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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

1. A GERÊNCIA DE MATERIAIS

A gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar na redução de custos e


no aperfeiçoamento do desempenho de uma organização de produção, quando é
adequadamente entendida e executada. É um conceito que deve estar contido na filosofia da
empresa e em sua organização.
Os materiais em geral representam a maior parcela de custo de produtos acabados,
mostrando que são responsáveis por aproximadamente 52% do custo do produto numa média
empresa e, em alguns casos, podem chegar a 85%. O investimento em estoque de materiais é
tipicamente de 1/3 do ativo de uma empresa.
Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e
programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável a todos que dela
participam.

2. DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A administração de materiais visa abastecer, de modo contínuo, a empresa com


material que seja necessário para as suas atividades. São 5 requisitos básicos para o
abastecimento:

a) qualidade do material;
b) quantidade necessária;
c) prazo de entrega
d) preço;
e) condições de pagamento.

a) Qualidade do Material
O material deverá apresentar qualidade tal que possibilite sua aceitação dentro e fora
da empresa (mercado).
b) Quantidade
Deverá ser estritamente suficiente para suprir as necessidades da produção e estoque,
evitando a falta de material para o abastecimento geral da empresa bem como o excesso em
estoque.

c) Prazo de Entrega
Deverá ser o menor possível, a fim de levar um melhor atendimento aos consumidores
e evitar falta do material.

d) Menor Preço
O preço do produto deverá ser tal que possa situá-lo em posição de concorrência no
mercado, proporcionando à empresa um lucro maior.

e) Condições de pagamento
Deverão ser as melhores possíveis para que a empresa tenha maior flexibilidade na
transformação ou venda do produto.

3. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS - DEFINIÇÕES

A Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades


desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as
diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas
atribuições. Tais atividades abrangem desde o circuito de reaprovisionamento, inclusive
compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos
órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques etc.

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Em outras palavras: “A Administração de Materiais visa à garantia de existência
contínua de um estoque, organizado de modo a nunca faltar nenhum dos itens que o
compõem, sem tornar excessivo o investimento total”.
A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada como um Sistema
Integrado em que diversos subsistemas próprios interagem para constituir um todo organizado.
Destina-se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais
imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na quantidade
necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho
dos estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretará, em regra, estoques altos,
acima das necessidades imediatas da organização.
Por outro lado, a providência do suprimento após esse momento poderá levar a falta do
material necessário ao atendimento de determinada necessidade da administração. Do mesmo
modo, o tamanho do Lote de Compra acarreta as mesmas conseqüências: quantidades além
do necessário representam inversões em estoques ociosos, assim como, quantidades aquém
do necessário podem levar à insuficiência de estoque, o que é prejudicial à eficiência
operacional da organização.
Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam, se mal
planejados, além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses
decorrentes de quaisquer das situações assinaladas. Da mesma forma, a obtenção de material
sem os atributos da qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta custos
financeiros maiores, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não realizadas. Isto
porque materiais, nestas condições podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na
fabricação ou no serviço, inutilização de material, compras adicionais, etc.
Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de forma sistêmica,
fornecem, portanto, os meios necessários à consecução das quatro condições básicas
alinhadas acima, para uma boa Administração de material.
Decompondo esta atividade através da separação e identificação dos seus elementos
componentes, encontramos as seguintes subfunções típicas da Administração de Materiais,
além de outras mais específicas de organizações mais complexas:

a.1 - Subsistemas Típicos:


a.1.1- Controle de Estoque - subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques,
através do planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão,
o controle e o ressuprimento de material. O estoque é necessário para que o processo de
produção-venda da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os
estoques podem ser de: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados. O setor
de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro
envolvido.

a.1.2- Classificação de Material - subsistema responsável pela identificação (especificação),


classificação, codificação, cadastramento e catalogação de material.

a.1.3- Aquisição / Compra de Material - subsistema responsável pela gestão, negociação e


contratação de compras de material através do processo de licitação. O setor de Compras
preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima. É da responsabilidade de
Compras assegurar que as matérias-primas exigidas pela Produção estejam à disposição nas
quantidades certas, nos períodos desejados. Compras não é somente responsável pela
quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra em preço mais favorável
possível, já que o custo da matéria-prima é um componente fundamental no custo do produto.

a.1.4- Armazenagem / Almoxarifado - subsistema responsável pela gestão física dos


estoques, compreendendo as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e
expedição de material, segundo determinadas normas e métodos de armazenamento. O
Almoxarifado é o responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos
produtos em processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para atender a
produção e os materiais entregues pelos fornecedores.

