com a engrenagem de tração do veículo em ponto neutro;
j) engrenar ou utilizar as marchas de maneira incorreta, durante o percurso;
k) cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza média.
IV – Faltas Leves:
I – Faltas Eliminatórias:
a) iniciar a prova sem estar com o capacete devidamente ajustado à cabeça ou sem viseira ou óculos de proteção;
b) descumprir o percurso preestabelecido;
c) abalroar um ou mais cones de balizamento;
d) cair do veículo, durante a prova;
e) não manter equilíbrio na prancha, saindo lateralmente da mesma;
f) avançar sobre o meio fio ou parada obrigatória;
g) colocar o(s) pé(s) no chão, com o veículo em movimento;
h) provocar acidente durante a realização do exame.
II – Faltas Graves:
IV – Faltas Leves:
Art. 21. O Exame de Direção Veicular para candidato portador de deficiência física será considerado prova especializada e deve-
rá ser avaliado por uma comissão especial, integrada por, no mínimo um examinador de trânsito, um médico perito examinador e
um membro indicado pelo Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN ou Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRADI-
FE, conforme dispõe o inciso VI do art. 14 do CTB.
Parágrafo único. O veículo destinado à instrução e ao exame de candidato portador de deficiência física deverá estar perfei-
tamente adaptado segundo a indicação da Junta Médica Examinadora podendo ser feito, inclusive, em veículo disponibilizado
pelo candidato.
Art. 22. No caso de reprovação no Exame Teórico-técnico ou Exame de Direção Veicular, o candidato só poderá repetir o exame
depois de decorridos 15 (quinze) dias da divulgação do resultado, sendo dispensado do exame no qual tenha sido aprovado.
Art. 23. Quando se tratar de candidato às categorias “C”, “D” e “E”, a Instrução e o Exame de Direção Veicular deverão ser reali-
zados em veículos que atendam aos seguintes requisitos:
I – Categoria “C” – veículo motorizado utilizado no transporte de carga, registrado com capacidade mínima de Peso Bruto
Total (PBT) de 6.000 Kg;
II – Categoria “D” – veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, registrado com capacidade mínima de 20 (vin-
te) lugares;
III – Categoria “E” – combinação de veículos onde o caminhão trator deverá ser acoplado a um reboque ou semi-reboque,
que esteja registrado com capacidade de PBT de no mínimo 6.000kg ou veículo articulado cuja lotação exceda a 20 (vinte) luga-
res.
Art. 24. Quando se tratar de candidato à categoria "A", o Exame de Direção Veicular deverá ser realizado em veículo com cilin-
drada acima de 120(cento e vinte)centímetros cúbicos.
Art. 25. A aprendizagem e o Exame de Direção Veicular, para a obtenção da ACC, deverão ser realizados em qualquer veículo
de duas rodas classificado como ciclomotor.
Art. 26. Os condutores de veículos automotores habilitados na categoria “B”, “C”, “D” ou “E”, que pretenderem obter a categoria
“A” e a ACC, deverão se submeter aos Exames de Aptidão Física e Mental e de Prática de Direção Veicular, comprovando a
realização de, no mínimo, 15( quinze) horas/aula de prática de direção veicular em veículo classificado como ciclomotor.
§1º São consideradas infrações do examinador, puníveis pelo dirigente do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
ou do Distrito Federal:
§2º As infrações constantes do §1º serão apuradas em procedimentos administrativos, sendo assegurado o direito constitu-
cional da ampla defesa e do contraditório que determinarão em função da sua gravidade e independentemente da ordem se-
qüencial, as seguintes penalidades:
Art. 28. O candidato a ACC e a CNH, cadastrado no RENACH, que transferir seu domicilio ou residência para outra Unidade da
Federação, terá assegurado o seu direito de continuar o processo de habilitação na Unidade da Federação do seu novo domicílio
ou residência, sem prejuízo dos exames nos quais tenha sido aprovado.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se também, aos condutores que estiverem em processo de adição
ou mudança de categoria.
Art. 29. O condutor de veículo automotor, natural de país estrangeiro e nele habilitado, em estada regular, desde que penalmente
imputável no Brasil, poderá dirigir no Território Nacional quando amparado por convenções ou acordos internacionais, ratificados
e aprovados pela República Federativa do Brasil.
§1º Poderá ser aplicado o Princípio da Reciprocidade, em relação à habilitação estrangeira, não amparada por convenções
ou acordos internacionais.
§2º O órgão máximo executivo de trânsito da União informará aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e
do Distrito Federal a que países se aplica o disposto neste artigo.
§3º O condutor de que trata este artigo, após o registro do reconhecimento no órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal, deverá portar, obrigatoriamente, a carteira de habilitação estrangeira dentro do prazo de validade,
acompanhada de sua tradução juramentada e de documento de identificação.
§4º O condutor estrangeiro, após prazo de 180 (cento e oitenta) dias de estada regular no Brasil, deverá, se pretender con-
duzir veículo automotor, submeter-se aos Exames de Aptidão Física e Mental e Avaliação Psicológica, nos termos do artigo 147
do CTB, respeitada a sua categoria, com vistas à obtenção da CNH brasileira.
§5º Na hipótese de mudança de categoria deverá ser obedecido o disposto no artigo 146 do CTB.
§6º O disposto nos parágrafos anteriores não será aplicado aos diplomatas ou cônsules de carreira, e àqueles a eles equipa-
rados.
Art. 30. O estrangeiro não habilitado, com estada regular no Brasil, pretendendo habilitar-se para conduzir veículo automotor em
Território Nacional, deverá satisfazer todas as exigências previstas na legislação de trânsito.
Art. 31. Quando o condutor habilitado em país estrangeiro cometer infração de trânsito, cuja penalidade implique na proibição do
direito de dirigir, a autoridade competente de trânsito tomará as seguintes providências, com base no artigo 42 da Convenção
sobre Trânsito Viário, celebrada em Viena, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981:
I – recolher e reter o documento de habilitação, até que expire o prazo da suspensão do direito de usá-la, ou até que o con-
dutor saia do território nacional, se a saída ocorrer antes de expirar o citado prazo;
II – comunicar à autoridade que expediu ou em cujo nome foi expedido o documento de habilitação, a suspensão do direito
de usá-lo, solicitando que notifique ao interessado da decisão tomada;
Parágrafo único. Quando se tratar de missão diplomática, consular ou a elas equiparadas, as medidas cabíveis deverão ser
tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores.
Art. 32. O condutor com Habilitação Internacional para Dirigir, expedida no Brasil, que cometer infração de trânsito cuja penalida-
de implique na suspensão ou cassação do direito de dirigir, terá o recolhimento e apreensão desta, juntamente com o documento
de habilitação nacional, pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
Parágrafo único. A Carteira Internacional expedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado e do Distrito Fe-
deral não poderá substituir a CNH.
Art. 33. Os Cursos especializados serão destinados a condutores habilitados que pretendam conduzir veículo de transporte cole-
tivo de passageiros, de escolares, de produtos perigosos ou de emergência.
§2º As instituições em funcionamento, vinculadas ao Sistema Nacional de Formação de Mão-de-Obra credenciadas pelo
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal deverão ser recadastradas em até 180 (cento e oitenta)
dias da data da publicação desta Resolução, com posterior renovação a cada dois anos.
§3º Os conteúdos e regulamentação dos cursos especializados constam dos anexos desta resolução.
§4º O órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal registrará no RENACH, em campo especí-
fico da CNH, a aprovação nos cursos especializados, conforme codificação a ser definida pelo órgão máximo executivo de trânsi-
to da União.
Art. 34. A CNH será expedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, em nome do órgão
máximo executivo de trânsito da União, em modelo único e especificações técnicas definidas por esse órgão da União, no prazo
de 180 (cento e oitenta) dias a partir da publicação desta resolução.
§1° A CNH conterá a condição e especializações de cada condutor e terá validade em todo o Território Nacional, equivalen-
do ao documento de identidade, produzindo seus efeitos quando apresentada no original e dentro do prazo de validade.
§2° Na Permissão para Dirigir das categorias “A”, “B” ou “A” e “B”, constará a validade de 01(um) ano, e ao término desta, o
condutor poderá solicitar a definitiva, que lhe será concedida desde que tenha cumprido o disposto no §3° do art. 148 do CTB.
§3° A ACC, para efeito de simplificação e padronização em registro e documento único conforme § 7o do art.159 do CTB, se-
rá inserida em campo específico da CNH.
§4° Para efeito de fiscalização fica concedida a mesma tolerância estabelecida no art. 162, inciso V, do CTB, ao condutor
portador de Permissão para Dirigir, contada da data do vencimento do referido documento, aplicando-se a mesma penalidade e
medida administrativa.
§5° Até que o órgão máximo executivo de trânsito da União edite regulamentação suplementar especificando tecnicamente
o novo modelo único da CNH, fica valendo o modelo definido pelas Resoluções 765/93 e 71/98.
Art. 35. O documento de Habilitação terá 2 (dois) números de identificação nacional e 1 (um) número de identificação estadu-
al, que são:
I – o primeiro número de identificação nacional - Registro Nacional, será gerado pelo sistema informatizado da Base Índice
Nacional de Condutores - BINCO, composto de 9 (nove) caracteres mais 2 (dois) dígitos verificadores de segurança, sendo único
para cada condutor e o acompanhará durante toda a sua existência como condutor não sendo permitida a sua reutilização para
outro condutor.
II – o segundo número de identificação nacional - Número do Espelho da CNH) será formado por 8 (oito) caracteres mais 1
(um) dígito verificador de segurança, autorizado e controlado pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, e identificará
cada espelho de CNH expedida;
III – o número de identificação estadual será o número do formulário RENACH, documento de coleta de dados do candida-
to/condutor gerado a cada serviço, composto, obrigatoriamente, por 11 (onze) caracteres, sendo as duas primeiras posições
formadas pela sigla da Unidade de Federação expedidora, facultada a utilização da última posição como dígito verificador de
segurança.
§1º O número do formulário RENACH identificará a Unidade da Federação onde o condutor foi habilitado ou realizou altera-
ções de dados no seu prontuário pela última vez.
§2º O Formulário RENACH que dá origem às informações na BINCO e autorização para a impressão da CNH, deverá ficar
arquivado em segurança, no órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
Art. 37. A CNH será expedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal e confeccionada
por empresas especializadas, por ele contratada, inscritas no cadastro de fornecedores do órgão máximo executivo de trânsito
da União, com capacidade técnica comprovada para atender aos requisitos exigidos nesta Resolução e em normas complemen-
tares.
§1º As empresas de que trata o caput deste artigo, para homologarem suas inscrições junto ao órgão máximo executivo de
trânsito da União, devem:
a) comprovar sua capacidade industrial na fabricação e impressão de documentos de segurança, por meio de atestados
de capacidade técnica;
b) submeter à avaliação o seu parque industrial;
c) comprovar a capacidade técnica instalada para comunicação de dados, com o Sistema RENACH, para recebimento e
transmissão de informações e imagens em tempo real e armazenamento de dados e de imagens.
§2º A empresa homologada, ao ser contratada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede-
ral, deverá atender as exigências relativas à segurança e infra-estrutura para comunicação de dados em local apropriado e defi-
nido pelo contratante.
Art. 38. Todos os dados constantes na CNH deverão ser armazenados em meios magnéticos ou óticos, sob a responsabili-
dade da empresa fornecedora dos referidos documentos, contratada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
do Distrito Federal, que devem ser disponibilizadas para o RENACH, na forma e condições definidas pelo contratante.
Parágrafo único. A propriedade dos dados a que se refere o caput deste artigo é do órgão máximo executivo de trânsito da
União e do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, explicitada em cláusulas contratuais.
Art. 39. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União e ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
do Distrito Federal, inspecionar o local de emissão da CNH.
Art. 40. A Permissão Internacional para Dirigir será expedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou Distrito
Federal detentor do registro do condutor, conforme modelo definido no Anexo VII da Convenção de Viena, promulgada pelo
Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981, contendo os dados cadastrais do RENACH.
Parágrafo único. A expedição do documento referido neste artigo dar-se-á após o cumprimento dos requisitos mínimos exi-
gidos em normas específicas, com prazo de validade igual ao do documento nacional.
Art. 41. A Base Índice Nacional de Condutores – BINCO conterá um arquivo de dados onde será registrada toda e qualquer
restrição ao direito de dirigir e de obtenção da ACC e da CNH, que será atualizado pelos órgão ou entidade executivo de trânsito
do Estado e do Distrito Federal.
§1º O condutor, que for penalizado com a suspensão ou cassação do direito de dirigir, terá o seu registro bloqueado pelo
mesmo prazo da penalidade.
§2º O Registro Nacional do condutor de que trata o artigo 35, que teve cassado o direito de dirigir, será desbloqueado e
mantido, quando da sua reabilitação.
§3º A suspensão do direito de dirigir ou a proibição de se obter a habilitação, imputada pelo Poder Judiciário, será registrada
na BINCO.
Art. 42. O condutor que tiver a CNH cassada, após decorrido o prazo de 02 (dois) anos da cassação, poderá requerer sua re-
abilitação, submetendo-se ao curso de reciclagem e a todos os exames necessários à mesma categoria da que possuía ou em
categoria inferior, preservando a data da primeira habilitação.
Art. 43. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de “A” à “E”, obedecida a gradação prevista no Art. 143 do CTB e
a no Anexo I desta resolução, bem como para a ACC.
Art. 44. Revogam-se as Resoluções Nos 412, de 21 de janeiro de 1969; 491, de 19 de março de 1975; 520 de 19 de julho de
1977; 605, de 25 de novembro de 1982; 789, de 13 de novembro de 1994; 800, de 27 de junho de 1995; 804, de 25 de setembro
de 1995; 07 de 23 de janeiro de 1998; 50, de 21 de maio de 1998; 55, de 21 de maio de 1998; 57, 21 de maio de 1998;58 de 21
de maio de 1998; 67, de 23 de setembro de 1998; 85, de 04 de maio de 1999; 90, de 04 de maio de 1999; 91, de 04 de maio de
1999; 93, de 04 de maio de 1999; 98, de 14 de julho de 1999 e 161, de 26 de maio de 2004 e artigo 3º da resolução 700, de 04
de outubro de 1988 e incisos VIII, IX, X, XI, XII do artigo 12 e artigo 13 da Resolução 74, de 19 de novembro de 1998.
Art. 45. Esta Resolução entrará em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.*
ANEXO I
CATEGORIA ESPECIFICAÇÃO
“A” Todos os veículos automotores e elétricos, de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral.
Veículos automotores e elétricos, de quatro rodas cujo peso bruto total não exceda a três mil e qui-
nhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a 08 (oito) lugares, excluído o do motorista, contem-
“B”
plando a combinação de unidade acoplada, reboque, semi-reboque ou articulada, desde que atenda a
lotação e capacidade de peso para a categoria.
Todos os veículos automotores e elétricos utilizados em transporte de carga, cujo peso bruto total
exceda a três mil e quinhentos quilogramas; tratores, máquinas agrícolas e de movimentação de car-
“C”
gas, motor-casa, combinação de veículos em que a unidade acoplada, reboque, semi-reboque ou
articulada, não exceda a 6.000 kg de PBT e, todos os veículos abrangidos pela categoria “B”.
Combinação de veículos automotores e elétricos, em que a unidade tratora se enquadre nas categori-
as “B”, “C” ou “D”; cuja unidade acoplada, reboque, semi-reboque, articulada, ou ainda com mais de
“E” uma unidade tracionada, tenha seis mil quilogramas ou mais, de peso bruto total, ou cuja lotação
exceda a oito lugares, enquadrados na categoria trailer, e, todos os veículos abrangidos pelas catego-
rias “B”, “C” e “D”.
ANEXO II
1. Curso de formação de condutores para obtenção da Permissão para Dirigir e autorização para conduzir ciclomotores;
2. Curso de mudança de categoria;
3. Curso de adição de categoria;
4. Curso de atualização para renovação da CNH;
5. Curso de reciclagem para condutores infratores;
6. Cursos especializados;
7. Curso de atualização para cursos especializados.
1.1.2.4 Noções de Proteção e Respeito ao Meio Ambiente e de Convívio Social no Trânsito: 4 (quatro) horas aula
- Os conteúdos, contemplando a realidade do trânsito, devem ser desenvolvidos procurando-se ressaltar os valores de respeito
ao outro, ao ambiente e à vida, de solidariedade e de controle das emoções;
- Nas aulas de prática de direção veicular, o instrutor deve realizar acompanhamento e avaliação direta, corrigindo possíveis
desvios, salientando a responsabilidade do condutor na segurança do trânsito.
- Os conteúdos, contemplando a realidade do trânsito, devem ser desenvolvidos procurando-se ressaltar os valores de respeito
ao outro, ao ambiente e à vida, de solidariedade e de controle das emoções;
- Nas aulas de prática de direção veicular, o instrutor deve realizar acompanhamento e avaliação direta, corrigindo possíveis
desvios, salientando a responsabilidade do condutor na segurança do trânsito.
- Conceito
- Condições adversas;
- Como evitar acidentes;
- Cuidados na direção e manutenção de veículos;
- Cuidados com os demais usuários da via;
- Estado físico e mental do condutor;
- Normas gerais de circulação e conduta;
- Devem participar deste curso os condutores que não tenham o Curso de Direção Defensiva e de Primeiros Socorros em situa-
ção anterior e os condutores referidos no §3º do Artigo 6º;
I – Presencial – com freqüência integral comprovada em curso de 15 (quinze) horas aula, efetuado pelos órgãos execu-
tivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, ou por entidades por ele credenciadas, podendo ser ministrado de forma
intensiva com carga horária diária de, no máximo 10 horas aula;
II – Não Presencial
a) Curso à Distância – EAD: efetuado pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Fede-
ral ou por entidades especializadas por eles credenciadas, conforme regulamentação específica, devidamente homologadas pelo
órgão máximo executivo de trânsito da União, atendendo aos requisitos mínimos estabelecidos no anexo IV.
b) Validação de Estudos: estudos realizados pelo condutor de forma autodidata.
- Na modalidade NÃO PRESENCIAL, os condutores submeter-se-ão à prova de no mínimo 30 (trinta) questões de múltipla esco-
lha, realizada pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal ou entidades por eles creden-
ciadas, obtendo um aproveitamento mínimo de 70% de acertos.
- Aproveitamento de Cursos: Poderá ainda ser feito o aproveitamento de cursos de Primeiros Socorros e de Direção Defensiva
dos quais o candidato apresente documentação comprobatória da realização de tais cursos em órgãos ou instituições oficialmen-
te reconhecidos;
- O certificado de realização do curso terá validade em todo o território nacional, devendo ser registrado no RENACH pelo órgão
ou entidade executivo de transito dos Estados ou do Distrito Federal;
- Em caso de reprovação na prova teórica, o candidato só poderá repeti-la decorridos cinco dias da divulgação oficial do resulta-
do.
- Os conteúdos devem ser tratados de forma dinâmica, participativa, buscando análise e reflexão sobre a responsabilidade de
cada um para um trânsito seguro;
- Todos os conteúdos devem ser desenvolvidos em aulas dinâmicas, utilizando-se técnicas que permitam a participação dos
condutores procurando, o instrutor fazer sempre a relação com o contexto do trânsito, possibilitando a reflexão e o desenvolvi-
mento de valores de respeito ao outro, ao ambiente e à vida, de solidariedade e de controle das emoções;
- A ênfase nestas aulas deve ser de atualização dos conhecimentos e análise do contexto atual do trânsito local e brasileiro.
- O curso será ministrado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal ou instituições/entidades
por eles credenciadas, para condutores penalizados nos termos do art. 261, § 2º, e art. 268 do CTB;
I – Presencial – com freqüência integral comprovada em curso de 30 (trinta) horas aula, efetuado pelos órgãos executi-
vos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, ou por entidades por ele credenciadas, podendo ser ministrado de forma in-
tensiva com carga horária diária de, no máximo 10 horas aula;
II – Não Presencial – Curso à Distância – EAD: efetuado pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados
ou do Distrito Federal ou por entidades especializadas por eles credenciadas, conforme regulamentação específica, devidamente
homologadas pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, atendendo aos requisitos mínimos estabelecidos no anexo III.
- Em qualquer das modalidades, os condutores submeter-se-ão à prova de no mínimo 30 (trinta) questões de múltipla escolha,
realizada pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal ou entidades por eles credencia-
das, obtendo um aproveitamento mínimo de 70% de acertos.
- O candidato reprovado uma primeira vez poderá realizar nova avaliação e, se reprovado pela 2ª. vez deverá matricular-se para
um novo curso, freqüentando-o integralmente, antes de submeter-se a nova avaliação. Caso ainda não consiga resultado satisfa-
tório, deverá receber atendimento individualizado afim de superar suas dificuldades.
- O certificado de realização do curso terá validade em todo o território nacional, devendo ser registrado no RENACH pelo órgão
ou entidade executivo de transito dos Estados ou do Distrito Federal;
- Por se tratar de condutores, que estão cumprindo penalidade por infrações de trânsito, os conteúdos devem ser tratados de
forma dinâmica, participativa, buscando análise e reflexão sobre a responsabilidade de cada um para um trânsito seguro;
I – DOS FINS
Estes cursos têm a finalidade de aperfeiçoar, instruir, qualificar e atualizar condutores, habilitando-os à condução de veículos de:
a) transporte coletivo de passageiros;
b) transporte de escolares;
c) transporte de produtos perigosos;
d) transporte de veículos de emergência.
Para atingir seus fins, estes cursos devem dar condições ao condutor de:
- Permanecer atento ao que acontece dentro do veículo e fora dele;
- Agir de forma adequada e correta no caso de eventualidades, sabendo tomar iniciativas quando necessário;
- Relacionar-se harmoniosamente com usuários por ele transportados, pedestres e outros condutores;
- Proporcionar segurança aos usuários e a si próprio;
- Conhecer e aplicar preceitos de segurança e comportamentos preventivos, em conformidade com o tipo de transporte e/ou
veículo;
- Conhecer, observar e aplicar disposições contidas no CTB, na legislação de trânsito e legislação específica sobre o transporte
especializado para o qual está se habilitando;
- Transportar produtos perigosos com segurança de maneira a preservar a integridade física do condutor, da carga, do veículo e
do meio ambiente.
- Conhecer e aplicar os preceitos de segurança adquiridos durante os cursos ou atualização fazendo uso de comportamentos
preventivos e procedimentos em casos de emergência, desenvolvidos para cada tipo de transporte, e para cada uma das classes
de produtos perigosos.
II – DA ORGANIZAÇÃO
- A organização administrativo-pedagógica dos cursos para condutores especializados será estabelecida em consonância com a
presente Resolução, na forma do parágrafo 1º do Art. 33, desta Resolução, cadastrados pelos órgãos ou entidade executivo de
Trânsito dos Estados ou do Distrito Federal.
III – DA REGÊNCIA
- As disciplinas dos cursos para condutores especializados serão ministradas por pessoas habilitadas em cursos de instrutores
de trânsito, realizados por Instituições credenciadas pelos órgãos ou entidade executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito
Federal, e que tenham realizado, com aprovação, os cursos especiais que vierem a ministrar.
IV – DO REGIME DE FUNCIONAMENTO
V – DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
- Poderá ser feito o aproveitamento de conteúdos de estudos que o condutor tiver realizado em outro curso especializado, de-
vendo os órgãos entidades executivos de transito dos Estados ou do Distrito Federal e instituições oferecer um módulo, de no
mínimo 5 (cinco) horas aula, de adequação da abordagem dos conteúdos para a especificidade do novo curso pretendido.
VI – DA AVALIAÇÃO
- Ao final de cada módulo será realizada, pelas instituições que ministram os cursos, uma prova com 20 questões de múltipla
escolha sobre os assuntos trabalhados;
- Será considerado aprovado no curso, o condutor que acertar, no mínimo, 70% das questões da prova de cada módulo;
- O condutor reprovado ao final do módulo deverá realizar nova prova a qualquer momento, sem prejuízo da continuidade do
curso. Caso ainda não consiga resultado satisfatório deverá receber atendimento individualizado a fim de superar suas dificulda-
des;
- Nos cursos de atualização, a avaliação será feita através de observação direta e constante do desempenho dos condutores,
demonstrado durante as aulas, devendo o instrutor interagir com os mesmos reforçando e/ou corrigindo respostas e colocações;
- As instituições que ministrarem cursos especializados deverão manter em arquivo, durante 5 (cinco) anos, os registros dos
alunos com o resultado do seu desempenho.
VII – DA CERTIFICAÇÃO
- Os condutores aprovados no curso especializado e os que realizarem a atualização exigida terão os dados correspondentes
registrados no cadastro RENACH pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, informan-
do-os em campo especifico da CNH;
- Os certificados deverão conter no mínimo os seguintes dados:
a) Nome completo do condutor,
b) Número do registro RENACH e categoria de habilitação do condutor;
c) Validade e data de conclusão do curso;
d) Assinatura do diretor da entidade ou instituição, e validação do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Dis-
trito Federal quando for o caso;
e) No verso deverão constar as disciplinas, a carga horária, os instrutores e o aproveitamento do condutor.
- O modelo dos certificados será elaborado e divulgado em portaria pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
VIII– DA VALIDADE
- Os cursos especializados deverão ter validade de no máximo de 5 (cinco) anos, quando os condutores deverão realizar a atua-
lização dos respectivos cursos, devendo os mesmos coincidir com a validade do exame de Aptidão Física e Mental do condutor;
- Poderão as Autoridades dos órgãos ou entidades executivos de transito dos Estados e do Distrito Federal, estender a validade
dos cursos realizados anteriormente a publicação desta resolução, a fim que se possam compatibilizar os prazos dos atuais cur-
sos e exames de Aptidão Ffísica e Mental, sem que haja ônus para o cidadão;
- Na renovação do exame de Aptidão Física e Mental, o condutor especializado deverá apresentar comprovante de que realizou
o curso de atualização no qual está habilitado, registrando os dados no órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal;
- O condutor que não apresentar comprovante de que realizou o curso de atualização no qual está habilitado quando da renova-
ção da CNH, terá automaticamente suprimida a informação correspondente;
- Os cursos de atualização terão uma carga horária mínima de 16 (dezesseis) horas aula, sobre as disciplinas dos cursos especi-
alizados, abordando preferencialmente, as atualizações na legislação, a evolução tecnológica e estudos de casos, dos módulos
específicos de cada curso.
IX – DISPOSIÇÕES GERAIS
Primeiras providências:
- Sinalização do local do acidente;
- acionamento de recursos em casos de acidente;
- verificação das condições gerais da vítima;
- cuidados com a vítima (o que não fazer).
Primeiras providências:
- Sinalização do local do acidente;
- acionamento de recursos em casos de acidente;
- verificação das condições gerais da vítima;
- cuidados com a vítima (o que não fazer);
Produtos Perigosos:
- Acondicionamento: verificação da integridade do acondicionamento (se há vazamentos ou contaminação externa); verificação
dos instrumentos de tanques (manômetros e assemelhados);
- proibição do transporte de animais e produtos para uso humano ou animal, juntamente com produtos perigosos;
- descontaminação do veiculo quando do transporte de produtos perigosos para outros fins.
6.3.3.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao meio Ambiente e Prevenção de Incêndio - 10 (dez) horas aula
- Primeiros Socorros:
Primeiras providências:
- Sinalização do local do acidente;
- acionamento de recursos em caso de acidentes.;
- verificação das condições gerais da vítima;
- cuidados com a vítima em conformidade com a periculosidade da carga, e/ou produto transportado.
Meio ambiente:
- O veículo como agente poluidor do meio ambiente;
- regulamentação do CONAMA sobre poluição ambiental causada por veículos;
- emissão de gases;
- emissão de partículas (fumaça);
- emissão sonora;
- manutenção preventiva do veículo para preservação do meio ambiente.
Prevenção de incêndio:
- Conceito de fogo;
- triângulo de fogo;
- fontes de ignição;
- classificação de incêndios;
- tipos de aparelhos extintores;
- agentes extintores;
- escolha, manuseio e aplicação dos agentes extintores.
Produtos Perigosos:
- Classificação dos produtos perigosos;
- simbologia;
- reações químicas (conceituações);
- efeito de cada classe sobre o meio ambiente.
Explosivos:
- Conceituação;
- divisão da classe;
- regulamentação específica do ministério do exército;
- comportamento preventivo do condutor;
- procedimentos em casos de emergência.
Gases:
- Inflamáveis, não-inflamáveis, tóxicos e não-tóxicos:
- comprimidos;
- liquefeitos;
- mistura de gases;
- refrigerados.
- em solução;
- comportamento preventivo do condutor;
- procedimentos em casos de emergência.
-
Líquidos inflamáveis e produtos transportados a temperaturas elevadas:
- Ponto de fulgor;
- comportamento preventivo do condutor;
- procedimentos em casos de emergência.
Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas a combustão espontânea; substâncias que, em contato com a água, emitem gases
inflamáveis:
- Comportamento preventivo do condutor;
- procedimentos em casos de emergência;
- produtos que necessitam de controle de temperatura.
Substâncias radioativas:
- Legislação específica pertinente;
- comportamento preventivo do condutor;
- procedimentos em casos de emergência.
Corrosivos:
- Comportamento preventivo do condutor;
- procedimentos em casos de emergência.
Riscos múltiplos:
- Comportamento preventivo do condutor;
- procedimentos em casos de emergência.
Resíduos:
- Legislação específica pertinente;
- comportamento preventivo do condutor;
- procedimentos em casos de emergência.
6.4.3.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social no Trânsito – 10 (dez) horas
aula.
Primeiras providências:
- Sinalização do local do acidente;
- acionamento de recursos em casos de acidentes;
- verificação das condições gerais da vítima;
- cuidados com a vítima (o que não fazer).
- A direção defensiva como meio importante para a segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais usuários do trânsi-
to;
- a responsabilidade do condutor de veículos especializados de dirigir defensivamente;
- atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso relacionando teoria e prática.
7.1.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao meio ambiente e Convívio Social no Trânsito – 3 (três) horas
aula.
- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de especialização, estabelecendo a relação com a prática vivenciada pelos
condutores no exercício da profissão;
- atualização de conhecimentos.
- A direção defensiva como meio importante para a segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais usuários do trânsi-
to;
- a responsabilidade do condutor de veículos especializados de dirigir defensivamente;
- atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso relacionando teoria e prática.
7.2.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao meio ambiente e Convívio Social no Trânsito – 3 (três) horas
aula.
- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de especialização, estabelecendo a relação com a prática vivenciada pelos
condutores no exercício da profissão;
- atualização de conhecimentos.
7.3 CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE CARGAS DE PRODUTOS PERI-
GOSOS
- A direção defensiva como meio importante para a segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais usuários do trânsi-
to;
- a responsabilidade do condutor de veículos especializados de dirigir defensivamente;
7.3.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao meio ambiente e Convívio Social no Trânsito – 3 (três) horas aula
- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de especialização, estabelecendo a relação com a prática vivenciada pelos
condutores no exercício da profissão;
- atualização de conhecimentos.
7.3.2.4 Módulo IV – Prevenção de Incêndio, Movimentação de Produtos Perigosos – 5 (cinco) horas aula
- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de especialização, estabelecendo a relação com a prática vivenciada pelos
condutores no exercício da profissão;
- atualização de conhecimentos sobre novas tecnologias e procedimentos que tenham surgido no manejo e transporte de cargas
perigosas.
- A direção defensiva como meio importante para a segurança do condutor, passageiros, pedestres e demais usuários do trânsi-
to;
- a responsabilidade do condutor de veículos especializados de dirigir defensivamente;
- atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso relacionando teoria e prática.
7.4.2.3 Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao meio ambiente e Convívio Social no Trânsito – 3 (três) horas aula
- Retomada dos conteúdos trabalhados no curso de especialização, estabelecendo a relação com a prática vivenciada pelos
condutores no exercício da profissão;
- atualização de conhecimentos.
