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Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 1

Plano Estratégico
de Valorização
e Desenvolvimento
do Turismo PARA
O Concelho de Almada
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Plano Estratégico
de Valorização
e Desenvolvimento
do Turismo PARA
o Concelho de Almada
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O
Turismo constitui um dos domínios mais notáveis do mundo actual, Se juntarmos a este conjunto de características a localização privilegiada do con-
destacando-se como uma actividade económica muito importante, que celho na área metropolitana de Lisboa, a sua localização natural enquadrada pelo
vem apresentando índices de crescimento cada vez mais pronuncia- estuário do Tejo e pela frente Atlântica, para além de constituir um território com
dos nos últimos anos, consistindo num sistema complexo e caracterizado por características humanas, que se perdem nos tempos recuados da nossa história,
um intrínseco conjunto de relações sociais, culturais, ambientais, económicas e de acolhimento de povos e de cruzamento de culturas, temos todas as condições
políticas. para apostarmos no Turismo, no Recreio e no Lazer como áreas fundamentais do
desenvolvimento no curto, médio e longo prazo.
O Plano Estratégico Nacional do Turismo define esta área como tendo um forte po-
tencial para o país, definindo objectivos de qualificação do sector e perspectivando As transformações do território que decorrem dos diferentes estudos estratégicos
o desenvolvimento de uma estratégia ambiciosa e inovadora que mobilize todos os em curso e pelos projectos que se têm vindo a concretizar, através da implementa-
intervenientes e todas as entidades. ção de um conjunto de acções de requalificação em zonas com forte potencial turís-
tico, as mudanças nas funcionalidades do território pelas novas formas e meios de
Em Almada, desde os anos 90 que se vem desenvolvendo uma estratégia con- mobilidade, a proximidade à capital do país e as múltiplas sinergias de atracção que
sistente que visa por um lado, a qualificação urbana, ambiental e paisagística do se promovem, as vivências sociais culturais e dos quotidianos que se têm gerado
território, a melhoria da mobilidade e da acessibilidade, a criação de uma rede de pelos novos espaços e pelas novas centralidades, a massa crítica que se tem criado
equipamentos culturais, desportivos e de lazer, a realização de eventos com noto- pelos projectos concretizados e pelo trabalho desenvolvido pelos empresários, os
riedade e prestigio e, por outro, procurando uma diversificação da base económica investimentos em novos centros de informação e divulgação turística, são factores
do desenvolvimento do concelho, criando condições para atrair, instalar e desenvol- muito estimulantes para progredirmos na qualificação das respostas turísticas, na
ver actividades de suporte ao turismo. estruturação de novos produtos e na procura de uma qualidade global das ofertas.
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Constatamos, que o caminho feito foi muito significativo e que as metas alcançadas tentes saberes técnicos e científicos à experiência e ao conhecimento da realidade,
nos permitem ter mais ambição. Temos, por isso, de aumentar a nossa capacidade a articulação das entidades públicas e privadas, a incorporação do caminho já feito
de atrair mais visitantes e turistas, conseguir maior competitividade e complemen- com uma visão inovadora e sustentável para o futuro do Turismo em Almada, com a
taridade com outras ofertas da região, tirando partido dos benefícios que podem permanente preocupação de proporcionar o crescimento económico e social.
decorrer do desenvolvimento do turismo em termos económicos, da criação de
emprego e de novas infra-estruturas tendo, para isso, que criar condições de mo- Temos presente que o planeamento estratégico do Turismo é um trabalho muito
tivação das entidades, das instituições, dos agentes do sector e de orientação dos complexo e exigente pelas múltiplas variáveis que encerra, pelos diversos interve-
potenciais investidores. nientes no processo, pela forte relação com os territórios e as comunidades, pelos
graus de incerteza que decorrem dos contextos socioeconómicos que o influen-
Foi esta ambição, a consciência da importância que o Turismo e o Lazer têm nas ciam. Por isso, encaramos este Plano como um grande desafio para o nosso de-
sociedades do presente e do futuro, bem como os efeitos muito positivos que pode senvolvimento e para a afirmação de Almada na Região e para o qual, a exemplo de
ter na qualidade de vida dos cidadãos e da comunidade, que levou o Município outros processos que são determinantes para o presente e para futuro, contaremos
de Almada a celebrar um protocolo de colaboração com o Centro de Estudos de com a participação das populações, das instituições e dos agentes económicos e
Turismo, da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, com o objectivo de sociais do concelho.
desenvolver o Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo no
Concelho de Almada.
A Presidente da Câmara
Este é um instrumento fundamental de mobilização de todos os actores, dos agen-
tes do sector, das instituições e da comunidade em geral, aglutinando os compe-
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Planta dos Recursos Turísticos


do Concelho de Almada
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Contextualização

No quadro da gestão estratégica do destino turístico “Almada”, a Câmara Municipal, Assim, foram amplamente desenvolvidos no Plano um conjunto de elementos, en-
através dos órgãos e serviços afectos à regulação da actividade turística concelhia, tre os quais se destacam: o modelo de organização institucional do turismo de
decidiu adjudicar ao Centro de Estudos de Turismo (CESTUR) da Escola Superior Almada, o tipo de desenvolvimento do destino rumo à visão estratégica definida,
de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), a elaboração de um instrumento de pla- as necessidades no campo das infra-estruturas e serviços de apoio ao turismo, os
neamento susceptível de definir orientações de nível macro passíveis de estabelecer tipos de produtos cruzados com as várias áreas de vocação turística do conce-
uma política de turismo municipal assente em quatro vectores essenciais: lho, o modelo de desenvolvimento do território turístico e respectivas restrições, os
elementos orientadores de branding e marketing do destino, as necessidades de
• Potenciação dos benefícios que podem decorrer do desenvolvimento racional e formação e as acções de cariz estratégico, para além do modelo de seguimento e
equilibrado do turismo, já que tratando-se de um sector gerador de infra-estrutu- de avaliação.
ras, de equipamentos, de actividades, de bens e serviços transaccionáveis e de
empregos, pode proporcionar uma verdadeira cadeia de riqueza com repercus- No plano da sua localização, a situação de Almada face a Lisboa e ao Tejo pode
sões directas na economia regional; definir-se como tradicionalmente vantajosa, embora comportando desafios de mon-
ta. Caberá ao Concelho integrar-se vantajosamente no sistema relacional estuarino,
• Estabelecimento de parâmetros e de acções tendentes ao desenvolvimento do de onde emergem enormes potencialidades de complementaridade, mas também
turismo e à articulação deste com as actividades de recreio; onde existem desafios competitivos acrescidos.

