Vous êtes sur la page 1sur 16

PROTOCOLO PARA A ABORDAGEM E TRATAMENTO DA DIARRÉIA

AGUDA NO ADULTO IMUNOCOMPETENTE

Preparado por Dr. José Paulo Ladeira .


Supervisão: Dr. Francisco Torggler e
Dr. Jorge Mattar
HSL - Ago/2002
Objetivos
• Estabelecer um protocolo de conduta clínica para a avaliação, tratamento de
emergência, indicação de exames laboratoriais, internação hospitalar e de
orientações para a alta de pacientes adultos imunocompetentes com diarréia aguda,
atendidos no Pronto Atendimento do HSL. (CID A04.8 A05.* A06.0 A08.* A09
K52.8 K52.9)
• Priorizar o emprego das melhores evidências da literatura atual, visando segurança,
efetividade e praticidade clínica.

Procedimento utilizado:

Busca na literatura pelo Medline e nas bases de literatura médica Cochrane e OVID,
procurando por revisões sistemáticas, meta-análises, diretrizes de prática clínica, estudos
controlados duplo-cegos, revisões e estudos de coorte, utilizando os seguintes termos:
▬ gastroenteritis; differential diagnosis; diagnos*; incidence; prevalence;
aetiology; etiology; dehydration; patient admission; fluid therapy; intravenous;
intravenous treatment; rehydration solution; administration, oral; enteral nutrition;
faeces; feces; enteral; differential diagnosis.
• Resultados: 59 trabalhos listados; excluídos 25 por falta de pertinência ao contexto
clínico focado ou por abordar população infantil.

As referências bibliográficas são citadas numericamente anexas ao grau de


recomendação A, B, C ou D e a outras informações em que são pertinentes. O critério de
classificação do grau de recomendação (que é relacionado à força de evidência científica do
trabalho) por nós utilizado é semelhante ao adotado pelo Projeto Diretrizes desenvolvido pela
Associação Médica Brasileira. Por se tratar de projeto de implementação local de
padronização de condutas, a comissão editorial assume, após atualização da busca na
literatura, as recomendações de Diretrizes construídas por entidades idôneas com a
metodologia de Classificação de Evidências, nos quais a análise das tabelas evidenciárias é
transparente, como recomendações tipo "A".

Todos os graus de recomendação, incluindo-se o "D", são baseados em evidência


científica. As diferenças entre o A, B, C e D deve-se exclusivamente ao desenho empregado
na geração da evidência. A correspondência entre o grau de recomendação e a força de
evidência científica é descrita em detalhes na tabela I e são resumidas a seguir:
A Meta-análises, Ensaios Clínicos Aleatorizados, Diretrizes baseadas em Evidência
B Outros Ensaios Clínicos ou Estudos Observacionais
C Relatos ou séries de casos
D Publicações baseadas em consensos ou opiniões de especialistas
A utilização do grau de recomendação associado à citação bibliográfica no texto tem
como objetivos principais: conferir transparência à procedência das informações, estimular a
busca de evidência científica de maior força, introduzir uma forma didática e simples de
auxiliar a avaliação crítica do leitor, que arca com a responsabilidade da decisão frente ao
paciente que orienta.

Tabela I
Nível de Evidência Grau de Recomendação

I – Revisão Sistemática e Meta-análise de Ensaios Controlados


e Aleatorizados
Ensaio Controlado e Aleatorizado com Intervalo Confiança
pequeno A – Há evidências, cujos melhores
Revisão Sistemática de Estudos Diagnósticos bem estudos são classificados com
desenhados. nível de evidência I, diretamente
aplicáveis à população alvo, que
Estudo Diagnóstico de Padrão Ouro Aleatorizado e
mostram consistência geral dos
Controlado
resultados, que suportam a
Estudo Diagnóstico com Alta Sensibilidade e/ou recomendação.
Especificidade
Diretriz nacional ou internacional editada por instituição
idônea, construída e bem documentada com a
metodologia de classificação de evidências.

II – Outros Ensaios de intervenção com resultados ‘all or none’


Revisão Sistemática de Estudos de Coorte
Estudo de Coorte B – Há evidências cujos melhores
estudos são classificados com
Estudo de Coorte de cuidados médicos recebidos ‘outcomes
nível de evidência II, diretamente
research’
aplicáveis à população alvo, e que
Revisão Sistemática de Estudos de Caso Controle mostram consistência geral dos
Estudo Caso Controle resultados ou há evidências
Revisão Sistemática de Estudos Diagnósticos cujo desenho extrapoladas de estudos de nível
gera chance de viés. de evidência I, que suportam a
recomendação.
Estudo Diagnóstico de Padrão Ouro que é Aleatorizado ou
Controlado
Estudo Diagnóstico que é Aleatorizado ou Controlado sem
Padrão Ouro
C – Há evidências cujos melhores
estudos são classificados com
III – Série de casos
nível de evidência III, diretamente
Estudo Diagnóstico (estudo de Padrão Ouro ou estudo aplicáveis à população alvo, que
Aleatorizado ou estudo Controlado) mostram consistência geral dos
resultados e que suportam a
recomendação.