ANEXO III
A solicitação de homologação para a oferta de curso a distância para reciclagem de condutores infratores deve ser feita
por meio de ofício próprio que disponha, em papel timbrado da entidade requerente, a razão social, endereço fiscal e eletrônico,
CNPJ e o respectivo projeto. A estes elementos deve-se, ainda, anexar a documentação comprobatória pertinente.
A requisição de homologação para a reciclagem de infratores do Código de Trânsito Brasileiro através da modalidade de
ensino a distância (EAD) está sujeita à avaliação de elementos obrigatórios [EO] e de elementos desejáveis [ED] facultativos que
são acrescidos de pontuação específica e representam pontos de enriquecimento para o credenciamento do projeto apresenta-
do. Este, ainda, deve estar em conformidade com as orientações desta resolução, para a reciclagem de infratores do Código de
Trânsito Brasileiro.
Durante o processo de homologação, a entidade requerente deve disponibilizar uma apresentação do curso concluído.
PROJETO
Pontuação
EO ED
Máxima
1 Proposta Pedagógica
1.1 Compreensão da Problemática e Fundamentação Teórica
1.2 Objetivos
1 No caso específico dos integrantes da equipe multidisciplinar é necessário anexar currículos e documentos pertinentes que
comprovem a qualificação dos profissionais responsáveis pela concepção, desenvolvimento, implementação, acompanhamento e
avaliação do curso, bem como a comprovação do tipo de vínculo contratual da equipe com a entidade requerente.
ANEXO IV
A solicitação de homologação para a oferta de curso a distancia de atualização para renovação de CNH deve ser feita por
meio de ofício próprio que disponha, em papel timbrado da entidade requerente, a razão social, endereço fiscal e eletrônico,
CNPJ e o respectivo projeto. A estes elementos deve-se, ainda, anexar a documentação comprobatória pertinente.
A requisição de homologação de curso para a atualização para a renovação de CNH através da modalidade de ensino a
distância (EAD) está sujeita à avaliação de elementos obrigatórios [EO] e de elementos desejáveis [ED] facultativos que são
acrescidos de pontuação específica e representam pontos de enriquecimento para o credenciamento do projeto apresentado.
Este, ainda, deve estar em conformidade com as orientações específicas desta resolução, para o curso de atualização para re-
novação de CNH.
Durante o processo de homologação, a entidade requerente deve disponibilizar uma apresentação do curso concluído.
PROJETO
Pontuação
EO ED
Máxima
1 Proposta Pedagógica
1.1 Compreensão da Problemática e Fundamentação Teórica
1.2 Objetivos
1.3 Conteúdos
1.4 Definição de Estrutura Modular do Curso
1.5 Detalhamento da Análise de Tarefas 30
1.6 Competências e Habilidades Auferidas 25
1.7 Metodologia
1.8 Justificativa das Mídias e Tecnologias Utilizadas
1.9 Formas de Interação e de Interatividade
1.10 Formas de Auto-Avaliação (Simulados) 25
1.11 Estrutura de Navegabilidade 20
1.12 Suporte Pedagógico (Tutoria On-line)
2 Equipe Multidisciplinar
(Capacitação dos profissionais envolvidos e descrição das expe-
riências que contribuem para o projeto)
2.1 Pedagogo
2 No caso específico dos integrantes da equipe multidisciplinar é necessário anexar currículos e documen-
tos pertinentes que comprovem a qualificação dos profissionais responsáveis pela concepção, desenvolvi-
mento, implementação, acompanhamento e avaliação do curso, bem como a comprovação do tipo de víncu-
lo contratual da equipe com a entidade requerente.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I e art. 141, da Lei 9.503,
de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de
2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
Resolve:
Art. 1º. Alterar o caput do art. 33 da Resolução nº 168/2004, com alteração dada pela Resolução nº 409/2012, bem como dos
seus §§ 7º e 8º e, ainda, acrescenta o § 9º que passam a vigorar com a seguinte redação.
"Art. 33 Os cursos especializados serão destinados a condutores habilitados que pretendam conduzir veículo de transporte cole-
tivo de passageiros, de escolares, de produtos perigosos, de carga indivisível, de emergência e de transporte de passageiros
(mototaxista) e entrega de mercadorias (motofretista) que exerçam atividades remuneradas na condução de motocicletas e mo-
tonetas."
§ 8º São reconhecidos os cursos especializados ministrados pelos órgãos de segurança pública e forças armadas e auxiliares
para os seus integrantes, não se aplicando neste caso o previsto na Resolução CONTRAN nº 358/2010.
§ 9º As instituições ou entidades públicas ou privadas e os centros de formação de condutores que já tenham obtido anteriormen-
te junto ao Denatran suas respectivas homologações para os cursos de renovação e/ou reciclagem de condutores na forma do
anexo III e/ou IV da resolução 168/2004 deverão apenas atualizar os respectivos conteúdos à grade curricular específica para os
cursos especializados obrigatórios de que trata o caput deste artigo."
Art. 2º. O Anexo III da Resolução nº 168/2004-CONTRAN passa a vigorar com a seguinte redação:
ANEXO III
A solicitação de homologação para a oferta de curso a distância deve ser feita por meio de ofício próprio que disponha, em papel
timbrado da entidade requerente, a razão social, endereço fiscal e eletrônico, CNPJ e o respectivo projeto. A estes elementos
deve-se, ainda, anexar a documentação comprobatória pertinente e oficio expedido pelo órgão executivo de trânsito do estado e
do distrito federal autorizando seu funcionamento em seu estado.
A requisição de homologação através da modalidade de ensino a distância (EAD) está sujeita à avaliação de elementos obrigató-
rios [EO] e de elementos desejáveis [ED] facultativos que são acrescidos de pontuação específica e representam pontos de enri-
quecimento para o credenciamento do projeto apresentado. Este, ainda, deve estar em conformidade com as orientações desta
resolução.
Durante o processo de homologação, a entidade requerente deve disponibilizar uma apresentação do curso concluído.
PROJETO
Pontuação
EO ED
Máxima
1 Proposta Pedagógica
1.1 Compreensão da Problemática e Fundamentação Teórica
1.2 Objetivos
1.3 Conteúdos
1.4 Definição de Estrutura Modular do Curso
1.5 Detalhamento da Análise de Tarefas 30
1.6 Competências e Habilidades Auferidas 25
1.7 Metodologia
1.8 Justificativa das Mídias e Tecnologias Utilizadas
1.9 Formas de Interação e de Interatividade
1.10 Formas de Auto-Avaliação (Simulados) 25
1.11 Estrutura de Navegabilidade 20
1.12 Suporte Pedagógico (Tutoria On-line)
2 Equipe Multidisciplinar (Capacitação dos profissionais envolvidos e descrição das experiências que con-
tribuem para o projeto)
2.1 Pedagogo
2.1.1 Título de Especialista ou Mestre 10
2.1.2 Título de Doutor 15
2.1.3 Experiência em EAD 25
2.1.4 Atividade de Docência e Pesquisa e IES (Instituição de Ensino Superior) 20
2.2 Engenheiro
2.2.1 Título de Especialista ou Mestre 10
2.2.2 Experiência Comprovada em Engenharia de Trânsito 25
2.3 Médico
2.3.1 Título de Especialista ou Mestre 10
2.3.2 Experiência Comprovada em Primeiros-socorros relacionados a Questões decorrentes de acidentes
25
de Trânsito
2.4 Advogado
2.4.1 Título de Especialista ou Mestre 10
No caso específico dos integrantes da equipe multidisciplinar é necessário anexar currículos e documentos pertinentes que com-
provem a qualificação dos profissionais responsáveis pela concepção, desenvolvimento, implementação, acompanhamento e
avaliação do curso, bem como a comprovação do tipo de vínculo contratual da equipe com a entidade requerente.
SEGURANÇA INSTITUCIONAL:
1 Técnicas operacionais.
2 Segurança física e patrimonial das instalações.
3 Prevenção e combate a incêndio.
4 Identificação, emprego e utilização de equipamentos eletrônicos de segurança: sensores, sistemas de alarme,
cercas elétricas, CFTV (circuito fechado de televisão).
5 Defesa pessoal.
6 Armamento e tiro.
7 Segurança de dignitários.
8 Crimes contra o patrimônio.
9 Noções de primeiros-socorros.
10 Estatuto do desarmamento (Lei nº 10.826/2003): capítulo II (arts. 4º e 5º) capítulo III (arts. 4º a 10º), capítulo IV (arts. 12 a 20)
e capítulo V (art. 25).
11 Relações Humanas.
11.1 Qualidade no atendimento ao público: comunicabilidade; apresentação; atenção; cortesia; interesse; presteza; eficiência;
tolerância; discrição; conduta; objetividade.
11.2 Trabalho em equipe.
1 Técnicas operacionais.
Para execução da segurança pessoal a primeira coisa a se fazer é executar técnicas preventivas. Logo a segurança pessoal
age em torno de técnicas eminentemente preventivas e ostensivas; e eventualmente repressiva ou ofensiva.
As técnicas preventivas englobam todas as ações desencadeadas pela equipe de segurança, pelo dignitário e pela sua famí-
lia, objetivando evitar quaisquer tipos de hostilidades. Além dessas ações, englobas também as medidas de segurança física, as
quais tem a mesma finalidade: evitar crimes ou atentados.
Segurança física - a parte de segurança que se preocupa com as medidas físicas destinadas a salvaguardar o pessoal e pre-
venir acessos não autorizados a informações, materiais e instalações, contra a espionagem, sabotagem, danificação e roubo,
tanto nos locais de fabrico ou armazenagem como durante deslocações.
O Agente de Segurança que executa a proteção de dignitário deve ter três qualidades: conhecimento técnico; conhecimento
tático e controle emocional.
CONHECIMENTO TÉCNICO é o saber acerca das leis, normas, regulamentos e doutrinas de segurança, funcionamento de
todos os dispositivos de emergência e de proteção (alarmes, armas letais e não letais, extintores, hidrantes, viatura, etc.)
CONHECIMENTO TÁTICO é a forma em que a pessoa empregará o seu conhecimento técnico. Isto é: seu posicionamento,
postura, agilidade, rapidez, eficácia, observância das leis, normas, doutrinas de segurança, etc. É sua tática que definirá se o
agente vai viver ou morrer em um sinistro; se ele será absolvido ou condenado após sua ação.
CONTROLE EMOCIONAL é o mecanismo psicológico que traz a tona a verdade ou a mentira; o profissionalismo ou o ama-
dorismo; a sabedoria ou a ignorância, a razão ou a emoção; vitória ou a derrota. Como assim? Se a pessoa empregar todos os
preceitos dos conhecimentos Técnicos x Táticos evidenciará a profissionalismo, a verdade, a sabedoria, a razão e a vitória; toda-
via, se for precipitado em sua ação evidenciará o amadorismo, a ignorância, a emoção, a derrota e a vergonha do ser humano.
Os objetivos técnicos são:
Detectar os riscos;
Estabelecer os meios necessários (dispositivos, barreiras físicas e eletrônicas, equipamentos, alterações estruturais, enfim,
todos os recursos logísticos, humanos e materiais) para tornar o ambiente seguro;
Elaborar manuais, normas e procedimentos de segurança preventivos e contingenciais;
Elaborar: planejamento de segurança; planejamento de emergência ou contigencial; planejamento de manutenção do nível de
segurança e planos de auditoria.
2 Segurança física e patrimonial das instalações.
A Segurança caracteriza-se pela sensação de sentir proteção seja física e/ou psicológica. É propiciada pelas ações da Vigilância
e medidas preventivas com o objetivo de manter a incolumidade física de pessoas e a integridade material de instalações.
Enquanto a Vigilância é exercida dentro dos limites dos estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a
finalidade de proteger os bens patrimoniais (pessoas inclusive). Pode ser realizada ostensivamente ou através de outros meios
(CFTV - circuito fechado de televisão, sensores, alarmes monitorados...).
A Vigilância deixou de ser uma atividade relacionada à permanência estática em determinado local para ser ferramenta primordial
de apoio às atividades de Segurança (de pessoas físicas e instalações, informação e processos produtivos).
MEIOS DE PROTEÇÃO (Sistemas defensivos)
COM ELETRICIDADE
Manter as instalações em bom estado para evitar a sobrecarga, o mau contato e principalmente o curto-circuito.
Nunca substituir fusíveis ou disjuntores por ligações diretas com arames ou moedas.
Não sobrecarregar as instalações elétricas com vários utensílios ao mesmo tempo, pois os fios esquentam e podem ocasio-
nar um incêndio.
Nunca deixe o ferro elétrico ligado quando tiver que fazer alguma outra coisa, mesmo que seja por alguns minutos, pois isto
tem sido causa de grandes incêndios.
Observe se os orifícios e grades de ventilação dos eletrodomésticos (como T.V., vídeo e forno de microondas) não se encon-
tram vedados por panos decorativos, cobertas, etc.
Não deixe lâmpadas, velas acesas e aquecedores perto de cortinas, papéis e outros materiais combustíveis.
Se a casa ficar desocupada por um período prolongado, desligue a chave elétrica principal.
Manusear botijões de gás com cuidado, evitando que caiam ou sofram pancadas.
Os botijões devem ser guardados em locais bem limpos, bem ventilados, livres de óleo e graxa, protegidos contra chuva, sol,
e outras fontes de calor.
Botijões de gás domésticos não devem ficar juntos do fogão, mas fora da casa e conectados com tubulações metálicas.
Caso o gás esteja instalado dentro de casa e ele vier a vazar, não risque fósforo, não acenda ou apague luzes. Chame os
bombeiros e se possível retire o botijão da sua casa. Abra as portas e janelas, corte a energia no relógio e fique longe do local
onde o gás está vazando.
Ao instalar um novo botijão use espuma de sabão para testar se há vazamentos. Jamais use fogo para tal propósito, mas
lembre-se: o sabão não deve ser usado para vedar vazamentos.
Ao acender um forno de fogão, risque primeiro o fósforo e abra o gás depois. Se a casa ficar desocupada por um período pro-
longado, feche o registro de gás.
Cozinha não é lugar para crianças, não permita que elas permaneçam sozinhas lá.
Nunca deixe fósforos ou isqueiros ao alcance de crianças. É um atentado contra sua casa e à integridade física delas.
Ao pegar uma panela quente, tenha certeza que conseguirá transportá-la, evitando que caia de suas mãos.
Não fume nem permita que fumem perto de veículos acidentados, ou onde haja forte cheiro de gasolina ou álcool.
Fumar no automóvel com todas as janelas fechadas, cria concentrações perigosas de monóxido de carbono.
Forte cheiro de combustível no motor ou na cabine de um carro, ou aumento repentino de consumo são indícios de vazamen-
to. Cuidado, podem provocar um incêndio.
Evite deixar crianças sozinhas dentro de automóveis com as chaves na ignição ou mesmo sem as chaves, estando o veículo
em ladeira.
Respeite sempre e acredite nas placas sinalizadoras
Jamais deixe crianças trancadas ao sair de casa. Em caso de incêndio, ou outra emergência, elas não terão como fugir.
NÃO SOLTE BALÕES, eles podem provocar grandes incêndios.
Não solte fogos de artifício, podem explodir acidentalmente em suas mãos, mutilando-as ou queimando-as.
Grande quantidade de papéis, papelões e outros materiais de fácil combustão não devem ser estocados em locais abertos,
próximo a áreas de circulação de pessoas e sim guardados em recintos fechados.
Após utilizar uma fogueira na mata, camping, etc., jogue água na mesma e cubra com areia.
Tenha cuidado com bolas (balões) de gás para crianças, muitas vezes cheias com hidrogênio.
Não fume perto de bolas de gás, pode causar explosões e várias queimaduras.
Não fume na cama, pois o fumante pode adormecer e o cigarro provocar um incêndio.
Não jogue inflamáveis, gasolina, álcool, etc. nos ralos, podem causar acúmulo de gases provocando explosões.
Não avive chamas de churrasqueiras e braseiros jogando álcool ou outros inflamáveis.
Como abandonar área em caso de emergência:
Mantenha a calma.
Retire-se em ordem.
Não corra.
Não grite.
Além das recomendações básicas , é possível colocarmos em prática algumas ações que muito ajudarão no domínio e con-
trole da maioria das emergências, principalmente tratando-se de incêndio.
Antes de abandonar área, sem colocar você e quem te acompanha em risco, proceda de acordo com as instruções que se
seguem:
Se, no local, existem válvulas de fluxo de combustíveis (gasolina, álcool, solvente , tinta etc), feche-as o mais rápido possível
Respire pelo nariz em rápidas inalações, procurando rastejar para a saída, pois, junto ao chão, o ar permanece respirável por
mais tempo.
O "hall" de cada escada é bloqueado por portas corta-fogo, cujo bom funcionamento depende diretamente das dobradiças;
por isso as portas não devem permanecer abertas com o risco de desregular o sistema. Zele para que ela esteja sempre desim-
pedida.
Os extintores de incêndio servem para um primeiro combate a pequenos incêndios. Leia com a atenção as instruções conti-
das no cilindro dos extintores e, principalmente, a classe de incêndio para a qual cada extintor é indicado e como utilizá-lo.
As caixas de hidrantes possuem mangueiras que permitem combater o fogo e manter a segurança em qualquer ponto do pa-
vimento. É importante a sua constante conservação e manutenção.
Os extintores e hidrantes estão dispostos em todos os pavimentos do prédio conforme projeto específico aprovado pelo Cor-
po de Bombeiros.
Apesar dos riscos de incêndio em edifícios residenciais serem pequenos, convém ressaltar que podem ser provocados por
descuidos, tais como: ferro de passar roupa ligado, panelas superaquecidas no fogão, curtos-circuitos, por sobrecarga ou mesmo
um cigarro mal apagado.
Em caso de incêndio nunca use os elevadores; para sua segurança use as escadas.
Instalação Elétrica
Cada unidade do prédio possui um quadro de distribuição de circuitos onde estão localizados os que protegem todos os cir-
cuitos do imóvel. Este quadro é projetado e executado dentro das normas de segurança e não pode ter suas chaves alteradas
por outras de capacidade diferente.
Em caso de sobrecarga momentânea o disjuntor do circuito atingido se desligará automaticamente. Basta religá-lo. Se tornar
a se desligar, significa que há sobrecarga contínua ou que algum aparelho está em curto. Neste caso, solicite os serviços de um
profissional habilitado. Não aceite sugestões de curiosos.
Sempre que for executar manutenção, limpeza, reaperto nas instalações elétricas ou uma simples troca de lâmpada, desligue
o disjuntor correspondente ao circuito.
As instalações de chuveiros, aquecedor, lustres ou similares deverão ser executadas por técnico habilitado, observando-se,
em especial, aterramento, voltagem, bitola, qualidade dos fios, isolamento, tomadas e "plugs" a serem empregados na instalação
dos equipamentos.
Antes de adquirir aparelhos elétricos verifique se o local destinado é provido de instalação elétrica adequada para funcionar
nas condições especificadas pelo fabricante.
Verifique se a carga elétrica exigida pelo aparelho não sobrecarregará a capacidade da tomada da instalação (fiação do dis-
juntor).
Evite a utilização de "benjamins" (dispositivo com que se ligam vários aparelhos a uma só tomada), pois podem provocar so-
brecargas.
Os projetos das instalações foram dimensionados para a capacitar o imóvel ao uso dos aparelhos já instalados e daqueles
comumente usados em residências.
Quando da instalação de armários próximos às tomadas, é comum que o marceneiro recorte os armários para aproveitar es-
tas tomadas, fixando-as no próprio corpo do armário. Fique atento para que o isolamento e fio utilizado sejam compatíveis com a
instalação original.
Não utilize extensões para uso particular das tomadas dos "hall's", vez que são de uso exclusivo do condomínio.
Instalação de gás
Nunca utilize fósforo ou qualquer outro material que provoque combustão para testar se um equipamento a gás está vazando.
Recomenda-se para isso espuma de sabão ou sabonete.
Ocorrendo vazamento, não acenda fósforos ou qualquer outro objeto que provoque chamas ou faíscas e nem acione interrup-
tores de luz. Feche todas as torneiras de gás, abra as janelas e comunique imediatamente a concessionária local.
Para a instalação de qualquer armário próximo ao fogão, é importante que o registro de gás fique com fácil acesso.
Verifique todas as noites antes de se deitar, se os registros e torneiras dos aparelhos a gás estão fechados.
Se for instalar uma esquadria divisória entre a área de serviço e a cozinha, atente para que a mesma tenha na parte superior
básculas fixas abertas para facilitar a ventilação do ambiente.
A manutenção de aparelhos à gás deve ser confiada somente a pessoas habilitadas pela empresa concessionária.
É recomendável que tenham a sua primeira queima efetuada pela empresa instaladora autorizada.
Ao acionar o registro correspondente dos aparelhos misturadores (torneiras e chuveiros) dos banheiros, automaticamente o
aquecedor (se a chama piloto estiver acesa) é acionado. Por medida de economia, regule a chama do aquecedor para que a
água não aqueça em demasia. Isso ocasionará desperdício de gás e acarretará a necessidade de temperar com água fria para
condições confortáveis de uso.
Recomenda-se desligar a chama piloto do aquecedor sempre que não houver utilização constante ou se verificar ausência
prolongada do imóvel. Se a chama piloto for mantida acesa e se apagar, o mecanismo de segurança do aparelho cortará auto-
maticamente a passagem de gás.
OS AMBIENTES ONDE SE SITUAM OS APARELHOS A GÁS DEVEM SER VENTILADOS PARA QUE ESTE SE DISPER-
SE, POR ISSO, EM SUA ÁREA DE SERVIÇO, HÁ UMA GRELHA DE VENTILAÇÃO PERMANENTE, QUE NUNCA DEVE SER
TAMPADA.
Os aquecedores a gás (acumulação e passagem) necessitam de manutenção preventiva, a fim de mantê-los regulados e em
perfeito funcionamento. Recomenda-se que esta manutenção seja realizada anualmente.
TODO E QUALQUER SERVIÇO NOS APARELHOS OU NAS INSTALAÇÕES A GÁS SÓ DEVE SER EXECUTADO POR
PROFISSIONAIS HABILITADO.
Impermeabilizações e vedações
Pelas características técnicas específicas das impermeabilizações feitas nos prédios, deve-se evitar alterações que possam
influir nas condições de permeabilidade das superfícies tratadas. Consulte sempre que necessário a empresa responsável pelos
serviços ou a Construtora antes de efetuar qualquer modificação ou instalação de algum equipamento nas áreas impermeabiliza-
das.
Se surgirem manchas de umidade no teto, antes de contatar a Construtora, solicite ao proprietário do apartamento superior
para que faça uma verificação nos rejuntamentos dos pisos, ralos e peças.
Ao instalar a divisória de box nos banheiros, atente para que as mesmas não danifiquem a impermeabilização e a mureta de
granito.
Evite a limpeza nas áreas frias com ácidos ou soda cáustica. Pelo seu alto poder de corrosão, tendem a eliminar os rejunta-
mentos dos pisos e paredes e podem provocar infiltrações generalizadas.
Não utilize para a limpeza, vassouras ou vassourinhas de piaçava. Isso também poderá remover os rejuntamentos.
Este item é destinado ao Síndico. Com o intuito de auxiliá-lo a administrar o prédio, estas providências devem ser de conhe-
cimento de todos os condôminos.
Para a preservação estética, as áreas externas aparentes do empreendimento não poderão ser modificadas sem autorização
específica do síndico e orientação. Se necessário, consulte a construtora responsável pelo empreendimento.
As portas dos compartimentos de medidores de luz e gás devem ser mantidas permanentemente chaveadas, evitando o
acesso de crianças ou de pessoas sem a necessária habilitação. Não devem utilizar, sob qualquer hipótese, estas áreas, e bem
como o cômodo reservado ao Síndico, como depósitos de materiais de limpeza, escadas, equipamentos de jardim, etc .
Deve-se alternar, periodicamente, o uso das bombas de recalque para evitar o desgaste excessivo de alguma delas e manter
o conjunto em perfeito funcionamento. A instalação de duas bombas visa garantir a continuidade do funcionamento do sistema.
Se necessário, efetue reparos em uma delas.
Os reservatórios de água (superior e inferior) deverão ser limpos anualmente por empresas especializada e mantidos com as
tampas permanentemente fechadas. Os mesmos são entregues já limpos e tratados, conforme certificado passado ao condomí-
nio.
Para facilitar eventuais manutenções, o barrilete localizado na cobertura tem suas tubulações identificadas por meios de eti-
quetas.
Os poços dos elevadores devem ser mantidos permanentemente limpos para evitar o acúmulo de água e / ou sujeira.
A porta da casa de máquinas dos elevadores deve ser mantida permanentemente chaveada para garantir somente o acesso
dos técnicos de manutenção da empresa contratada.
Os poços de águas servidas e as caixas coletoras de esgoto e gordura devem ser limpos periodicamente por empresa espe-
cializada, a fim de prevenir possíveis entupimentos.
Não devem ser usados produtos químicos ácidos que possam atacar os pisos das garagens e escadarias.
Os jardins, por integrarem um conjunto de decoração agradável e por serem muito sensíveis, devem ser tratados com esmero
e atenção. Também para valorizar o condomínio, recomenda-se a contratação de empresa especializada para tratamento de
eventuais pragas, poda, renovação de plantas, enfim, sua manutenção e conservação.
Os jardins devem ser regados diariamente, de preferência sem a presença do sol, pela manhã, bem cedo, ou, à tarde, após o
por do sol.
Nas escadarias e circulações deve-se evitar a aplicação de produtos escorregadios (cera) e manter essas áreas sempre de-
simpedidas. Para a limpeza basta um pano umedecido com produto específico ou sabão neutro. Evite lavagens.
Os extintores devem sofrer recarga e revisão periódica e o estado geral das mangueiras dos hidrantes deve ser continuamen-
te verificado. O corpo de Bombeiros normalmente ministra cursos e treinamentos de combate a incêndio a funcionários de pré-
dios.
O prédio, em todas as suas dependências, deve ser dedetizado periodicamente por empresa especializada, inclusive contra
cupins.
Deve-se manter os ralos permanentemente cobertos com as grelhas que os acompanham. Maior atenção deve ser dispensa-
do aos ralos localizados próximos aos jardins, pois ficam mais expostos às folhas das plantas que se soltam com o vento.
Para limpeza das pedras que revestem os pisos da entrada social, de serviços e calçadas, deve-se utilizar água com deter-
gente específico ou sabão neutro, esfregando-se com vassoura de piaçava e tomando cuidado para não remover o rejuntamento.
A instalação do sistema de pára-raios deve estar sempre acima de qualquer instalação adicional (antenas, etc.) que se fizer
após a entrega do prédio. A lâmpada da sinaleira, que é acionada automaticamente por meio de uma foto-célula, deve ser objeto
de verificação constante e, quando queimada, trocada por profissional habilitado.
Recomenda-se uma lavagem periódica do revestimento cerâmico das fachadas, devendo ser feito somente por empresa es-
pecializada.
Todas as esquadrias de ferro (rufos, escadas, gradil, etc.) deverão ser pintadas periodicamente e tratados os eventuais pon-
tos de oxidação que eventualmente venham aparecer.
A piscina deve ser tratada conforme as instruções fixadas próximo às bombas e recomenda-se a contratação de uma empre-
sa especializada para a manutenção periódica do conjunto de bombas.
Alvenaria
Antes de perfurar paredes para a colocação de quadros, armários, prateleiras ou outros objetos, consulte os projetos para
evitar furo nas tubulações de água ou energia elétrica, ou ainda em pilares e vigas (mais difíceis de serem perfurados).
Não use pregos nem martelos na fixação de objetos ou quadros nas paredes e sim, furadeira e buchas com parafusos (KIT
FISHER FU6, FU8, FU10 OU SIMILAR, indicado para a fixação em paredes executadas em bloco cerâmico).
Suportes para aparelhos de TV, vídeo , forno de microondas, entre outros, não devem ser instalados na parede de tijolo fura-
do apenas com buchas, pois correm o risco de se desprenderem.
Combustão
Combustão é uma reação química de oxidação, auto-sustentável, com liberação de luz, calor, fumaça e gases. Para que isso
ocorra é necessário a união de quatro elementos essenciais do fogo, que são:
FORMAS DE COMBUSTÃO
Combustão Completa
É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em comburente.
Combustão Incompleta
É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em comburente.
Combustão Espontânea
É aquela gerada de maneira natural, podendo ser pela ação de bactérias que fermentam materiais orgânicos, produzindo ca-
lor e liberando gases, alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor, ocorre também na mistura de determi-
nadas substancias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases.
Explosão
É a queima de gases ou partículas sólidas em altíssima velocidade, em locais confinados.
FORMAS DE PROPAGAÇÃO
O calor pode-se propagar de três diferentes maneiras: Condução, Convecção e Irradiação. Como tudo na natureza tende ao
equilíbrio, o calor é transferido de objeto com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de
dois objetos absorvera calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.
Condução – É a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Quando dois ou mais corpos es-
tão em contato, o calor é conduzindo através deles como se fosse um só corpo.
Convecção – É a transferência de calor pelo próprio movimento ascendente de massas de gases ou líquido.
Irradiação – É a transmissão de calor por ondas de energia caloríficas que se deslocam através do espaço.
Essa Classificação foi elaborada pela NFPA - Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA, e adotada pelas: IFSTA -
Associação Internacional para o Treinamento de Bombeiros/EUA, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas/BR e Cor-
pos de Bombeiros/BR.
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram.
Essa classificação determina a necessidade do agente extintor adequado.
CLASSE “A”
Combustíveis sólidos, ex. madeiras, papel, tecido, borracha, etc., caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resí-
duos, sendo que a queima se da na superfície e em profundidade.
CLASSE “B”
Líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis, caracterizados por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície
exposta.
CLASSE “C”
o Material e equipamentos energizados, caracterizado pelo risco de vida que oferece.
CLASSE “D”
o Metais combustíveis, ex. magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio e zircônio,
caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns principalmente se contem água.
MÉTÓDOS DE EXTINÇÃO
Retirada do material combustível, é o método mais simples de se extinguir um incêndio, baseia-se na retirada do material
combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo.
Resfriamento é o método mais utilizado, consiste em diminuir a temperatura do material combustível que esta queimando,
diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis.
Extinção química consiste na utilização de certos componentes químicos, que lançados sobre o fogo, interrompem a reação
em cadeia.
AGENTES EXTINTORES
Água
Utilizado nos incêndios de classe: A
Espuma
Utilizado nos incêndios de classe: A e B
Gás Carbônico (CO2)
Utilizado nos incêndios de classe: A, B e C
Pó Químico seco
Utilizado nos incêndios de classe: B e C (na classe D é utilizado pó químico especial)
Gases Nobres limpos
Utilizado nos incêndios de classe: A, B e C
EXTINTORES
Este é o extintor mais indicado para o combate a princípio de incêndio em materiais da classe “A” (sólidos); não deverá ser
usado em hipótese alguma em materiais da classe “C” (elétricos energizados), pois a água é excelente condutor de eletricidade,
o que acarretará no aumento do fogo; deve-se evitar também seu uso em produtos da classe “D” (materiais pirofóricos), como o
magnésio, pó de alumínio e o carbonato de potássio, pois em contato com a água eles reagem de forma violenta.
A água agirá por resfriamento e abafamento.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar a mangueira e o gatilho; e
- apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.
Seu uso é equivalente ao de água pressurizada, diferindo-se apenas externamente pelo pequeno cilindro contendo gás pro-
pelente, cuja válvula deve ser aberta no ato de sua utilização, a fim de pressurizar o ambiente interno do extintor, permitindo o
seu funcionamento. O agente propulsor (propulente) é o gás carbônico (CO2).
