Vous êtes sur la page 1sur 10

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE DIREITO DE RIBEIRÃO PRETO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO

ANDRÉ LUÍS VEDOVATO AMATO

PROJETO DE PESQUISA DE DISSERTAÇÃO


A Terminação dos Tratados Internacionais no Brasil: iluminando o paradoxo entre
realidade das Relações Internacionais e as exigências do paradigma do Estado
Democrático de Direito para à execução de políticas públicas

Ribeirão Preto
2017
I. Tema:
A Terminação dos Tratados Internacionais no Brasil: iluminando o paradoxo entre
realidade das Relações Internacionais e as exigências do paradigma do Estado Democrático de
Direito para à execução de políticas públicas.
II. Desenvolvimento do Tema e Justificativa:
A abordagem realista das Relações Internacionais compreende, de forma geral,
que as relações entre Estados na ordem internacional ocorrem, como em uma analogia, ao
Estado de Natureza proposto por Hobbes: a guerra de todos contra todos, objetivando obter
maiores vantagens individuais. Desta forma, este estudo busca compreender como são formadas
as referências e as vontades política e jurídica para tomadas de decisão em relação à terminação
dos tratados, tendo em vista a execução de políticas públicas.
Sabe-se que a delimitação e a execução de políticas públicas podem ser
vinculadas a obrigações assumidas em Tratados Internacionais. Todavia, a implementação de
algumas destas mesmas políticas pode ser contrária aos interesses da sociedade internacional e,
assim, tornar necessária a desvinculação com as obrigações assumidas com os demais Estados.
Isto se justificaria, pois, pela teoria adotada “O direito internacional apoia-se em sistemas
legais concorrenciais, não existindo imposição comum. Não existe uma polícia internacional
para impor a lei”. (NYE, 2012, p.4)
A teoria realista é caracterizada pela “assunção do sistema anárquico de
Estados1, procurando maximizar o poder do Estado e minimizar a capacidade de outros
Estados em por sua segurança em perigo” (NYE, 2012, p.8). De forma geral, para que se dê a
retirada de um Tratado Internacional, basta que o procedimento seja realizado por um chefe de
Estado, o que poderia confirmar a afirmação anterior.
A Constituição Brasileira de 1988 prevê que todo poder emana do povo (Art. 1º.
Parágrafo Único) e que são objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa
e solidária que garanta o desenvolvimento nacional, erradicando a pobreza e a marginalização,
promovendo o bem de todos (Art. 3, I, II, III e IV - CFRB/88). Busca-se compreender se a
implementação de políticas públicas contrárias a obrigações assumidas pelo Estado na órbita
internacional como requisito a seu próprio desenvolvimento justificaria uma denúncia de
tratado internacional.

1
Entende-se por Sistema Anárquico de Estados aquele “composto por estados relativamente coesos mas sem um
poder superior acima deles" (NYE, 2012, p.3).
2
À luz da teoria proposta, identifica-se um paradoxo, já que dentre os princípios
regentes das Relações Internacionais está a independência nacional (Art. 4º, I) e a cooperação
entre os povos para o progresso da humanidade (Art. 4º. IX). Desta forma, para fim de justificar
uma política pública, poderia o Estado romper com suas obrigações internacionais a fim de
garantir a efetivação de um Estado Democrático de Direito.
Hodiernamente, há novos protagonistas no cenário internacional, como grandes
conglomerados e corporações, além de organizações internacionais, governamentais e não
governamentais, que afetam e influem a tomada de decisões internas de cada Estado. Nota-se,
destarte, que a formulação de políticas internas sem observância do cenário global destina-se
ao fracasso, devido ao grau de interdependência entre os Estados, Instituições e Organizações.
(JUNIOR, 2014).
Seria aplicável à ótica constitucional o paradigma realista, visto que a própria
Constituição permite a influência de elementos a ela externos, com a presença de conceitos
abertos a questões políticas, econômicas e sociais, ou tal paradigma estaria superado ante às
novas relações apresentadas por novos atores, não exclusivamente os Estados?
O conceito de pluralismo jurídico, elemento de racionalização da atividade do
Estado, não implica em uma separação estrita entre regimes jurídicos internos e externos, mas
sim em uma interação entre diferentes Sistemas, transformando a Constituição apenas em mais
um elemento de um multiverso jurídico de Sistemas interligados (BOGDANDY, 2008) A partir
desta compreensão do cenário global, ter-se-ia no pluralismo de ordenamentos jurídicos uma
base argumentativa a ser utilizada como um elemento limitador da aplicação de políticas
públicas que possam contrariar Tratados Internacionais? E mais, tendo em vista a justificação
de políticas públicas, poder-se-ia ter no pluralismo jurídico uma superação da visão realista, ou
ele seria sua própria justificação ante a ótica voluntarista do direito internacional?
A metodologia voluntarista de compreensão do Direito Internacional,
compatível com a perspectiva realista adotada entende que a interpretação e aplicação das
regras internacionais se fundam na vontade dos Estados atores exclusivamente (CORTEN,
2009). Neste sentido, a resposta para tal abertura estaria na própria Constituição Federal, ao
prever a abertura à fins de coexistência e de criação de uma sociedade internacional pacífica e
cooperativa, justificando, em última instancia, a teoria realista.

