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SÉRIE AUTOMOTIVA

SISTEMAS
DE REDES
MULTIPLEXADOS
AUTOMOTIVOS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor Geral

Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
SÉRIE AUTOMOTIVA

SISTEMAS DE REDES
MULTIPLEXADOS
AUTOMOTIVOS
© 2015. SENAI – Departamento Nacional

© 2015. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

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nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Gerência de Educação e Tecnologia – GEDUT

FICHA CATALOGRÁFICA

S491s

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.


Sistemas de redes multiplexados automotivos / Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília :
SENAI/DN, 2015.
32 p. il. (Série Automotiva).

ISBN xxx-xx-xxxx-xxx-x
1. Automóveis 2. Equipamento eletrônico I. Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina II. Título III.
Série

CDU: 629.3.0644

SENAI Sede

Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto


Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
Departamento Nacional 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Ilustrações
Figura 1 - Troca de informações entre unidades de comando..........................................................................11
Figura 2 - Exemplo de rede multiplexada..................................................................................................................12
Figura 3 - Funcionamento do protocolo de comunicação..................................................................................13
Figura 4 - Estado do bit com valor ‘’1’’ na rede.........................................................................................................14
Figura 5 - Estado do bit com valor ‘’0’’ na rede.........................................................................................................14
Figura 6 - Conexão de dados entre as unidades de comando...........................................................................17
Figura 7 - Representação de rede com diferentes velocidades ........................................................................17
Figura 8 - Cabo CAN entrelaçado ................................................................................................................................20
Figura 9 - Resistores de término de linha ................................................................................................................22
Figura 10 - Multímetro automotivo digital ..............................................................................................................26
Figura 11 - Osciloscópio ..................................................................................................................................................27
Figura 12 - Equipamento de diagnóstico eletrônico.............................................................................................28
Figura 13 - Reparo em chicote comum .....................................................................................................................29
Figura 14 - Reparo em chicote de rede.......................................................................................................................29

Quadro 1 - Exemplo de possíveis informações enviadas para as unidades de comando.......................15


Quadro 2 - Variantes do bit x informações possíveis.............................................................................................15
Sumário
1 Introdução...........................................................................................................................................................................9

2 Multiplexagem.................................................................................................................................................................11
2.1 Conceito...........................................................................................................................................................11
2.2 Velocidades de transmissão.....................................................................................................................16
2.2.1 Rede CAN de alta velocidade................................................................................................16
2.2.2 Rede CAN de baixa velocidade ............................................................................................16
2.2.3 Linha K ..........................................................................................................................................16
2.3 Arquitetura da rede.....................................................................................................................................16

3 Rede CAN (Controller Area Network)......................................................................................................................19


3.1 Meio de comunicação CAN .....................................................................................................................19
3.2 Interface de multiplexagem.....................................................................................................................20
3.3 Formato da mensagem de comunicação............................................................................................21
3.4 Resistência de fim de linha.......................................................................................................................21
3.5 Protocolo VAN................................................................................................................................................22
3.6 Central de processamento das informações na rede......................................................................23
3.7 Rede LIN...........................................................................................................................................................23

4 Diagnóstico de Falhas no Sistema Multiplexado................................................................................................25


4.1 Equipamentos para diagnósticos ..........................................................................................................25
4.1.1 Multímetro...................................................................................................................................25
4.1.2 Osciloscópio automotivo........................................................................................................26
4.1.3 Scanner automotivo.................................................................................................................27
4.2 Reparo do cabo da rede.............................................................................................................................28

Considerações Finais.........................................................................................................................................................31

Referências............................................................................................................................................................................33

Minicurrículo do Autor.....................................................................................................................................................35
Introdução

Seja bem-vindo à Unidade Curricular de Sistema de Redes Multiplexados Automotivos.


Nela, você conhecerá o funcionamento e características desse sistema que deu início ao avanço
da eletrônica embarcada, facilitando o funcionamento do veículo para o condutor, trazendo,
também, mais segurança, conforto e modernidade. Vale destacar que a eletrônica embarcada
(expressão originária do inglês on-board electronics) é muito importante para os profissionais
da área automotiva visto que ela engloba todo e qualquer sistema eletroeletrônico montado
em uma aplicação móvel, esteja ela em um automóvel ou qualquer outro meio de locomoção.
Conheça um pouco da história da multiplexagem na sequência. Se você observar um veícu-
lo dos anos 60, logo perceberá que ele tem poucos equipamentos e acessórios e, por isso, tem
uma pequena quantidade de cabos elétricos. Porém, se você analisar veículos mais luxuosos,
notará um volume maior de cabos e inúmeras conexões para seu funcionamento. Com o pas-
sar dos anos e o aumento da complexidade dos equipamentos disponíveis para cada veículo,
tornou-se necessário reduzir os custos de produção e aperfeiçoar o espaço para implementar
novos sistemas.
Com o passar dos anos, o avanço tecnológico da eletrônica embarcada aumentou o volume
de equipamentos disponíveis dentro de cada veículo, dando mais confiabilidade ao motoris-
ta e facilitando o diagnóstico de falhas para o técnico em reparação automotiva. Nessa pers-
pectiva é que a engenharia automobilística desenvolveu os sistemas de redes multiplexados.
Com novas arquiteturas eletrônicas desenvolvidas a partir deste sistema, houve uma redução
considerável no volume de cabos elétricos. Os primeiros sistemas multiplexados foram desen-
volvidos pela empresa Bosch e denominados de CAN (Controller Area Network), sendo que as
primeiras aplicações foram realizadas nos veículos da fabricante Mercedes Benz. Nesse ínterim,
a PSA/Renault criou um sistema denominado VAN (Vehicle Area Network), que foi, inicialmen-
te, aplicado pela Citroën. No Brasil, os primeiros veículos com redes de comunicação foram
fabricados pela FIAT, no modelo Palio e, na sequência, as demais montadoras começaram a
trabalhar com o mesmo sistema. (BOSCH, 2005).
Prepare-se, então, para se aprofundar nesse contexto de redes multiplexados automotivos
a partir de agora.
Bons estudos!
Multiplexagem

