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CAPÍTULO 2 | O PROJETO����������������������������������������������������������������������11
CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA����������������������������������������������������������������19
CAPÍTULO 4 | F.A.Q.����������������������������������������������������������������������������������27
CAPÍTULO 1 | ANÚNCIOS PÚBLICOS
Arqueologia do Afeto 5
I. PROJETO DE ARTE CONTEMPORÂNEA “ARQUEOLOGIA DO AFETO”
Por pessoas capazes de compartilhar algo de suas vidas com outras e com
a própria cidade através de um projeto de arte. Por pessoas que gostariam
de compartilhar suas próprias vozes, pequenos fragmentos de histórias
comuns.
Buscamos por todo objeto impregnado por qualquer tipo de apego afetivo.
Uma fotografia, um recorte de jornal ou de um caderno, uma música, um
cd, uma fita k7, um desenho, um rabisco, uma breve anotação, uma carta,
um slide, um papel de bala, um fio de cabelo, um recibo, uma meia, um
batom, etc. De qualquer dimensão, peso, cor e idade.
Arqueologia do Afeto 7
O que é aquilo que nos limita, que força o segredo? Todos os habitantes
de Lisboa são bem-vindos a participar do projeto, independente de idade
cor, credo, gênero, sexualidade, nacionalidade. Buscamos, encorajamos e
abraçamos a diversidade. Para conhecer mais e/ou participar do projeto
acesse ao site: www.portobellotti.com/afeto
V. TROCA-SE AFETOS
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objetos de afetos trocados entre desconhecidos e as artistas serão usados
para a construção de um mapa afetivo de Lisboa. Mais informações sobre
o projeto em: www.portobellotti.com/afeto
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ARQUEOLOGIA DO AFETO
MOTIVAÇÕES
OBJETIVOS
12 CAPÍTULO 2 | O PROJETO
I. Utilizar o material recebido como forma de acessar a intimidade;
COMO
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apartado (caixa postal). Passado esse período o projeto estará encerrado
para recebimento de correspondências. A título de controle serão
consideradas as datas de postagem.
AFETOS
14 CAPÍTULO 2 | O PROJETO
um slide, um papel de bala, um fio de cabelo, um recibo, uma meia, um
batom, etc. De quaisquer dimensões, peso, cor, idade. Será considerado
válido todo objeto impregnado por qualquer tipo de apego afetivo. A única
obrigatoriedade é que esteja depositado sobre o objeto algum indício
real de afeto, que carregue a voz de cada um. Um pedaço de algodão
utilizado para remover a maquiagem de uma noite vivida intensamente, é
significativo. Uma pequena carta também o pode ser. Tudo depende das
vivências de cada pessoa e da disposição em não somente compartilhar
parte de si, mas abrir mão da propriedade física para a construção de um
mapeamento da intimidade de Lisboa.
ÉTICA
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V. A única forma de contato permitida entre as artistas e os participantes
será a troca de afetos por meio correspondência. Esta troca ocorrerá uma
única vez, e será constituída pelo recebimento de um objeto de afeto
enviado pelos voluntários para o endereço do apartado (caixa postal)
e o envio de um objeto de afeto pessoal das artistas para o endereço
especificado no remetente.
16 CAPÍTULO 2 | O PROJETO
A participação no projeto de arte Arqueologia do Afeto implica no conhecimento e
aceitação imediata dos Termos e Condições, do anexo Declaração de Autorização
do Uso de Imagem e da proposta completa do projeto, disponíveis no endereço
de internet www.portobellotti.com/afeto Todo conteúdo pertencente ao
projeto de arte Arqueologia do Afeto está protegido por copyright e direitos de
propriedade intelectual. Todas as informações contidas no site estão protegidas
e são da propriedade das artistas Luiza Porto e Márcia Bellotti, autoras do projeto
de arte Arqueologia do Afeto. Arqueologia do Afeto ©2015. Luiza PORTO + Márcia
BELLOTTI. Todos os direitos reservados.
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18 CAPÍTULO 2 | O PROJETO
CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
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Desde o ano de 2005 desenvolvo projetos artísticos com voluntários,
pessoas desconhecidas, residentes em grandes centros urbanos.
Partindo de anúncios públicos divulgados pelas ruas ou internet, busco
por encontrar pessoas dispostas a expor parte de si e de suas realidades,
colaborando na criação de projetos de arte e de um mapeamento sensível
daquele tempo.
20 CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
A cultura portuguesa, bastante diferente da brasileira, é introspectiva,
com uma postura tímida e reservada diante das questões de foro íntimo.
