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1. Introdução
A Civilização Moderna depende fortemente de como ela manuseia e usa sua energia,
energia esta suprida através de recursos naturais, nem sempre fáceis de serem explorados.
O uso de energia pode ser identificado como trabalho, potência e calor, mas na
realidade o trabalho e potência que são usados finalmente degeneram em calor. Calor é a troca
de energia entre objetos (sistemas) “quentes” e “frios” e a troca ocorre espontaneamente do
“quente” para o “frio”
(Transferência) de Calor é a ciência que explica e prediz quão rápida ocorre a troca de
energia como calor. É a ciência que integra as várias ferramentas analíticas e empíricas
provendo um fórum, um corpo de conhecimento, para projetistas, construtores, operadores,
gerentes e pesquisadores de forma mais acurada estudar calor como uma troca de energia.
A preocupação com energia, sua conservação ou economia pela sociedade requer
numa extensão importante a compreensão dos conceitos de transferência de calor e
transferência de massa.
Alguns casos de aplicação de transferência de calor:
- isolamento (por fibra de vidro) de tetos e paredes de edifícios para manter determinadas
condições climáticas;
- quantificação da perda de energia através de janelas modernas e isoladas para manter o
ambiente confortável tanto no inverno quanto no verão;
- projeto e operação de geradores de vapor (caldeiras) ou ebulidores requer a compreensão
da transferência de calor que ocorre da queima (combustão) de carvão, gás ou óleo para a
água nos tubos;
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1.2 Conceitos
Um sistema físico pode ser considerado com sendo constituído de um sistema material
(subsistema 1) mais um campo de radiação (subsistema 2). O sistema material, geralmente,
considerado como meio contínuo, é composto a nível elementar de moléculas (incluindo íons
e átomos), de elétrons e de partículas fictícias tais como fônons (quanta de energia vibracional
num sólido), etc.
Um meio pode ser considerado como contínuo quando o menor elemento de volume
ainda contém de 1015 a 1020 moléculas. Sob determinadas condições físicas, tais elementos
podem ser caracterizados estatisticamente por propriedades físicas macroscópicas médias
sobre todas as moléculas que eles contêm (massa média, velocidade, pressão ou temperatura).
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∑
N
3 mv s2
Nk B T = (1.1)
2 s =1
2
G
Figura 1.2 Vetor densidade de fluxo através de um elemento dS com normal n .
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ρ nα
Cα = (1.11)
M n
onde ρ é a massa específica da mistura e M é o peso molecular da mistura.
G G G
Considere o escoamento de um fluido com velocidade V (r ) e temperatura T (r ) num
canal de altura l , cuja parede inferior ( y = 0 ) está a T1 e a parede superior ( y = 1 ) está a T2 .
Suponha que a distribuição de temperatura em função de y seja como ilustrado na Figura 1.4
O fluxo conduto-convectivo na parede inferior pode ser definido como
∂T f Tm − T1
q cc = −kf = −k f = h(T1 − Tm ) (1.15)
y =0 ∂y y =0
ξ
ou
−k ⎛ ∂T ⎞
h= ⎜⎜ ⎟⎟ (1.18)
Tw − T f ⎝ ∂y ⎠ y =0
temperatura em y = 0 que coincide com a interface entre o fluido e o outro meio (por
exemplo, um parede sólida); T f é uma temperatura característica da corrente de fluido longe
⎛ ∂T ⎞
da parede; ⎜⎜ ⎟⎟ é o gradiente de temperatura do lado do fluido na interface.
⎝ ∂y ⎠ y =0
Um corpo negro é aquele que emite uma intensidade de radiação de acordo com a lei
2π 5 k 4 T 4 T4
I b (T ) = n 2 = n 2
σ (1.19)
15c02 h3 π π
na qual
2π 5 k 4
σ= (1.20)
15c02 h3
3. A taxa de transferência líquida de dA1 para dA2 , isto é, a diferença entre as respostas
da parte 1. e 2. e finalmente,
4. A taxa de transferência líquida de A1 para A2 , que é entre as duas áreas finitas
isotérmicas.
através do qual dA2 é visto por um observador estacionado em dA1 é igual a dA2 cos φ2 / r 2 .
