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Origem: 2° Projeto 31:000.02-001:2001
ABNT/CB-31 - Comitê Brasileiro de Madeiras
CE-31:000.02 - Comissão de Estudo de Madeira Serrada
NBR 14806 - Eucalyptus sawnwood from planted forests - Requirements
Descriptors: Wood. Sawnwood. Eucalypt
Copyright © 2002, Válida a partir 01.04.2002
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Madeira. Madeira serrada. Eucalipto 11 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referência normativa
3 Definições
4 Requisitos
5 Classificação
6 Aceitação e rejeição dos lotes
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para a madeira serrada de eucalipto proveniente de florestas plantadas,
para uso geral.
2 Referência normativa
A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
esta Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta, que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais
recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
3 Definições
4 Requisitos
A largura, a espessura e o comprimento devem ser medidos, respectivamente, nos pontos de menor largura, de menor
espessura e de menor comprimento, exceto quando houver a presença de esmoado.
4.3 Dimensões
4.3.1 Espessura
As espessuras nominais devem ser as seguintes: 12 mm, 16 mm, 19 mm, 22 mm, 25 mm, 32 mm, 36 mm, 38 mm, 40 mm,
44 mm, 50 mm, 63 mm, 75 mm e 100 mm.
4.3.2 Largura
As larguras nominais devem ser medidas em múltiplos de 5 mm.
4.3.3 Comprimento
Comprimento nominal das peças: 1,80 m e maiores, com incrementos de 0,30 m. Peças com comprimentos menores que
1,80 m são classificadas como curtas.
4.4.2 A um teor de umidade correspondente à umidade de equilíbrio da madeira, nenhuma peça deve ter dimensões reais
inferiores às nominais.
4.4.3 A madeira deve sempre ser classificada com teor de umidade correspondente à umidade de equilíbrio.
Na eventualidade de a madeira ser classificada com teor de umidade maior do que a umidade de equilíbrio, as peças
devem apresentar sobremedidas, para compensar as contrações decorrentes do processo de secagem, conforme reco-
mendações apresentadas em 4.5.1 e 4.5.2.
4.5.1 Espessura
4.5.2 Largura
As sobremedidas indicadas para largura estão apresentadas na tabela 2.
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4.5.3 Comprimento
A sobremedida mínima deve ser de 0,02 m sobre o comprimento nominal e a máxima de 0,15 m.
Unidade de medição mm mm m
Ponto de medição
(exceto com presença de Mais fino Mais estreito Mais curto
esmoado)
4.7 Lotes
4.7.1 Comprimento
Quando um lote possuir peças de comprimentos ou larguras nominais diferentes, pode-se especificar em contrato as
dimensões (comprimento ou largura nominais) médias desse lote, que devem ser calculadas da seguinte forma:
a) comprimento médio: soma dos comprimentos nominais de todas as peças dividida pelo número total de peças;
b) largura média: soma das larguras nominais de todas as peças dividida pelo número total de peças;
c) a diferença máxima permitida entre as dimensões médias determinadas (desconsiderando as sobremedidas) para as
peças de um lote e as dimensões médias previstas em contrato deve ser de 5%, salvo quando especificada em
contrário no contrato.
As peças de um lote devem apresentar teor de umidade de acordo com as especificações de contrato.
4.8.1 Empenamentos
4.8.1.1 Encurvamento
É medido conforme a figura 1 e quantificado em relação ao comprimento nominal da peça pela equação:
x
E=
L1
onde:
4.8.1.2 Arqueamento
y
A=
L1
onde:
4.8.1.3 Encanoamento
É medido conforme a figura 3, avaliado em relação ao valor fixo especificado em 5.2 e quantificado pela equação:
e − ea
E1 = n × 100
en
onde:
E1 é o encanoamento, em porcentagem;
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4.8.2 Esmoado
O esmoado é medido conforme a figura 4.
4.8.2.1 A quantificação do esmoado é feita percentualmente em relação às dimensões nominais da peça, conforme as
equações abaixo:
e -e
e = 1 2 × 100
e1
onde:
l -l
l = 1 2 × 100
l1
onde:
L
L = 2 × 100
L1
onde:
4.8.2.2 No caso de a peça de madeira possuir dois ou mais esmoados na sua pior face, a quantificação é feita utilizando-se
as mesmas equações apresentadas em 4.8.2.1 e considerando:
b) a maior largura dos esmoados existentes, quando eles ocorrem em uma quina; ou o somatório das larguras de
dois esmoados, considerando a largura do maior esmoado existente em cada uma das duas quinas longitudinais da
peça de madeira;
4.8.3 Rachas
As rachas são medidas conforme a figura 5, considerando como seus comprimentos as distâncias compreendidas entre
linhas traçadas perpendicularmente às quinas e aos topos, e que as incluam. A quantificação das rachas é feita
considerando a soma de seus comprimentos, em relação ao comprimento nominal da peça, conforme a equação abaixo:
onde:
4.8.4 Nós
Os nós firmes, soltos ou vazados, serão definidos pela presença ou ausência e pela distância entre eles.
