No Brasil, a história da educação a distância (EaD) é cheia de entraves, tendo
suas primeiras experiências registradas com o uso de material impresso e transmissões a rádio. Enquanto alguns países no mundo já estavam desenvolvendo políticas públicas para estabelecer a EaD, somente em 1972 o Brasil caminha nesse sentido através da implementação dos Planos Básicos de Desenvolvimento Científicos e Tecnológicos (PBDCT), dentre algumas experiências o projeto Saci, João de Barro e Lobato tinha como objetivo o ensino utilizando a televisão para atingir o público de 1º grau.
Em 1996, pela primeira vez, a EaD é incluída na legislação educacional, e neste
mesmo ano aparecem os primeiros cursos de mestrados oferecidos com o uso de videoconferências. Após esse período a EaD no Brasil teve um grande desenvolvimento com a introdução além dos recursos pedagógicos já disponíveis (material impresso, vídeoaulas, tutoria e professor conteudista) a inclusão de tecnologias digitais capazes de criar ambientes virtuais de aprendizagem com interação síncrona e assíncrona; o desenvolvimento de metodologias próprias para formatar e imprimir material impresso; a criação de estrutura técnica e de recursos humanos para apoio a atividades de multimídia e a concepção de uma logística para oferta de curso EaD em escala nacional. São essas e outras estratégias que até hoje estão inseridas nos cursos de EaD oferecidas tanto por instituições públicas e privadas, sendo todas elas normalizadas pelo Ministério da Educação.
Ao longo da história da EaD no Brasil algumas da tecnologias utilizadas pelas
instituições brasileiras de ensino foram: materiais impressos, o meio televisivo com a transmissão de vídeoaulas e videoconferências, o uso da telefonia como ferramenta de suporte para a tutoria e a internet que possibilitou a criação de ambientes virtuais de aprendizagem.
O tutor no ensino a distância desempenha o papel de apoio para construção do
conhecimento do aluno, pois ele orienta e reorienta a aprendizagem dos alunos, ajuda no esclarecimento de suas dúvidas, sugere leituras ou atividades, supervisiona atividades pedagógicas. Já o professor de EaD é incumbido a função de apresentar os conhecimentos, mobilizando sempre os alunos no sentido de dar significado aos conhecimentos que lhe são apresentados.
Tanto o tutor como o professor atuam de modo a oferecer ao aluno de EaD as
ferramentas necessárias para que o mesmo seja capaz de construir o conhecimento de forma autônoma e com o melhor aproveitamento possível, pois na EaD o aluno passa a ser considerado mais como parceiro do que como um agente passivo na construção do conhecimento. Assim, podemos resumir que o tutor e o professor de EaD exercem um papel coletivo de orientador, colaborador, treinador, mediador e parceiro.