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Jake
Não podia ter uma razão para que alguém como ela
estivesse caminhando em um lugar como este, quando digo
alguém, refiro-me a alguém que não conhece a palavra
"dificuldades". Não tinha conhecido ninguém, que crescendo
no gueto não tivesse sofrido de uma ou outra forma,
provavelmente tinha tomado a saída errada na autoestrada...
Ruborizou ligeiramente.
Sorriu de novo.
Dakota
Tentava corrigir as provas, mas minha mente se
preocupava muito com o celular que não tocava logo.
Não foi uma decisão fácil de tomar, ir até lá, mas não
podia deixar que a única coisa que ficou do meu pai
desmoronasse porque era fraca e estava assustada. Meu
mecânico se aposentou, e era o único ao redor com
conhecimentos em carros clássicos, nessa classe de
reputação podia confiar.
Nesse momento, tinha deixar claro que não era tão fácil
me derrubar ante seus divinos pés. Mas pensar em seus pés
me fez pensar nas pernas, o que me fez pensar a respeito de
suas viris coxas e acredito que percebeu que estava olhando...
Maldição, entretanto, apostava que suas coxas eram de
morrer.
—Olá?
Jake
Passei o resto da tarde brincando com a panhead* e
olhando o relógio. A AutoFire estava muito tranquila, em
todos os lados. A maior parte dos empregados estava fazendo
serviços fora ou o que quer que fosse. Poderia ter pegado a
Dakota em qualquer momento, propus às 17h, porque, bom,
por que demônio tinha proposto?
Dakota sorriu.
— Sim... Obrigado...
Apressou-se a dizer:
Dakota
O jantar havia terminado e Jake estava limpando a
mesa enquanto eu carregava a lava—louça. Tinha sido
realmente agradável cozinhar para alguém de novo. Cozinhar
para ele, na realidade cozinhar com ele. Ele tinha assado os
filés enquanto eu fazia um pouco de macarrão fettuchini e
mesclava uma salada fresca com coisas do meu jardim.
Ri timidamente.
— Uau... — sussurrei.
Respondi:
Foda.... Me....
— Isto é bom?
— Calma neném.
— Sou professora.
— Na universidade?
— É professora universitária?
— Um dia, sim.
Sentei.
Jake
Apoiado na cabeceira de Dakota, com seu bonito corpo
nu dobrado contra mim, sentia-me completamente espremido.
Não tínhamos estado juntos nem por um dia, entretanto,
senti como se nós tivéssemos nos conhecido há anos. Pensei
em onde tinha estado até recentemente, sentado em minha
cama na sede do clube, e decidido a não permitir que Dakota
fosse arrastada para dentro do inferno que é minha vida. À
medida que minhas resoluções passavam, provavelmente
essa foi a que teve o período de vida mais curto. Ela teria
batido na minha bunda outra vez, isso é certo.
— Está bem?
Ela sorriu.
— Muito.
Ela se separou.
— Sim, irmão?
— O que?
Ela começou a rir.
Encolheu os ombros.
— Estar grávida de Joshua foi difícil, tive problemas,
teria havido mais problemas se fizesse de novo. Assim liguei
minhas trompas depois de seu nascimento. – O olhei
seriamente. — Isso é um problema?
Uma coisa que sabia com certeza era que não queria
mais filhos. Nunca.
— O que é? — perguntei-lhe.
Dakota
Foi um esforço constante me concentrar em minhas
aulas nesse dia. Eu adoro meu trabalho, em sua maior parte.
Adoro meus alunos, à maioria deles, mas o único lugar aonde
queria estar nesse momento era em qualquer lugar onde Jake
estivesse. Logo que coloquei alguma distância física dele, todo
nosso tempo juntos começou a desvanecer em minha cabeça.
Tinha me sentido em sintonia com ele enquanto esteve
comigo. Mas agora, preocupava-me que tivesse inventado
essa conexão. Tinha acabado de fazer um papel de ridícula
monumental? Minha súbita excitação tinha me levado a ver
mais entre nós do que realmente estava ali? Senti-me exposta
ao ar brutal, sentia-me fora de controle. Tinha construído
uma vida e um modo de pensar para mim mesma em que me
sentir exposta e fora de controle era quase impossível.