Note que dA2 cos φ2 é a dimensão de dA2 após ele ter sido projetado na direção da linha
dA1 − dA2 .
Viajando de dA1 na direção de dA2 (e para todo o resto do espaço) tem-se a
intensidade total de radiação de corpo negro I b ,1 = I b (T1 ) . O tamanho da área emitente que é
normal à direção r é a área “ dA1 projetada”, dA1 cos φ1 . Portanto, a resposta ao item 1. é:
dA2 cos φ2
qdA1 →dA2 = I b ,1dA1 cos φ1 (1.21)
r2
A seta usada no subscrito dA1 → dA2 é para lembrar que qdA1 →dA2 representa a
transferência de energia unidirecional por unidade de tempo, neste caso, de dA1 (emissor) para
dA2 (alvo). Analogamente, a resposta ao item 2. será:
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dA1 cos φ1
qdA2 →dA1 = I b ,1dA2 cos φ2 (1.22)
r2
O terceiro passo consiste simplesmente de subtrair a Eq. (1.22) da Eq. (1.21) para
calcular a transferência de calor líquida de dA1 para dA2 :
cos φ1 cos φ2
qdA1 − dA2 = qdA1 →dA2 − qdA2 →dA1 = ( I b ,1 − I b ,2 ) dA1dA2 (1.23)
r2
Usando a equação (1.19) para as intensidades de radiação de corpo negro, com n = 1 , a Eq.
(1.23) pode ser reescrita como
(
qdA1 − dA2 = σ T14 − T24 ) cos φπ rcos φ
1
2
2
dA1dA2 (1.24)
área de A1 e A2 , ou seja,
cos φ1 cos φ2
(
q1− 2 = σ T14 − T24 )∫ ∫A1 A2 π r2
dA1dA2 (1.25)
No lado esquerdo da Eq. (1.25) o subscrito 1-2 estabelece que a taxa de transferência
q1− 2 (W ) deixa a superfície A1 e entra (cruza) a superfície A2 .
definir um fator adimensional formado pela razão da integral dupla por A1 , denominado de
fator de forma geométrico baseado em A1 :
1 cos φ1 cos φ2
F12 = ∫ ∫
A1 1 2
A A π r2
dA1dA2 (1.26)
(
q1− 2 = σ T14 − T24 A2 F21 ) (1.29)
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Assim para se calcular q1− 2 (W ) deve-se calcular ou F12 ou F21 . Ao se integrar a Eq. (1.21)
obtém-se o resultado
cos φ1 cos φ2
q1→ 2 = I b ,1 ∫ ∫ 2
dA1dA2 = σ T14 A1 F12 (1.30)
A1 A2 r
Se Eb,1 representa o fluxo emissivo total ou poder emissivo total da superfície 1, este fluxo é
da forma
Eb ,1 = σ T14 (1.31)
que é o número de watts de radiação de corpo negro emitida pela superfície A1 em todas as
direções que os pontos de A1 podem “olhar”. Apenas uma porção de Eb ,1 A1 é interceptada e
absorvida por A2 ( porque, em geral, A1 pode ser cercada por outras superfícies além de A2 );
aquela porção é q1→2 ou Eb ,1 A1 F12 . Em conclusão, o significado físico do fator de forma é:
A razão formulada na Eq. (1.33) sugere que o fator de forma está no intervalo entre 0 e
1. Livros textos de transferência de calor apresentam gráficos e tabelas de fatores de forma
para várias configurações. Vide Bejan (1993) Cap. 10, por exemplo.
Figura 1.6 Junção de dois metais não similares indicando efeito termoelétrico.