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a.1.5- Movimentação de Material - subsistema encarregado do controle e normalização das
transações de recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e quaisquer
outros tipos de movimentações de entrada e de saída de material.

a.1.6 - Inspeção de Recebimento - subsistema responsável pela verificação física e


documental do recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos
atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade.

a.1.7 - Cadastro - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de


mercado e compras.

a.2 - Subsistemas Específicos:

a.2.1 - Inspeção de Suprimentos - subsistema de apoio responsável pela verificação da


aplicação das normas e dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento da
Administração de Materiais em toda a organização, analisando os desvios da política de
suprimento traçada pela administração e proporcionando soluções.

a.2.2 - Padronização e Normalização - subsistema de apoio ao qual cabe a obtenção de


menor número de variedades existentes de determinado tipo de material, por meio de
unificação e especificação dos mesmos, propondo medidas de redução de estoques.

a.2.3 - Transporte de Material - subsistema de apoio que se responsabiliza pela política e pela
execução do transporte, movimentação e distribuição de material. A colocação do produto
acabado nos clientes e as entregas das matérias-primas na fábrica é de responsabilidade do
setor de Transportes e Distribuição. É nesse setor que se executa a Administração da frota de
veículos da empresa, e/ou onde também são contratadas as transportadoras que prestam
serviços de entrega e coleta.
A integração destas subfunções funciona como um sistema de engrenagens que
aciona a Administração de Material e permite a interface com outros sistemas da organização.
Assim, quando um item de material é recebido do fornecedor, houve, antes, todo um conjunto
de ações inter-relacionadas para esse fim: o subsistema de Controle de Estoque aciona o
subsistema de Compras que recorre ao subsistema de Cadastro.
Quando do recebimento, do material pelo almoxarifado, o subsistema de Inspeção é
acionado, de modo que os itens aceitos pela inspeção física e documental são encaminhados
ao subsistema de Armazenagem para guarda nas unidades de estocagem próprias e demais
providências, ao mesmo tempo que o subsistema de Controle de Estoque é informado para
proceder aos registros físicos e contábeis da movimentação de entrada.
O subsistema de Cadastro também é informado, para encerrar o dossiê de compras e
processar as anotações cadastrais pertinentes ao fornecimento. Os materiais recusados pelo
subsistema de Inspeção são devolvidos ao fornecedor. A devolução é providenciada pelo
subsistema de Aquisição que aciona o fornecedor para essa providência após ser informado,
pela Inspeção, que o material não foi aceito. Igualmente, o subsistema de Cadastro é
informado do evento para providenciar o encerramento do processo de compra e processar, no
cadastro de fornecedores, os registros pertinentes.
Quando o material é requisitado dos estoques, este evento é comunicado ao
subsistema de Controle de Estoque pelo subsistema de Armazenagem. Este procede à baixa
física e contábil, podendo, gerar com isso, uma ação de ressuprimento. Neste caso, é emitida
pelo subsistema de Controle de Estoques uma ordem ao subsistema de Compras, para que o
material seja comprado de um dos fornecedores cadastrados e habilitados junto à organização
pelo subsistema de Cadastro. Após a concretização da compra, o subsistema de Cadastro
também fica responsável para providenciar, junto aos fornecedores, o cumprimento do prazo
de entrega contratual, iniciando o ciclo novamente, por ocasião do recebimento de material.
Todos esses subsistemas não aparecem configurados na Administração de Materiais
de qualquer organização. As partes componentes desta função dependem do tamanho, do tipo
e da complexidade da organização, da natureza e de sua atividade-fim, e do número de itens
do inventário.

4. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

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a) suprir, através de Compras, a empresa, de todos os materiais necessários ao seu
funcionamento;
b) avaliar outras empresas como possíveis fornecedores;
c) supervisionar os almoxarifados da empresa;
d) controlar os estoques;
e) aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, fixando Estoques Mínimos, Lotes
Econômicos e outros índices necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo critérios
aprovados pela direção da empresa;
f) manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Engenharia de
Produto, Financeira etc.
g) estabelecer sistema de estocagem adequado;
h) coordenar os inventários rotativos.

5. OBJETIVOS PRINCIPAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E RECURSOS


PATRIMONIAIS

A Administração de Materiais tem por finalidade principal assegurar o contínuo


abastecimento de artigos necessários para comercialização direta ou capaz de atender aos
serviços executados pela empresa.
As empresas objetivam diminuir os custos operacionais para que elas e seus produtos
possam ser competitivos no mercado.
Mais especificamente, os materiais precisam ser de qualidade produtiva para assegurar
a aceitação do produto final. Precisam estar na empresa prontos para o consumo na data
desejada e com um preço de aquisição acessível, a fim de que o produto possa ser competitivo
e assim, dar à empresa um retorno satisfatório do capital investido.
Os principais objetivos da área de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais
são:
a) Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais importantes. Reduzir
o preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade;

b) Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização do capital, aumentando o retorno


sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro;

c) Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamentalmente da eficácia das áreas


de Controle de Estoques, Armazenamento e Compras;

d) Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma análise criteriosa quando da escolha


dos fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são afetados diretamente
por este item;
e) Consistência de Qualidade - a área de materiais é responsável apenas pela qualidade de
materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em algumas empresas a
qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-se no único objetivo da Gerência de
Materiais;

f) Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma empresa no mundo dos


negócios é, em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus fornecedores;

g) Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar interessada em aumentar a aptidão


de seu pessoal;

h) Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel
da Administração de Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta.

6. TERMINOLOGIA UTILIZADA NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

a) Artigo ou Item - designa qualquer material, matéria-prima ou produto acabado que faça
parte do estoque;
b) Unidade - identifica a medida, tipo de acondicionamento, características de apresentação
física ( caixa, bloco, rolo, folha, litro, galão, resma, vidro, peça, quilograma, metro, .... );

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c) Pontos de Estocagem - locais aonde os itens em estoque são armazenados e sujeitos ao
controle da administração;
d) Estoque - conjunto de mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no
almoxarifado à espera de utilização futura e que permite suprir regularmente os usuários, sem
causar interrupções às unidades funcionais da organização;
e) Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações quanto a quantidade, volume,
peso e custo em conseqüência de entradas e saídas;
f) Estoque Morto ou Inativo - não sofre flutuações, é estático;
g) Estoque Empenhado ou Reservado - quantidade de determinado item, com utilização
certa, comprometida previamente e que por alguma razão permanece temporariamente em
almoxarifado. Está disponível somente para uma aplicação ou unidade funcional específica;
h) Estoque de Recuperação - quantidades de itens constituídas por sobras de retiradas de
estoque, salvados ( retirados de uso através de desmontagens) etc., sem condições de uso,
mas passíveis de aproveitamento após recuperação, podendo vir a integrar o Estoque Normal
ou Estoque de Materiais Recuperados, após a obtenção de suas condições normais;
i) Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis - constitui as quantidades de itens em
estoque, novos ou recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser eliminados. Constitui um
Estoque Morto;
j) Estoque Disponível - é a quantidade de um determinado item existente em estoque, livre
para uso;
k) Estoque Teórico - é o resultado da soma do disponível com a quantidade pedida,
aguardando o fornecimento;
l) Estoque Mínimo: é a menor quantidade de um artigo ou item que deverá existir em estoque
para prevenir qualquer eventualidade ou emergência ( falta ) provocada por consumo anormal
ou atraso de entrega;
m) Estoque Médio, Operacional: é considerado como sendo a metade da quantidade
necessária para um determinado período mais o Estoque de Segurança;
n) Estoque Máximo: é a quantidade necessária de um item para suprir a organização em um
período estabelecido mais o Estoque de Segurança;
o) Ponto de Pedido, Limite de Chamada ou Ponto de Ressuprimento: é a quantidade de
item de estoque que ao ser atingida requer a análise para ressuprimento do item;
p) Ponto de Chamada de Emergência: é a quantidade que quando atingida requer medidas
especiais para que não ocorra ruptura no estoque. Normalmente é igual a metade do Estoque
Mínimo;
q) Ruptura de Estoque: ocorre quando o estoque de determinado item fica igual a zero(E = 0
).
r) Freqüência - é o número de vezes que um item é solicitado ou comprado em um
determinado período;
s) Quantidade a Pedir - é a quantidade de um item que deverá ser fornecida ou comprada;
t) Tempo de Tramitação Interna: é o tempo que um documento leva, desde o momento em
que é emitido até o momento em que a compra é formalizada;
u) Prazo de Entrega: tempo decorrido da data de formalização do contrato bilateral de compra
até a data de recebimento da mercadoria;
v) Tempo de Reposição, Ressuprimento: tempo decorrido desde a emissão do documento
de compra ( requisição ) até o recebimento da mercadoria;
w) Requisição ou Pedido de Compra - documento interno que desencadeia o processo de
compra;
x) Coleta ou Cotação de Preços: documento emitido pela unidade de Compras, solicitando ao
fornecedor Proposta de Fornecimento. Esta Coleta deverá conter todas as especificações que
identifiquem individualmente cada item;
y) Proposta de Fornecimento - documento no qual o fornecedor explicita as condições nas
quais se propõe a atender (preço, prazo de entrega, condições de pagamento etc);
z) Mapa Comparativo de Preços - documento que serve para confrontar condições de
fornecimento e decidir sobre a mais viável;