• Criação de plataformas de entendimento entre actores passivos e activos;

• Modelização de uma estrutura capaz de motivar e de orientar os possíveis inves-


tidores.
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1. Posicionamento estratégico

Com base na caracterização efectuada da realidade de Almada enquanto território estabelecer uma visão estratégica global para o Turismo de Almada, a qual traduz o
de lazer, foi identificado um significativo conjunto de aspectos que traduzem o ponto horizonte de referência a perseguir e alcançar.
da situação estratégica do Concelho, seja numa perspectiva sobretudo interna e
presente, seja numa mais externa e de futuro. Este horizonte de referência significará encetar um caminho rumo ao aumento da
centralidade de Almada enquanto território turístico da AML, seja pelo incremento
Esta matriz de posicionamento estratégico pode ser condensada através de algu- da competitividade externa através da diversificação e da qualificação da oferta,
mas dimensões estruturantes: seja pela condução proactiva das dinâmicas de investimento no sector do lazer,
seja, ainda, pelo reforço das condições de articulação – internas e externas – entre
• No eixo “forças e debilidades”, salientam-se a integração regional do Concelho produtos e entre territórios. Paralelamente, assume-se que este processo transfor-
na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e a sua localização fronteira a Lisboa, mador ao nível do recreio e do turismo deverá ser enquadrado numa perspectiva
a diversidade da sua paleta de recursos turísticos, a delicada compatibilização holística de gestão do território e das actividades económicas do Concelho e ser
“turismo/recreio”, a insuficiente estruturação e articulação – interna e externa conduzido dentro de uma estrita óptica de sustentabilidade e de participação.
– do sector turístico, os problemas decorrentes da vertente “ordenamento do
território” e a imagem turística pouco favorável; Assim, prospecta-se num horizonte de 10 anos um Concelho com mais e melhor
Turismo, em que este esteja bem cerzido no quadro da matriz identitária de Almada
• No eixo “oportunidades e ameaças”, relevam-se o potencial de articulação e seja expoente da sua capacidade de criação e inovação cultural e social, esteja
entre produtos, territórios e regiões turísticas, a panóplia de produtos turís- plasmado harmoniosamente no cenário natural de base e configure um instrumento
ticos – consolidados e emergentes – com elevado potencial de mercado e poderoso de desenvolvimento e de melhoria da imagem externa do Concelho. Tudo
com capacidade de qualificar e diferenciar o Concelho e os riscos inerentes isto sem prejuízo da função social que Almada tem vindo a desempenhar no quadro
à continuidade do processo de massificação turística e de depredação dos das práticas de lazer das populações da AML e, particularmente, de Lisboa.
recursos.
Associados a esta visão global do Turismo de Almada, emerge um conjunto de ob-
Com base na matriz SWOT, nos contributos dos stakeholders e nos resultados jectivos específicos, os quais não só concretizam o horizonte geral pretendido, mas
do processo de cenarização efectuado (alteração significativa das dinâmicas ins- também suportam, em boa medida, a estrutura do Programa de Intervenção. Entre
taladas, com aposta moderada no factor inovação e proactividade), foi possível outros, destacam-se:
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• O aumento da competitividade do sector do lazer concelhio face a outros territó- • A assunção do sector privado enquanto motor do desenvolvimento turístico do
rios concorrentes; Concelho;

• A qualificação da oferta, suportada por novas unidades de alojamento bem inte- • A importância do elemento “organização”, seja ao nível dos serviços específicos
gradas espacialmente, pelo upgrade das existentes e por uma correcta integra- da autarquia, seja no domínio dos interfaces entre estes e os stakeholders actuais
ção dos vários subsistemas integrantes; e potenciais;

• O aprofundamento e densificação dos produtos turísticos existentes, bem como o • A indispensabilidade de um desenvolvimento turístico sustentado e sustentável,
desenvolvimento daqueles que se vêm revelando como emergentes; baseado em políticas e práticas de permanente diálogo com as comunidades
locais e com os actores;
• A melhoria e articulação dos diversos segmentos e territórios do sistema turístico
concelhio, nomeadamente os que se reportam especificamente à produção e • A recolha e avaliação de informação susceptível de, a cada momento, apoiar e
prestação de serviços turísticos; tomada de decisão no âmbito do sector turístico.

• O incremento da visibilidade e diferenciação turística do Concelho, através da Em poucas palavras, pode-se definir o octógono do desenvolvimento turístico de
conjugação da inovação com a tradição (plasmada num lote de iniciativas de Almada em torno dos vectores: inovação, qualidade, diversidade, articulação, orga-
carácter estratégico com forte significado enquanto âncoras, referências e efeitos nização, participação, introversão e avaliação.
de arrastamento);
O PEVDTCA contém 104 acções repartidas por seis eixos estratégicos e quinze
• A necessidade, num horizonte de crescimento qualificado, de compatibilizar o medidas. Recapitulam-se seguidamente os eixos e as medidas preconizadas, re-
turismo com as práticas e estadas de recreio; metendo-se as acções para o quadro definido na perspectiva de operacionalização
do plano.
• A procura de novos mercados e nichos susceptíveis de alimentar o aumento em
qualidade da oferta de alojamento e o incremento de módulos de actividades
complementares;

• A necessidade de promover um melhor ajustamento entre a procura e a oferta de


transportes públicos e o reforço das acessibilidades, bem como a promoção da
disciplina e a melhoria das condições de parqueamento na faixa litoral;
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2. Eixos estratégicos/Medidas

Em síntese, as estratégias e respectivas medidas propostas pelo Plano, obedecem à seguinte sistematização:

Eixos estratégicos Medidas

1. Aprofundamento das condições de 1.1 Integração e articulação entre actores e iniciativas tendo em vista a promoção de condições de sucesso
eficiência do sistema turístico concelhio estruturadas em torno do interesse colectivo
nos domínios técnico, organizacional e
regulatório 1.2. Estabelecimento de uma base de informação actualizada e fiável sobre o turismo e o recreio e o
aumento do capital técnico-científico instalado

2. Reforço das condições de apoio e suporte 2.1. Melhoria e integração das infra-estruturas e serviços detentores de capacidade de sustentação e
ao turismo e ao recreio qualificado por potenciação turística
parte das infra-estruturas e serviços
externos ao sector 2.2. Promoção da melhoria e da articulação com o Turismo dos sistemas de acessibilidades e transportes,
bem como da sinalização turística

3. Reforço do desenvolvimento, 3.1. Preservação e valorização turística do património e dos valores identitários do Concelho
diversificação, qualificação e
diferenciação da oferta turística e recreativa 3.2. Estruturação de produtos turísticos integrados, concepção de projectos inovadores com elevada
concelhia capacidade de afirmação e diferenciação do Concelho e fomento de módulos turísticos com elevada
capacidade para densificar e conferir massa crítica à oferta

3.3. Qualificação e diversificação da oferta de alojamento nos domínios da hotelaria tradicional e no do


alojamento criativo

3.4. Qualificação do capital humano no domínio do Turismo e no do recreio qualificado criativo

[Continua...]
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[...Continuação]

Eixos estratégicos Medidas

4. Fomento da visibilidade externa de Almada 4.1. Promoção da educação para o turismo


enquanto território do lazer, bem como da
procura turística e recreativa qualificada 4.2. Reforço da visibilidade externa de Almada e da sua imagem enquanto território do lazer

4.3. Reforço da procura turística e de lazer qualificado, bem como dos graus de satisfação da estada

5. Fomento de acções tendo em vista a 5.1. Integração horizontal do Turismo nas restantes políticas de Ordenamento do Território
compatibilização do Turismo com o lazer
qualificado, bem como a promoção da 5.2. Promoção do equilíbrio e da justiça dos territórios de lazer
justiça territorial e social do Turismo
concelhio e o Ordenamento do Território

6. Fomento de acções tendo em vista a 6.1. Divulgação do PEVDTCA


adequada operacionalização do PVDTCA e
a criação de um dispositivo de avaliação 6.2. Avaliação do PEVDTCA

Saliente-se que o Plano foi objecto de várias apresentações públicas no decurso do seu quencial, onde se abordam necessariamente aspectos como o reconhecimento do
processo de elaboração, tendo-se realizado fóruns específicos para apresentação pú- estágio actual, a elaboração do diagnóstico estratégico, a definição dos objectivos
blica do diagnóstico estratégico e cenários de desenvolvimento (Junho 2007), da visão gerais e específicos, o desenho das medidas a aplicar (desdobradas em acções e
estratégica (Novembro 2007) e das medidas e acções propostas (Outubro 2008). directrizes) e, finalmente, a monitorização contínua dos resultados. Neste sentido,
importa proceder à integração da componente operacional, a qual se traduz na
O processo de planeamento deve possuir fases operacionais com um cariz se- transposição para a prática e para o terreno das políticas anteriormente definidas.
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3. Vectores de intervenção