4.8.5 Desbitolamento
O desbitolamento a maior é medido e quantificado em termos da diferença entre as maiores largura e espessura
encontradas na peça de madeira e as largura e espessura nominais respectivas.
A madeira ardida é quantificada em termos percentuais de área afetada em relação à área total da peça.
A bolsa de goma e veios de “kino” são medidos tomando-se suas larguras e seus comprimentos máximos, conforme
figura 6.
Cópia não autorizada
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4.8.7.1 A quantificação da bolsa de goma e do veio de “kino” é feita percentualmente em relação à largura e ao
comprimento da peça conforme as equações abaixo:
l
l = 2 × 100
l1
onde:
L
L = 2 × 100
L1
onde:
4.8.7.2 No caso de a peça de madeira possuir duas ou mais bolsas de goma ou dois ou mais veios de “kino” na sua pior
face, a quantificação é feita considerando o somatório de suas larguras e de seus comprimentos, percentualmente em
relação à largura e ao comprimento reais da peça, respectivamente, conforme 4.8.7.1.
5 Classificação
O procedimento adotado nesta Norma tem por base a quantidade e a importância dos defeitos encontrados numa peça e
suas dimensões.
Cada classe de qualidade é definida de acordo com a descrição da pior peça de madeira que possa nela ser incluída e
deve conter todas as peças que não possam ser incluídas na classe imediatamente superior.
5.1 Procedimento
5.1.1 Examinar visualmente cada face da peça de madeira, considerando aqueles defeitos que não são permitidos nas
três primeiras classes de qualidade, a fim de decidir quanto à sua inclusão na última classe.
5.1.3 Medir e quantificar os defeitos que ocorrem na pior face (ver 4.8).
Cópia não autorizada
8 NBR 14806:2002
Para todas as classes de qualidade, o encanoamento é permitido desde que a espessura da peça, após redução por
aplainamento, não difira mais do que 4% da espessura nominal correspondente para a primeira e segunda classes,
6% para a terceira classe, 8% para a quarta classe e sem limite para a quinta classe.
5.2.1.1 A primeira classe não admite peças que contenham qualquer um dos seguintes defeitos:
a) bolsa de goma e veios de “kino”;
b) colapso;
c) encurvamento complexo;
d) fendilhado;
e) fissura de compressão;
f) furos de insetos e galerias;
g) madeira ardida ou podridão;
h) medula;
i) nós de todos os tipos;
j) torcimento.
5.2.1.2 A primeira classe admite, em até 10% do lote, peças com os seguintes defeitos:
a) empenamentos:
- arqueamento: até o limite de 5 mm por metro de comprimento;
- encurvamento: até o limite de 5 mm por metro de comprimento;
b) esmoados: até o limite de 20% da espessura, 10% da largura e cumulativamente 20% do comprimento;
c) rachas: até o limite de 25 mm por metro de comprimento.
5.2.2 Segunda classe
5.2.2.1 A segunda classe não admite peças que contenham qualquer um dos seguintes defeitos:
a) bolsa de goma;
b) colapso;
c) encurvamento complexo;
d) fissura de compressão;
e) furos de insetos e galerias;
f) madeira ardida ou podridão;
g) medula;
h) nós soltos, nós vazados, nós cariados, nós de gravata e nós de coloração escura. Pode ser admitido, em uma face,
um nó firme com a mesma coloração da madeira e com diâmetro menor que 25 mm. Na outra face, não são admitidos
nós;
i) torcimento.
5.2.2.2 A segunda classe admite os seguintes defeitos:
a) empenamentos:
- arqueamentos: até o limite de 10 mm por metro de comprimento, em até 10% do lote;
- encurvamento: até o limite de 10 mm por metro de comprimento, em até 10% do lote;
b) esmoado: desde que em uma única quina e em até 10% do lote, com espessura não superior a 20% da espessura
da peça, largura não superior a 10% da largura da peça e comprimento cumulativo não superior a 20% do
comprimento da peça;
c) fendilhado: desde que com menos de 2 mm de profundidade em madeira serrada bruta e com até 10 cm por metro
de comprimento;
d) rachas: são permitidas rachaduras de topo, desde que não ocorram em proporção cumulativa maior que 50 mm por
metro de comprimento da peça.