aa) Custo Variável - existe em função das variações de quantidade e de despesas


operacionais;
bb) Custo de Manutenção de Estoque, Posse ou Armazenagem: são os custos decorrentes
da existência do item ou artigo no estoque. Varia em função do número de vezes ou da
quantidade comprada;

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cc) Custo de Obtenção de Estoque, do Pedido ou Aquisição: é constituído pela somatória
de todas as despesas efetivamente realizadas no processamento de uma compra. Varia em
função do número de pedidos emitidos ou das quantidades compradas.

dd) Custo Total: é o resultado da soma do Custo Fixo com o Custo de Posse e o Custo de
Aquisição;
ee) Custo Ideal: é aquele obtido no ponto de encontro ou interseção das curvas dos Custos de
Posse e de Aquisição. Representa o menor valor do Custo Total.

7. Fluxo de Atividades

Analisando o esquema acima, percebemos a relação de interdependência.


 Análise de mercado ou necessidade de produção: permite avaliar a capacidade de
consumo.
 Análise econômico- financeira: é através dela que se analisa a capacidade empresarial,
as despesas e a lucratividade, visualizando assim as possibilidades de investimento.
 Programação e controle de estoque: consiste em definir o estoque ideal para as
necessidades da empresa, e o controle visa, rapidez de atendimento, menor aplicação
do capital de giro, possibilidades de rotatividade do estoque, etc.
 Compras: A função de compras é um segmento essencial do departamento de
materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais
ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as
quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e
providenciar armazenamento.

Os objetivos básicos de uma seção de compras são:

A) Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões de qualidade e


quantidade;
B) Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições para a
empresa, principalmente as de pagamento.

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Para efetuar uma boa compra, a empresa deve seguir certos mandamentos que
incluem a verificação de prazos, preços, qualidade e volume. Deve-se manter cadastros de
fornecedores, analisá-los, fazer uma seleção e procurar ter uma bom relacionamento com o
mercado fornecedor.
Entre as características básicas de um sistema adequado de compras, podemos
destacar:

A) Sistema de compras a três cotações: Tem por finalidade partir de um número mínimo de
cotações para encorajar novos competidores. A pré-seleção dos concorrentes qualificados
evita o dispêndio de tempo com um grande número de fornecedores.