Procedimentos de uso:
É o mais indicado para ação em materiais da classe “B” (líquidos inflamáveis), mas também pode ser usado em materiais
classe “A” e em último caso, na classe “C”. Age por abafamento, isolando o oxígênio e liberando gás carbônico assim que entra
em contato com o fogo.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar a pistola difusora; e
- atacar o fogo acionando o gatilho.
As mesmas características do PQS pressurizado, mas mantendo externamente uma ampola de gás para a pressurização no
instante do uso.
Procedimentos para uso:
- abrir a ampola de gás;
- empunhar a pistola difusora; e
- apertar o gatilho e dirigir a nuvem de pó para a base do fogo.
A espuma é gerada pelo batimento da água com o líquido gerador de espuma e ar (a mistura da água e do líquido gerador de
espuma está sob pressão, sendo expelida ao acionamento do gatilho, juntando-se então ao arrastamento do ar atmosférico em
sua passagem pelo esguicho).
Será usado em princípios de incêndio das classes “A” e “B”.
Procedimentos de uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o esguicho; e
- apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo.
As mesmas características do pressurizado, mas mantendo a ampola externa para a pressurização no instante do uso.
Procedimentos para uso:
- abrir a válvula do cilindro de gás;
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o esguicho; e
- apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo.
Embora esteja em desuso no mercado, ainda é possível encontrá-lo em edificações. Seu funcionamento é possível devido a
colocação do mesmo de “cabeça para baixo”, formando a reação de soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de
sódio. Depois de iniciado o funcionamento, não é possível a interrupção da descarga.
Deve ser usado em princípios de incêndio das classes “A” e “B”.
Procedimentos para uso:
- não deitar ou virar o extintor antes de chegar ao local do fogo;
- no local, inverter a posição do cilindro; e
- lançar a espuma contra o fogo.
É o mais indicado para a extinção de princípio de incêndio em materiais da classe “C” ( elétricos energizados ), podendo ser
usado também na classe “B”.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o difusor; e
- apertar o gatilho, dirigindo o difusor por toda a extensão do fogo.
A diferença dos extintores em geral é a sua capacidade. Devido ao seu tamanho, sua operação requer duas pessoas.
As carretas podem ser:
- de água;
- de espuma mecânica;
- de espuma química;
- de pó químico seco; e
- de gás carbônico.
GLOSSÁRIO DO INCÊNDIO
ABAFADOR: haste de madeira geralmente contendo tiras de mangueira ou até mesmo ramos vegetais verdes, usada para
apagar fogo em mato. É também conhecida como “vassoura-de-bruxa”.
ABAFAMENTO: ato de abafar o fogo; uma das três técnicas de extinção de incêndio.
ABALO: diz-se do tremor causado pela natureza ou por fadiga de estrutura.
ABASTECIMENTO: suprimento de água durante um incêndio, imprescindível para o extermínio do mesmo.
ABRAÇADEIRA: também conhecida como “tapa-furos”, é confeccionada em couro envolto por tiras, usada para tapar man-
gueiras furadas; chapa de ferro usada para segurar paredes ou vigas de madeiramento.
ABRASÃO: desgaste por fricção; raspagem.
ACEIRO: limpeza destinada a impedir acesso do fogo a cercas, árvores, casas, etc., mediante roçada, carpa, desobstrução.
ACERAR: afiar; aguçar; amolar.
ACETILENO: gás formado pela ação da água sobre a hulha; etino.
ACETONA: líquido inflamável e volátil, obtido por destilação seca.
ACHA: peça de madeira rachada para o fogo.
AÇO: liga de ferro com carbono que se torna extremamente dura quando, depois de aquecida, é esfriada repentinamente.
ACONDICIONAR: arranjar, arrumar; preservar contra deteriorização (cordas, cabos ou mangueiras).
ACOPLAR: unir, ligar, juntar.
AÇUDE: construção destinada a preservar águas pluviais.
ADAPTAÇÃO: qualquer peça usada para suprir dificuldades de encaixe; peça usada por bombeiros para ligar ou unir man-
gueiras com juntas de união diferentes.
ADUCHAR: ato de enrolar a mangueira de forma a permitir que a mesma permaneça bem acondicionada, e propiciando uma
forma fácil de transportá-la e prepará-la para uso com rapidez; diz-se de todo acondicionamento de material com o objetivo de
preservá-lo.
ADUTORA: canal, galeria ou encanamento que leva água de um manancial para um reservatório; diz-se da linha de manguei-
ra principal para o combate a um incêndio (a que leva água para as linhas de ataque direto).
AERODUTO: duto de ar nas instalações de ventilação.
AFFF: Aqueous Film Forming Foam - Espuma Formadora de filme Aquoso.
AFFF / ARC: Aqueous Film Forming Foam / Alcool Resistant Concentrate - Espuma Formadora de filme Aquoso e Concen-
trado Resistente a Alcool.
AFERIR: medir; conferir; calibrar.
AGENTE EXTINTOR: que age, que exerce, que produz efeito sobre o fogo, extinguindo-o.
ÁGUA: líquido formado de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, sem cor, cheiro ou sabor, transparente em seu esta-
do de pureza; agente extintor universal.
AGULHETA: tipo de esguicho de jato sólido e único, sem regulagem de proporções ou demanda.
ALAGAMENTO: enchente de água; inundação de terras.
ALARME: aviso de algum perigo; dispositivo usado para alertar ou acionar alguém sobre um perigo.
ALASTRAR: estender; espalhar (o fogo).
ALAVANCA: barra inflexível, reta ou curva, apoiada ou fixa num ponto de apoio fora de sua extensão, e destinada a mover,
levantar ou sustentar qualquer corpo.
ALAVANCA CYBORG: espécie de alavanca multi-uso, possuindo uma extremidade afilada e chata formando uma lâmina, cu-
ja lateral estende-se um punção, e em seu topo predomina uma superfície chata. Na outra extremidade há uma unha afiada com
entalhe em “V”. É também conhecida como “Quic-bar”.
ALCATRÃO: substância obtida pela destilação da madeira, turfa ou carvão mineral.
ALICATE: pequena ferramenta torquês, geralmente terminada em ponta mais ou menos estreita, com variadas utilidades co-
mo prender, segurar ou cortar objetos.
ALICERCE: maciço de alvenaria que serve de base às paredes de um edifício.
ALVARÁ: documento passado por uma autoridade judiciária ou administrativa, que contém ordem ou autorização para a prá-
tica de determinados atos.
ALVENARIA: obra feita de pedras e tijolos ligados por argamassa, cimento, etc.
AMIANTO: silicato refratário ao fogo e aos ácidos; asbesto.
AMÔNIA: solução aquosa do gás amoníaco.
AMONÍACO: gás incolor, de odor intenso e picante, muito solúvel em água, resultante de uma combinação de nitrogênio e hi-
drogênio, de fórmula NH2.
ANCORAGEM: ato ou efeito de se ancorar; amarra feita com o intuito de pendurar algo, ou manter a segurança de algo ou
alguém.
ANDAIME: estrado de madeira ou metal, provisório, de que se utilizam os pedreiros para erguerem um edifício.
ANEMÔMETRO: aparelho de medir a velocidade e a força dos ventos.
ANTEPARO: peça que se põe diante de alguma coisa ou de alguém para resguardar.
4 Identificação, emprego e utilização de equipamentos eletrônicos de segurança: sensores, sistemas de alarme, cercas
elétricas, CFTV (circuito fechado de televisão).
Sensores
Uso de Sensores para Segurança
Uma grande inovação quando o assunto é equipamentos de segurança é o surgimento e popularização dos sensores. Esses
componentes possibilitaram o desenvolvimento de sistemas de segurança muito mais sofisticados e eficientes e trouxeram mais
conforto e tranquilidade para quem os utiliza.
Entre as principais vantagens de usar um sensor, estão a precisão, visto que esses aparelhos captam invasões de forma exata,
ou seja, não se ativam equivocadamente, e o ótimo custo-benefício. Basicamente, o sensor funciona da seguinte maneira: após
ser ativado, o equipamento envia um sinal para o receptor que dispara o alarme sempre que identificar alguma presença dentro
da área de sensibilidade.
Entre os modelos, existe o sensor infravermelho, o qual monitora a presença dentro da área por meio de pulsos luminosos
invisíveis, e o sensor magnético, que executa a mesma função por meio de vibrações de um campo eletromagnético.
Independentemente da versão é escolhida, é importante que seja fabricada com materiais de qualidade e seja resistente à
passagem de veículos.
Central de Alarme
Segurança Total com a Central de Alarme
O alarme é um dos principais equipamentos de segurança para casas, veículos e imóveis comerciais, pois evita furtos e
invasões, protegendo o local por meio de sensores que detectam invasões e disparam sinais sonoros.
Quando o perímetro é violado, a Central de Alarme aciona uma ou mais sirenes e transmite para telefones cadastrados a
ocorrência. Assim, o responsável pelo local pode tomar providências mesmo estando a distância.
Casas e apartamentos que possuem alarmes ficam menos vulneráveis a arrombamentos e furtos. O alarme é um item essencial
na proteção da família e do patrimônio.
Entre os vários modelos disponíveis, a Central Alarme Informe Slim 3 é uma ótima alternativa, em razão da possibilidade de
monitorar setores mistos e independentes. Já a Central de 18 zonas, permite a identificação de cada usuário e ainda possui
acesso remoto via telefone.
Outra opção é a Central de 2 zonas, que pode ser habilitada ou desabilitada por controle, além de ser programada com um
temporizador de saída e de entrada. A Central 10 zonas é mais um modelo eficiente, que vem com teclado LCD para a inserção
de nomes.
Cercas Elétricas
As cercas elétricas estão entre os equipamentos de segurança mais procurados do mercado. Projetadas para serem instaladas
sobre muros, grades e mesmo ao redor de telhados, elas são um excelente instrumento de proteção para o patrimônio. O uso
desse método de segurança previne a ação de possíveis invasores, mantendo o perímetro seguro.
Embora a descarga elétrica não seja letal, causa um abalo físico nada agradável. O material empregado na constituição do
dispositivo são os seguintes: hastes de alumínio com isoladores em poliéster e fio de aço inox de alto brilho. Caso os fios
sejam cortados ou mesmo tocados, imediatamente uma sirene dispara. Alguns modelos de cerca ainda acionam centrais de
alarmes e holofotes.
Central Eletrificadora
Central Eletrificadora - Mais Segurança para sua Residência
A central eletrificadora é um recurso moderno de equipamentos de segurança. Ótima opção para quem procura segurança e
proteção ao seu patrimônio – seja ele comercial ou residencial. A central eletrificadora dispara choques de forma continua à
Câmera de vigilância
Circuito fechado ou circuito interno de televisão (também conhecido pela sigla CFTV; do inglês: closed-circuit television,
CCTV) é um sistema de televisão que distribui sinais provenientes de câmeras localizadas em locais específicos, para um ou
mais pontos de visualização.
Funcionamento
O sistema do circuito interno é na sua versão mais simples constituido por câmera(s), meio de transmissão e monitor.
Inicialmente sendo um sistema analógico, o CFTV transmitia as imagens das câmeras por meio de cabo coaxial para monitores
CRT (analógicos). Esta transmissão era e é apenas destinada a algumas pessoas, pelo que se trata de um sistema fechado. O
facto de ser um sistema fechado e a captura e transmissão das imagens ser de acordo com os conceitos e formatos da televisão
analógica conduziu à sigla CFTV.
Evolução
Os circuitos internos encontram-se em estado de grande evolução, quer em termos de tecnologia quer em termos aplicacionais.
Em termos tecnológicos, é hoje possível ter o sistema todo em formato digital, usufruindo das mais valias da era digital. Em
termos aplicacionais o circuito interno de televisão já não é apenas um sistema simples de monitorização de segurança, tendo
evoluído para áreas como o reconhecimento facial, reconhecimento de matrículas, vigilância rodoviária etc...
O sistema de circuitos internos não é aplicado somente com propósitos de segurança e vigilância, também é utilizado em outras
áreas como laboratórios de pesquisa, em escolas, empresas privadas, na área médica, pesquisa e monitoramento de fauna e
flora, monitoramento de relevo, condições climáticas, controle de processos assim como nas linhas de produção de fábricas.
Algumas destas áreas não utilizam a designação CFTV.
Devido à sua larga possibilidade de utilização, o circuito interno acaba se tornando em um sistema promissor, com um amplo
mercado.
5 Defesa pessoal.
Defesa pessoal, ou autodefesa (do inglês self-defense), é um conjunto de vários métodos que têm como fim neutralizar um
ataque pessoal.
As técnicas de defesa pessoal têm sido derivadas das artes marciais tradicionais, adaptadas para uso por pessoas comuns, para
defender-se mesmo em sua vida normal.
Em defesa pessoal utilizam-se técnicas simples e evitam-se movimentos complexos.
Utilizam-se principalmente bloqueios, retenções e alavancas para dominar o adversário o mais rápidamente possível, encurtando
o tempo de combate com o objetivo de evitar riscos e deixar em segundo plano diferenças físicas.
A defesa com mãos nuas, pode completar se com armas próprias ou impróprias, que podem ser facas, armas de fogo ou
qualquer objeto que esteja acessível no momento do conflito.
Âmbito civil
No âmbito civil tenta-se dominar o adversário de maneira segura e sem provocar danos excessivos, devido à responsabilidade
civil da ação defensiva, quando ultrapassa os limites da legítima defesa. A defesa pessoal é baseada nos fundamentos de alguns
esportes e / ou artes marciais, como o judô, o aikido ou karate. O caráter principal da defesa pessoal é a evitação de força,
podendo ser aplicado a oponentes de maiores dimensões ou com força muscular. É por aquela razão que as técnicas básicas
•
Técnicas de defesa pessoal descritos em um manual da marinha de guerra italiana
•
Defesa com a palma de mão contra uma prova de agarrar
•
Defesa com um galho de árvore contra uma prova de agarrar
Defesa activa
Em deportes de combate, diz-se de uma "actividade" que tem por objectivo evitar de suportar a ofensiva do adversário e utilizar a
acção ofensiva do adversário a seu próprio favor, ao invés a uma defesa chamada "clássica" que se satisfaz simplesmente de
defender. Segundo o provérbio: "a melhor defesa é o ataque". Por exemplo: "A" mira um golpe de parada quando seu adversário
se acerca.
"Defesa activa" é uma expressão utilizada por alguns experientes de desportos de combate para designar uma forma de defesa
diferente a ela telefonema "clássico" (Por exemplo: bloqueio ou evitación). Como seu qualificativo indica, ela se demostra por
uma "actividade" dirigida à ofensiva do adversário. Tem por objectivo a utilização da acção do adversário a seu próprio favor, em
lugar de satisfazer-se simplesmente de defender.
Qual é a diferença de uma "defesa clássica"? Sobretudo, trata-se de fazer que a ofensiva do adversário faça o menos de danos
possíveis e, de outra parte, de utilizar a actividade do adversário para cumprir um contraataque eficaz essencialmente um golpe
de contra.
• 1/ Lhe primeira intenção é tomar menos de danos possíveis durante a defesa. Assim as maneiras usadas são pouco
costosas em traumatismos: bloqueio "absorbente" (absorción de golpe) e desvio da arma de ataque.
• 2/ O segundo objectivo é sacar proveito do ataque do adversário. Distingue-se assim duas maneiras:
o A defesa tem de permitir de cumprir um contraataque. Por exemplo, absorver o golpe e contraatacar ou desviar
a arma e desequilibrar o adversário ao mesmo tempo para contraatacar vantajosamente,
o A defesa basearia sobre o atacar, isto é passar a ofensiva durante a iniciativa do adversário, ou em adianto-lhe
do oponente ou em seu ataque propriamente chamado. Há, aqui, uma estratégia próxima do golpe de contra.
Por exemplo, perturbar o adversário em acercar-se ou em desenvolver seu ataque, com ajuda de uma vez no
eixo directa.
•
"A" é vindo a aderir-se contra o oponente para perturbar de se desenrollar
•
Absorción de uma chute baixo (low kick) juntada com uma contra ao vivo mergulhando
•
"A" tem rompido a distância para perturbar o desenvolvimento do gancho do adversário
•
golpe de parada durante o progresso do adversário
6 Armamento e tiro.
APRESENTAÇÃO
Esta cartilha foi elaborada pelo Serviço de Armamento e Tiro da Academia Nacional de Polícia e pelo Serviço Nacional
de Armas e tem como objetivo principal fornecer os ensinamentos que serão cobrados em exame para a comprovação de capa-
cidade técnica para o manuseio de arma de fogo.
O comprovante de capacitação técnica deverá atestar, necessariamente, que o pretendente demonstre ter conhecimen-
to da conceituação e normas de segurança pertinentes à arma de fogo, conhecimento básico dos componentes e partes da arma
de fogo e habilidade do uso da arma de fogo demonstrada, pelo interessado, em estande de tiro.
1. ARMA DE FOGO
1.1. CONCEITO
Dispositivo que impele um ou vários projéteis através de um cano pela pressão de gases em expansão produzidos por
uma carga propelente em combustão.
1.2. CLASSIFICAÇÃO
Alma raiada
A alma é raiada quando o interior do cano tem sulcos helicoidais dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o
projétil a um movimento de rotação.
Alma lisa
É aquela isenta de raiamentos, com superfície absolutamente polida, como, por exemplo, nas espingardas. As armas de
alma lisa têm um sistema redutor (choque), acoplado ao extremo do cano, que tem como finalidade controlar a dispersão dos
bagos de chumbo.
Armas Curtas:
Pistolas – Modernamente podemos conceituar pistola como arma curta, raiada, portátil, semi-automática ou automática,
de ação simples, ação dupla, dupla ação e híbrida, com câmara no cano, a qual utiliza o carregador como receptáculo de muni-
ção. Existem pistolas de repetição que não dispõem de carregador e cujo carregamento é feito manualmente pelo atirador. Seu
nome provém de Pistoia, um velho centro de armeiros italianos.
Revólveres – Arma curta de alma raiada ou lisa, portátil, de repetição, na qual os cartuchos são colocados em um cilin-
dro giratório (tambor) atrás do cano, podendo o mecanismo de disparo ser de ação simples ou dupla.
Rifles – Termo muito comum, de origem inglesa, que significa o mesmo que fuzil. Arma longa, portátil que pode ser de
uso militar/policial ou desportivo; de repetição, semi-automática ou automática.
Fuzil de Assalto – Fuzil Militar de fogo seletivo de tamanho intermediário entre um fuzil propriamente dito e uma carabi-
na.
Carabina (Carbine) – Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões compactas, cujo cano é superior a
10 polegadas e inferior a 20 polegadas (geralmente entre 16 e 18 polegadas).
Submetralhadora – Também conhecida no meio Militar como metralhadora de mão, é classificada assim por possuir
cano de até 10 polegadas de comprimento e utilizar cartuchos de calibres equivalentes aos das pistolas semi-automáticas.
Metralhadora – Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou superiores aos dos fuzis; geralmente
necessita mais de uma pessoa para sua operação.
Espingardas - Arma longa, de alma lisa, que utiliza cartuchos de projéteis múltiplos ou de caça.
Antecarga – Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do cano.
Repetição – Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que seja necessário recarregá-la, as operações de
realimentação são feitas pela ação do atirador. Pode ser equipada com carregador, tambor ou receptáculo (tubo).
Semi-automático – Sistema pelo qual a execução do tiro se dá pela ação do atirador (um acionamento da tecla do gati-
lho para cada disparo); as operações de extração, ejeção e realimentação se darão pelo reaproveitamento dos gases oriundos
de cada disparo.
Automático – Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do gatilho e enquanto esta estiver premida,
atira continuamente, extraindo, ejetando e realimentando a arma até que se esgote a munição de seu carregador ou cesse a
pressão sobre o gatilho.
Ação simples – No acionamento do gatilho apenas uma operação ocorre, o disparo; sendo que a operação de armar o
conjunto de disparo já foi feita antes.
Ação dupla – No acionamento do gatilho ocorrem duas operações, a primeira é o armar do conjunto de disparo e a se-
gunda é o disparo propriamente dito.
Dupla ação – Sistema onde se faz possível a execução do tiro tanto em ação simples, como em ação dupla.
Ação híbrida – A operação de armar o conjunto de disparo ocorre em duas etapas, uma antes e outra depois do dispa-
ro.
Revólver
Pistola
ESPINGARDA PUMP
CANO
JANELA DE CARREGADOR
EJEÇÃO E TUBULAR
CABEÇA
DO FELHO
GUARDA-
MÃO
GUARDA-MATO
E GATILHO
CORONHA
COM SO-
LEIRA
TRAVA DE
FECHAMENTO
TRAVA DE
SEGURANÇA
CANOS DUPLOS
PARALELOS
CANO CARREGADOR
TUBULAR
1. Somente aponte sua arma, carregada ou não, para onde pretenda atirar;
3. A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança;
5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la com um instrutor credenciado;
6. Mantenha seu dedo estendido ao longo do corpo da arma até que você e esteja realmente apontando para o alvo e
pronto para o disparo;
7. Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo estendido ao longo da arma;
12. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não substitutos do bom senso;
13. Certifique-se de que o alvo e a zona que o circunda sejam capazes de receber os impactos de disparos com a máxima
segurança;
14. NUNCA atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis podem ricochetear;
15. NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção;
16. SEMPRE que carregar ou descarregar uma arma, faça com o cano apontado para uma direção segura;
17. Caso a arma “negue fogo”, mantenha-a apontada para o alvo por alguns segundos. Em alguns casos, pode haver um
retardamento de ignição do cartucho;
19. SEMPRE que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada;
21. Quando a arma estiver fora do coldre e empunhada, NUNCA a aponte para qualquer parte de seu corpo ou de outras
pessoas ao seu redor, só a aponte na direção do seu alvo;
22. Revólveres desprendem lateralmente gases e alguns resíduos de chumbo na folga existente entre o cano e o tambor.
Pistolas e Rifles ejetam estojos quentes lateralmente; quando estiver atirando, mantenha as mãos livres dessas zonas e
as pessoas afastadas;
23. Tome cuidado com possíveis obstruções do cano da arma quando estiver atirando. Caso perceba algo de anormal com
o recuo ou com o som da detonação, interrompa imediatamente os disparos, descarregue a arma e verifique cuidado-
samente a existência de obstruções no cano; um projétil ou qualquer outro objeto deve ser imediatamente removido,
mesmo em se tratando de lama, terra, graxa, etc., a fim de evitar danos à arma e/ou ao atirador;
24. SEMPRE utilize óculos protetores e abafadores de ruídos quando estiver atirando;
25. NUNCA modifique as características originais da arma, e nos casos onde houver a necessidade o faça através armeiro
profissional qualificado;
26. NUNCA porte sua arma quando estiver sob efeito de substâncias que diminuam sua capacidade de percepção (álcool,
drogas ilícitas, medicamentos);
1. O SILÊNCIO é fator preponderante para segurança e deverá ser observado rigorosamente na linha de tiro;
2. No estande de tiro a arma permanecerá SEMPRE DESMUNICIADA E GUARDADA salvo sob comando expresso do ins-
trutor;
3. Todo procedimento de carregar, sacar, descarregar, inspecionar e colocar a arma no coldre será SOB COMANDO DO
INSTRUTOR, sempre com o cano apontado para direção segura a critério do instrutor;
4. SEMPRE obedeça ao comando do instrutor, fazendo tudo o que for ordenado, NUNCA antecipe a execução de coman-
do ou faça qualquer coisa não comandada;
5. Em caso de qualquer incidente, permaneça DE FRENTE PARA O ALVO com a arma apontada SEMPRE em direção ao
alvo e levante o braço oposto para que o instrutor possa atendê-lo;
6. No caso de haver mais de um candidato realizando a prova ao mesmo tempo, mantenha SEMPRE o alinhamento com
os outros atiradores.
PROVA TEÓRICA (para fins de registro e porte na categoria defesa pessoal em todas as espécies):
d) Legislação vigente sobre armas de fogo no Brasil (Lei 10.826/03 e Decreto 5.123/04): 05 questões.
5.1. Do Alvo: Silhueta humanóide, padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente de 5 (cinco) à 0 (zero) pontos;
5.2. Distância do atirador ao alvo: 10 (dez) tiros a 5 metros e 10 (dez) tiros a 7 metros;
5.4. Tempo de duração: 20 (vinte) segundos para cada sequência de 05 (cinco) tiros ou 40 (quarenta) segundos para cada
sequência de 10 (dez) tiros.
c) Para armas de dupla ação: nas pistolas o primeiro disparo em ação dupla e os demais em ação simples. Nos revólve-
res todos os disparos em ação dupla.
5.7. Da aprovação: Será aprovado o candidato que obtiver, no mínimo, 60 % da pontuação máxima do alvo, ou seja, 30
(trinta) pontos em cada distância, do total dos 50 (cinquenta) pontos possíveis; para a prova teórica se adotará o mesmo
percentual de acertos (60%).
5.8. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade
de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.
Observações:
1) O avaliando iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de segurança deverão ficar travadas até
que seja dado o comando de início da prova pelo Instrutor do DPF ou credenciado;
2) Caso o avaliando venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a critério do Instrutor avaliador,
dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no exame, devendo ser observado o item 5.8 acima.
6.1. Do Alvo: Silhueta humanóide, padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente de 5 (cinco) à 0 (zero) pontos;
c) Para armas de dupla ação: nas pistolas o primeiro disparo em ação dupla e os demais em ação simples. Nos revólve-
res todos os disparos em ação dupla.
6.7. Da aprovação: será aprovado o pretendente que obtiver aproveitamento mínimo de balins constantes em um cartucho;
6.8. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade
de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.
7. ARMA DE FOGO LONGAS PARA REGISTRO DE ARMA DE FOGO CATEGORIA DEFESA PESSOAL
7.1. Silhueta humanóide, padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente de 5 (cinco) à 0 (zero) pontos;
7.3. Quantidade de tiros: 02 (duas) séries de 05 (cinco) tiros em 30 (trinta) segundos para alma raiada; 02 (duas) séries de
02 (dois) tiros para alma lisa no tempo de 20 (vinte) segundos para cada série.
7.4. Da munição: Original de fábrica, PROIBIDO o uso de munição recarregada. As armas de alma lisa deverão utilizar car-
7.6. Da aprovação:
a) Será aprovado o candidato em arma longa de alma raiada que obtiver, no mínimo 60% da pontuação máxima do alvo, ou
seja, 30 (trinta) pontos do total de 50 (cinquenta) pontos possíveis.
b) Será aprovado o candidato em arma longa de alma lisa que obtiver um bom desempenho em acertar o alvo.
7.7. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade
de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.
OBSERVAÇÕES:
1) O avaliando iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de segurança deverão ficar travadas até
que seja dado o comando de início da prova pelo policial instrutor ou Instrutor credenciado;
2) Caso o avaliando venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a critério do Instrutor avaliador,
dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no exame, devendo ser observado o item 7.7 acima.
8. ARMA CURTA, ALMA RAIADA, PARA PORTE DE ARMA DE FOGO CATEGORIA DEFESA PESSOAL – com-
posta de duas avaliações
AVALIAÇÃO 1
8.1 Do Alvo Silhueta humanóide: padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente de 5 (cinco) à 0 (zero) pontos;
8.2. Distância do atirador ao alvo: 10 (dez) tiros a 5 metros e 10 (dez) tiros a 7 metros;
8.4. Tempo de duração: 20 (vinte) segundos para cada sequência de 05 (cinco) tiros ou 40 (quarenta) segundos para cada
sequência de 10 (dez) tiros.
f) Para armas de dupla ação: nas pistolas o primeiro disparo em ação dupla e os demais em ação simples. Nos revólve-
res todos os disparos em ação dupla.
8.7. Da aprovação: Será aprovado o candidato que obtiver, no mínimo, 60 % da pontuação máxima do alvo, ou seja, 30
(trinta) pontos em cada distância, do total dos 50 (cinquenta) pontos possíveis; para a prova teórica se adotará o mesmo
percentual de acertos (60%).
8.8. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade
de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.
Observações:
1) O avaliando iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de segurança deverão ficar travadas até
que seja dado o comando de início da prova pelo Instrutor do DPF;
2) Caso o avaliando venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a critério do Instrutor avaliador,
dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no exame, devendo ser observado o item 8.8 acima.
AVALIAÇÃO 2
8.9. Do alvo de quatro cores: 24 (vinte e quatro) disparos, divididos em 6 (seis) séries de 4 (quatro) disparos cada, no tempo
máximo de 10’’ (dez segundos por série) a 7 metros, contra alvo do tipo fogo central, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x
64cm, subdividido em quatro cores distintas, sendo 2 (dois) disparos em cada cor, conforme comando do aplicador da verifica-
8.10. Para os 24 (vinte e quatro) disparos, a contagem de pontos será feita com base nos valores de 0 (zero), 3 (três), 4 (quatro)
e 5 (cinco), impressos no alvo tipo fogo central (Anexo II) e de acordo com os locais atingidos pelos projéteis. Caso o projétil corte
a linha que separa os valores, contar-se-á o maior valor, para os demais, conforme os impactos das cores comandadas.
8.11. Para os candidatos comprovadamente daltônicos, que forem aferidos para o Porte de Arma, as cores no alvo colorido rece-
berão números de 1 (um) a 4 (quatro), e receberá o comando do aplicador pelos números.
8.12. Durante a verificação, será eliminado o candidato que não observar as regras de segurança e/ou efetuar disparo acidental.
Obs. Caso acerte a cor não comandada, perderá aquele tiro sem sofrer penalidade.
8.14. Em caso de incidente de tiro (falha da arma e da munição) na verificação, o candidato executará novamente, após o final da
série, os disparos relativos aos cartuchos não deflagrados, no mesmo tempo e posições correspondentes. Persistindo a falha,
serão substituídos os cartuchos de forma que o candidato possa completar o número de disparos previstos.
8.15. O Instrutor de Armamento e Tiro formado pelo DPF, aplicador do teste para Porte de Arma de Fogo, deverá a cada série
verificar e demarcar os locais de perfuração nos alvos.
8.16. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade de
tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.
9. ARMA CURTA, ALMA RAIADA, PARA PORTE DE ARMA DE FOGO CATEGORIA INSTITUCIONAL – duas avaliações
9.1. Alvos:
Avaliação 1: Humanóide nos mesmos moldes do realizado para o registro de arma de fogo e;
Avaliação 2: Alvo de quatro cores: 24 (vinte e quatro) disparos, divididos em 6 (seis) séries de 4 (quatro) disparos cada, no
tempo máximo de 08’’ (oito segundos por série) a 7 metros, contra alvo do tipo fogo central, padrão SAT/ANP, medindo 46cm
x 64cm, subdividido em quatro cores distintas, sendo 2 (dois) disparos em cada cor, conforme comando do aplicador da verifica-
ção. Será considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos pontos possíveis, ou seja, 72
(setenta e dois) pontos dos 120 (cento e vinte) pontos possíveis.
9.2. Para os 24 (vinte e quatro) disparos, a contagem de pontos será feita com base nos valores de 0 (zero), 3 (três), 4 (quatro) e
5 (cinco), impressos no alvo tipo fogo central (Anexo II) e de acordo com os locais atingidos pelos projéteis. Caso o projétil corte a
linha que separa os valores, contar-se-á o maior valor, para os demais, conforme os impactos das cores comandadas.
9.3. Para os candidatos comprovadamente daltônicos, que forem aferidos para o Porte de Arma, as cores no alvo colorido rece-
berão números de 1 (um) a 4 (quatro), e receberá o comando do aplicador pelos números.
9.4. Durante a verificação, será eliminado o candidato que não observar as regras de segurança e/ou efetuar disparo acidental.
Obs. Caso acerte a cor não comandada, perderá aquele tiro sem sofrer penalidade.