Cópia não autorizada
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NOTA - Ver tabela 4 para o sumário das especificações das classes de qualidade.
Cópia não autorizada
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Classes de qualidade
Parâmetros
Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta
Comprimento
1,80 1,80 1,80 1,80 1,80
Dimensões m
mínimas da
peças Largura
100 100 100 75 75
mm
Até o máximo
Bolsa de goma e veios de
Não Não Não de 25 mm/m Sim
“kino”
na pior face
Colapso Não Não Não Não Sem limites
10 mm/m de 10 mm/m de
5 mm/m de
comprimento, comprimento, 15 mm/m de
Arqueamento comprimento, em Sem limites
em até 10% do em até 20% do comprimento
até 10% do lote
lote lote
4% da 6% da 8% da
4% da espessura
Encanoamento espessura espessura espessura Sem limites
nominal
nominal nominal nominal
Empenamentos
10 mm/m de 10 mm/m de
5 mm/m de
comprimento, comprimento, 15 mm/m de
Encurvamento comprimento, em Sem limites
em até 10% do em até 20% do comprimento
até 10% do lote
lote lote
Encurvamento
Não Não Não Sim Sim
complexo
Até o máximo de
Nós Cariados Não Não Não 25 mm/m na pior Sim
face
Até o máximo de
Soltos ou
Não Não Não 25 mm/m na pior Sim
vazados
face
< 25 mm/m de
< 50 mm/m de < 100 mm/m de < 150 mm/m de
Rachas nas Soma dos comprimento da
comprimento da comprimento da comprimento da Sem limites
extremidades comprimentos peça, em até 10%
peça peça peça
do lote
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6 Aceitação e rejeição
6.1 Identificação
6.1.1 Cada lote ou cada grupo de lotes com as mesmas características deve ser identificado com os seguintes itens:
a) número de peças por classe de qualidade;
b) dimensões nominais;
c) teor de umidade da madeira;
d) identificação do produtor;
e) número do lote;
f) número do contrato;
g) país de origem;
h) identificação do classificador.
6.1.2 Caso um lote contenha peças de larguras ou comprimentos nominais diferentes, devem ser especificadas as
dimensões médias.
NOTA - A aceitação de um lote ou de uma viagem não significa a aceitação da partida.
6.2 Inspeção
6.2.1 Lote
No ato da inspeção, devem ser verificados todos os itens contidos em 6.1.
6.2.2 Número de peças
A verificação das peças e a classificação em classes de qualidade podem ser realizadas por inspeção completa ou por
amostragem, utilizando os procedimentos estabelecidos em 4.8 e seção 5.
6.2.3 Inspeção por amostragem
No caso de não se desejar inspecionar todas as peças de um lote, a inspeção deve ser feita como descrito em 6.2.3.1 a
6.2.3.3.
6.2.3.1 Retirar aleatoriamente do lote um número mínimo de peças, as quais devem ser inspecionadas. Este número
mínimo varia com o número de peças existentes no lote, conforme a tabela 5.
Tabela 5 - Sistema de amostragem aleatória
Número total de peças por classe no lote Número mínimo de peças por inspeção
Até 500 13
501 - 1 200 20
1 201 - 10 000 32
10 001 - 35 000 50
35 001 - 50 000 80
Acima de 50 001 125
6.2.3.2 Inspecionar as peças retiradas, verificando se suas características atendem às especificações constantes na
identificação do lote ou do contrato.
6.2.3.3 Calcular a porcentagem de peças inspecionadas que não atendem às especificações da identificação do lote em
relação ao total de peças inspecionadas.
6.2.4 Momento e local da inspeção
A inspeção do lote pode ser feita no pátio do fornecedor, do cliente ou conforme estabelecido em contrato.
6.2.5 Resultados
6.2.5.1 Em um lote podem ocorrer no máximo 5% de peças acidentais, com classe de qualidade imediatamente inferior à
especificada; caso contrário, o lote é rejeitado.
6.2.5.2 Caso a inspeção tenha sido realizada por amostragem e o lote tenha sido rejeitado, pode ser realizada uma
segunda inspeção, de acordo com os procedimentos descritos em 6.2.3, desde que a proporção de peças acidentais não
ultrapasse 20%. Caso persista a rejeição, o lote deve ser considerado como rejeitado.
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