D – Recomendações extraídas de
IV – Consenso ou opinião de especialista estudos não analíticos, de
Diretrizes construídas sem a metodologia de classificação diretrizes construídas sem a
de evidências metodologia de classificação de
evidências, de séries de casos e
de opinião de especialista.

Baseada nesta análise está sendo proposta uma conduta para avaliação dos pacientes
com suspeita clínica de apendicite aguda que chegam ao Pronto Atendimento do HSL a ser
discutida pela equipe de Plantonistas do PA, pelas diversas Equipes de Cirurgia e pelo Setor
de Diagnósticos por Imagem que atuam no HSL.
PROCEDIMENTOS NA ABORDAGEM DO DOENTE
1) História e Exame Físico (A)
(dados com forte relação estatística com o diagnóstico)

2) Pesquisa de Sinais de Alerta (A)


• Idade ≥ 70 anos
• Diarréia > 48h
• Sangue / muco nas fezes
• Imunossupressão (drogas imunossupressoras / HIV; estes pacientes
deverão ser avaliados e conduzidos conforme orientações especificadas
em algoritmo próprio)
• Dor abdominal intensa em pac. ≥ 50 anos
• T ≥ 38,5o C
• Mais de 8 evacuações /dia
• Desidratação
A presença de ao menos um destes sinais justifica a coleta de exames

3) Exames laboratoriais – (A)


• Coprocultura
• Pesquisa de Leucócitos
• Pesquisa de Sangue Oculto
• PPF (ver quadro abaixo)

4) Evolução após Intervenção Clínica


• Alta com orientações clínica, medicamentosa e dietética.
• Coleta de exames e encaminhamento para seguimento
ambulatorial com ou sem antibiótico
• Na ausência da melhora clínica no PA, internação.

Protoparasitológico Fecal - Grau de Recomendação: (B) ...


Não indicado na maioria das diarréias agudas
Casos especiais: diarréia persistente ou diarréia do viajante (Giárdia, Cryptosporidium,
Entamoeba histolytica, Cyclospora)
Cuidadores de crianças em escolas ou creches (Gyardia /
Cryptosporidium)
Surto diarréico associado à água contaminada
Diarréia hemorrágica com pouco ou nenhum leucócito nas fezes
(Amebíase)
RECOMENDAÇÕES NO MANUSEIO DA DIARRÉIA
GRAU DE RECOMENDAÇÃO: (A) ...
Avaliação Clínica e Epidemiológica incluindo:
Sinais de Alerta:
Início abrupto ou lento dos sintomas e sinais
Quantidade / freqüência das evacuações
Sinais e sintomas de hipovolemia (taquicardia / sede / hipotensão ortostática /
redução da diurese / letargia / turgor cutâneo diminuído)
Viagem recente (até 15 dias)
Internação ou trabalho em instituição de saúde ou creche
Consumo de carne crua ou má cozida / produtos não pasteurizados / frutos do
mar
Passagem por área endêmica / epidêmica de Cólera
Consumo de enlatados / conservas (Botulismo)
Outras pessoas com sintomas
Contatos sexuais do doente (relação homossexual masculina)
Iniciar hidratação (oral sempre que possível):
3,5g NaCl + 2,5g NaHCO3 + 1,5g KCl + 20g Glicose em 1 L água (WHO)
Tratamento com antibiótico na diarréia do viajante

Tratamento com antibiótico na diarréia por Shiguella sp / Vibrio cholerae /


Salmonella sp / E. coli
Não administrar antidiarreicos em diarréia com sangue ou infecção por E.coli

GRAU DE RECOMENDAÇÃO: (B) ...


Coleta de exames na presença de sinais de gravidade
Leucócitos e sangue oculto nas fezes
PPF (em casos específicos)
Coprocultura
Tratamento com antibiótico na diarréia por Campylobacter

GRAU DE RECOMENDAÇÃO: (C) ...