9.6. Em caso de incidente de tiro (falha da arma e da munição) na verificação, o candidato executará novamente, após o final da
série, os disparos relativos aos cartuchos não deflagrados, no mesmo tempo e posições correspondentes. Persistindo a falha,
serão substituídos os cartuchos de forma que o candidato possa completar o número de disparos previstos.
9.7. O Instrutor de Armamento e Tiro aplicador do teste para Porte de Arma de Fogo Categoria Institucional, deverá a cada série
verificar e demarcar os locais de perfuração nos alvos.
9.8. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade de
tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.
10. ARMA CURTA, ALMA LISA, PARA PORTE DE ARMA DE FOGO CATEGORIA DEFESA PESSOAL
8.1 Dos Alvos Silhueta humanóide (três alvos): padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente de 5 (cinco) à 0
(zero) pontos, posicionados lateralmente sem intervalos entre si;
i) Para armas de dupla ação: nas pistolas o primeiro disparo em ação dupla e os demais em ação simples. Nos revólve-
res todos os disparos em ação dupla.
8.7. Da aprovação: Será aprovado o pretendente que obtiver, acertos nos alvos 01 e 03 exclusivamente, conforme a ordem
de disparos comandada pelo instrutor.
8.8. Da reprovação: o pretendente será reprovado caso conste perfuração(ões) na silhueta do alvo 02. O mesmo dará ciên-
cia de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avalia-
ção após 30 dias.
Observações:
1) O avaliando iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de segurança deverão ficar travadas até
que seja dado o comando de início da prova pelo Instrutor do DPF;
2) Caso o avaliando venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a critério do Instrutor avaliador,
dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no exame, devendo ser observado o item 8.8 acima.
1. Armas de fogo curtas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha, na saída de cano, energia de até
trezentas libras-pé ou quatrocentos e sete joules e suas munições, como por exemplo os calibres: 22 LR, 25 AUTO, 32
AUTO, 32 S&W, 38 SPL e 380 auto.
2. Armas de fogo longas raiadas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha, na saída de cano energia
de até mil libras-pé ou mil trezentos e cinquenta e cinco joules e suas munições, como por exemplo os calibres: 22 LR,
32-22, 38-40 e 44-40;
3. Armas de fogo de alma lisa, de repetição ou semi-automática, calibre 12 ou inferior, com comprimento de cano igual ou
maior do que 24 polegadas ou seiscentos e de milímetros e suas munições de uso permitido;
4. Armas de pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, com calibre igual ou inferior a 6 milímetros e suas
munições de uso permitido;
5. Armas que tenham por finalidade dar partida em competições desportivas, que utilizem cartuchos contendo exclusiva-
mente pólvora.
7 Segurança de dignitários.
O cidadão comum que vez por outra toma conhecimento pela mídia de problemas envolvendo a segurança desta ou daquela
autoridade sempre vai questionar a competência dos profissionais envolvidos, se dispondo, ele próprio a exemplificar, em segui-
da, uma grande quantidade de fracassos das equipes encarregadas da segurança de personalidades. É fato que todo mundo se
crê um pouco "técnico na atividade de segurança" e nessas horas é comum pensar que de nada serve a segurança ou que, ao
exemplo de outras ridicularizadas instituições da América Latina, a nossa segurança também se destaque pelo primarismo ou
pela incompetência. No julgamento que se faz da "performance" dos elementos da segurança, quase nunca se avalia que, em se
tratando da proteção de autoridades, a segurança - à contra-gosto - quase sempre acaba fazendo aquilo que o dignitário deseja
que seja feito. Embora contrariando a boa técnica, em boa parte das vezes é a vontade do protegido que prepondera, e os segu-
ranças acabam se vendo às voltas com situações que bem se parecem com a materialização de seus piores pesadelos. Para
que se faça uma boa segurança, é necessário dispor de dados relativos às características pessoais, personalidade e hábitos da
autoridade a ser protegida; mas sua vontade pessoal não deveria ser levada em consideração, sempre que o seu atendimento
implicasse em risco para o esquema de segurança e consequentemente para a sua própria proteção como dignitário. Só para
que se tenha uma ideia da extensão dos problemas com os quais a segurança se defronta, em Outubro de 1999, um engarrafa-
mento em Londres fez com que o Primeiro-Ministro britânico, Tony Blair, saísse de seu veículo blindado e tomasse o metrô, nu-
ma decisão que surpreendeu tanto aos passageiros do trem quanto aos seus próprios guarda-costas!
Se pode listar uma extensa relação de autoridades assassinadas, feridas ou sequestradas, mas, na verdade, é impossível
apresentar estatísticas de ações desencorajadas pela existência de bons "esquemas de segurança". A própria atividade de segu-
rança pessoal de autoridades, por excelência, só vem a merecer comentários quando se vê sobrepujada pela ação dos crimino-
sos, loucos ou terroristas. Embora tais procedimentos costumem ser bastante negligenciados na América Latina - cuja adjetiva-
ção de pacífica e tranquila vem sendo à cada dia mais desmentida pelas estatísticas - torna-se de grande importância que Prefei-
tos, Secretários, Parlamentares, Promotores de Justiça, Procuradores, Magistrados, Governadores e Ministros possam, a exem-
plo dos Presidentes da República, contar com um grupamento estruturado de agentes para proporcionar-lhes a necessária prote-
ção em face de todo um conjunto de riscos cujo levantamento prévio é procedimento pré-operacional de caráter obrigatório em
toda boa segurança de dignitários.
Os seguranças de verdade são profissionais pagos para acreditar que a qualquer momento poderão ser exigidos a ganhar o
seu dinheiro da forma mais dura e arriscada possível. São sabedores de que em todo planejamento de segurança existe uma
possibilidade de falha impossível de ser eliminada, e tal constatação apenas justifica todo um redobrar de cuidados, o qual nem
sempre é compreendido, tanto pelos protegidos e pelo público em geral. O Líder Palestino Yasser Arafat, durante seus dias de
Definições básicas:
Dignitário: É aquele que exerce cargo elevado, de alta graduação honorífica e que foi elevado a alguma dignidade. É o VIP.
Segurança: É uma série de medidas proporcionadas a uma autoridade que garantam, no sentido mais amplo possível, a sua
integridade física.
Princípios Básicos:
Princípio da objetividade
• Princípio da preservação
• Princípio da iniciativa
• Princípio da surpresa
• Princípio da simplicidade
• Princípio da coordenação
• Princípio do comportamento de massa
• Princípio do emprego da força
• Princípio da maneabilidade
Vulnerabilidades frequentes:
• Rotina
• Improvisação
• Desmotivação
• Despreparo profissional
• Falta de informações
• Falta de interação da autoridade com o sistema de Segurança
ATENTADOS
Introdução
• Hoje em dia, o noticiário de imprensa aborda frequentemente no cenário mundial, notícias sobre sequestros e atentados de
toda ordem a pessoas importantes ou público inocente, culminando na maioria das vezes com os piores desfechos, inclusive
assassinato.
APARIÇÃO EM PÚBLICO
Conceito:
Aparição em público é todo o comparecimento, de uma autoridade, a um lugar no qual se encontram presentes pessoas es-
tranhas ao seu convívio diário, a fim de cumprir um compromisso oficial ou particular.
Fatores Considerados nos Planejamentos:
Quanto ao público:
• Controlado: é aquele que foi selecionado previamente para a participação no evento;
• Não controlado: é aquele que não é selecionado ou previamente controlado Quanto ao tipo do evento:
• Comícios e carreatas
• Inaugurações, aberturas e encerramentos de eventos
• Palestras e reuniões
• Apresentações sociais
• Grandes cerimônias
Quanto à formalidade:
• Formal ou oficiais
• Informais ou particulares
Quanto ao tempo de preparação:
• Eventos previstos: São aqueles programados na agenda da autoridade com antecedência;
• Eventos inopinados: São aqueles cumpridos sem o conhecimento prévio da segurança e, por conseguinte, sem a devida
preparação;
Quanto ao local:
• Recinto fechado
• Recinto aberto
Quanto ao sigilo:
• Ostensiva
• Reservada
Locais de aparição em público: Os locais de aparição em público devem atender as seguintes características:
• Amplitude
• Acessos
• População
• Terreno favorável
• Meios de comunicação
Características dos itinerários:
Quanto ao meio físico:
• Terrestre
• Aéreo
• Aquático
Quanto à proteção:
ESCOLHA DE ITINERÁRIOS
Dentre as diversas situações vulneráveis em que se pode encontrar uma Autoridade, uma das mais críticas é durante um
deslocamento a pé ou transportado, quaisquer que sejam as precauções tomadas.
Por esta razão, o planejamento e a escolha de itinerários a serem percorridos por uma Autoridade, merecem especial atenção
por parte da Segurança com o objetivo de evitar, dificultar ou minimizar os efeitos de uma agressão.
a) Conceito
ESCOLHA DE ITINERÁRIOS: é a decisão decorrente de um reconhecimento e planejamento sobre o deslocamento a pé ou
transportado, a ser percorrido por uma Autoridade.
b) Aspecto a serem observados na escolha de itinerários
• Classificação dos tipos de deslocamentos;
• Exame na carta;
• Reconhecimento;
• Planejamento;
• Decisão;
• Execução.
1) Classificação dos tipos de deslocamentos:
a) Quanto a Missão
ROTINEIROS: deslocamentos efetuados da residência para o trabalho e vice-versa;
ESPECIAIS: são aqueles realizados para atender às solenidades oficiais e as de cunho social (inaugurações, concertos, da-
tas cívicas, jantares);
INOPINADOS: são os deslocamentos não programados.
b) Quanto ao Meio de Transporte
AÉREOS: quando é utilizado avião ou helicóptero;
AQUÁTICOS: no caso de utilização de navios, lanches, barcos pequenos, etc. Pode ser marítimo, fluvial ou lacustre;
TERRESTRES: realizado utilizando-se automóveis, ônibus e trens.
c) Quanto ao sigilo
OSTENSIVOS: quando realizado com o conhecimento do público em geral, seja através da divulgação do deslocamento, seja
pela fácil identificação pelos transeuntes da passagem da Autoridade;
SIGILOSOS: quando se procura furtar do conhecimento público este deslocamento, agindo com discrição e se possível, utili-
zando transportes que não denunciem o citado deslocamento.
d) Quanto ao horário
DIURNOS: realizado à luz do dia, com todas as implicações que um deslocamento nessas condições enfrenta (trânsito, pe-
destres, etc.). Para se diminuir o tempo de deslocamento, haverá necessidade de emprego de força policial (trânsito);
NOTURNOS: as condições são opostas às acima descrita. Não há necessidade de envolvimento de grandes efetivos policiais
na Segurança.
e) Quanto à Extensão
CURTOS: deslocamentos realizados dentro do perímetro urbano;
LONGOS: grandes deslocamentos fora do perímetro urbano ou mesmo fora da cidade (zona rural ou outras cidades).
f) Quanto à Flexibilidade
FLEXÍVEIS: quando há possibilidade de mudança no deslocamento (itinerários alternativos) para outras opções de acesso e
de retiradas dos locais a serem percorridos;
NÃO FLEXÍVEIS: quando não há esta possibilidade (ex.: todavia sem retorno).
g) Quanto aos Meios Empregados
SIMPLES: deslocamentos que não exigem grande emprego de meios (ex. deslocamentos inopinados e sigilosos);
COMPLEXOS: há necessidade de grande emprego de meios. A utilização de pessoal e meios em apoio fica condicionado
aos seguintes fatores:
• Importância da Autoridade;
• A disponibilidade de pessoal e material;
• A conjuntura atual.
h) Quanto às Comunicações
A análise dos riscos de segurança também é conhecida como avaliação dos riscos, é uma segurança de qualquer organiza-
ção. A análise dos riscos de segurança é essencial na asseguração controles e despesa com os riscos aos quais a organização
é exposta. A análise dos riscos de segurança é cada vez mais indefensável quanto a usabilidade, flexibilidade, e criticamente.
quanto a que eles produzem para o usuário. A análise dos riscos de segurança abraça o uso do mesmo produto para ajudar a
assegurar a complacência com políticas de segurança, padrões externos. A segurança no sistema deve ser proporcional aos
seus riscos. Contudo, o processo para determinar que controles de segurança são apropriados e preço eficaz é bastante muitas
vezes um complexo e às vezes uma matéria subjetiva.
Uma das funções da análise dos riscos de segurança deve processar a base mais objetiva. Há um número de aproximações
distintas de arriscar a análise. Contudo, há dois tipos: quantitativo e qualitativo. A aproximação de análise dos riscos de seguran-
ça emprega dois elementos fundamentais; a probabilidade de uma ocorrência de evento e a perda provável o deveria ocorrer.
Isto é calculado para um evento por simplesmente multiplicando a perda potencial pela probabilidade. É assim teoricamente
possível colocar eventos da ordem do risco e tomar decisões baseado sobre isto. Os problemas com este tipo da análise dos
riscos associam-se normalmente com a insegurança e a inexatidão dos dados. A probabilidade pode ser raramente exata e pro-
mover, em alguns casos, o desvanecimento. Além do mais, os controles e as medidas defensivas muitas vezes atacam um nú-
mero de eventos potenciais e os próprios eventos são frequentemente relacionados.
Apesar dos descontos, um número de organizações adotaram com sucesso a análise dos riscos quantitativa. Isto é muito a
aproximação o mais largamente usada de arriscar a análise. Os dados de probabilidade não são necessitados e só previram que
a perda potencial seja usada. As metodologias de análise dos riscos mais qualitativas fazem o uso de um número de elementos
relacionados: Esses são coisas que podem dar errado ou isto pode 'atacar' o sistema. Os exemplos poderiam incluir o fogo ou a
fraude. As ameaças estão alguma vez presentes para cada sistema. Esses fazem um sistema mais propenso para atacar por
uma ameaça ou fazer um ataque mais provavelmente para ter um pouco de êxito ou impacto. Por exemplo, para a vulnerabilida-
de de fogo seria a presença de materiais inflamáveis. Esses são as medidas defensivas da vulnerabilidade.
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Há quatro tipos: os controles impedientes reduzem a probabilidade de um ataque deliberado os controles Preventivos prote-
gem a vulnerabilidade e fazem um ataque mal sucedido ou reduzem o seu impacto os controles Corretivos reduzem o efeito de
uns controles de Detetive de ataque descobrem ataques e provocam controles preventivos ou corretivos. Uma compreensão
própria das limitações das infraestruturas existentes é um pré-requisito importante para projetar novos serviços com um grau de
satisfação da segurança.
Na nossa opinião, uma metodologia melhorada da análise dos riscos é um primeiro passo necessário em direção a verifica-
ção e/ou melhoria da segurança de tais sistemas. De maneira ideal, a gerência dos riscos deve ser aplicada através de todos os
aspectos da confiança. Contudo, a complexidade crescente de sistemas de informação incita a melhora de desenho existente e
métodos de análise para aumentar a probabilidade que todas as ameaças possíveis sejam tomadas em consideração. Mais em
particular há uma necessidade para combinar métodos de análise dos riscos de segurança complementares com respeito à ar-
quitetura de sistema. http://www.xbackup.net/portuguese/Analise-dos-Riscos-de-Seguranca.html
Medidas de Controle e Prevenção
APR (Análise Preliminar de Riscos) tem sua importância maior no que se refere à determinação de uma série de medidas de
controle e prevenção de riscos, desde o início operacional do sistema, permitindo revisões de projeto em tempo hábil, com maior
segurança, além de definir responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.
a) Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de analogia ou similaridade com outros sistemas, para determinação
de riscos que poderão estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base a experiência passada.
b) Revisão da missão a que se destina: atentar para os objetivos, exigências de desempenho, principais funções e
procedimentos, ambientes onde se darão as operações, etc. Enfim, consiste em estabelecer os limites de atuação e delimitar o
sistema que a missão irá abranger: a que se destina, o que e quem envolve e como será desenvolvida.
c) Determinação dos riscos principais: identificar os riscos potenciais com potencialidade para causar lesões diretas e
imediatas, perda de função (valor), danos à equipamentos e perda de materiais.
d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar séries de riscos, determinando para cada risco principal
detectado, os riscos iniciais e contribuintes associados.
e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: elaborar um "brainstorming" para levantamento dos meios
passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com as
exigências do sistema.
f) Analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar os métodos possíveis que sejam mais eficientes para restrição geral,
ou seja, para a limitação dos danos gerados caso ocorra perda de controle sobre os riscos.
g)Indicação de quem será responsável pela execução das ações corretivas e/ou preventivas: Indicar claramente os
responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou corretivas, designando também, para cada unidade, as atividades a
desenvolver.
A APR tem grande utilidade no seu campo de atuação, porém, como já foi colocado, necessita as vezes de ser
complementada por técnicas mais detalhadas e apuradas. Em sistemas que sejam já bastante conhecidos, cuja experiência
acumulada conduz a um grande número de informações sobre riscos, esta técnica pode ser utilizada de modo auxiliar. Wikipédia
PLANEJAMENTO DE CONTINGÊNCIAS
Planejamento de contingência se resume em um documento normativo que descreve de forma clara, concisa e completa a
resposta ou ação que deverá ser desencadeada diante de adversidades ou em caso de acontecimento de um sinistro, perda ou
dano, seja ele de ordem pessoal (humana) ou patrimonial (bens tangíveis e intangíveis).
É neste plano que o homem buscará informações para desencadear suas atitudes diante de um sinistro. No plano, estarão
pré-estabelecidas todas as táticas contingenciais (o que deve ser feito e como será executado).
O
planejamento de contingência é uma segurança reserva (uma carta na manga); ele visa assegurar a continuidade operacio-
nal da empresa/residência reduzir ou anular as consequências do sinistro e evitar que outros sinistros aconteçam em decorrência
das condições especiais...
GERENCIAMENTO DE CRISES
CONCEITO DE CRISE
Um evento ou situação crucial que exige uma resposta especial da polícia, a fim de melhor assegurar um solução aceitável.
(FBI/NA)
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS
1. Compressão de tempo ( urgência )
2. Ameaça de vida
3. Necessidade de:
a) Postura organizacional não-rotineira;
b) Planejamento analítico especial e capacidade de implementação; e
c) Considerações legais especiais.
OBJETIVOS
Preservar Vidas
"Antecipação - Cenários - Inteligência", esse é o trinômio que vai diferenciar os profissionais de segurança nas corporações.
Uma mudança radical nos conceitos até então vigentes de prevenção reativa e de relatórios quase que sempre convertidos em
pedidos de materiais e serviços, e que deverão ser substituídos por um "processo" de segurança, com atores mais envolvidos e
responsabilizados diretamente por suas ações e/ou omissões.
Crises nos mais variados incidentes atingem as empresas, e quase sempre a "surpresa" com que se revestem , causam ex-
pansão dos danos e aumento dos prejuízos. Medidas de controle antecipativo, de planificação para as contingências, do estudo
de cenários de risco, e do uso da Inteligência em Segurança Empresarial, podem minimizar e em alguns casos, reverter situa-
ções indesejáveis, já que o conceito de previsão, pelo entendimento do processo de gerenciamento de riscos, torna apto o ambi-
ente a adequação e reconhecimentos dos perigos e emergências corporativas, bem como , das formas já desenhadas para seu
enfrentamento , contenção , minimização ou extinção.
O grande problema para a segurança está em situar a existência do risco. Numa cultura voltada para a ideia de que o "peri-
go, só na casa do vizinho", existe uma rejeição aos processos de segurança corporativa. Não é muita surpresa, pois basta obser-
var os riscos a que a maioria das pessoas teima em cometer nas grandes cidades, sendo vítimas das variadas modalidades de
crime, para entender o porquê de tanta reação nas empresas. Prova disso ? basta observar que alguns executivos não se deslo-
cam um metro siquer nas ruas, sem um agente de segurança, ou com motorista e carro blindado, no entanto, seus filhos e sua
familia estão com essa mesma cobertura ? Periodicamente, em algumas empresas, os dirigentes passam por palestras de segu-
rança pessoal, visando sensibiliza-los para os riscos e formas de auto proteção, mas para seus familiares nenhum cuidado é
dedicado ! Essa forma dispersa de segurança, acaba por ser observada inconscientemente por outros envolvidos, gerando des-
crédito e "pilhéria" a esses modelos. Em recente atividade de treinamento de segurança pessoal para executivos, numa simula-
ção, pedimos que fosse feita a operação de um extintor de incêndio. Para nossa surpresa, o indicado ( um Vice Presidente) não
sabia usar o equipamento e nunca havia sido treinado para tal, não tinha siquer a noção do uso do material para facilitar seu
roteiro de fuga, destruindo uma porta de vidro !!!
Gerenciar crises, é antes de tudo reconhecer o risco, buscar e avaliar situações que por sua natureza venham a cria-los ou
potencializa-los.Reconhecer que "emergências" existem , mas podem ser trabalhadas para ter seus efeitos minimizados.
Prever, antecipar e estar pronto para intervir e operar em situações de crise, a partir de nova concepção estratégica nos ne-
gócios é agora uma "missão" da segurança. Prova disso é que profissional que desconhecer o conteúdo e as implicações da "
Lei Sarbanes-Oxley ", certamente terá problemas para entender a importância da continuidade dos negócios e o gerenciamento
de crises nas empresas.
A " Sarbanes-Oxley " é um "Act" ("The U.S. Public Company Accounting Reform and Investor Protection Act of 2002"), uma
Lei decorrente das medidas governamentais adotadas pelos EUA , em razão das fraudes e dos riscos de gestão corporativa, que
O recente ataque a um dos mais seguros condomínios em Curitiba, no Paraná, deve servir para o redesenho das estruturas
de segurança de instalações. Da mesma forma, o incremento de roubos a prédios comerciais e/ou residenciais, mostra que o
planejamento de segurança está sendo antecipado pelo crime, que consegue neutraliza-lo. Novas respostas antecipadas preci-
sam ser estudadas e pensadas para o enfrentamento ao crime, visando a supremacia da proteção contra a ação criminosa, e os
prejuízos daí decorrentes para as empresas. É fácil perceber que em alguns casos, a idéia de “ segurança “ escapa da técnica e
é trabalhada como algo infalível e quase teológico, ou seja, todos passam a acreditar que existe , negligenciando e não adotando
um redesenho de riscos, comportamentos e procedimentos reativos, o que facilita, quando não, até incentiva a ação criminosa.
Fato importante a destacar no atual contexto da segurança corporativa, é o segmento de “segurança da informação”.
Presentemente, o conceito, foi apropriado pela área de TI, e fica reservado ao conjunto de medidas que visa a proteção das
informações que circulam nas intranets e sistemas da empresa. Com uma visão centrada na retirada ou supressão de dados,
muitas vezes, é esquecido que o acesso a determinadas informações pode assegurar o resultado de um crime. Em uma
auditoria de segurança, na qual participamos recentemente em uma empresa, tivemos a oportunidade de verificar a facilida-
de de acesso a endereços e dados pessoais de empregados, através do sistema de RH da organização. Cerca de trinta
pessoas poderiam acessar a dados como endereços, telefones e documentação dos empregados, além de suas fotos, e
dados familiares, de diversas estações em vários pontos do país. Outras quase cem, poderiam obter parte desses dados. A
facilidade na obtenção de dados, pode ensejar a busca criminosa desses registros e que podem dar-se de formas variadas,
desde a chantagem contra um empregado, passando por ameaças ou até a “compra” desses dados. Num mundo conturbado
pelo crime em suas várias modalidades, não é preciso que se chegue a paranóia, mas é necessário que se repense alguns
modelos, que expõe a risco as empresas e seus colaboradores.
Ainda sobre fatos curiosos observados em nossa atividade profissional, pudemos observar o descuido com que se dá a
“entrada” de colaboradores e prestadores de serviços na empresa. Quase sempre a confirmação de endereço, é feita por um
documento apresentado pelo interessado(?), não existe uma pesquisa de avaliação quanto aos antecedentes comportamen-
tais e sociais do candidato, levando muitas vezes a organização a contratarem “problemas”, que mais a frente vão resvalar
para riscos à segurança interna. Nos casos de fraude, quase sempre é possível comprovar que o fraudador , já tinha sido
desligado de outras organizações pelo mesmo problema, mas que no sistema usual de consultas esse fato era omitido !
Sabe-se que nesses casos somente uma diligência feita por um investigador privado, com o uso de pesquisa encoberta e em
caráter discreto, poderia obter a positivação de uma contra-indicação quanto a admissão. Para confirmar a espécie, basta
lembrar o rumoroso caso de uma jovem assassinada no RJ, por um empregado do prédio, após sevicia-la, e que na investi-
gação policial, foi descoberto que o mesmo, havia sido desligado do emprego anterior, por tentativa de agressão sexual per-
petrada contra uma empregada doméstica. A administradora anterior, omitira esse dado, preocupada em não ter provas, e
com isso causou indiretamente uma morte, já que o psicopata conseguiu novamente entrar no círculo profissional que lhe
permitia ataques a mulheres em prédios residenciais.
Os exemplos acima, mostram de maneira inconteste a necessidade, do planejamento antecipado em segurança corporativa.
O uso dos modelos de gestão de crise, com o estudo, a análise e a avaliação dos cenários indicativos de risco, e as medidas
protetivas e/ou reativas, moldadas de sorte a atender tais situações e emergências devem ser a razão principal da segurança
corporativa no atual contexto estrutural e conjuntural de riscos.
Requisitos de um Plano de Atendimento de emergência - PAE
UM PLANO DEVE ...
_ Incluir previsões para toda e qualquer situação que puder ser, realisticamente, esperada, estratificada de acordo com o his-
tórico das ocorrências notáveis,
_ Especificar atribuições e Responsabilidade a todos aqueles que são designados para participar dos PAE´s,
_ Ser realista e prático às necessidades da situação emergencial,
_ Pré-determinar NÍVEIS DE ALERTA de monitoramento e atendimento para várias situações apresentadas;
_ Ser flexível nas situações inesperadas;
_ Proporcionar autonomia aos Líderes do Comando da Crise.
UM PLANO DEVE SER...
_ BREVE: Um plano excessivamente extenso se perderá em seu próprio conteúdo;
_ SIMPLES: Um plano complexo será muito difícil de ser entendido por aqueles que deverão aplicá-lo;
_ FLEXÍVEL: Um plano inflexível conduzirá a dificuldades no local do incidente;
_ EXECUTÁVEL: Deve ser realista ao levar em conta a disponibilidade das pessoas treinadas, equipamentos e especialistas;
UM PLANO DEVE CONSIDERAR...
_ A logística de transporte de recursos materiais e humanos;
_ A capacidade e as limitações de atendimento emergencial de todas as equipes envolvidas;
_ A disponibilidade e a capacitação de órgãos de apoio externos de ajuda mútua fora do perímetro abrangido pelo plano;
_ Identificação e controle das equipes envolvidas (interna e externa), equipamentos e materiais;
_ Suprimento de água, alimentação e energia;
A palavra Corporativa está empregada no sentido de corporação, associação, empresa, instituição, organização, etc.
Já a palavra estratégica está no sentido de geral/global, institucional. Logo:
Qualquer planejamento de segurança que vise à proteção da empresa ou organização de forma globalizada (macro), recebe
o nome de planejamento estratégico.
A segurança estratégica passa por três etapas básicas: (Antonio C. R. Brasiliano)
1. Levantamento da cultura existente na organização;
2. Elaboração de política e filosofia de segurança;
3. Definição do Departamento de Segurança Empresarial.
SEGURANÇA DA GESTÃO DAS ÁREAS E INSTALAÇÕES
PROTEÇÃO PERIMETRAL
Tipos de Cercado: De uma forma geral, são utilizados numa Proteção Perimetral um dos seguintes materiais: Muros; Alam-
brados; Grades; Estrutura de madeira; Estacas de concreto e cercas de arame farpado Os materiais mais utilizados em Proteção
Perimetral são, no entanto, o muro, a grade e o alambrado.
Áreas de acesso proibido ou restrito. Podem ser consideradas áreas restritas: gabinetes da presidência/diretoria, tesoura-
ria, cofres, caixa forte, sala forte, casa de força, laboratórios, produção, etc. Para chegar até essas áreas, deve existir uma para-
fernália de obstáculos e barreiras de segurança, o suficiente para desestimular a ação criminosa.
As vias de acesso a essas áreas devem ser monitoradas e equipadas com dispositivos de alarmes;
O departamento não deve ser identificado por sinalização. Exemplo: Gabinete do Presidente; Diretor Geral; Casa de Força. A
sinalização deve se ater a placas indicando a proibição de circulação de pessoas. Se o acesso é proibido, a pessoa que utiliza o
departamento ou sala sabe muito bem o caminho e não precisa de sinalização;
Nenhuma das quatro paredes destas áreas/departamentos pode ser extremidade do imóvel, pois a área restrita deve ser no
centro da construção, ou seja: ao seu redor devem existir outros cômodos, cujo acesso também é de considerável controle e
vigilância;
A segurança é executada de fora para dentro;
A elevação do nível da segurança de áreas restritas é diretamente proporcional à proximidade, ou seja, quanto mais a pessoa
se aproximar destas áreas, mais obstáculos e procedimentos de segurança ela deve encontrar.
Sistemas de Identificação
A portaria ou recepção da empresa é de vital importância para a segurança, uma vez que é por ela que entram e saem diri-
gentes, funcionários, visitantes e fornecedores.
Também é por ela que tentam passar ladrões, assaltantes, sequestradores, terroristas, espiões e outros tipos de criminosos.
Daí a importância em treinar adequadamente os funcionários que nela trabalham.
É importante que existam funcionários da Segurança apoiando os porteiros e recepcionistas, sempre atentos a qualquer
anormalidade.
Além do apoio humano, é necessário que o local seja monitorado com câmeras de circuito interno de TV, controladas direta-
mente pela central de segurança.
O pessoal da Segurança, em serviço na recepção deve estar munido de equipamentos de comunicação, capazes de mantê-
los em contato permanente com a central de segurança.
O ingresso de qualquer pessoa, no interior da empresa, só deve ser permitido dentro de um processo de identificação e con-
trole de acesso eficiente.
O sistema mais prático e simples de identificação é através de crachás. Por isso, adote um sistema específico para cada tipo
de pessoa, como dirigentes, funcionários, estagiários fornecedores, serviços terceirizados e visitantes, entre outros.
Existem no mercado diversas empresas especializadas em criar sistemas de identificação, cabendo à empresa escolher o
sistema que melhor se adapte à sua situação particular.
Crachás:
Segurança patrimonial
É um conjunto de medidas, capazes de gerar um estado, no qual os interesses vitais de uma empresa estejam livres de inter-
ferências e perturbações.
Conjunto de medidas: A segurança patrimonial não depende apenas do departamento de segurança da empresa, mas en-
volve todos os seus setores e todo o seu pessoal.
Estado: significa uma coisa permanente. É diferente de uma situação, que é temporária.
Interesses vitais: Os interesses vitais de uma empresa não estão apenas em não ser roubada ou incendiada. O mercado, os
segredos, a estratégia de marketing, pesquisas de novos produtos devem igualmente ser protegidos.
Interferências e perturbações: Nada deve impedir o curso normal da empresa. Deve-se prevenir não apenas contra incên-
dios e assaltos, mas também contra espionagem, sequestros de empresários, greves, sabotagem, chantagem, etc.
"Não existe segurança perfeita, total ou absoluta. O que existe é a segurança satisfatória"
- É capaz de retardar ao máximo uma possibilidade de agressão;- É capaz de desencadear forças – no menor espaço de
tempo possível – capazes de neutralizar a agressão verificada.