Em conformidade, definiram-se sete vectores que devem balizar e conduzir o trabalho operacional a desenvolver:

•V1 - Gestão da informação e da promoção de capital relacional


•V2 - Desenvolvimento e gestão de produtos e de experiências turísticas assentes nas áreas de desenvolvimento turístico

•V3 - Gestão da qualidade dos serviços e das experiências turísticas


•V4 - Gestão do branding, do marketing turístico e da atracção de investimentos

•V5 - Gestão da dimensão “integração regional”


•V6 - Gestão da formação turística para empresários e activos

•V7 - Gestão dos impactes do turismo e gestão de crises

Nas páginas seguintes sintetizam-se os objectivos sumários de cada vector, a sua relação com as Medidas e Linhas de Acção do PEDVTCA, a respectiva importância
estratégica, o cronograma de acções e os grupos de actores a envolver.
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OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA

VECTOR DE INTERVENÇÃO 1: Gestão da Informação e da Promoção de Capital Relacional

Criação de um sistema organizativo, regulatório e técnico de suporte ao sistema turístico do Concelho, englobando as componentes endógenas e exó-
genas; Implementação de mecanismos que facilitem a promoção da cooperação e das parcerias estratégicas entre os actores públicos e privados na
dupla perspectiva do turismo e da região; Concretização de acções que assegurem a sensibilização para a importância do turismo no Concelho, bem
Objectivos
como para a importãncia das medidas em curso; Operacionalização de instrumentos que possibilitem a monitotização do PEVDTCA; Disponibilização
sumários
de suportes que facilitem a intervenção dos actores turísticos públicos e privados; Criação de uma base informativa que possibilite o conhecimento
detalhado da estrutura do turismo no Concelho (oferta e procura) e da sua evolução, bem como os seus impactes económicos, sociais, patrimoniais e
territoriais, além do seu contributo para o desenvolvimento local e regional.

Medida 1.1 - Integração e articulação entre actores e iniciativas tendo em vista a promoção de condições de sucesso estruturadas em
torno do interesse colectivo.
Medidas Medida 1.2. - Estabelecimento de uma base de informação actualizada e fiável sobre o turismo e o recreio e o aumento do capital técnico-
-científico instalado.
Medida 6.1 – Divulgação do PEVDTCA.
Medida 6.2 – Avaliação do PEVDTCA

A importância estratégica é muito elevada para cumprimento dos objectivos associados ao PEVDTCA, ao desenvolvimento sustentável do turismo no
concelho e à retenção na região dos efeitos positivos gerados. Será através deste vector de intervenção que se assegurarão as condições que facilitem
as parcerias e o envolvimento de todos os actores directos e indirectos, bem como a circulação da informação que permitirá equacionar o contributo
Importância
dos vários grupos de agentes turísticos, bem como o desempenho global do destino. Só com informação credível e actualizada é que se podem efec-
estratégica
tuar os diagnósticos sectoriais, subsectoriais, regionais e empresariais, que proporcionem as bases desejáveis para a monitorização das estratégias a
implementar; por outro lado, uma boa rede de informação favorece a mobilização de todos os parceiros para a concretização do Plano, além de facilitar
a compreensão do papel que cada um deve representar neste processo.
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CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 1 | Gestão da Informação e da promoção de capital relacional

ACÇÕES V1 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO

Criação da Entidade de Gestão, Concertação e Implementação do PEVDTA  


Requalificação dos postos de informação turística concelhios   Realizado

Criação do Centro de Acolhimento e Apoio ao Turista (Centro Municipal de Turismo)   Realizado

Reforço dos Serviços Municipais de Turismo da Autarquia    Realizado

Intensificação da participação do Concelho em redes temáticas  


Aprofundamento do processo associativo no domínio
do turismo entre as autarquias do estuário do Tejo e da AML  
Publicação anual dos resultados do turismo e do lazer oriundos do OBTAL  
Apoio à elaboração de estudos prospectivos na área do turismo concelhio  
Valorização do capital de turismo juvenil instalado no Concelho  
Instituição de uma linha de apoio a teses e outros trabalhos científicos
elaborados sobre a realidade do turismo e do recreio de Almada  
Criação de um prémio “Turismo de Almada”  
Divulgação do PEVDTCA e das suas principais linhas
de actuação junto da população residente no Concelho   Em curso

Elaboração do manual do investidor no sector turístico de Almada  


Elaboração do “Guia de Boas práticas Turísticas do Concelho de Almada”  

Inclusão das referências consideradas pertinentes relativas
ao PEVDTCA nos instrumentos de divulgação do Turismo de Almada  
Criação do Observatório do Turismo de Almada (OBTAL)  
Promoção turística no mercado externo  Em curso

Introdução de segunda língua nos materiais promocionais de caracter turístico  Realizado


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OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA

VECTOR DE INTERVENÇÃO 2:
Desenvolvimento e Gestão de Produtos e Experiências Turísticas Assentes nas Áreas de Desenvolvimento Turístico

Potenciar as condições externas ao sector de apoio ao desenvolvimento do Turismo e do lazer; fomentar os mecanismos susceptíveis de capitalizar
Objectivos para o Turismo e para o lazer qualificado, as condições excepcionais que o Concelho possui, nomeadamente, no plano do associativismo, do
sumários desporto e da cultura; promover as condições de operação e a qualificação de actividades que estão bastante próximas do Turismo e que para ele
são essenciais; incrementar a sinalização turística; promover a adequação do sistema de acessibilidades e transportes às necessidades do turismo
e do recreio qualificado.

Medida 2.1. - Melhoria e integração das infra-estruturas e serviços detentores de capacidade de sustentação e potenciação turística.
Medida 2.2 Promoção da melhoria e da articulação com o Turismo dos sistemas de acessibilidades e transportes, bem como da sinal-
Medidas ização turística.
Medida 3.2 - Estruturação de produtos turísticos integrados, concepção de projectos inovadores com elevada capacidade de afirma-
ção e diferenciação do Concelho e fomento de módulos turísticos com elevada capacidade para densificar e conferir massa crítica à
oferta.