3
A proposta de pesquisa apresenta um caráter multidisciplinar2 entre as Relações
Internacionais, a Política Internacional, o Direito Internacional, o Direito Interno e mais
amplamente as Ciências Políticas; e é justificado como opção metodológica, a fim de evitar o
tecnicismo jurídico advertido por Losano "isolam o direito do resto da realidade: nascem assim
histórias jurídicas fechadas em si mesmas, nas quais apenas ocasionalmente se correlacionam
as disposições normativas concretas com a história política e econômica de uma certa área
cultural” (2007, p. 546).
A terminação de tratados internacionais, relacionando o Direito Interno e Direito
Internacional, permitiria a compreensão de como as preferências e as vontades política e
jurídica são formadas “é importante olhar para lá da racionalidade instrumental da
prossecução de fins actuais e perguntar como as identidades e interesses inconstantes podem
por vezes conduzir as mudanças sutis nas políticas dos estados e, por vezes, a mudanças
profundas nos assuntos internacionais” (NYE, 2012, p.9), propondo-se a identificar os fins
políticos e, em especial, político-econômicos, que certos institutos jurídicos perseguem para
individuar sua inadequação em relação às exigências de construção de uma sociedade justa e
plural perante a harmonia da sociedade internacional (LOSANO, 2007, p. 563).
A ótica voluntarista do Direito Internacional poderia justificar a teoria realista
ante ao desenvolvimento de políticas públicas contrárias à Tratados e obrigações internacionais
assumidas visto que “as instituições da sociedade internacional são particularmente fracas e
de que a separação entre ordem e justiça é maior na política internacional do que na interna
devido a ausência de uma legislatura comum, de um executivo central ou de um sistema judicial
forte, torna muito mais difícil preservar a ordem que precede a justiça”.(NYE, 2012, p.27),
desta forma, permitiria a própria Constituição uma mitigação da soberania nacional, tendo em
vista a construção de uma ordem internacional baseada na paz e na cooperação entre povos?
Ainda, cumpre indicar que a proposta de pesquisa apresenta relações com a
ciência política mais ampla, quando estuda federalismo e separação de poderes. Tem-se como
hipótese de pesquisa o entendimento de que, em um Estado Democrático de Direito, o
Congresso Nacional não poderia impedir o mandatário, exercendo o cargo na Presidência da
República de denunciar um Tratado Internacional, pois trata-se de atribuição exclusiva,

2
Une étude multidisciplinaire (ou pluridisciplinaire) consiste en une succession d'étapes, chacune d'entre elles
envisageant un même objet sous un angle différente. (...) La démarche intègre plusieurs disciplines et, en changeant
de discipline, on est en même temps amené à changer de méthode. La difficulté de l'exercice peut d'ailleus dicter
une séparation des tâches dans la cadres d'un ouvrage collectif, un technicien, un théoricien, un philosophe et un
sociologue étant chacun chargé de la conception et de la réalisation d'une étape. C'est dans cette perspective que
certains ouvrages sont divisés en chapitres distincts, dans une optique résolument multidisciplinaire." (CORTEN,
2009, p. 39/40)
4
entretanto, ao mesmo tempo, tendo em vista o controle dos atos do Executivo Federal pelo
Legislativo, que o Congresso Nacional não o possa obrigar a denunciar. Se o procedimento para
a criação de direitos por meio de Tratados Internacionais depende da autorização do Congresso
Nacional, o procedimento de retirada, ou de terminação unilateral de um tratado internacional
dependeria apenas da vontade e da atuação do Presidente da República, este detentor da
representação internacional do Estado.
A denúncia ou a terminação unilateral de tratados internacionais, no direito
brasileiro, ocorreu poucas vezes, sendo os casos mais emblemáticos: o Pacto da Sociedade das
Nações e a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho. No mais, em fevereiro
de 2012, a Presidente Dilma Rousseff ameaçou denunciar unilateralmente o Tratado
Internacional celebrado com o México, cujo objeto era o livre comércio de produtos
automotivos. Segundo alegações de empresários brasileiros o documento era desvantajoso para
o setor automobilístico, levando o Brasil a propor uma revisão de dito instrumento inicialmente
negado pelo México. Consequentemente, o Poder Executivo ameaçou denunciar o Tratado caso
não houvesse acordo.
Apesar de se tratar de uma questão que é objeto de estudos em diversos trabalhos,
inclusive tratado por juristas como Clóvis Bevilaqua3 e Pontes de Miranda4, o assunto continua
presente nas discussões jurídicas modernas5. A questão da terminação unilateral de Tratados
Internacionais no direito brasileiro é cerne de imensa discussão. A ausência de normas
constitucionais sobre o instituto, a inexistência de leis procedimentais e as divergentes posições
doutrinárias, causam situações de insegurança jurídica. Desde 2006, o STF tem em pauta para
julgamento a ADI 1625 que trata do Decreto Nº 2.100/1996, no qual o presidente da República