Importância
As empresas não beneficiam apenas os seus proprietários, acionistas ou empregados que nelas trabalham diretamente. Em-
presas sadias e prósperas beneficiam toda uma região e um universo infindável de pessoas, entre outros, com os seguintes
benefícios: geração de impostos, comercialização de matérias primas; incremento dos transportes; expansão das redes de tele-
comunicações e do sistema financeiro; disputa de mão de obra qualificada; crescimento da construção civil; construção de esco-
las e hospitais; fortalecimento do comércio do comércio e da agricultura;
Os investimentos em hotelaria que o Brasil recebeu nos últimos anos possibilitou a construção de edificações modernas e se-
guras com equipamentos de última geração para garantir muito conforto e segurança aos hóspedes, mas a mão-de-obra neste
setor carece muito de especialização.
“Muitas organizações criminosas utilizam os apartamentos de alguns hotéis como escritórios do crime”
Segurança deve ser tratado como um negócio .Uma boa parte das redes hoteleiras e dos proprietários de hotéis no Brasil
ainda não perceberam a importância do departamento de segurança, não estão estruturados para atender a demanda e acredi-
tam que investir na profissionalização do departamento de segurança é bastante oneroso e desnecessário. Preferem a solução
caseira de instalar uma câmera num certo ponto da edificação sem critério algum, recorrer a dois ou três seguranças de porte
físico avantajado colocados em local bem visível de um suntuoso lobby, enfeitado por flores com belas e sorridentes recepcionis-
tas e mobiliário nobre. Somada a esta fórmula, muitas vezes mágicas na concepção de alguns hoteleiros, está o olho amigo, ou
seja, cada funcionário do hotel passa a ser um segurança e acreditam que está equacionada a solução. Isto pode até passar a
sensação de segurança e conforto para os hóspedes que chegam aos hotéis, mas segurança vai bem além e é muito mais com-
plexa do que muitos empresários e investidores da hotelaria imaginam. Uma regra básica na hotelaria é esquecida, a de garantir
a privacidade dos clientes e zelar pelo seu conforto. Na prática, muitas vezes a segurança não é tratada como um negócio e não
recebe a atenção devida como recebe os setores de hospedagem, alimentos e bebidas, eventos, entre outros. Isto certamente
ocorre pela formação dos gestores de hotéis que não concebem o fato de que segurança hoje é capaz de fazer a diferença para
Administração da Segurança – Proteção Perimetral – Serviços de Vigilância – Controle Interno – Prevenção e Combate a Incên-
dios – Espionagem – Proteção contra furtos – Prevenção de Assaltos – Segurança dos computadores – Possível Ação Terrorista
– Sistema de identificação – Greves e Paralisações – Iluminação – Abastecimento de energia elétrica –Combustíveis e materiais
perigosos – Segurança Pessoal – Segurança familiar e Residencial – Eventos Especiais – Pontos e questões críticas. Simone
Santiago.
9 Noções de primeiros-socorros.
PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros socorros são uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de emergência,
feitos por pessoas comuns com esses conhecimentos, até a chegada de atendimento médico especializado.
O melhor é obter treino em primeiros socorros antes de se precisar usar os procedimentos em quaisquer situações de
emergência.
Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são para atender vítimas de acidentes
automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais, acidentes industriais, tiroteios ou para
atender pessoas que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc.
Tão importante quanto os próprios primeiros socorros é providenciar o atendimento especializado. Ao informar as
autoridades, deve-se ser direto e preciso sobre as condições da(s) vítima(s) e o local da ocorrência.
Conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional de saúde que presta um atendimento de
primeiros socorros, Conhecer os aspectos legais do socorro, conhecer as 4 fases do socorro e saber realizar um exame primário
e um secundário.
Toda pessoa que estiver realizando o atendimento de primeiros socorros deve, antes de tudo, atentar para a sua própria se-
gurança. O impulso de ajudar a outras pessoas não justifica a tomada de atitudes inconseqüentes, que acabem transformando-o
em mais uma vítima.
A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de primeiros socorros. Para tanto, evite que a ví-
tima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido sigilo sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o
atendimento.
• Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida
ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba
assistência médica especializada.
• Socorrista: Atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a portaria n° 824 de 24 de junho de 1999. O so-
corrista possui um treinamento mais amplo e detalhado que uma pessoa prestadora de socorro.
• Urgência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O tempo gasto entre o momento em que a vítima
OMISSÃO DE SOCORRO
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em "Deixar de prestar assistência, quando possível fa-
zê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e imi-
nente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública."
Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se
resulta em morte.
Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou
não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
Caso a vítima esteja impedida de falar em decorrência do acidente, como um trauma na boca por exemplo, mas demonstre
através de sinais que não aceita o atendimento, fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de
socorro, deve-se proceder da seguinte maneira:
• Não discuta com a vítima.
• Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas.
• Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos.
• Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros, que irá respeitar o direito dela
de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la no que for necessário.
• Arrole testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima.
• No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é
retirada do local do acidente antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deverá, se possível, arro-
lar testemunhas que comprovem o fato.
• O consentimento para o atendimento de primeiros socorros pode ser formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que
concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter se identificado como tal e ter informado à vítima de que
possui treinamento em primeiros socorros, ou implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida
a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentindo com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a vítima
daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socor-
ros.
• O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos
pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou respon-
sáveis, caso estivessem presentes no local.
O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em mente que a prestação de
primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante
para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode
comprometer ainda mais a saúde da vítima.
O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo
eminente, podendo fazê-lo, é crime.
Conceitos preliminares
Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à vítima. A pessoa que chama por socorro especializado, por
exemplo, já está prestando e providenciando socorro.
Qualquer pessoa que deixe de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo, estará cometendo o crime de
omissão de socorro, mesmo que não seja a causadora do evento.
A omissão de socorro e a falta de atendimento de primeiros socorros eficiente são os principais motivos de mortes e danos
irreversíveis nas vítimas de acidentes de trânsito.
Os momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas são os mais importantes para se garantir a
recuperação ou a sobrevivência das pessoas feridas.
Acontece que somente o espírito de solidariedade não basta. Para que possamos prestar um socorro de emergência correto
e eficiente, precisamos dominar as técnicas de primeiros socorros.
Algumas pessoas pensam que na hora de emergência não terão coragem ou habilidade suficiente, mas isso não deve ser
motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca sabemos quando teremos que utilizá-las.
Socorrista: É como chamamos o profissional em atendimento de emergência. Portanto, uma pessoa que possui apenas o
curso básico de Primeiros Socorros não deve ser chamado de Socorrista e sim de atendente de emergência.
Devemos, sempre que possível, preferir o atendimento destes socorristas e paramédicos, que contam com a formação e
equipamentos especiais.
Atendimento Especializado: Na maioria das cidades e rodovias importantes é possível acionar o atendimento especializado,
que chega ao local do acidente de trânsito em poucos minutos.
Quando não estivermos sozinhos, devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela
pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.
Se essa pessoa de maior experiência e conhecimento for você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza,
demonstrando a cada uma o que deve ser feito, de forma rápida e precisa.
Resgate
No Corpo de Bombeiros, a conscientização de que haveria necessidade em se melhorar o atendimento pré-hospitalar surgiu
na prática do dia a dia, vivenciada pelos integrantes do Serviço de Salvamento.
Até então, sua atribuição específica era a de remover vítimas dos locais de acidente onde estavam presas ou com o acesso
dificultado. Porém, muitas vezes esta remoção era lenta, com a vítima necessitando de cuidados, e dificilmente existia a presen-
ça de um médico no local.
Também, mesmo após sua remoção, as ambulâncias sempre tardavam a chegar e as viaturas de bombeiros não possuíam
condições de acomodação para seu transporte a um hospital, restando apenas aguardar ou efetuar um transporte precário.
Em 1986, a Polícia Militar do Estado de São Paulo, em integração com a Associação de intercâmbio entre EUA e Brasil, de-
nominada "Companheiros das Américas", enviou um grupo de quatro oficiais dos Bombeiros e um da Defesa Civil à cidade de
Chicago, nos EUA, para a realização de um Curso de Técnicos em Emergências Médicas.
No seu regresso, os oficiais apresentaram um relatório ao Comandante Geral da Corporação, onde se propunha a reformula-
ção dos conceitos e da instrução de primeiros socorros ministrada ao seu efetivo, bem como a criação de um serviço no Corpo
de Bombeiros, com viaturas, equipamentos e pessoal específicos para o atendimento e transporte das vítimas de acidentes.
Em 1987, englobando todas as conclusões dos grupos de trabalho e selando a integração entre Saúde e Bombeiros, foi cria-
da a Comissão de Atendimento Médico às Emergências do Estado de São Paulo - CAMEESP, que apresentou proposta para a
criação de um projeto piloto de atendimento pré-hospitalar denominado PROJETO RESGATE.
Finalmente a proposta foi aprovada e, em 22 de maio de 1989 os Secretários Estaduais da Saúde e Segurança Pública assi-
naram a Resolução Conjunta SS/SSP no 42, que definia as formalidades de implantação do PROJETO RESGATE, sob a coor-
denação de uma comissão mista denominada GEPRO - EMERGÊNCIA e operacionalização do Corpo de Bombeiros e Grupa-
mento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O Serviço iniciou efetivamente no início de 1990, com atuação na Grande São Paulo e em 14 municípios do Estado, empre-
gando 36 Unidades de Resgate, 02 Unidades de Suporte Avançado e 01 helicóptero. Este projeto inicial foi se expandindo por
todo o Estado, aumentando o número de viaturas e de pessoal, até que em 10 de março de 1994, através do Decreto no 38432,
o Serviço de Resgate foi consolidado e sua operacionalização atribuída exclusivamente à Polícia Militar do Estado de São Paulo,
por intermédio do Corpo de Bombeiros e Grupamento de Radiopatrulha Aérea.
No interior e na região metropolitana, ainda o sistema funciona apenas com o Suporte Básico da Vida prestado pelas Unida-
des de Resgate, sem a presença de médicos no Centro de Comunicações, muito embora a meta seja de termos gradualmente o
Serviço completo em todas as regiões do Estado."
Todo cidadão é obrigado a prestar auxílio a quem esteja necessitando, tendo três formas para fazê-lo: atender, auxiliar quem
esteja atendendo ou solicitar auxílio.
Exceções da lei (em relação a atender e/ou auxiliar): menores de 16 anos, maiores de 65, gestantes a partir do terceiro mês,
deficientes visuais, mentais e físicos (incapacitados).
Telefones de emergência:
CB: 193
SAMU: 192
PM: 190
O atendimento pré-hospitalar de urgência, como o realizado pelo SAMU de Porto Alegre, tem interfaces múltiplas, pois relaci-
ona-se com o paciente, com seus familiares, com outras instituições da área da saúde, com instituições fora da saúde, em espe-
cial vinculadas à segurança pública e controle de trânsito, e por decorrência, com a sociedade como um todo.
Na relação com os pacientes ou com seus familiares a demanda fundamental se baseia no critério da necessidade. Os profis-
sionais deste serviço tem como objetivo nesta relação a busca do bem do paciente (beneficência). Os deveres associados são a
veracidade e o atendimento da necessidade real ou presumida. Nesta avaliação devem ser avaliadas a gravidade do quadro de
saúde apresentado e o risco iminente de morte.
A relação do atendimento pré-hospitalar com outras instituições da área da saúde nem sempre tem a contrapartida esperada.
Estas atividades não são adequadamente integradas e muitas vezes os profissionais das outras instituições reclamam por rece-
ber pacientes atendidos primeiro no domicílio ou na rua. A contrapartida esperada pelas instituições é a de que as demandas do
atendimento pré-hospitalar sejam realmente necessárias e baseadas em fatos e circunstâncias verdadeiras. O importante é bus-
car construir uma relação de efetiva parceria entre o atendimento pré-hospitalar e as instituições de saúde que são responsáveis
pela continuidade do atendimento.
As relações do atendimento pré-hospitalar com outras instituições não relacionadas com a área da saúde também são múlti-
Nas relações entre o atendimento pré-hospitalar e a sociedade, esta tem como principal expectativa a proteção. Nesta carac-
terística inclui-se o reconhecimento da competência técnica dos profissionais e a expectativa de atendimento humanizado. Um
paradoxo que se estabelece é o de que este tipo de serviço recebe um grande número de solicitações de atendimento que são
fraudulentas. Corriqueiramente este tipo de solicitação é denominada de "trote", e uma "brincadeira". O custo social e pessoal
deste tipo de demanda inexistente é enorme. Este tipo de procedimento pode ser claramente enquadrado como sendo maleficen-
te, pois visa enganar deliberadamente o serviço de saúde, utilizando um recurso que pode ser momentaneamente escasso. Os
profissionais em contrapartida esperam que seu trabalho seja adequadamente reconhecido e que sejam fornecidas condições
aceitáveis de trabalho e segurança.
Estas breves reflexões tem como única finalidade estabelecer as diferentes formas de relacionamento que o atendimento pré-
hospitalar tem com os segmentos sociais com os quais se relaciona.
BIOSSEGURANÇA
Biossegurança é o conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de
agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade.
Definição
Outra definição nessa linha diz que "a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou
eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados" (Teixeira &
Valle, 1996). Este foco de atenção retorna ao ambiente ocupacional e amplia-se para a proteção ambiental e a qualidade. Não é
centrado em técnicas de DNA recombinante.
Uma definição centrada no ambiente ocupacional encontramos em Teixeira & Valle (1996), onde consta no prefácio
"segurança no manejo de produtos e técnicas biológicas".
Uma outra definição, baseada na cultura da engenharia de segurança e da medicina do trabalho é encontrada em Costa
(1996), onde aparece "conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para
prevenir acidentes em ambientes biotecnológicos". Está centrada na prevenção de acidentes em ambientes ocupacionais.
Fontes et al. (1998) já apontam para "os procedimentos adotados para evitar os riscos das atividades da biologia". Embora
seja uma definição vaga, sub-entende-se que estejam incluídos a biologia clássica e a biologia do DNA recombinante.
Estas definições mostram que a biossegurança envolve as seguintes relações: tecnologia ---- risco -----homem.O risco
biológico será sempre uma resultante de diversos fatores e, portanto, seu controle depende de ações em várias áreas,
priorizando-se o desenvolvimento e divulgação de informações além da adoção de procedimentos correspondentes ás boas
práticas de segurança para profissionais, pacientes e meio ambiente. agente biológico -----risco -----homem tecnologia -----risco --
---sociedade biodiversidade ------risco -----economia
Conceitos usados
Muitos termos próprios da Biossegurança são usados como se fossem sinônimos ou um tanto quanto aleatoriamente. Por
exemplo, o termo estabilização é usado de uma forma prostituída. Vamos estabelecer isto melhor. De forma alguma trata de
academicismo. As palavras de uma língua são usadas para a comunicação e, aprendemos em programação neurolinguística
que, quando queremos ensinar um conceito, precisa haver uma harmonização entre a concepção de quem emite o ensinamento
e a de quem recebe o mesmo. Todos que trabalham numa instituição de saúde devem conhecer perfeitamente o significado
destes conceitos.
• Biomecânica do trauma,
• Avaliação e Atendimento do acidente e a vítima;
• Triagem (START),
• Controle das vias aéreas e ventilação,
• Hemorragias e técnicas de hemostasia,
• Estado de Choque,
• Ferimentos e curativos;
• Reanimação Cardio-pulmonar (AHA2005);
• Traumas: toráxicos, abdominal, cranioencefálico, raquimedular, músculo esquelético;
• Imobilizações e técnicas de transporte de vítimas;
• Resgate veicular.
A observação do local na cena do evento já faz parte da história do trauma. Os danos externos e internos constatados no ve-
ículo freqüentemente representam “pistas” para as lesões sofridas pelos seus ocupantes. Por exemplo, um volante deformado
sugere impacto sobre o tórax, uma “fratura” circular do pára-brisa indica o local de impacto da cabeça e sugere uma possível
lesão da coluna cervical. Uma deformidade na parte mais baixa do painel sugere o impacto e uma possível luxação de joelho,
coxo-femural ou até uma fratura de fêmur. A intrusão da porta no compartimento dos passageiros leva a suspeita de uma lesão
tóraco-abdomino-pélvica e/ou no pescoço da vítima.
A equipe que atende a um politraumatizado deve ter dois tipos de lesões em mente. O primeiro tipo são aquelas facilmente
identificáveis ao exame físico, permitindo tratamento precoce. Já o segundo tipo de lesões são aquelas ditas potenciais, ou seja,
não são óbvias ao exame mas podem estar presentes pelo mecanismo de trauma sofrido pelo paciente. Dependendo do grau de
suspeita destas lesões pela equipe, danos menos aparentes podem passar desapercebidos, sendo tratadas tardiamente.
Deste modo, ressalta-se a importância de se conhecer a história do acidente. No trauma, assim como em qualquer outra do-
ença, uma história clínica completa e precisa, desde que corretamente interpretada, pode levar à indicação ou suspeita de 90%
das lesões traumáticas apresentadas pela vítima.
Para que um objeto em movimento perca velocidade, é necessário que sua energia de movimento seja transmitida a outro
objeto. No trauma, esta transferência de energia ocorre quando os tecidos do corpo humano são violentamente deslocados para
longe do local de impacto, pela transmissão de energia. O movimento de fuga dos tecidos a partir da região de impacto causa
uma lesão local por compressão tecidual e também à distância, a medida que a cavidade se expande por estiramento.
Estes fatores também estão presentes quando a pele é penetrada. A avaliação da extensão da lesão tecidual é mais difícil
quando não existe penetração cutânea do que quando há uma lesão aberta. Traumatismos contusos que não deixam marcas
visíveis na pele são especialmente passíveis de passarem desapercebidos. Um soco desferido contra o abdome pode deformar
profundamente a parede sem deixar marcas. Por isso é de fundamental importância pesquisar a história do evento que ocasio-
nou a lesão.
A figura 02 ilustra estes fatos. Batendo com um taco de madeira, com a mesma intensidade, em uma lata de alumínio e em
um pedaço de espuma observa-se que a lata, após o impacto, mostra claramente que recebeu a transferência de energia devido
à aparente deformidade. De outro modo, o pedaço de espuma instantaneamente após o impacto retoma sua forma original.
Assim sendo, se não soubéssemos da “história”, não suspeitaríamos pela simples observação, que aquele material sofrera
uma intensa absorção de energia.
Uma cavidade (ou deformação) visível após um impacto é definida como permanente, enquanto aquela que não é visível é
definida como temporária. O tamanho da cavitação é determinado pela quantidade de energia transferida.
As cavidades temporárias são formadas no momento do impacto, sendo que os tecidos retornam a sua posição prévia após o
impacto. Este tipo de cavidade não é visto pela equipe de resgate e nem pelo médico ao exame físico.
O outro tipo de cavidade é denominado permanente. Elas são causadas pelo impacto e compressão dos tecidos e podem ser
vistas após o trauma. A diferença básica entre os dois tipos de cavidades é a elasticidade dos tecidos envolvidos.
Por exemplo, como na lata e na espuma, um chute no abdome pode deformar profundamente a parede sem deixar marcas
visíveis, pois após o golpe, a parede volta à sua posição original, gerando-se somente uma cavidade temporária. Já quando um
motoqueiro choca sua cabeça contra um obstáculo, geram-se múltiplas fraturas de crânio, não permitindo o retorno dos ossos às
suas posições originais (afundamento de crânio). Isto forma uma cavidade permanente que é facilmente identificável ao exame.
Tipos de trauma
As lesões traumáticas podem ser classificadas em contusões, lesões penetrantes e por explosão. Ao obter a história clínica
da fase do impacto algumas leis físicas devem ser consideradas:
1. A energia nunca é criada ou destruída; ela pode entretanto mudar de forma.
2. Um corpo em movimento ou em repouso tende a permanecer neste estado até que uma fonte de energia externa atue
sobre ele.
LESÕES ORGÂNICAS
Lesões por compressão
As lesões por compressão ocorrem quando a parte anterior do tronco (tórax e abdome) deixa de deslocar-se para frente en-
quanto que a parte posterior continua a mover-se em direção anterior. A contusão miocárdica é um exemplo típico deste tipo de
mecanismo de lesão.
Lesões análogas podem ocorrem com os pulmões ou com vísceras abdominais. Os pulmões e a cavidade abdominal podem
estar sujeitos a uma variante peculiar deste tipo de lesão – o efeito do saco de papel. Se insuflamos um saco de papel, o fecha-
mos e o comprimirmos abruptamente, ele se romperá. Pois bem, em uma situação de colisão, é instintivo que a vítima puxe e
segure o fôlego, causando, portanto, o fechamento da glote. A compressão da caixa torácica produz ,então, a ruptura dos alvéo-
los e um pneumotórax simples ou hipertensivo (Fig. 03). Na cavidade abdominal e por mecanismo semelhante, a hiperpressão
leva a uma ruptura de diafragma resultando no deslocamento de conteúdo abdominal para a cavidade torácica. Lesões por com-
pressão do conteúdo craniano ocorrem pela ação de ossos fraturados que penetram na abóbada craniana e levam a lesão cere-
bral, ou pela compressão das porções anteriores do parênquima cerebral, ou ainda pela compressão das porções anteriores de
parênquima cerebral contra a parede do crânio pela porções posteriores do próprio cérebro.
Fig. 03
Por exemplo, o coração e o arco aórtico continuam a rodar para frente enquanto a aorta descendente, acolada à coluna torá-
cica, desacelera rapidamente junto com o tronco. As forças de cisalhamento são mais intensas na interseção entre o arco aórti-
co, que é móvel, e a aorta descendente que é menos móvel, próximo ao ligamento arterioso. Este mesmo tipo de lesão pode
ocorrer com o baço e os rins, na junção com os pedículos, com o fígado, quando os lobos direito e esquerdo desaceleram ao
longo do ligamento teres e separam o fígado ao meio, e na caixa craniana, quando a parte posterior do cérebro se separa da
calota rompendo vasos e resultando em lesões expansivas.
Tórax: Impactos na região do tórax atingem inicialmente o esterno. Ele absorve grande parte da energia e pára abruptamente.
No entanto, a parede posterior do tórax e os órgãos na cavidade torácica continuam a se mover para a frente. O coração e a
aorta ascendente são relativamente “soltos” na cavidade torácica, mas a aorta descendente é firmemente fixada à parede poste-
rior. Com isto, quando se cria uma grande aceleração (ex.: impactos laterais) ou grandes desacelerações (ex.: colisões frontais),
produz-se um momento entre o complexo arco aórtico e a aorta descendente, levando a uma secção total ou parcial da aorta
nesta região (próximo ao ligamento arterioso). Quando total, há um grande sangramento e o paciente morre no local do acidente.
Já quando parcial forma-se um aneurisma traumático, que pode se romper minutos, horas ou dias após. Cerca de 80% dos paci-
entes morrem no local do acidente. Do restante, um terço morrem seis horas após, um terço morrem em 24 horas, e um terço
vivem por três dias ou mais. Portanto, pelo mecanismo de trauma, deve-se suspeitar do tipo de lesão, permitindo investigação e
tratamento em tempo hábil.
Compressões da parede torácica resultam freqüentemente em pneumotórax. Isto porque há um fechamento involuntário da
glote no momento do impacto, aumentando a pressão dos pulmões durante a compressão, levando à ruptura. Isso pode ser
comparado ao que ocorre quando estouramos um saco de papel cheio de ar entre as mãos. Por esse motivo esse efeito é deno-
minado “paper bag”. As compressões externas do tórax podem levar ainda à fratura de algumas costelas. Quando múltiplas,
existe a possibilidade de se desenvolver um quadro denominado tórax instável. Órgãos internos também podem ser atingidos,
como por exemplo o coração. Contusões cardíacas são muito graves pois podem levar à arritmias potencialmente fatais.
As paredes anterior, lateral, posterior e inferior do abdome são extremamente fortes. Mas a parede superior é composta pelo
diafragma, que é um músculo de aproximadamente 5mm de espessura, correspondendo a parede mais fraca. Com isto, o au-
mento da pressão abdominal pode levar à:
• perda do trabalho ventilatório do diafragma;
• ruptura do diafragma, ocorrendo a passagem das vísceras abdominais para a cavidade torácica, reduzindo a expansibili-
dade dos pulmões;
• isquemia de alguns órgãos pela compressão ou estiramento dos vasos devido ao deslocamento dos órgãos;
O aumento exagerado da pressão abdominal pode levar ainda à rupturas esofágicas ( Síndrome de Boerhave) ou ruptura da
valva aórtica pelo refluxo sangüíneo.
Colisão automobilística
Uma colisão? Três colisões!
Um dos principais pontos para o bom entendimento do mecanismo produtor da lesão nas colisões automobilísticas é enten-
der que uma colisão na verdade representa três colisões.
A primeira colisão ocorre entre o veículo e o objeto. A segunda colisão se dá entre a vítima e o interior do veículo. Finalmen-
te, a terceira colisão ocorre entre os órgãos internos da vítima e estruturas de seu próprio corpo.
As interações entre a vítima e o veículo dependem do tipo de colisão, que pode ser: frontal, lateral, traseira, angular e capo-
tamento ou capotagem. A ejeção da vítima do interior do veículo também deve ser considerada separadamente.
Colisão frontal:
Um impacto frontal é definido como uma colisão contra um objeto que se encontra à frente do veículo reduzindo subitamente
sua velocidade. O ocupante do veículo que não se encontre devidamente contido continua a movimentar-se para frente (Primeira
Lei de Newton) até que alguma parte da cabine reduza sua velocidade, ou então seja ejetado do veículo.
No impacto, a vítima pode escorregar para baixo e seguir uma trajetória tal que as extremidades inferiores sejam o ponto ini-
cial de impacto, de modo que os joelhos ou os pés recebam a transferência inicial de energia. Nestas condições, a projeção
anterior do tronco em direção às extremidades podem causar as seguintes lesões:
1. Fratura-luxação do tornozelo
2. Luxação do joelho a medida que o fêmur passa por cima da tíbia e da fíbula
3. Fratura de fêmur
4. Luxação posterior do acetábulo a medida que a pelve ultrapassa a cabeça do fêmur
O segundo componente deste tipo de trajetória é a rotação anterior do tronco, contra a coluna da direção ou painel de instru-
mentos. Se a estrutura do assento e a posição da vítima são tais que a cabeça se torna a extremidade do “míssil humano”, o
crânio choca-se com o pára-brisa ou contra a moldura que o sustenta. A coluna cervical absorve parte da energia inicial enquan-
to que o tórax e o abdome batem contra a coluna da direção ou contra o painel.
Colisão lateral:
Define-se impacto lateral como uma colisão contra o lado de um veículo capaz de imprimir ao ocupante uma aceleração que
o afasta do ponto de impacto (aceleração oposta à desaceleração). Muitas lesões que ocorrem são semelhantes àquelas que
resultam de um impacto frontal. Além destas, podem ocorrer lesões de compressão do tronco e da pelve. A natureza das lesões
internas é definida pelo lado do impacto, pela posição do ocupante e pela força do impacto (intrusão na cabine). O motorista que
sofre um impacto de seu lado esquerdo (lado do motorista) tem risco maior de sofrer lesões à esquerda, por exemplo, fraturas de
arcos costais à esquerda, lesão esplênica, e lesões esqueléticas à esquerda, incluindo a pelve. Um passageiro que sofre um
impacto de seu lado terá um perfil semelhante de lesões, apenas que do lado direito, com destaque para possíveis lesões hepá-
ticas.
Nos impactos laterais, a cabeça comporta-se como uma grande massa que roda e inclina lateralmente o pescoço a medida
que o tronco é empurrado para longe do lado da colisão. Os princípios biomecânicos básicos são os mesmos tanto na colisão
frontal como na lateral. Entretanto, ao examinar o paciente deve-se levar consideração as forças de aceleração e desaceleração
assim como as peculiaridades anatômicas do lado acometido.
Impacto traseiro
Um impacto traseiro tem conotações biomecânicas diferentes. Habitualmente este tipo de impacto ocorre quando um veículo
está totalmente parado e é atingido por trás por outro veículo. O veículo atingido, incluindo seus ocupantes, é jogado para frente
a medida que absorve energia do veículo que o atingiu. O tronco dos ocupantes sofre uma aceleração para frente, juntamente
com o veículo. Já a cabeça, quando o encosto de cabeça não se encontra devidamente posicionado, não acompanha esta acele-
Impacto angular
Um impacto angular, seja dianteiro ou traseiro, produz lesões que obedecem a variantes dos padrões observados nas coli-
sões frontais e laterais ou posteriores e laterais.
Capotamento
Durante um capotamento, o ocupante do veículo que não esteja contido pode chocar-se contra qualquer parte do interior da
cabine. As lesões podem ser deduzidas a partir da observação dos pontos de impacto na pele do paciente. Como regra geral
admite-se que este tipo de colisão ocasiona lesões mais graves devido aos deslocamentos violentos e múltiplos que ocorrem
durante o capotamento.
Ejeção
Ao contrário do que muitos acreditam a probabilidade de lesões, quando ocorre este mecanismo, aumenta cerca de 300%.
Na avaliação da vítima de ejeção deve-se estar atento para a possibilidade de lesões ocultas.
Em colisões laterais, o cinto de dois pontos é um dispositivo eficaz, desde que utilizado corretamente. À medida que o veículo
é deslocado lateralmente, o ocupante passa a movimentar-se para o mesmo lado pela ação do cinto de segurança, e não pelo
impacto em si, ou pela porta do veículo. Quando o ocupante começou a afastar-se do ponto de impacto, é menos provável que
ocorram lesões devidas à intrusão para dentro da cabine e através da porta.
Quando utilizado corretamente, o cinto de segurança pode reduzir as lesões. Usado incorretamente, pode ser responsável
por algumas lesões, embora reduza o dano global.
Para funcionar adequadamente, o cinto deve estar abaixo das espinhas ilíacas ântero-superiores e acima dos fêmures. Deve
estar tencionado suficientemente para continuar bem posicionado durante os deslocamentos implícitos à colisão. Se usado ina-
dequadamente, por exemplo, acima das cristas ilíacas ântero-superiores, o movimento de compressão da parede abdominal
contra a coluna lombar pode lesar gravemente órgãos como pâncreas, fígado, baço e duodeno, além da possibilidade de produ-
zir ruptura do parênquima pulmonar pelo súbito aumento da pressão intra-abdominal que é transferida para o espaço pleural,
produzindo um pneumotórax simples ou hipertensivo.
A hiperflexão contra um cinto mal posicionado pode ocasionar fraturas por compressão anterior da coluna lombar.
Atropelamento
O atropelamento é um dos principais tipos de acidente de trânsito, responsável por um enorme número de vítimas fatais e in-
capacitação física. O trauma conseqüente ao atropelamento é resultado de basicamente três fases de impacto. O primeiro impac-
to se dá contra o pára-choque do veículo, geralmente atingindo os membros inferiores e a pelve da vítima. Em seguida ocorre o
impacto contra o capo e o pára-brisa, atingindo o tronco e a cabeça. O terceiro impacto se dá contra o solo, geralmente afetando
cabeça, membros superiores, coluna vertebral e órgãos internos (Fig. 04).
Colisão/queda de motocicleta
O mecanismo do trauma em acidentes de motocicleta é em parte semelhante aos descritos anteriormente, porém, o moto-
queiro e seu eventual passageiro não são protegidos por dispositivos como o cinto de segurança e o air-bag, nem pela estrutura
do veículo. As quedas de motocicleta são importantes causas de lesões da medula e cérebro.
Podem ocorrer lesões por compressão, aceleração/desaceleração e cisalhamento. Porém, menor será o risco de ocorrerem,
quanto maior for o número de equipamentos de proteção utilizados no momento do impacto (ex. capacete, botas, luvas, roupas,
etc.)
Quedas
Vítimas de queda estão sujeitas a múltiplos impactos e lesões. Nestes casos, devem ser avaliados:
• Altura da queda: quanto maior a altura, maior a chance de lesões, visto que a velocidade em que a vítima atinge o antepa-
ro é proporcionalmente maior e conseqüentemente a desaceleração.
