Vous êtes sur la page 1sur 9

FICHA INFORMATIVA

CONCEITO DE ESPÉCIE

Raças são populações isoladas com caraterísticas diferentes entre si, mas pertencentes a uma mesma
espécie. Os indivíduos de uma mesma raça ou subespécie possuem capacidade de se cruzarem,
produzindo descendentes férteis.

TIPOS DE ESPECIAÇÃO

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana


ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA

Na anagénese (a) ou especiação filética, uma espécie vai sofrendo


modificações por força de contínuas alterações ambientais, até
originar uma espécie diferente. Por cladogénese (b), ou
diversificação, as espécies formam-se a partir de grupos que se isolam
da população original e se adaptam em diferentes regiões. Depois de
longo tempo de isolamento podem constituir novas espécies.
Acredita-se que a maioria das espécies surgiu por cladogénese, uma
diversificação representada por quase 2 milhões de espécies, e um
número dezenas de vezes maior de espécies extintas. Este tipo de
especiação obedece a etapas distintas: isolamento geográfico,
diversificação genética e isolamento reprodutor.

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana


Especiação alopátrica - o caso dos corvos

A separação de populações de corvos


ocorreu durante a última glaciação
ficando geograficamente isoladas
enquanto esta durou. Finda a glaciação,
as duas populações voltaram a contatar
numa zona restrita. A divergência
genética que ocorreu durante o
isolamento geográfico não foi suficiente
para ocasionar o isolamento reprodutor,
havendo ainda troca de genes, na zona de
contato, entre as duas populações. Os
hibridos apresentam caraterísticas
intermédias e podem cruzar-se apesar da
fertilidade ser baixa. Os dois conjuntos de corvos não estão, portanto, ainda totalmente separados por um
isolamento reprodutor, pertencendo à mesma espécie Corvus corone.

Especiação alopátrica - o caso das gaivotas

A gaivota-argêntea, de larga distribuição, terá dado origem na Europa ocidental, durante o Quaternário, a outra
espécie de gaivota, a gaivota-de-asa-escura. Nesta região, Larus argentatus e Larus fuscus são duas espécies bem
distintas, que respondem perfeitamente à definição biológica de espécie - cada uma delas é uma comunidade sexual
fechada relativamente à outra. Por outras palavras, os membros destas duas espécies não se cruzam na Europa
ocidental. Mas, no norte da Rússia existe uma população de gaivotas de aparência intermédia entre estas duas
espécies e classificada, conforme os autores, quer como subespécie de Larus fuscus quer como subespécie de Larus
argentatus. De fato, a população de Larus argentatus heuglini cruza-se, no Ocidente, com a Larus fuscus sendo,
assim, uma subespécie desta, mas cruza-se também no Leste com a Larus argentatus.

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana


Especiação alopátrica - o caso das salamandras

As salamandras da espécie Ensatina eschscholtzi distribuem-se em anel com populações de grande diversidade. A
pesquisa laboratorial, envolvendo a análise de enzimas, o DNA nuclear e o DNA mitocondrial, conduzida por
cientistas americanos, mostra que se trata de uma espécie complexa, formada por sete subespécies, estando em
curso um processo de especiação para duas ou mais espécies. A diferenciação genética entre as populações já é
muito significativa indicando que o processo está numa fase muito adiantada de especiação. Mas tal diferenciação,
porque acontece de forma gradual na sequência geográfica das populações, dificulta a distinção clara de espécies.

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana


Especiação alopátrica - o caso das felosas-verdes

As populações de felosa-verde distribuiram-se, em forma de anel, em torno de um obstáculo geográfico, que levou
ao seu isolamento: o planalto tibetano, uma zona desabitada, sem árvores. Ao longo do anel, as populações vão
apresentando modificações graduais ao nível do comportamento e das caraterísticas genéticas, mas as populações
vizinhas podem ainda cruzar-se. Este anel une-se na Sibéria Central, onde coexistem duas espécies que não se
cruzam. Isto cria um paradoxo: há dois tipos de aves que podem ser considerados como duas espécies diferentes e
uma só ao mesmo tempo. Estes fenómenos são muito raros, mas são valiosos porque mostram todos os passos
intermédios que ocorrem durante a divergência de uma espécie, até se transformar numa outra.

Especiação alopátrica – radiação adaptativa

• Diversificação ou Cladogénese ou Radiação adaptativa ou Irradiação adaptativa

Caso particular de especiação geográfica. Formam-se num curto espaço de tempo várias espécies, a partir dum
ancestral. Os nichos ecológicos dos descendentes são mais variados que o do ancestral. Provável linha
evolutiva para explicar a enorme biodiversidade biológica.
Exemplos: colonização do meio terrestre pelas plantas e vertebrados, diversificação dos marsupiais na 5
Austrália, tentilhões de Galápagos. Os arquipélagos são locais ideais pois as diversas ilhas fornecem habitats
variados, isolados pelo mar.

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana


Especiação simpátrica

Autopoliploidia

A não-disjunção dos cromossomas durante a meiose pode originar gâmetas com todo o conjunto dos
cromossomas caraterísticos da espécie. A auto-fecundação, comum entre as plantas, pode constituir
zigotos poliplóides com o dobro dos cromossomas da espécie progenitora. Estes indivíduos ficam
isolados reprodutivamente dos seus antecessores constituindo uma nova espécie.

