Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
*****
ESPAÑA
Imp. de EL DESPERTAR
Brúükliu— Netf ïork
— 1 8 9 7 —
*
este folleto.
existencia.
'11, M , — J, i\
W— — »— II ■
LA B A RBARI E EN E S P A Ñ A
« A b ie r ta la s e s ió n y c o n s t it u id o e l t r ib u n a l e l p r e s id e n t e le y ó
el a r t í c u l o 5 7 3 n ú m . 4 d e l C ó d i g o d e J u s t i c i a M i l i t a r , y s e p r o c e d i ó
par el s e ñ o r j u e z á la le c t u r a d e l a p u n t a m ie n t o d e l p r o c e s o q u e
d ic e a s í:
« T o m ás A s c h e r i F o s s a t i, fu r ib u n d o a n a r q u is ta , d e te n id o , h a
b ié n d o s e le o c u p a d o u n a c a r t e r a d e b o l s i l l o c o n d a to s y d o c u
m en to s d e i m p o r t a n c i a .
liC o n lie .s a s e r a n a r q u i s t a c o m u n i s t a e n e m i g o d e q u e f u n c i o n e n
gru p o s c o n c a r á c t e r de íe d e r u e u m p o r c r e e r lo d e m a s ia d o a u
t o r it a r io y s e r p r o p a g a n d i s t a p o r l a a c c i ó n i n d i v i d u a l d e g r u p o s
afín es, s e g ú n l a s n e c e s i d a d e s d e l m o m e n t o , e h e n d i e n d o q u e d e b e n
ser d i s u e l t o s t a n p r o n t o c o m o h a y a n c u m p l i d o s u c o m e t i d o .
« E s tá c o n v i c i o y c o n f e s o d e h a b e r a s i s t i d o á r e u n i o n e s s e c r e t a s
h a b id a s e n e l C e n t r o d e C a r r e t e r o s , d e l a s q u e s e h a h e c h o m e n
ció n , y d e h a b e r p e d i d o á N o g u é s y h a b e r c a r g a d o j u n t o c o n é s t e y
.lía la s, e n c a s a d e l p r i m e r o , l a b o m b a q u e p o c o d e s p u é s a r r o j ó e n e l
m o m e n to cíe p a s a r l a p r o c e s i ó n d e S a n t a M i r l a d e l M a r , e-t la f o r m a
y c ir c u n s ta n c ia s q u o d e t a lla d a m e n t e s e d e ja n c o n s ig n a d a s , h a
b ié n d o s e p u e s ¡ o a n t e s d e a c u e r d o p a r a r e a l i z a r e l c r i m i n a l a t e n -
tado c o n F r a n c i s c o C a l l i s , e l c u a l c o m o q u e d a d i c h o , d e j ó d e l o
m ar p a n e e n l a e j e c u c i ó n m a t e r i a l d e l h e c h o , p o r n o h a b e r
a c u d id o á l a c i t a .
«La c u lp a b ilid a d d e e s t e p r o c e s a d o n o s ó lo e s t á d e t e r m in a d a
por s u c o n f e s i ó n , s i n o q u e ta m b ié n e s tá c o n fir m a d a p o r la s
m a n ife s ta c io n e s d e J o s é M o la s y A n t o n i o N o g u é s q u e a l e n t r e
g a r le la b o m b a s a b í a n e l u s o q u e i b a h a c e r d e e l l a y d e L u i s M a s
á q u ie n A s c h e r i m a n i f e s t ó , c u a n d o c u n á b a n l a m i s m a n o c h e d e
a u to s , q u e é l h a b í a s i d o e l a u t o r m a t e r i a l d e l a t e n t a d o .
« F r a n c is c o C a lli s C l a v e r i a f u é d e t e n id o p o r e l in s p e c t o r S r .
T r c s s o ls , q u i e n m a n i f i e s t a q u e a q u e l e s a n a r q u i s t a f u r i b u n d o y d e
a c c iú u , q u e p e r t e n e c e á la j u n t a q u e a c o r d ó c o l o c a r e l p e t a r d o e n
el t o m e n t o d e l T r a b a j o N a c i o n a l á r a í z d e c u y o a t e n t a d o d e s a p a
r e c ió d e e s t a c i u d a d , h a b i e n d o r e g r e s a d o d e B u e n o s A i r e s h a c e
n u ev e ó d ie z m e s e s , y q u e f u é e x p u ls a d o d e I n g la t e r r a p o r s u s
m a lo s a n t e c e d e n t e s e n 1 8 9 5 y ¿ '. . t r a g a d o á l a s a u t o r i d a d e s e s p a
ñ o la s ,
«A scheri m an ifiesta q u e e s te p ro c e sa d o asistió á la s re u n io n e s
— 14 —
s e c r e t a s h a b i d a s e n e l c e n t r o d e c a r r e t e r o s , d e q u e s e h a c e m en
c ió n y q u e s e p u s ie r e n d e a c u e r d o p a r a la n z a r la b o m b a , reco
r r i e n d o l a s i n m e d i a c i o n e s d e l c u r s o q u e r e c o r í a l a p r o c e s i ó n , eli
g i e n d o e l s i t i o d o n d e la c o l o c ó A s c h e r i p o r c o n s i d e r a r l o m á s i
p r o p ó s ito , q u e s e r e u n ie r o n la v ís p e r a e n e l c a fe d e N o v e d a d e s
a c o r d a n d ó r e u n i r s e e n e l t e a t r o G r a n v i a á l a s c u a t r o d e l a tarde
d e l d í a d e l a t e n t a d o y q u e e s p e r ó e n d i c h o s i t i o h a s t a l a s s ie te .
N o a c u d i ó C a l l i s á l a c i t a , p o r c u y o m o t i v o A s c h c s r i s o l o l a n z ó la
bom ba.
« E n e l c a r e o d e C a llis ) ' A s c h e r i n ie g a a q u e l lo m a n if e s t a d o
p o r e s t e , a l e g a n d o q u e e n l a c i t a d a h o r a d e ! p r i m e r o d e l o s d i a s in
d i c a d o s e s t u v o e n e l p u e s t o d e v e n t a d e l o s E n c a n t e s y q u e la n o
c h e l a p a s ó e n s u c a s a . N i e g a t a m b i é n q u e s e h a j ’ a n j u s t i f i c a d o d i
ch o s e x tre m o s.
« D i c h o p r o c e s a d o m a n i f i e s t a q u e e l m e s d e s e p t i e m b r e d e 1887
c o l o c ó u n p e t a r d o e n e l F o m e n t o d e l T r a b a j o N a c i o n a l j u n t o con
u n s u je t o lla m a d o E n r iq u e q u e fu e q u ie n p e g ó f u e g o á la m ech a,
m a r c h á n d o s e e n s e g u id a .
« J o s é M o l a s f u e d e t e n i d o e n s u d o m i c i l i o , e s a n a r q u i s t a d e a c c ió n -
M a n i f i e s t a A s c h e r i q u e a s i s t í a á l a s r e u n i o n e s s e c r e t a s y q u e Je
fu e ro n e n tr e g a d a s 400 p e s e ta s , ju n ta m e n te c o n L lo m b a r t y N o
g u é s p ara a d q u ir ir b o m b a s , n e g á n d o lo M o la s e n s u ca re o ,
b ie n que c o n fe s a n d o que L lo m b a t y N ogues le m a n i f e s
ta ro n q u e le h a b ía n in d ic a d o p a r a a d q u ir ir e x p lo s iv o s . M o
la s c o n fie s a e sta r d e acu erd o con N o g u e s p a r a e c h a r la
b o m b a e l d ía d e C o r p u s ; q u e e l d ía d e a u to s a y u d ó á ca rga r
l a b o m b a y q u e p o r l a n o c h e o c u l t ó s e i s b o m b a s e n l a c a l l e de
C ó rcega.
« A n t o n i o N o g u e s , a n a r q u i s t a d e a c c i ó n , d e t e n i d o c u a n d o el
a te n t a d o d e l L i c e o . A s is t ió á s e s io n e s s e c r e t a s , r e c ib ie n d o , se g ú n
A s c h e r i , 400 p e s e t a s p a r a a d q u ir ir b o m b a s . D i c e q u e d ía s a n te s
d e l d e a u to s r e c ib ió 9 d u r o s y 3 b o m b a s d e A ls in a . C o n fie s a qu e
se p u s i e r o n d e a c u e r d o c o n M o l a s p a r a l a n z a r l a s b o m b a s d e l d ía
d e C o r p u s . D ic e q u e e l d ía d e a u ¡o s e n t r e g ó u n a b o m b a á A s
c h e r i, c o n fe s a n d o q u e lle v ó á s u c a s a 6 b o m b a s y d e s p u e s las
t r a s la d ó á la c a lla d e la U n i v e r s i d a d .
« J u a n A ls in a e s a i a r q u is tá c o le c t iv is t a . A s is t ía á la s r c u o io n e j
s e c r e t a s y c o n fie s a e n t r e g ó á N o g u e s s e is b o m b a s , d ic ic n d o le
q u e le e n t r e g a r í a o t r a s s e i s . A l s i n a m e g a l o s c a r g o s q u e l e li a r e n
M o la s , A s c h e r i , N o g u e s y o tr o s .
« J a im e V i le lla . L e a c u s a A s c h e r i d e h a b e r le e n t r e g a d o 4 0 p e s e
ta s .
« José V ila . L e a c u s a A s c h e r i d e h a b e r le e n t r e g a d o 300 p e se ta s.
A J o s é P o n s t a m b i é n l e a c u s a A s c h e r i d e h a b e r l e e n t r e g a d o 300
p e se ta s.
A n t o n io C e p e r u e lo . L e a c u s a N o g u e s d e a c u d ir á la s r e u n io n e s
s e c r e t a s y d e g u a r d a r la s s e is b o m b a s . M a s le a c u s a d e h a b e r lie -
— i5 * -
vado las bombas á la calle ele Córcega y al día siguiente trasladarlas
á la calle de la Universidad. Niégalo el procesado.
«Jóse Pilas Gació, Le acusan Ascheri y Nogues de haber asisti
do á las reuniones secretas y de retener dinero de las suscripcio
nes. Confiesa haber recibido fondos del café de la Esperanza para
explosivos y haber escondido bombas y nueve duros.
«Sebastián Suñá.— Según Nogues asistió á las reuniones secre
tas, cosa que niega el procesado.
«Jacinto Melieh,—Nogues asegura asistía á las reuniones secre
tas y que recogía fondos. Dice eí procesado que los recogía para
los obreros sin trabajo, no para explosivos.
«Epifamo Cans -I.c: acusan Nogues y Ascheri de haber asistido
á las reuniones secretas, cosa que niega el procesado, añadiendo
que no conoce á Nogues.
«Juan Ollcr.—Le acusa Nogues de asistir á las reuniones y dar
dinero, negándolo el procesado, cosa que también se imputa á
Juan Casanovas, negándolo este.
«A Juan Sala, Cristóbal Solé, Mateo Ripoll y José Mesa, Ies acu
san Ascheri y Nogues de haber asistido á las reuniones secretas,
cosaqué niegan estos.
«Pedro Corominas.—Le acusa Nogues de haber asistido á las
reuniones secretas del Centro de Carreteros, donde se exponían y
discutían ideas, cosa que niega Corcminas asegurando que allí se
discutían cuestiones de trabajo, ignorando si se verificaban sus
cripciones, porque el se retiraba al terminar la sesión. Niega que
sea anarquista oportunista, añadiendo que es contrario á la propa
ganda por el hec'n. Nogues afirma que hacía Corominas propa
ganda anarquista. Teresa Claramunt, Balart y Ascheri dicen que
había asistido al Centro de Carreteros, haciendo propaganda
anarquista,
«Baldomero 011er niega lo que dicen Mas y Ascheri, de haber
asistido á las reuniones secretas.
«Molas .dice que oyó decir lo afirmado por aquellos, y Pich
dice que hace diez años que conoce á 011er.
«Rafael Cusido, .según Nogues, asistió á las sesiones publicas y
secretas y al cafe de la Esperanza de Gracia, cosa que niega el
acusado. Mas asegura que estuvo con el en dicho cafe recogiendo
fondos para explosivos.
«Juan Torrens. Le acusa Nogues de haber asistido á las reunio
nes secretas, negándolo el procesado, y añadiendo Ascheri que
asistió á las públicas.
«Juan Catalá no consta inscrito en el consulado de Francia y
resulta ser deseror del ejercito francés.
«Ramón Pitchot. Asegura Ascheri que asistida las reuniones se
cretas, negándolo el procesado.
«Francisco Lis niega lo que afirma Ascheri de haber asistido á
las reuniones secretas y al Centro á tomar cafe. Molas dice que
le ha visto en dicho Centro.
— i6 —
«Antonio Costa, Le acusa Ascheride haber asistido á las reu
niones secretas, y Nogues de haber asistido á estas y á las públi
cas, cosa que niega el procesado.
«Jaime Condominas asistía, según Ascheri, á las reuniones se
cretas, y según Nogues, á las públicas. El procesado niega ambos
extremos.»
V IE R N E S , DIA II
P rim e ra sesión
mano por la espalda. Hay que advertir que Antonio Nogués «s uno
de los seis supuestos convictos y confesos, y en realidad horri
blemente martirizados. Estos infelices no los mezclaban con no
sotros, y los íenían tan reservados que los hocían entrar y salir
la sala de! Consejo por una puerta distinta de la que lo efectuába
mos nosotros. Otro dato incesante; en todas las sesiones de Con
sejo se hacía á cada dos horas de funcionar éste unus qui. ee mi
nutos de alto. En uno de esos altos, el secre ario del juez, que lo
es un cabo de infantería llamado Mas, ahora ascendido á sargento,
repartía cigarrillos á los infelices martirizados.
Estos son; Tomás Ascheri, José Molas, Luis Más, Sebastián Su-
fier, Antonio Nogués y Francisco Callis. Y esta distribución de
cigarrillos)' otros minios era hecha con todo desparpajo delante
los defensores, los señores del Tribunal, en lin, todos.
Seguramente eran poco precavidos y menos prudentes aquellas
pamplinas, porque á l.t legua se veía la sana incoación con que s.-
nacían. Nos quitaron las manillas y entramos á la cuadra de arti
llería á comer.
S e c u n d a sesión
Tercera sesión
SÁBADO, DÍ A 12
Cuarta sesión
Quinta sesión
Sexta sesión
empezado i las nueve. Por los rolatos oficiales se dijo que en estas
sesiones del período de prueba los procesados (.seguramente refi
riéndose á Ascheri y i Luis Mas) habían relatado con pasmosa
memoria lo que constaba en autos. Lo que hay de pasmoso son
las tragaderas de ciertas gentes!
Sabemos de una manera cierta que antas de comparecer los
seis martirizados al Consejo el teníante Portas y demás inquisi
dores los habían tan bárbaramente amenazado y les habían obli
gado á aprender tan de memoria el papel que debían representar,
que aquellos infelices poseídos del pánico más poderoso no se
atrevieron á romper la farsa ú que se les obligaba. Esto lo sabe
mos positivamente y estamos si-mpre dispuestos ú probarlo. No
obstante las terribles amenazas, la í irsa salióle* un poquito desi
gual. 'También sabemos que en este período de pruebas Luis Mas
declaró: Qtut él nn había dado ningún dinero A Antonia Noques
para explosivos, y que no halda presenciado n i salda nada de que
Juan Alsina h u b i e s e entregado bomba alguna al referido Ñ o -
gvés. De modo que habiéndose desmentido que Alsina hubiese
entregado las bombas á Nogues, ¿cómo es posible que éste, ni
Mohos, ni A suben Us poseyeran? Y si las hubiesen poseído, ;de
dónde las habían sacado?
Confirmando estos datos sabemos que el Tribu al del Consejo
absolvió ¿Juan Alsina, supuesto contrector, por cor, siderar - que
el dicho Alsina no era el tal constructor do los explosivos ni sabia
de que le hablaban. Ahora bien, dados los terribles martirios que
sufrieron Mas, Nogties, Molas, Ascker:, etc., ¿no hubieran declara
do éstos, ú fuerza de sufrir, la verdad de dónde hablan adquirido
las bombas? Y la dinamita, ¿de dónde salió? Tamnoco se sabe.
¡Que farsa tan burda!
DOP/iINGO, DÍA 13
Séptim a sesión
Octava sesión
A las tres volvimos a! Consejo, maniatados como siempre. Los
defensores continuaron levando sus escritos. Los hubo que leían
muy nial, y aun más pobre era el texto de su informo. En gene
ral no obstante, se les vein buena voluntad. En esta sesión se Isyó
la defensa de Juan Alsina, supuesto constructor de las bombas
poro! capitán de artillería do montaña D, Vicente Rodríguez del
Carril. De ella entresacamos: .¡••Iñude vsfá ei informe pericial de
dichos explosivos? ¿Se sabe si ¡a ha nombrado alguna comisión,
como es de ley en estos casos, ;> mu que ios examine: En el proce
so no consta nada de eso, y ¡o.lavi i no s í sabe si las tales bombas
fueron construidas en España o en el extranjero ó en que parte...
Estoy cunvencidísimo que mi tlefívulidn no es o] tal constructor
y sóío se le acusa por el simple hecho de ser ele oficio cerrajero’.
Como no hay absolutamente ninguna prueba ni indicio de culpa
bilidad pido la libertati para mi defendido.» i-I iy que hacer notar
que refiriéndose á Alsina el fiscal, en su informe, dice que este
procesado es el que construyó las bombas -por su oficio de f o r ja
dor y fundidor... ¿Se quieren más pruebas y más disparates á un
tiempo: ¿En que se parecen los oficios da forjador y fundidor?