A importância estratégica é muito elevada para cumprimento dos objectivos associados ao PEVDTCA e ao desenvolvimento turístico do Concelho,
atendendo a que as bases duradouras para a competitividade de um destino assentam na estruturação adequada e na qualificação da sua oferta; É
Importância
estratégica ao nível deste vector que as necessidades do ambiente, do património cultural, da comunidade local e das empresas, tendem a congregar-se de uma
maneira expedita e directa, pelo que será neste patamar que a adopção de uma abordagem integrada às questões da gestão dos produtos pode
revestir maior probabilidade de sucesso.
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 17

CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 2
Desenvolvimento e gestão de produtos e experiências turísticas assentes nas áreas de desenvolvimento turístico
ACÇÕES V2 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO PROPOSTAS MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO
EM DEBATE

Desenvolvimento de um estudo sobre as origens e as influências


da gastronomia concelhia  

Reforço dos festivais e dos concursos de gastronomia   Em curso

Criação da figura de “Rede Gastronómica do Concelho de Almada”  



Criação do Cartão Verde do turismo e recreio de Almada  

Levantamento das indústrias culturais do Concelho   Em curso

Identificação de infra-estruturas e actividades das associações desportivas
susceptíveis de serem disponibilizadas aos turistas e visitantes  
Elaboração de um programa de animação turística estruturado
por eventos pontuais durante os meses de Verão  
Apoio ao sector artesanal urbano, através da criação de um centro de artesanato  
Valorização turística do Lazareto  
Candidatura de algumas áreas urbanas de elevada densidade comercial
e de forte valia turística a iniciativas comunitárias   Em curso

Desenvolvimento de esforços tendo em vista a captação de um terminal de


cruzeiros para Almada Nascente    Em curso

Quadro específico de apoio à náutica de recreio   Em curso

Promoção da elaboração de um Plano de Sinalização Turística para todo o concelho   Em curso

Estabelecimento de contactos com os operadores de transportes colectivos


de passageiros a operar no Concelho tendo em vista a densificação
das operações durante os meses de Verão  

Criação de shuttle turístico intra concelhio, durante os meses de Verão  
Elaboração de uma publicação relativa à rede de percursos cicláveis
e de ciclovias do Concelho  
Restabelecimento das ligações entre as duas margens
por um sistema de táxis fluviais  

Constituição de uma empresa de navegação turística no estuário do Tejo  
[Continua...]
18 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA O Concelho de Almada

[...Continuação]
CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 2
Desenvolvimento e gestão de produtos e experiências turísticas assentes nas áreas de desenvolvimento turístico
ACÇÕES V2 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO PROPOSTAS MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO
EM DEBATE

Criação do Grande Teleférico Panorâmico do Tejo, conferindo-lhe


um percurso alargado desde a Trafaria até à Cova da Piedade  
Valorização do Produto Turístico MICE/MI  
Atracção da realização de eventos e estágios nacionais
e internacionais desportivos  
Criação e operacionalização de roteiros culturais  
Criação e operacionalização de roteiros ambientais/paisagísticos  
Conceptualização de um Roteiro Gastronómico   Em curso

Divulgação das potencialidades concelhias, através da promoção/participação


de eventos técnicos específicos junto do trade para captação de turistas  
Promoção da captação de investimento para a construção de novos campos
de Golfe, baseados na excelência do enquadramento paisagístico,
bem como nas práticas amigas do ambiente  
Dinamização da construção de um Parque Temático
Heaven’s Technological Fun & Learnig Centre  

Promoção e construção de um Ecoparque Aquático  
Fidelização de segmentos de mercado já existentes em parceria com a Região
de Turismo da Costa Azul e a Associação de Turismo de Lisboa  
Desenvolvimento de contactos para a criação de um Centro Internacional
de Judo e Artes Marciais  
Criação do Museu do Estuário do Tejo  
Viabilização da criação de uma Aldeia Aérea (Airpark)  
Desenvolvimento de condições tendentes ao ensino e prática do mergulho  
Aprofundamento do Turismo Religioso   Em curso

Assunção do Sol&Mar como principal magnete do Concelho   Em curso

Valorização da animação turística como factor de síntese/aproximação


aos diferentes produtos  
[Continua...]
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 19

[...Continuação]
CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 2
Desenvolvimento e gestão de produtos e experiências turísticas assentes nas áreas de desenvolvimento turístico
ACÇÕES V2 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO PROPOSTAS MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO
EM DEBATE

Articulação das actividades equestres com as actividades de recreio e lazer concelhios  


Implementação de miradouros virtuais e interactividade a céu aberto (projecto Qren)  Em curso

Desenvolvimento dos trabalhos para edição de documento com


os recursos turísticos do concelho na lógica da oferta alargada e integrada  Em curso

Projecto Almada Nascente (Porto recreio/cruzeiros/habitação)   Em curso
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OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA

VECTOR DE INTERVENÇÃO 3: Gestão da qualidade dos serviços e das experiências turísticas

Fomentar, numa óptica de sustentabilidade a cascata de organização turística constituída por património/recursos/produtos, reforçar e qualificar a oferta
Objectivos concelhia nos domínios do turismo e do lazer, diferenciar Almada conferindo-lhe competitividade através da aposta na inovação em Turismo, melhorar
sumários a imagem de Almada enquanto território do lazer, estabelecer pontes e formas concretas de cooperação entre Almada e os concelhos estuarinos, bem
como com outros detentores de significado turístico regional.

Medida 3.1 - Preservação e valorização turística do património e dos valores identitários do Concelho.
Medidas Medida 3.3 - Qualificação e diversificação da oferta de alojamento nos domínios da hotelaria tradicional e no do alojamento criativo. Medida.
4.3 – Reforça da procura turística e de lazer qualificado, bem como os graus de satisfação da estada.

A importância estratégica é elevada exigindo a opção por uma estratégia integrada para a qualidade. A aferição da qualidade não se deve restringir
ao mero desígnio de satisfação das expectativas dos clientes nos equipamentos turísticos. A qualidade deve ser em turismo um conceito muito mais
Importância abrangente, significando, em primeiro lugar, integração ambiental, identidade e valorização cultural, capital humano, criatividade e inovação. A gestão da
estratégica qualidade pressupõe uma abordagem global e que ultrapassa as fronteiras do próprio sector. De facto, a qualidade não depende exclusivamente nalguns
casos da melhor ou pior prestação dos agentes económicos directamente ligados ao sector, mas sim de todo um conjunto de situações com que o turista
se confronta (ou aprecia) durante a sua deslocação.
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 21

CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 3 | Gestão da qualidade dos serviços e das experiências turísticas


ACÇÕES V3 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO PROPOSTAS MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO
EM DEBATE

Construção do Portal web dedicado ao turismo   Em curso



Criação de uma associação de BTT no Concelho  
Elaboração/compilação da carta patrimonial com valia turística do Concelho  

Levantamento dos espaços vocacionados para práticas desportivas outdoor  

Valorização da identidade piscatória do Concelho e reestruturação dos apoios à actividade  

Criação de produtos temáticos “chave na mão”  
Potenciação do forte associativismo e da consequente apetência
para a produção cultural de excelência  
Construção de um Hotel de 4* na cidade de Almada  Realizado

Criação do Quarteirão das Artes  

Desenvolvimento de esforços conducentes à criação
de uma unidade de alojamento no santuário do Cristo-Rei  
Viabilização da construção da Casa das Letras, junto dos investidores  

Criação de uma unidade de alojamento no âmbito dos turistas seniores
com necessidades especiais  
Aposta na construção controlada/requalificação de Alojamentos de Natureza  
Produção de plataformas tendentes à disponibilização de informação turística em PDA e GPS  
Concepção e operacionalização de um sistema permanente de monitorização da qualidade  
Melhoria das condições de frequentação das praias por parte dos grupos infantis  
Reforço das condições de limpeza das praias e de outros locais de vocação turística   Em curso
22 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA O Concelho de Almada

OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA

VECTOR DE INTERVENÇÃO 4: Gestão do Branding, do Marketing Turístico e da Atracção de Investimento

Melhorar a imagem de Almada enquanto território do lazer, conferir visibilidade e notoriedade externa a Almada, fomentar a promoção da marca “Turismo
Objectivos
de Almada”, dilatar os mercados para horizontes de qualidade, fomentar a procura qualificada nos domínios do Turismo e do recreio, promover a oferta
sumários
qualificada de alojamento em articulação com Lisboa, no âmbito do conceito de cidade de duas margens.

Medidas Medida 4.1 – Promoção da educação para o turismo.


