Vous êtes sur la page 1sur 12

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Disciplina:
GESTÃO DE PROJETOS E OBRAS

ORÇAMENTO

Prof.: Heldio Carneiro

NOV/2009
Gestão de Projetos e Obras

ORÇAMENTO

Introdução:

Orçar uma obra é fazer um estudo quantitativo e qualitativo levando-se em conta


vários fatores dentre eles: métodos construtivos, custos, tempo de execução.

No orçamento os custos devem se referir ao tempo presente, ou seja, como se todo


o material e mão de obra para a execução da obra fosse comprado, executado e
pago instantaneamente.

GRAUS DO ORÇAMENTO

ESTIMATIVA DE CUSTOS:

Avaliação expedita com base em custos históricos e comparação com projetos


similares dão uma idéia aproximada da ordem de grandeza do custo do
empreendimento.

No caso de edificações, um indicador bastante usado é o custo do metro quadrado


construído. Esse indicador pode ser: CUB, SINAPI, PINI etc... .

CUB – Custo Unitário Básico da Construção Civil: índice de publicação mensal de


responsabilidade dos SINDUSCONS dos estados: para Macapá o CUB de setembro
vale R$ 820,92.

SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil:


tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma
sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de
orçamentos, acompanhamento de custos, adequação de materiais e programação
de investimentos. Em 2002 o Congresso Nacional aprovou, no artigo 93 da Lei de
Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2003, a adoção do SINAPI como

2
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas. Para o


Amapá o valor do custo da construção para o mês de outubro/2009 é: R$ 674,72.

Ex.: Seja um edifício residencial de oito pavimentos com 3 quartos, de 300 m² por
pavimento de padrão normal, em Macapá. Calcular o custo de construção utilizando
como referência o CUB e o SINAPI.

Resolução:

CUB – R$ 820,79 – Setembro/2009

SINAPI – R$ 674,72 – Outubro/2009

Área construída: 300 m² x 8 pav. = 2.400 m²

Estimativa de custo pelo CUB/AP para o padrão (H8 – 3N):

820,79 x 2.400 = R$ 1.969.896,00

Estimativa de Custo pelo SINAPI:

674,72 x 2.400 = R$ 1.619.328,00

ORÇAMENTO PRELIMINAR:

Mais detalhado do que a estimativa de custo pressupõe o levantamento de


quantidades e requer a pesquisa de preços dos principais insumos e serviços.

Está em degrau acima da estimativa de custo sendo um pouco mais detalhado. Ele
pressupõe o levantamento expedito de algumas quantidades e a atribuição do custo
de alguns serviços.

Seu grau de incerteza é mais baixo do que a estimativa de custo.

3
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

Indicadores para levantamento expedito de construção predial:

Volume de Concreto:

O volume de concreto de um pavimento engloba pilares, vigas, lajes e escadas.


Define-se espessura média como a espessura que o volume de concreto do
pavimento atingiria se fosse distribuído regularmente pela área do pavimento.

Indicador: Espessura média

Estrutura abaixo de 10 pavimentos – entre 12 e 16 cm


Estrutura acima de 10 pavimentos – entre 16 e 20 cm

Volume de concreto = área construída x a espessura média

Obs.: a espessura média refere-se apenas a superestrutura do prédio: não incluem


concreto de fundações (blocos, tubulões), quadras esportivas.

PESO DA ARMAÇÃO:

Embora lajes, pilares e vigas tenham solicitações distintas e que sejam armados
com diferentes densidades de aço por metro cúbico de concreto, verifica-se que em
construções prediais a taxa de aço média fica numa determinada faixa.

Indicador: taxa de aço


Em função do volume de concreto

Estrutura abaixo de 10 pavimentos – entre 83 e 88 kg/m³


Estrutura acima de 10 pavimentos – entre 88 e 100 kg/m³

Peso da armação = volume de concreto x taxa de aço

4
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

ÁREA DE FÔRMA:

Embora a quantidade de forma para a modelagem de um pilar seja bem mais


representativa do que para uma laje, verifica-se que a utilização média de forma cai
sempre numa determinada faixa.