Loperamida ou Difenoxilato (2mg): 4mg VO + 2 mg a cada evacuação;


Max 16mg/dia por 02 dias (Para pacientes com
sintomas leves e fezes sem sangue)
INDICAÇÕES DE ANTIBIOTICOTERAPIA
Grau de Recomendação (B) ...
9 ≥ 8 evacuações/dia
9 Diarréia com sangue
9 Sangue oculto ou leucócitos nas fezes
9 Desidratação
9 Sintomas ≥ 1 semana
9 Internação
9 Imunocomprometidos
ANTIBIOTICOTERAPIA
Grau de Recomendação (B) ...
Ciprofloxacino 500mg de 12/12h (≥ 18 anos) ou
Sulfametoxazol 800 mg-Trimetoprim 160 mg 12/12h por 3-5 dias

IDENTIFICAÇÃO DE PATÓGENOS A PARTIR DA HISTÓRIA


Grau de Recomendação (C) ...
DIARRÉIA DO VIAJANTE: viagem recente; comida de avião; início em até 15
dias após viagem; depende da quantidade de
bactérias absorvidas.
FEBRE: bactérias invasivas (Salmonella sp/ Shiguella sp/ Campylobacter
sp) / Viroses / agentes citotóxicos (Clostridium sp / Entamoeba
histolytica)
USO DE ANTIBIÓTICO PRÉVIO: C. difficile
INGESTÃO ALIMENTAR DE ALIMENTO CRÚ / PARCIALMENTE COZIDO
TEMPO DE SINTOMAS APÓS INGESTA:
• < 6 h: S.aureus / Bacillus cereus
• Entre 8-14h: Clostridium perfringens
• > 14 h: infecção viral, principalmente com vômitos ou
contaminação bacteriana com E.coli enteropatogênica ou
entero-hemorrágica.
GASTROENTEROCOLITE AGUDA
Sinais de Alerta
Idade ≥ 70 anos Dor abdominal em ≥ 50 anos
DIARRÉIA AGUDA Diarréia > 48 h
o
T ≥ 38,5 C
Sangue / Muco nas fezes Evacuações ≥ 8 x / dia
Imunodepressão Desidratação

Leucócitos nas fezes


Sinais de SIM Sangue Oculto
Alerta ? Coprocultura
PPF (casos especiais)

NÃO

Vômitos Vômitos
Cólicas SIM SIM
Cólicas
Febre ? Desidratação
Febre ?

TRO e hidratação parenteral se


NÃO A necessário

B Hidratação até diurese


NÃO
Dipirona 1g VO/EV s/n
C Metoclopramida 10mg VO/EV s/n
Escopolamina 10 mg VO/EV s/n

Sintomáticos
Orientação clínica e dietética
conforme folha padrão do PA
Seguimento Ambulatorial
SIM Retorno ao PA se necessário
Melhora ATB nos casos indicados:
clínica em Ciprofloxacino VO 500mg 12/12h
até 4h ? por 3-5 dias (≥18 anos)
ou
Sulfametoxazol 800mg/Trimetropin
160mg 12/12h por 3-5 dias
Sintomáticos
Orientação clínica e
dietética conforme
folha padrão do PA NÃO TRO - Terapia de
Reidratação Oral

Solução padrão da WHO


Internação ou
Hemograma / Na / K / U / C Pedialite
Hospital Sírio Libanês – Protocolo de Atendimento Médico – P.A.
Nome: ________________________________________________ Contábil: _______________

Diarréia Aguda em Adultos Imunocompetentes – Pesquisar Sinais de Alerta:


1- T ≥ 38,5 C ...................................... ‫ڤ‬ 5 - Idade ≥ 70 anos .................................... ‫ٱ‬
o

2 - Evacuações ≥ 8 x / dia................... ‫ٱ‬ 6 - Diarréia > 48 h -.....................................‫ٱ‬


3 - Sangue / Muco nas fezes ............. ‫ٱ‬ 7 - Dor abdominal intensa em ≥ 50 anos ..‫ٱ‬
4 - Desidratação moderada/severa.... ‫ٱ‬ 8 – Imunodepressão................................... ‫ٱ‬
A presença de pelo menos um sinal de alerta indica a colheita de exames (B). O uso de Antibióticos poder feito se 1, 2, 3, 4 estiverem
presentes ou em caso de internação ou sintomas > 7 dias (B) (vide verso). Se 8 for presente não use este protocolo.