¿Es quedes cosa igual ser un simplo cerrajero ó ser fundidor ó
forjador: Por otra parte, Juan Alsina no ha sido jamás forjador ni
fundidor, ni entiende ápice de estos oficios. Es un sencillo cerra
jero. Todos cuantos compañeros de trabajo le conocen, que son
muchos, lo saben perfectamente. A las siete noche se hizo alto, y
salimos á comer el rancho.
Novena sesión
LUNES, DÍA 14
(1) ¿Ptv qué os reís dé mi? ¿Par que han de fusilaras?... ¡Soy tan
inocente como vosotros!
(2) —;ftue te pasa, Luis?¿Por qué haces eso?
—¡Es que siento las balas como me entran en la cabeza!
27 —
Décima-primera sesión
MARTES, DIA 15
*
**
Hablemos para todos los hombres imparciales y de hon
rados sentimientos, sean cuales fueren sus ideas políti
cas.
Nadie ignora que la suspensiçn de garantías en España
supone un período de atropellos inauditos. Barcelona, des-
“ 3 9 “
■ pues del atentado, se víó sometida á este periodo en que se
persigue al hombre honrado como se persigue á la bestia fe
roz. Nadie sc.consideró seguro en su domicilio. Las cárceles
se llenaron de trabajadores, hombres de diversas ideas, mu
chos de ellos desconocidos entre si.
¿Que se hizo con tantos detenidos? La suposición y la rea
lidad son en este caso una misma cosa. Dados los hábitos de
la policía y la impunidad de que goza la guardia civil, la duda
es inadmisible. Declaraciones arrancadas á fuerza de garro
tazos, confesiones hechas en falso á trueque de acortar el su
frimiento, son la secuela necesaria de las sanas prácticas gu
bernamentales en esta bendita tierra del palo y el trabuco.
Pruébalo Codina confesándose autor del atentado del Liceo
por el cual fue agarrotado Salvador. (Nota 5.) ¡Quien sabe lo
que nos reservará el porvenir respecto á este proceso en que
un fiscal considera autores del delito de arrojar una bomba i.
28 hombres y como cómplices á 59!
Como en el proceso anterior cometiéronse en este todo
género de injusticias y atropellos. Los presos han formulado
denuncia sobre denuncia. La prensa las ha reproducido. Al
gunos defensores se hicieron eco de ellas. En ningún caso
bastarían las declaraciones de cuatro ó cinco procesados para
condenar á 87 hombres, pero en este concreto no sólo no
bastan sino que se hacen inadmisibles.
¿Que pruebas han demostrado al fiscal y al Consejo la cul
pabilidad de los acusados? ¿Que medios se concedió á estos
para su defensa? Llevado el proceso en secreto, verificóse el
Consejo en secreto también y sin la presencia de ios acusados
en varias ocasiones. (Nota 6.) ¿En que código está esto
prescrito?
De la sumaria relación del fiscal resulta una sene de hechos
totalmente legales que no permiten la presunción de un de
lito. En el Centro de Caí reteteros como en otros círculos
semejantes se hacían recolectas para obreros enfermos, des
graciados por accidente ó parados por falta de trabajo. Se
daban conferencias públicas que públicamente se anunciaban
en la prensa y, en fin, se hacía la vida condente de todo
centro político ó social. Nada de esto era m es aun ahora
considerado legalmente punible. ¿Cabe, no ostante, la pre
sunción del delito? Aun supuesta esta era necesario probar
quienes eran los delincuentes y quienes no, deducir respon-
sabilidades.y una vez hecho esto ofrecer álosprocesados toda
clase de facilidades para la defensa y medios de prueba sufi-
— 4o —
cientes á fin de que, en resumen, resultase bien clara y paten
te la culpabilidad de unos y la inocencia de otros.
Nada de esto se hizo. Fue preferible, sin duda, arrancar
declaraciones falsas por medio del suplicio, lanzar unos pro
cesados contra otros y labrar lentamente el caos para poder
confundir en él, indistintamente, á todos y llegar sin tropie
zos al final, al objeto premeditado de hacer un escarmiento
terrible en cabezas de anarquistas.
El fiscal García Navarro, atiforrado de presuntuosa ciencia
jurídica que tomó prestada al ci iminalista Pessma, olvidan
do que el Código de justicia Militar le obligaba i dejarse de
de ensayos de pirotecnia sociológica, á falta de pruebas me
jores acumuló sobre el Centro de Carreteros y por ende so
bre los procesados las m¡ís peregrinas invenciones. Acusólos
de vivir inmoralmente por que algunos, para unirse á una
mujer, no se habían sometido al cima ó al juez, aquidonde lss
altas clases sociales vivan en la más baja de las degradaciones
Mintió acusando á la compañera de Pitchot de haber matado
paulatinamente á su hija; y olvidó que aun siendo cierto, del
delito de un individuo nada puede deducirse en desdoro de
87 hombres á aquel hecho supuesto agenos por completo. Y
apeló asi mismo al hecho de un padre que aconseja á su hijo
la deserción del ejército como sino supiéramos todos que los
hijos de los ricos tienen carta blanca mediante seis mil reales
para mofarse de la patria y de los imbéciles que la sirven.
Previa la pintura obligada de supuestas reuniones secre
tas en el Centro de Carreteros, antro de criminales feroces,
procura enredar en las mallas de su acusación tí todos loa
procesados, y en efecto, cierra ios ojos á la ra^ón y declara
que son cómplices y no coactores por cooperación todos los
que asistían tí las reuniones públicas del Centro de carrete
ros. (Nota 7).
Para concluir de este modo era, en efecto, necesario ce
rrar los ojos d la ra^óri. Por que no hay manera lógica de
complicar en un delito individual á los centenares de obreros
que concurrían al Centro de carreteros y porqu« no hay ley
en España que considere punible el hecho de asistir á. reu
niones públicas de un círculo legalmente constituido, aun
cuando de él surgiese realmente el delito, fraguado allí co
mo pudiera fraguarse por un puñado de individuos en medio
de la plaza pública.
Se necesitaba así mismo cerrar los ojos d la ra^ón para
pedir el castigo de 87 inocentes despues de reconocer que
— 4 i —
*
* *
«Excelentísimo señor;
Los que abajo firmamos, procesados en méritos de la causa ins*
truída por la jurisdicción de Guerra con motivo de la explosión de
una bomba en la calle de Arenas de Cambios, de Barcelona, en la
noche del 7 de Junio del presente año; atentos, más que á nuestra
dMeiisa, al interes de la justícia, y movióos por un sentimiento Jo
iiU.iiMii.iud, timenijs ui honor, ampáranos por »n icy, dt, cíe-...r á
Y. L. U pro-tiiiLc instancia, hmUadi en las consideraciones y pre
ceptos legales siguientes:
Desde luego surgió en nosotros la duda de si presentaríamos
nustra súplica á la autoridad judicial, facultada por el número 3
del 28 del Código dejusticia militar para resolver las dudas, recla
maciones y recursos que en los procedimientos judiciales de la
jurisdicción militar se susciten ó promuevan, ó bien a! Consejo
Supremo de Guerra y Marina por la índole de nuestras peticiones,
que si tienen razón de ser en las resultancias de un proceso repug
nan por su carácter gubernativo á la natuialeza jurídica de las
atribuciones de equcllas entidades: y nos resolvemos á ejercer el
derecho que nos otorga el párrafo 4.* del artículo 13 de la Consti
tución vigente, elevando nuestra petición á V. E. por tener bajo
su dependencia el Consejo Supremo de Guerra y Marina, según
el art. 4.° del Reglamento orgánico y de régimen interior dei mis
mo, y por ser el ministro encargado de hacer efectiva la facultad
reservada al Gobierno por el número 9." del artículo 114 del men
cionado Código de dar á los fiscales del Consejo las instruciones
que considere oportunas para la rigurosa aplicación de las leves.
Y á pedir al Gobierno el ejercicio de esta facultad vá principal
mente encaminada nuestra súplica.
Digno de notar es que el referido proceso descanse en una sola
columna, bien frágil, por cierto; la confesión de tres ó cuatro pro
cesados. Fuera de algunos amecedentes personales más ó menos
veridicos, suministrados por la policía, de las declaraciones de
heridos y contusos por la explosión, y las de testigos presenciales,
y de las indagatorias y careos de ios procesados, no quedan en el
proceso mas que las diligencias de simple tramitación.
La policía en sus partes de detención y en las declaraciones ele
algunos de sus funcionarios se limita á suministrar antecedentes
de los procesados, y se abstiene en absoluto de atribuirles una in
tervención directa ó indirecti en el delito; por las declaraciones
de heridos, contusos y demás testigos presenciales del delito de
autos, en extremo vagas y contradictorias, nada se pone en claro
acerca de quien sea el autor del atentado; y si de las indagatorias
y careos de los procesados abstraemos lo depuesto por los tres ó
cuatro supuestos confesos, sólo resulta que en un Centro legal
mente constituido se celebraban veladas y conferencias en que to
maban parte individuos procesados y otros que no lo son.
Por sus confesiones, único fundamento del proceso, sobre ser
contradictorias en extremos esenciales, no se comprueban todas
cuantas veces han de confirmarse por algo ageno á la voluntad
del procesado.
Se habla en ellas de comisiones formadas por individuos que
mutuamente se desconocen, de unas setecientas pesetas recogidas
y cuyo destino se ignora, pues al parecer sólo se utilizaron cuaren-
- 4 S- -
ta y cinco de un individuo quo no .se sabe si es fundidor ó com
prador de nueve bombas, el cual niega toda participación en el
delito, de un gran número de procesados con supuesta responsabi
lidad por todos rotudamente negada, de dos bombas Orsini aban
donadas «obra un papel en la calle de LivaJler, siendo así que fue
ron encontradas sobre un pañuelo blanco, cuya presencia nadie
explica, de otros seis aparatos explosivos enterrados en solares
bien determinados, á pesar de lo cual no se encuentran dichos apa
tos en las diversas excavaciones qne ¡>e practican un su busca, v
otras anomalias cuya enumeración no creemos necesaria. Nada
repetimos, comprueba tales confesiones. Nadie explica dónde
fueron adquiridas ó fabricadas las bombas, nadie mienta donde se
adquirió la materia explosiva, nadie declara babor visto al amor,
ni ninguno do ios heridos, contusos ni demas testigos presenciales
reconoce al que se ha con resudo autor, ni a¡irma ha.'ierle visto, ni
sallemos se haya intentado este reconocimiento. Las tres ó cuatro
confesiones quedan suspendidas en las misteriosas nubes que en
vuelvan el proceso.
Ahora bien: sus confesiones no confirmadas, única base del pro
ceso, rieron rechazadas de una manera mas ó menos categórica
ante el Consejo de Guerra por los supuestos convictos y confesos,
(¡ue afuman les fueron arrancadas p» r la violencia. Salvo fu más
Aschcri, que se limitó ñ explicar cómo no s= creía responsable
cuando sus actos Ir* eran impuestos por una fuerza superior á su
voluntad; los demás hablaron do una manera demasiado explícita
par,-; dejar espacio á la duda. No h. nws menester uiiugim. valor cí
vico para hacer pública tan grave denuncia cuando por nuestra
situación de presos no podemos sustraerlos á la acción de la jus
ticia; ovéronla antes que nosotros y serán, sin duda, lirmos escu
dos nuestros m crie punto mulikud dv dignos militares, esclavos
todo*- de su Inmor be caballeros.
AHi cataban ios sonoros miembros d<d Consejo, el representan
te fie! r.iinislcv’0 público, ios st ñores oficiales encargados de las
dcTeroas el señor juu» instructor, cuando francisco Callis, Jusé
Molas, Antonio Nugues, Sebastián Sunyer, v ¿úu Luis Mas, á po
sar de su esta lo patológico, declararon que sus confesiones eran
falsas, que las hicieron rendidos por el hambre, la sed, o) cansan
cio v d sueño, despues de recibir innumerables azotes, de sentir
magullados sus testiculos, de llevar días enteros la mordaza y las
manillas ó esposas que íuncaban en los músculos sus piezas de
hierro, y aun d i sentir algunos sus carnes quemadas con hierros
candentes, como lo atestigua todavía en su epidermis la mácula
del fuego. Nosotros no ponemos nada nuestra cuenta en tal re
lato, ni un comentario, ni un epíteto. Busca esto á nuestro objeto
y asi renunciamos al detalle y corremos na velo sobre los demás
por el respeto que nos merece la justicia y por el buen nombre de
España.
Es de suponer la situación embarazosa en que debieran hallar-
— 4 9 —
se después de tales declaraciones los miembros del Consejo de
guerra [jara dictar sentencia. La conciencia les diría que toda sen
tencia era imposible cuando la columna única sobre que descan
saba el proceso se había derrumbado, y por otra parte la ley les
imponía el deber de fallar. Todas las defensas, salvo tres haber
sido escritas y leídas antes de aquellas revelaciones, pedían la ab
solución de los procesados. Si accedían á lo propuesto por el re
presentante del ministerio público daban fe á confesiones decla
radas falsas por los confesos; si accedían á lo propuesto por las
defensas dejaban impune un horrendo delito. En su alma trabaja
da por la duda es posible surgiera la idea de una información para
comprobar las denuncias hedías, quizás llegaron á nombrar un
médico que visitara á los que se presentaron como víctimas, pero
cualquiera que fuere el resultado déla supuesta información, el
proceso no podía volver atrás, por falseadas que fueran no podían
decretar la nulidad de las actuaciones, y la sentencia se diciaría,
con igual horror á los dos terminos de este dilema: ó se condena á
los inocentes, ó se deja impune un crimen enorme, por el cual pi
de la sociedad severo castigo.
Una vez indicadas las precedentes consideraciones, nos parece
ponderar la conveniencia v necesidad de una información que sir
va de base á la sentencia tic la Sata de Justicia del Consejo Supre
mo de Guerra y Marina que lia de ver v filiar en el proceso defi
nitivamente. Los términos no sen aquí perentorios. I* ley concede
atribuciones más amplias. El articulo lyq del Código de Justicia
mií'tar autoriza al gobierno para instruirán expediente cuando
por la gravedad del hecho pueda proce 1er la separación do! servi
cio. En el articulo 612 del mismo Código faculta al Consejo Supre
mo cuando de los testimonios que se le remitan resulten méritos
para suponer que se han contraído responsabilidades, exigibles,
con arreglo á la ley para reclamar los autos, y oídos los fiscales,
imponer directamente la corrección disciplinaria que haya lugar,
ó para mandar la formación del correspondiente procedimiento
contra los presuntos responsables. El art. i i g del reglamento Or
gánico y Régimen interior de! Consejo Supremo de Guerra y Ma
rina para pedir directamente á todas Lis Corporaciones y jefes su
periores dependientes de los Ministerios de Gucrr 1 y Marina los
informes, datos, antecedentes y documentos que necesiten para el
mejor desempeño de sus f liciones.
La conveniencia y legalidad de la información nos parecen de
mostrados, pero si V. E. no cree aducidas razones legales suficien
tes, considere nuestra situación de presos que nos impide consul
tar más leyes, maguiese la magnitud de la injusticia que con la in
formación puede evitarse; hágase cargo del abuso denunciado,
atentatorio á los principios de ln civilización, y entonces, deján
dose llevar por sus impulsos humanitarios y por su amor á la jus
ticia encontrará sin duda en nuestros Códigos y jurisprudencias
S
de ¡o* tribunales innumer-.b'- ¿ preceptos X cuya amparo po Irá
ha *<-r que prcvs’c··y··'E ls realdad.
No creeríamos, sin embarco, bien determinada nuestra súplica
si no añadiéramos que no entra en nuestro propósito pedir el cas
tigo de los culpables si los hubiera, que perdonados quedan ñor
nuestra parte; solicitamos que se abra una información por el Go
bierno ó por el Consejo Supremo como base de una sentencia que
de otro modo ha de ser injusta en extremo por castigar al inocen
te ó leve en denuncia por no dejar el crimen sin castigo.
Es verdad que el art. 6o í de] arriba citado Código militar esta
blece que ni los fiscales ni las defensas podrán pedir que se prac
tique prueba alguna ante e) Consejo Supremo; pero Ja información
no es una prueba, sino un cri'crio para apreciar la validez de las
que ya consten en ei proceso. Si diese por resultado comprobar
que en las confesiones,única base del proceso, no eran válidas, por
que fueron arrancadas por la violencia, no cabe duda que el Con
sejo se vería en la precisión de declarar la nulidad de todo ó parte
de lo actuado. Aún sin necesidad de la información es muy
posible que por el acia del Consejo de Guerra celebrado en Mon-
jui- h, acta que debe ser espejo fiel de la verdad, tenga el Consejo
Supremo de Guerra y Marina elementos suficientes para declarar
la nulidad de! sumario á partir délas confesiones qus puedan re
sultar invalidadas. A ello le autoriza el art. 602 del Código de Jus
ticia militar al darle facultad para decretar la nulidad de todo ó
parte de lo actuado, disponiendo en tal caso la devolución de los
autos á lu autoridad judicial de que procedan, áfin de qus repo
niendo la instrucción al estado que se prevenga, mande practicar
las diligencias que correspondan.
Y el mim. 2 del artículo siguiente, determinando el alcance del
anterior, añade que serán causas de nulidad de todo ó parte de
un procedimiento las que se refieran directamente á lo substan
cial del mismo por haberse omitido la indagatoria... ó alguna de
las diligencias absolutamente indispensables para formar prueba^
Como se ve, el propósito del legislador se encaminad que el
proceso no quede huérfano de prueba. Precisamente el proceso
de referencia, una vez comprobada la nulidad de las confesiones,
resulta sin prueba alguna de culpabilidad. Y téngase en cuenta
que, por un vicio de origen, !a indagatoria de los procesados con
fesos es como si no existiera. Es antiguo principio del derecho
civil la nulidad del consentimiento arrancado por la violencia, y el
procedimiento pena!, por una de las más hermosas conquistas de la
civilización, ha rechazado el sistema inquisitorial y prohibido toda
suerte de coacción y violencia en las declaraciones.