Você já ouviu falar em multiplexagem? Sabe o que essa palavra significa? Multiplexagem é o
ato de transmitir, simultaneamente, duas ou mais informações por meio de uma única via, em
veículos, através de fios, formando um sistema chamado CAN. Este e outros importantes con-
ceitos você conhecerá neste capítulo. Ao final dos seus estudos, você estará apto a:
• identificar os princípios básicos de funcionamento do sistema multiplexado automotivo;
• verificar os princípios da elétrica aplicáveis ao sistema multiplexado;
• compreender a função das redes de comunicação em um veículo.
Siga em frente!

2.1 CONCEITO

O sistema de Rede CAN utilizado nos veículos possibilita a intercomunicação, de forma sim-
ples e eficiente, entre as unidades de comando existentes. Um conjunto de unidades de co-
mando associadas à Rede CAN constitui um sistema multiplexado, conforme você pode visua-
lizar na figura a seguir.
chombosan ([20--?])

Figura 1 - Troca de informações entre unidades de comando


Fonte: Thinkstock (2015)
SISTEMAS DE REDES MULTIPLEXADOS AUTOMOTIVOS
12

Segundo Volkswagen AG Wolfsburg (2005), como o sistema multiplexado é baseado no compartilha-


mento das informações, há uma redução de aproximadamente 40% na quantidade de fios, conectores,
sensores e unidades de comando.
Para facilitar a compreensão, pode-se fazer uma comparação com a internet: para você buscar uma in-
formação em um determinado site, deverá ter meios físicos (computador, linha telefônica) e um endereço
eletrônico, certo? No caso dos veículos, a rede multiplexada é a responsável por interligar unidades de
comando que processam as informações recebidas dos sensores e atuadores (estas unidades de comando
recebem diversas denominações, de acordo com cada montadora).
As informações transitam pela rede multiplexada de forma digital, ou seja, em código binário. As unida-
des de comando podem ser comparadas com um provedor de internet, toda informação que chega às uni-
dades de comando é codificada. Comparando a um endereço eletrônico de internet, os sensores enviam
as informações para as unidades de comando e, através da rede (em forma digital), elas são passadas para
todas as outras unidades de comando existentes em um veículo. Veja, a seguir, uma rede multiplexada, na
qual há um cabo chamado BUS1 de dados, composto por dois fios pelos quais transitam as informações
entre as unidades de comando.
A figura a seguir faz uma analogia com um ônibus, no qual as informações passam em um conjunto de
dois cabos e cada unidade compartilha suas informações. Perceba que a rede pode transitar por todo o
ônibus. Um BUS de dados compõe uma rede.

UC – 01 UC – 02 UC – 03
Luiz Meneghel (2015)

Figura 2 - Exemplo de rede multiplexada


Fonte: do Autor (2015)

Em toda arquitetura eletroeletrônica de um veículo há uma ou mais redes interligadas, as quais são
diferenciadas por sua velocidade de comunicação, que modifica a relação de prioridade em que a informa-
ção tem de transitar no BUS de dados. Segundo FIAT (2001), estas velocidades e tipos de redes podem ser
denominadas de acordo com a montadora, como você pode observar:
• VENICE (Vehicle Network with Integrated Control Electronics): encontrada em veículos Fiat da família
Palio, Doblò, Idea;
• FLORENCE: encontrada em veículos Fiat da família Stilo;
• Rede CAN BUS ou Sistema Gateway: encontrada em veículos Volkswagen como Golf, Passat, Bora, New
Beetle, Pólo.