‫ ڤ‬TRO 1 litro/hora
Exames: __________________________________
‫ ڤ‬Leucócitos nas A ‫ ڤ‬Hidratação parenteral – prescrever na
fezes Há Sinais ficha de PA
Sim ‫ٱ‬ de
‫ ڤ‬Sangue Oculto B ‫ ڤ‬Hidratação até diurese
‫ ڤ‬Coprocultura Alerta? ‫ ڤ‬Dipirona 40 gt VO _________________
‫ ڤ‬PPF (casos ‫ ڤ‬Dipirona 2 cc EV __________________
selecionados) ‫ ڤ‬Buscopan Composto 1 amp EV
‫ ڤ‬Hemograma (acm) ________________________________
Se Ind. de ATB: C ‫ ڤ‬Metoclopramida 10mg VO __________
Não ‫ڤ‬ ‫ ڤ‬Metoclopramida 10mg EV __________
Cipro ou SMZ-TMT ‫ ڤ‬Dimenidrinato DL 30 mg EV ________
‫ ڤ‬Dimenidrinato 100 mg VO __________
‫ ڤ‬Outra med. →presc. ficha de PA

Sintomá- Não ‫ڤ‬


tico? INDICADORES
Data Hora
1 e
2 e/m
3 e
Sim ‫ڤ‬ 1-Entra no Consultório
2-Alta Médica
3-Saída do PA
Sinal de Alerta?
S‫ٱ‬ N‫ٱ‬ m
A B C Hidratação Parenteral?
S‫ٱ‬ N‫ٱ‬ e
Alta com Antibiótico?
S‫ٱ‬ N‫ٱ‬ m
Ciprofloxacino V.O. na
Internação?
S‫ٱ‬ N‫ٱ‬ m
Retorno no mesmo
contábil ? S ‫ڤ‬ e
Melhora Digitado por (Login):
Não ‫ڤ‬ em 4 ____________________
horas?
Assinar e carimbar

_______________
Sim ‫ڤ‬

‫ ڤ‬Internação ‫ ڤ‬Alta

‫ ڤ‬Internação com Cipro V.O. ‫ ڤ‬Alta com orientações.


(1ª opção) ‫ ڤ‬Cipro V.O.
‫ ڤ‬Hemog./ Na/ K/ U/ C ‫ ڤ‬Outro ATB:_________________________
‫ ڤ‬Outro ATB ou Cipro EV ‫ ڤ‬Orientar para retirar exames e acomp. Amb.
GRAU DE RECOMENDAÇÃO: (A) ...
Avaliação Clínica e Epidemiológica incluindo:
Sinais de Alerta:
Início abrupto ou lento dos sintomas e sinais
Quantidade / freqüência das evacuações
Sinais e sintomas de hipovolemia (taquicardia / sede / hipotensão ortostática / redução
da diurese / letargia / turgor cutâneo diminuído)
Viagem recente (até 15 dias)
Internação ou trabalho em instituição de saúde ou creche
Consumo de carne crua ou má cozida / produtos não pasteurizados / frutos do mar
Passagem por área endêmica / epidêmica de Cólera
Consumo de enlatados / conservas (Botulismo)
Outras pessoas com sintomas
Contatos sexuais do doente (relação homossexual masculina)
Iniciar hidratação (oral sempre que possível):
3,5g NaCl + 2,5g NaHCO3 + 1,5g KCl + 20g Glicose em 1 L água (WHO)
Tratamento com antibiótico na diarréia do viajante
Tratamento com antibiótico na diarréia por Shiguella sp / Vibrio cholerae / Salmonella sp /
E. coli
Não administrar antidiarreicos em diarréia com sangue ou infecção por E.coli
GRAU DE RECOMENDAÇÃO: (B) ...
Coleta de exames na presença de sinais de gravidade
Leucócitos e sangue oculto nas fezes
PPF (em casos específicos)
Coprocultura
Tratamento com antibiótico na diarréia por Campylobacter
GRAU DE RECOMENDAÇÃO: (C) ...
Loperamida ou Difenoxilato (2mg): 4mg VO + 2 mg a cada evacuação;
Max 16mg/dia por 02 dias (Para pacientes com
sintomas leves e fezes sem sangue)

IDENTIFICAÇÃO DE PATÓGENOS A PARTIR DA HISTÓRIA


Grau de Recomendação (C) ...
DIARRÉIA DO VIAJANTE: viagem recente; comida de avião; início em até 15 dias após viagem; depende
da quantidade de bactérias absorvidas.
FEBRE: bactérias invasivas (Salmonella sp/ Shiguella sp/ Campylobacter sp) / Viroses / agentes
citotóxicos (Clostridium sp / Entamoeba histolytica)
USO DE ANTIBIÓTICO PRÉVIO: C. difficile
INGESTÃO ALIMENTAR DE ALIMENTO CRÚ / PARCIALMENTE COZIDO
TEMPO DE SINTOMAS APÓS INGESTA:
• < 6 h: S.aureus / Bacillus cereus
• Entre 8-14h: Clostridium perfringens
• > 14 h: infecção viral, principalmente com vômitos ou contaminação bacteriana com
E.coli enteropatogênica ou entero-hemorrágica.
Protoparasitológico Fecal - Grau de Recomendação: (B) ...
Não indicado na maioria das diarréias agudas
Casos especiais: diarréia persistente ou diarréia do viajante (Giárdia, Cryptosporidium, Entamoeba
histolytica, Cyclospora)
Cuidadores de crianças em escolas ou creches (Gyardia / Cryptosporidium)
Surto diarréico associado à água contaminada
Diarréia hemorrágica com pouco ou nenhum leucócito nas fezes (Amebíase)