3
“Em face da Constituição Federal pode o Poder Executivo, sem ouvir o Congresso Nacional, desligar o país das
obrigações de um Tratado, que, no seu texto, estabeleça as condições e o modo da denúncia, como é o caso do
Pacto da Sociedade das Nações, art. 1º, última parte. Esta proposição parece evidente, por si mesma. Se há no
Tratado uma cláusula prevendo e regulando a denúncia, quando o Congresso aprova o tratado, aprova o modo
de ser o mesmo denunciado; portanto, pondo em prática essa cláusula, o Poder Executivo apenas exerce um
direito que se acha declarado no texto aprovado pelo Congresso. O ato da denúncia é meramente administrativo.
A denúncia do Tratado é modo de executá-lo, portanto, numa de suas cláusulas, se acha consignado o direito de
o dar por extinto.” Clóvis Beviláqua. Denúncia de tratado e saída do Brasil da Sociedade das Nações (parecer
do dia 05 de julho de 1926), in Parecer dos consultores jurídicos do Itamaraty, vol.II (1913-1934).
4
“aprovar tratado, convenção ou acordo, permitindo que o Poder Executivo o denuncie, sem consulta, nem
aprovação (do Parlamento), é subversivo dos princípios constitucionais”, de forma que o Presidente da
República, do mesmo modo que faz na ratificação, deve “apresentar projeto de denúncia, ou denunciar o tratado,
convenção ou acordo ad referendum do Poder Legislativo”. Pontes Miranda. Comentários à Constituição de
1967 com a Emenda nº1 de 1969, Tomo III, 2ª Ed, p.109.
5
Citando como exemplo a dissertação de mestrado de Marcio Pereira Pinto Garcia, sobre A terminação de tratado
e o Poder Legislativo à vista do direito internacional, do direito comparado e do direito constitucional internacional
brasileiro, defendida na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 2008. E a tese de doutorado de
Ricardo Victalino de Oliveira denominada A abertura do Estado Constitucional Brasileiro ao Direito Internacional
apresentada também naquela Faculdade no ano de 2014.
5
deu publicidade à denúncia da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), porém até hoje sem previsão para resolução.
A perspectiva adotada identifica alguns problemas sobre compatibilização da
gestão dos negócios internacionais do país ante ao dinamismo das Relações Internacionais, com
procedimentos constitucionais em relação à criação de normas e regras, além, é claro, da
competência para tais atos ante a própria ordem constitucional. Isto se apresenta como um
paradoxo, que pode causar impactos no desenvolvimento socioeconômico do país, tendo em
vista um conflito de interesses, que se reflete tanto na ordem interna, como na ordem
internacional, devido ao modelo realista voluntarista adotado.