1 No segmento de redes de comunicação e na linguagem de computação voltada à hardware, BUS significa barramento, e é
através do barramento que são transmitidos dados em uma rede de comunicação.
2 MULTIPLEXAGEM
13

Nos veículos de montadoras como Peugeot, Citroën, Renault, GM, Ford, essas redes são denominadas
apenas de redes multiplexadas.
O que realmente importa é entender o funcionamento do sistema e diagnosticar as possíveis falhas que
ele possa apresentar. A transição de dados da rede multiplexada pode utilizar fios de cobre ou fibra óptica,
por onde trafegarão os sinais elétricos (tensão ou corrente), ondas eletromagnéticas ou luz, cada uma com
velocidades diferenciadas, de acordo com o volume de equipamentos e a necessidade das informações.
Para que ocorra esta comunicação entre todos os elementos da rede é necessária uma linguagem de co-
municação denominada protocolo de dados, podendo ser um protocolo CAN ou VAN. Este protocolo de
dados define todas as regras de dados entre os equipamentos, que são o modo da transmissão (analógica
ou digital), o tipo de código, o endereço, a detecção de erros, a ordem de transmissão, prioridade de infor-
mação, etc. A combinação de bits gera um protocolo, cada bit assume um estado lógico por vez, sendo 0
para desligado e 1 para ligado. Um exemplo lógico é o pedal de freio, que serve para acender ou apagar a
luz sinalizadora de freio; ele pode adotar apenas dois estados operacionais distintos, ligado 1 ou desligado
0. O funcionamento do protocolo de comunicação, em palavras simples, ocorre dessa forma. As unidades
de comando conectadas à rede, também, podem gerar dois estados de operação de um bit para uma ou
mais informações, conforme você pode visualizar na figura a seguir.

Estado do interruptor fechado Estado do interruptor aberto


Valor “1” (ligado) Valor “0” (desligado)
Luiz Meneghel (2015)

Lâmpada acesa Lâmpada apagada


Circuito fechado Circuito aberto
Figura 3 - Funcionamento do protocolo de comunicação
Fonte: do Autor (2015)

Como você pôde visualizar na figura anterior, o funcionamento do protocolo de comunicação ocorre
da mesma forma, ou seja, cada unidade de comando ligada na rede gera dois estados operativos de um bit
para a difusão de uma informação, o estado do bit será a diferença de tensão passando nos cabos podendo
ser 0 volt ou até 5 volts. Quando uma unidade de comando lança a informação na rede, ela conecta 5 volts
em uma das vias do BUS de dados, conforme pode-se visualizar na figura a seguir.
SISTEMAS DE REDES MULTIPLEXADOS AUTOMOTIVOS
14

5 volt

Luiz Meneghel (2015)


0 volt
Figura 4 - Estado do bit com Valor ‘’1’’ na Rede
Fonte: do Autor (2015)

No momento que a unidade de comando lançou os 5 volts na rede por uma via do BUS de dados, ele
automaticamente lança 0 volt por outra via, simultaneamente, lembrando que esta tensão pode variar de
acordo com a configuração de cada rede, como exemplifica a próxima figura.

5 volt
Luiz Meneghel (2015)

0 volt

Figura 5 - Estado do bit com valor ‘’0’’ na rede


Fonte: do Autor (2015)

Nesta forma de comunicação, a transmissão de dados fica assegurada, com uma boa recepção e emis-
são de informações, mesmo com a falta de uma das vias de comunicação. O BUS de dados é formado por
dois fios entrelaçados entre si, estes cabos são entrelaçados para evitar fontes parasitas e garantir a ope-
ração do sistema, no caso de uma pane em um dos cabos do BUS de dados. Com este sistema é possível
2 MULTIPLEXAGEM
15

determinar o estado operacional de um circuito de luz de freio, transmitindo informações por meio de dois
ou mais bits unidos, com isto se tem dois bits com quatro diferentes variáveis (0-0, 1-1, 1-0 e 0-1). Quando
há três bits, ocorrem oito variáveis (1-1-1, 0-0-0, 1-0-1, 0-1-0, 1-0-0, 1-1-0, 0-1-1 e 0-0-1) e assim por diante.
Em síntese, as variáveis são todas as possíveis combinações de bits que formam uma mensagem codifica-
da. Cada variável pode ser atribuída a uma informação específica, com informações para cada unidade de
comando, conforme você pode visualizar no quadro a seguir.

INFORMAÇÃO DA
VARIANTE TEMPERATURA
1. BIT 2. BIT GRÁFICO
POSSÍVEL DO LÍQUIDO DE
ARREFECIMENTO

Um 0 volt 0 volt 5°C

Dois 0 volt 5 volt 10°C

Três 5 volt 0 volt 15°C

Quatro 5 volt 5 volt 20°C

Quadro 1 - Exemplo de possíveis informações enviadas para as unidades de comando


Fonte: do Autor (2015)

O número de informações aumenta com cada bit adicional, assim como o volume de informações a
serem transmitidas se modifica de acordo com os alinhamentos dos bits. Para cada bit adicional duplica-se
o número das informações possíveis, conforme você pode visualizar no próximo quadro.