Mesmo perante indivíduos além dos padrões heteronormativos, encontrar
pessoas dispostas a falar voluntariamente sobre a própria sexualidade e
se disponibilizar integralmente como instrumento para a arte mostrou-
se trabalho extremamente árduo. O uso de anúncios públicos não seria
vantajoso e, para alcançar tal proposta, seria necessário desenvolver laços de
confiança com cada um, o que demandaria um tempo muito maior de
pesquisa, além de certamente nos oferecer um número de restrições.
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sociais locais. Nosso foco é atingir aquilo que é sensível através de
vestígios do que lhes é íntimo.
22 CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
Contraparte: convido desconhe- Contraparte: doarei para descon-
cidos a passar tempo comigo, em hecidos objetos de minha própria
minha própria casa, em minha intimidade.
própria intimidade e, durante a
conversa, troco informações de
foro íntimo.
Segunda parte: criação de maté Segunda parte: criação de matéria
ria artística utilizando os próprios artística utilizando os fragmentos
voluntários, suas imagens ou materiais dos voluntários, man-
depoimentos mantendo o anoni- tendo o anonimato do partici-
mato do participante. pante.
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compartilhar aquele momento, mas abrir mão da propriedade física e
passar pelo processo de desapego para a construção de um mapeamento
da intimidade de Lisboa.
24 CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
Os resultados do projeto mostrarão como (e se) a cidade está disponível
para ser acessada, atravessada, e se seus habitantes estão abertos a
novas conexões intelecto-emocionais.
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26 CAPÍTULO 3 | METODOLOGIA
CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
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O QUE É ARQUEOLOGIA DO AFETO?
28 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
COMO FUNCIONA O PROJETO?
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COMO POSSO COLABORAR?
Envie seu objeto por correio entre 01/09/2015 e 30/09/2015 para nosso
apartado: APARTADO 012142 EC PICOAS / LISBOA 1061-001 / LISBOA
Participe da forma que for melhor para você. Se enviar um objeto for
complicado, tanto por seu tamanho, quanto por apego, envie a foto do
objeto. Essa ação pode ser ou não justificada por meio de uma nota ou
carta anexa, a forma com que você irá se comunicar conosco fica a seu
próprio critério.
30 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
a participação a qualquer pessoa maior de idade, desde que residente em
Lisboa, independente de sua nacionalidade, idade, credo, classe social,
cor, gênero, sexualidade.
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VOU ENVIAR UM ARQUIVO DE VIDEO EM UM DVD. MEU ROSTO VAI
APARECER NO PROJETO? COMO PERMANECEREI ANÓNIMO?
32 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
O QUE POSSO ENVIAR?
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QUAL O TAMANHO DOS OBJETOS QUE POSSO ENVIAR?
Pode enviar tudo o que quiser. Entretanto, por favor, tenha em mente
que tudo o que for enviado será considerado como um “objeto único”
e fará parte da Arqueologia do Afeto. Se enviar somente uma carta,
somente a carta será considerada seu objeto de afeto. Se enviar uma
foto, por exemplo, acompanhado de uma carta, a foto com a carta serão
considerados como um único objeto de afeto.
34 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
POSSO ENVIAR MEU OBJETO DE AFETO POR E-MAIL?
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após recebermos o afeto de um voluntário, enviaremos gratuitamente um
objeto de afeto nosso para ele(a).
Sim. Neste caso, pedimos que nos comunique por escrito, juntamente com
o objeto enviado para nosso endereço. Como nosso objetivo é efetuarmos
trocas anónimas com os habitantes da cidade, caso algum participante
não queira receber nosso objeto de afeto, iremos depositá-lo em algum
logradouro público, afim de que qualquer habitante da cidade o receba,
concluindo o processo de troca.
36 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
QUAL O PRAZO PARA RECEBER O OBJETO QUE AS ARTISTAS VÃO ME
ENVIAR?
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MEU NOME ESTARÁ ASSOCIADO AO PROJETO?
38 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
O PROJETO FOI FINALIZADO E AINDA NÃO RECEBI MEU OBJETO. O QUE
ACONTECEU?
Talvez valha a pena esperar um pouco, seu objeto pode ter sido entregue
aos correios no último dia de projeto. Talvez seu objeto não tenha sido
entregue por termos recebido informações incompletas ou um endereço
errado. Neste caso, por favor, entre em contato connosco através do e-mail
contato@portobellotti.com. Embora não tenhamos responsabilidade
sobre informações errôneas ou incompletas, vamos nos esforçar ao
máximo para descobrir onde foi parar o objeto, e fazê-lo chegar até você.
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APÓS O PROJETO ARQUEOLOGIA DO AFETO ESTAR COMPLETO, O QUE
VAI ACONTECER?
40 CAPÍTULO 4 | F.A.Q.
Lisboa, 2015