Tratamento antibiótico empírico:


Diarréia do viajante – Fluoroquinolona ou Sulfmetoxazol-Trimetoprim – diminui a duração de 3 a 5
dias para 1 a 2 dias.
Diarréia com duração > 10 a 14 dias – Tratar giardíase, especialmente se houver história de
exposição à água ou viagem.
Infecções por Campylobacter resistente a quinolona (10%) pioram com o tratamento. A opção é
eritromicina e derivados.
Lembretes
Tratamento antibiótico empírico:
Diarréia do viajante – Fluoroquinolona ou Sulfmetoxazol-Trimetoprim – diminui a duração de 3 a 5 dias para 1 a
2 dias.
Diarréia com duração > 10 a 14 dias – Tratar giardíase, especialmente se houver história de exposição à água
ou viagem.
Infecções por Campylobacter resistente a quinolona (10%) pioram com o tratamento. A opção é eritromicina e
derivados.

Diagnóstico diferencial
Abscesso pélvico na área do retossigmóide Doença intestinal isquêmica (> 50 anos)
Anemia perniciosa Malária
Cólon irritável Pelagra
Doença de Whipple Síndromes disabsortivas
Doença intestinal inflamatória Suboclusão intestinal

• Uso de vacina antitifóide para viajantes que vão para área endêmica (Vi – parenteral, Ty21a – oral) e
para cólera.
• Frutos do mar e contato com o litoral cultura para vibrio – em época de epidemia
• Diarréia do viajante que não respondeu a Sulfametoxazol-Trimetoprin ou a Quinolona cultura para
vibrio
• Dor abdominal persistente e febre → cultura para Yersinia enterocolítica
• Dor abdominal à direita, sem febre alta, mas com diarréia sanguinolenta ou não sanguinolenta: solicitar
cultura para E.coli produtora de Shiga-Toxina
• Síndrome Hemolítico-Urêmica está associada à E.coli enterohemorrágica produtora de Shiga-Toxina
(O157:H7) ou STEC
• Guillain Barre pode ocorrer após infecção por Campylobcter jejuni
• Desnutrição com ou sem diarréia pode se seguir à infecção por E coli enteroagregativa ou
Cryptosporidium
• Proctite em homem homossexual pode ser diagnosticada por retosigmoidoscopia. Envolvimento
somente dos 15 cm distais sugere herpesvirus, gonococos, chlamydia, ou sífilis. Acometimento mais proximal
sugere Campylobacter, Shigella, C. difficile ou Chlamydia. Diarréia não inflamatória sugere giardíase.
• Teste de lactoferrina fecal ou pesquisa de leucócitos ajudam a demonstrar componente inflamatório,
que é freqüente em colite invasiva por Salmonella, Shigella e Campylobacter jejuni, em colites intensas por C
difficile e nas doenças inflamatórias intestinais.
• Testes para parasitas são: Fluorescência e EIA para Giardia e Cryptosporidium; Colorações ‘acid-fast’
para Cryptosporydium, Cyclospora, Isospora ou Micobactérias, bem como culturas para M. avium complex.
• Regra dos três dias para pacientes hospitalizados: Diarréia com início após o 3º dia de internação em
pac. < 65 anos, não deve ter, como rotina, coprocultura colhida pela baixa relação custo-efetividade.
• Rehidratação: Sempre tentar via oral, 800 a 1000 ml/hora. Vit A e Zinco em possíveis portadores de
déficits. Glutamina e derivados estão em estudo como auxiliares na recuperação da mucosa.
ORIENTAÇÃO DIETÉTICA PARA PACIENTES COM DIARRÉIA AGUDA

Alimentos Recomendados
Chás de qualquer espécie: mate, erva doce, erva cidreira, camomila, chá preto, etc.
Café
Sucos: limão, maçã cozida, caju, goiaba coado
Legumes: chuchu, abobrinha, cenoura, batata, inhame, mandioquinha, abóbora, etc.
Arroz, macarrão, semolina, fubá.
Carnes magras (sem gordura, frango e peixe sem pele), assados, grelhados ou cozidos.
Tomate sem pele ou semente.
Sopa de legumes, caldo de carne, caldo de frango, canja.
Temperos: alho, cebola, sal e limão.
Frutas: maçã, pera, goiaba, banana maçã (cozidas ou cruas sem casca)
Bolacha salgada, bolacha de água e sal, maisena, torrada.
Gelatina, sagu, purê de frutas, compota de frutas (maçã, pera, banana maçã, goiaba)