B) Sistema de preços objetivos: O conhecimento prévio do preço justo, além de ajudar nas
decisões do comprador, proporciona uma verificação dupla no sistema de cotações. Pode
ainda ajudar os fornecedores a serem competitivos, mostrando-lhes que seus preços estão fora
de concorrência.
C) Duas ou mais aprovações: No mínimo duas pessoas estão envolvidas em cada decisão
da escolha do fornecedor. Isto estabelece uma defesa dos interesses da empresa pela garantia
de um melhor julgamento, protegendo o comprador ao possibilitar revisão de uma decisão
individual.

D) Documentação escrita: Documentação anexa ao pedido, possibilita no ato da segunda


assinatura, o exame de cada fase de negociação, permite revisão e estará sempre disponível
junto ao processo de compra para esclarecer qualquer dúvida posterior.

8. Evolução do relacionamento Cliente-Fornecedor


O relacionamento cliente-fornecedor passa por algumas fases características conforme
MARTINS e ALT (2005).
a) Ocorre nos primeiros contatos onde ambas as partes atuam como adversários e o que é
priorizado é o preço. Nesta etapa existe grande desconfiança a respeito de qualidade, de
aspectos comerciais, tributários e também sobre as quantidades fornecidas, havendo inspeção
em 100% dos lotes entregues. A avaliação do fornecedor é feita com bastante firmeza.

b) A partir do momento em que existe uma repetição dos níveis de qualidade conforme
especificações da empresa compradora o relacionamento adquire contornos de confiança
recíproca.
c) Com as etapas anteriores consolidadas o relacionamento evolui para a participação do
fornecedor junto aos processos da empresa compradora com a finalidade inclusive de
participar nos novos projetos. Nesta fase poderão acontecer investimentos comuns em P&D
(pesquisa e desenvolvimento) havendo possibilidade do cliente receber financiamento para
programas de melhoria na qualidade.
d) O passo final no relacionamento é chamado de comakership, que vem a ser uma parceria
onde a atuação do fornecedor poderá se situar nos seguintes modos:
 desenvolvimento de produtos e processos
 Engenharia simultânea
 Desdobramento da função qualidade (QFD)
 Fornecimentos programados e sincronizados
 Qualidade assegurada
 Gerenciamento comum dos procedimentos e negócios
 Uma possível participação financeira no negócio
 Atuação conjunta na mesma planta

9. A área tradicional e as perspectivas atuais da área de compras


Segundo MARTINS e ALT (2005), a visão da área de compras sendo consideradas
perspectivas tradicional e atual

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Negociação: Compras atualmente faz parte
Preço, Prazo, Qualidade da cadeia de suprimentos
As 3 cotações eram feitas (Supply Chain). Ou seja, da
Via: Telefone / Fax. logística da empresa, onde o
Eram informados o CQ, foco é o processo.
o Contas a pagar etc. Preocupando-se também com
Com a chegada do material níveis de estoques. Onde a
após inspeção, se aprovado nova função recebe o nome
ia para o almoxarifado. Caso de procurement. Com
contrário o material era responsabilidades bem amplas
devolvido. indo do comercial a P& D.

Tradicionalmente Atualmente

Já do ponto de vista de mercado, aconteceram também mudanças acentuadas pois

P = Preço de Vendas
P=C+ L Onde: C = Custo Total
L = Lucro (Margem)
Significado da equação.
Antes O empresário impunha o preço do produto
Atualm. O mercado impõe o preço do produto

10. Novas formas de Comprar


Pelas transformações ocorridas na área de materiais e também pelas mudanças em TI
(tecnologia da informação), a área de compras passou a atuar de forma bem diferente da que
vinha operando.
a) a utilização do EDI (Electronic Data Interchange) que pode ser visto na figura abaixo.

(Saída) Conversores ANSI. X12


(Chegada)

Modens

Compras Fornecedor
(Cliente) (Sistema de
Rede de Telecomunicações
entrada de
ordens de
Na saída, converte o pedido de Compra em Compra).
informação digital, na chegada é feita a
reconversão do documento.