• Compressibilidade da superfície do solo: quanto maior a compressibilidade, maior a capacidade de deformação, aumen-
tando a distância de parada, diminuindo a desaceleração. Isto pode ser exemplificado quando se compara uma superfície
de concreto e uma de espuma.
• Parte do corpo que sofreu o primeiro impacto: este dado permite levantar a suspeita de algumas lesões. Quando ocorre o
primeiro impacto nos pés, ocorre uma fratura bilateral dos calcâneos (“Síndrome de Don Juan”). Após, as pernas
absorvem o impacto, levanto a fraturas de joelho, ossos longos e quadril. A seguir o corpo é flexionado, causando fraturas
por compressão da coluna lombar e torácica. Já quando a vítima bate primeiramente as mãos resulta em fraturas
bilaterais de rádio e ulna (fratura de Colles). Nos casos em que a cabeça recebe o primeiro impacto ocorre lesões de
crânio e coluna cervical.
Trauma Penetrante
No trauma penetrante é produzida uma cavidade permanente pela passagem de um objeto através do corpo. A cavitação é o
resultado da troca de energia entre o objeto em movimento e os tecidos. A extensão da cavitação, ou a troca de energia é pro-
porcional à superfície da área do ponto de impacto, à densidade dos tecidos atingidos e à velocidade do objeto no momento do
impacto.
As principais causas de trauma penetrante são as lesões por projéteis de arma de fogo (P.A.F.) ou arma branca, contabili-
zando cerca de 97% dos casos.
Como já discutido anteriormente, quando um objeto em movimento se depara com um obstáculo, ocorre uma permuta de
energia entre eles. Quando esta é concentrada em uma pequena área, ela pode exceder a tensão superficial do tecido e pene-
trá-lo.
A permuta de energia entre objeto em movimento e os tecidos resulta em cavitação. Ela depende da área e forma do míssil,
da densidade do tecido e velocidade do projétil no momento do impacto. Cabe ressaltar que a área e a forma podem variar a
medida em que sofrem desvios (desvio lateral em relação ao eixo vertical - efeito “yaw” ou derrapagem e rotação transversal -
efeito “tumble” ou cambalhota), além da possibilidade de sofrer fragmentações.
Níveis de Energia
• Baixa energia: correspondem à facas e outros objetos lançados manualmente. Eles causam lesões somente pela sua su-
perfície cortante, gerando poucas lesões secundárias. Portanto, seu trajeto dentro do corpo for conhecido, pode-se predi-
zer a maioria das lesões. O sexo do agressor é um dado para se predizer este trajeto. Geralmente os agressores produ-
zem lesões acima da lesão de entrada e as agressoras abaixo. Outros dados essenciais são: a posição da vítima e do
agressor, o tipo de arma utilizada e a movimentação do objeto dentro do corpo da vítima.
• Média energia: corresponde aos revólveres e alguns rifles.
• Alta energia: rifles militares ou de caça.
O que difere os de média e alta energia é o tamanho da cavitação (temporária e permanente). Algumas armas, além de cau-
sar lesões ao longo de seu trajeto, causam lesões ao redor. O vácuo criado pela cavitação, leva fragmentos de roupa, bactérias,
etc. para dentro da lesão. A distância também é importante. Quanto maior, menor será a velocidade do projétil, diminuindo as
lesões.
Geralmente, os orifícios de entrada são lesões ovais ou redondas, cercadas por uma área enegrecida (1 a 2 mm de extensão)
devido à queimadura e/ou abrasão do tecido. Dependendo da distância da arma, podemos ter aspectos diferentes. Se muito
próximo ou encostado à pele, gases são forçados para dentro do subcutâneo. A explosão deixa uma visível queimadura na pele.
Quando ocorre de 10 a 20 cm pode ser visto um pontilhado (tatuagem) devido às partículas de pólvora lançadas em ignição.
Estas características podem variar de acordo com a vestimenta da vítima. Já o ferimento de saída tem um aspecto estrelado,
sem as alterações mencionadas acima (Fig.05).
Explosões
As explosões podem ser consideradas em separado por terem a capacidade de causar tanto ferimentos contusos como pe-
netrantes, além dos danos causados pelo deslocamento da onda de pressão.
Explosões não são exclusivas dos tempos de guerra. Devido à violência civil, às atividades terroristas e ao transporte e arma-
zenamento de materiais explosivos, as explosões ocorrem de modo rotineiro. Elas resultam da transformação química, extrema-
mente rápida, de volumes relativamente pequenos de materiais sólidos, semi-sólidos, líquidos ou gasosos que rapidamente pro-
curam ocupar volumes maiores. Tais produtos, em rápida expansão, assumem a forma de uma esfera, a qual possui no seu
interior uma pressão muito mais alta que a atmosférica. Na sua periferia, se forma uma fina camada de ar comprimido que atua
como uma onda de pressão que faz oscilar o meio em que se propaga. A medida em que se afasta do local de detonação, a
pressão rapidamente diminui (à 3ª potência da distância). A fase positiva pode atingir várias atmosferas com duração extrema-
mente curta. A fase negativa é de duração mais longa.
Biomecânica do trauma
A biomecânica do trauma, mediante o estudo das energias envolvidas no evento, avalia os fatores e mecanismos que provo-
cam o trauma. Sendo útil para estabelecer o mecanismo de lesão, número de vítimas e uma idéia do tipo de lesão que o evento
proporcionou.
Energia
A energia está presente em tudo, está presente em nós e nos objetos que manipulamos, em geral, a energia existe em cinco
formas físicas: mecânica, química, térmica, radiação e elétrica.
No entanto, essas energias, quando fora de controle tornam-se nocivas, provocando grandes traumas ou até mesmo a morte.
O conhecimento das energias envolvidas no trauma pode nos ajudar a suspeitar de lesões graves e suas localizações.
Transferência de Energia
Transferência de energia refere-se à modificação do tipo de energia, por exemplo: Fricção (energia mecânica) contra algum
objeto gera calor (energia térmica), ou também apenas a transferência de energia para um corpo diferente. Através da primeira
Para avaliarmos melhor a transferência de energia, temos que estudar dois fatores que influenciam em sua transferência, a
densidade e a área de superfície.
Densidade
Quanto mais denso o tecido, maior o número de partículas atingidas, portanto, poderemos encontrar lesões mais extensas.
Quanto menor a densidade do tecido, menor o número de partículas atingidas, mas isso não representa diretamente lesões me-
nos extensas, mas menos aparentes. Podemos encontrar tecidos poucos densos, mas com lesões graves, entretanto, com apre-
sentações diferentes.
Área de superfície
Quando há transferência de energia, tanto para um tecido muito denso quanto para um tecido pouco denso, a área de super-
fície de impacto é determinante para o tamanho da lesão, contudo, não existirá influência direta na gravidade da lesão. Por
exemplo, um ferimento proveniente de uma lâmina em que sua área de contato com a pele não é muito grande. No entanto, a
trajetória da lâmina pode lesionar grandes vasos, ocasionando ferimentos com risco de morte.
Formação de cavidades
Durante a transferência de energia para um tecido podemos observar a formação de dois tipos de cavidades: temporária e
permanente. De acordo com a cavidade formada podemos encontrar ferimentos com perfis diferentes.
Cavidade temporária
A cavidade temporária forma-se no momento do impacto. É comum observarmos este efeito em tecidos moles por serem
elásticos. Durante a transferência de energia as partículas do tecido atingido se afastam, mas, por sua elasticidade, elas retor-
nam a posição prévia (veja um exemplo aqui). Em contrapartida, todas as estruturas que sofreram o deslocamento, frequente-
mente, são lesionadas. A cavidade temporária pode ser encontrada em traumas fechados e em traumas penetrantes, por exem-
plo, ferimento por arma de fogo.
Por ser uma cavidade temporária, essa não está visível quando o socorrista examina a vítima, portanto, avaliar as energias
envolvidas no evento e correlacionar com possíveis lesões são passos fundamentais na avaliação da biomecânica.
Cavidade permanente
A cavidade permanente também forma-se no momento do impacto, podendo acometer tecidos elásticos ou não. Durante a
transferência de energia as partículas do tecido atingido se afastam, mas, por perda de substância, não retomam sua forma origi-
nal. Por ser lacerante, a cavidade permanente, na maioria das vezes, é facilmente identificada. Contudo, os ferimentos perfuran-
tes, pérfuro-cortantes ou pérfuros-contusos, por serem pequenos, podem dificultar a visualização. Além disso, podemos encon-
trar os dois tipos de cavidades provocados por um único mecanismo de trauma, por exemplo, um ferimento por PAF (projétil de
arma de fogo), o qual provoca perda de tecido na trajetória do PAF e cavidade temporária pela penetração em alta velocidade no
tecido (veja um exemplo aqui).(Por Paulo Pepulim)
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
A avaliação da vítima pode ser dividida em primária e secundária. É através dela que vamos identificar as condições da vítima
e poder eliminar ou minimizar os fatores causadores de risco de vida.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Atenção
• Durante o atendimento, deve-se reavaliar a vítima (avaliação primária e secundária) sempre que possível, pois o quadro
pode agravar-se. Ex.: a vítima parar de respirar ou entrar em estado de choque.
• Interrompe-se a avaliação e começa-se os procedimentos imediatamente, quando detectado que a vítima encontra-se em
parada respiratória ou parada cárdiorrespiratória
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A avaliação primária deve ser cuidadosa e respeitar uma rotina, como podemos ver abaixo:
1. Respiração e manutenção da coluna cervical
2. Circulação / hemorragias
3. Avaliação neurológica
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Somente após completar todos os passos da avaliação primária é que se parte para a secundária, onde deve-se fazer a ins-
peção da cabeça aos pés, de forma a observar a presença de alterações:
• Estado de Choque
• Fraturas
• Objetos encravados
• Deslocamento de articulações, etc
Veja agora como abordar a vítima e quais são as ações que podem ser praticadas até a chegada do socorro especializado.
Avaliar a situação - Neste momento o que deve ser observado são as condições em que se encontra a vítima, ou seja, deve-
se avaliar se ao prestar socorro a esta vítima, o socorrista não está correndo nenhum tipo de risco.
Manter a segurança da área - Uma das medidas de maior valor que podemos tomar no atendimento à acidentados é impedir
que aconteçam novos acidentes em decorrência do que já aconteceu. Para isto devemos tomar o cuidado de sinalizar e isolar
bem o local onde ocorreu o acidente.
Avaliar o estado da vítima e administrar socorro de emergência - Depois de avaliar os riscos e garantir a segurança do local
chega o momento de tratar a vítima propriamente dita. Para tal devemos seguir os passos que se seguem respeitando sempre
os príncipios da avaliação inicial (ABCDE do trauma).
Na avaliação de emergência deve-se ter preocupação com os três primeiros itens da avaliação inicial que são : A - Vias Áere-
as com controle da coluna cervical; B - Ventilação e C - Circulação.
Avaliação Inicial:
- Verifique se a vítima está consciente chamando por ela ou perguntando seu nome e sacudindo levemente seus ombros.
- Se estiver inconsciente desobstrua a passagem de ar retirando qualquer obstrução visível da boca da vítima e inclinando a
cabeça da vítima para trás como mostra o desenho.
- Verifique a respiração procurando ver os movimentos respiratórios, ouvir sua respiração e sentir o ar saindo por seu nariz e
boca. Aguarde 5 segundos antes de certificar-se de que não há respiração.
- Verifique o pulso colocando os dedos na região imediatamente lateral a traquéia no local onde se encontra a artéria carótida.
Após realizar a avaliação a vítima pode estar em dois estados que representam ameaça iminente à vida que são: parada res-
piratória ou parada cardiorespiratória.
Estando a vítima em parada respiratória deve-se iniciar imediatamente a respiração artificial e estando a vítima em parada
cardiorespiratória deve-se iniciar a manobra de ressucitação cardiopulmonar ( RCP) da maneira como segue:
A RCP deve seguir o esquema 15 compressões para cada 2 respirações sendo feita com um ou dois socorristas. Inicia-se a
RCP com duas respirações seguindo uma compressão e daí por diante o esquema citado. O ponto onde devem ser realizadas as
compressões cardíacas está localizado dois dedos acima do final do osso esterno.
Uma observação importante neste procedimento é que a menos que a vítima seja alguém sabidamente saudável, a respira-
ção artificial deve ser realizada com a utilização de máscara ou de Ambú ( equipamento próprio para ventilação artificial ). Evitan-
do assim que o socorrista seja contaminado por uma eventual doença que a vítima possua.
A realização da RCP em bebês e crianças possui particularidades importantes. No bebê a respiração artificial é realizada com
o socorrista tampando com a boca tanto as narinas quanto a boca do bebê e as compressões cardíacas são realizadas apenas
colocando os dedos indicador e médio sobre o ponto de compressão. Já em crianças a principal diferença é que a massagem
cardíaca é realizada colocando-se a mão espalmada sobre o ponto de compressão. Veja como realizar estes procedimentos nos
desenhos abaixo:
Manobra de Heimlichi:
Uma manobra importante realizada em situações de obstrução das vias áereas superiores causada por objetos estranhos é a
manobra de Heimlich. Tal manobra deve ser realizada com o intuito de remover o objeto ou alimento que impede a passagem de
ar até os pulmões da vítima e deve ser realizada da seguinte forma:
- Em adultos conscientes deve-se dar palmadas firmes nas costas da vítima intercalando com compressões abdominais até
que o material de obstrução seja expelido.
- Em crianças as compressões abdominais não devem ser feitas a menos que possua treinamento para isto, porém as pal-
madas nas costa devem ser dadas e não resolvendo deve-se iniciar a respiração artificial.
HEMORRAGIAS EXTERNAS:
Em casos de hemorragias a melhor coisa a ser feita é comprimir o local com pano limpo, transportar a vítima o mais rápido
possível para um serviço de pronto-atendimento e lembrar que NUNCA DEVEMOS COLOCAR TORNIQUETE.
Chamar por socorro - O socorrista deve sempre ter em mente que qualquer das medidas aqui discutidas tem como principal
função tirar a vítima do risco iminente de morte, porém indubitavelmente esta vítima precisará de ajuda especializada o mais
rápido possível, portanto o ato decisivo que qualquer um de nós pode tomar e que dará a vítima uma maior chance de sair com
vida da situação que passa é ACIONAR O SOCORRO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL e tomando o cuidado para passar aos socor-
ristas especializados o maior número de informações possíveis com relação ao acidente e a vítima.
Fonte: Associação dos Bombeiros do Rio Grande.
TRIAGEM (START)
Processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a capacidade de resposta da equipe de socorro. Utilizado pa-
ra alocar recursos e hierarquizar o atendimento de vítimas de acordo com um sistema de prioridades, de forma a possibilitar o
atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas.
O primeiro socorrista que chega numa cena da emergência com múltiplas vítimas enfrenta um grande problema. A situação é
diferente e seus métodos usuais de resposta e operação não são aplicáveis. Este profissional deve modificar sua forma rotineira
de trabalho buscando um novo método de atuação que lhe permita responder adequadamente a situação.
Como poderão então esses socorristas prestar um socorro adequado? Obviamente, se eles voltarem sua atenção para a rea-
nimação de uma ou mais vítimas, as outras potencialmente recuperáveis poderão morrer.
Portanto, logo que chegam na cena, esses primeiros socorristas devem avaliá-la, pedir reforços adicionais e providenciar a
segurança do local para, só então, dedicarem-se a seleção das vítimas enquanto as novas unidades de socorro deslocam-se
para o local da emergência.
Esses socorristas aproveitam assim o seu tempo da melhor maneira iniciando um processo de triagem. Este é o primeiro
passo para a organização dos melhores recursos na cena da emergência.
Podemos conceituar a triagem como sendo um processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a capacidade
de resposta da equipe de socorro. Utilizado para alocar recursos e hierarquizar vítimas de acordo com um sistema de priorida-
des, de forma a possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas.
É de responsabilidade do socorrista que primeiro chegar ao local do acidente múltiplo, montar um esquema e separar as pe-
ças de um desastre de forma a propiciar o melhor cuidado possível a cada pessoa envolvida, solicitando recursos adicionais e
reforço para atender adequadamente a ocorrência.
Em resumo, o processo de triagem é usado quando a demanda de atenção supera nossa capacidade de resposta e, portanto,
devemos direcionar nossos esforços para salvar o maior número de vítimas possível, escolhendo aquelas que apresentam maio-
res possibilidades de sobrevivência. O primeiro a chegar na cena deve dedicar-se à seleção das vítimas, enquanto chegam as
unidades de apoio.
Obs.: Se a ocorrência supera a capacidade de resposta da guarnição do CB que primeiro chegar ao local, deveremos iniciar
um processo de triagem para avaliar e tratar a maior quantidade possível de vítimas com potencial de recuperação. Se a guarni-
ção se detém no atendimento de uma única vítima, todos os demais poderão não receber auxílio.
Atualmente é o modelo adotado pela Associação de Chefes de Bombeiros do Estado da Califórnia nos EUA. START é a
abreviatura de Simple Triage And Rapid Treatment (Triagem Simples e Tratamento Rápido) .
· Sistema de triagem simples.
· Permite triar uma vítima em menos de um minuto.
Esse método foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas, pois permite a rápida identificação
daquelas vítimas que estão em grande risco de vida, seu pronto atendimento e a prioridade de transporte dos envolvidos mais
gravemente feridos.
Cor Amarela
Significa segunda prioridade:
São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a atenção e podem aguardar pelo transporte.
Cor Verde
Significa terceira prioridade:
São as vítimas que apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não requerem atenção imediata.
Cor Preta
Significa sem prioridade (morte clínica):
São as vítimas que apresentam lesões obviamente mortais ou para identificação de cadáveres.
Em caso de parada respiratória, é necessário iniciar imediatamente a respiração artificial boca-a-boca ou por compressão rit-
mada na base do tórax, à razão de 16 vezes por minuto. A ventilação do local é muito importante para qualquer paciente vítima
de choque, anemia ou asfixia.
Identificação das lesões. As lesões mais sérias que se podem detectar nos acidentados e vítimas de mal súbito são ferimen-
tos que sangram, fratura do crânio, choque, anemia aguda e asfixia, capazes de causar a morte se providências imediatas não
forem tomadas. Assim, é importante identificá-las para poder tomar imediatamente as medidas adequadas.
A hemorragia se denuncia nas próprias vestes, pelas manchas de sangue. Basta rasgar o tecido no local manchado para lo-
calizar o ferimento. Há suspeita de fratura de crânio quando a vítima de acidente permanece desacordada e, sobretudo, se san-
gra pelo ouvido ou pelo nariz. O choque e a anemia aguda apresentam quadros semelhantes: o paciente apresenta palidez,
pulso fraco, sede intensa, vista escura, suores frios, ansiedade e falta de ar. A asfixia, que pode ocorrer nos traumatismos de
tórax, de crânio, queimaduras generalizadas e traumatismos da face, identifica-se pela coloração arroxeada da face (cianose),
pela dificuldade de respirar e pela inconsciência, que logo se instala. O grau de consciência se testa fazendo perguntas ao aci-
dentado ou beliscando-o para provocar reação.
Outras lesões não causam morte imediata, mas podem ter graves conseqüências para a vítima se não forem atendidas corre-
HEMORRAGIA.
A perda sangüínea através de um ferimento ou pelos orifícios naturais, como as narinas, quando ultrapassa 500g no adulto,
provoca anemia aguda, cujos sintomas se assemelham aos do choque: palidez, sede, escurecimento da vista, pulso fraco, des-
coramento dos lábios, falta de ar e desmaios. A hemorragia venosa caracteriza-se pelo sangue escuro, em jato lento e contínuo.
A hemorragia arterial se distingue pelo sangue vermelho rutilante, em jato forte e intermitente.
Quando a hemorragia é pequena ou venosa, é preferível fazer uma compressão sobre o ferimento, utilizando um pedaço de
gaze, um lenço bem limpo ou um pedaço de algodão. Sobre o curativo passa-se uma gaze ou uma tira de pano. Se a hemorragia
é abundante ou arterial, improvisa-se um garrote (tubo de borracha, gravata ou cinto) que será colocado uns quatro dedos trans-
versos acima do ferimento e apertado até que a hemorragia cesse. Caso o socorro médico demore, a cada meia hora afrouxa-se
o garrote por alguns segundos, apertando-o novamente. Na hemorragia pelas narinas, basta comprimir com o dedo, externamen-
te, a asa do nariz.
Na hemorragia pós-parto ou pós-aborto, coloca-se a paciente numa posição de declive, com o quadril e os membros inferio-
res em nível mais elevado. Se a localização do ferimento tornar impossível a utilização do garrote, usa-se o método da compres-
são ao nível da ferida, com a mão ou com o dedo, em caso de extrema emergência.
ESTADO DE CHOQUE
Choque. O estado depressivo decorrente de um traumatismo violento, hemorragia acentuada ou queimadura generalizada
denomina-se choque. Pode também ocorrer em pequenos ferimentos, como os que penetram o tórax. Diagnostica-se pelos se-
guintes sintomas: (1) palidez da face, com lábios arroxeados ou descorados, se houver hemorragia; (2) pele fria, principalmente
nas mãos e nos pés; (3) suores frios e viscosos na face e no tronco; (4) prostração acentuada e voz fraca; (5) falta de ar, respira-
ção rápida e ansiedade; (6) pulso fraco e rápido; (7) sede, sobretudo se houver hemorragia; (8) consciência presente, embora
diminuída.
Para combater o choque, removem-se todas as peças do vestuário que se encontrarem molhadas, para que não se agrave o
resfriamento do enfermo, e cobre-se seu corpo com cobertores ou roupas de que se disponha no momento, a fim de aquecê-lo.
A vítima pode ingerir chá ou café quente se estiver consciente e sem vômitos; ao mesmo tempo, deve-se tranqüilizá-la, prome-
tendo-lhe socorro médico imediato e instando-a a permanecer imóvel. Mesmo no caso dos queimados, observa-se um resfria-
mento das extremidades do paciente, o que leva à necessidade de cobri-lo. O aquecimento do doente, no entanto, não deve
provocar sudorese.
FERIMENTOS E CURATIVOS
Ferida. O traumatismo produzido por um corte sobre a superfície do corpo denomina-se ferida. Pode ser superficial, quando
afeta apenas a epiderme (escoriação ou arranhadura), ou profunda, quando provoca hemorragia às vezes mortal. Sendo o feri-
mento produzido por um punhal, canivete ou projétil, os órgãos profundos, como o coração, podem ser atingidos, o que pode
provocar a morte. As feridas podem ser ainda punctiformes (produzidas por prego), lineares (navalha) ou irregulares (ferida do
couro cabeludo, por queda). Um pequeno ferimento nos dedos ou na mão pode acarretar paralisia definitiva, pois nessas partes
do corpo são muito superficiais os tendões e os nervos.
Além disso, as feridas podem contaminar-se facilmente, o que dá lugar a infecções, com febre e formação de íngua. As feri-
das sujas de terra, fragmentos de roupa etc. estão sujeitas a infecção, inclusive tetânica. Os ferimentos que se apresentem inocu-
lados de fragmentos de roupa, pedaços de madeira etc., podem ser lavados com água fervida se o socorro médico vai tardar. Se
o corpo estranho for uma faca ou haste metálica, que se encontre encravada profundamente, é preferível não retirá-lo, pois pode-
rá ocorrer hemorragia mortal. Quando o corpo estranho estiver prejudicando a respiração, como no caso dos traumatismos da
boca e nariz, deve-se removê-lo. Os pequenos corpos estranhos (espinhos de roseira, farpas de madeira) podem servir de veícu-
lo para infecções e para o tétano.
Ferida venenosa. A lesão produzida por agente vulnerante envenenado (mordedura de cobra, picada de escorpião, flechas),
que inocula veneno ou peçonha nos tecidos, pode acarretar reação inflamatória local ou envenenamento mortal do indivíduo. O
tratamento resume-se em colocar um garrote ou torniquete acima da lesão, extrair o veneno por sucção, retirar o ferrão no caso
de inseto, aplicar soro antivenenoso quando indicado, soltar o garrote aos poucos e fazer um curativo local com anti-séptico e
gaze esterilizada.
Curativo
Curativo ou penso é um material aplicado diretamente sobre feridas com o objetivo de as tratar e proteger. A sua
constituição é variada, e abrange desde pensos-rápidos (band-aids) a compressas de gaze fixas com fita adesiva.
Finalidade
Os objetivos de um curativo podem ser variados, e dependem do tipo, severidade e localização da ferida onde são aplicados,
embora todos os curativos tenham como fim promover a recuperação e evitar mais danos à ferida. As principais funções dos
curativos são:
Estancar a hemorragia
Os curativos ajudam a fechar a ferida, acelerando o processo de cicatrização.
Aliviar a dor
Alguns curativos podem analgésicos, enquanto outros têm um efeito placebo.
REANIMAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR
O guia mais recente de reanimação em pediatria da AHA tem como foco principal o atendimento básico pré-
hospitalar. Está baseado na melhor evidência científica disponível, porém futuras pesquisas são necessárias para
corroborar essas mudanças e trazer novas evidências para os futuros protocolos.
O trauma (ou traumatismo) é um conjunto de um ou mais distúrbios físicos e/ou psíquicos, ocasionados por um agente
interno ou externo. Politraumatizado refere-se ao paciente que tem múltiplos traumas.
O ATLS (Advanced Trauma Life Support, ou Suporte Avançado de Vida no Trauma – SAVT) e o Committee on Trauma
sugerem que o trauma deve ser pensado como uma doença, não como um acidente, pois mais da metade das mortes e das
lesões por trauma são evitáveis. Pensando como doença procuramos tratá-la, já como acidente não podemos fazer nada. Com
esta mudança de pensamento iniciamos a prevenção do trauma, através da educação e leis que obrigam ao uso de capacetes,
cintos de segurança, air bag, proibição de álcool ao dirigir e de drogas. É a principal causa de morte entre adolescentes e adultos
jovens, e quando não mata deixa graves seqüelas para o resto da vida. O trauma reduz a expectativa de vida mais do que o
câncer ou as doenças cardíacas. O trauma mata mais do que matou a guerra do Vietnam. Apesar do trauma consumir grande
parte do dinheiro destinado à saúde pública e ao seguro social, a perda de um ente querido sempre prevalecerá sobre os gastos
atingidos.
Prioridades no Atendimento
O atendimento ao paciente com múltiplos ferimentos (politraumatizado) segue a regra mnemônica do ABCDE:
A - Airway - Via Aérea: Proteção da via áerea contra obstrução (vômito, corpo estranho, desabamento da língua etc.) e
controle da coluna cervical (imobilização temporária, que pode ser realizado simplesmente segurando a cabeça do
paciente).
B - Breathing - Respiração: Avaliação da expansibilidade pulmonar, que pode estar prejudicada por hemotórax,
pneumotórax, fraturas múltiplas de costelas (tórax instável) etc..
C - Circulation - Circulação Sanguínea: Avaliação e (se possível) controle de perda sangüínea por hemorragias, lesões
cardíacas e outras causas de baixo débito cardíaco.
D - Disability - Déficit Neurológico: Avaliar lesões de tecido nervoso (intracraniano prioritariamente). Nessa fase já pode se
avaliar a Escala de coma de Glasgow.
E - Environment - Ambiente e exposição: Avaliar outras lesões que ainda não foram avaliadas e proteger o paciente contra
hipotermia (retirando roupas molhadas, aquecendo,...).
Traumas e Contusões
Dr. Paulo Luiz Farber
Entre os tipos de acidentes que mais acontecem durante trilhas, os traumatismos são os mais comuns - tanto para quem es-
tá dentro ou fora dos jipes. Embora o certo seja a prevenção, a curiosidade e o excesso de bebidas alcoólicas fazem dos partici-
pantes das trilhas vítimas potenciais. Abaixo relaciono as lesões mais comuns:
1. Contusão:
O que é:
É causada por uma batida em partes moles, sem fratura. Geralmente as partes lesadas constituem músculos, fáscias e li-
gamentos. Na trilha isso pode acontecer por atropelamento, ruptura de cabos e cintas, capotamento, batidas, etc. (aliás, essas
situações podem causar qualquer dos traumas descritos nesse tópico). Na região surge uma hiperemia (vermelhidão) e, se
houver rompimento de algum vaso (veia), ficará um hematoma (roxo).
O que fazer:
Coloque alguma coisa bem fria sobre o local afetado (gelo, lata de bebida gelada, etc.) e, se houver muita dor, tome um
analgésico/anti-inflamatório tipo diclofenaco (voltaren 50, cataflan 50). Após sair da trilha, se a dor persistir e/ou aumentar o he-
matoma, procure um serviço médico.
2. Entorse e Luxação
O que é:
É causada por uma "virada" numa articulação (junta). É comum no tornozelo e no ombro, mas pode ocorrer em qualquer
articulação. No local geralmente fica uma deformidade (quando há luxação - ou saída da posição da articulação), edema (incha-
ço), hiperemia (vermelhidão) e hematoma (roxo).
3. Fratura:
O que é:
É quando há quebra do osso. Pode ser do tipo fechada (quando a pele permanece íntegra) ou exposta (quando há lesão
na pele, mesmo que seja um pequeno furo). Toda lesão que doer muito e formar hematoma (roxo) é uma fratura em potencial.
O que fazer:
Faça uma ou duas talas (que podem ser improvisadas com galhos de árvores retos, pranchas de madeira, etc. e utilize ata-
duras de crepe para manter os ossos quietos, sem movimento. Se houver ferida próxima (fratura exposta), lave com água e
sabão, retirando toda a sujeira do local. Se tiver muita dor, tomar um analgésico/anti-inflamatório tipo diclofenaco (voltaren 50,
cataflan 50). Nesse caso, deve-se interromper a trilha e levar imediatamente o ferido para o serviço médico mais próximo.
IMPORTANTE: No capotamento ou batida, cuidado ao remover o ferido de dentro do jipe. Há grandes chances de fra-
tura de vértebra (coluna), que se mal assistida pode levar à paralisias para o resto da vida. Preste atenção e siga correta-
mente o descrito abaixo:
1. Escolher um jipe em que o assento fique o mais horizontal possível. Reclinar o banco até a posição.
2. Imobilizar o pescoço do ferido, pegando uma peça de roupa e enrolando-a no local, de modo a permitir uma certa folga
mas que fique impossível de mexê-la sozinho.
3. Transferir o ferido para o jipe em questão com o máximo de pessoas possível, mantendo a coluna na posição horizontal.
4. Prender a pessoa no banco com ataduras de crepe ou panos, para que fique no máximo na mesma posição em que foi re-
tirada. Não esquecer de prender a cabeça e o ombro, para evitar a movimentação da vértebra do pescoço.
5. Sair da trilha devagar e ir para o atendimento médico mais próximo sem movimentos bruscos no jipe.
Trauma contuso
O trauma contuso ocorre quando há transferência de energia em uma superfície corporal extensa, não penetran-
do a pele. Existem dois tipos de forças envolvidas no trauma contuso: cisalhamento e compressão.
O cisalhamento acontece quando há uma mudança brusca de velocidade, deslocando uma estrutura ou parte de-
la, provocando sua laceração. É mais encontrado na desaceleração brusca do que na aceleração brusca.
A compressão é quando o impacto comprime uma estrutura ou parte dela sobre outra região provocando a lesão.
É freqüentemente associada a mecanismos que formam cavidade temporária.
Trauma penetrante
O trauma penetrante tem como característica a transferência de energia em uma área concentrada, com isso há
pouca dispersão de energia provocando laceração da pele.
Podemos encontrar objetos fixados no trauma penetrante, as lesões não incluem apenas os tecidos na trajetória
do objeto, deve-se suspeitar de movimentos circulares do objeto penetrante. As lesões provocadas por transferência
de alta energia, por exemplo, arma de fogo, não se resumem apenas na trajetória do PAF (projétil de arma de fogo),
mas também nas estruturas adjacentes que sofreram um deslocamento temporário.