III. Problema:
Se a formulação de políticas públicas internas sem observância do cenário global
é destinada ao fracasso, devido ao grau de interdependência entre os Estados, Instituições e
Organizações, uma contrariedade é identificada ao estudar a realidade das relações
internacionais, referente à perspectiva realista comparando-a ao estado de natureza e a
expectativa de descumprimento de tais normas para a obtenção de maior vantagem individual.
Mas como isto se adequaria à atual realidade das relações internacionais e como influenciaria a
tomada de decisões em relação às políticas públicas internas?
A ótica voluntarista implica que a execução de um tratado depende apenas da
vontade do Estado, a partir do marco normativo brasileiro do Estado Democrático de Direito,
não está claro na Constituição Federal se o Congresso Nacional precisaria ser ouvido em caso
de um ato da Presidência da República que implique na terminação unilateral de um Tratado de
Direito Internacional, aguardando, inclusive julgamento da ADIn 1.625. Entretanto, isso pode
ser contrário às exigências da Política Internacional se compreendido por meio de uma
perspectiva realista, implicando em um problema a respeito da separação e harmonia de poderes
e, em uma perspectiva mais ampla, até mesmo do modelo federalista adotado.
Seria possível afirmar, que, ante a implementação de políticas públicas
necessárias a seu desenvolvimento, um Estado poderia se descomprometer com as obrigações
internacionais, afirmando o modelo teórico realista voluntarista de descrição das relações entre
Direito Interno e Direito Internacional sob a luz da globalização e das Relações Internacionais?

6
IV. Objetivos
1. Objetivo Geral
Realizar um estudo dissertativo multidisciplinar, buscando uma concepção da
terminação unilateral dos tratados à luz dos processos globais que desafiam paradigma
constitucional em construção desde 1988, a partir da ótica realista das Relações Internacionais
do Estado Brasileiro e do voluntarismo do Direito Internacional, e suas influencias ante à
definições e realizações de políticas públicas, confirmando (ou não) a teoria adotada.

2. Objetivos Específicos
a) Esclarecer o impacto que a participação do Brasil em regimes internacionais
afeta as decisões a respeito do desenvolvimento e implementação de políticas
públicas e como isto constitucionalmente se adequa aos ditames regentes das
relações internacionais, aos princípios e objetivos do Estado Democrático de
Direito.
b) Compreender como as preferências e as vontades política e jurídica são
formadas a partir da identificação dos fins políticos e, em especial, político-
econômicos, que perseguem a terminação de tratados internacionais para
individuar sua (in) adequação em relação às exigências da Sociedade interna e
Internacional e do pluralismo jurídico, que se apresenta.
c) Fornecer um modelo teórico de justificação da teoria realista das relações
internacionais, a partir do conceito de pluralismo jurídico e do voluntarismo a
respeito do direito internacional ante a terminação unilateral de tratados
internacionais como elemento realizador de políticas públicas.
d) Analisar se para realizar e efetivar públicas, poderia o Presidente da República,
unilateralmente, denunciar um tratado internacional contrário a ela, ou se neste
caso deveria ser submetido ao Congresso Nacional, sob a ótica realista das
relações internacionais e da perspectiva voluntarista do direito internacional. Se
este ato de denúncia poderia ser invalidado pelo Congresso Nacional, caso não
fosse ouvido previamente, e se os laços constitucionais que garantem o Estado
Democrático de Direito poderiam ser afrouxados ante a necessidade das
Relações Internacionais.

7
V. Metodologia
Sendo que a presente pesquisa busca esclarecer e iluminar o paradoxo entre a
realidade das relações internacionais e a composição do Estado Democrático de Direito por
meio de um provável conflito entre suas principais instituições (Presidência da República e
Congresso Nacional), este estudo possui caráter teórico, com abordagem qualitativa, de caráter
exploratório, comparativo e dedutivo. Essa abordagem permite conhecer adequadamente o
fenômeno observado a partir de representações da realidade e caracterizar casos distintos.
A pesquisa teórica dar-se-á através da análise bibliográfica da literatura, e da
jurisprudência, nacional e estrangeira, nas áreas de Direito e Relações Internacionais entre
outras, sobre os temas principais desse trabalho. Apesar de diferenciada e ampla bibliografia
relativa ao tema, far-se-á necessário realizar uma ampla revisão bibliográfica, a fim de
estabelecer um marco teórico compatível aos resultados esperados.
A partir da revisão bibliográfica, avançar-se-á para a abordagem qualitativa dos
dados coletados nas fontes secundárias e, quando possível, primárias; por meio da interpretação
oferecida pela teoria realista e da justificação do direito internacional por sua perspectiva
voluntarista ao buscar respostas para as perguntas e hipóteses formuladas em relação às
influencias sob a formação da vontade de terminação de um tratado internacional para a
implementação de políticas públicas, por meio da relação estabelecia pela Constituição Federal
ante ao federalismo e a separação de poderes e, em relação aos princípios regentes das relações
internacionais, que se ocupam da disciplina do tema.
Certamente que a coleta de decisões administrativas e judiciais singulares e
jurisprudências exemplificativas está prejudicada pela ausência de normas constitucionais sobre
o instituto, a inexistência de leis procedimentais e as divergentes posições doutrinárias para
tema proposto pela pesquisa. Entretanto o levantamento estatístico de tramitação e resultados
de processos administrativos e judiciais, nacionais e internacionais, em que o instituto da
terminação unilateral foi aplicado em estudo comparado sincrônico com outros países, será uma
forma de observação dos reflexos no Direito Brasileiro que a pesquisa pretende demonstrar.
Ainda, a pesquisa é exploratória e dedutiva se orientará pela sistematização
bibliográfica e coleta de dados referente às Relações Internacionais e a perspectiva do Direito
Internacional. No mais, com alguns estudos de casos tem-se a estratégia mais adequada quando
o trabalho busca responder questões do tipo “como” e “por que” e quando o foco se encontra
em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real, cujos limites não