Ninguém tinha tido nenhum poder verdadeiro para afetar
meu sentido de felicidade desde que Jon morreu. Já tinha
tido o suficiente de agitação e trauma. Além disso, tinha
trabalhado arduamente para aprender a deixar que a vida
fosse o que fosse sem ficar louca por nada disso. Como
permiti que isto acontecesse? Nunca ficava ansiosa. Já não.
Queria que ontem não tivesse acontecido. Mais que isso,
entretanto, queria voltar para Jake e fazer que acontecesse de
novo. Nem sequer me reconhecia. Quando me concentrei em
recordar com claridade os detalhes da noite e da manhã, o
que ele disse e o que fizemos, como foi, senti-me mais
tranquila. A menos que tivesse alucinado completamente todo
o tempo, e logo teria problemas maiores para estar
preocupada, o que realmente recordava a respeito de nosso
tempo juntos era bom, mágico. Ele tinha sido claramente tão
afetado comigo assim como eu com ele. Ele não era o malvado
mago do sexo.
— Estou agora.
Absolutamente não.
— Muito obrigado.
— Vamos. Agora.
Jake
Logo que as palavras saíram de minha boca, me senti
enjoado, ela estava chorando.
— Bom, é algo bom que esteja com você apenas por sua
aparência, Jake, e não por seu cérebro, sabe disso né. – De
brincadeira golpeou a minha mão.
Minha Bela.
Respondi ao telefone.
— Sim, Lenny.
— Merda.
— Sim.
Assenti vacilante.
— Dixon...
Seu carro estava aqui. Era Natal. Mas por que alguém
a levaria contra sua vontade ao Storm? Não importava.
— Está bem, então, é pra onde irei. — Dixon se dirigiu
à porta.
Estava bem.
Dixon advertiu:
— Má ideia, homem.
O fazia.
Merda.
— Olá, Tiff.
Ri.
Além disso, tão elegante como era, ela era bem atrevida.
E não me surpreenderia se nenhum dos meninos pudesse a
ganhar em uma briga. Além de artes marciais que havia visto
e observado, quando ia com os Fire Birds as práticas de tiro,
era uma excelente atiradora com rifles e pistolas, mais o arco,
que eu já sabia. Tinha descoberto que minha garota era uma
séria grande merda. Nada disso seria provavelmente
suficiente se os Loucos realmente fossem atrás dela, mas era
definitivamente sexy.
Dakota
Embora o cárcere privado estivesse seriamente
começando a me desgastar, tinha que admitir que havia
desfrutado de passar momentos com Tiffany e os outros. A
parte do dia era o mais difícil, e era quando me sentia
especialmente inquieta. Os Fire Birds estavam
frequentemente fora em grupos fazendo o que fosse que
fizessem. Os que ficaram ao redor estavam de guarda. Para
sair, para ir ao mercado ou conseguir coisas de casa que
qualquer um de nós precisasse, praticamente requeria uma
maldita reunião de planejamento. Passei a maior parte de
meus dias irritada, mas Tiffany tinha uma maneira de fazer
meu humor melhor e me fazia sorrir.
Girei e o olhei.
Subiu e disse:
Ri.
— Sei Ronny. Sei que não pode. Mas quero que tente.
— o público ama isso.
— Precisamos conversar.
— Dakota...
Tragou audivelmente.
Ouvi sussurrar:
Sorri.
Jake
O perigo imediato passou depois de que Weston nos
disse que os homens que tinham matado a família de Fry
tinham sido "manipulados". Não nos disse como, mas ele era
o chefe. Tínhamos que confiar nele. Weston enviou todos para
casa um dia depois do Ano Novo. Ainda estava extra vigilante,
mas a nova e melhorada aceitação da Dakota com respeito à
minha necessidade de protegê-la, embora fosse limitada, e
sua demonstração de capacidade para proteger a si mesma,
ajudou a me sentir menos desesperado. Assim que a reclusão
terminou e a vida voltou a estar bem.
— Dakota....
Dakota
Tiffany e eu estávamos jogando na piscina quando Fry
chamou:
Lenny me olhou.
Fry pigarreou.
— O que aconteceu?
— Dakota!
Ignorei-a.
Mantive-me firme.
— Podemos tentar.