Adaptado de: MARTINS e ALT (2005)


Consiste na transmissão de dados criptografados entre o cliente e o fornecedor. Segundo
MARTINS e ALT (2005, pg 71) , esta forma de comunicação pode interligar a empresa a seus

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clientes, fornecedores, banco, transportadora ou seguradora. Ela já existe há bastante tempo e
traz várias vantagens como:
 Rapidez,segurança e precisão do fluxo de informações;
 Redução significativa de custos;
 Facilidade da colocação de pedidos, principalmente nos casos de contratos de
fornecimento com entregas mediante liberação do cliente, como acontece nas
transações entre montadoras e autopeças no Brasil e no resto do mundo;
 Sedimenta o conceito de parcerias entre cliente e fornecedor.

A vantagem introduzida pelo EDI foi a automatizar lojista de um lado e fornecedores do


outro. Sua utilização é bastante prática pois poderá ser estabelecido um acordo entre o
fornecedor e a loja de forma tal que quando o nível de estoque atingir um nível pré-
estabelecido um novo embarque de mercadoria é despachado.

b)A utilização da Internet conforme apresentado na figura abaixo


(Provedor) Modens

WEB
WWW
Fornecedores
LT
(Cliente) LT

LT
(Provedor)

O uso do e-mail tendo como anexo os mais diversos documentos; desenhos técnicos,
especificações, pedidos etc. Todos eles “rodando” com os softwares; Excel, Word, Ms Project,
Auto Cad, Primavera entre outros. O que possibilita transações extremamente interessantes
com baixos investimentos e podendo atingir toda a cadeia de abastecimento. A principal
desvantagem é que poderá estar sujeita a ataques de vírus.

c) Cartão de crédito tipo empresa ou cartão comercial; a compra mediante o uso do cartão traz
para as empresas redução de custos, parcelamento dos valores e ainda o fornecimento de
relatórios gerenciais .

11. Verticalização e Horizontalização da empresa


A decisão de comprar ou fazer na própria empresa, ou terceirizar tem caráter
estratégico pois pode provocar um menor envolvimento com problemas sociais não tendo que
demitir funcionários nos momentos de menor demanda. Não ter que investir em novos
equipamentos e poder exigir níveis de qualidade que talvez não conseguissem obter.
Na verticalização se produzem novos processos, novas áreas com tecnologias
diferentes. O objetivo é o de fazer todas as partes do processo dentro da própria empresa.
Na horizontalização o método é exatamente o oposto, ou seja, tentar fazer o máximo
possível de sub-partes em fornecedores externos. A seguir serão estabelecidas as vantagens
e desvantagens nos dois métodos.
VERTICALIZAÇÃO

Vantagens Desvantagens

Independência de Maior Investimento


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terceiros Perda de Foco Página 9
Maiores lucros Aumento da estrutura
Maior autonomia empresarial
Domínio da tecnologia
H o r iz o n ta liz a ç ã o

V a n ta g e n s D e s v a n ta g e n s

R e d u ç ã o d e C u s to s M e n o r c o n t r o le
M a io r f le x ib ilid a d e e t e c n o ló g ic o
e f ic iê n c ia D e ix a d e g a n h a r o
In c o rp o ra ç ã o d e n o v a s lu c r o d o fo r n e c e d o r
T e c n o lo g ia s M a is e x p o s t o
F o c o n o n e g ó c io p r in c ip a l

12. Comprar / Fazer / Alugar


A decisões sobre comprar ou fazer , estão localizadas em três amplos níveis:
operacional, intermediário e estratégico. Onde em cada um destes níveis serão necessárias
análises sobre vantagens ou desvantagens na terceirização de produtos ou serviços.
Para efeitos desta apostila será feita uma análise a respeito da terceirização baseada
nos custos fixos e variáveis, como demonstrado na figura abaixo.
COMPRAR X FABRICAR

CT = CF + Cv x q
$
Comprar CTc = CFc + Cvc x q

Fabricar CTf = CF f + Cv f x q
Qm
CTc = CFc + Cvc x q
0 P.Eq. Total Peças Qm
CTf = CF f + Cv f x q

0 CFc + Cvc x q = CF f + Cv f x q
CTc = CFc + Cvc x q
0
CTf = CF f + Cv f x q
13. LOTE ECONÔMICO

A decisão de estocar ou não determinado item é básica para o volume de estoque em


qualquer momento. Ao tomar tal decisão, há dois fatores a considerar:

1)É econômico estocar o item?