Indicador: Taxa de forma


Em função do volume do concreto – entre 12 e 14 m² por m³ de concreto.

Área de forma = volume de concreto x taxa de forma

Exemplo: Estimar os quantitativos de concreto, aço e forma do edifício residencial do


exemplo anterior.

Área construída total = 2.400 m²

Volume de concreto = 2.400 x 0,14 = 336 m³

Peso de armação = 336 x 85 = 28.560 kg ou 28,6 t

Área de forma = 336 x 13 m²/m³ = 4.368 m²

ESTIMATIVA DE CUSTO POR ETAPA DE OBRA:

É uma decomposição da estimativa inicial levando em consideração o percentual


que cada etapa da obra representa no custo total.

Etapa % do custo total Valor R$


Serviços preliminares 0,2 a 0,3
Movimento de Terra 0,0 a 1,0
Fundações Especiais 3,0 a 4,0
Infra-estrutura 1,9 a 2,5
Superestrutura 29,2 a 35,7
Vedação 2,7 a 3,8
Esquadrias 6,9 a 12,7
Instalações hidráulicas 10,8 a 12,5
Instalações elétricas 4,5 a 5,4
Impermeabilização e isolação térmica 1,3 a 2,6
Revestimento (piso, paredes, forros) 17,8 a 23,1
Vidros 1,5 a 3,0
Pintura 3,1 a 4,0
Serviços complementares 0,2 a 0,8
Elevadores 2,7 a 3,3
Total 100,0

5
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

ORÇAMENTO ANALÍTICO OU DETALHADO:

Elaborado com composição de custos e extensa pesquisa de preços dos insumos.


Procura chegar a um valor bem próximo do custo real com uma reduzida margem de
incerteza.

O orçamento analítico vale de uma composição de custos unitários para cada


serviço da obra, levando em consideração quanto de mão-de-obra, material e
equipamento é gasto em sua execução.

Além do custo dos serviços (custo direto), são computados também os custos de
manutenção do canteiro de obras, equipes técnica, administrativa e de suporte da
obra, taxas e emolumentos, etc. (custo indireto) chegando a um valor orçado
preciso e coerente.

Roteiro Básico para elaboração do orçamento

1)Definição das Etapas Construtivas:

É importante na metodologia do orçamento, que a obra seja subdividida em partes,


obedecendo-se a critérios de afinidade de serviços e observando-se certa ordem
cronológica da sua execução.

A primeira classificação que ocorre é a subdivisão e agrupamento dos serviços nas


diversas etapas construtivas que, como a própria denominação sugere, são as fases
ou grupos de serviços que evidenciam os componentes mais importantes da obra.

É fundamental que nessa discriminação constem todos os serviços, porém, uma


única vez.

Por exemplo: se houver um item sob o título “impermeabilização” e outro sobe o


título “pisos”, neste último não deve constar nada que se refira a impermeabilzação.

Os agrupamentos em etapas construtivas podem variar um pouco em alguns


detalhes e, principalmente, com o tipo de obra. Com essa discriminação é fácil obter

6
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

as especificações e quantidades de serviço a partir dos projetos, especificações e


memoriais descritivos.

1.1)Modelo para classificação das etapas Construtivas:

1. Serviços preliminares:
2. Demolições
3. Movimento de terra
4. Fundações
5. Paredes e Painéis
6. Estrutura
7. Cobertura
8. Revestimento
9. Pavimentação
10. Esquadrias com ferrangens
11. Instalações elétricas
12. Instalações Hidráulicas
13. Diversos
14. Pintura
15. Encerramento

1.2)Discriminação e quantificação dos serviços:

O passo seguinte para a montagem de um orçamento é o desdobramento das


etapas construtivas nos diversos serviços que as constituem.

Essas discriminações podem variar de acordo com o tipo de obra ou com o tipo de
fundação (que por sua vez, depende do tipo de solo), do tipo de estrutura, do
acabamento e até mesmo da própria cultura da empresa ou da experiência da
equipe.