En las legislaciones de todos los pueblos civilizados hay artícu-
los, los 389 y 489 de la vigente ley de Enjuiciamiento criminal, y
el art. 485 del Código de justicia militar, que prohíben hacer al
declarante preguntas capciosas ni sugestivas, ni emplear en él
— 5^ —
uA M r. H en ri Rochefort, P aris.
((Respetable señor.
«Los abajo firmados, mezclados en un proceso seguido contra
los autores de la explosión de una bomba en la calle de Cambios
Nuevos el día 7 de Junio úhimo, y con los cuales ninguna relación
ni complicidad les u jen, le ruegan tenga la bondad de publicar
este documeuto para poner en evidencia ante el mundo entero la
inocencia de loa hombres que han sido involucrados en este aten
tado.
«Favor que esperan de quién más de mil veces ha demostrado
ante el mundo su amor á la humanidad y á la justicia.»
«Dice así el documento:
«Los abajo firmados, individuos pertenecientes á diversos par
tidos, muchos de ellos alejados siempre de la, política, tienen el
honor de exponer lo siguiente:
. «Perseguidos en virtud de Jas falsas y contradictorias declara
ciones de dos ó tres personas que nos acusan de haber asistido á
presuntas reuniones secretas ó públicas, celebradas en varios
puntos de la capital y localidades vecinas, nos vemos en la doloro
sa necesidad de llamar vuestra atención sobre este proceso á fin
de esclarecer la aceión de la justicia, actualmente extraviada por
estos falsos testimonios.
«La falsedad del testimonio llega hasta representar que se han
visto en los locales de estas reuniones á personas que hace cuatro
o cinco años que su trabajo retenía fuera de Barcelona. Es necesa
— 5Ó —
rio tener en cuenta que lo único que se nos reprocha es el ser des
graciados.
«También llamamos vuestra atención sobre el incomprensible
proceder de la policía. Se trata actualmente de demostrar á la
opinión pública que ochenta ó noventa personas sw habían con
jurado para cometer un crimen sin que la policia supiese nada á
pesar del pretendido gran número de autores ó cómplices, y, por
otra parte, esta policía tan ignorante formula acusaciones terri
bles contra los detenidos, acusaciones á las cuales pretende dar
importancia mediante epítetos espantosos y un aparente conoci
miento de la vida íntim» de los acusados.
«La rigurosa reclusión en que se nos ha tenido hasta el presen
te nos lm impedido dar á conocer que nosotros protestamos de la
participación que se nos supone en el crimen por el cual se nos
persigue v del cual basta á separarnos la sinceridad de nuestros
sentimientos de humanidad.
«Esperamos que el grito de inocencia lanzado por tantos des
graciados determinará en vuestra alma un movimiento que influ
ya sobre la opinión pública para rectilicar la acción "de la jus
ticia.
«Los que suscriben no pretenden ser los únicos inocentes en
este proceso. Afirman solamente que este documento no ha podido
llegar á las manos de otros detenidos que indudablemente se h: -
Han en igual situación.
«Barcelona, Castillo de Montjuich, Noviembre 1896.
Juan Torrents, Rafael Cusido, Antonio Costas Pau, Andrés Y i-
larrubias, Pedro Corominas y Montaña, Jaime Vilella Cristóbal,
Cristóbal José, Mateu Ripoll, Juan Casanovas y Villadelprat, Juan
Sala y Cortacans, José Mesa Valderraina, Ramón Pitchot, Marce
lino Yila, Jaime Condemma, Francisco Lis, G. J. Catalá, Epitnnio
Cans, José Vilas, Antonio Ceperin-.lo, Baldomero Oder, José Pons
y Vilaplana, Pedro Bot.-foll, Jacinto Melich, José Pons y Pons, P.
O. Baklmmero García, José Moreno, Caralampio Trilles, Juan Oli
veras, Jaime Roca, C. O llc , Casimiro Baiart, Narciso Piferrer,
Manuel Melich, K. Navarro, Francisco Perez, Enrique Sánchez,
José Guiilarnof, Tomás Codina, Esteban Vallrebera, Cándido An
dreu, Francisco Plana, José Climent. Francisco Bartomeu, Pedio
Camps, Francisco Abat'á, Pablo Bo, Joseph Thioulonse, Ruggiero
Alfredo, Cristóbal Ventosa, Tomás Vidal. Antonio Gurri, Teresa
Claramunt, Josa Testart, Bienvenido Mateu, C. Boregad, Gabriel
Briás, J. Cels, a . Prats, José Ferre, José Funoll, Magia Fonoll, José
Artigas, Jaime Torrens y Ros, Pedro Arólas, Vicente Pi, Juan Ce-
yaruva, Manuel Borrero.
«Nota.— Este documento lia sido enviado á la prensa española
y varias personas conocidas. Rogamos á la prensa francesa lo re
produzca.»
1
— 57 —
;Ss producirá algun gran movimiento de opinión para impedir se
cumpla el infame asesinato?
COSMO
«E L D R A M A E S PA Ñ O L.
GUSTAVO C A T A L Á
( R e p r o d u c id o p o r La Revolución Social, d e B u e n o s A i
res; E l Oprimido, d é l a m is m a c iu d a d , Le Temps Nouveaux,
Le Libertaire y Le Rere Peinará, d e P a rís , y O Trabalhador
d e P o r to .)
D e e s ta s e r ie d e d e u u n c ia s r e s u ltó e l m o v im ie n to d e o p i
n ió n q u e e r a d e e s p e ra r. E n e l e x tr a n je r o la p re n s a d e to d a s
las o p in io n e s c o n c e d ió á e s te a s u n to a te n c ió n c o n s ta n te y la s
re u n io n e s d e p r o t e s ta se s u c e d ie r o n s in in te r r u p c ió n , c o m o
— 6o —
d e m o s tr a r e m o s m is a d e la n te . E n E s p a ñ a s in o c o n ta n t a in
te n s id a d , m o v ió s e b a s t a n te U o p in ió n in s tig a d a p o r lo s p e
r ió d ic o s E l P a í s , E l N u ev o R é g im e n , y L a J u s tic ia , d e M a
d r i d , s e c u n d a d o s p o r b u e n n ú m e r o d e p e rió d ic o s d e p ro v in
c ia s e n tr e lo s q u e r e c o r d a m o s E l P u a b lo , d e C o r u ñ a ; L a
U n ió n , d e P o n te v e d r a , L a A n to r c h a , d e V a le n c ia y E l P u e
blo d e C á d iz . L a m is m a p r e n s a re a c c io n a r ia ( N o ta 1 0 .)
o c u p ó s e d e la c u e s tió n a lg u n a s v e c e s y s o la m e n te á c a u s a de
la s d o s g u e r r a s e l m o v im ie n to d e p r o t e s t a n o fu e ta n vivo
c o m o e r a d e e s p e r a r . N o o b s ta n te la o p in ió n p ú b lic a s e p r o
n u n c ió r e s u e lta m e n te c o n tr a lo s b á r b a r o s s u p lic io s d e B a rc e
lo n a y s u in f lu e n c ií se h u b ie r a d e ja d o s e n t i r p o d e r o s a m e n te
s i el v e tu s to C á n o v a s n o e s tu v ie r a c ie g a m e n te d is p u e s to á
m e n o s p r e c ia r to d a c o n s id e ra c ió n y to d o r e s p e to , ( N o ta 1 1 ).
S ó lo a.¡í se c o m p r e n d e q u e se c o n te n ta s e c o n d e s m e n tir m u y
v a g a m e n te c u u n o d e s u s p e r ió d ic o s la s ig u ie n te d e n u n c ia
p u b lic a d a p o r E l P a is y d e n u n c ia c u y a g r a v e d a d e a c u a l
q u ie r p a r te h u b ie r a p r o d u c id o e f e c to s in m e d ia to s .
E L P R O C E S O D E L O S A N A R Q U IS T A S
C ad a d ía re c ib im o s n o tic ia s m ás e s tu p e n d a s J e lo p a sa y ha
p asa d o en el ca stillo d e M o n tju ich .
T e n e m o s ¿ la v ís ta u n a c a rta , no d a u n p re so , sin o d a u n em
p lea d o en el c a stillo , e n la q u e nos d ice lo sig u ie n te , q u a tra sla d a
m o s s in c o m e n tario * á n u e s tro s le cto res:
«E n la n o ch e d el ¿ 4 d e S e p tie m b re , á a lta s h o ra s d a la m ad ru
g a d a , el ca rro d el c a n tin e ro d el ca stillo p aró en la p laz a d e A rm as,
c e rc a do la e sc a le ra q u e co n d u ce i los calab o zo s 1 , 2 , 3 , 4 , 5 y o.
C on g ra n m isterio ¡se c a rg a ro n en el c a rro -los b u h o s e n v u e lto s en
u n a s m an tas,»
« ;Q u e b u lto s s ra n aquellos?:)
«V o q u e p o r ca su a lid a d uo d o rm ía , a l s e n tir el c a rro á aq u ellas
h o ra s ta n in te m p e stiv a s, su p o n ie n d o q u e p a ra sa lir d e la fo rtaleza
ta n d e n o ch e se n e c e sita b a a lg ú n g ra v e m o tiv o , p re s te 'a ta n c ió n á
lo q u ? p asa b a y p u d e e n te n d e r del cu c h ic h e o do io s q u e c u sto d ia
b a n el c a rro e sta s p a la b ra s:
«— A l m a r c o a ello s.»
<¡— S e les a ta n dos p ie d ra s á los p ies »
«— L o m ism o se d e b ía h ic e r co n to d a la d o m as can alla.»
D e sp u e s d el 2 4 d e S e p tie m b re no se h a v u e lto á s a b e r e n el
ca stillo d el p re so E n riq u e P u jo l y d el d e te n id o A rria z a .
¿Q u e Ies h a p a sa d o á esos d o s s u js to s ?
— 6 i —
(R e p io d u c i ío p o r T e m p s N o u v e a u x P a r is y O prim id o
B u e n o s -A ire s ).
C ie rto <5 n o el h e c h o , e s p ú b lic o q u e n i el g o b ie r n o ni la
p re n sa se c u id ó d e e s c la r e c e r lo . S in d u d a d o m in a b a e n lo s
e s p íritu s e l in flu jo d e a q u e lla c o r r i e n te d e o p in ió n q u e p r e
te n d ía p a ra lo s a n a r q u is ta s e l e x te r m in io s ig ilo s o y á e s p a l
das d e la le y . P e r o e s to s h e c h o s q u e d a n p a r a la h is to r ia c o m o
p ru e b a s in d e s tr u c tib le s d e la in iq u id a d c o m e tid a p o r la r e a c
ció n e n la s p e r s o n a s d e u n o s c e n te n a re s d e tr a b a ja d o r e s y l le
v a rá n m á s ta r d e c o m o lle v a r o n e n to n c e s al á n im o d e to d o s
lo s h o m b re s h o n r a d o s la c o n v ic c ió n d e q u e e n B a rc e lo n a se
to r tu r ó in h u m a n a m e n te p o r c ie g o e s p ír itu d e o d io y d e v e n
g an z a.
L a c o n c lu s ió n q u e e n to d a s p a r te s se d e d u jo d e e s to s s u c e
sos fu á la d e u n r e tr o c e s o e s p a n to s o , d e u n a v u e lta á lo s
tie m p o s m o n s tr u o s o s d e lo s A r b u é s y T o r q u c m a d a s .
E l N u evo R é g im e n , q u e ta n t o se d is tin g u ió e n e s ta c a m
p an a J e h u m a n id a d y d e ju s tic ia , p u b lic ó el 5 d e D ic ie m b re
el s ig u ie n te a r tíc u lo , q u e re s u m e y c o m p e n d ia b ie n a q u e l
p e río d o d e a g ita c ió n e n fa v o r d e lo s to r tu r a d o s :
«LO S TO RM ENTO S
Periódicos extranjeros refieren con lujo de pormenores los crue
les tormentos de que han sido o b je o algunos d élo s encerrados
en ei castillo de Montjuieh por anarquistas. Los refieren bajo su
Jimia, aunque con menosdetalles, los mismos presos en carta que
lian dirigido á un diario francés, viendo en los de España ya pre
vención, ya miedo. Los palos, según parece, han sidn el tormento
más suave. A unos se los ha privado de toda bellida y se íes ha
dado por todo alimento bacalao seco; á otros se les lia retorcido
las partes viriles; y á otros se les ha metido agujas 6 astillas ele
cada entre las uñas y la carne do pies y manos: todo para forzarlos
á declararse reos ó participes de un delit© en eme sostienen no
haber tenido intervención alguna. (Nota 12)
Los p-'-rióüicos extranjeros, con este motivo, nos censuran du
ramento. .despulía, dicen, será siempre la nación de los Arbués y
los Torq.ismnJas, de osos monstruos de la humanidad, cuyos crí
menes no serán nunca bastante execrados por las mas remotas
generaciones. Resultan vanas las luchas ) los sacrificios de los de
mócratas por garantir la personalidad de los ciudadanos: los triun
fos do la democracia han sido allí más aparentes qne reales. Es to
davía posible en España la vuelta del absolutismo, de la intole
rancia ivbgiosa y de los inquisidores. Ya hoy están los Gobiernos
sumisos á la Iglesia, y el reino todo á merced del Papa.»
12
Suman esos periódicos las crueldades cometidas en la Península
con las que afirman que se ejerce en nuestros dominios, si muy
exageradas, en ci ioimo cieñas, y nos hacen odiosos a Europa. A o,
no nos protegerá ninguna nación en las presentes luchas: empiezan
á creer motivado y justo el alzamiento de nuestras colonias. A
caer es posible que nos ayuden, según los buques de guerra que de
todas van afluyendo á las aguas del Archipiélago.
Se invoca aquí írecueníemante el honor de la Patria. En vindi
carlo do la crueldad que se nos atribuye, debería esforzarse el Go
bierno. ¿Por qué no lm de ordenar que se abra información sobre
los suplicios en Montjuich denunciados, y, si resultan ciertos, en
tregar los autores a ios tribunales? Advierta el Gobierno qus son
mas de 6o los acusados que los han hecho públicos bajo sus firmas.
Es de absoluta necesidad esta información en un proceso donde
vienen en peligro la libertad y la vida de tantos hombres. De que
se ha}’a usado ó no del tormento, ¿no depende acaso la validez ó
la nulidad de casi todas las declaraciones de cargo?
Las torturas infligidas á los que se considera reos convictos y
confesos, parecen indudables. El horror con qne los vieron los que
mas debían odiarlos nos las evidencia. ¿Con qué objeto se las pu
do emplear despues de 1». confesión del delito, sino con el de que
acusaran de coautores ó de cómplices á los demas pr·sos.·' Sus de
claraciones de cargo son evidentemente nulas, de resultar ciertos
los suplicios, aun cuando por otros motivos legales no lo fueran.
Actos de justicia, no de benignidad, reclamamos.", el interés de
la justiciadlo ningún interés personal Si nos inspira algún otro inte
res téngase por seguro que no es sino el del decoro y eí buen nom
bre de la nación á que pertenecemos.»
*
* *
L a s D o m in ic a le s d e l L ib r e P en sa m ien to , d e M a d rid , p u
b lic ó á te n o r d e lo d ic h o p o r E l N u ev o R é g im en u n e x te n so
a r tíc u lo d e l q u e e x tr a c ta m o s lo s ig u ie n te :
« E L R E IN A D O D E T O R Q U E M A D A
Circulan por Barcelona, por Madrid, por las columnas de loá
periódicos nacionales’y extranjeros, leyendas espantosas sobre lo
— 6 j —
*
* *
Y E l Socialista, ó r g a n o d e l P a r t id o O b r e r o , q u e h iz o un a
p e r s is te n te c a m p a ñ a e n c o n tr a d e lo s a tro p e llo s c o m e tid o s en
B a rc e lo n a , d e c ía a s im is m o :
S ÏL E N C ÏO B O C H O R N O S O
Algunos periódicos franceses han referido Ion crueles termentos
que se ha hecho sufrir á alguno» de los procesados con motivo del
crimen realizado en la calle de Cambios, de Barcelona. B.ijn su
firma loa han relatado los miamos jiresos en una carta dirigid?! á
uno do aquellos diarios. Según afirman, los palos han sido el tor
mento mas suave. A unos se les ha dado por todo alim ento baca
lao, sin consentirles bebida alguna: á otros se les ha retorcido las
partes viriles; á otros se les ha metido agujas ó astillas de caña
entre las uñas y la carne de pies y /nanos: tocio para forzi-rlos á
declararse reos ó participes de un delito en que sostienen na haber
tenido intervención alguna.
¿Se han enterado de denuncias tan graves los perió linos vi i m 1-
yor circulación de nuestro país, esos periódicos que andan ;í c iz i
de hiaf-.-rias de padres crueles y de niñas m artirizadas? -■•Se han
entera lo los periódicos llamados liberales y demócratas? Vm
enterado los diarios barceloneses, que, por publicar-a; o> 'la capi
tal d-.m-do se hallan encarcelados los que se declaran viedmas de
tales atrocidades, tienen más motivos \-ara fijarse en cuanto
con estos se relación*? Nosoiros creemos que si.
Y si lo están, ;á que esperan para alzar su voz y reclamar <!;!
Gobierno que se abra una información para av.-rRuur lo que
haya de cierto en lo dicho por gran número de procesados.?
¿Q u e h acen los p erió d ico s d e m o c rá tic o s, m ás o b lig ad o s q u e los
o tro s, q u e no clam an co n to d a s su s fu e rz a s p a ra qu e av erig ü e
in m e d ia t.u n e n te lo que m u ch o s p re so s en M o n ;ju ich afirman, y en
e l cuso d e q u e sea cie rto , com o n o so tro s n o s in clin am o s n m m-r, se
c a stig u e s e v e ra m e n te á los q u e h an o rd e n ad o ta n c ru do-; '.'in v en
to s y se an u le n la s d e c la ra c io n e s p o r ta n vil modo arra n ca d a * ?