Remoção da vítima.
Em princípio, o leigo não deve transportar um paciente em estado grave, mas às vezes isso terá de ser feito e, freqüentemen-
te, com meios improvisados. Será necessário então todo cuidado para não agravar as lesões já existentes, sobretudo nos casos
de fratura, e utilizar um meio de transporte que atenda à necessidade de conforto da vítima.
Se o acidentado estiver preso às ferragens de um veículo, a escombros de um desabamento, ou inconsciente pela fumaça de
um incêndio, sua remoção terá que ser imediata, pois embora até certo ponto perigosa, é indispensável para evitar a morte. Em
certas circunstâncias, será necessário recorrer ao corpo de bombeiros para libertar a vítima. Enquanto se aguarda o socorro,
deve-se favorecer a respiração do acidentado, tranqüilizá-lo e procurar estancar a hemorragia, se houver.
Posição correta.
O decúbito dorsal, com o corpo estendido em sentido horizontal, é a posição mais aconselhável para o acidentado, pois a po-
sição sentada favorece o desmaio e o choque. Quando a vítima está inconsciente, é preciso colocá-la de lado, ou apenas com a
cabeça inclinada para o lado, para que possa respirar melhor e não sofrer asfixia em caso de ter vômitos. No caso de fratura da
mandíbula ou lesões da boca, é preferível colocar o paciente em decúbito ventral (deitado de bruços). Somente os portadores de
lesões do tórax, dos membros superiores e da face poderão ficar sentados ou com a cabeça elevada, desde que não sofram
desmaios.
O resgate veicular é feito por carros especializados, como por exemplo, o do corpo de bombeiros.
• Infarto agudo do miocárdio (IAM), angina do peito, insuficiência cardíaca congestiva, crise hipertensiva;
A partir do momento em que a região suprida por aquela artéria coronária deixa de receber sangue, as respectivas células (fi-
bras musculares) entram em sofrimento e começam a morrer. Esta situação interfere com a capacidade do coração em bom-
bear o sangue para os tecidos, em maior ou menor grau, de acordo com o tamanho e localização do infarto; ou ainda, compro-
mete áreas que controlam as batidas do coração, causando arritmias (às vezes, fatais). Quase 25 por cento dos infartos
levam à morte súbita, com a perda da vítima em questão de segundos ou minutos, sem que dê tempo de se obter socorro.
O padrão dos sintomas que irão se desenvolver após o infarto e as chances de sobrevivência dependem do local e da exten-
são do entupimento da artéria coronária.
Os fatores de risco associados ao Infarto do Miocárdio envolvem todos os fatores de risco para a arteriosclerose. São eles:
• História familiar de doença coronariana,
• Fumo,
• Obesidade,
• Pressão alta (hipertensão),
• Diabetes Mellitus,
• Sedentarismo (Inatividade física),
• Níveis elevados de colesterol total no sangue (hipercolesterolemia – às vezes de caráter familiar),
• Níveis baixos do HDL colesterol (colesterol “bom”).
Embora a maioria dos ataques do coração seja causado pela arteriosclerose, há casos mais raros nos quais os ataques do
coração resultam de outras doenças. Elas incluem:
• Problemas congênitos (de nascença) das artérias coronárias,
• Excesso de coagulação do sangue (hipercoagulabilidade),
• Doenças Clínicas como a Artrite Reumatóide ou o Lúpus Eritematoso Sistêmico,
• Abuso de drogas como a cocaína,
• Espasmos das artérias coronárias,
• Êmbolos – pequenos coágulos sanguíneos que se desprendem de outros locais - e migram em direção a uma artéria co-
ronária.
Quadro Clínico
• Dor no peito - É o sintoma mais comum de um infarto do coração. A dor é descrita como pontada, aperto, peso, facada ou
queimação.
• Irradiação da dor (esparrama) para os braços (principalmente o esquerdo), para o abdome, pescoço, queixo ou pescoço.
• Sudorese fria,
• Falta de ar,
• Fraqueza ou perda do equilíbrio súbitos,
• Náuseas e vômitos,
• Desmaios,
• Taquicardia e palpitações,
• Confusão mental,
• Agitação.
Diagnóstico
O cardiologista irá colher uma história rápida com o paciente ou seus familiares, incluindo o tempo de aparecimento da dor e
os outros sintomas. O familiar pode ajudar com informações sobre nomes e dosagens de medicamentos atualmente em uso e
outras doenças que o paciente tenha.
O médico irá suspeitar de um ataque do coração baseando-se nos sintomas, na história clínica e nos fatores de risco para a
doença coronariana. Para confirmar o diagnóstico ele fará:
• Eletrocardiograma (o ECG): mostra o ritmo e freqüência do coração, incluindo as alterações típicas do infarto,
• Exame físico detalhado, com atenção especial para seu coração e pressão sanguínea,
• Exames de sangue com dosagem das enzimas cardíacas, que são liberadas no sangue quando o músculo do coração é
lesado (CPK, CKmb, DHL, TGO e Troponina),
• Ecocardiograma: mostra as condições do músculo e das válvulas do coração.
Prevenção
Ajuda a prevenir um ataque do coração:
• Controlar os níveis de colesterol total no sangue com uma dieta saudável e de baixo teor de gorduras; tomando o medi-
camento para reduzir o colesterol se prescrito,
A angina pectoris é um tipo de dor que o paciente sente no peito, braço ou nuca e que aparece com a realização de esforços
ou emoções ou mesmo sem fator provocador aparente. A angina é uma dor que provoca medo, daí o nome angina, que significa
medo, angor em latim. É uma dor que costuma deixar o paciente imóvel, assustado e que dura poucos segundos.
A sensação de dor na angina é provocada pela diminuição do sangue que passa pelas artérias que irrigam o músculo cardía-
co. Este é um sinal de que pouco sangue está irrigando o coração durante aquele momento, geralmente, durante algum esforço.
Se o esforço diminuir ou cessar, a dor pode ceder. Se a pessoa continuar no esforço e a dor persistir pode significar que a angina
progrediu para um estágio mais grave da doença, qual seja o infarto do miocárdio.
A falta de sangue relativa para um órgão denomina-se isquemia. Ao chegar pouco sangue para manter uma parte do músculo
cardíaco suprido de oxigênio e nutrientes, esta parte pode funcionar menos bem, com menos força e provocar a dor denominada
angina. A falta total de sangue para um tecido ou órgão em poucos minutos pode significar a morte deste tecido com a perda
total da sua função. Caso uma porção maior do músculo cardíaco deixa de receber sangue, o coração pode tornar-se incapaz de
manter o sangue circulando e o paciente pode morrer. Se o paciente sentir dor é porque ainda existe músculo vivo, pois um mús-
culo morto não doe. Em torno de uma parte morta do músculo cardíaco, pode haver uma parte lesada e isquêmica viável, que
merece todos os esforços para ser conservada viva.
O infarto do miocárdio acontece quando uma parte do músculo cardíaco deixa de receber sangue pelas artérias coronárias
que a nutrem. Esta falta de sangue leva o músculo à morte. Nessa situação clínica, a dor pode ser de maior ou menor intensida-
de e costuma ser acompanhada de outras manifestações:
• piora e maior duração da dor,
• a pressão do paciente cai,
• ele sua muito, fica pálido, inquieto, tem a sensação de morte iminente;
• por fim, o paciente apresenta confusão mental até a perda total da consciência e morte, caso não houver um pronto aten-
dimento.
A maioria dos pacientes que morre do infarto não chega a ter atendimento médico. Existem infartos mais ou menos graves, a
gravidade depende da extensão, da localização, da idade do paciente, além de outras doenças concomitantes que podem agra-
var a doença.
Infartos pequenos, que lesam menos músculo cardíaco têm melhor prognóstico: quanto maior a lesão do coração maior
chance do paciente morrer.
Infartos que atingem regiões importantes do coração, como o local onde se geram os estímulos cardíacos e infartos que pro-
vocam arritmias, costumam ser mais graves.
Pacientes idosos de maneira geral toleram melhor um infarto do que as pessoas jovens que não desenvolveram uma circula-
ção colateral, como os idosos onde a doença isquêmica já existe há mais tempo.
Outras doenças concomitantes, como diabete, enfisema, hipertensão arterial, podem piorar um prognóstico.
A grande maioria dos casos de morte súbita é provocada pelo infarto do miocárdio.
Hoje em dia, a falsa angina é o que denominamos somente de angina e a verdadeira angina é denominada de infarto. Se al-
guém disser que o avô faleceu de angina, provavelmente, tratou-se de um infarto do miocárdio. É comum as pessoas confundi-
rem estes termos. Estas pessoas que ainda têm a angina como doença fatal podem entrar em pânico quando lhes dissermos
serem portadores de angina. Sempre é bom esclarecer esta dúvida antes de assustá-los mais do que necessário.
Dor no peito não é sinônimo de doença do coração. Existem no tórax diversas estruturas que podem doer. Citam-se doenças
do esôfago, do pulmão, das pleuras, da aorta, dos músculos, das costelas, das mamas e da pele. Alterações da coluna podem
Existem dores de origem emocional, que podem ser observadas em pessoas que querem chamar a atenção. Mesmo em cri-
anças são relatadas dores no peito, simulando situações cardíacas. Isso pode acontecer quando imitam os pais ou avós que
tenham angina de peito ou tiveram infartos do miocárdio.
Sempre cabe aos médicos esclarecer as diferentes possibilidades de diagnóstico. São eles que devem orientar a investigação
complementar para tirar dúvidas, porque nem toda dor no peito é angina ou infarto, nem todo infarto é precedido de angina, nem
toda angina acaba em infarto do miocárdio. Para complicar, nem todo infarto doe. Não é raro um médico detectar num eletrocar-
diograma a cicatriz de um infarto que aconteceu e o paciente nem percebeu.
O infarto do miocárdio, uma doença, muitas vezes, fatal ou indicadora de uma vida mais breve, pode atingir as pessoas em
diferentes idades, que vão desde a infância, quando é mais raro acontecer, até a idade avançada, fase mais frequente.
A crise hipertensiva apresenta sinais e sintomas agudos de intensidade severa e grave com possibilidades de deterioração
rápida dos órgãos alvo. Pode haver risco de vida potencial e imediato, pois os níveis tensionais estarão muito elevados, superio-
res a 110 mmHg de pressão arterial diastólica ou mínima.
Como se desenvolve?
A pressão arterial (PA) é igual ao volume de sangue (VS) que sai do coração vezes a resistência periférica que ele encontra
ao circular pelo nosso organismo (PA= VS x RP).
O volume de sangue que sai do coração não sofre grandes influências, a não ser em casos especiais de falência do órgão ou
excesso de volume sangüíneo circulante. Assim, a maioria dos casos de hipertensão ocorre por alteração da resistência periféri-
ca.
O aumento repentino da resistência periférica ocorre pela falta de regulação neurodinâmica dos mecanismos que regulam a
pressão arterial.
As situações patológicas que atuam sobre a resistência periférica podem ter inúmeras origens:
neurológicas,
vasculares,
medicamentosas,
drogas e
secreção excessiva ou inapropriada de hormônios.
O que se sente?
A crise hipertensiva inicia repentinamente e a pessoa pode apresentar:
sensação de mal-estar
ansiedade e agitação
cefaléia severa
tontura
borramento da visão
dor no peito
tosse e falta de ar
Muitas vezes, os pacientes têm pseudocrises hipertensivas. Esses pacientes, apesar de níveis elevados de pressão arterial,
não têm evidências de deterioração rápida dos órgãos alvo e nem risco de vida. Na revisão clínica, eles compõem um grupo de
hipertensos que teve sua pressão arterial elevada por eventos extras, como crises dolorosas ou emocionais, pós-operatórios
Urgências
As principais urgências que podem redundar em crise hipertensiva são:
hipertensão arterial associada a aneurisma dissecante da aorta
encefalopatia hipertensiva
acidente vascular cerebral de qualquer origem isquêmica ou hemorrágica
nefrites agudas
trauma operatório de cirurgia cardíaca, vascular, neurológica ou de tumores de supra-renal
crise de rebote pela suspensão abrupta de certos medicamentos anti-hipertensivos de uso contínuo (clonidina)
na gestação complicada pré-eclâmptica ou eclâmptica
consumo excessivo de estimulantes, como anfetaminas, cocaína, medicamentos para resfriados que contenham vaso-
constritores (descongestionantes nasais)
uso excessivo de corticóides ou produção aumentada por tumores da supra-renal e excepcionalmente, em alguns casos,
pelo uso de anticoncepcionais
feocromocetoma
por alterações vasculares renais agudas em pacientes ateroscleróticos, com piora da hipertensão renovascular.
Tratamento
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) acompanhada de grande e repentina elevação da pressão arterial requer que os paci-
entes sejam protegidos de lesão dos órgãos alvo: olhos, rins, coração e cérebro.
Os níveis de pressão arterial devem ser imediatamente diminuídos com medicações especiais orais e intravenosas, usadas
pelos médicos sob controle rigoroso em unidades de tratamento intensivo.
A internação com sucesso evita danos severos e lesões irreversíveis que podem levar o paciente ao óbito, como infarto agu-
do, edema agudo de pulmão, encefalopatia hipertensiva e acidentes vasculares cerebrais isquêmicos ou hemorrágicos graves.
A intervenção deve ser de intensidade correspondente à gravidade da crise para evitar as complicações e também para im-
pedir que a hipertensão se torne acelerada ou "maligna".
Há alguns casos em que a pressão arterial elevada não é uma crise hipertensiva e, nesta situação, o tratamento pode ser fei-
to rotineiramente pelo médico.
Entretanto, a verdadeira crise hipertensiva requer hospitalização, atendimento intensivo e imediato com medicações e cuida-
dos especiais, quase sempre do gênero de vasodilatadores potentes que diminuam bastante a resistência periférica alterada.
2-Sinais e sintomas
A pessoa que sofreu AVC pode apresentar vários sinais e sintomas e dentre eles estão:
• Dores de cabeça (cefaléia) súbitas sem causa aparente, vômitos, convulsões e coma;
• Dificuldades de enxergar;
• Dificuldades de enxergar;
• A respiração torna-se irregular e ruidosa, o pulso pode apresentar-se com freqüência e amplitude normais, a temperatura
pode elevar-se e a pressão arterial está alterada ou dentro dos limites normais;
• Comprometimento da fala (disartria), movimentos e olhos incontroláveis, dificuldade de deglutir;
• Alterações no comportamento, distúrbios do equilíbrio e até mesmo paralisia da musculatura da face.
3-Primeiros socorros
A prevenção é a melhor maneira de evitar este déficit neurológico e existem vários fatores que contribuem para o seu apare-
cimento. Dentre eles estão: hipertensão arterial sistêmica (maior ou igual a 160 x90mmHg), tabagismo, diabetes, excesso de
peso, alterações nos níveis de colesterol, uso abusivo de álcool, idade avançada, sexo masculino e trauma na cabeça e pescoço
.
VERTIGENS
Quando uma pessoa sente um mal estar e a impressão de girar ela pode estar tendo uma vertigem que pode ter varias cau-
sas dentre as quais:
• alturas elevadas;
• mudanças bruscas de pressão atmosférica;
• ambientes abafados;
• movimentos giratórios rápidos;
• mudanças bruscas de posição.
É freqüente a vertigem vir acompanhada de náuseas. A pessoa acometida de vertigem dificilmente perde os sentidos, man-
tendo-se consciente.
O socorrista deve colocar a vitima deitada em decúbito dorsal, ou seja, de barriga para cima, mantendo a cabeça baixa, sem
travesseiro.
Não deixar que a vitima faça qualquer movimento brusco, sobretudo com a cabeça.
Afrouxar toda a roupa da vitima para que a circulação sangüínea se restabeleça sem dificuldade.
DESMAIO
Caracteriza-se pela perda temporária e repentina da consciência, causada pela diminuição do sangue no cérebro.
A pessoa apresenta fraqueza, tontura, alem de palidez e suor frio.
Como proceder
Se a vitima estiver prestes a desmaiar, colocar sentada em uma cadeira, com a cabeça abaixada para frente.
Pode ainda ocorrer o relaxamento dos esfíncteres com micção e evacuação involuntárias.
Ao despertar, a pessoa não se recorda de nada que aconteceu durante a crise e sente-se muito cansado, indisposto e sono-
lento afaste os curiosos.
• afastar tudo que esteja ao redor da vítima
• não impeça os movimentos da vitima.
• retire as próteses dentarias, os óculos, colares e outras coisas que posam quebrar e machucar ou sufocar
• sempre que possível coloque um pano ou lenço dobrado na boca da vitima, para evitar que ela morda a língua.
• no caso de a vitima já ter cerrado os dentes, não tente abrir sua boca.
• desaperte a roupa da vitima e deixe que ela se debata livremente; coloque um pano debaixo de sua cabeça virando-a de
lado para evitar que se machuque e se engasgue.
Cessada a convulsão, deixe a vitima repousar. É normal que durma após a crise.
Obs: quando acordar não de a vitima nenhuma medicação ou liquido pela boca, pois ela poderá se sufocar e lembre-se: sua
saliva (baba) não é contagiosa.
O que fazer:
1. Comer algo doce, como uma colher de açúcar, ou dois bombons.
2. Verificar sua glicemia usando o glicosímetro. Se o nível continuar baixo, ingerir outra colher de açúcar.
3. Informar o médico ou a enfermeira para avaliar a necessidade de ajustes.
4. Se a pessoa estiver inconsciente, colocar o açúcar por dentro da bochecha e friccionar por fora.
5. procurar um pronto socorro imediatamente!
Hiperglicemia
é o aumento exagerado do nível de açúcar no sangue
Pode ser causada por:
• Comer demasiadamente;
• Usar medicação em doses insuficientes;
• Fazer pouco exercício físico;
• Tensão emocional;
• Doença aguda ou infecção.
O que fazer:
1. Verifique sua glicemia usando o glicosímetro.
2. Tome seus remédios regularmente, como orientado por seu médico.
3. Siga rigorosamente seu programa alimentar e de exercícios físicos.
4. Informar o médico ou a enfermeira caso o nível de açúcar continue se mantendo em níveis acima dos indicados para o
seu caso.
5. Se a pessoa estiver com vômitos ou inconsciente,
6. procurar um pronto socorro imediatamente!
Fonte: Grupo de Doenças Metabólicas USP.
No trânsito, muitas pessoas morrem ou sofrem danos irreversíveis por não receberem os devidos cuidados a tempo ou por
serem atendidas de forma incorreta.
Para que se possa realmente ajudar às vítimas de acidentes, é preciso saber prestar socorro de forma correta e eficaz. Para
isso, precisa-se dominar técnicas de Primeiros Socorros.
Primeiros Socorros são os procedimentos efetuados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua própria vida.
Atendimento de emergência deve ser prestado sempre que uma vítima não estiver em condições de cuidar de si própria, para
evitar que fique em risco de morte enquanto não chega ajuda especializada. Vítimas de acidentes muitas vezes ficam entre a
vida e a morte, completamente indefesas, incapazes de cuidar da própria sobrevivência. É nesse momento que elas necessitam
de ajuda imediata, para mantê-las vivas e evitar o agravamento da situação.
Importante: A solicitação de ajuda especializada é uma maneira de prestar socorro à vítima. Mesmo que uma pessoa
seja só testemunha, de um acidente com vítimas, se tiver condições de prestar auxílio e não o fizer, estará cometendo o crime
de omissão de socorro.
A omissão de socorro e a falta de pronto atendimento eficiente às vítimas de acidentes de trânsito são as principais cau-
sas de mortes ou danos irreversíveis que poderiam ser evitados. Os minutos imediatos após o acidente, são os mais importantes
para garantir recuperações e sobrevivência de feridos.
Exemplos:
1. uma pessoa idosa escorrega no banheiro e, ao cair de costas, pára de respirar. Obviamente, não haverá tempo sequer
para acionar socorro especializado. O que fazer? O que não fazer?
2. uma turma de colegiais adolescentes está fazendo um passeio em uma trilha da Serra do Mar, fora do alcance do celular.
Um dos jovens cai e quebra o braço. O que fazer? O que não fazer?
Você pode estar se perguntando o que esses dois exemplos têm a ver com acidentes de trânsito. Estamos muito habituados
a relacionar trânsito com veículos. No entanto, nos dois exemplos, apesar de estarem caminhando a pé, as pessoas estavam
sem dúvida, transitando.
Pessoas leigas, mas que não tenham noções de Primeiros Socorros – temos que ter em mente que o leigo, ao presenci-
ar um acidente ou pessoas em sofrimento, provavelmente obedecerá seu instinto natural de solidariedade e tentará ajudar. Por
não possuir os conhecimentos necessários, poderá prejudicar a vítima, mas naquela hora, naquele local, provavelmente não
haverá ninguém para avisá-lo disso. Este é mais um motivo para disseminar os conhecimentos de Primeiros Socorros.
Quem sabe o que fazer não perde tempo e poupa segundos preciosos, que salvam vidas.
http://www.portaldotransito.com.br/seguranca/texto13.asp
10 Estatuto do desarmamento (Lei nº 10.826/2003): capítulo III (arts. 4º a 10º), capítulo IV (arts. 12 a 20) e capítulo V (art.
25).
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm,
define crimes e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS
1o
Art. O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem cir-
cunscrição em todo o território nacional.
Art. 2o Ao Sinarm compete:
I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia Federal;
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados
cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores;
V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma de fogo;
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade;
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas
de fogo, acessórios e munições;
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de raiamento e de microestriamento de
projétil disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de
armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como
as demais que constem dos seus registros próprios.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
o
Art. 3 É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento
desta Lei.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender
aos seguintes requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justi-
ça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser
fornecidas por meios eletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma
disposta no regulamento desta Lei.
§ 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos,
em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.
§ 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade estabe-
lecida no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade compe-
tente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos previstos neste
artigo.
§ 4o A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias, fican-
do registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
§ 5o A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante
autorização do Sinarm.
§ 6o A expedição da autorização a que se refere o § 1o será concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no prazo
de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do interessado.
ANEXO
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
TABELA DE TAXAS
ATO ADMINISTRATIVO R$
(art. 30)
Gratuito
III - Registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de transporte 60,00
de valores
11 Relações Humanas.
11.1 Qualidade no atendimento ao público: comunicabilidade; apresentação; atenção; cortesia; interesse; presteza;
eficiência; tolerância; discrição; conduta; objetividade.
11.2 Trabalho em equipe.
RELAÇÕES HUMANAS
PROF. JALBER – RELAÇÕES PÚBLICAS
1. Ética na Administração Pública: Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:
Decreto n.º 1.171/94.
Introdução ao Código de ética Profissional dos Servidores Civis do Poder Executivo Federal
1.1 Introdução
Alguns editais de concurso público para cargos lotados na Administração Federal exigem conhecimento prévio do código de
Ética Profissional de seu pessoal administrativo civil (porque os militares têm seu próprio regimento interno nos códigos de con-
duta militar de cada ramo das armas – Exército, Marinha e Aeronáutica). Essas regras foram baixadas através do Decreto Nº
1.171, de 22 de junho 1994, que aprovou o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
deral. Por iniciativa do Poder Executivo Federal foram instituídas as regras de disciplina ética e moral do funcionalismo e, para
que essas regras fossem aplicadas na administração, o próprio texto do decreto determina que se criem, imediatamente, em
todos os órgãos da administração federal, Comissões de Ética, formadas por funcionários designados para este fim. Essas co-
missões são integradas por três servidores (administração direta) ou empregados (administração indireta e empresas públicas
federais) titulares de cargo efetivo ou emprego permanente – vale dizer, somente funcionários efetivados por concurso público
podem integrar essas comissões.
O texto do decreto é curso e somente institui o Código de Ética Profissional, pois seu texto propriamente dito está contido no
Anexo do decreto. É dividido em dois capítulos e três seções. No primeiro capítulo, constam as seções sobre Regras Deontoló-
gicas (princípios de ética profissional); Deveres do Servidor Público e Vedações (proibições) ao Servidor Público. O segundo
capítulo versa especificamente sobre a constituição e funcionamento das Comissões de Ética.
No âmbito de interesse de nossa preparação, a Deontologia pode ser definida como o estudo das regras de disciplina ética que
regulamentam o exercício de uma determinada profissão. Várias categorias profissionais cujo exercício da profissão é regula-
mentado por lei federal (como os médicos, advogados, contadores, enfermeiros, engenheiros, etc.) têm o exercício de suas fun-
ções profissionais disciplinados quanto à ética de suas profissões. A ciência que estuda a aplicação dessas regras se chama
Deontologia. O poder Executivo Federal instituiu as regras a serem aplicadas no exercício da função pública, aplicando-se a
todos os servidores e empregados civis da União. Segundo o Código, os princípios deontológicos a serem protegidos e que fun-
damentam a ética profissional do servidor são:
Estes princípios devem ser respeitados pelo funcionário estando ou não no exercício da função pública, pois a sua conduta como
cidadão refletirá no seu papel social como servidor da administração pública. Segundo o Código em estudo “O servidor público
não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto”,
sempre de acordo com a Lei e com a Constituição Federal.
Como o fundamento e finalidade do serviço público é o bem comum, a moralidade da Administração Pública não se limita à dis-
tinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. Assim, ato administrativo so-
mente se convalida se respeitados esses princípios éticos.
Com exceção dos casos em que a lei determina sigilo administrativo (segurança nacional, investigação criminal, segredo de
justiça, por exemplo), os atos dos servidores, quando no exercício de suas funções, são eminentemente públicos e só se dão por
concluídos quando revestidos dessa publicidade (dar-se conhecimento ao público) constitui requisito de eficácia e moralidade,
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
É um princípio clássico constitucional que toda pessoa tenha direito à verdade. Assim, o servidor não pode omitir ou falsear,
mesmo que contrarie os interesses da pessoa interessada ou da Administração em que atua.
Por outro lado, a cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público devem caracterizar plenamente o
esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que precisa ser atendida (e que cumpre suas obrigações com o Estado) constitui
dano moral. Também contra o bem público, constitui dano a conduta que resulte em deterioração, por descuido ou má vontade.
A demora no atendimento ou na apresentação de solução a problemas que são de sua responsabilidade, permitindo a formação
de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, além de atitude contra a ética ou, também constitui
grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
A assiduidade e o compromisso com sua produção individual na repartição em que presta serviço é obrigação ética, de acordo
como o Código em estudo. As ausências injustificadas do servidor de seu local de trabalho são fator de desmoralização do servi-
ço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
Além daqueles deveres contidos na legislação específica (Lei 8.112, Estatuto dos Servidores Civis), o código em estudo discrimi-
na o que chama de deveres fundamentais, ou seja, que servem como base dos princípios da ética e do comportamento deseja-
do. São eles:
Em sentido jurídico, vedar significa proibir, impedir alguma prática inadequada ou indesejável. Segundo esses princípios éticos
estudados, “é vedado ao servidor público”:
Também tem essa comissão a incumbência de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as
pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de
censura.
É ela também encarregada de providenciar os procedimentos de análise de merecimento de promoções verticais dos funcioná-
rios, quando baseados na conduta ética dos interessados: À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados
da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar
promoções.
Apesar da Comissão ser integrada impreterivelmente por funcionários de carreira (admitidos por concurso público), sua incum-
bência atinge a todos os servidores vinculados à administração, desde que prestem serviços de natureza permanente, temporária
ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, ligados direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou
ainda em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
Para a investigação dos desvios de conduta moral e ética dos funcionários e a aplicação desses artigos, é criada, em cada órgão
da administração pública federal, uma Comissão de Ética, responsável pelo processo administrativo que se formará para tac
finalidade.
Também tem essa comissão a incumbência de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as
pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de
censura.
É ela também encarregada de providenciar os procedimentos de análise de merecimento de promoções verticais dos funcioná-
rios, quando baseados na conduta ética dos interessados: À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados
da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar
promoções.
Apesar da Comissão ser integrada impreterivelmente por funcionários de carreira (admitidos por concurso público), sua incum-
bência atinge a todos os servidores vinculados à administração, desde que prestem serviços de natureza permanente, temporária
ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, ligados direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou
ainda em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
A questão da responsabilidade na prestação de serviços públicos não pode ser vista apenas pelo seu aspecto social (de relevân-
cia para a sociedade como um todo), devido ao fato de que a prestabilidade se dá em dois âmbitos: um coletivo (e por isso soci-
al) e outro individual (particular, que diz respeito ao cidadão atendido). Os princípios da ética no serviço público são os mesmos
nos dois casos, mas o tratamento do problema e sua solução têm enfoques diferentes, devido ao seu alcance. Aqui, se deve
enfatizar o âmbito particular, devido às especificações do cargo a que se destina o edital. Mas, é necessário compreender-se
como um todo a questão da organização (do banco). Como instituição bancária do setor público e empresa, ao mesmo tempo, a
CEF têm sob sua égide de responsabilidade a boa imagem pública e privada. Assim, todos os fundamentos éticos já menciona-
dos norteiam a organização bancária, quais sejam aqueles voltados à satisfação do cliente, como atendido ou assistido no setor.
1.9 Atendimento
Os princípios éticos que regem o atendimento ao público são os mesmos já mencionados. Mas quanto ao atendimento a portado-
res de necessidades especiais e idosos, a legislação determina tratamento diferenciado, fundamentado na Constituição Federal,
quando esta protege acessibilidade aos desiguais nos atendimentos públicos. Essa legislação está incluída no conteúdo deste
edital e merece atenção especial.
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
0 PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o
disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10,
11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,
DECRETA:
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providên-
cias necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, inte-
grada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da
República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes.
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República.
ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994.
ANEXO
Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o
servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder esta-
tal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o hones-
to e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que
o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá conso-
lidar a moralidade do ato administrativo.
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e
por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-
estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito
na vida funcional.
Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações
procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em
que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de
duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu
cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços
públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuá-
rios do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cu-
nho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em
que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favo-
res, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou antiéticas e denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativa-
mente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providên-
cias cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a
realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinente ao órgão onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto pos-
sível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos
legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mes-
mo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral
cumprimento.
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada
de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, com-
petindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.
XVII --. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores,
os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos
próprios da carreira do servidor público.
XIX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XXI - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo
parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.
XXIII (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, con-
trato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição
financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públi-
cas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça
o interesse do Estado.
XXV - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
2.1 Comunicabilidade
Tanto na sua divulgação (publicidade) quanto na entrega do serviço, o ato de atendimento público deve ser livre de embaraços e
complicações na sua prestabilidade. Deve chegar como informação completa e eficaz, capaz de realizar-se como atendimento às
necessidades a que se propõe satisfazer.
Mas também é pré-requisito ligado diretamente ao comportamento do servidor que entrega o serviço, que deverá portar-se de
maneira gentil, objetiva e eficaz, na mesma proporção e com os mesmos objetivos no atendimento.
2.2 Apresentação
A apresentação se refere ao servidor, que deverá estar sempre de acordo com a prestação a que se determinou. Assim, é impor-
tante que esteja adequadamente trajado, demonstrando higiene e organização pessoal.
2.4 Atenção
Refere-se à atenciosidade desprendida no ato do atendimento. É imprescindível para a conclusão de eficiência do atendimento.
2.5 Cortesia
Ser cortês e polido é obrigação que provém da urbanidade, requisito constitucional do ato de atendimento.
2.7 Eficiência
Requisito já comentado, é o cerne da realização do ato de atendimento. É tão importante que está prescrito no texto da Consti-
tuição Federal como princípio da administração pública.
2.8 Tolerância
Leia-se aqui paciência, para não se confundir com favorecimento mediante benevolência. Deve o funcionário ser tolerante com o
público atendido ou assistido, no sentido de compreender suas dificuldades e viabilizar a melhor e mais adequada solução do
problema apresentado.