Cada um dos serviços é, por sua vez, desdobrado nos seus insumos – natureza,
quantidade, unidade, preço unitário – que permitem obter o preço ou custo do
serviço.

A quantificação dos serviços é feita pelo projeto executivo, a sua natureza é obtida
do projeto executivo conjuntamente com o memorial descritivo/especificação técnica.
A unidade está associada à natureza do serviço.

1.3)Modelo de discriminação dos serviços

7
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

A seguir são mostrados os desdobramentos das diversas etapas construtivas nos


serviços que as constituem, a partir da classificação apresentada em 1.1

1. SERVIÇOS PRELIMINARES
1.1. Execução de tapume – m²
1.2. Construção de barracão – m²
1.3. Limpeza e regularização do terreno – m²
1.4. Ligações provisórias de água, luz e telefone – vb
1.5. Locação da obra – m²

2. DEMOLIÇÕES:
2.1. De telhamento – m²
2.2. De madeiramento – m²
2.3. De alvenaria – m²
2.4. De esquadria – m²
2.5. De forro – m²
2.6. De piso cimentado – m²
2.7. De piso cerâmico – m²
2.8. De azulejo – m²
2.9. De piso plurigoma – m²
2.10. De piso paviflex – m²
2.11. De forro compensado – m²
2.12. De concreto armado – m³
2.13. De lambrequim – m
2.14. De piso de madeira – m²
2.15. De elemento vazado – m²
2.16. De grade metálica – m²
2.17. De parede de madeira – m²
2.18. Retirada de pintura – m²
3. MOVIMENTO DE TERRA
3.1. Escavações – m³
3.2. Aterro apiloado – m³
4. FUNDAÇÕES
4.1. Alicerce corrido em concreto ciclópico – m³
4.2. Bloco em concreto ciclópico – m³
4.3. Blocos em concreto armado – m³
4.4. Baldrame em concreto ciclópico – m³
4.5. Baldrame em concreto simples – m³
4.6. Baldrame em concreto armado – m³
4.7. Baldrame em alvenaria – m³
5. PAREDES E PAINÉIS
5.1. Em alvenaria – m²
5.2. Em madeira de lei escamas – m²
5.3. Elemento vazado – m²
5.4. Divisórias – m²
6. ESTRUTURA
6.1. Lajes em concreto armado – m³
6.2. Vigas em concreto armado – m³
6.3. Pilares em concreto armado – m³
6.4. Vergas e contra vergas em concreto armado – m³
8
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

6.5. Percinta em concreto armado – m³


6.6. Pilar em madeira de lei – m
6.7. Pilar metálico tipo “H” – m
6.8. Concreto dosado em central – m³
6.9. Formas para concreto – m²
6.10. Armadura para concreto – kg
6.11. Alvenaria estrutural – m²
7. COBERTURA
7.1. Madeiramento para telha de barro – m²
7.2. Madeiramento para telha de fibrocimento – m²
7.3. Telhamento com telha capa e canal – m²
7.4. Telhamento com telha de fibrocimento – m²
7.5. Cumeeira para telha de barro – m
7.6. Cumeeira para telha de fibrocimento – m
7.7. Telhamento com telha de alumínio trapezoidal – m²
7.8. Cumeeira de alumínio – m
8. REVESTIMENTO
8.1. Chapisco – m²
8.2. Emboço – m²
8.3. Reboco – m²
8.4. Azulejo – m²
8.5. Pastilhas – m²
8.6. Papel de parede – m²
9. FORRO
9.1. De madeira de lei – m²
9.2. De PVC – m²
9.3. De gesso – m²
9.4. De gesso acartonado – m²
10. VIDROS
10.1. Comum fantasia – m²
10.2. Temperado – m²
11. PAVIMENTAÇÃO:
11.1. Camada Impermeabilizadora – m²
11.2. Camada regularizadora – m²
11.3. Cimentado liso com junta plástica – m²
11.4. Lajota cerâmica antiderrapante – m²
11.5. Piso de alta resistência – m²
11.6. Rodapé cerâmico – m
11.7. Rodapé de madeira – m
11.8. Rodapé de alta resistência – m
11.9. Piso plurigoma – m²
12. ESQUADRIAS COM FERRAGENS
12.1. Portas em madeira de lei – m²
12.2. Janelas em madeira de lei – m²
12.3. Janelas em alumínio anodizado com vidro – m²
12.4. Balancins em madeira de lei – m²
12.5. Balancins em alumínio – m²
12.6. Porta em vidro temperado – m²
12.7. Porta tipo divisória – m²
13. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
9
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