VARIANTES-BIT INFORMAÇÃO VARIANTES-BIT INFORMAÇÃO VARIANTES-BIT INFORMAÇÃO


COM 1 BIT POSSÍVEL COM 2 BITS POSSÍVEL COM 3 BITS POSSÍVEL
0 volt 10°C 0 volt, 0 volt 10°C 0 volt, 0 volt, 0 volt 10°C
5 volt 20°C 0 volt, 5 volt 20°C 0 volt, 0 volt, 5 volt 20°C
5 volt, 0 volt 30°C 0 volt, 5 volt, 0 volt 30°C
5 volt, 5 volt 40°C 0 volt, 5 volt, 5 volt 40°C
5 volt, 0 volt, 0 volt 50°C
5 volt, 0 volt, 5 volt 60°C
5 volt, 5 volt, 0 volt 70°C
5 volt, 5 volt, 5 volt 80°C
Quadro 2 - Variantes do bit x Informações possíveis
Fonte: do Autor (2015)

Conheça, a seguir, as diferentes velocidades de transmissão de dados nas redes multiplexadas.


SISTEMAS DE REDES MULTIPLEXADOS AUTOMOTIVOS
16

2.2 VELOCIDADES DE TRANSMISSÃO

As redes multiplexadas trabalham com diferentes velocidades de transmissão de dados, podendo


ter mais de uma velocidade operando na mesma rede. Isto é determinado por cada montadora. Veja, na
sequência, algumas diferentes velocidades e o porquê desta diferença.

2.2.1 REDE CAN DE ALTA VELOCIDADE

A rede CAN de alta velocidade (CAN High Speed Intersystems) – 500 Kbits/s – interliga as unidades de
comando do sistema de gerenciamento do motor, ABS, ESP, caixa de câmbio automático, etc., ou seja,
todas as unidades que necessitam uma velocidade maior de informação para segurança dos passageiros.

2.2.2 REDE CAN DE BAIXA VELOCIDADE

A rede CAN de baixa velocidade (CAN Low Speed) – 125 Kbits/s – estabelece a comunicação das uni-
dades de comando ligadas ao sistema de conforto como: elevadores de vidro, climatização, sistemas de
áudio, painel de instrumentos, sensor de chuva e luminosidade, etc. Pode também ser configurada para
trabalhar com sistemas ligados à alta velocidade.
Essa rede CAN, de baixa velocidade, pode ainda ser conhecida por rede VAN (Vehicle Area Network). Esta
rede trabalha com transmissão de 125 Kbits/s e estabelece o mesmo tipo de comunicação que uma rede
CAN de baixa velocidade convencional. Cabe salientar que o sistema de redes de comunicação de baixa
velocidade recebe o nome VAN quando aplicado aos veículos do grupo PSA (Peugeot e Citroën) e Renault.

2.2.3 LINHA K

A linha de comunicação de 10,4 Kbits/s faz a ligação com o aparelho de diagnóstico por meio do conec-
tor OBD II e permite a comunicação entre as unidades de comando para executar diagnósticos de defeito.
Conheça, a seguir, a arquitetura das redes, outro importante assunto dentro dos sistemas de
redes multiplexados.

2.3 ARQUITETURA DA REDE

É possível ter centenas de unidades de comando conectadas em uma rede multiplexada, o limite de
conexões em um BUS de dados vai depender da norma utilizada na aplicação, conforme você pode visua-
lizar na figura a seguir.
2 MULTIPLEXAGEM
17

Unidade Unidade Unidade

Luiz Meneghel (2015)


Unidade Unidade Unidade

Figura 6 - Conexão de dados entre as unidades de comando


Fonte: do Autor (2015)

Em um veículo equipado com sistema de rede multiplexado pode-se ter duas ou mais redes trabalhan-
do juntas, cada uma com velocidades diferentes, conforme você estudou anteriormente. Estas redes são
divididas em malhas, e os dados são transmitidos entres elas por meio de unidades de comando que divi-
dem as velocidades e operam com as duas de forma simultânea, conforme você pode visualizar na figura
a seguir.

Unidade

Unidade Unidade

Unidade Unidade

Unidade
Luiz Meneghel (2015)

Unidade Unidade

Figura 7 - Representação de rede com diferentes velocidades


Fonte: do Autor (2015)

Não há uma padronização quanto ao nome das unidades de comando que realizam a divisão das ve-
locidades; na realidade, estas unidades têm seus nomes modificados de acordo com aplicação de cada
montadora.
Prepare-se para continuar seus estudos aprofundando seu conhecimento sobre rede CAN no capítulo 3.
Rede CAN (Controller Area Network)

A Rede CAN BUS foi criada pela empresa alemã Bosch e disponibilizada em meados dos
anos 80. Sua utilização inicial era para a linha automotiva pesada (ônibus e caminhão), porém,
atualmente, é utilizada para veículos de passeio, navios, tratores, etc. CAN é um protocolo de
comunicação serial síncrono, isto significa que há uma sincronia entre as unidades de coman-
do, que se inicia a cada mensagem lançada na rede, evento que ocorre em intervalos de tempo
conhecidos e regulares. Este protocolo trabalha no conceito multimestre, sob o qual cada uni-
dade de comando pode se tornar mestre em um determinado momento e escravo em outro.
As suas mensagens são enviadas para todas as unidades de comando participantes da rede, as
quais verificam o estado da mesma, analisando se outra unidade de comando não está envian-
do uma mensagem de maior prioridade.
Ao final dos seus estudos neste capítulo, você estará apto a:
• compreender o meio de comunicação dos sistemas de rede CAN, VAN e LIN;
• reconhecer a interface dos sistemas multiplexados;
• conhecer como ocorre a interpretação das mensagens de comunicação.