Alimentos a serem evitados


Leite e derivados: queijos, requeijão, iogurtes, etc.
Bebidas alcoólicas, refrigerantes, sucos industrializados que contenham açúcar.
Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico.
Verduras de folhas cruas ou cozidas.
Arroz integral.
Carnes gordurosas.
Frituras.
Bolachas recheadas.
Todas as frutas não mencionadas nos alimentos permitidos.
Doces como goiabada, marmelada, doce de leite, frutas em calda, bolos, chocolate.
Óleos vegetais, manteiga, margarina – utilizar em pequena quantidade.

Referências da dieta:
Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica
L.Kathleen Mahan Dan L. Waitzberg
Sylvia Escott-Stump Ed. Atheneu 2001
a
Ed Roca 9 edição 1998

Manual de Dietas para o Restaurante Industrial A Fibra Terapêutica


Márcia de Lourdes Benedicto Luis Redondo Marques
Márcia Regina Reggiolli 2a edição
Ed. Atheneu 1997

Terapia Nutricional Anais da Kellogg’s – Mais sobre Fibra e Saúde


Ana Lúcia P. Augusto
Denise Cherulli Alves
Ida Cristina Mannarino
Maurício Gerude
Ed. Atheneu 1993

Importante: Caso surjam novos sintomas, retorne ao Pronto Atendimento do Hospital


Sírio Libanês.
Bibliografia

Avaliação clínica do doente

1. Guerrant et al. Bacterial and protozoal gastroenterites. N Engl J med 1991; 325:327-40
2. Korzeniowski et al. Value of examination for fecal leucocytesin the early diagnosis of shiguellosis.
Am J Trop Med Hyg 1979; 28:1031-5
3. Miler et al. A rapid test for infection and inflammatory enteritis. Arch Intern Med 1994;
154:2660-4

Dieta e Prevenção

4. Danovaro-Holliday MC, Wood AL, LeBaron CW. Rotavirus vaccine and the news media, 1987-2001.
JAMA. 2002 Mar 20;287(11):1455-62.
5. Guandalini S, Dincer AP. Nutritional management in diarrhoeal disease.
Baillieres Clin Gastroenterol. 1998 Dec;12(4):697-717. Review.
6. Szajewska H, Mrukowicz JZ. Probiotics in the treatment and prevention of acute infectious diarrhea
in infants and children: a systematic review of published randomized, double-blind, placebo-
controlled trials.
J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2001 Oct;33 Suppl 2:S17-25. Review.
7. Van Niel CW, Feudtner C, Garrison MM, Christakis DA. Lactobacillus therapy for acute infectious
diarrhea in children: a meta-analysis.
Pediatrics. 2002 Apr;109(4):678-84.

Hidratação

8. Avery et al. Oral therapy for acute diarrhea: the underused simple solution. N Engl J Med 1990;
323:891-4
9. Fontaine O, Gore SM, Pierce NF. Rice-based oral rehydration solution for treating diarrhoea.
Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD001264. Review.
10. Kim Y, Hahn S, Garner P. Reduced osmolarity oral rehydration solution for treating dehydration
caused by acute diarrhoea in children.
Cochrane Database Syst Rev. 2001;(2):CD002847. Review.
11. Molla et al. Food based oral rehydratation salt solutions for acute childhood diarrhea. Lancet
1989; 2:429-31
12. Nalin et al. Oral maintenance therapy for cholera in adults. Lancet 1968; 2:370-3
13. Pierce et al. Effect of intragastric glucose-eletrocyte infusion upon water and eletrocyte balance
in Asiatic cholera. Gastroenterol 1968; 55:333-43
Antibióticos