Tabela 1.2 - Emf térmica em milivolts absolutos para combinações de termopares comumente
usados (Junção de referência a 0oC)
Temperatura Cobre Cromel2 Ferro Cromel Platina
o
F o
C Constantan1 Constantan Constantan Alumel3 Platina-10%Ródio
(T) (E) (J) (K) (S)
-300 -184,4 -5,341 -8,404 -7,519 -5,632
-250 -156,7 -4,745 -7,438 -6,637 -5,005
-200 -128,9 -4,419 -6,471 -5,760 -4,381
-150 -101,1 -3,365 -5,223 -4,623 -3,538
-100 -73,3 -2,581 -3,976 -3,492 -2,699
1
Liga de 60% Cu – 40% Al
2
Liga de 90% Ni – 10% Al
3
Liga de 95% Ni-2%Mn-2%Al-1%Si
23
1 1
E = AT + BT 2 + CT 3 (1.34)
2 3
dE
S= = A + BT + CT 2 (1.35)
dT
24
Figura 1.10 Relações emf temperatura para materiais termopares, eletrodo positivo listado
primeiro.
A Figura 1.11 ilustra um termopar com duas junções de referência para os dois
materiais. Neste circuito termopar pode-se demonstra que a relação entre a força eletromotriz
a temperatura é da forma da Eq. (1.36):
dT dT dT dT
(T ) dx + ∫ S A (T ) S B (T ) S Lead (T )
Ref . Tip Ref . Gage
Eout = ∫ S dx + ∫ dx + ∫ dx
Gage lead dx Ref dx Tip dx Ref dx
S A (T )dT + ∫ S B (T )dT
Tip Ref .
=∫ (1.36)
Ref Tip
⎡⎣ S A (T ) − S B (T ) ⎤⎦dT
Tip
=∫
Ref
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Tabela 1.3 – Sensibilidade de termo elementos feitos de materiais listados contra platina,
μ V o C −1 (Junção de referência mantida a 0 C)
o
T = a0 + a1 E + a2 E 2 + " + a9 E 9 ou (1.38)
( ( ( ( ( ) )
T = a0 + E ⎛⎜ a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + a6 + ( a7 + ( a8 + a9 E ) E ) E E E E E E ⎞⎟
⎝ ⎠
) ) ) (1.39)
Tabela 1.4 - Coeficientes de polinômios para Eq. (1.39) para várias combinações termopares
padrões.
Tipo E Tipo J Tipo K Tipo R Tipo S Tipo T
Cromel(+) Ferro(+) Cromel(+) Pt-13%-Rh(+) Pt-10%-Rh(+) Cobre(+)
Contantan(-) Constantan(-) Ni-5%(-) Platina(-) Platina(-) Constantan(-)
(Al-Si)
o o o o
100 C a 1000 C 0 C a 1000 C 0 C a 1370 oC
o
0oC a 1000 oC 0oC a 1750 oC -160oC a 400 oC
± 0,5 oC ± 0,1 oC ± 0,7 oC ± 0,5 oC ± 1oC ± 0,5 oC
Nona ordem Quinta ordem Oitava ordem Oitava ordem Nona ordem Sétima ordem
a0 0,104967248 -0,048868252 0,226584602 0,263632971 0,927763167 0,100860910
a1 17189,45282 19873,14503 24152,10900 179075,491 169526,5150 25727,94369
a2 -282639,0850 -218614,5353 67233,4248 -48840341,37 -31568363,94 -767345,8295
a3 12695339,5 11569199,78 2210340,682 1,90002E+10 8990730663 78025595,81
a4 -448703084,6 -264917531,4 -860963914,9 -4,82704E+12 -1,63565E+12 -9247486589
a5 1,10866E+10 2018441314 4,83506E+10 7,62091E+14 1,88027E+14 6,97666E+11
a6 -1,76807E+11 -1,18452E+12 -7,20026E+16 -1,37241E+1? -2,66192E+13
a7 1,71842E+12 1,38690E+13 3,71496E+18 6,17501E+17 3,94078E+14
a8 -9,19278E+12 -6,33708E+13 -8,03104E+19 -1,56105E+19
a9 2,06132E+13 1,69535E+20