13.1. Luminária fluorescente completa 1x20w – pto


13.2. Luminária fluorescente completa 2x20w – pto
13.3. Luminária fluorescente completa 1x40w – pto
13.4. Luminária fluorescente completa 2x40w – pto
13.5. Tomada hexagonal de 2 polos + terra 20A – 250V – pto
13.6. Tomada hexagonal de 2 polos 10A – 250V – pto
13.7. Tomada para ar condicionado – pto
13.8. Tomada para telefone – pto
13.9. Ventilador de teto – pto
13.10. Caixa de passagem em alvenaria com tampa de concreto – und
13.11. Interruptor de embutir de 01 tecla – pto
13.12. Interruptor de embutir de 02 teclas – pto
13.13. Interruptor de embutir de 03 teclas – pto
13.14. Disjuntor monopolar termomagnético – und
13.15. Disjuntor bipolar termomagnético – und
13.16. Disjuntor tripolar termomagnético – und
13.17. Quadro medidor de energia – und
13.18. Quadro de distribuição – und
13.19. Cabo de cobre isolado – m
14. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E MECÂNICAS
14.1. Vaso sanitário completo – und
14.2. Lavatório de louça completo – und
14.3. Assento plástico – und
14.4. Caixa de descarga – und
14.5. Tanque em concreto – und
14.6. Tanque inox – und
14.7. Pia inox – und
14.8. Mictório de louça – und
14.9. Mictório inox – und
14.10. Fossa séptica – und
14.11. Sumidouro – und
14.12. Caixa de inspeção – und
14.13. Caixa de gordura – und
14.14. Caixa sifonada – und
14.15. Registro de pressão com canopla – und
14.16. Registro de gaveta com canopla – und
14.17. Chuveiro plástico – und
14.18. Chuveiro cromado – und
14.19. Tubo de PVC para esgoto – m
14.20. Tubo de PVC para água fria – m
14.21. Joelho de PVC para esgoto – und
14.22. Joelho de PVC marrom para água fria – und
14.23. Curva de PVC para esgoto – und
14.24. Saboneteira de louça – und
14.25. Porta toalha – und
14.26. Porta papel – und
14.27. Cabide – und
14.28. Sifão cromado – und
14.29. Sifão plástico – und
14.30. Torneira para lavatório – und
10
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

14.31. Conjunto motor-bomba – und


14.32. Poço artesiano – und
14.33. Caixa d’água de fibra de vidro – und
15. IMPERMEABILIZAÇÃO
15.1. De alicerce – m²
15.2. De cobertura – m²
15.3. De piso – m²
15.4. De calha de concreto – m²
16. DIVERSOS
16.1. Placa da obra - und
16.2. Lambrequim - m
16.3. Calçada de proteção – m²
17. PINTURA
17.1. Emassamento com massa corrida PVA duas demãos – m²
17.2. Emassamento com massa acrílica duas demãos – m²
17.3. Pintura com tinta látex PVA duas demãos – m²
17.4. Pintura com tinta látex acrílica duas demãos – m²
17.5. Pintura com verniz duas demãos – m²
17.6. Pintura com tinta óleo duas demãos – m²
17.7. Pintura com tinta esmalte sintético duas demãos – m²
18. SERVIÇOS COMPLEMENTARES
18.1. Urbanização
18.2. Instalações de centrais de ar condicionado
19. LIMPEZA FINAL
19.1. Limpeza Geral da obra

11
Prof.: Heldio Carneiro
Gestão de Projetos e Obras

12
Prof.: Heldio Carneiro

Vous aimerez peut-être aussi