3.1 MEIO DE COMUNICAÇÃO CAN

Um par de condutores entrelaçados foi escolhido para ser aplicado na eletrônica embarcada
com o objetivo de ser o meio de comunicação do protocolo CAN, facilitando o reconhecimento
dos cabos de rede dentro do conjunto de chicote. Como você já viu anteriormente, este par
de condutores é denominado BUS de dados, conforme você pode visualizar na figura a seguir.
SISTEMAS DE REDES MULTIPLEXADOS AUTOMOTIVOS
20

Evelin Bao (2015)


Figura 8 - Cabo CAN entrelaçado
Fonte: do Autor (2015)

Nem todos os fios enrolados dentro do chicote são da rede CAN, é preciso ter aten-
FIQUE ção, pois os demais condutores podem ser de alto-falantes do rádio, de bicos injeto-
ALERTA res, entre outros componentes eletroeletrônicos. Por isso, é de extrema importância a
utilização do esquema elétrico para saber a posição exata do cabo de BUS de dados.

A forma entrelaçada dos fios tem o objetivo de evitar as emissões eletromagnéticas perturbadoras do
próprio cabo de dados, ou de outras fontes externas. Veja alguns exemplos de fontes eletromagnéticas
que podem influenciar no sistema CAN:
• circuito de potência;
• corrente de velas;
• aparelhos celulares;
• ondas de rádio.
Cada fio do BUS de dados possui níveis lógicos diferentes, constituindo o CAN High (H) e CAN Low (L),
com isto a soma da tensão é constante em qualquer momento e se anula mutuamente, diminuindo os
efeitos eletromagnéticos de ambos os cabos do BUS de dados.

3.2 INTERFACE DE MULTIPLEXAGEM

Em uma rede multiplexada há uma interface integrada nas unidades de comando, a qual se conecta ao
BUS de dados e ao processador da unidade de comando. Esta interface é constituída por dois elementos:
controlador de protocolo e interface de linha.
3 REDE CAN (CONTROLLER AREA NETWORK)
21

O controlador de protocolo transmite informações gerenciadas pela unidade de comando para o BUS
de dados, e recebe informações provenientes do controlador de protocolo e decodifica para a unidade de
comando. Este controlador de protocolo é integrado a uma unidade de comando específica, como o painel
de instrumentos.
A função da interface de linha é a recepção e a transmissão das mensagens sobre o BUS de dados. A
interface de linha utiliza um comparador que realiza a medida das diferenças de tensão entre os BUS de
dados. A interface recebe mensagem proveniente do controlador de protocolo, que transmite para a rede
por meio do CAN H e CAN L. Os componentes da rede funcionam como computadores que estão conec-
tados e, continuamente, atualizam as informações dos diversos sistemas ligados a ela. Com isso, mesmo
depois do desligamento da ignição, as unidades de comando continuam atualizando as suas informações,
verificando se há falhas, memorizando os estados autoadaptativos dos sistemas e adotando estratégias
para o próximo ciclo de ignição. Em média, este ciclo leva cinco minutos após desligar a chave de ignição,
isto pode modificar de acordo com a montadora; no entanto, após esse tempo, a rede entra em repouso.
Pode haver um despertar da rede por diversos motivos, como a desativação do alarme ou um disparo
do alarme antirroubo, entre outros. Quando isto ocorre, ela entra em funcionamento e começa a emitir e
buscar dados entre as unidades de comando. Cabe salientar que deve-se tomar muito cuidado ao desligar
a bateria de um veículo multiplexado, pois se faz necessário esperar o repouso da rede para garantir que
nenhum componente eletroeletrônico esteja ativo, o que poderá causar danos ao sistema.

3.3 FORMATO DA MENSAGEM DE COMUNICAÇÃO

As unidades de comando lançam informações que são ligadas na rede CAN e são codificadas de forma
digital. A sua transmissão de dados é serial e existe uma estratégia de gerenciamento de prioridades na
difusão das informações na rede. As unidades de comando participantes da rede contêm um controlador
de protocolo que é responsável por transformar as informações vindas destas unidades em mensagens
de comunicação a serem transmitidas na rede CAN, sendo também responsável pelo caminho inverso, no
caso das informações vindas da rede. Por isso, estas mensagens de comunicação que transitam na rede
têm de ser padronizadas de forma que todas as unidades de comando saibam o conteúdo da informação.
Como você viu anteriormente, essas informações transitam em forma de código binário, a informação é 0
ou 1, ou seja, o conjunto de combinação entre os binários forma uma mensagem que é decodificada pelas
unidades de controle. Todas as unidades de controle mandam informações pela rede e cada uma utiliza o
que é útil para si.