Medida 4.2 – Reforço da visibilidade externa de Almada e da sua imagem enquanto território do lazer.
Medida 4.3 – Reforço da procura turística e de lazer qualificado, bem como dos graus de satisfação da estada.

A importância estratégica deste vector de intervenção é elevada, atendendo ao carácter estruturante que o marketing turístico pode assumir para po-
Importância tenciar o desenvolvimento turístico da região. Além dos efeitos que se pretendem alcançar no plano da imagem de Almada enquanto território do lazer e
estratégica do turismo, o alcance deste eixo contempla a educação dos residentes e dos turistas para as práticas aconselháveis, bem como a criação de condições
de atracção de potenciais investidores.
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 23

CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 4 | Gestão do Branding, do marketing turístico e da atracção de investimento


ACÇÕES V4 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO PROPOSTAS MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO
EM DEBATE

Estratégia de Posicionamento Online   Em curso

Elaboração de um folheto dirigido aos turistas e visitantes   Em curso

Desenvolvimento de uma campanha junto das escolas do Concelho  


Desenvolvimento de um Plano de Comunicação tendo como público-alvo a população residente  
Estruturação de um sistema orientador de práticas e comportamentos turísticos  
Desenvolvimento de uma imagem gráfica, incluindo um logótipo   Em curso

Elaboração de um conjunto de brochuras temáticas tendo em vista


a sua divulgação junto dos nichos de mercado de maior potencial específico  
Divulgação, junto dos investidores, do potencial de crescimento
e a necessidade de novas unidades de alojamento no Concelho  

Desenvolvimento de um plano de comunicação especialmente
dirigido aos potenciais investidores  

Desenvolvimento de um plano de comunicação dirigido ao mercado externo do Concelho  
Desenvolvimento de campanhas compreendendo viagens e estadas de demonstração  

Concepção e desenvolvimento de um pack de exposições itinerantes
sobre o turismo de Almada  

Desenvolvimento de um projecto de iluminação cénica da fachada ribeirinha do Concelho  

Reforço da política municipal de promoção da notoriedade de
Almada através da promoção e do apoio à realização de eventos  
Promoção da oferta hoteleira associando-a a Lisboa  
Produção de plataformas tendentes à disponibilização de informação turística em PDA e GPS   Em curso

Concepção e operacionalização de um sistema permanente de monitorização da qualidade  



Projecto de Marketing Turistico “Experimente Almada”  Em curso

Manual de Recursos Turisticos e de MI  Em curso

Isenções de taxas para incentivo à actividade económica  Em curso


24 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA O Concelho de Almada

OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA

VECTOR DE INTERVENÇÃO 5: Gestão da Dimensão Integração Regional

Objectivos Promover a integração horizontal do Turismo nas lógicas extra sectoriais de desenvolvimento, fomentar a justiça territorial e social através do turismo e
sumários do recreio, promover o desenvolvimento equilibrado do turismo e do recreio e do Ordenamento do Território.

Medidas Medida 5.1 – Integração horizontal do Turismo e Ordenamento do Território.


Medida 5.2 – Territórios do lazer – equilíbrio e justiça.

O planeamento do desenvolvimento turístico exige uma óptica compreensiva que engloba os diversos aspectos do turismo, segundo os seus efeitos
e as suas interacções nas actividades turísticas, bem como a influência recíproca que existe entre o turismo e a sociedade, a economia e o ambiente,
Importância considerados no seu contexto regional e local. Só uma organização correcta da oferta turística, inserida num processo de planeamento integrado que
estratégica garanta a compatibilização dos equipamentos turísticos com a sua envolvente (ambiente, ordenamento do território, rede de comunicações e de aces-
sibilidades, etc.) poderá assegurar a qualidade e a sustentabilidade. Por outro lado, só desta forma será possível compatibilizar os diferentes interesses
dos intervenientes nos sistemas turísticos - comunidades de acolhimento, empresas turísticas, sector público e turistas. Neste contexto a importãncia
estratégica deste vector de intervenção é muito elevada.
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 25

CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 5 | Gestão da dimensão “Integração Regional”


ACÇÕES V5 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO PROPOSTAS MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO
EM DEBATE

Desenvolvimento de acções presenciais de informação e de formação no domínio do turismo


e do lazer tendo como destinatários finais os diversos departamentos da autarquia  
Elaboração de um sumário executivo do PEVDT tendo em vista a sua
distribuição pelos vários departamentos autárquicos e pelas equipas externas   Em curso

Criação das condições necessárias para o reforço da presença e da participação


activa dos técnicos dos departamentos autárquicos ligados ao turismo nas
comissões de acompanhamento dos planos e estudos em elaboração  
Elaboração de projectos de renovação/reabilitação de espaços públicos
urbanos particularmente sensíveis na óptica da consolidação de uma
imagem favorável do ponto de vista turístico    Em curso

Desenvolvimento de um sistema de informação estático com informação renovável


electronicamente e actualização ao momento (sistema de gestão de tráfego)  
Elaboração de um estudo prévio sobre a viabilidade legal e financeira
da implementação de uma política de incentivos aos investimentos turísticos
localizados nas áreas menos atractivas  
Estruturação de um sistema de parqueamento automóvel digno e não predador
dos valores naturais e paisagísticos nas áreas de maior procura turística
e recreativa da Frente Oceânica  
Integração do Municipio na Entidade Regional de Turismo - Lisboa e Vale do Tejo  Em curso

Assinatura de protocolo de parceria entre o municipio de Almada e a T-LVT  Em curso

Reforço da promoção turística no mercado interno  Em curso


26 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA O Concelho de Almada

OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA

VECTOR DE INTERVENÇÃO 6: Gestão da Formação Turística para Empresários e Activos

Objectivos Os objectivos associados a este vector prendem-se com a necessidade de valorização dos recursos humanos associados ao turismo, quer no plano
sumários dos trabalhadores como no dos empresários. O capital humano desempenha um papel crítico no estabelecimento de vantagens competitivas para um
destino. Neste contexto, a qualificação dos trabalhadores dos empreendimentos turísticos reveste uma prioridade forte, devendo ser acompanhada pelo
aumento das competências ao nível da gestão e da própria capacidade empresarial.

Medidas Medida 3.4 - Qualificação do capital humano no domínio do Turismo e no do recreio qualificado criativo.

A importância estratégica deste vector é elevada, exigindo que as acções previstas no PEDVTCA sejam complementadas com outras iniciativas. Neste
sentido, revestem interesse as acções de formação a desenvolver pela própria Câmara Municipal, bem como o aproveitamento de programas para a
Importância formação de empresários. Por outro lado, é difícil no caso do turismo de dissociar o emprego da qualificação dos activos, pelo que se preconizam pro-
estratégica gramas horizontais para estas duas áreas. No domínio das medidas tendentes a garantir a manutenção do emprego, sublinha-se a importância da con-
cretização da extensão do Programa Qualificação-Emprego ao sector do turismo, atendendo à sua forte exposição a factores como a crise económica
e a sazonalidade.

CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 6 | Gestão da formação turística para empresários e activos


ACÇÕES V6 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO

Desenvolvimento de estudos sobre necessidades formativas na hotelaria e turismo,


em parceria com Instituições de Ensino Superior  
Fomento da instalação de uma unidade de formação em hotelaria e turismo  
Reforço da oferta de formação na área do Turismo  
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 27

OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA

VECTOR DE INTERVENÇÃO 7: Gestão dos Impactes do Turismo e Gestão de Crises

Objectivos O turismo é uma actividade vulnerável a fenómenos cíclicos, pelo que se justifica a criação de mecanismos que possibilitem a sua monitorização regular,
sumários além da criação de um sistema que permita na eventualidade da ocorrência de uma crise, o rápido accionamento de procedimentos que reduzam os
efeitos expectáveis. Esta última situação tem que ver com a ocorrência de factores naturais inesperados, podendo decorrer igualmente de qualquer
imponderável associado às actividades turísticas ou às infraestruturas que as suportam. Assim, além da driação de uma unidade de intervenção para
este fim, onde estejam representados os principais actores públicos do turismo e das áreas confinantes, interessa criar um sitema de monitorização que
contenha uma bateria de indicadores de alerta e de desempenho, os quais também permitam antecipar eventuais medidads correctivas ao nível do de-
senvolvimento das actividades turísticas.

A importância estratégica deste vector de intervenção pode ser classificada como elevada, na medida que introduz mecanismos de prevenção face a
Importância
estratégica eventuais situações perturbadoras do equilíbrio do sistema turístico. Por outro lado, a implementação de um modelo integrado de gestão do destino, im-
plica a criação de um sistema prático de informação de apoio à gestão, o qual concretiza, analisa e audita as estratégias de desenvolvimento turístico.

CRONOGRAMAS ACÇÕES VI 7
ACÇÕES V7 PEVDTCA ACÇÕES CMA LONGO PRAZO MÉDIO PRAZO CURTO PRAZO

Criação de um sistema de monitorização do turismo  


Unidade de intervenções para a gestão de crises  
28 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA O Concelho de Almada

OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA
Matriz “Vectores de intervenção” versus “Actores a mobilizar”

Código Entidade 1 2 3 4 5

Vectores de intervenção Câmara Arribatejo Associações Associações de Administração


de Almada/ Empresariais Desenvolvimento Nacional
D. Turismo do Turismo Local ou Regional do Turismo

Gestão da informação e da promoção de capital relacional     

Desenvolvimento e gestão de produtos e de experiências turísticas assentes


nas áreas de desenvolvimento turístico  

Gestão da qualidade dos serviços e das experiências turísticas    

Gestão do branding, do marketing turístico e da atracção de investimentos    

Gestão da dimensão “integração regional”     

Gestão da formação turística para empresários e activos   

Gestão dos impactos do turismo e gestão de crises     


Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 29

OPERACIONALIZAÇÃO DO PEVDTCA
Matriz “Vectores de intervenção” versus “Actores a mobilizar”

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Estruturas Colectividades Entidades da Entidades Federações Estabel. de Empresas Juntas de ESHTE/ População
Regionais e Associações Administração públicas e Clubes Ensino Secundário turísticas Freguesia CESTUR
do Turismo do Concelho Central regionais e Superior

    

    

    

  

    

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30 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o
O Concelho de Almada

4. Território e produtos turísticos

O quadro estratégico anteriormente descrito nos seus traços mais largos, do ponto de vista da sua especificação e operacionalização, pode ser dimensionado em duas
grandes vertentes cruzadas: território e produtos turísticos.

Território
É importante reconhecer que a modelação dos territórios do lazer concelhio tradu- Esta natureza arquipelágica do território do lazer, estruturada sobretudo em torno do
ziu, em muito, um processo de espacialização diferenciada das actividades no seio litoral oceânico, do Cristo Rei, da Aroeira e de alguns “afloramentos” a Nordeste do
da AML, conduzindo o litoral de Almada a uma especialização enquanto área dispo- Concelho (Almada Velha, Ginjal, Cacilhas), não só torna mais críticos os impactos
nível para as estadas turísticas e, sobretudo, para as pequenas estadas de recreio negativos da frequentação massiva do Concelho por parte dos residentes da AML
das populações dos concelhos vizinhos, nomeadamente do de Lisboa. Este pro- em estadas de muito curta duração, como, por acréscimo, dificulta o desenvolvi-
cesso de produção e transformação do território foi marcado por fluxos humanos mento qualificado de alguns produtos turísticos estratégicos que, também nessas
de grande significado quantitativo face aos quais as entidades públicas não tiveram “ilhas” têm o seu centro de gravidade: o turismo balnear e o religioso, só para citar
capacidade de resposta, produzindo-se, deste modo, espaços de lazer (sobretudo os principais.
recreativos) dentro de uma lógica de resposta às necessidades exógenas imediatas
e desprovidos de uma gestão racionalizada no quadro de uma óptica estratégica de Neste quadro, o modelo territorial de desenvolvimento turístico do Con-
ordenamento e desenvolvimento endógeno. celho deverá, do ponto de vista estratégico, tender a dispersar a frequentação tu-
rística e, sobretudo, recreativa, seja pela criação, numa primeira fase, de novas
Assim, os territórios do turismo e do recreio de Almada surgem, actualmente, mar- ilhas impulsionadas por projectos de grande visibilidade e atractividade (projectos
cados por duas grandes características problemáticas que urge corrigir e inverter: estratégicos), seja, em fases posteriores, pela consolidação do crescente turístico
a desqualificação e a desorganização espacial; a forte concentração em torno de de Almada (litoral oceânico e fluvial), pela afirmação do triângulo Cristo Rei/Cacilhas/
“ilhas” do lazer, pouco comunicantes entre si e impermeáveis relativamente ao res- Cova da Piedade (englobando a cidade de Almada) e pela emersão de alguns pon-
tante território. tos de forte atractividade no interior do Concelho.
OEIRAS
9º 15' 30" 9º 8' 30" W
LISBOA
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 31

Rio Te
jo Cais do Cacilhas
38º 41' N
Ginjal
Casa da
Cerca Castelo de
Almada
Almada
Porto Cristo-Rei
Brandão
Forte da
Trafaria
Trafaria
Lazareto Pragal
Cova da
Piedade
Cova do
Vapor Caparica
Laranjeiro
Feijó
Solar dos
Zagallos
Sobreda
Convento dos
Capuchos
Costa de
Caparica
Planta do Turismo e do Lazer
Charneca da
Caparica
co i
nt

SEIXAL
At

Património importante
o

Localidades
an

Limite de concelho
Oce

Rede de metro
Rede viária:
Eixos principais
Eixos secundários
Lazer - acções/estratégias:
Disciplinar/articular com
o Turismo
Valorizar e articular
com outras áreas Fonte da
Telha
Diversificar e valorizar
38º 34'
(pólo catalisador ribeirinho) Áreas de Turismo:
Promover a diversificação Actual
e a articulação da oferta
Potencial de expansão
Estabilizar em vocação e qualidade,
articulando com outras áreas Intervenções de forte potencial
Fomentar a frequentação Áreas de lazer:
por qualificação da oferta
Consolidadas
Promover pólos de atracção
A consolidar
SESIMBRA
Periféricas
Marginais (Interior 1)
0 2 km Fonte: base cartográfica da CAOP (IGP);
restante informação - produção própria
Transversa de Mercator
Marginais (Interior 2)
Hayford-Gauss, datum Lisboa
Estoril, 2008
32 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA O Concelho de Almada

Para tanto importará: bém através do reforço da informação turística, de projectos de natureza estra-
tégica no domínio da atractividade e da constituição de quadros de frequentação
a) Criar condições para a transferência das cargas turísticas das áreas mais conges- alternativos e/ou complementares.
tionadas para outras alternativas, seja, no caso do litoral, estendendo o cordão
balnear para Sul e para Norte, seja organizando a oferta da fachada fluvial. Ou seja, lançar no mercado novos produtos e novas áreas turísticas susceptíveis de
puxar a frequentação recreativa e turística, mas também desconcentrar a paleta da
b) Potenciar os efeitos centrífugos das áreas consolidadas para novas áreas turís- oferta e alargar a outras áreas do Concelho as oportunidades que o sector do lazer
ticas, através da gestão do sistema de transportes e estacionamento, mas tam- proporciona.