¿ O e s q u e n a d a sig n ifica q u e á fin es dal sig lo X IX so empleen
p ro c e d im ie n to s ta n b á rb a ro s , ta n in h u m a n o s p a ra a rra n c a r d ecía-
— ós —
raciones, que nos ponen al n iveló más bajos aún de los pueblos
más atrasados de la tierra?
•O es acaso que miran con indiferencia que declaraciones asi
arrancadas lleven al patíbulo ó á presidio para toda su vida á hom
bres inocentes de todo delito?
El silencio de esos periódicos sobre tan grave cuestión sería bo
chornoso. Daría derecho á todo el mundo para suponer que, te
merosos de que fuera cierto lo denuuciado, pretendían amparar
con su silencio á los que hubiesen ordenado tan horrible crueldad.
Nosotros, en nombre del Partido Socialista, pedimos al G obier
no que abra la información á que antes nos referimos, y que lo
haga en forma tal, que ofrezca completa garantía á todos los ciu
dadanos de que la verdad será descubierta y castigados los culpa
bles si resultan exactas las denuncies hechas en el periódico fran
cés.
Si el Gobierno no abre esa información, dará lugar á que nadie
dude de la exactitud de lo dicho por los procesados y á que todas
las personas rectas crean que aquí no solamente no existe justicia,
sino que en nombre de ellase cometen actos horrorosos que in dig
nan y avergüenzan.» ( I I Diciembre 96)
R ajo el p e so d e e s ta a tm ó s f e r a d e r e tr o c e s o im p e r a n te ,
a b o g a d o s lo s m á s n o b le s s e n tim ie n to s p o r e l e g o ís m o y la
in d ife re n c ia y á v e c e s p o r el m ie d o q u e la r e a c c ió n p ro p a g ó
m a ñ o s a m e n te , d e s v a n e c ió s e e n k im p o n e n c ia la le v a n ta d a
a c titu d d e la p re n s a lib e ra l. L a o p in ió n a d o r m e c ió s e y s o la
m e n te d e v e z e n c u a n d o m o v ía s e á im p u ls o s d e a lg ú n h e c h o
ó de a lg u n a n u e v a d e n u n c ia p u b lic a d a .
E n el in te r r e g n o d e l C o n s e jo d e g u e r r a á la v is ta d e la c a u
sa a itc el S u p r e m o d e g u e r r a y m a r in a , lo s p ro c e s a d o s p r o
sig u ie ro n s u s tr a b a jo s , y f u e ra d e la s c á rc e le s a lg u n o s h o m
b res d e c o ra z ó n s e c u n d a r o n a q u e llo s c o n h o ja s y a p u b lic a s
ya c la n d e s tin a s e n q u e se r e p r o d u c ía n to d a s la s d e n u n c ia s
form ulada*: y se f u lm in a b a n c a rg o s c o n tr a lo s p o d e r e s c o n s
titu id o s . D e u n a d e e s ta s h o ja s c la n d e s tin a s , e d ita d a e n P a
rís, v .de o tr a im p re s a e n c u a tr o id io m a s , e d ita d a e n el m is
m o B a rc e lo n a , d io c u e n ta la p re n s a d ia r ia . O tr a m á s se p u
blicó e n N u e v a Y o rk , p o r u n g r u p o d e e s p a ñ o le s .
P ró x im o y a la v is ta a n te el S u p r e m o , lo s p re s o s e n M o n t-
ju ic h r e m itie r o n á E l P a ís y e s te p u b lic ó e l s ig u ie n te d o c u
m e n to :
« A L A PP E N S A E S P A Ñ O L A
Naeve meses cumplen hoy del aciago día que cubrió de luto á
— 66 —
Barcelona, con el explosivo de la calle de Cambios Nuevos, cuyos
horrores aún ocasionan desolaciones sin cuento é irremediables
penas.
.Prendióse á diestro y siniestro: hizose ra zzia obrera liberal y,
procesados unos, detenidos otros, se instruyó sumaria militar que
duró meses; proceso no menos dilatorio; tuvo lugar el consejo de
guerra; han transcurrido más de 90 días esperando resolución del
Supremo, y ni se alza la suspensión de garantías constitucionales,
ni el velo echado sobre la estátua de la ley se descorre, ni los
hombres de diversas clases á ideas (supuestos anarquistas, según
el gobierno que á España rige), presos en el castillo de Montjuich
3’ en la cárcel, pueden ampararse de derecho alguno, incluso el
de gentes.
Nuestras familias van pereciendo lentamente. Varios desús
miembros perdieron la razón, otros han muerto. Los supervivien
tes, piden degradante limosna ó aguardan el término do las enfer
medades y la miseria, en la mezquina vivienda que los han dejado
los desahucios.
Sabemos que es inútil pedir justicia á poderes que no quieren
administrarla; y por boca de sus funcionarios, cierran los ojos á
la razón.
Tampoco, la dignidad de la inocencia, nos aconseja el rebaja
miento de implorar clemencias bochornosas.
Cierto que padecemos mucho física y moralmente. Cierto que
nueve meses de incomunicación familiar (excepto el día 23 de
Enero) }r de violación de nuestra correspondencia (salvo el período
del 7 de Noviembre al 21 de Diciembre próximo pasado), nos afli
gen un castigo ó penalidad, que ningún Código lo proscribe, nin
gún delito lo motiva y ningún juez debería imponerle.
Más, á pesar de lo insólito referido y lo que poderosas razones
nos obligan á omitir, huimos del ruego, cual de la deshonra, del
crimen y del despotismo.
Esta manifestación, humildísima, ante la prensa, como repre
sentante que le juzgamos del noble pensamiento de nuestros con
ciudadanos, tiene por único y solemne objeto, protestar reiterada
mente contra el fatídico hecho de la explosión; repetir siempre la
inocencia y absoluta iresponsabilidadque en aquel nos cabe; y ha
cer constar, ante todo el mundo, que sí terrible y censurable fué
el lanzamiento de la bomba de Cambios Nuevos, igual calificativo
3’ aún peor merece esta segunda bomba de injurias, calumnias y
daños, que la torpeza de un gobierno desatentado ó de una justi
cia ciega, causó y sigue produciendo á los no culpables.
Y esto cumplido, deseamos al P U E B L O E S P A Ñ O L la SALUD, la
P A Z y la L I B E R T A D de que I103' carece.
Calabozos de Montjuich 7 Marzo de 1S97.— Los detenidos; José
López Montenegro, Antonia Casterán, Pedro Bernard, Ramón
Teíxé, José Miguel, José Salavich, Esteban Bové,Jaime Rivas,
Manuel Trepat, Antonio Tomás, Ramón Vidal, Francisco Manu-
~ 6 7 -
bens, Josa Vicens Franch, Clement* Sala, Martin Carbó, Alejan
dro Llurens, Antonio Masclen, José Jornet, Ivan Ivanoff, Cedro
Mosquera, José Riera, Esteban Puig Font, José Bonet Pont, Anto-
tonio Borràs Poch, Ramon Gonfau, Juan Solé Bigorra, José Ars,
Ramón Vidal, Francisco Regás, José Taine, Antonio Olivella, Pa
blo Teixas, Ignàcio Claret, Francisco Miralles, Juan Ventura, Ma
nuel Alis, José Elías Cusquellas, Isidro Mutiñó, Juan Bautista Es
teve, Ramon Gaspart, Carlos Farner, Anselmo Ramonet, Clemen
te Pujolras, Ildefonso Alvarez, Pelegrin José, Juan Riva Fàbregas,
Pedro Donal, Valeri* Just, Ramón Just, Antonio Fisas Pió, A lber
to Bargalló, Mariano Martorell Doria, José Fàbregas Serra, Luis
Inglada, Tomás Roca, Juan Serra Rosell, Emilio Sorra y Serra,
Francisco Bach, Jaime Corominas Pera, José Mestre Hanzá.»
(Reproducido por E l D e s p e r ta r , de N e w -Y o rk y L a Q u e s
tione S o cia le , de Paterson (E . U .).
A E l N u evo R é g im e n rem itieron asimismo una extensa
carta que este reprodujo precedida de algunas conside
raciones.
He aquí la carta y consideraciones dichas:
.(LOS A N A R Q U IS T A S
Ante tan grave denuncia, for ir lacla por la prensa burguesa, nos
cabe tan solo preguntar:
¿Que hay de cierto en ello?
¿Que hay de cierto en las denuncias que formula U ln tra n & i-
geant, de París, de fecha 27 de Noviembre, corroboradoras de lo
afirmado por la revista y periódxc-s anteriormente citados?
¿Que hay de cierto en la aún ¡n- v grave denuncia que con fecha
2S de Noviembre publica el citado fn tra n sig san t, respecto á que
son de tal magnitud las tortoras sufridas por ios procesados que
algunos de ellos han recurrido al suicidio para librarse de ellas?
_ ¿Que hay de verdad en 3a rotonda afirmación que en dicho pe
riódico hace Henri Rochsfort cu su articulo de fondo «TORQUE*
MADA», fecha 29 Noviembre, ase/y¡rancio que posee documen tos
confirmativos de que el autor del atentado se halla allende los ma
res y que ni siquiera es español?
— 77 —
Nosotros creemos que, llegadas á este estado las cosas, es ya
cuestión de que la opinión pública intervenga moralmente recla
mando el esclarecimiento de los hechos.
Nosotros opinamos que ha llegado el momento de que lá prensa
en general y especialmente la prensa liberal y demócrata ahonde
en el asunto. El silencio parecería complicidad manifiesta y no
podemos creer deje de hallar eco en ella el grito de la desgracia ó
de la inocencia.
Alguna voz se ha levantado ya. Nosotros desde nuestra esfera
de obreros hacemos coro á ella deseando que todo ei mundo cum
pla con su deber de ciudadano y de hombre. De humano ante todo
Porque no es amontonando cadáveres, no es produciendo víc
timas, como se extinguen los odios sociales y se acorta el abis
mo de clases.
Sabemos que á nuestra voz obrera no .ve le otorga significación
social alguna para ser atendida, pero sabemos que cuando esta voz
se trueca en la voz de la opinión pública, esta tiene el derecho de
pedir el esclarecimiento de los hechor para sancionarlos con su
aprobación ó anatematizarlos con sus protestas.
Salud y Justicia.
Varios obreros coruñeses
PR O T E S TA
La mayoría de los Obreros d S indar > 'Is Compostela, celosos
por la defensa de las públicas ido- r. :.d:s, amenaza las hoy seria
mente con pretextos más ó monos f.i j 'a ¡os, ha resuebo protestar
públicamente, com;> lo hace cootia los escandalosos ¿inhumanos
atropellos de que S ' iiiz 'ob jeto á muchos 0 'ñeros encarcelados
con motivo del atentado de h calle de Cambios Nuevos en Barce
lona, según repetí.lamente 1> ha con-ag ¡udi mu p a re de la pren
sa de gran circulan-, m.
El .silencio .signi ¡icaria una comnlicida 1vergonzosa, y nosotros
que por espíritu de justicia y de humannlnd, lauto como por lazos
de cninnañerismo haci 1 todos los obreros sin distinción de opi
niones, surtimos ia indignació •. qu e 'a cruel.1id produce; nosotros
que por amor alas libertades tan costosamente conquistadas he
mos sentido aqueilos estremecimientos de que hablaba un ilustre
hombre público; nosotros que, víctimas en ocasiones de las ilega
lidades y atropellos del Poder, reo ir la na* ci.i j isti o de-a U e re-
13
- 78 -
N u e s t r a s n o t i c i a s l i m i t a d a s á la s d e la p r e n s a q u e h a lle g a
do á a u c s tia s m a n o s , s o n n a tu ra lm e n te d eficie n te s, E n otras
c o m a r c a s d o n d e la s id e a s lib e r a le s im p e r a n no pueden haber
p e rm a n e c id o in a c tiv o s lo s h o m b r e s d e c o r a z ó n v d e h o n r a d o s
se n tim ie n to s. N o lo fu e r o n h a s ta e n tr e lo s p r o fe s o r e s v e s c r i
t o r e s d e n o t a . Il I p ro feso r de la U n iv e rsid a d de S a la m a n ca
S r. U n a m u n o in te r e s ó s e p o r el c o m p a ñ e r o C o r o m in a s v p ri
m eram en te a q u e l y lu e g o e n u n ió n d e v a r io s cscriio re s^ tu v o
d iferen tes e n tr e v is ta s c o n el P resid e n te d .-i C o n s e jo de m i
n ía n o s á fin d e q u e n o s e c o m e t i e r a c o n el procesad o de re
fe r e n c ia u :i t r e m e n d o e r r o r ju d ic ia l. (V éase P u b lic id a d , de
B a r c e lo n a , 5 de D ic ie m b r e do iS p ó ,)
lu í el e x tra n je ro el m o v im ie n to J e p r o te sta n .ic m á sv iv o . E n
r ía n c ia se c e le b ra ro n d ife re n tes m e e tiu g s e n tre lo s que re
co rd a m o s: d o s e n M a rse lla , d u r a n te el m e s d e E n e r o ; lo s d e
1an s en 12 y 28 d e D ic ie m b r e y 5 d e E n e r o , q u e p r o d u je r o n
u n a im p o n e n t e m a n ife s t a c ió n d e d e s a g r a d o a n t e la e m b a ja d a
esp a ñ o la y com o co n secu en cia la e x p u lsió n tí e l te rrito rio
ranees d e c u a l ro^ c o m p a ñ e r o s , e s p a ñ o le s c ita lia n o s : el de
L o n d res el 28 d e E n ero cu q u e lo m a ro n p a rís lo s h o m b r e s
c e m as sig n ifica ció n e n el so cia lism o y t r a d e - u u i o n i s m o : a l-
g u n o s d e ise lg rca v u n o en Buenos A ires. E n La H uya (H o
la n d a ) s e v e r i f i c ó a fin e s d e E n e r o u n a m a n ife s ta c ió n 'd e p r o
te sta a n t e la e m b a j a d a d e E s p a ñ a .
En la p r e n s a la s p r o t e s t a s f u e r o n a sim ism o n u m e ro sa s. E s
p e c ia lm e n te c it a r e m o s la p u b lic a d a c u v ario s p e rió d ic o s fra n
ceses fir m a d a p o r c u a tr o d ip u ta d o s . d o s co n ce ja le s d e P a rís
y v a n o s lite ra to s y h o m b re s p ú b lico s.
L a o la d e la in d ig n a c ió n lle g ó h a s ta lo s p a r la m e n t o s , d o n d e
p o r lo c o m ú n tie n en esca so e co h s d e m a n d a s d e ju s tic ia . E n
el p a r l a m e n t o fran cés p r o m o v ie ro n una v iv a d is c u s ió n lo s
« im ita d o s so c ia lista s, A sim ism o en p a rh m e n io s com o el
v e ! A l e m á n q u e c.i h u r g u e n 1 r e p u t a d e io s m e j o r e s y
m u ; s e n o s , c la m o s e ta m b ié n c o n t r a la s in iq u id a d e s c o m e ti
das c o n lo s p r e s o s d e B a r c e lo n a , y p o c o fa ltó p a ra q u e al g o -
— 8o —
b ie r n o e s p a ñ o l se le t r a t a s e c o m o á lo s m a n d a r in e s d e la C h i
n a ó á lo s r e y e z u e lo s d el A f r i c a . ( N o ta 15).
E l p e rió d ic o a le m á n F r a n k fu r t e r Z e itu n g e n v ió á B arce
lo n a u n co rre s p o n sa l e sp e cia l y en v ista de lo s in fo rm e s de
é ste p u b lic ó u n v io le n to a rtícu lo en lu g a r p referen te co n fir
m ando y a n a t e m a t i z a n d o la s t o r t u r a s y lo s m a r t i r i o s in flin g i
d o s á lo s p re s o s c o n m o tiv o d e la e x p l o s i ó n d e C a m b i o s N u e
vos.
S o b r e la m e s a t e n e m o s u n fa jo e n o r m e de p e rió d ico s que
se o c u p a ro n en e sta h isto ria h o rrib le d e in fa m e s to rtu ra s. U n
c e n t e n a r d e p e r ió d ic o s fr a n c e s e s e n tr e lo s q u e se e n c u e n tr a n
L T n lr a n s ig e a n t , L e J ou r,
p e rió d ic o s d e g ra n c irc u la c ió n ,
L a P e tite Republique, Id E c h o de P a r ís , L a JusLice, de C l e -
m c n c e a u , e tc .; u n a v e in te n a d e p e rió d ico s a le m a n e s ¿ in g le
ses, el im p o rta n te p erió d ico D a ily C hroniche, de Londres,
e n t r e e llo s; p e r ió d ic o s b e lg a s , p o r t u g u e s e s é ita lia n o s , la T r i
buna, d e R o m a , e n tre v a rio s q u e p u d ié ra m o s cita r; M isca rea
S ocia la , d e R u m a n ia , q u e c o n s a g ró u n n o ta b le a rtíc u lo á la
I n q u is ic ió n e n E s p a ñ a . N ú m e r o s e sp e c ia le s y e x tr a o r d in a r io s
se p u b lic a ro n en E u r o p a y A m é ric a . U n g ru p o de e scrito res
fran ce se s p u b lic ó un núm ero ú n ico de L T n c o r r u p tib le que
a lc a n z ó v a ria s e d icio n es. C o n tie n e n o ta b le s tra b a jo s de C ar
lo s M a la to , E lís e o R e c lu s , M a d . S a v e rin e , E duard C o u sin ,
B ernard Lazare, P. K ro p o tk m e, A d o lfo íle tlé , C a rlo s--A l-
v e r t , A n d r é s G i r a r d , J. F e r r i e r c , J u a n G r a v e , L u i s a iM ich e l,
E m ilio P o u g e t, S eb a stia n F aure, P e p ita G uerra, C o n sta n t
M a rtin , L e o K a d y , B e rn a t M etjc, L u c ia n o D escaves, L . P or
t e t , J. B . L a v a u d , F e rn a n d o T a rrid a ,H o n o ré B ig o t y cartas
y d ocu m en tos de B a rce lo n a . L a L ib c rta ire , de S e b a stia n
Faure, p u b licó ta m b ié n en n ú m ero e x tra o rd in a rio q u e ade
m á s d e d ife re n te s tra b a jo s d e e s c rito r e s b ie n c o n o c id o s , c o n
te n ía u n m a n ifie s to -c o n v o c a to ria al m e e tin g d e p ro te s ta que
o rig in ó la m a n ife s ta c ió n d e d e s a g r a d o a n te la e m b a ja d a es
p a ñ o la d e q u e y a h icim o s m e n ció n . E n Buenos A ires p u b li
c ó s e u ñ n ú m e r o e sp e cia l d e E l O p rim id o , q u e a d e m á s d e lo s
tra b a jo s de re d a cció n , c o n te n ía , re p ro d u cid o s, o tro s de El
P a ís , de L 'In tra n s ig e a n t, etc. A lc a n zó e ste n ú m e r o e sp e c ia l
c in c o g ra n d e s ed icio n es.