2.9 Discrição
Recomenda-se que seja o servidor discreto no atendimento, evitando situações de constrangimento para os atendidos, não
adentrando em situações particulares ou impertinentes. É comum o atendido expor certas situações pessoais (atendimento médi-
co, por exemplo) ou segredos de família (atendimento jurídico) que devem ser tratadas com a devida reserva e respeito.
2.10 Conduta
é o conjunto de todas essas recomendações e práticas, no ato do atendimento, dentro dos critérios de urbanidade já menciona-
dos. Mas também é a livre condução de sua vida privada, que deverá ser sempre condizente com o exercício do cargo que ocu-
pa. Ex.: as restrições de comportamento social inadequado por que passam os juízes e promotores, sob risco de comprometerem
a qualidade e credibilidade dos seus trabalhos.
2.11 Objetividade
Ligado à eficiência e à presteza. Devem ser os atendimentos feitos com loquacidade, tornando-se práticos e simplificados ao
máximo para o atendido. Alcançar o objetivo do atendimento, sem rodeios ou dificuldades adicionais.
3. Trabalho em equipe
É da essência do trabalho em órgãos públicos o inter-relacionamento de qualidade ímpar, devido ao alto grau de responsabilida-
de desejado. Como os órgãos obedecem a estruturas pré-determinadas por Lei, as repartições, seções, departamentos, etc. já
trazem pronta a sua funcionabilidade e todas elas, sem exceção, dependem de trabalho em equipe. É o perfil principal da admi-
nistração moderna, que se projeta na administração pública como solução inteligente (isso ocorre já há alguns anos).
Assim, o trabalho em equipe deixa de ser uma característica para ser uma determinante superior de funcionabilidade do setor
público. Ainda que funcione isoladamente, sozinho num posto de atendimento, o servidor terá vinculada a sua rotina a de outros
colegas, que recebem sua produção ou lhe enviam informações e procedimentos a serem cumpridos.
Segundo os estudiosos, alguns critérios servem de orientação ao cliente na hora de avaliar a qualidade do serviço ou produto.
Embora o nível de importância de cada critério varie de acordo com as características de cada serviço, pode-se listar nove princi-
pais critérios de avaliação da qualidade do serviço utilizados pelo cliente:
Refere-se à
qualidade (e/ou
aparência) de É um importan-
qualquer evi- te critério pela
Aspectos tangí- dência física do própria visuali-
veis serviço: bens zação e com-
facilitadores, preensão do
equipamentos, serviço.
instalações,
pessoal.
É a ausência da
variabilidade no
resultado ou no
processo. É importante
Consistência para clientes
influencia até que querem
Consistência
na propaganda saber o que
boca-a-boca esperar do
realizada por serviço
clientes fre-
quentes e po-
tenciais.
É importante
Refere-se à para serviços
habilidade e ao profissionais:
Competência conhecimento serviços médi-
para executar o cos, assistência
serviço jurídica, por
exemplo.
Critério impor-
tante para a Nem sempre a
maioria dos redução do
Velocidade de consumidores tempo real é a
Atendimento de serviços (na desejada no
ótica deles, tempo percebi-
sempre). O do.
tempo pode ter
Trabalho em equipe
Todas as pessoas para terem sucesso nos locais onde trabalham precisam se esforçar e muito para conseguir alcançar os
seus objetivos, independente da área onde estejam atuando é necessário que haja o máximo de empenho afim de conquistar
todas as metas e ainda sobrar, quem aplica os conselhos dados por Jesus a milhares de anos atrás com certeza consegue ir
muito mais além do que o necessário, ele disse “se te mandarem dar mil passos dê dois mil e desta maneira ninguém vai falar
que você não fez o que era pra fazer”, ou seja esse conselho mesmo depois de milhares de anos ainda nos continua sendo vali-
do e pode nos ajudar no dia a dia principalmente em nosso trabalho.
O trabalho em equipe é uma das partes mais temerosas por todos porque é onde normalmente acontecem diversos desen-
tendimentos, o que todos precisam ter em mente que essa não é um momento para se temer e sim para agir em seu favor e de
seus companheiros, a partir do momento em que uma tarefa lhes foi dada para ser feita em grupo é porque o seu superior confia
em você e seus parceiros para realizá-la juntos.
A personalidade nessa hora conta e muito afinal você não pode mudar o seu jeito de ser apenas porque está participando de
um trabalho em grupo, é necessário que se mantenha focado em seu trabalho e suas principais características com certeza vão
te ajudar a alcançar as metas. Se mudar a sua personalidade vai estar sendo a pessoa que seu superior não queria na hora que
o mandou fazer aquele trabalho, afinal ele escolheu você como é normalmente nos dias de trabalho.
Se relacionar bem com seus companheiros na hora de um trabalho em equipe é fundamental, nunca deixe de ouvir a vontade
de outras pessoas e sempre dê apoio para a ideia deles, assim quando você tiver uma que eles gostarem com certeza será bem
Trabalho em equipe
Dez ótimas dicas para o trabalho em equipe
Cada vez mais o trabalho em equipe é valorizado. Porque ativa a criatividade e quase sempre produz melhores resultados
do que o trabalho individual, já que "1+1= 3". Por tudo isto aqui ficam dez dicas para trabalhar bem em equipe.
1. Seja paciente
Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal "cada cabeça uma sentença". Por isso é importante que seja paciente.
Procure expor os seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros,
mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões.
2. Aceite as ideias dos outros
As vezes é difícil aceitar ideias novas ou admitir que não temos razão; mas é importante saber reconhecer que a ideia de um
colega pode ser melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho, é o objetivo comum que o
grupo pretende alcançar.
3. Não critique os colegas
As vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito importante não deixar que isso interfira no trabalho em
equipe. Avalie as ideias do colega, independentemente daquilo que achar dele. Critique as ideias, nunca a pessoa.
4. Saiba dividir
Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do princípio que é o único que pode e sabe realizar uma de-
terminada tarefa. Compartilhar responsabilidades e informação é fundamental.
5. Trabalhe
Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra
completamente diferente.
6. Seja participativo e solidário
Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre que seja necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-
se constrangido quando necessitar pedir ajuda.
7. Dialogue
Como você se sente quando está contando algo muito triste que te aconteceu e percebe que a pessoa que supostamente es-
tá te ouvindo demonstra um leve sorriso no rosto ou continua atenta ao que está passando na TV? Ou ainda, muda de assunto
com uma piada nada conveniente para o momento? Péssimo, não é mesmo? Sente-se como tivesse falando com uma parede ou
pedra, fria, insensível, dura!
Alguém que demonstra ser incapaz de sentir o que você está sentindo. Você se sente incompreendido, e muitas vezes até se
arrepende de ter contado aquilo para tal pessoa. Promete a si mesmo que não contará mais nada para ela devido a sua falta de
sensibilidade. Não é apenas o que a outra pessoa nos fala que faz com que nos sintamos compreendidos, mas principalmente
suas expressões faciais, seu corpo, se nos envolve, se nos toca com um profundo abraço, se nos compreende com seu olhar ou
se nos olha com indiferença ou com alguma expressão contrária aquilo que estamos sentindo.
Mas e aquelas pessoas que fazem com que nos sintamos à vontade e temos cada vez mais desejo de falar, falar? Elas têm o
que chamamos de empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa e tentar "ver com os olhos dela".
O que é empatia
O termo empatia foi utilizado pela primeira vez por E.B. Titchener, psicólogo, e o termo origina-se do termo grego empátheia,
que significa "entrar no sentimento". Para alcançarmos este estágio é necessário deixar de lado nossos próprios pontos de vista
e valores para poder entrar no mundo do outro sem julgamentos. E como isso é difícil de fazer!
Geralmente, nem acabamos de falar e já estamos sendo julgados. Isso, quando não tentam nos interromper com opiniões,
ainda que nem tenhamos pedido, só queríamos falar, desabafar. Sabemos que isso nem sempre é fácil de encontrarmos nas
relações, mas é o que esperamos quando contamos algo para alguém: sermos ouvido em todos os sentidos e mais importante,
sentir que o outro está nos compreendendo, seja com um gesto ou um simples olhar, mas que demonstra de alguma forma sentir
nossa dor.
A empatia também é a primeira condição para a prática da psicoterapia. É preciso ter uma percepção do mundo do outro co-
mo se fosse o seu próprio, o que leva a pessoa a desenvolver sua auto-estima, pois sente que é importante e que seus senti-
mentos são considerados. A empatia muitas vezes é tudo que uma pessoa precisa, pois geralmente não encontra isso dentro da
própria família. E é a falta dessa compreensão que faz com que muitos relacionamentos terminem.
Mas como alguém pode saber o que sentimos? Entrando em sintonia com nossa dor física ou emocional. É reconhecer as
emoções ou necessidades do outro. E para desenvolver essa capacidade é preciso que a pessoa saiba antes de tudo ouvir e
respeitar as próprias necessidades e dores. Tratar-se com empatia, ser compreensivo consigo mesmo como gostaria que fossem
com você é característica básica para o autoconhecimento.
Empatia começa com a capacidade de estar bem consigo mesmo, de perceber as coisas que não gosta dentro de você e as
coisas desagradáveis da sua personalidade. Pessoas com dificuldade de entender o outro muitas vezes demonstram que possi-
velmente não receberam compreensão em suas necessidade e sentimentos durante sua vida. Se suas próprias necessidades
não foram supridas como poderá entender as necessidades de alguém?
A empatia se baseia na capacidade de se colocar no lugar do outro; na percepção daquilo que as pessoas estão sentindo ou
passando e na habilidade de ouvir com carinho e atenção aquilo que estão nos comunicando e isso deve ser feito não só através
de palavras, mas também nos gestos, o tom de voz, e especialmente, nas expressões faciais.
É preciso colocar o sentimento à frente das palavras. Conseguindo se colocar no lugar do outro, você se sensibiliza com as
dificuldades e o sofrimento, e é isso que nos torna mais humanos e nos possibilita realmente ajudar alguém. Entrar em contato
com os próprios sentimentos é a base para desenvolver a empatia. Como alguém que despreza as próprias necessidades e
sentimentos poderá compreender as necessidades do outro?
Para desenvolver a empatia procure ouvir com a intenção de entender e não de argumentar, como faz a maioria das pessoas,
sempre atentas para saberem onde podem discordar. Deixe as pedras de lado se deseja ter uma comunicação verdadeira com
alguém. A essência de escutar com empatia não é concordar, mas entender profundamente o que o outro quer dizer e principal-
mente, o que está sentindo.
Como é reconfortante ter alguém que nos compreenda e a sensibilidade é a principal característica para essa sintonia. Sensi-
bilidade não só com o outro, mas para consigo mesmo. As pessoas que têm empatia aprenderam desde cedo que os sentimen-
tos devem ser respeitados, começando pelos próprios. E se não receberam isso na infância, sempre é tempo de aprender. Um
bom exercício para isso é aprender a escutar a si mesmo, respeitando acima de tudo, os próprios sentimentos. Afinal, só conse-
guimos dar ao outro aquilo que temos por nós mesmos!
Viver na defensiva
Por: Maria Helena Brito Izzo
O comportamento defensivo se externa quando a pessoa, através de suas desconfianças, percebe perigo no grupo, desgas-
tando assim suas energias numa autodefesa - que pode ser inútil, se o perigo não for real e não passar de uma "encucação" da
pessoa. Nesta óptica, dividimos as pessoas em dois tipos. De um lado, temos as pessoas naturais, seguras, que enfrentam os
desafios e são mais sinceras. Sabem moldar-se às necessidades, porque acreditam em si próprias. Não que deixem de sentir as
injustiças, mas vão caminhando em meio a elas, vão caindo e se levantando, aprendendo, amadurecendo e trocando ideias. E
dessa forma que se realiza a troca afetiva.
A opinião pública tem uma visão estereotipada do funcionário público. Nesta visão, são realçados os aspectos negativos: me-
nor empenho no trabalho, descaso na prestação de serviços e acomodação nas rotinas do emprego etc.
Esta é uma visão muito antiga. Hà uma música tocada nos bailes de Carnaval na década de 50 que fala de uma servidora públi-
ca:
Era assim, de pàra-quedas, que se caía num cargo público e nas classificações funcionais.
Barnabé é outro termo que consagrou na gíria a visão do funcionalismo público mediano, sem grandes aspirações ou conquistas
. O típico servidor cujo paletó vive na cadeira para dar a impressão de que ele está no ambiente de trabalho.
Desmistificar um estereótipo social é sabidamente uma tarefa de paciência e que demanda tempo. É necessária uma estratégia,
permanente e progressiva de esclarecimento da sociedade civil, a fim de mostrar o porquê da existência do servidor público e
sua necessidade. O porquê de sua necessária e constante valorização.
A Constituição de 1988 estabelece que a única maneira de provimento de cargos públicos efetivo é através de concurso. Atual-
mente, a maior parte do funcionalismo público de cargos efetivos é formada por servidores concursados, aprovados em certames
que exigem muito preparo.
Mas, uma boa parte dos cargos comissionados, a maioria cargos de gestão, são ocupados por servidores nomeados segundo
critérios de interresses políticos. Isso gera um quadro onde o servidor tem uma boa formação, mas os chefes são amadores.
Além disso, há uma gama de outros funcionários selecionados pelo critério "quem indica", contratados temporariamente, ou
terceirizados, ou para Consultoria e cujos contratos são renovados inúmeras vezes equivalendo na prática a quase um cargo
permanente. Infelizmente há ainda esses que caem de para-quedas no serviço público.
Entretanto, o que se percebe é que a cena da repartição cheia de máquinas de datilografia e cadeiras com paletós sobre elas
É claro que exames rigorosos para admissão de novos servidores aumentam a qualidade do funcionalismo , mas não é só isso. É
preciso estruturar carreiras no serviço público com cursos obrigatórios e específicos para o setor público.
Os cidadãos estão cada vez mais conscientes de que o serviço público que lhe é prestado não é gratuito: é muito caro. Pagam-
se tributos de várias espécies, numa complexa configuração fiscal (cumulatividade, bi-tributação, efeito cascata, guerra fiscal,
etc...) que precisam arcar, inclusive, com os custos da burocracia excessiva e da provisão para fraudes.
A sociedade está ciente de que o serviço público deve ser eficiente e de que o servidor público está ali para servir a sociedade.
O emprego público deve explorar as habilidades que fizeram o candidato ser empossado. A remuneração, a depender da carrei-
ra, deve ser mantida em níveis competitivos ao da esfera privada. Mas, nada disso visa a efemeridade do "status" que alguns
servidores públicos apreciam.Tudo visa o fim público, objetiva a satisfação das necessidades coletivas.
Uma nova política de recursos humanos é necessária. Deverá ser permanente e estar em constante aperfeiçoamento, produzin-
do, na ponta, servidores mais críticos, competentes, inovadores e cientes de sua missão pública. Essa é a única forma de se
resgatar, perante a sociedade, a dignidade da função, e se ganhar do público, o reconhecimento devido.
Perante a sociedade, maus servidores não têm direitos - nem de grevar, porque são dispensáveis. Bons servidores, ao contrário,
competentes e atenciosos, tornam-se mais fortes e reconhecidos, porque imprescindíveis. Não adianta simplesmente lutar pelo
salário sem ter postura e ética na hora de servir.
A boa greve é aquela que é encampada por quem de fato trabalha , serve com competência e dá atendimento de qualidade ao
público. http://metodologiacientifica-rosilda.blogspot.com.br/
Desde 1991, o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, vêm se destacando como uma ação
efetiva na indução da melhoria da qualidade da gestão das organizações públicas brasileiras.
Ao mesmo tempo, vem continuamente acompanhando as transformações ocorridas na administração pública moderna, e com
isso, aperfeiçoando e incorporando ações para atender satisfatoriamente as demandas do Estado.
A partir de 1999, com a ênfase cada vez maior na transparência, controle social e participação cidadã, o GESPÚBLICA introduziu
em seu escopo de ação, a mobilização das organizações públicas para a melhoria da qualidade de atendimento direto ao cida-
dão.
Nesse sentido, um dos produtos que a área de Gestão do Atendimento oferece às organizações para incentivar a melhoria da
prestação de seus serviços é o Instrumento Padrão de Pesquisa de Satisfação – IPPS. É uma metodologia de pesquisa de opini-
ão padronizada que investiga o nível de satisfação dos usuários de um serviço público, e foi desenvolvido para se adequar a
qualquer organização pública prestadora de serviço direto ao cidadão, e também, gerar informações consolidadas entre essas
diferentes organizações.
Desde seu lançamento em 2002, o IPPS já foi utilizado repetidas vezes por mais de 100 organizações públicas de todo o país,
como INSS, Delegacias Regionais de Trabalho, Supertintendências de Agricultura, Delegacias da Receita Federal, hospitais
federais, hemocentros, órgãos estaduais, Centrais de Atendimento Integrado entre outros.
Com o IPPS é possível elaborar questionários, calcular amostras, tabular dados e emitir tabelas e gráficos de análise pré-
formatados.
Os objetivos do IPPS:
01. Gerar informações relevantes para a melhoria da gestão das organizações públicas.
Para tanto, o IPPS provê um conjunto de perguntas de avaliação de satisfação que possam interessar a uma organização públi-
ca.
Cada organização pode escolher, entre os itens disponíveis, aqueles que contemplem a natureza do seu serviço, os seus inte-
resses gerenciais e os recursos disponíveis para a pesquisa. Dessa forma, utilizando-se dos das baterias de avaliação e do mó-
dulo temático, cada organização poderá desenvolver um questionário que atenda a suas particularidades.
02. Gerar um diagnóstico permanente sobre a qualidade geral do serviço público brasileiro na ótica do cidadão.
Para tanto, o IPPS apresenta um módulo, denominado Módulo Geral, que apresenta perguntas que podem ser aplicadas a qual-
quer tipo de organização pública que presta serviço ao cidadão. Com o módulo geral será possível mensurar o Índice Nacional
de Satisfação das organizações públicas que utilizarem o IPPS.
A pesquisa de satisfação é perfeitamente aplicável a órgãos que prestam serviço diretamente ao cidadão.
Benefícios do IPPS:
Permitir a organizações com poucos recursos implementarem uma avaliação de satisfação “caseira”, mas, mesmo assim, meto-
dologicamente rigorosa e, por isso, útil.
Com o IPPS poderá reduzir custos de pesquisa, gerar informações relevantes para tomada de decisão e gerar índices de satisfa-
ção consolidados entre órgãos diferentes.
Desse modo, organizações com poucos recursos não precisam desenvolver o seu próprio questionário, podem simplesmente
adaptar o IPPS para suas necessidades.
Com o IPPS é possível:desenvolver o questionário de acordo com as necessidades de cada organização;calcula a amostra ne-
cessária para alcançar um índice confiável dos resultados;facilita a entrada de dados;assisti a análise dos resultados, onde conta
com relatórios automatizados que exploram os principais dados de maneira a gerar gráficos, tabelas e índices de satisfação.
http://metodologiacientifica-rosilda.blogspot.com.br/2010/04/orgao-e-opiniao-publica.html
Primeiros Socorros
01. A contaminação pelo vírus da AIDS ocorre de várias maneiras. NÃO corre risco de contaminação quem:
a) se alimenta bem tomando vitaminas.
b) executa respiração boca a boca na vítima, sem máscara.
c) socorre a vítima usando luvas.
d) está tomando antibióticos.
e) socorre a vítima fazendo higiene após atendimento.
03. Durante todo o procedimento de ressuscitação de um acidentado, com parada cardio-respiratória, uma mão do socorrista
deverá ficar situada sempre no queixo da vítima para:
a) Acelerar a respiração.
b) Regular os sinais vitais.’
c) Manter as vias aéreas livres.
d) Manter o batimento cardíaco.
e) Acelerar o batimento cardíaco.
04. Deverá ser evitada a compressão torácica fora do externo, pelo risco de complicações como:
a) Lesão muscular e lesões nos membros superiores.
b) Fratura dos membros, lesão abdominal e deslocamento nervoso.
c) Fratura dos membros, lesões musculares e intestinais.
d) Fratura de arcos costais, lesão pulmonar e cardíaca.
e) Lesão abdominal, lesão intestinal e ruptura nervosa.
05. Um acidente apresenta um pedaço de vidro encravado no olho, o que fazer no local, antes de remover a vítima?
a) Lavar com água gelada.
b) Retirar o vidro com os dedos.
c) Pingar colírio anestésico/desinfetante.Cobrir o ferimento e fechar o outro olho.
d) Cobrir o ferimento e fechar o outro olho.
e) Retirar o vidro com uma pinça.
06. Em um acidente, a vítima está dentro do veículo, que tem fumaça em seu interior. Nesta situação, o que fazer após chegar à
conclusão que não há risco pessoal?
a) Afastar-se rapidamente, chamando o resgate.
b) rejar a vítima ligando os circuladores de ar do veículo, aguardando a dissipação da fumaça.
c) Deixar a vítima sentada dentro do veículo e oferecer muito leite a ela, aguardando a dissipação da fumaça.
d) Retirar a pessoa de dentro do carro, após imobilizá-la da melhor forma possível.
e) Jogar água no veículo e até na vítima, para resfriar o local.
09. Sabe-se que o primeiro trauma é aquele que ocorre no acidente e que o segundo é aquele que ocorre quando não socorre-
mos com cuidado. É INCORRETO afirmar que:
a) quando desacordada, a vítima pode sufocar-se com restos de alimentos.
b) o uso de colar cervical ajuda a evitar o segundo trauma.
c) deve-se sempre evitar gestos bruscos no atendimento à vítima.
d) o cinto de segurança e o capacete evitam que o primeiro trauma seja mais grave.
e) deve-se sempre colocar a vítima sentada.
10. Um motociclista sofreu acidente e encontra-se caído, com capacete na cabeça. O que fazer?
a) Remover o capacete somente se este estiver inconsciente.
b) Remover imediatamente o capacete.
c) Remover o capacete somente se ele estiver consciente.
d) Ajuda-lo a erguer-se do chão.
e) Sinalizar o local, chamar o regate e verificar a respiração.
12. A vítima apresenta uma pupila dilatada, com tamanho diferente da outra. Isso é sintoma de:
a) convulsão.
b) miopia.
c) hemorragia.
d) fratura exposta.
e) provável fratura de crânio.
13. Uma pessoa bateu a cabeça, perdeu a consciência e depois acordou, dizendo estar bem. O que fazer?
a) Recomendar que a pessoa fique acordada durante 24 horas.
b) Levar ao hospital somente se tiver que fazer curativo.
c) Neste caso, não há necessidade de ir ao hospital.
d) Apenas fazer compressas com gelo no local.
e) Sempre levar a pessoa ao hospital.
17. Uma vítima de acidente de trânsito parou de respirar. Nesta situação, você:
a) avalia que a vítima ainda pode estar viva, se não estiver roxa.
b) fica impedido de prestar socorro se estiver sozinho.
c) aplica alguns tapas nas costas, pois ela pode estar engasgada.
d) avalia que a vítima morreu, não há mais nada a fazer.
e) avalia que pode estar viva e deve ser atendida imediatamente.
18. Em um acidente com vítimas, alguém lhe acena pedindo por socorro. Você sinaliza, estaciona e:
a) dá líquidos ao acidentado, tentando reanimá-lo.
b) movimenta a vítima para analisar a extensão do acidente.
21. Veículo acidentado com o pára-brisa quebrado bem à frente do condutor, em forma de teia e aranha, indica:
a) hemorragia externa.
b) ferimento perfurante.
c) vítima com possíveis traumatismos no crânio, no peito e nas pernas, em conseqüência de colisão frontal do veículo.
d) convulsão.
22. No atendimento à vítima, dar prioridade ao desbloqueio das vias aéreas e às possíveis lesões da coluna cervical, são proce-
dimentos indispensáveis porque:
a) se não cuidarmos da oxigenação e não considerarmos que a medula foi atingida, os danos podem ser irreversíveis.
b) evitam processos judiciais por imperícia ou imprudência.
c) é mais fácil desbloquear as vias aéreas e estabilizar a coluna cervical do que estancar hemorragias.
d) tanto a coluna quanto a boca e o nariz estão mais visíveis e de fácil acesso pra uma primeira avaliação.
e) se não houver oxigenação, é obrigatório o procedimento de respiração boca a boca.
23. Qual entre os procedimentos abaixo NÃO é indicado antes de movimentar ou transportar a vítima?
a) Dar analgésico para aliviar a dor.
b) Manter os sinais vitais.
c) Imobilizar todos os pontos suspeitos de fratura.
d) Controlar os sinais vitais.
e) Controlar todas as hemorragias.
26. Uma vítima apresenta fratura exposta (o osso quebrado está para fora). O que fazer?
a) Empurrar aquele osso para dentro.
b) Garrotear o membro, fazendo um torniquete.
c) Puxar o membro para que o osso volte para seu lugar.
d) Ir jogando água gelada até chegar o resgate.
e) Observar se ela está respirando, imobilizar o membro ferido e acalma-la.
27. Uma vítima de acidente de trânsito está gritando, com muita dor. O que fazer?
a) Fazer compressas quentes no local da dor.
b) Fazer compressas geladas no local da dor.
c) Esperar a chegada do resgate.
d) Levar imediatamente para o hospital.
e) Dar remédio para dor.
29. Qual destas atitudes está INCORRETA porque oferece perigo para a vítima e pode causar maiores danos?
a) Leva-la imediatamente ao hospital, sem perder mais tempo.
b) Prestar auxílio e chamar o resgate.
c) Verificar sua respiração, pulsação e sangramento.
d) Imobilizar a vítima, caso seja necessário, evitando movimenta-la desnecessariamente.
e) Sinalizar o local para evitar outros acidentes.
30. Uma vítima de acidente pede água para beber. O que fazer?
a) Não forçar, deixar tomar apenas o que quiser.
b) Dar bastante líquido para hidratá-la.
c) Mantê-la em jejum.
d) Dar um copo, no máximo.
e) Dar leite ou líquidos adocicados, de preferência.
32. Para socorrer corretamente uma pessoa que sofreu um trauma em acidente com veículo, deve-se, em primeiro lugar, levar
em consideração:
a) uma lesão cerebral.
b) uma possível parada cardíaca.
c) uma possível fratura de ossos.
d) a obstrução das vias aéreas.
e) o sangramento das feridas.
33. Para queimaduras causadas por corrente elétrica, mesmo que a pele aparente estar normal, recomenda-se:
a) lavar a região e cobrir com gaze.
b) observar a evolução, sem fazer nada.
c) dar um analgésico em caso de dor e leva-la para casa.
d) levar a vítima para o hospital.
e) umedecer a região com algum creme hidratante.
35. Ao transporta uma vítima com fraturas expostas, deve-se, em primeiro lugar:
a) não mexer na fratura.
b) segurar o membro quebrado enquanto outros levantam a vítima.
c) prevenir a vítima que ela sentirá dor e em seguida puxar o membro machucado, colocando-o no lugar.
d) procurar algo rígido, enfaixando-o junto ao membro machucado, para imobilizá-lo.
e) enfaixar toda a região machucada para evitar contaminação.
36. Uma pessoa foi atropelada e está caída no meio da rua. O que fazer em primeiro lugar?
a) Remover a pessoa para a calçada.
b) Sinalizar o local para evitar outros acidentes.
c) Anotar a chapa ou correr atrás do carro que a atropelou.
d) Tentar chamar algum parente da vítima.
e) Iniciar imediatamente o atendimento, no local.
37. Qual entre os itens abaixo não é uma causa de estado de choque?
a) Hemorragias internas ou externas.
b) Emoções fortes.
c) Entorses.
d) Queimaduras.
40. Uma vítima de acidente apresenta corpo estranho (parte metálica) encravado em seu corpo. O que fazer?
a) Só retirar o corpo estranho se estiver causando dor.
b) Verificar a respiração e não tentar remover o corpo estanho.
c) Retirar o corpo estranho e comprimir o local com gazes.
d) Retirar imediatamente o corpo estranho.
e) Retirar o corpo estanho e esperar a coagulação do sangue.
41. Num acidente de trânsito, em primeiro lugar, deve-se avaliar as vias aéreas e imobilizar a coluna cervical da vítima. Esta
ação é muito importante porque :
a) segurando a vítima pelo pescoço, ela não se debate.
b) a cabeça despenca após o acidente.
c) evita que a pessoa fique paralítica.
d) evita que a vítima se vire para ver o que fazemos.
e) o pescoço é de fácil alcance, não tendo que tirar as roupas.
42. Se o acidente envolve cargas perigosas, com liberação de produtos químicos no meio ambiente, deve-se:
a) acionar um caminhão pipa para jogar água, limpar e liberar rapidamente a rodovia.
b) afastar-se o mais rapidamente possível do local, abandonando o veículo no acostamento.
c) isolar rapidamente o local, avaliar o perigo para si mesmo e depois tentar o socorro.
d) tentar liberar parte da rodovia, sinalizando o local.
e) se não houver risco de explosão, socorrer as vítimas sem outros receios.
43. Se alguém sofre um traumatismo e desmaia, o que é mais perigoso e que pode causar obstrução das vias aéreas?
a) Restos de alimentos.
b) Sangue do nariz que entope a garganta.
c) Dentes quebrados são engolidos.
d) Dentadura ou próteses dentárias.
e) Todas as alternativas.
44. Você está só e a vítima não tem movimentos respiratórios e nem pulsação. Nesta situação você:
a) verifica se a vítima está fria ou quente.
b) procurar um telefone e chama o resgate.
c) verifica os documentos da vítima e chama a família.
d) inicia imediatamente as manobras de reanimação cardiopulmonar.
e) verifica se a vítima está fria ou quente.
46. Qual a ordem dos fatores, que representam a seqüência correta de atendimento?1. isolar e sinalizar a área; 2. avaliar o
estado das vítimas; 3. chamar o resgate;
a) 3-1-2.
b) 3-2-1.
c) 1-3-2.
d) 1-2-3.
e) 2-3-1.
49. Uma pessoa, ao fechar a porta do carro, teve seu dedo arrancado (amputado). O que fazer com o dedo?
a) Tentar colocar o dedo no lugar, enfaixando-o com esparadrapo.
b) Recolher o dedo e coloca-lo diretamente no gelo.
c) Desprezar o dedo arrancado e socorrer a vítima imediatamente.
d) Embrulhar em gaze e eleva-lo junto com a pessoa para o hospital.
e) Recolher o dedo e coloca-lo no álcool.
Fontes:
FEPESE o Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicos
Servemplac Auto Escola
RESPOSTAS
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A Assembléia Geral proclama a presente Declaração 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o
Universal dos Direitos Humanos direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade
tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento públi-
como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e co no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias
todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada necessárias à sua defesa.
órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declara-
ção, se esforce, através do ensino e da educação, por promo- 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou
ver o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de omissão que, no momento, não constituíam delito perante o
medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por direito nacional ou internacional. Também não será imposta
assegurar o seu reconhecimento e a sua observância univer- pena mais forte do que aquela que, no momento da prática,
sal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados- era aplicável ao ato delituoso.
Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua juris- Artigo XII.
dição.
Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada,
Artigo I. em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em digni- ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito
dade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. Artigo XIII.
Artigo II. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direi- e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
tos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país,
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, inclusive o próprio, e a este regressar.
religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional
ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Artigo XIV.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na 1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito
condição política, jurídica ou internacional do país ou território de procurar e de gozar asilo em outros países.
a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perse-
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a
guição legitimamente motivada por crimes de direito comum
qualquer outra limitação de soberania.
ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações
Artigo III. Unidas.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segu- Artigo XV.
rança pessoal.
1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
Artigo IV.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionali-
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a es- dade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
cravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as
Artigo XVI.
suas formas.
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer
Artigo V.
restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais
castigo cruel, desumano ou degradante. direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolu-
ção.
Artigo VI.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os luga- consentimento dos nubentes.
res, reconhecido como pessoa perante a lei.
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade
Artigo VII. e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.