14. Bennish et al. Treatment of shiguellosis: randomized, double-blind comparison of ciprofloxacin


and ampicillin. J Infect Dis 1990; 162:711-6
15. Cooperstock M, DuPont HL, Corrado ML, Fekety R, Murray DM. Evaluation of new anti-infective drugs
for the treatment of diarrhea caused by Entamoeba histolytica. Infectious Diseases Society of
America and the Food and Drug Administration.
Clin Infect Dis. 1992 Nov;15 Suppl 1:S254-8.
16. Cooperstock M, DuPont HL, Corrado ML, Fekety R, Murray DM. Evaluation of new anti-infective drugs
for the treatment of diarrhea caused by Giardia lamblia. Infectious Diseases Society of America
and the Food and Drug Administration.
Clin Infect Dis. 1992 Nov;15 Suppl 1:S244-8.
17. De Bruyn G, Hahn S, Borwick A. Antibiotic treatment for travellers' diarrhoea.
Cochrane Database Syst Rev. 2000;(3):CD002242. Review.
18. DuPont HL, Cooperstock M, Corrado ML, Fekety R, Murray DM. Evaluation of new anti-infective drugs
for the treatment of acute infectious diarrhea. Infectious Diseases Society of America and the
Food and Drug Administration.
Clin Infect Dis. 1992 Nov;15 Suppl 1:S228-35.
19. Fekety R, DuPont HL, Cooperstock M, Corrado ML, Murray DM. Evaluation of new anti-infective drugs
for the treatment of antibiotic-associated colitis. Infectious Diseases Society of America and the
Food and Drug Administration.
Clin Infect Dis. 1992 Nov;15 Suppl 1:S263-7.
20. Khan et al. Treatment of shiguellosis: comparison of azitthromycin and ciprofloxacin. A double
blind randomized,controlled trial. Ann Intern Med 1997; 126: 697-703
21. Rizk E. The U.S. clinical experience with lomefloxacin, a new once-daily fluoroquinolone.
Am J Med. 1992 Apr 6;92(4A):130S-135S.
22. Sirinavin S, Garner P. Antibiotics for treating salmonella gut infections.
Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD001167. Review.
23. Treatment Of Bacterial Enteritis - Ovid Nataro Pediatr Infect Dis J, Volume 17(5)_May
1998_420-421
24. Walker-Smith, John A. Post-infective diarrhoea.[Review] Current Opinion in Infectious Diseases.
14(5):567-571, October 2001.
25. Zaat JO, Mank T, Assendelft WJ. Drugs for treating giardiasis.
Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD000217. Review.

Laboratorio

26. Fine et al. Utility of a rapid fecal latex agglutination test detecting the neutrophil protein,
lactoferrin for diagnosing inflammatory causes of chronic diarrhea. Am. J Gastroenterol 1998;
93:1300-5
27. Huicho L, Campos M, Rivera J, Guerrant RL. Fecal screening tests in the approach to acute infectious
diarrhea: a scientific overview.
Pediatr Infect Dis J. 1996 Jun;15(6):486-94.
28. Iida et al. Measurement of fecal lactoferrin for rapid diagnosis of enterohemorrhagic
Escherichicoli infection. Clin Infect Des 1997; 25:167
Guidelines

29. Armon K, Stephenson T, MacFaul R, Eccleston P, Werneke U. An evidence and consensus based
guideline for acute diarrhoea management.
Arch Dis Child. 2001 Aug;85(2):132-42. Review.
30. DuPont HL. Guidelines on acute infectious diarrhea in adults. The Practice Parameters
Committee of the American College of Gastroenterology.
Am J Gastroenterol. 1997 Nov;92(11):1962-75. Review.
31. Farthing M, Feldman R, Finch R, Fox R, Leen C, Mandal B, Moss P, Nathwani D, Nye F, Percival A, Read R,
Ritchie L, Todd WT, Wood M. The management of infective gastroenteritis in adults. A consensus
statement by an expert panel convened by the British Society for the Study of Infection.
J Infect. 1996 Nov;33(3):143-52. Review.
32. Fekety R. Guidelines for the diagnosis and management of Clostridium difficile-associated
diarrhea and colitis. American College of Gastroenterology, Practice Parameters Committee.
Am J Gastroenterol. 1997 May;92(5):739-50. Review.
33. Guerrant RL, Van Gilder T, Steiner TS, Thielman NM, Slutsker L, Tauxe RV, Hennessy T, Griffin PM, DuPont
H, Sack RB, Tarr P, Neill M, Nachamkin I, Reller LB, Osterholm MT, Bennish ML, Pickering LK. Practice
guidelines for the management of infectious diarrhea.
Clin Infect Dis. 2001 Feb 1;32(3):331-51.
34. Perlstein PH, Lichtenstein P, Cohen MB, Ruddy R, Schoettker PJ, Atherton HD, Kotagal U. Implementing an
evidence-based acute gastroenteritis guideline at a children's hospital.
Jt Comm J Qual Improv. 2002 Jan;28(1):20-30.
Tabela de Evidências Diarréia Aguda / Avaliação Clínica
Autor Ano Tipo de Estudo Força da População Intervenção Desfecho Obs.: Grau de
Evidência Recomend.
Guerrant 2001 Guideline II Geral Avaliação de dados clínicos e Extratifica em subgrupos Descritos no A
baseado em epidemiológicos por etiologia protocolo
Evidência
DuPont 1997 Guideline III Adultos História clínica e epidemiológica Indica provável etiologia C
baseado opinião
de especilistas
Robert 1997 Guideline III Adultos Pesquisa de uso de antibióticos nos Alta probabilidade de C. B
Fekety baseado opinião ultimos 2 meses ou início 72h após difficile
de especilistas hosp
Tabela de Evidências Diarréia Aguda / Hidratação
Autor Ano Tipo de Estudo Nível de População Intervenção Desfecho Obs.: Grau de
Evidência Recomend
Guerrant 2001 Guideline baseado em I Geral Rehidratação Oral É eficaz e deve ser a A
Evidência primeira opção
DuPont 1997 Guideline baseado opinião III Adultos Rehidratação Oral É tolerada, eficaz e B
de especilistas menos invasiva na
maioria dos casos.
Carlos 1996 Guideline baseado opinião III Adultos Rehidratação oral 800 a 1000 B
Seas de especilistas ml/h e parenteral se vômitos ou
vol fecal > 10 ml/kg/h
Tabela de Evidências Diarréia Aguda / Avaliação Laboratorial
Autor Ano Tipo de Estudo Nível de População Intervenção Desfecho Obs.: Grau de
Evidência Recomend
Guerrant 2001 Guideline baseado em II Geral Coprocultura somente em Melhor custo- Descritos no B
Evidência casos selecionados efetividade protocolo
Guerrant 2001 Guideline baseado em I Geral Teste p/ C. difficile em B
Evidência casos suspeitos
Guerrant 2001 Guideline baseado em I Geral Lactoferrina ou pesq leuc. P/ B
Evidência casos intermediários
DuPont 1997 Guideline baseado III Adultos Coprocultura em casos Melhor custo- B
opinião de especilistas selecionados efetividade
Robert 1997 Guideline baseado III Adultos Pesquisa de toxina ou do C. B
Fekety opinião de especilistas difficile em casos suspeitos