A d e m á s , a lg u n o s p e rió d ico s que te n ía n c o r r e s p o n s a l en
E s p a ñ a p u b lic a ro n c o n tin u a m e n te co rresp o n d e n cia s sobre
lo s s u c e s o s d e B a r c e lo n a . R e c o r d a m o s en este m o m en to El
D e s p e rta r , de N ueva York; E l E s c la v o . de T um pa: E l O p rí-
— 8i —
mido y L a R c v o h u io n S ocia l, d e B u e n o s A i r e s , e n l e n g u a
IA A g ita tio n e , d e A n c o n a ; lA A v v e n ire , d e B u e n o s
e sp a ñ o la ;
A i r e s ; L a Questione S o cia le, d e P a t c r s o n (E . U . d e A .);
L 'A vven m e S o cia le , d e M e s s i n a , e n l e n g u a i t a l i a n a ; Les
lem p s N o u ve a u x , d e P a r í s ; M is c a re a S o c ia la , d e B u c a r e s t ;
A Libertado, 0 P ra b a lh a d or , O Cam inho, d e P o r t u g a l , y
otros c u y o s e je m p la r e s se n o s h a n e x t r a v ia d o ó cuyo recuer
do n os es in fie l.
E n la i m p o s i b i l i d a d m a te r ia l d e r e p r o d u c ir c u a n t o la p r e n
sa d e t o d o s l o s p a í s e s y d e t o d a s la s o p i n i o n e s h a d i c h o s o b r e
el p a r t i c u l a r n i a ú n e n e x t r a c t o , n o s l i m i t a r e m o s á c o n s i g n a r
a lg o d e lo m á s s a l i e n t e e n la s e c c i ó n d e n otas. (N o ta 1 6 .)
Y en c u a n t o á la prensa de E spaña Ll
re p e tire m o s q u e
País, E l S o cia lis ta , E l Nuevo R é g im e n , L a J u s ticia , L a s
Dom inicales, t o d o s d e M a d r i d ; La A n to rc h a y E l P u e b lo , d e
V a l e n c i a ; ] J P u e b lo , d e C á d i z ; E l Pueblo, d e C o r u ñ a ; La
L n ió n , d e P o n t e v e d r a , y L a A u ton o m ia , d e R e u s . s e d i s t i n
g u ie ro n p o r su a c tiv a c a m p a ñ a e n tr e lo s m uchos que la s e
c u n d a r o n y a y u d a r o n . P o r la s razones a n te d ich a s no h are
m o s m a s q u e r e p r o d u c i r e n la s n o t a s la s o p i n i o n e s e m itid a s,
e x tra tá n d o la s c o n v e n ie n te m e n te . (N o ta 17).
E l q u e le y e r e se h a rá c a r g o d e la m a g n it u d del m o v im ie n
to d e o p i n i ó n que to d o esto sig n ifica . Pese al sile n cio ver
g o n z o s o d e la p r e n s a r e a c c i o n a r i a y d e u n a p a r t e de la l i b e
ra!, c u y a c o m p l i c i d a d con el je s u it is m o n a d ie ig n o ra , pode
m os a firm a r sin que pueda d e sm e n tírse n o s, que E spaña
en tera se in te re só p o r lo s s u c e s o s d e B a rc e lo n a , y que así
en E u r o p a c o m o en A m e r i c a el a n a t e m a c o n t r a la s to rtu ras
in flin g id a s á lo s p r o c e s a d o s f u c g c n c r a ! .H o m b r e s y p e r ió d ic o s
de t o d a s la s o p in io n e s v ie r o n con h orror que a cen ten ares
de i n o c e n t e s s e Ies a p l i c a b a el t o r m e n t o c o m o e n lo s m ejo res
t ie m p o s d e la S a n t a I n q u i s i c i ó n . P o r e sto la v e n g a n z a id ea d a
p o r lo s g o b c i n a n te s e s p a ñ o le s c o n l t a lo s a n a r q u is t a s n o lo g r ó
la i m p u n i d a d y l a h i s t o r i a m a l d e c i r á á l o s q u e s e g o za ro n en
el s u p l i c i o c r u e l d e a q u e l l o s c e n t e n a r e s de a m ig o s n u estro s
que á estas h c a s esperan el m o m e n t o d e s e r fu s ila d o s , re
clu id o s e n p r e s id io ó d e p o r t a d o s .
*
* *
D esp u és d e esta c a m p a ñ a d e in d lg n ic ió n e fe c tu ó s e en M a-
— 82 —
d r id la v is ta d e la c a u s a a n t e el S u p r e m o d e G u e r r a y M a r in a .
D isen tim ie n to s d el A u d ito r y C a p itá n general dfc C a t a l u
ñ a c o n la s e n t e n c i a d i c t a d a p o r e l C o n s e j o d e G u e r r a , m o ti
v a r o n la r e v i s i ó n do este p r o c e s o a n te el S u p r e m o .
Y en e fe cto , tra n s cu rrid o un la rg o p la z o , re u n ió se aquel
c u e r p o ju r íd ic o a n te e l c u a l lo s fis ca le s La Cerda y U rdanga-
r i n p i d i e r o n la r e v o c a c i ó n d e la s e n t e n c i a d e l i n f e r i o r y m o
d if ic a r o n la s c o n c l u s i o n e s a g r a v a n d o la s p e n a s . A e ste o b jeto
p id ie r o n la p e n a d e m u e r t e p a r a d ie z p r o c e s a d o s , v e in t e a ñ o s
de c a d e n a p a r a cin co ,, d ie z y nueve años un m es y u n d ía
para o tros o ch o . 18 a ñ o s 7 m eses y u n d ía p a ra 33 y la a b s o
lu c ió n p a ra el re sto .
L a s se sio n e s fu e ro n p ú b lica s y de pura fó rm u la . A sis tie ro n
so la m e n te o c h o d efen so res, excusándose lo s d e m á s . L a s d e
fen sas fu e ro n p o r reg la g e n e ra l a n o d in a s, com o in sp ira d a s
p o r un d e b e r m o le sto . A lg u n a q u e otra tu v o verd ad era im
p o r t a n c i a , e n t r e d í a s la d e C o ro m in a s, p ero en ca m b io no
fa ltó a lg ú n d ig n o m ilita r p a ra q u ie n la p e n a d e m u e rte im
p u e s t a ¡i s u d e f e n d i d o p a r e c í a l e c o s a s o b r a d a m e n t e b la n d a .
L a s se sio n e s d e este trib u n a l n o d e s p e rta r o n e n la o p in ió n
el m ás le v e m o v im ie n to de a te n c ió n . C o n v e n cid o t o d o el
m u n d o d e la in e fic a c ia d e la s p r o te s t a s y d e la i n u t ilid a d de
la s d e m a n d a s d e ju s tic ia , d e jó se q u e e l g o b ie r n o y su s a u x i
lia re s to gad o s y m ilita re s c o n s u m a s e n la o b r a d e in iq u id a d
in icia d a .
N o q u e r e m o s g a s t a r t ie m p o e n la r e la c ió n d e una fa rsa r i
d ic u la q u e ni a ú n h p ú b lica c u rio s id a d lo g r ó d e s p e rta r. Lodo
e n ella e s ta b a p r e v is to v d isp u e sto parí engañar al p u e b lo
e s p a ñ o l y a l m u n d o c o n el e s p e c t á c u lo d e u ia m a g n a n im id a d
fin g id a .
È 1 a lt o t r ib u n a l d ic tó s u in a p e la b le fa llo e n e s ta fo r m a :
C o n ic n id o s á m u e r í T o n ís .W n .-r i, A n to n io N o gu és,
J u a n ALsi u y Jóse M o la s v L u is M á s.
A v e in te .ñ o s .ie c a d .n . r e m n o r u i v ''c e n s o r i a s á F r a n c i s c o
C a llis . J a im e V i!.d in . Joui V .io ó lA m x , A n to n io Cepe-
r u e l o , S c b a s i ’ i 1 ó , " 1 .¡ d e ; : . o M d i e h , ii> t i , l o m e r a O lle r, R a
fa el C u s i.ió v J u a n T - r r a :t s .
A d ie cio ch o años c-id cu . urnporM v a c ce s o ria s ú E p i
fa n ía C a n a \’ i d . n . . ; H ya d a ta ü u e r y J u a n C asanovas.
A d ie z años i.: ¡ v y . y . u o in v .'o r á J u a n S d n s , C 'd s t ó b a l So
le r, M u c o R ip M . J o M c . n . F ra n cisco L is A rb io ls , A n to n io
C o sta y Lorenzo Serra.
_ 8 3 —
Se a b su e lv e á C o r o m in a s y se se n ta y dos m ás.
E n C o n s e jo d e m in istro s c e le b ra d o u n o s d ía s d e s p u é s, se
acordó c o m u n ic a r á B a rc e lo n a la s in stru ccio n e s n ecesarias
p ara d a r c u m p l i m i e n t o á la s e n t e n c i a e n t r e la s q u e f i g u r a la
d e p o rta c ió n á la C o lo n ia d e R i o d e O r o d e e s to s 63 a b su e lto s.
Es una m an era d e a b so lv e r m u y o rig in a l.
Y d es p u é s d e esta h a z a ñ a se h abrá q u ed ado el g o b ie r n o y
sus s e c u a c e s t a n fresco s c r e y e n d o ó fin g ie n d o creer que la s
gentes c o m u lg a r á n con la s p i e d r a s de m o lin o d e su a lto y
sereno e s p ír itu d e ju stic ia .
E n t r e la p e t i c i ó n d e G a r c í a N a v a r r o y e l fa llo d e l Supre
m o h a y u n a b ism o . ¡ C r e a m o s e n la a lta s a b id u r ía del to d o
p od eroso trib u n a l!
V
nunca d e sa n g re h u m a n a . D e o tro d e lo s c o n v e r t i d o s , e l ú n i
co q u e n o p r o te s tó d e s u in o c e n c ia ni h iz o m a n ife sta c ió n a l
gu n a d e id ea s n o p o d e m o s d e c ir o t r o tan to. A scberi es un
e n ig m a d e s d e el p r im e r m o m e n t o d e e ste p r o c e s o m o n stru o
s o .A 'lu r ió , a l p a r e c e r , co n ve rtid o . E n su c o n c ie n c ia h a d e b i
do lib ra rs e u n a t e r r ib le b a ta lla . E í f u e , o b l i g a d o p o r b ru ta le s
torm en tos, el p rin cip a l acusador de tan tos in o cen tes que
ahora u n a ju s tic ia in ic u a c a s t ig a in fle x ib le . A sch en es la h e
ch u ra d e lo s M a r z o y s u s e s b i r r o s y la o b r a a c a b a d a por lo s
je su íta s, S e h i z o d e e s t e d e s g r a c i a d o u n a u t ó m a t a q u e ni aún
en lo s ú l t i m o s m o m e n t o s t u v o v i g o r p a r a r e a c c i o n a r y m os
trarse h o m b r e . ( N o t a 18). S u c o n v e r s ió n en estas c irc u n s ta n
cias n o t i e n e v a l o r a l g u n o . S u p o s i b l e c u l p a b i l i d a d , p u d i e n d o
tal v e z s e r c la r a y e v id e n te , h a q u e d a d o e n v u e lta en el m is
terio . L a i m p a r c i a l i d a d n o s o b l i g a á p r o c l a m a r a q u é l l a y cie r
ta la in o c e n c ia d e lo s d e m á s . E l r e s p e to y la c o n s id e r a c ió n
d eb id a s á lo s h o m b r e s q u e h a n d e ja d o d e e x is tir y no pueden
por ta n to re v ela rn o s lo s secretos m ó v ile s de sus a cto s ni
p resta rse á la c o m p r o b a c i ó n d e su s c u lp a s , in c lín a n o s á p r e s
cin d ir d e c o n s i d e r a c i o n e s q u e si p u d i e r a n r e d u n d a r e n bene
ficio d e u n a i d e a , p o d 1í a n t a m b i é n e s c a r n e c e r una honra ro
bada y u n a in o ce n cia d esco n o cid a . (N o ta 19}. S o b r e lo s que
tra m a ro n e ste m ía m e c .u n p lo t co n tri: u n a m asa co n sid e ra b le
de a n a r q u is ta s , d e b e r á n r e c a e r t o d a s la s in iq u id a d e s co m e ti
das. D e la s s o m b r a s e n q u e h a n c a í d o e n v u e l t o s lo s fu sila d o s
son r e s p o n s a b le s e llo s , lo s h o m b r e s d e l e y y lo s h o m b r e s del
sable, c o n j u r a d o s para e x te rm in a rá lo s ad ep tos de u n a id e a
im p ereced era .
B a rc e lo n a , E sp a ñ a , el m u n d o to d o ha p resen cia d o c o n ho
rror el té r m in o te rrib le d e e sta tra jed ia que com enzó en la
ca lle d e C a m b i o s N u e v o s .
U n p e rió d ico e se n cia lm e n te r e a c c io n a rio , ó rg a n o d e to d o s
lo s g o b i e r n o s , l o re fleja a d m ira b le m e n te en este te le g ra m a
que p ro d u c e e sca lo frío s d e te rro r:
Barcelona 4, (7 m.)
A las tres ele la madrugada empieza á notarse animación en las
inmediaciones del castillo de Montjuich y en los caminos que con
ducen á la montaña.
Por la carretera suben fuerzas de policía y de la guardia civil,
destinadas á vigilar el recinto donde va á verificarse la ejecución.
Los regimientos de caballería de Borbón y de Tetuán toman po
siciones para formar el cuadro.
— 86 —
Acude una inmensa multitud, en la cual las mujeres están en
mayoría.
Suben por la cuesta de Montjuích los dos furgones destinados
á trasladar al cementerio los cuerpos de los ejecutados.
La noche lia sido obscura y nublada.
Corre un fresco impropio de estos días, y lo desapacible del
tiempo acaba de hacer triste y negro el paisaje, dándole aspecto
pavoroso.
Empieza á amanecer.
Gracias á la amabilidad del jefe de vigilancia Sr. Plantada con
sigo al fm penetrar en el sitio en que ha de ejecutarse á los con
denados.
Forma este lugar un extensísimo foso, dominado por la muralla
inmediata.
El camino está atestado de gente, y los agentes apenas pueden
contener al público, que se sitúa junto á la muralla, cubriendo ma
terialmente los alrededores del castillo.
A las cinco de la mañana salen por la poterna que da al foso dos
compañías de cazadores de Figueras encargadas de la ejecución.
Algunos minutos después aparece por la misma poterna la fú
nebre comitiva.
Ascheri lleva blusa y va ju n to á u n sacerdote, que empuña un
Crucifijo.
Siguen Mas y Nogués, vestidos de americana.
Molas viste una blusa azul, y Alsina blanca y larga.
Todos llevan la cabeza descubierta.., vía s manos atadas á la es
palda por una cuerda que cogen los soldados.
Acompañan á los reos todos los hermanos pertenecientes á la
cofradía de Nuestra Señora de los Desamparados, el piquete en
cargado de la triste misión, el médico forense y el juzgado muni
cipal.
La comitiva sigue á lo largo del foso.
La presencia de los reos produce en el numeroso público profun
da impresión.
Los reos miran impávidos á la gente y no contestan á las frases
de consuelo que los cifrados les dirigen.
Mas ríe y mueva sarcásticamente la cabeza.
Nogués anda con gra ¡ soltura.
En cuanto llegan á la pared del foso señalado para la ejecución,
el oficial de! piquete llama A los .sentenciados por sus nombres para
que adelanten tres pasos, como asi lo hacen con rara seguridad.
Molas grita; ¡Soy inocente! ¡Asesinos!
Mas afv.ule; ¡Viva la anarquía!
Alsina provinimos también con firmeza: ¡Muera la Inquisición!
¡Esto es un asesinato!
El público oye estos gritos sobrecogido de terror. La escena es
imponentísima.
La firmeza y obcecación de los reos causan tanta tristeza como
— - 8 7
¿ Q u i é n n o i CC e n e s t e t e l e g r a m a q u e l a p r o p i a b u r g u e s í a n o
cree en la c u lp a b ilid a d de todos io s fu silad o s? ¿ Q u ié n no
ded u ce d e él q u e se h a c o m e t id o u n a s e s in a to sin e je m p lo ?