Produtos
No âmbito dos produtos turísticos estratégicos a integrar a marca “Turismo 1. Componente infra-estrutural, protagonizada pelo POLIS da Costa de Ca-
de Almada”, foram definidos dois grandes grupos, os já consolidados ou em parica, cuja prossecução se reputa de indispensável para os fins de qualificação do
vias de consolidação – o Sol&Mar, o turismo religioso, o Golfe e as Meeting produto e do espaço da fachada oceânica do Concelho, e que seria fundamental
Industries (MI); os com forte potencial de desenvolvimento – os complexos estender desde a Fonte da Telha até à Cova do Vapor.
do turismo cultural, desportivo e de (na) natureza. Cada um destes produtos encerra
problemáticas específicas que justificam estratégias adequadas e particulares, as 2. Componente da organização, articulação e de produção de efeitos de ma-
quais se apresentam seguidamente. Importa que o processo de operacionalização, ximização das iniciativas POLIS e que permitam:
assente nas adequadas parcerias público-privadas, crie as condições de estrutura- a) Descongestionar as áreas de frequentação;
ção e desenvolvimento adequadas. b) Articular de forma harmoniosa o turismo com o recreio;
c) Estabelecer complementaridades com outros territórios e ofertas turísticas con-
celhias;
Sol & Mar d) Reforçar a animação turística e a oferta de módulos temáticos acopláveis ao
As estratégias a adoptar têm em vista combater o envelhecimento deste produto, produto Sol & Mar;
através de medidas que garantam a sua qualificação e organização, avançando e) Integrar o litoral oceânico numa lógica de divulgação e promoção turística extra-
com iniciativas de duas naturezas: concelhia, nomeadamente no contexto do arco balnear Tróia/praias do Oeste.
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 33

Turismo Religioso Meeting Industries (MI)


É necessário efectivar o potencial que o Santuário do Cristo- Rei representa para No panorama locacional de Almada configura-se uma dupla dimensão contraditória, a
o turismo, garantindo o prolongamento, densificação e articulação das que se expressa pelas vantagens de proximidade a Lisboa, que tem vindo a afirmar-se
visitas, através: no panorama nacional e internacional como uma Cidade de Congressos e Encontros,
a) da integração do Santuário em rotas intra e extra concelhias subordinadas ao mas também as desvantagens que decorrem da concorrência que daí pode advir, pelo
tema religião e sítios místicos; que a estratégia deve ser de complementaridade com a margem Norte.
b) da articulação entre o Cristo-Rei e o Seminário de Almada, designadamente ten-
do em vista o prolongamento – em tempo e em espaço – das visitas e, idealmen- Assim, importa tirar partido das infra-estruturas e do ambiente específico que o
te, a composição de um pacote com oferta de alojamento temático associada ao Concelho possui, procurando diferenciar e articular este tipo de Turismo:
produto, mas também a criação de condições para a penetração dos visitantes a) Privilegiar a realização de encontros e eventos;
no tecido urbano da Cidade em direcção a Cacilhas, seja pela cota alta, seja pela b) Estimular a produção e a fixação no Concelho de eventos de natureza científica
baixa, junto ao plano de água do Tejo. e artística, através do aprofundar das relações com a comunidade e instituições
c) da criação de mecanismos de informação e divulgação turística na área do San- científicas e empresariais aqui localizadas;
tuário. c) Apoiar a fixação destes eventos em Almada.
d) Estruturar formas de articulação com a oferta de MI de Lisboa, através da recep-
ção de painéis dos grandes eventos ou da acoplagem de módulos específicos no
Turismo de Golfe campo da animação de eventos.
Tendo em vista aumentar e capitalizar o potencial turístico associado a esta moda-
lidade, considerada pelo PENT enquanto produto estratégico para o País, importa
reforçar a atractividade de Almada no plano golfista, mas, sobretudo, Turismo Cultural
desenvolver estratégias susceptíveis de promover efeitos centrífugos sobre as es- A fileira cultural embora densa e diversificada, está longe, de estar cabalmente va-
tadas: lorizada em termos do sector turístico-recreativo do Concelho, interessando desen-
• organização de eventos de golfe susceptíveis de conferir notoriedade às infra- volver estratégias específicas dirigidas a dois grandes vectores de alimentação do
estruturas instaladas; turismo cultural:
• articular estas iniciativas em circuitos golfistas da AML e do País; • a fruição e valorização do património cultural do concelho;
• densificar a oferta de campos, tendo em vista o objectivo de despoletar sinergias • a valorização turística dos múltiplos eventos e actividades decorrentes das activi-
de aglomeração, através da abertura de mais (uma) unidade(s) com dimensões dades e instituições ligadas à produção cultural.
normais;
• reforçar a organização e a informação de módulos turísticos e de animação turísti- No domínio da fruição e valorização do património cultural regista-se a necessidade
ca acopláveis às práticas de golfe – sobretudo (mas não exclusivamente) durante de organizar e divulgar um conjunto de roteiros culturais, munidos dos respectivos
os períodos nocturnos e restauração. meios específicos de informação turística.
34 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA O Concelho de Almada

No domínio das actividades e eventos haverá que divulgá-los mais intensamente Turismo Natureza
no exterior e, sobretudo, criar as condições óptimas para a sua valorização e frui- A natureza com valia turística é um bem cada vez mais escasso, mais valorizado
ção no plano turístico recreativo, tendo em vista desenvolver programas de Verão e mais procurado num contexto fortemente urbanizado, como é o caso do centro
destinados aos visitantes, bem como facilitar o acesso destes às realizações neles da AML, daí a importância de organizar e proporcionar condições para as
contidas. práticas turísticas na natureza em observância das mais estritas regras de
sustentabilidade ambiental.

Turismo Desportivo Afigura-se particularmente ajustada a criação de condições para o turismo na na-
O contexto locacional do Concelho, a diversidade e a qualidade dos ambientes na- tureza, seja através da mobilização dos valores naturais, enquanto módulos com-
turais (aquáticos, mas também de paisagem protegida) e a vitalidade e diversidade plementares acopláveis às estadas turísticas, seja através da criação de condições
das práticas desportivas, perfazem condições de excelência para o acolhimento de para as práticas recreativas quotidianas em contexto natural.
manifestações de grande visibilidade e significado em diversos domínios do despor-
to, bem como para sediar estágios e concentrações de alto rendimento. Assim, importa criar e/ou divulgar um conjunto de percursos na natureza e dotá-los
dos indispensáveis meios de informação turística, tendo em vista densificar a ex-
Contudo há que desenvolver uma estratégia de incorporação das lógicas do periência turística e estabelecendo ligações com práticas desportivas compatíveis
turismo aos agentes que operam neste domínio, visto que a maioria da com os valores ambientais específicos.
oferta desportiva assenta no sector associativo e privado.
Para além do touring paisagístico, será importante desenvolver outras formas ino-
A mobilização destes recursos no quadro turístico, deve ser feita através do esta- vadoras de proporcionar a fruição dos valores naturais do concelho, através do
belecimento de protocolos que abram instalações e serviços desportivos aos visi- desenvolvimento do alojamento criativo na natureza, com carácter de ancoragem,
tantes em contexto de lazer e a programação de eventos no domínio desportivo susceptíveis de fomentar a desconcentração do cordão litoral e atingir nichos de
integrar uma calendarização mais adequada aos ritmos turístico-recreativos. mercado especialmente sensíveis ao apelo da natureza num quadro de turismo
responsável.
Paralelamente, há que dotar o Concelho de infra-estruturas âncora encaradas en-
quanto apostas estratégias, nomeadamente nas áreas do surf e desportos de on-
das, judo e as artes marciais, desportos náuticos, mergulho e futebol.
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 35