Tão rápido que quase tinha que ser um reflexo, foi para
trás e logo entrou completamente em mim antes que eu
soubesse muito bem o que estava acontecendo. Gritei. Forçou
para frente que me fez perder o equilíbrio e quase me
esmagou na cama. Ele passou um braço ao redor de minha
cintura e me levantou. As mudanças bruscas de ângulo e
penetração eram incrivelmente intensas, e gritei de novo.
Jake
Aproximei-me por trás de Dakota e passei um braço ao
redor da sua pequena cintura. Com a outra mão, movi a
grossa cortina de seu cabelo escuro para o lado e dei um beijo
no oco de seu ombro e pescoço. Respirei fundo e saboreei seu
perfume.
— Jesus, Dakota.
***
Quando acordei na manhã seguinte, percebi
imediatamente que estava sozinho no quarto. Levantei a
cabeça e olhei ao redor. Ainda não eram sequer 07h00min
horas. Havia um bilhete sobre o travesseiro de Dakota, "na
praia". Meus lábios se curvaram para cima, ela desenhou um
coração no cantinho do papel de carta do hotel ,
espreguiçando eu sentei e passei as mãos pelo meu cabelo.
***
Correu tudo bem na reunião. Obrigado porra! As
poucas coisas que tinham que ver com a gangue nesses dias
saíram como o planejado. Eu estava muito mais preocupado
com isso do que demonstrava para Dakota. Depois de meses
de distribuir drogas para pequenas gangues, eu tinha
aprendido a sempre esperar sangue, inclusive em pequenos
trabalhos.
***
Dakota
Jake parou a caminhonete alugada e a estacionou em
frente a uma pequena casa de um só andar. Parecia bem
cuidada mas era muito simples. Havia uma cerca de arame
ao redor do jardim da frente, e um velho Ford LTD com
painéis de imitação de madeira, estacionado na garagem.
Esta era a casa da mãe de Tina, eu imaginei.
— Não me importa.
—... Sabe que esse idiota fará com que matem você,
como conseguiu que assassinassem a minha menina, certo?
Que tipo de mulher quer essa vida? Eu vou falar que tipo:
morta, estúpida e morta.
— Cadela.
— Obrigada.
Ellie assentiu.
***
— O que aconteceu?
— Tudo bem.
— Tudo bem.
Então fomos para a cama e nos aconchegamos juntos,
embora fosse cedo, nós dois estávamos contentes por fechar
essa página de hoje.
A rosa e o espinho.
***
— E o que é isso?
— Estamos bem?
— Jake...
Jake
Limpei meu rosto com a camiseta que tinha tirado e
me sentei. Precisava de um descanso. Era apenas final de
abril e nem sequer meio—dia, mas o clima já estava quente.
Estávamos trabalhando no jardim de Dakota.
Corri a ela.
Beijei-a.
Levei-a.
Dixon chamou.
Comecei a rir.
Ri entre dentes.
— Por quê?
Dakota
Deitei-me de barriga para baixo em meu jardim,
apoiada em meus cotovelos. Uma velha manta esparramada
debaixo de mim. Estava usando um biquíni vermelho e
desfrutando do sol. Estava muito quente o sol da Califórnia
era radiante e a flora e a fauna me rodeavam. Tinha um bom
livro. Sentia-me malditamente bem.
Dixon pigarreou.
— Querem que esperemos por vocês lá dentro ou vão
apresentar um espetáculo para nós?
— O que? — perguntei.
Agachou e me beijou.
— Sabe que não danço, baby. — Jake não dançava.
Nem sequer na sala de estar. Pegou minha mão e me parou.
Vejo Dixon negando com a cabeça para Tiffany.
Aparentemente uma negativa aí, também. Machos, pura
merda de motoqueiros. Bom, bem. Eles perdem. Sorri para
Tiffany e movi minhas sobrancelhas. — Quer dançar Tiffany?
Jake
Dixon e eu observamos a nossas garotas partir juntas.
Dixon riu entre dentes.
Assenti.
Dixon riu.
— Fo.da.me.
Dakota
Pôr suas mãos em Tiffany e em mim foi um péssimo
engano. Rodei meu braço e girei, retorcendo dolorosamente o
braço do cara que me agarrou. Logo dirigi meu punho à sua
garganta. Caiu balbuciando e ofegando. Tiffany tinha chutado
o cara que a tinha, com força nas bolas com sua bota de cano
fino, estava caído, também. Quase todos na pista de dança
haviam aberto espaço. Uh. Multidão escandalosa.