L a p r e n s a j e s u í t i c a a d v i r t i ó e! p e l i g r o d e r e l a c i o n e s c o m o la
que h em o s re p ro d u c id o y p id ió á g r ito p e la d o q u e sus co le
gas n o d ie r a n al p ú b l i c o m o t i v o s p a r a j u z g a r m u n ire s á io s
q u e ella lla m a m o n s t r u o s d e la a n a r q u í a . E l H e ra ld o de M a -
dnd n e g ó se á r e p r o d u c ir lo s te le g r a m a s d e su c o r r e s p o n s a l y
a n a te m a tizó ú lo s p e r ió d ic o s q u e n o h ic ie r o n o t r o t a n t o .
L o q u e n o c o n s i g u i e r o n ios presos y procesados con sus
re ite ra d a s p ro testa s, o b tu v ié ro n lo en un m o m en to cin co
hom bres q u e ca en h e ro ica m e n te p ro c la m a n d o su in o c e n c ia y
sus c o n v i c i o n e s d e s i e m p r e . L a i m p r e s i ó n n o se b o rra rá fá c il
m e n te d e t o d a s la s c o n c i e n c i a s h o n r a d a s .
R epasand o el ca p ítu lo d e cargos que van fo rm u la d o s en
este f o l le t o p o d r a s e e n to d o tie m p o c o m p r o b a r que esta im
presió n , si s e n t i d a d e m o m e n t o , n o d eja d e te n e r p o r e llo la
sa n ció n d e lo s h e c h o s a n t e r i o r e s .
N o ob stan te h a b er a te n u a d o ia se n te n cia el S u p rem o de
G u erra, ca re c e é sta d e b a se só lid a . Probado queda que la s
d e c la ra cio n e s f u e r o n a r r a n c a d a s p o r la v io le n c ia , p o r el to r-
m en to y por el e n g a ñ o . Y un proceso y u n a p e n a lid a d que
d e s c a n s a n e n ta l p r o c e d im ie n t o tie n e t o d o s lo s v ic io s d e n u li
d a d q u e l a s m i s m a s l e y e s d e c l a r a n . P e r o p o r si e s t o n o basta
ra, q u ed a a sim ism o en p ié el h e c h o d e la in c o n g ru e n c ia de
a p re c ia c ió n e n tre to d o s lo s q u e lle v a r o n a d e la n te este proceso.
M ien tra s el lisc a l G a r c ía N a v a r r o p e d ía v e in tio c h o p e n a s t e
m u e r t e e l C o n s e j o d e G u e r r a d e B a r c e l o n a c o n d e n ó á Ja ú lti
m a pena ú n ica m e n te á ocho. N o se c o n fo r m a n c o n esto el
A u d ito r m ilita r y c i C a p itá n gen eral de C a ta lu ñ a y v ien e á
M a d rid la causa para n u e v a v ista . E stu d ia n c ! p r o c e s o dos
to g a d o s , m ilita r el u n o , c iv il el o t r o , y m o d ific a n la s co n clu
s i o n e s e n el s e n t i d o d e a g r a v a r la s p e n a s p a r a u n o s y d u lcifi
ca rla s para otros, a u m e n t a n d o á d ie z e l n ú m e r o d e lo s que
d eb ía n se r c o n d e n a d o s á p e n a c a p ita l. fin a lm e n te el S u p re
m o de G u e r r a d ic ta fa ilo in a p e la b le condenando á m uerte á
c in c o d e lo s p ro c e s a d o s.
¿ C o m o , p r e g u n t a m o s n o s o t r o s , c o n a r r e g l o á la l e y , puede
d arse tan e n o r m e d ife re n cia d e crite rio ? ¿K s q u e está p e rm i
t i d o j u g a r c o n la v i d a d e l o s h o m b r e s c o m o p o d r í a h a c e r s e , no
sin c r u e ld a d m a n ifie s t a , c o n la c le u n co n e jo ?
.D e sp u é s d e u n a la b o r d e v a rio s m eses, después de cen te
n ares d e d e c la ra c io n e s y d e in fo rm a s, d esp u é s de h a b e r ob te
n i d o p o r la t o r t u r a la v e r d a d y la m e n t i r a , la m e n t i r a m a s que
q u e la v e r d a d , t o d a v í a e s t o s h o m b r e s d e l e y , s a p i e n t e s leg is
la d o r e s , g r a v e s t o g a d o s , m ilita r e s q u e se tie n en p o r p u n d o n o
ro so s, v a c ila n en sus ju icio s y n o s a b e n si lu siia r á 28 hom
bres ó co n fo rm a rse co n 5 ú n i c a m e n t e . ¿ D e q u é le s h a s e rv id o
pues, la sa b id u ría d é lo s M a r z o y lo s G a r c ía N avarro? ¿D e
q u é su c ru e ld a d ? ¿D e q u é la s in iq u id a d e s m andadas e jecu ta r
á lo s e sb irro s e sco g id o s en tre la g u a r d ia c iv il y la p o licía?
¿ D e q u e el sin n ú m e r o d e a r o p s il o s y d e in fa m ia s d e q u e se h i
z o v ítim a s á lo s tra b a ja d o re s d e B a rce lo n a ?
T o d o e llo no lia se rv id o m ás que para consum ar ut i
a se sin a to .
A h í e stá n , c o o rd in a d o s c o m o m e jo r n os s u g ir ió n u estra e s
c a s a in te lig e n c ia , to d o s lo s d o c u m e n t o s q u e lo prueban- Los
h e m o s to m a d o d e to d as p a rtes, déla prensa e s p a ñ o l a , d e la
e x tr a n je ra y d e lo s m is m o s p re s o s. C o n s t it u y e n estos docu
m en to s un verd ad ero co n tra-p ro ceso fo rm a d o p o r la o p in ió n
p ú b lic a e n t o d o s lo s p a íse s; c o n t r a - p r o c e s o d e l q u e la e v id e n
cia d e lo s s u p lic io s y m a rtirio s in flin g id o s b ro ta e x p o n tá n e a y
re ite ra d a m e n te sin q u e d eje lu g a r i dudas; con tra-p roceso
— «9 —
que g u a r d a c o n el p r o c e s o in c o a d o p o r el ju e z M a r z o ]a re la
c ió n m i s m a q u e e x i s l e d e ¡ a l u z á Ja s o m b r a . L o s co m én tan o s
h u e lg a n e n e s ta p a r t e d e n u e s t r o fo lle to p o r q u e de cada pá
g in a , d e c a d a l í n e a s u r j e un ú n ico y fo rm id a b le co m e n ta rio :
¡[iifa m ia , in iq u id a d , a se sin a to /
¿Porqué el S u p re m o C o n s e jo de G uerra y M a rin a , q u e
qu iso m o s t r a r s e ju s t o , n o r e p u d ió lo s fu n d am en to s del p ro
ceso? ¿ P o r q u é d i ó c o m o b u e n a s a c u s a c i o n e s a r r a n c a d a s p o r e l
torm en to? ¿ P o r q u é e n su o b ra d e ju s tic ia n o in te n tó siq u ie ra
ce rcio rarse d e la v e r d a d e n v u e l t a e n la s s o m b r a s a r r o ja d a s e n
el p r o c e s o p o r l a s c o n t r a d i c c i o n e s d e l a t o r t u r a y del engaño?
N i el riscal G a r c í a N a v a r r o , n i e l C o n s e j o d e B a r c e l o n a , ni
lo s r i s c a l e s d e M a d r i d , n i a u n l a m a y o r p a r t e d é l o s d e f e n s o r e s
a d virtiero n q u e p o r a c u d ir á r e u n io n e s p ú b lic a s d e u n c e n t r o
ie g a lm e n te c o n s t it u id o y p o r p r o fe s a r id e as q ú e n in g u n a le y
c o n d e n a b a , se p o d ía p r o c e s a r y condenar a sim ism o á n a d ie ’
v, no o b s t a n t e , e l S u p r e m o d e G u e r r a se fu n d a p r e c is a m e n te '
c u e llo p a ra a b s o lv e r á (33 p ro cesad o s. (N o ta 20) ¿Y una cosa
tan s e n c i l l a , u n a r a z ó n tan c la ra n o lo g r ó p e n e tr a r e n lo s c e
rebros d e t a n t o s ilu s tr e s t o g a d o s y m ilita res!
EL C o n s e j o S u p r e m o r e c o n o c e q u e e l h e c h o d e a s i s t i r á l a s
re u n io n es p ú b lic a s d e l C e n t r o d e C arretero s no p u e d e e sti
m arse c o m o c o n stitu tiv o de c u lp a b ilid a d ; re c o n o c e n o estar
probado q u e lo s q u e c o n t r ib u ía n á la s c o le c t a s que en d ich o
C en tro se h a c ía n su p ie ra n qu e el d in ero se d e s tin a b a á la
com pra d e e x p lo siv o s; re c o n o c e así m ism o que e n a q u e lla
época n o p o d ía h a c e r s e á lo s p r o c e s a d o s u n c a r g o p o r p r o f e
sar la s i d e a s a n a r q u i s t a s n i a u n c o n a r r e g l o á la l e y e x c e p cio
nal d e 10 d e J u l i o d e 1 S 9 4 ; y , n o o b stan te, descan san do to d o
el p r o c e s o e n l a tram a de la s su pu estas re u n io n es de aquel
C e n tro , d á p o r p r o b a d o s h e c h o s q u e p a r a el m ism o trib u n a l
in terio r n o f u e r o n e v i d e n t e s p o r q u e e n la s d istin ta s d e c la ra
cio n es a r r a n c a d a s p o r la v io le n c ia e x istió á ca d a m om en to
co n tra d icció n , y a que por lib ra rse del to rm en to d iferen tes
in d iv id u o s lle g a r o n á d e c la r a r s e a u t o r e s d e u n m is m o h e c h o .
El caso d e C o d in a se re p itió c u este p ro c e s o v a r ia s v e c e s : lo s
presos y p r o c e s a d o s c la m a ro n in ú tilm e n te p o r q u e se le s p e r
m itiera d e f e n d e r s e , d e n u n c i a r o n lo s m a lo s Irato s de que ha
bían s id o o b j e t o n o s ó i o á la p r e n s a sin o ta m b ié n á lo s m is
m o s t r i b u n a l e s , y , s i n e m b a r g o , el a l t o C o n sejo de G uerra y
M arin a se c o n f o r m a c o n to d o lo m o stru o sam e n te a ctu a d o
por M arzo. Las in fo rm a cio n e s de la p o lic ía y la s de-
90 — —
*
**
Y a h o ra d o s p a la b ra s á n u estro s a m ig o s p ara term in ar.
L a r e p e t ic ió n d e lo s h e c h o ? v i o l e n t o s á q u e s e h a n e n t r e g a
d o a lg u n o s d e lo s n u e s tr o s y ia b a r b a r i e g u b e r n a m e n t a l con
su s re p resa lia s s a n g r ie n t a s , e v id e n c ia n u n sa lto a tr á s fo rm i
d a b l e e n v i r t u d d e l c u a l la r e a c c i ó n s e e n s e ñ o r e a d e t o d o s los
p a íse s que se d ice n c i v i h z u i >s. Q u i z á s sea este u n p eríó d o
n ecesario de la lu c h a ; p e ro es in d u d a b le q u e p a ra n osotros
q u e p r e c o n i z a m o s la b o n d a d v el b i e n , e s t a e x a l t a c i ó n d e lo s
in s t i n t o s d e l a f ie r a , e s t e r e t r o c e d e r á la c r u e l d a d s a n g r i e n t a y
'— 93 —
á la r e p r e s a l i a b r u t a l , e s t a v u e l t a a l s a l v a j i s m o d e l e x t e r m i n i 0
re cíp ro co en que s e h a c e la g u e r r a m á s b i e n á la s persona*
que á la s cosas, im p lic a un caso d e a ta vism o fu n e sto al qu e
debem or opon ern os con to d a s n u estras fu e rza s . N o o lv id a
m o s q u e la v io le n c ia e s a u n y s e rá p o r m u c h o t ie m p o necesa
ria . N o o lv id a m o s que en la v io le n c ia se n os e d u c a , p o r la
v io le n c ia s e n o s v e n c e y p o r la v i o l e n c i a h a b r e m o s d e triu n
far. M a s á p e s a r d e e l l o c r e e m o s q u e n u e s t r a m i s i ó n e s lim a r
en el h o m b r e lo s ú l t i m o s r e s t o s d e la a n i m a l i d a d p rim itiv a ,
e x a lt a n d o e l c o n c e p t o d e la p e r s o n a l i d a d , d i f u n d i e n d o la b o n
dad e s e n c ia l d e la h u m a n a n a t u r a le z a , p u r if ic a n d o la a t m ó s f e
ra de lo s d e tr itu s d e la b e s t i a l i d a d y d e la b a r b a r i e q u e una
época de tira n ía y d e c r u e ld a d ha d ifu n d id o p o r to d a s partes.
En tan to la s c la se s d o m in a n te s se esfu e rza n p o r hacernos
d e s c e n d e r á la b e s t i a y t r a t a n d e d e g r a d a r a l m u n d o y e n v ile
ce rlo para m e jo r a fia n za r su d o m in io , h e m o s de procurar
nosotros e n n o b le c e r el m e d io q u e n o s ro d e a , e le v a r a l hom
bre a l r á n g o d e la m ás a lta d ig n id a d y d e ía m á s pura co
rrección á fin de que, a d q u i r i e n d o c a d a u n o la co n cie n cia
plen a d a s u p e r s o n a l i d a d y d e s u d e r e c h o , s e p r o d u z c a breve
m en te la re v o lu c ió n q u e n os re in te g re al g o c e de to d o s lo s
b ien es y á la p r á c t i c a d e t o d a s la s li b e r t a d e s . Q uerem os y
a n h e la m o s u n m u n d o m e jo r e n el q u e c a d a c u a l s e a lo m e jo r
p o sib le. H agám os, p u e s , q u e la b o n d a d lo l le n e t o d o , s e d i
fu n d a p o r to d a s p a r t e s , y n o s e n c o n t r a r e m o s á la p o s t r e con
un m u n d o d e h om bres y n o d e fie ra s. Y si asi n o lo h icié re
m os t a l v e z a l d ia s i g u i e n t e d e la r e v o l u c i ó n , d e t o d o s m o d o s
in e v ita b le , la e d u c a c i ó n b r u t a l q u e la s c la s e s d ir e c t o r a s in sp i
ran a c tu a lm e n te d ie ra p o r fru to el d estru irse m u tu am en te
a q u e llo s m i s m o s e l e m e n t o s c o n q u e la n u e v a v i d a so cia l ha
b ría d e f o r m a r s e h a c i e n d o p o s i b l e la v u e l t a i n m e d i a t a a l m a l
d ito r é g i m e n d e la a u t o r i d a d y el ca p ita lism o .
P e d im o s por e llo á n u estro s a m ig o s un m o m e n to de fría
reflex ió n , y lo p e d i m o s p r i n c i p a l m e n t e á a q u e llo s q u e in sp i
ran y d i r i g e n la p r o p a g a n d a . S i se ju z g a n e c e s a rio re c tifica r
la c o n d u c t a y l a s p r á c t i c a s s e g u i d a s , e s t a b l é z c a n s e poderosas
co rrien te s de o p in ió n que á e llo n o s c o n d u z c a n . La tá ctica
se g u id a por a lg u n o s n o s h a e n a g e n a d o la s sim p a tía s d e la s
m asas. U na p o lítica d e a tra c c ió n n o s d e v o lv e r á lo p e rd id o .
P r o p a g u e m o s ,p u e s ,c o n t in u a m e n t e e n t r e el p u e b lo q u e t r a b a ja
a so cié m o n o s á su s c o s tu m b r e s y á sus p r á c tic a s p a ra fo m e n
tarlas s i la s c r e e m o s b u e n a s , p a r a c o r r e g i r l a s si la s
16
ju zg a m o s
— 94 —
perniciosas. En lugar de v iv ir cada uno en su pequeña pago
da entregado al iluminismo de funestas disquisiciones meta
físicas, mezclémonos con los que sufren, luchemos con ellos
por el presente y por el porvenir, atrayéndoles y enseñándo
les las prácticas de la libertad. Todas las agrupaciones obre
ras, sean cuales fueren sus fines, son buenas para esta labor
continua de la enseñanza libertaria. Nuestra obra no debe ser
nunca de destrucción respecto de la vida colectiva obrera,
sino de adaptación á nuestras ide is. Procurem os que la masa
se eduque en la libertad, y por la libertad dará un día su san
gre y su vida.
L a Revolución Social será necesariamente obra del pueblo.
Trabajem os por y para el pueblo enseñándole prácticamente
las ventajas de la libertad, de la igualdad y de la solidaridad
humanas. (N o ta 22)
APÉNDI CE
N o t a i . — L a U n ió n R e p u b lic a n a , de Pontevedra (22 Di
ciembre 1896) publicó acerca de estas detenciones el artículo
siguiente:
LA REACCIÓN EN BARCELONA
En una carta dirigida desde Barcelona á un periódico de ‘Madrid,
leemos lo que sigue:
uSobre lo que sigue me permito llamar la atención de toda* las
personas amantes de las conquistasdemocráticas y de aquellas que
con su libertad, su sangre y su dinero, contribuyeron á la revolu
ción de Septiembre.
Desde el crimen de la calle de Cambios Nuevos, y aprovechando
el estado anómalo porque pasa Barcelona, continuamente .se en
carcela á republicanos, á masones y á librepensadores.
Que esto sucediera á raíz de aquel hecho, y cuando aún se des
conocía al autor, pase, porque las autoridades podían tener sus du
das respecto al móvil del atentado; pero que esto continúe suce
diendo aún, es asunto de una importancia que interesa á todos,
absolutamente á todos los constitucionales.
Se ha dado el caso, y casi se da diariamente, de detener á perso
ñas que han cometido el delito de estar casadas civilmente ó de
tener niños registrados por un medio que la ley permite.