2) É interessante estocar um item indicado como antieconômico a fim de satisfazer um cliente


e, portanto, melhorar as relações com ele ?

O primeiro fator pode ser analisado matematicamente. Em geral, não é econômico


estocar um item se isso excede o custo de comprá-lo ou produzí-lo. Também pode ser
demonstrado que não é econômico estocar itens quando as necessidades dos clientes, ou a
média de consumo da produção, tenham um excesso correspondente à metade da quantidade
econômica do pedido.

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Com a finalidade de prestar o melhor serviço ao cliente, mesmo em condições
antieconômicas para a empresa, torna-se necessário a criação de estoques de determinados
itens, com o intuito de não criar uma ruptura para o cliente.

Quanto deve ser comprado ou produzido de cada vez ?


Existem custos que aumentam a medida que a quantidade do material pedido
aumenta, porque em média, considerando consumo uniforme, metade da quantidade pedida
estará em estoque. tais custos são aqueles vinculados a armazenagem dos materiais, incluindo
espaço, seguro, juros, etc.
Existem custos que diminuem a medida que a quantidade de material pedida aumenta,
com a distribuição dos custos fixos por quantidade maiores.

No gráfico abaixo podemos perceber um aumento dos custos de armazenagem à


medida que a quantidade dos produtos comprados ou produzidos aumenta, devido à maior
quantidade que deve ser armazenada.

Curva do Custo Total


500

450

400
Custo Total

350

300
Custo

250 Custo de Armazenagem


200

150
100
Custo de Pedido
50
LEC
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Quantidade

A curva mais baixa indica o custo total para encomendar material, o qual diminui à
medida que aumenta a quantidade de produtos pedidos de uma só vez.
Esta redução se deve ao fato de que poucos pedidos terão de ser emitidos durante
determinado espaço de tempo e, como resultado, haverá despesas menores de emissão de
pedidos de compra. a curva superior representa o custo total do estoque que é obtido
adicionando-se os custos de armazenagem aos custos de pedido.

13.1 Lote Econômico de Compra

Partiremos das seguintes condições:

a)O consumo mensal é determinístico e com uma taxa constante;


b) A reposição e instantânea quando os estoques chegam a nível zero.

Considerando um pedido de 1 ano (t); o custo total seria formado de três componentes:

CT = Custo unitário do item (ano) + custo do pedido (ano) + custo de armazenagem


(ano).

Custo total do ano pode ser apresentado também da seguinte maneira.

CT = Custo total do período  t  x número de períodos (ano)

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O custo unitário por período é o custo de aquisição das q unidades, ou seja: p x q
Em que p é o preço unitário do item. Em cada período se faz apenas uma compra, o custo de
pedido é o custo de se fazer uma compra, isto é, b.

Q
O estoque médio por período é . Então o custo de armazenagem por período é:
2

Q
It
2
Sendo i = Custo de armazenagem em $/unidade/ ano.
t= Duração de um período (ano).

Então o custo total por período é:


Q
CT  P. Q  B  I . t
2
Para um ano, a duração de um q um período é:

Q
t  sendo C o consumo do período t 
C
O número de pedido por ano é:

C
PEDIDOS 
Q

Substituindo a equação de custo total pelas duas equações anteriores temos:

C Q
CT  P. C  B.  I.
Q 2

onde: P = Preço unitário de compra.


C = Consumo do item.
B = Custo do pedido.
Q = Quantidade do lote.
I = Custo de armazenagem.

Quando vimos custo de armazenagem, foi dito que o índice “ i “ poderia ser indicado de
duas maneiras em percentual ao valor total do estoque ou em valor unitário.