3.4 RESISTÊNCIA DE FIM DE LINHA

Ao final de toda rede CAN há dois resistores de final de linha, que têm valores próximos a 0,060 kΩ cada
um, trabalhando conectados à rede garantindo uma perfeita propagação dos sinais elétricos dos fios da
rede. Esses resistores garantem a reflexão dos sinais do BUS de dados e o perfeito funcionamento da rede
CAN, conforme você pode visualizar na figura a seguir.
SISTEMAS DE REDES MULTIPLEXADOS AUTOMOTIVOS
22

Motor SG ABS

Luiz Meneghel (2015)


60 ohms

Figura 9 - Resistores de término de linha


Fonte: do Autor (2015)

Os resistores de final de linha são de 0,060 kΩ, entretanto, de acordo com o volume
de unidades de comando conectadas nesta rede, poderá haver uma modificação
FIQUE deste valor. Isto será determinado de acordo com o fabricante de cada veículo. Desta
ALERTA forma, podem existir dois veículos iguais e com valores de final de linha diferentes,
essa modificação ocorre em função do volume de equipamentos opcionais de cada
um dos veículos.

As resistências de final de linha são colocadas na unidade de controle do motor e na unidade de pro-
cessamento de rede. Para testar um possível curto circuito na rede, deve-se fazer um controle de continui-
dade, medindo a resistência dos cabos do BUS de dados (CAN H e CAN L), sem que haja tensão neles e sem
que as unidades de comando estejam conectadas.

3.5 PROTOCOLO VAN

Como você viu anteriormente, o protocolo VAN (Vehicle Area Network) é utilizado apenas para as áreas
de carroceria e em sistemas de conforto, devido a sua baixa velocidade de transmissão de dados. Ele
também é empregado em veículos do Grupo PSA. O seu princípio de funcionamento segue o mesmo do
protocolo CAN, porém o BUS de dados é chamado de DATA e DATA B (ou Data Barra). O fio Data Barra
designa-se assim, pois a tensão nos seus pinos é sempre o oposto da tensão do fio Data. A diferença de
potencial elétrico entre estes dois fios permitirá codificar dois estados lógicos distintos:
• Se U Data – U Data B > 0 o valor do bit é 1
• Se U Data – U Data B < 0 o valor do bit é 0
3 REDE CAN (CONTROLLER AREA NETWORK)
23

3.6 CENTRAL DE PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES NA REDE

As informações vindas das unidades de comando são enviadas para outra unidade de comando que
centraliza e processa essas informações e as lança na rede de acordo com as necessidades. A central tam-
bém desempenha outras funções como:
• acender automaticamente os faróis;
• acionar limpadores de para-brisas;
• acionar lavador de vidros, etc.
A arquitetura eletrônica destas centrais é composta, basicamente, por um circuito de potência, alojan-
do relés e fusíveis de proteção e um circuito de gerenciamento de funções. Em alguns veículos, é possível
realizar uma série de codificações de funcionamento para cada unidade de comando. Isto deverá ser reali-
zado com o equipamento de diagnóstico específico do veículo, sendo que algumas montadoras possuem
os programas de atualização e programação de unidades de comando via internet.

3.7 REDE LIN

A rede LIN, assim como o protocolo VAN, é destinada somente à carroceria e trabalha com baixa velo-
cidade de transmissão de dados. Todavia, ela é composta somente por um fio. Todas as informações são
transmitidas por apenas um cabo discreto, que na maioria das montadoras é de coloração roxa, e passa
pelo meio do chicote sem estar entrelaçado com os cabos da rede CAN. Em um sistema de rede LIN, pode-
-se trabalhar com unidades de comando, como unidades de comando de vidro de porta e turbina de ar
forçado do ar condicionado. Além das unidades de comando, o sistema também conta com seus escravos
que atuam recebendo as informações e, posteriormente, operam com base nelas.
Sua velocidade de transmissão é de 1 a 20 kbit/s e é determinada em unidades de software para contro-
le LIN. Na rede LIN, as unidades de comando são mestras e recebem as informações das outras unidades
por meio da rede CAN, transmitindo estas informações para seus escravos, que são os atuadores, por meio
de um LIN. Este é um sinal recessivo de informação que deve ser medido somente com um osciloscópio,
ou com um scanner de diagnóstico compatível ao veículo em questão.

Você pode encontrar mais informações sobre as características da Rede LIN no capí-
SAIBA tulo 5 – Redes Automotivas Classe A, do livro Redes de Comunicação Automotiva, ca-
MAIS racterísticas, tecnologias e aplicações, 1ª edição, lançado em 2010, pela editora Érica,
assinado por Max Mauro Dias Santos.

