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COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
PESQUEIRA-PE
2016
GILBENITA MARIA DE ANDRADE MEDEIROS
JOSIANE ALMEIDA NUNES SANTOS
LINDACI LOPES DA SILVA
ROSÂNGELA FREIRES DOS SANTOS MEDEIROS
PESQUEIRA-PE
2016
RESUMO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 05
3 RESULTADOS ALCANÇADOS...................................................................................... 10
4 RECURSOS......................................................................................................................... 11
6 CONCLUSÃO..................................................................................................................... 13
7 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 14
8 ANEXOS ..............................................................................................................................16
1 INTRODUÇÃO
A equipe se reuniu para traçar metas e desenvolver as atividades. Com base na realidade
observada e vivenciada foi possível notar que a instituição apresenta um espaço amplo, 5 salas
adequadas e arejadas, tem um quadro de 26 funcionários, sendo 10 professores, 5 graduadas
em pedagogia, 2 com o magistério, 1 pós graduada em psicopedagogia e jornada dupla, 1
licenciada em geografia, os funcionários são suficientes e qualificados para suas funções. A
Creche está adequada para atender as crianças especiais, com a sala de recursos (AEE) de
acordo com as exigências do Plano Nacional de Educação (PNL) e Plano Municipal de
Educação (PME), dispõe do Projeto Político Pedagógico (PPP) sistematizado e elaborado
coletivamente com a participação ativa de todas as entidades, sendo revisto e modificado
anualmente para atuar nas diferentes necessidades, prestando atendimento humanizado e
inclusivo aos estudantes, assegurando a todos os aprendentes de modo geral, uma
acessibilidade de qualidade e favorável a uma aprendizagem significativa.
Diante das observações e entrevistas feitas notamos que apesar de ser uma instituição
adequada, necessita de modificações para ampliar o que é realizado e o que está dando certo
no campo pedagógico e institucional. Requer melhoras na realização do trabalho coletivo e na
prática diária, pois é evidente a indisposição de alguns docentes em mudar exigindo ajustes
como: reflexão da própria prática pedagógica, reciclagem, novas metodologias e atualizações
principalmente trabalhar em equipe, para o fortalecimento da educação e resolução das
dificuldades que surgirão no decorrer do processo ensino/aprendizagem.
Segundo Sara Paín (1985, p.12, apud CALDERARI OLIVEIRA, 2009 p.56).
Diante das queixas expostas pela instituição, professores e direção, decidimos observar uma
das turmas descritas e seu comportamento, fizemos um estudo mais aprofundado da mesma,
percebendo que algumas crianças apresentaram um comportamento indiferente, dificultando a
construção da aprendizagem, tanto delas mesmas como dos demais, interferindo no
andamento da aula causando desconforto e desgaste do professor, pois o mesmo teve que
intervir várias vezes, chamando a atenção das crianças para participarem da aula, motivando-
as, mesmo assim continuaram agindo da mesma forma.
O professor deveria ter um assistente para ajudar a desenvolver as atividades com essas
crianças, assim teria condições de trabalhar de forma acessível, a dificuldade de cada um.
No dia seguinte aplicamos uma atividade de intervenção utilizando material com jogos
pedagógicos, quebra-cabeças, livros infantis, fichas, para observar os comportamentos das
crianças, muitas reagiram normalmente, respondendo as nossas expectativas, outras não
resolveram e nem dividiram os objetos com os colegas, pegando-os e guardando-os,
apresentando dificuldade de socialização dos jogos.
A partir das situações vivenciadas focalizamos as energias buscando soluções de intervenções
para entendermos aqueles comportamentos.
Então foi aí que pedimos sugestão a professora a qual nos indicou as crianças, dentre elas
escolhemos uma que nos chamou mais atenção devido ao seu comportamento irrequieto.
Com isso fizemos uma entrevista com a professora para confirmar as hipóteses levantadas e
apartir daí, começarmos a planejar as estratégias de intervenção, com base nos relatos feitos
pela professora e nas construções coletivas e individuais, confirmamos as hipóteses, que ele
demonstra o mesmo comportamento irrequieto, com dificuldade de concentração, se
dispersando facilmente, necessitando da ajuda e apoio do professor constantemente no
desenvolvimento das atividades propostas, e que também não tem um acompanhamento
familiar ativo, o que prejudica ainda mais.
MONTEIRO (2002, p.71) fala:
Quando acabou o tempo marcado a criança guardou os brinquedos, mas a bola foi a última
que ele guardou.
Para coletar mais informações, foi realizada outra avaliação psicopedagogica: prova
operatória Piajetiana de conservação de número. A criança não se negou a realizar, gostou e
fez alguns questionamentos, como também respondia quando perguntamos, observava e
demorava a responder, e de acordo com o que foi realizado notou-se que está numa fase de
transição, algumas vezes admite e outras nega a conservação.
Nas atividades curriculares é ativo e nas construções coletivas, mas apresenta dificuldade na
memorização, acomodação de conceitos.