5. Projectos Estratégicos

O Plano propõe a promoção de um conjunto de Projectos Estratégicos, que são colocados à discussão/avaliação dos vários agentes e promotores do sector turístico:

• Constituição de entidade associativa, promovida pelo Município, • Criação do Teleférico Panorâmico do Tejo;
para articular a acção dos actores locais relevantes na promoção
e execução do Plano; • Apoio à Náutica de Recreio;

• Montagem de um Sistema de Monitorização do Sistema Turístico e • Promoção do alojamento temático associado ao turismo
de implementação do Plano (Observatório). desportivo, p.e. Surf Camp;

• Promoção de um Ecoparque Aquático de piscinas naturais; • Dinamização de um Parque Temático associado às áreas das
Ciências, Tecnologias e Conhecimento;
• Criação do Quarteirão das Artes;

• Promoção do alojamento temático associado ao turismo cultural,


p.e. Casa das Letras e Unidades de Alojamento do Almaraz;
OEIRAS
9º 15' 30" 9º 8' 30" W
LISBOA
Rio Te Cais do
jo Cacilhas
38º 41' N
Ginjal
Casa da
Castelo de
Cerca
Almada
Almada
Porto Cristo-Rei
Brandão
Forte da
Trafaria Trafaria Lazareto Pragal
Cova da
Piedade
Cova do
Vapor Caparica
Laranjeiro
Feijó
Solar dos
Zagallos
Sobreda
Convento dos
Capuchos
Costa de
Caparica
Planta dos Projectos Estratégicos
Património importante Charneca da
Localidades Caparica

/ Produtos Turísticos
Limite de concelho
Rede de metro
Rede viária: SEIXAL
Eixos principais
36 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA O Concelho de Almada

Eixos secundários
estratégicos/
Projectos
relevantes:
(Localizações indicativas)
o

Airpark
ic

Casa das Letras


t
ân

Centro Internacional de
Judo e Artes Marciais
l
At

Ecoparque
o
Museu do Estuário do Tejo
an
Náutica de recreio
Oce
Fonte da
Parque Tecnológico Telha
Quarteirão das Artes
38º 34'
Alojamento criativo
Produtos turísticos:
Surf Camp Sol & Mar
Iluminação cénica Turismo religioso
MICE
Touring paisagístico
de natureza Turismo cultural
Touring cultural Turismo de natureza
Teleférico Panorâmico do Tejo: Gastronomia
Primeira fase Turismo desportivo:
SESIMBRA
Segunda fase Náutico
Golfe
0 2 km Fonte: base cartográfica da CAOP (IGP);
Surf e modalidades
restante informação - produção própria
Transversa de Mercator
conexas
Hayford-Gauss, datum Lisboa
Estoril, 2008
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 37

6. Considerações Finais

Hoje em dia existe uma miríade de clientes que se destacam na sua característica força representativa da Indústria turística. Para estas será exigida a capacidade para
de diversidade, encontrando soluções cada vez mais específicas para as suas exi- trabalhar os canais online (Web 2.0) e o reforço da união corporativa para obtenção
gentes experiências de viagem, tudo teve que ser adaptado a este novo mundo em de capacidade negocial através de consórcios e parcerias. Todos estes elementos
que vivemos, um mundo multicultural, elástico, instantâneo e diverso, que a cada estão considerados no Plano de Turismo para Almada de uma forma estruturada e
momento apresenta novos desafios e um quadro de negócios complexo. A globa- tendo como objectivo último o crescimento e dinamização do Concelho através do
lização e a internet fizeram com que os grandes players da indústria turística deli- negócio Turístico.
neassem estratégias em que se destacam palavras como segmentação, costumer
service, yield management, branding, e-turismo e sustentabilidade. Em síntese, o Plano Estratégico e Valorização e Desenvolvimento do
Turismo, embora constituindo um instrumento de carácter estratégico, organiza
O turismo hoje, é uma actividade onde dominam os grandes distribuidores, as um Programa de Intervenção que, tendo natureza orientadora (e não
grandes cadeias hoteleiras e as principais companhias aéreas. O grande desafio é regulamentar), aponta para uma matriz operacional, que se organiza em
manter a actualidade diante de um ambiente contextual em rápida mudança, onde formato de acções e recomendações.
os internautas deste mundo vivem uma realidade virtual paralela onde um “click”
pode decidir tudo, ser capaz de entender que existe um cada vez mais mercado Este sistema de suporte à tomada de decisão e ao planeamento de actividades, de-
da terceira idade devido ao gradual envelhecimento das populações dos Países verá orientar a actuação dos actores relevantes para o sector, devendo assegurar-
desenvolvidos. Ser capaz de optimizar os novos canais de distribuição, modelar se a continuidade do processo numa lógica de articulação institucional, promoção
uma estratégia de crescimento firme e flexível, onde estejam previstas as técnicas das potencialidades do Concelho, aprofundamento e consolidação dos principais
de marketing e de gestão actuais, são porventura o “segredo” do sucesso. Mas projectos estratégicos e organização de recursos para a implementação do conjun-
para além destes players de maior dimensão e massa crítica acrescida, também to de medidas e acções que, de forma faseada, constituirão a matriz de referência
importa integrar as pequenas e médias empresas que continuam a ser a grande para a actuação neste domínio.
38 | Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o
O Concelho de Almada

7. Modelo de Implementação do Plano

Sendo o turismo desenvolvido por um conjunto de entidades que se ocupam da oferta Neste sentido, a estrutura operacional para garantir a execução do plano possuirá
turística directa (hotelaria, restauração, empresas de animação, agências de viagens, a seguinte configuração:
etc.), por entidades que contribuem com serviços externos ao sector (transportes, co-
mércio, infra-estruturas desportivas e culturais, etc), por estruturas de suporte, como
sejam os serviços nas áreas da saúde e segurança e pelos organismos públicos que
Plataforma
gerem e tutelam os territórios, revela-se uma actividade complexa.
de Actores
Um coerente e orientado desenvolvimento da actividade passa pelo envolvimento
dos poderes públicos locais, sectoriais e regionais, pela actuação das entidades
privadas e, sobretudo, pela concertação operacional dos agentes que di-
recta e indirectamente actuam sobre o sistema turístico local, no per-
manente diálogo com uma grande diversidade de entidades.

Neste contexto, entende-se necessário estabelecer uma plataforma de trabalho Plenário Direcção Espaços
onde todos os sectores relevantes para a actividade possam estar representados, Executiva de Trabalho
tendo como objectivos:

• Criar um contexto favorável ao diálogo entre os intervenientes;


• Mobilizar o conhecimento dos intervenientes representados e criar espaços de
trabalho relacionado que promovam posicionamentos colectivos e possam assim
contribuir para os objectivos do Plano;
• Promover consensos;
• Recolher, tratar e partilhar informação que suporte a tomada de decisão e a ava- Plano de Acção
liação de desempenhos e impactes das medidas implementadas. Plurianual
Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvimento do Turismo PARA o Concelho de Almada | 39
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Maio/2011

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