Conheça, a seguir, como realizar diagnósticos de falhas nos sistemas de redes multiplexados.
Diagnóstico de Falhas no
Sistema Multiplexado

O sistema de multiplexagem praticamente conduz o técnico à origem da falha, informan-


do-o por meio do equipamento de diagnóstico sobre dados simples, como a necessidade de
substituição da bateria do veículo e sobre falhas no sistema de codificação da chave do veícu-
lo, além de detectar avarias mais complexas que exigem a substituição de peças importantes
do veículo.
Com isso, há maior confiabilidade no diagnóstico, redução no custo das peças de reposição
e rapidez nos reparos. Adiciona-se, nesse contexto, maior segurança, pois cada veículo tem um
sistema único, ou seja, tem seu “DNA’’ da arquitetura eletrônica. As chaves de partida têm um
emissor eletrônico que aciona todo o sistema e está relacionado ao número de chassi por meio
de um código criptografado e, por isso, é inoperante em outro veículo.
Ao final dos seus estudos neste capítulo, você estará apto a:
• selecionar os equipamentos em função do diagnóstico a ser realizado no sistema multiplexado;
• identificar o inconveniente a ser solucionado na manutenção do sistema multiplexado;
• reparar sistemas multiplexados que apresentam falhas de funcionamento.
Siga em frente!

4.1 EQUIPAMENTOS PARA DIAGNÓSTICOS

Para fazer um diagnóstico em um sistema de rede multiplexado é possível contar com al-
guns tipos de equipamentos de diagnósticos, sendo os mais acurados e confiáveis: o multíme-
tro, o osciloscópio automotivo e o scanner automotivo, os quais você conhecerá a seguir.

4.1.1 MULTÍMETRO

O multímetro é um instrumento de diagnóstico que pode ser utilizado no sistema de rede


multiplexado, independentemente de ser um multímetro analógico ou digital e que também
pode ser usado para outros fins. Para fazer o diagnóstico de medição de resistência, o ideal é
SISTEMAS DE REDES MULTIPLEXADOS AUTOMOTIVOS
26

usar um multímetro automotivo, pois ao selecionar a função “automático em resistência”, o multímetro se


ajusta à escala que deverá medir. Como visto anteriormente, o resultado esperado ao medir a resistência é
um valor aproximado de 0,060 kΩ, conforme você pode observar na próxima figura.

Evelin Bao (2015)


Figura 10 - Multímetro automotivo digital
Fonte: do Autor (2015)

Essa medição deve ser realizada nos pontos de união dos chicotes da rede. Utilizando as tomadas de
conexão do chicote, deve-se inserir uma ponta de prova do multímetro no cabo CAN H e a outra no CAN
L, medindo assim, a resistência entre os dois cabos da rede. Lembre-se de sempre ter todos os módulos de
controle conectados para obter os valores de resistências mais próximos do real. No momento da medição
com o multímetro é possível saber se há algum curto circuito no sistema ou um circuito aberto; esse diag-
nóstico eletrônico algumas vezes não é possível por meio da leitura com o scanner. Nesse caso, o multíme-
tro ou o osciloscópio, que você conhecerá a seguir, são de extrema necessidade para dar continuidade ao
processo de diagnóstico.

4.1.2 OSCILOSCÓPIO AUTOMOTIVO

Esse equipamento permite verificar o funcionamento dos cabos da rede, da mesma forma como o mul-
tímetro, mas também permite saber se há sinais transitando. Os sinais da rede mandam pulsos entre 0v e
5v, de forma que o osciloscópio mostra as diferentes tensões, sendo que a transmissão destes pulsos em
cada unidade de comando permite a leitura das informações. O osciloscópio deve ter seus cabos DSO ins-
talados nos cabos da rede CAN H e na CAN L, assim mostrará a transmissão dos pulsos da rede, como você
pode observar na figura a seguir.
4 DIAGNÓSTICO DE FALHAS NO SISTEMA MULTIPLEXADO
27

ChrisD600 ([20--?])
Figura 11 - Osciloscópio
Fonte: Thinkstock (2015)

4.1.3 SCANNER AUTOMOTIVO

O diagnóstico dos veículos conta com a percepção de todos os seus sistemas. Esta percepção é possível
por meio de conexão com uma porta que concentra as centrais com as informações das unidades de co-
mando que estão com falha. Desta forma, o scanner automotivo, conectado às centrais por meio da porta
que as concentra, permite a troca de informações entre o técnico e o veículo, agilizando e reduzindo o
tempo de reparação. O diagnóstico também pode ser realizado à distância por meio da internet, bastando,
para isso, conectar o veículo ao aparelho de diagnóstico e este à internet, e cruzar as informações com um
banco de dados que contempla as configurações dos veículos e é mantido sempre atualizado e online, dis-
ponibilizando também soluções para problemas específicos, além de programas para as diversas unidades
de comando do veículo. Esta ponte entre o técnico e o veículo é realizada por meio do equipamento de
diagnóstico que, quando conectado em um veículo com rede multiplexada, realiza leituras de todas as
unidades de comando, resultando em um diagnóstico rápido e confiável.
SISTEMAS DE REDES MULTIPLEXADOS AUTOMOTIVOS
28

michal-rojek ([20--?])
Figura 12 - Equipamento de diagnóstico eletrônico
Fonte: Thinkstock (2015)

Não é recomendado o uso de equipamentos não genuínos, que se encontra em


grande volume no mercado, pois, ao serem instalados, podem confrontar os equipa-
FIQUE mentos originais e levar ao bloqueio do funcionamento de alguma parte eletrônica
ALERTA do veículo. Em alguns casos, podem até bloquear o diagnóstico eletrônico e, com
isto, fazer com que um equipamento como o scanner automotivo não acesse o siste-
ma eletrônico do veículo.