8
estão claramente definidos, em especial pela Corte Constitucional, que nunca enfrentou
diretamente o assunto.
Ressalta-se que o presente estudo não tem o escopo de ser representativo do todo.
Busca-se oferecer elementos para a compreensão do fenômeno analisado, sob uma ótica realista
das relações internacionais e do modelo de direito em rede apresentado por Losano, como uma
forma de sistematizar tais teorias ante as necessidades da conjuntura atual.

VI. Bibliografia Preliminar

BOGDANDY, Armin Von. Pluralism, direct effect, and the ultimate say: On the
relationship between international and domestic constitutional law. In International Jounal
of Constitutional Law Volume 6, Number 3 & 4, 2008, pp. 397–413. Oxford University Press
and New York University School of Law. 2008
BRASIL. Constituição 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado Federal, 2017.
BRASIL. Decreto Nº 7.030, De 14 De Dezembro De 2009. Convenção De Viena Sobre
Direito Dos Tratados. Promulga a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados,
concluída em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66. In: SILVA, José. Vade
Mecum. São Paulo: RT.2008.
BULL, Hedley. A Sociedade Anárquica: Um estudo da ordem política mundial - Tradução
Sérgio Bath Editora Universidade de Brasília São Paulo, 2002
CORTEN, Olivier. Méthodologie du droit internacional public. Editions de L’Universite de
Bruxelles. Bruxelas. 2009
DIAS, Caio Gracco Pinheiro. O Direito Intenacional pela lente da Teoria de Relações
Internacionais: Modelos Teóricos do Sistema de Estados e a Possibilidade de Regulação
das Condutas Estatais. In: JUBILUT, Liliana Lyra. (Org.). Direito Internacional Atual
(Coleção Estudos Avançados). 1ed.São Paulo: Elsevier, 2014, v. 1, p. 61-82.
GARCIA, Marcio Pereira Pinto. A terminação de tratado e o Poder Legislativo à vista do
Direito Internacional, do Direito Comparado e do Direito Constitucional Internacional
Brasileiro, Rio de Janeiro: Renovar, 2011
JUNIOR, Alberto do Amaral. Curso de Direito Internacional Público. 4ª. Edição. Editora
Atlas AS, São Paulo:2013.

9
LOSANO, Mario. Os grandes Sistemas Jurídicos. Tradução Marcela Varejão. São Paulo.
Martins Fontes. 2007
LUPI, André Lipp Pinto Basto. Os Métodos no Direito Internacional. 1º. Ed. São Paulo.
Editora Lex. 2007
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. O Poder Legislativo e os Tratados Internacionais: o
treaty-making Power na Constituição brasileira de 1988. In: Agenda Legislativa para o
Desenvolvimento Nacional. 2011. Disponível em:
http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/handle/2011/19784
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Tratados Internacionais: Com Comentários à Convenção
de Viena de 1969. 2ª. Edição, revista, ampliada e atualizada. Editora Juarez de Oliveira, São
Paulo:2004
MEDEIROS, Antonio Paulo Cachapuz de. O Poder de Celebrar Tratados: Competência dos
poderes constituídos para a celebração de tratados, à luz do Direito Internacional, do
Direito Comparado e do Direito Constitucional Brasileiro. Sergio Antonio Fabris Editor.
Porto Alegre, 1995.
NYE JR, JS. Compreender os Conflitos Internacionais: Uma Introdução à Teoria e à
História. Tradução Tiago Araújo. Editora Gradiva. Lisboa PT – 2012
OLIVEIRA, Ricardo Victalino. A Abertura do Estado Constitucional Brasileiro ao Direito
Internacional. Tese de Doutoramento. Orientadora Fernanda Dias Menezes de Almeida.
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. São Paulo: 2014

10

Vous aimerez peut-être aussi