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana


Especiação simpátrica – o caso da rela-cinzenta-americana

A poliploidia é um fenómeno ocasional em que, num hibrído estéril, ocorre a duplicação dos seus cromossomas
devido a uma não disjunção durante uma mitose ou uma meiose. Com a duplicação cromossómica, o hibrído passa
a ter os dois conjuntos de cromossomas, herdados dos progenitores, em pares de homólogos com consequente
produção de gâmetas através de meioses normais. Estes indivíduos possuem, então, um património genético
próprio, isolando-os reprodutivamente dos seus antecessores. Comum nas plantas mas rara nos animais, a
poliploidia apresenta maior taxa de ocorrência nos anfíbios em relação a outros vertebrados.

A espécie tetraplóide Hyla versicolor (2n=48) resultou de mutações por poliploidia em populações de Rela-
cinzenta-americana, Hyla shrysocelis (2n=24). Os indíviduos destas duas espécies apenas se distinguem, no campo,
pelas vocalizações e, no laboratório, pelos cariótipos.

Alopoliploidia

Espécies de trigo

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana


"Atualmente, muitas das plantas cultivadas são poliplóides, como batatas, bananas, cana de açúcar e café,
bem como, calcula-se, cerca de 47% das angiospérmicas”.
Os organismos poliplóides são geralmente maiores, mais fortes e com maior capacidade de adaptação a
novas condições que os organismos diplóides pois apresentam uma grande resistência a doenças genéticas e
a mutações devido à redundância genética, o que lhes permite “fugir” um pouco às pressões de seleção.
Este fenómeno da poliploidia não parece apresentar grandes problemas em plantas, pois dado que estas
podem reproduzir-se ao longo de incontáveis gerações apenas vegetativamente (assexuadamente), os
indivíduos estéreis podem manter-se até que a poliplóidia ocorra espontaneamente."

Especiação simpátrica – seleção disruptiva

Favorece os genótipos extremos;

Pode originar polimorfismo equilibrado ou 2 espécies


diferentes, em caso extremo;

Não está devidamente comprovado na natureza.

Especiação simpátrica – o caso do canário

No reino dos Passerina amoena, uma espécie pequena de ave que habita a América do Norte, é preciso ser
“bonito” ou “feio” para fazer sucesso com as fémeas. Estar entre esses extremos
é sinal de dificuldade, quando chega a hora do acasalamento. Parentes do
canário, os P. amoena têm uma coloração que varia do turquesa vívo ao
marrom desmaiado. Logo após o primeiro ano de vida, começa a busca por
parceiras. Os de coloração mais forte, por serem mais agressivos, conseguem
competir e ocupar o território de machos adultos, conseguindo assim um
número significativo de parceiras. Já os de coloração apagada invadem os
domínios alheios, mas são bem tolerados pelos machos adultos, o que lhes garante também fêmeas para o
acasalamento.
No entanto, como mostra estudo de Erick Greene e colegas da Universidade de Montana (Estados Unidos), os
de coloração intermediária acabam com o menor número de acasalamentos, pois são muito vistosos para ser
tolerados pelos machos adultos e, ao mesmo tempo, não são agressivos o suficiente para lutar por um território
próprio. 8

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana


Seleção direcional

Seleção Direcional - um fenótipo extremo é favorecido e tende a aumentar a sua frequência na


população. Por exemplo, numa população de presas há
indivíduos com três cores diferentes: branca, cinza-claro e
cinza-escuro. Se essa população viver num ambiente
claro, coberto por gelo e neve, por exemplo, os indivíduos
brancos serão beneficiados pelo ambiente, visto que
estarão melhor camuflados e, portanto, protegidos dos
predadores. A forma extrema branca irá aumentar a sua
frequência em detrimento da intermediária cinza-claro ou
da outra extrema cinza-escuro.

O desenvolvimento de bactérias resistentes a antibióticos é um perigoso exemplo


de seleção direcional. Os antibióticos atuam como agentes seletivos que
favorecem as bactérias resistentes que surgem por mutações ao acaso. Com isso,
as bactérias sensíveis aos remédios morrem e as poucas bactérias resistentes
sobrevivem e multiplicam-se dando origem a uma grande linhagem resistente.
A bactéria não sofre a mutação por causa do antibiótico ou para ser resistente a
ele. Não há no processo evolutivo uma intenção. A mutação ocorre ao acaso e,
para a sorte da bactéria, essa mutação confere-lhe uma grande vantagem sobre as
outras que são sensíveis. Portanto, a única coisa que o antibiótico faz é selecionar
as bactérias resistentes e exterminar as sensíveis.

Seleção estabilizadora

Dá-se quando o fenótipo intermediário é favorecido.


Um bom exemplo de seleção estabilizadora é a anemia falciforme em
algumas regiões da África. Essa doença é determinada por um alelo
recessivo s. Em regiões africanas onde há muitos casos de malária, foi
verificada uma frequência acima do esperado para o alelo s na população.
Ele deveria ser raro porque provoca uma doença grave que é a anemia
falciforme. As pesquisas demonstraram que o heterozigótico Ss é mais
resistente à malária que o homozigótico SS. A malária, portanto, nessa
região, fornece uma pressão seletiva para a permanência do alelo s em altas
taxas, favorecendo o caráter intermediário (Ss).

Biologia-Geologia, 11º Ano | Helena Catana

Vous aimerez peut-être aussi