Tiffany e eu os seguimos.
Jake
O clã Heros...
Sua doce mão estava tão fria, tão frágil. Sentia como
que poderia se esmiuçar até ficar em pó ante meu áspero
agarre.
Tiffany se aproximou.
— Dakota, carinho, não tente falar ainda. Por causa do
tubo que estava em sua garganta vai fazer que doa e seja
difícil falar por um tempo. Tiraram faz um momento, o que
faz mais difícil que o habitual, e provavelmente esteja em
carne viva. Pode machucar você mais se tentar falar. Vou
conseguir uma caderneta e um lápis até que se sinta melhor,
de acordo?
Dakota
Aparentemente, quando se passa dois dias em coma
induzido devido a um trauma, não lhe deixam simplesmente
ir para casa quando quer. Depois que despertei me fizeram
ficar uma semana no hospital, apesar de que o inchaço tinha
baixado rapidamente e, a menos de três dias de ter saído do
coma, todos meus exames e tomografias estavam normais. Já
estava no final da minha paciência no momento em que me
deram alta.
1
UTI: Unidade de Tratamentos Intensivos.
direita da base do meu crânio, da incisão que tinham feito
para drenar o sangue de meu cérebro.
Jake
Durante as semanas depois que a levei para casa,
fiquei com Dakota. Quando tinha que ir, chamava Tiffany.
Não podia suportar a ideia de que algo pudesse acontecer e
que estaria sozinha, especialmente quando ainda estava fraca.
—Sei que está zangada, e sei por que. E sabe por que
estou preocupado. Podemos pelo menos falar disto?
Suspirou.
Ela pôs sua mão sobre a minha. — Não faça isso Jake.
— Suspirou. — Que tal isso? Que tal se eu prometer a você
falar quando estiver pronta para retomar de novo. Não pedirei
sua permissão, obviamente. Apenas darei a você um aviso. É
a melhor oferta que estará conseguindo aqui. Deveria tomar.
Ri e perguntei:
— Feiticeiro?
— Dakota.
— O que?
— Não acredito.
— Dakota... — comecei.
— Sei. Não sei por que não, mas sei que não. Eu
apenas... — parei e sacudi minha cabeça.— ...não importa.
— Diga-me.
— Não quero fazer que isto seja sobre mim. Quero estar
aqui para você. Apenas você.
Isso doeu, mas sabia que era verdade, assim não disse
nada. Ela continuou.
Jesus...
— Não me importa.
— Neném?
— Dakota...
Ela sorriu.
— Sabe que terei que chutar a bunda dele por isso, ok?
Olhei Weston.
— Sim. Ele sabe que seu tempo como líder está a ponto
de terminar, acredito que isso esteja fazendo-o se desesperar.
Há algo mais em jogo com ele e Pops, e talvez com Dixon,
também. Não posso pôr minhas mãos ao redor disso.
— Estou.
— Dez minutos.
Ri.
Dakota
Passamos dois dias com suas noites magníficas em
uma cabana em Tetons 2 , mas a verdadeira atração foi a
viagem em si. Levamos dois dias para viajar até lá e dois dias
para retornar. Ir sentado em uma moto durante seis a oito
horas em um dia tem suas dificuldades, mas eu adorei cada
segundo.
***
— Olá, Dakota.
Era Weston.
Era Jake.
— Dakota...
Capítulo 21
Jake
Já era dia quando despertei na garagem. Estava
aconchegado ao meu lado, agarrando o cardigan de Dakota, o
rosa que ela usava pela primeira vez quando entrou em
minha abandonada vida. Foi difícil dormir no chão, mas a
verdadeira dor estava em meu coração.
E, Dakota... se foi.
O quarto de Joshua.
Nunca tinha estado em seu interior. Eu queria entrar
ali com Dakota, para conseguir que se abrisse comigo a
respeito de Joshua. Queria que ela viesse para mim primeiro.
Mas nunca tive a oportunidade.
E, assim foi.
— Jake...
Tristeza. Decepção.
— Você o que?
— Não diga isso senão fala sério, Jake. Juro isso, não...
— Ela soltou a minha mão e suavemente me golpeou nos
ombros várias vezes com as duas mãos.
— Você me salvou.
Dakota negou.
Ri um pouco.
Ela me interrompeu.
— Como sabe?
Fim.