3 RESULTADOS ALCANÇADOS
Conforme os dados colhidos, foi possível realizarmos uma avaliação psicopedagógica
minuciosa a respeito dos sintomas comportamentais apresentados pelo aprendente no
desenvolvimento de sua aprendizagem em sala de aula. Nessa análise prática teórica
detectamos que ele tem fortes características que levam a hipóteses de déficit de atenção e
hiperatividade agregada a uma carência de valores afetivos familiares que influem e
dificultam o aprender da criança, que se encontra desmotivada por conta dos rótulos e sem
nenhum incentivo significativo para desenvolver a aprendizagem.
Pois como sabemos a aprendizagem ocorre quando o individuo encontra-se bem
psicologicamente e os fatores orgânicos estão em total harmonia interagindo com os estímulos
oferecidos pelo meio.
RODRIGUES (1976) diz:
Que os motivos para o ser humano aprender qualquer coisa são profundamente
interiores. Segundo ele, uma criança aprende melhor e mais depressa quando se
sente amada, está segura e é tratada como um singular. E os motivos da criança para
aprender são os mesmos que ela tem para viver, pois não se dissociam de suas
características físicas, motoras, afetivas e psicológicas.
Por isso o aprendente precisa de ambiente educativo que o acolha em suas especificidades,
favorecendo possibilidades que o eleve da zona proximal em que ele se encontra, propondo
situações significativas que atenda suas necessidades de forma que lhe der autonomia para
interagir e aprender.
4 RECURSOS
Humanos
Foi envolvida na realização desse trabalho, a diretora, professores, pais e alunos da Creche
Comunitária Inês Diniz.
Materiais
Material impresso, lápis, jogos, brinquedos, livros, EOCA, caixa lúdica, provas operatórias.
Objetivo:
Encontrar caminhos a partir da prática para minimizar as barreiras de aprendizagem que
algumas crianças apresentam, utilizando materiais lúdicos, e diversos instrumentos de
avaliação, auxiliando professores na resolução ou diminuição dessas dificuldades.
Metodologia/recursos:
Observação da escola, das turmas e entrevistas com o diretor, professor, pais e aluno,
aplicação de avaliações utilizando instrumentos específicos como: anamnese, EOCA, caixa
lúdica, provas operacionais.
Perspectiva:
Melhorar a prática tendo um novo olhar e saber ouvir, para entender e poder intervir,
valorizando o todo, os fatores que influenciam a criança a desenvolver a dificuldade, se foi o
meio social, a afetividade e a exclusão.
6 CONCLUSÃO
As dificuldades de aprendizagem são diversas, mas existem algumas características que levam
a construção de hipóteses. De acordo com as informações obtidas durante o estágio
supervisionado de psicopedagogia institucional e clínica notamos que a instituição recebe
crianças com vários tipos de especialidades e dificuldades de aprendizagem, que são
acompanhadas algumas pelo psicopedagogo e outros profissionais especializados, mas ainda
precisa de ajustes que ajudem aos professores em sala de aula no desenvolvimento das
atividades.
A criança escolhida para observação e avaliação demonstrou durante as atividades realizadas,
diversas características de distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade.
Atualmente a DDAH é um tema relevante a ser estudado e debatido pelos educadores, por ser
freqüente em nossas escolas, que muitas vezes são desencadeadas por fatores hereditários,
orgânicos, causando desconforto e angústia no ambiente escolar pela carência de
conhecimento dos profissionais que são acostumados a ensinar conteúdos não se preparando
para trabalhar as dificuldades e transtornos, são qualificados, mas muitos não colocam em
pratica ou não se interessam em unir a teoria com a prática, por isso a importância do
psicopedagogo nas instituições, trabalhando com essas realidades juntamente com os
professores e outros profissionais ligados a cada transtorno. Com isso o professor demonstra
fragilidade diante da dificuldade de aprendizagem e acaba rotulando o aluno sem antes fazer
uma pesquisa da vida social e familiar para tentar descobrir o que o leva a ter esse
comportamento e assim traçar caminhos estratégicos que auxiliam na construção da
aprendizagem significativa da criança. Dando assistência a própria criança e a família para
apoiá-la e aceitá-la da forma que ela é e orientando-a de forma sadia e se necessário
encaminhá-la para um profissional qualificado para realização de exames posteriores que
confirmem o diagnóstico e o tratamento.
Com esse estágio aprendemos a ter um olhar e uma escuta diferenciada em relação a essas
crianças que apresentam dificuldades e transtornos de aprendizagem, colocando-nos à
disposição da instituição e do professor, enquanto psicopedagogo que somos, para da
assistência, tanto no desenvolvimento de atividades que atendam as particularidades de cada
criança como também apoiando e orientando a família a fazer um trabalho de parceria escola
e família, fazendo uso da mesma linguagem, melhorando a convivência escolar e familiar,
motivando a construção da aprendizagem e de uma educação de qualidade.
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONTEIRO, Elizabeth. Criando filhos em tempos difíceis, atitudes e brincadeiras para uma
infância feliz. São Paulo: Mercuryo, 2002.
TIBA, Içami. Quem ama, educa! Formando cidadãos éticos. Ed. Atual. São Paulo: Integrare
Editora, 2007.
8- ANEXOS