Algunos de los detenidos, al ser presos en sus domicilios y re
gistrados éstos, se les ha preguntado si estaban ó no casados c i
vilmente ó si sus hijos estaban ó no bautizados, y si la pregunta
ha sido contestada afirmativamente se ha considerado delito bas
tante para encarcelar á pacificos ciudadanos. Y esto lo viene ha
ciendo la nueva policía, como si ella fuera mero instrumento de la
Asociación de Padres de Familia, según como persigue á los libe
— 98 —
rales, y según como odia á los hombres que hacen uso de los dere
chos constitucionales.
Como se ve, en Barcelona se lleva á cabo y á la sombra de la ley
y de los hombres de buena voluntad, una gran obra reaccionaria;
y esta capital que en día fue valuarte de la libertad y de los dere
chos adquiridos se ha convertido en un foco de guerras civiles pa
ra el porvenir y de luchas intestinas.
Con la nueva ley contra el anarquismo, se ha borrado de la His
toria de España las páginas que narraban las luchas políticas del
presente siglo. En Barcelona reina Fernando V II.
A todos incito publiquen esta carta, y cuiden con el celo con que
la madre cuida al hijo, de que no se envenene la conciencia del
pueblo y de que no se inutilicen tantos años de lucha y tantas go
tas de sangre.— Andrés Camps.
«Las quejas llegan de todas partes. A yer era una petición de to
do Valencia reclamando la libertad de honradas personalidades
republicanas. Hoy^es una comisión la que viene de Barcelona para
hacer públicos los sucesos inauditos que allí pasan.
«So pretexto de perseguir á los que arrojaron una bomba al paso
de una procesión, se ha querido aterrorizar al partido republica
no, encarcelando á todos los que eran conocidos como revoluciona
rios ó militantes anticlericales,
«No habiendo encontrado al autor del atentado, los verdugos ¿
sueldo de los jesuítas no se han contentado con recurrir al régi
men del hambre y de la sed para obtener delaciones, sino qu«
han torturado á los desgraciados de tal modo que estamoi
tentados á dudar de que semejantes hechos se pueda;, repetir en
pleno siglo diecinueve.
«Aquella comisión enseña cartas escritas por los mártires
encerrados en los calabozos de Montjuich, cartas que no
pueden leerse sin experimentar un profundo odio ¿ esto* infames
procedimientos.
«Cánovas espera salvar la monarquía con los medios que, tiem
po atrás, fueron impotentes para salvar la fé religiosa, pero no lo
grará su propósito.))
F. G.
ga, diré que fui yo, pero entre usted y yo quedará que esto no e*
verdad.»—Ja im e V ilella.
El teniente de la guardia civil. Canales,íquc es pariente mio/me llamó
i su casa el sábado anterior ai día de autos y me dijo que sabia querían
arrojar alguna bomba, por lo oual ms daba 24 hora3 de tiempo para que
le diera una lista cíe terroristas de Barcelona, de lo contrario seria en
carcelado. Ai dia siguiente estalló la bomba y en la misma noche me pren
dieron.-—Jacinto Afelich.
En el careo con Noguéü, éste, ai ser preguntado si sabía que yo
asistiese á las reuniones secretas, contesté:—Creo que sí.-P ero
el secretario escribió: «dice que si», y como yo protestase, el juez
dijo: «Y a te arreglarán, }•&».-—J u a n Torrents.
En mi careo con Ascheri, cuando yo negaba lo que decía este,
exclamó e] juez:-—Tienes muy poca vergüenza en negar lo quo
dice tu careante,— Luego se me careó con Nogués y el juez aña
dió: Ya ves que son dos los que te acusan y tienes el descaro da
negarlo. Y a te arreglaré yo, ya. Has empezado joven, pero joven
concluirás.— Antonio Costas.
El juez me dijo: ¿Qué interés tendrá ese (Nogué-s) en mentir?—
Ninguno, contesté; pero tal vez se lo hacen decir á la fuerza.— Lo
que debes procurar es que no te Jo hagamos decir á ti á la fuerza,
- Cristóbal Solé.
A l salir del careo, subiendo la escalera, un guardia civil me
dijo: ¡Granuja! No has querido decir la verdad.— Y me pegó una
tremenda bofetada,-Mateo R ipoll.
A l instar á mi acusador Ascheri que examinase mi rostro para
que se convenciese de que nunca me había visto donde decía, ob
servé que sus ojos se anegaron en lágrimas, su voz se le anudó
en la garganta, dificultándole articular palabra, y el juez no supo
ver en todo esto que mi acusador mentía.-José Moreno.
(De E l P a ís, 8 de Diciembre de 1896.)
El juez
En el careo con Nogués, el juez, tuteándome, me dijo: «Buen
pájaro estás lKcho!»-y«¿me Condominas.
El juez me dijo en la declaración:« ; Con ¡ue no eres anarquista?»
«No, señor.» «¿Y no sabes nada, eh?» «Ignoro lo que me pregunta»
«Y a t® irás acordando yn.» Salió Nogués, yo protesté de lo que
me acusaba y m « hizo callar. Y dirigiéndose d mi careante, dijo:
« A ver, recuérdale algo, para que refresque ia memoria.» En el
careo con ellos, cuando peni á éste que sacara ruebas de las acu
saciones que me dirigía el juez, me interrumpió: «Si, por qué no le
preguntas si llovía.» «N o le he de preguntar si llovía, pero lo que
dice no es verdad.» «Se necesita poca vergüenza para negar lo que
dicen ellos.^ - R a f a e l Clísalo.
Mientras declaraba, d juez entregó un pedazo de papel, en el
cual pude observar había mi nombra y apellido y dos rayas esçri-
— 113 —
tas á un guardia civil, que so marchó y volvió fil poco rato dicien
do ai juez: «De esto sí y de esto no.'! A lo que çontestó Marzo:
«Que suba, ¡caramba!*» En el careo con Nogués, como yo negase
la acusación de éste, el juez le dijo: « A ver, recuérdele algo que le
refresque la memoria (el otro titubeaba), alguna de las tuyas
¡liombre!»-Afarc«/mo Vtlá. >
En el careo con Molas, éste dijo que me había visto tomar calé
una vez en los Carreteros, y entonces el juez me dijo: «Eres zapa
tero ¿y vas ú los Carreteros? Y a te arreglaré yo.»-F ra n cisco L is.
Porque negaba que fuese anarquista, el juez me dijo: «Es decir,
que uí no eres anarquista, eh? ¡como tu padre! ya te arreglaré yo.’
Lo que tienes tú es muy poca vergüenza.» Luego, como yo pro-
tesUsti de las acusaciones que se me dirigían, el juez me hizo ca
llar y me amenazó: «Y o aplacaré tu orgullo.» Entonces se me es
caparon Jas lágrimas de los ojos. El juez se puso á pascar murmu
rando que ya me arreglaría. Solo escribieron lo que me perjudica
ba. y cuando yo quería exponer algo no me dejaba hablar, dicien
do que no quería saber detalles,-A n d rés VU lar rubias.
Declaré que en una conferencia de Corominas se hacía una sus
cripción á favor de un obrero que se había roto Jas piernas y se
escribió que de los fondos no sabe nada. En el acto de la lectura de
cargos, eljuez no me permitió rectificar esto, diciéndome que ya
lo baria en el Consejo.-B a la r.
Se escribió lo mismo que sucedió en la declaración y careos,
pero dejando todo lo que me favorecia.-_/Vu-m« Roca.
Ascheri declaró que le parecía que yo había puesto en las sus
cripciones, y se escribió sin el p a n d a y se tergiversó lo dicho
en lo* careos con Molas y iNogués. No se me leyó ningún c«re o
antes de firmar.-/osé Ccls.
También se me tergiversó en los autos lo qué había declarado,
y no se me permitió rectificarlo en la lectura de cargos.-A n ton io
Prats.
Ascheri declaró que le parecía conocerme y que le parecía ha
berme visto en la sociedad de Carreteros y se escribió igual sin el
parecía. Dijo también que 3-0 no era anarquista y se escribió que
Quise rectificar esto en la lectura de cargos y el juez me dijo
que todo lo escrito era verdad, y como 3'o insistiese, delante de mi
defensor me amenazó con echarme por la ventana, y dijo que allí
se bahía escrito lo que les habia dado la gann.-Juan O liveros.
T am bién se te rg iv e rsó e n los a u to s lo qu e h a b ia su c e d id o e n lo s
careos con Ascheri y Nogués.'-José P o n sy Pous.
Una persona que parecía estar enterada del asunto, dijo que el
juez preguntó á uno de los defensores si se tomaría interés por la
defensa, y éste le contestó que haría lo que le dictara la concien
cia, á lo que repuso el juez que no se molestara mucho, que por la
clase de gente que son, de todos modos quedarían bien.-Los p re
sos del pabellón 16.
Durante el careo con Nogués, el juez me amenazó con ordenar
que trajeran un palo y hacer que el careante me pegara si no decía
la verdad de las reuniones secretas. Y cuando pregunté en que
tiempo se celebraban las reuniones secretas, el juez me dijo: «Si,
aliort te vas acordar de donde estabas en el mes de Abril del año
pasado. »-£/> ¿/amo Cans.
A l negar que fuese anarquista, el juez me dijo: «Mira qué gente;
ahora ninguno es anarquista, pero ya te io haré yo decir si lo
eres.» «Desde la otra no me lie metido tu nada, pues quedé escar
mentado.» «¡Oh! la otra vez no fue nada; ahora strá.» A l protestar
de las acusaciones de Nogués, el juez m¿ hizo c iliar. «Calles»* us
ted ó mando ponerle una mordaza.»~Autonio Ceperuelo y H er
nández.
Cuando pregunté en qud tiempo se celebraban las reuniones
secretas, el juez me dijo: «Y a tendrás ucaaión de saberlo.» Y co
mo viera que yu negaba lo que decían mis careantes, ti juez me
dijo: «¿Es decir que todos mienten y tú solo dice? lá verdad? ¿Ta
figuras que con negarlo todo vas á ganar algo? Ya te arreglaré
yo .»-Jnan Casanovas VclmVxlprado.
Pedí al jusz que hiciera jurar á Aschert lo que dscia, y él con
testó: «¿Cómo quiere usted que jure si no cree en nada?-Pues que
jure por su conciencia.» E*te hombre no tiene conciencia. En el
careo con Mas, Porcas dijo al juez: Este es capaz de negar á su pa
dre y su madre. Y el Juez añadió mirándome: «Mereceríais que
os ahorcara-».a-Jaim» Vilella.
Dije que nunca había hecho mal A nadie y el Juez replicó: *Y
mucho que ha hecho uated.» Yo insistí en negar y él me dijo: «Ya
se lo haré decir en *tra parte.» Cuando en el careo con Mas ne
gaba las acusaciones de éste, el juez replicó: «Mira, mira por don
de nos sale ahora un mocente.»-_/o>*é Vil-as,
Como preguntase en qué tiempo se hacían las reuniones secre
tas, el Juez contestó; «Si, ahora se van á decir si ilovía ó estaba
raso ó hacía sol.» Dije que preguntaba aquello porque desde que
estoy en Barcelona casi siempre he trabajado en la provincia y
fuera de la ciudad, pero el Juez replicó que allí no se había de ha
blar de trabajo.—José Mesa.
El Juez me dijo: «¿Qué interés tendrá ese (Nogués) en mentir?
«Ninguno; pero tal vez se lo hacen decir á la fuerza». Lo que debes
procurar es que no te lo llagamos decir así ál.i fuerza»,— Cristóbal
Soló.
Apéndice á lo de la benemérita.
Cuando salí del careo, uno de la benemérita me dijo: «Me... en..
¡Granuja! Que no has querido decir la verdad.» Y me dió un fuerte
golpe en las costillas con la punta de un palo. Después me hizo
pasar adelante y me dió otro golpe más terrible, que me derribó en
la escalera.— Cristóbal Solé.
Los acusadores.
>
* *
Más rumores.
El general Despujols se ha negado á intervenir en este proceso.
¿Es verdad que el Capitán general interino de Cataluña ha
agravado en muçho la sentencia del Consejo de Guerra?
¿Por qué se ha abstenido el general Despujols?
— 138 —
¿Pueden el ministro de la Guerra y los periódicos oficiales acla
rar nuestras dudas?»
(País, Madrid, 8 Enero.)
E l S o cia lista ^ de Madrid, correspondiente al 22 de Enero
se expresa acerca de este mismo asunto en los siguientes
términos:
Indudablemente este proceso va á adquirir notoriedad extraor
dinaria.
Como sí fuera poco lo que se dice acerca de los tormentos apli
cados á algunos de los individuos que en él figuran, del mal trato
dado á los demás y de las muchas irregularidades que en dicha
causa se han cometido, se relaciona hoy con ella el suicidio del
capitán Sr. Morales, ocurrido hace pocos dias en Barcelona.
He aquí lo que sobre este particular dice E l Puzblo, de Va
lencia:
El capitán de caballería D. José Morales Fernández, defensor
de Nogués, preso en Montjuich por e! oroceso de ios anarquistas
y uno de los que más bárbaramente fu¿ martirizado, ha sido en
contrado muerto en su domicilio coa un balazo de revólver en la
frente.
Como Barcelona con la suspensión de las garantías constitucio
nales está convertida en un bajalato, y la prensa no puede hablar,
agobiada por la censura de un gobernador jesuíta, nada se ha di
cho públicamente sobre tal suceso, pero en privado circulan las
más extraordinarios rumores.
El capitán Morales fué defensor de Nogués, y hasta se dice que
.por ciertos hechos estaba convencido de que su defendido era
inocente.
Cuando el digno capitán se convenció de los inquisitoriales ¡vir-
mentos sufridos por su defendido, dio,ese que su carácter honrado
y noble, propio de un soldado español, se indignó y dirigió tales
palabras al teniente Portas de la Guar lia Civil, á quien todos se
ñalan como autor de los bárbaros atropellos, que entre los dos que
dó concertado un lance personal.
Tan irritante é indigno resultaba el aspecto que ofrecían en el
acto del Consejo los presos martirizados, que, según se dice, des
de entonces reina gran frialdad entre el teniente Portas y los dig
nos oficiales del ejército que formaban el Consejo.
Ahora vamos al hecho:
El capitán de Caballería D, Juan Morales Fernández ha sido en
contrado en su domicilio con un balazo en la frente.
El día anterior á su muerte fué destinado á 3a reserva.
Un periódico de Barcelona añade esto:
dCon objeto de que se le practique La autopsia, fué anteayer
por la tarde trasladado al Hospital Militar el cadáver de D. Juan
Majales Fernández, infortunado capitán de Caballería, que, según
— 139 —
dijimos, se suicidó el viernes al medio dia en su domicilio, dispa
rándose un tiro de revólver en la frente.
«El capitán Morales era soltero y procedía de la clase de tropa.
NTo tenía familia en Barcelona. Anteayer había dejado de pertene
cer al cuerpo de lanceros del Príncipe, siendo destinado al de re
serva de Alcázar de Sanjuan.
«Uno de los presos del castillo de Montjuich á consecuencia del
atentado de la calle de Cambios Nuevos, designó como defensor
al capitán Morales, á causa de haberse declarado incompatible el
que primero había elegido, ó sea el capitán de Almansa D . Anto
nio Rodríguez, que mandaba el piquete en la procesión de Santa
Alaria del Mar.»
En efecto, todo hace sospechar que la muerte de este digno mi
litar guarda relación intima con la participación que tuvo, como
defensor de Nogués, en el proceso anarquista.
;Se aclarará lo que hasta ahora constituye un misterio? Tan es
casas señales de rectitud observamos en los elementos burgueses,
que ni esperamos se indague la verdadera causa de la muerte de
ese capitán, ni tampoco que se proceda con estricto espíritu de
justicia en lo que afecta á los procesados por el crimen de la calle
de los Cambios.
C A R N E D E S U P L IC IO
Durante los cinco primeros meses del año 1893 llegaron á mis
manos, no se como, aU'ums '-artas do prisioneros españoles.
Unas llevaban el sollo de la administración postal de origen y
otras, pasando por manos de intermediarios, me llegaban de pro*
vincias ó de Paris. Las primeras, escritas en francés, eran de com
— i4S —
patriotas abandonados por nuestros cónsules á merced del extran
jero, encarcelados por sospechas de profesar opiniones de tenden
cia subversiva, ó sea anarquistas. Las otras escritas en español
puro ó chapurrado, procedían de pobres diablos en contacto con
los codetenidos los cuales, según la bella expresión de Lamar
tine,
J e suis concitoyan de tout homme q u i pense
L a liberté, clest m on paisl
se consideraban con derecho á escribirme.
Por otra parte, y sea cual fuere el origen ó el idioma de ellas,
todas estas cartas relataban los mismos hechos; me explicaban los
mismos abusos del poder de las autoridades, las detenciones arbi
trarias decretadas localmente, al azar, bajo el imperio del miedo
y sostenidas ferozmente por crueldad y olvido entre el desbarajus
te general.
Los detenidos contra los cuales se podía alegar una sombra de
sospecha eran juzgados, condenados y enviados á presidio. Los
comparsas demasiado evidentemente inocentes, encarcelados sola
mente para que figuraran en gran número, no figuraban siempre
en los procesos. A l buen tun’tun se sacaba del olvido del encierro
á uno, dos, se les exhibia en plena luz, espantados, no conociendo
á nadie, ignorantes de lo que se les acusaba, y la benignidad de la
pena que les hería, ó á veces la absolución, testimoniaba ante la
Europa, ante el mundo llamado civilizado, la alta imparcialidad de
los jueces.