Tabela de Evidências Diarréia Aguda / Dieta


Tópico Coberto:
Autor Ano Tipo de Nível de População Intervenção Desfecho Controle Obs.: Grau de
Estudo Evidência Recomend
DuPont 1997 Guideline III Adultos Dieta sem Melhora clínica Ex laboratoriais B
baseado resíduos
opinião de
especilistas

Tabela de Evidências Diarréia Aguda / Sintomáticos


Autor Ano Tipo de Estudo Nível de População Intervenção Desfecho Obs.: Grau de
Evidência Recomend
Guerrant 2001 Guideline baseado I Geral Uso de agentes antimotilidade em d. com Piora q. clín. e E
em Evidência sangue ou Shiga Tox E. coli complic.
Guerrant 2001 Guideline baseado II Geral Seletivamente adm. Vacinas (typhoid e B
em Evidência cólera)
DuPont 1997 Guideline baseado III Adultos Loperamida ou difenoxilato em diarréias Melhora B
opinião de intensas sem febre ou sangue sintomática
especilistas
DuPont 1997 Guideline baseado III Adultos Salicilato de bismuto se vômitos importantes Melhora C
opinião de sintomática
especilistas
Tabela de Evidências Diarréia Aguda / Antibioticoterapia
Autor Ano Tipo de Estudo Nível de População Intervenção Desfecho Obs.: Grau de
Evidência Recomend
Guerrant 2001 Guideline baseado I Geral Instituir trat selet. p/ Diarréia A
em Evidência do Viajante
Guerrant 2001 Guideline baseado I Geral Instituir trat selet. p/ A
em Evidência Shiguelose
Guerrant 2001 Guideline baseado II Geral Instituir trat selet. p/ B
em Evidência Campylobacter
DuPont 1997 Guideline baseado III Adultos Uso de atb em pacientes Encurta a duração e diminui B
opinião de com sinais de alerta intensidade de sintomas
especilistas
Robert 1997 Guideline baseado III Adultos Metronidazol ou Vanco se B
Fekety opinião de Pesq. de toxina ou do C.
especilistas difficile (+)
C.Antony 1999 Revisão Rotavirus: imunoglob VO,
Hart VP4, Pg-A, lactobacillus
Não há trat específico para
as outras diarréias virais. Há
prevenção e vacinas
Thomas J. 1994 Guideline baseado I geral Ciprofloxacino para trat Norfloxacino é A
Louie em Evidência diarréia bact, exceto opção
Campylobacter
Cochrane 2002 Revisão Sistemática I Uso de antibióticos para Duração e intensidade dos Chance de A
diarréia do viajante sintomas efeitos colaterais
do antibiótico

Vous aimerez peut-être aussi