4.2 REPARO DO CABO DA REDE

Em alguns momentos, faz-se necessário realizar reparos nas redes. Para reparar um problema no cabo
da rede não se pode realizar uma emenda comum, como demonstrado na figura que segue.
Anatol Adutskevich ([20--?])

Figura 13 - Reparo em chicote comum


Fonte: Thinkstock (2015)
4 DIAGNÓSTICO DE FALHAS NO SISTEMA MULTIPLEXADO
29

Para reparar cabos do sistema de rede é necessário separar os cabos torcidos no local danificado e efe-
tuar o conserto com a emenda do chicote. Durante a execução do reparo, deve-se cuidar para que as voltas
da torção sejam soltas o mínimo possível e que as extremidades dos cabos sejam posicionadas afastadas
uma da outra (no mínimo 100mm), para evitar possíveis interferências, conforme você visualiza na figura a
seguir. (VOLKSWAGEN AG WOLFSBURG, 2005).

Evelin Bao (2015)


Figura 14 - Reparo em chicote de rede
Fonte: do Autor (2015)

Como você pôde observar, ao utilizar os equipamentos de medição ou diagnóstico é possível identificar
uma possível falha na rede de comunicação, direcionando, desta forma, os esforços diretamente para o
reparo do sistema.
Considerações Finais

Ao estudar o conteúdo dessa unidade curricular, você pôde observar que os veículos estão
evoluindo a cada dia que passa, sendo necessária a atualização constante dos profissionais que
trabalham na área automotiva. Importante destacar que, quando o profissional está trabalhan-
do em um veículo com um determinado defeito, este pode contar com o auxílio da eletrônica
embarcada para facilitar o diagnóstico. Em algumas situações, podem ocorrer defeitos em ca-
deia e a conexão do equipamento de diagnóstico ao veículo permite determinar um possível
causador do problema.
O conteúdo aqui explicitado procura contribuir para a discussão sobre o tema ‘sistemas de
redes multiplexados’. Contudo, este material não tem o objetivo de abordar todo conteúdo
relacionado a esse assunto, em função das restrições de espaço e tempo, mas as informações
aqui contidas certamente servem como ponto de partida para que você possa, posteriormente,
se aprofundar buscando outras fontes de pesquisa.
Como você aprendeu ao longo desses capítulos, todos os sistemas de um veículo podem
estar interligados por meio de sistemas multiplexados, e isto inclui sistemas mecânicos e ele-
tromecânicos de grande importância para o veículo, como a ligação entre o motor de combus-
tão interna e o sistema de transmissão do veículo. Os conhecimentos adquiridos aqui ajudarão
você a compreender melhor o próximo tema a ser estudado, que são os sistemas de câmbio
robotizado e CVT.
Sucesso na sua caminhada!
REFERÊNCIAS
BOSCH, R. Manual de tecnologia automotiva. São Paulo (SP): Edgard Blücher, c2005. 1232 p.
FIAT. Sistema Venice. Treinamento Assistencial. São Paulo (SP): FIAT, 2001.
SANTOS, Max Mauro Dias. Redes de comunicação automotiva: características, tecnologias e
aplicações. São Paulo (SP): Érica, c2010. 220 p.
VOLKSWAGEN AG WOLFSBURG. O CAN BUS. São Paulo (SP): Volkswagen, 2005. 31 p.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
Rodrigo Botelho formou-se administrador de empresas pela Universidade União dos Bandeiran-
tes (UNIBAN), em 2010 e técnico em diagnóstico automotivo, pela Audi do Brasil, em 2009.
Atua na concessionária Audi Breitkopf de Florianópolis, como chefe de oficina desde setembro
de 2004, e como professor no SENAI São José/Palhoça, na área de mecânica automotiva, desde
fevereiro de 2010. Também tem experiência no desenvolvimento de material didático para cursos
na modalidade a distância.
SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo

Waldemir Amaro
Gerente

Fabíola de Luca Coimbra Bomtempo


Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Mauricio Cappra Pauletti


Diretor Técnico

Cleberson Silva
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

Rodrigo Botelho
Elaboração

Mateus Henrique Mendesr


Revisão Técnica

Karine Marie Arasaki


Coordenação do Projeto

Magrit Dorotea Döding


Design Educacional

Denise de Mesquita Correa


Revisão Ortográfica e Gramatical

Evelin Lediani Bao


Rodrigo Botelho
Fotografias
Luiz Meneghel
Ilustrações e Tratamento de Imagens

Thinkstock
Banco de imagens

Marina Berretta Mori Ubaldini


Diagramação

Denise de Mesquita Correa


Normalização

Taciana dos Santos Rocha Zacchi


CRB – 14.1230
Ficha Catalográfica

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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