Pero la masa general permanecía en Ja dura' cárcel, amontona
da en la penumbra de los calabozos, entre miríadas de ratones,
gastados por las enfermedades de la suciedad, sin vestidos, porque
al fin los guiñapos también se pudren sobre los cuerpos, llenos de
y años,
inmundicias... así hasta el infinito. Q uince meses, fres dura
ba alguna de estas preventivas prisiones, sin que ¿c les inte
rrogara, sin que comparecieran ante magistrado alguno. Cuando
en virtud de nuevas razzias los locales volvíanse insuficientes para
contenerlos, ó que la epidemia amenazaba, se les soltaba del mis
mo modo que se Ies había detenido, al azar, acaso los que estaban
más cerca de la puerta á la primera orden.
Una francesa murió en estas condiciones enBarcelona,una pobre
mujer en cinta, madre de dos pequeñuelos.Su marido también bajo
estaba llave. Otro, de Toulouse, un tal Víctor Roujean, después
de veintiún meses de detención sin saber porqué, fué conducido
aquí, en calidad de desertor á su regimiento. Y por fin otro fran
cés hacía la friolera de veintiocho meses que estaba detenido pre
ventivamente.
Cada cónsul, conmovido de los relatos, acababa al fin^por recla
mar sus compatriotas, solamente el nuestro no se movía, segurí
simo de ver aprobada su actitud, puesto que la sola palabra anar
quía pronunciada por la acusación de las autoridades, bastaba para
justificar de antemano su inamoviiidad, cubrir su responsabili
— 1 4 6 —
dad, elevar su impericia á la categoría de mérito çívico, ó hacer
de su abstención una patriótica virtud.
Peor abandonados que los perros, los cautivos podían reventar
á su sabor...
•j*
* *
*
* *
S
É V
ER1N
E
E L PROCESO DE LOS A N A R Q U IS T A S
De Barcelona llegan noticias tristísimas que producen impre
sión muy dolorosa. Mucho tiempo hace que están allí en suspen
so las garantías constitucionales. El tribunal militar funciona á su
manera y en secreto; su poder es absolutos sus atribuciones son
ilimitadas.
Empezaron aquellas autoridades persiguiendo con encarniza
miento y encarcelando en tropel á sin número de gentes, las más
de ellas reconocidas como absolutamente inocentes en el delito
de que se trata. Pasaron algunos meses sin que se hiciera ningu
na luz en tan obscuro proceso, para, de pronto y cuando menos
pudiera esperarse, darlo todo por descubierto, aúnen sus meno
res detalles. Ahora acúsase apresuradamente para condenar en
breve, sin conceder apenas á los procesados medios de defensa.
23
— 150 —
Pídese Içs mayores castigos para todos, .la reclusión perpètua
para muchos, las ejecuciones en montón.
Imposible permanecer indiferentes anta tan gran desgracia.
La opinión fuera de España, especialmente en Francia, mués
trase conmovida y alarmada.
Ultimamente escribe en E l N uevo R égim en el ilustre y respe
table P í y Margall, el siguiente artículo:
Cinco meses hace que ocurrió en Barcelona la explosión de la
calle de los Cambios. Se prendió hombres á granel, se los encerró
y se los martirizó para que descubrieran lo que no sabían, ó se
confesaran cómplices ó autores de un dolito que tal vez ho ha
bían ni consumado ni preparado. Cinco meses han vivido sin po
der averiguar ni sospechar que cargos se les dirigía.
Los conocen ahora que se ha elevado la causa á plenario.
Resulta que tres de los aprehendidos son reos convictos del delito
que se persigue, y éstos han acusado á los demás de haber asisti
do á reuniones secretas anteriores al crimen. De esas misteriosas
juntas, según parece, ha hecho terroríficas descripciones la policia
que nada supo antes de ocurrir la catástrofe, y después, acaso
para que se vea que de algo sirve, se ha mostrado sabedora de lo
más oculto.
Mfís de 50 procesados que en esta situación se encuentran, nos
esciben llenos de alarma, sobre todo viendo .que lian de confiar
su defensa á militares, hombres que con la mejor intención y el
mayor celo, pueden comprometer su honra y su libertad, si no la
vida, por lo imperitos que son en derecho. Ya antes se habían di
rigido á nosotros personas que negaban, no solo toda participa
ción en el delito, sino también el dictado de anarquistas que gra
tuitamente se Ies daba. Las quejas y las protestas délos unos
y los otros, nos obligan á llamar sobre este punto la atención del
Gobierno.
Muévenos particularmente á tanto uno de los procesados, redro
Corominas, de quien han hablado ya sesudos periódicos. Coromi
nas es un letrado joven, de viva imaginación, de mucho entendi
miento, orador elegante y fácil, hombre apasionado por los pro-
blamas sociales, que para mejor comprenderlos gustaba de asistir
á las reuniones de las clases trabajadoras y saber de ciencia pro
pia los agravios de que estas clases se quejaban y las inmediatas
aspiraciones que tenían. _ . . .
La asistencia á esas reuniones es, según nuestras noticias, el
único motivo de cargo que contra él aparece. Se le acusa también
de haber asistido á una reunión secreta, más solo por uno de los
tres reos convictos. Es indecible el interés que por él muestran
cuantos le conocen y han podido apreciar las bellas cualidades
que ie distinguen.
Nosotros, que sentimos tanto amor á la justicia como repug
nancia al crimen, no podemos dejar de dirigirnos en pro ele todos
esos acusados al tribunal que ha de juzgarlos y al Gobierno. Es
— 15 1 —
grave cosa castigar inocentes; grave cosa dejarse llevar en los
juicios, ya de la pasión propia, ya de la ajena; grave cosa dar
fuerza á declaraciones de tesiigos delincuentes, que pueden, al
darlas, dejarse llevar del deseo de arrastrar á otros en su caída;
grave cosa que un gobierno lo descuide y no abra á los procesados
todo recurso y todo medio de defensa.
El crimen excitó justamente la indignación pública, y el deseo
de castigarlo de modo que satisfaga la opinión puede conducir á
errores é injusticias lamentables, cuya corrección, sobre ser difícil,
resultaria, á no dudarlo, insuficiente. Cinco meses llevan ya de
encarcelamiento, de privaciones, de injustos castigos, de amargu
ras de familia los que hoy se quejan acongojados y temerosos de
mayores males: harto han sufrido para cpie sin causase agrave
sus largos padecimientos.
En la inquisición de esos criminales es fácil que aprovechen la
ocasión ocultos deseos de venganza: debe andar muy vigilante
lajusticia para no servir de instrumento á bastardas pasiones.
Castigúese en hora buena la maldad, respétese la inocencia.»
JU A N M O N TS EN Y
ABDÓN LÓ PEZ
De E l N u e v o R é g im e n , 3o Enero 97.
E L PROCESO D FI.O S A N A R Q U IS T A S
Está hace dias esta causa en el Consejo Supremo de Guerra y
Marina. Según nos dicen, no ha dado todavía el fiscal dictamen.
Mucho deseamos que estudie detenidamente el proceso y se fije en
lo que contra cada procesado resulto. Constantemente recibimos
protestas de inculpabilidad que nos llegan n] alma, y tememos que
no se confunda criminales é inocentes.
Después del hecho que motiva la causa, se ve claramente que se
prendió centenares de hombres p<.-r las más frívolas insinuaciones
y !svós sospecha5;. Pasan ele í.50 los que desde entonces gimen, ya
en el casti 1'o de Moutjuieh, ya en la cárcel civil de Barcelona, sin
que haya resultado contra ellos el menor indicio ni se Ies haya re
cibido declaración alguna. Se lia ido poniendo en libertad á los que
más favor lian tenido, y continúan presos 3’ sin esperanza los que
— 158 —
A L F R E D O CAL D E R O N
De E l N u e v o R é g im e n , i 3 Febrero 97.
EL PROCESO DELOS ANARQUISTAS
¿Qué hay de la causa de los anarquistas? No,parece sino que es
tá muerta. ¿Habrá querido averiguar el Consejo de Guerra y Ma
rínalo que haj'a de cierto en las torturas iniligidasá presuntos reos?
La averiguación debería, á nuestro juicio, ser pública y con au
diencia de todo el que pudiese arrojar luz sobre el asunto. Está in
teresada en esta averiguación la honra de España, ya que la noti
cia de tan bárbaros tormentos se ha difundido por todas las nacio
nes de Europa.
En Barcelona corren, á propósito de esta causa, rumores sinies-
tr s, Dícese qc ; hay en personas malignas el propós to de produ
cir nuevas alarmas y tal vez nuevos desastres á nombre de los
anarquistas para que se cierre á la razón la humanidad Jos ojos y
se consume el inicuo castigo de inocentes, sin dar ocasión á que se
averigüe los crímenes cometidos en las persones de los presos.
No podemos creer en la certeza de tales rumores; no podemos
concebir que haya hombres capaces de tan villanos y horrendos
d litos; pero nos trae inquietos el frecuente hallazgo do bombas
que se supone hecho desde que empezó á acudir la fama de los su
bidos. ¡Se habla de hallazgos tan inverosimilas! ¡Los refiereparte
de la prensa con tal aire de seguridad y de tingida alarmal
Esperamos con ansiedad que el Consejo juzgue y falle.
De E l P a is , 29 Mayo 97.
Barcelona 4 , 3 ‘4 0 t.
A l llegar Ascheri al lugar de la ejecución, besó el crucifijo que
llevava el capellán á su lado, no secundándolos gritos de süs com*
pañeros y encerrándose en una actitud fría y como desde
ñosa.
Todos los informes de testigos presenciales confirman que Mas
secundó los gritos, protestando de su inocencia, que fueron los mas
dominantes.
El público emocionadísímo, los oyó en silencio.
TOMAS ASCHERI.
Montjuich 7 de Abril de 1S97.
solo cuento con mis lÜtimas veinticuatro horas de capilla para ha
u rio salir de este infierno, sino para que, con su publica
ción, podáis ayudar á hacer salir de presidio á los inocen
tes condenados. Escrito en estas condiciones, comprendo que esta
carta estará desprovista de corrección, la cual os ruego subsanéis,
y concluyo declarando y jurando por el nombre de mi ma
dre;
Que muero inocente y que todos los que conmigo han sido con
denados lo son asimismo, comprendiendo á los que se han declara •
do culpables, obligados por los tormentos; y son: José Molas, An
tonio Nc.gués, Luis Mas, Francisco Callis, y Sebastian Suñer.
Acuso á Daniel Freixa de haber causado la catástrofe pre
sente,
Confiando en vuestro amor á la justicia, recibid, querido señor
Rochefort, el último adiós de
TOM ÁS AS CHERI
25 Diciembre 1896.
P. D.— Si dudáis de la autenticidad de la presente confrontadla
con las que escribo á mi madre y al P a is de Madrid.
TOM ÁS ASC H ER I.
(De L·lntransigeant, Pans, ¡6 Mazo 97: reproducido por
Le Libertaire, Paris, Mayo 97)
Después de esta protesta de su inocencia, reitérala Asebe-
ri en una carta dolorosísima dirigida á su pobre madre. La
confesión de su culpabilidad en declarar falsamense contra
sus compañeros justifícala con los brutales tormentos que su
frió y le hicieron desear la muerte aun á trueque de arras
trar tras si á la humanidad entera.
Reproducimos esta carta también á fin de que el lector
pueda formarse clara idea del carácter de Ascheri y- de los
hechos que se le imputan.
Héla aqui.
Calabozos del Castillo de Montjuich.
Querida madre
En estas lineas que llegarán á tus manos despues de mi muerte,
la cual se acerca, te ruego veas el último adiós de tu hijo. Están
escritas en secreto y con ellas quiero darte una breve explicación
de mi conducta. Tu sabes bien, querida mamá, que siempre puse
en ti mí confianza, y que, aún en las mayores faltas de mi inlancia,
supiste siempre la verdad de mis actos. De nuevo te la digo aljurar-
te que muero inocente de los crímenes que se me imputan.
Pero, dirás tú, ¿porque has confesado lo contrario?
Madre, es que me estaba reservado, á mi que cuando leía las
novelas en voga como los M isterios de la Inquisición no creí nun
ca que un hombre pudiera resistir los tormentos imaginados por
el novelista, me estabá reservado, repito, sufrirlos tan horribles
— 172 —
que no cabe la exageración. Bástete saber que, después de haber
me visto obligado á pasear por mi calabozo durante más de cien-
tosesenta horas, es decir, ocho dias con sus noches, sin comer ni
beber, ya que la única comida que se me ofrecía era un trozo de
pan y un pedazo de bacalao seco al que yo me guardaba de tocar
mientras tuve conocimiento; y que cuando, este tiempo transcu
rrido, caía muerto de sueño y de fatiga, no sintiendo ya los golpes
de vergajo ni las punzadas que con un cuchillo me infirían mis
verdugos para tenerme despierto durante las cuarenta y ocho horas
que pasé delirando; cuando caía insensible, otras torturas comen
zaban, torturas sin nombre, el hierro candente y retorción de los
testículos hasta el punto que mis mismos verdugos creyeron que
me habían matado. He aquí querida mama! porqué declaré y con
tinué- diciendo que era culpable y conmigo los demás. Esto es lo
que querían estos mis verdugos que tienen por nombre: Narciso
Portas, teniente de la guardia-civil; Botas, sargento; Mayan», Pa
rrillas y Carreras, guardias. Estos lo quieren y yo prefiero morir á
tener que principiar de nuevo, este sufrimiento, hoy que estoy
restablecido. Ya sé que esto es un crimen, pero, '"que quiere?? he
sufrido demasiado y solo me queda un inmenso deseo de morir pa
ra librarme de sus manos, aún cuando detrás de mí tuviera que
arrastrar la humanidad, entera.
A pesar de todo, mamá mía, quisiera verte para abrazarte por
última voz, á tí que eres e! ser que mas he querido, pero esto no
es posible. Recibe en esta carta todos jos besos que tu hijo quisie
ra darte personalmente; ¡ah! desgraciadamente no puedo decirte
que mis manos están limpias de sangre; ¿como podría decírtelo si,
por mi cobardía, estos inquisidores envían á la muerte á veintisie
te de mis compañeros? Sólo puedo decirte que creo firmemente que
ninguno otro hombre hubiera podido obrar diferentemente en mi
lugar, y ya ves que los cinco que han sufrido como yo han confe
sado, con menos torturas, las mismas mentiras que yo.
Madre, me faltan palabras para consolarte; pero ya que tú. más
afortunada que yo, crees aún, acuérdate de la Virgen de los Dolo
res, la M ater dolorosa al pié de la cruz. Yo, querida mamá, sólo
puedo maldecir á mis asesinos y desear que caiga sobre sus cabe
zas la sangre de sus víctimas,
Dirás á mi padre que le he amado mucho, á mis crínanos y her
manas diles asimismo que les he querido, y á todos, que les pido
perdón por el dolor que involuntariamente les causo; y á ti, mi
buena mamá,.perdón también, perdona á tu desgraciado hijo que
morirá pronunciando tu nombre querido
TO M ÁS ASCHERI
* *
29
Borràs Poch.
— içB —
Alfredo Ruggioro fa) Rincildi fué á última hora de la tarde em
barcado en cl indicado buque con destino á Marsella.
De L a P u b licid a d , 15 Junio 97:
Esta madrugada debían ser embarcados á bordo del vapor «Játi»
ya», que saldrá esta noche para Marsella, buen número de los gu
bernativos detenidos como sospechosos de anarquistas en las Cár.
celes nacional-.s y en el castillo de Montjuich. A ia una, en la ca
rretera del castillo varios grupos de familias de los deportados,
mujeres en su mayoría, con maletas y modestos equipajes es
peraban la salida de sus allegados para acompañarles hasta si em
barcadero.
A la propia hora, en la cárcel, se estaban disponiendo para sa
lir unos 28 deportados: también junto á la puerta de la calle de la
Lealtad, un numeroso grupo de mujeres y niños aguardaban álos
que debían ser embarcados.
Por la calle del Marqués del Duero y muelles veíanse algunas
parejas de la guardia civil, y en las escaleras de la Paz el jefe de
vigilancia Sr. Plantada con varios agentes.
A las dos, cuando los que debían partir estaban alineados en el
corredor de las oficinas de la cárcel y mientras se procedía á lle
nar los indispensables requisitos oficinescos, recibióse por tc!éfo-
no la orden suspendiendo la conducción. Inmediatamente volvie
ron los presos á sus dormitorios, comunicándose la noticia á las
familias que esperaban á la puerta, las cuales recibieron la noticia
en su mayoría como anuncio de gtróxiina libertad para sus pa
rientes.
Igual orden debió recibirse en Montjuich por cuanto no salió
ninguno de los detenidos, retirándose los guardias civiles y los
agentes de orden público.
Açerca esta suspensión del viaje, han circulado noticias muy
contradictorias. Según una versión la orden la recibió de Madrid
el gobernador .y fué debida á ciertas indicaciones hechas por el
Gobierno francés, á consecuencia del extraño suceso ocurrido al
dirigirse al Hipódromo de Longchamps el presidente de la Repú
blica.
Otra versión atribuye la suspensión á haber opuesto algunas
dificultades á conducir á los detenidos el capitán del vapor en que
debían hacer el viaje.
(De E l D ilu v io , 20 JunioJ
A yer nos visitó una numerosa comisión de mujeres de los dete
nidos gubernativos que se hallan en las Cárceles Nacionales desde
el atentado de la calle de Cambios, quejándose de que despues de
haber vendido sus modestos ajuares para sufragar los gastos del
viaje de sus esposos y demás familia que debían marchará Fran
c a en el vapox'jciiiva, con motivo de haberse suspendido el em
barque se hallan en situación deplorable, sin hogar, sin muebles
y sin socorros. Laméntense ademéis de que çotno no se ha fijado
aún fecha para la partida y ésta va dilatándose más de lo que pen
saban, se verán obligadas á gastarse el dinero del pasaje que se
les ha devuelto y que solo á costa de grandes privaciones lograron
reunir.
Sesenta y dos nada menos son las familias que se hallan en tan
triste situación, sóbrela cual llamamos la atención ele las autori
dades .
Fin