2 BC
Q
I

Esta fórmula apresentada é para quando i for dado como valor unitário. para valor percentual,
teríamos a seguinte alteração:

2 BC
Q
I. P

Exemplo: Aplicação da formula do lote econômico de compras

O consumo de determinada peça é de 20.000 und por ano. o custo de armazenagem por
peça e por ano é R$ 1,90 e o custo de pedido é de R$ 500,00 .o preço unitário de compra é
R$ 2,00. determine:

FLÁVIA ASSIS Página 12


a) O Lote econômico de compra;
b) O Custo total anual;
c) O Número de pedidos por ano;
d) A Duração entre os pedidos.

a) O Lote Econômico é:

2 BC 2 x500 x 20000
Q   10.526,315  3,245 peças por pedido
I 1,90

O Custo total anual é:

C Q
CT  P. C  B.  I.
Q 2
20000 3,245
CT  2 x 20000  500.  1,90.
3,245 2
CT  40000  3082  3082

CT  R$ 46,164 POR ANO

O Número de Pedidos é:

C 20000
PEDIDOS    6,2. PEDIDOS / ANO
Q 3245

O Intervalo Entre os Pedidos é:


Q 3245
t   0,162. ANOS
C 20000

13.2 RESTRIÇÕES AO LOTE ECONÔMICO

1. Espaço de Armazenagem - uma empresa que passa a adotar o método em seus estoques,
pode deparar-se com o problema de falta de espaço, pois, às vezes, os lotes de compra
recomendados pelo sistema não coincidem com a capacidade de armazenagem do
almoxarifado;
2. Variações do Preço de Material - Em economias inflacionárias, calcular e adquirir a
quantidade ideal ou econômica de compra, com base nos preços atuais para suprir o dia de
amanhã, implicaria, de certa forma, refazer os cálculos tantas vezes quantas fossem as
alterações de preços sofridas pelo material ao longo do período, o que não se verifica , com
constância, nos países de economia relativamente estável, onde o preço permanece
estacionário por períodos mais longos;

3. Dificuldade de Aplicação - Esta dificuldade decorre, em grande parte, da falta de registros


ou da dificuldade de levantamento dos dados de custos. Entretanto, com referência a este
aspecto, erros, por maiores que sejam, na apuração destes custos não afetam de forma
significativa o resultado ou a solução final. São pouco sensíveis à alterações razoáveis nos
fatores de custo considerados. Estes são, portanto, sempre de precisão relativa;

4. Natureza do Material - Pode vir a se constituir em fator de dificuldade. O material poderá


tornar-se obsoleto ou deteriorar-se;

5. Natureza de Consumo - A aplicação do lote econômico de compra, pressupõe, em regra,


um tipo, de demanda regular e constante, com distribuição uniforme. Como isto nem sempre

FLÁVIA ASSIS Página 13


ocorre com relação à boa parte dos itens, é possível que não consigamos resultados
satisfatórios ou esperados com os materiais cujo consumo seja de ordem aleatória e
descontínua.
Podemos, nestas circunstâncias, obter uma quantidade pequena que inviabilize a sua
utilização.

13.3 Custos de “carregar” os Estoques


Os custos de manter estoques podem ser classificados em três categorias: diretamente
proporcionais aos estoques, inversamente proporcionais e os independentes das quantidades
mantidas em estoque, dentro de certos limites.
Os custos que crescem com o aumento do estoque médio são chamados de
proporcionais. Conforme figura abaixo.

Cc = Ca + i x p
Maior o Estoque:

Maior Imobilização do $
Maior Área
Maior Aluguel
Maior no. de pessoas

Maior obsolescência
Custos Custo de
Os custos de Carregamento Carregamento
crescem com o crescimento médio dos estoques
Estoques
13.4 Custos de Obtenção
Aqueles que diminuem com o aumento do estoque médio são os inversamente
proporcionais. Chamados de custos de obtenção. Como pode ser observado pelo gráfico na
figura a seguir

Custo de Obtenção "Cp"


600
Custos

550
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
0 4000 8000 12000 16000 20000 24000 28000 32000
Q/2

Custos inversamente proporcionais


13.5 CUSTOS INDEPENDENTES

FLÁVIA ASSIS Página 14


Os custos independentes dependem apenas dos custos fixos associados ao processo
de estocagem. Na figura a seguir podem ser vistos os três custos de forma simultânea.

L o t e Eco n o m ico d e C o m p r a

CT Custo Total

Cc
Cp

Ci

Custos Totais de Estocagem

A curva superior é a do custo total que pode ser expressa da seguinte forma:

CT = ( Ca + i x p ) x (Q / 2 ) + Cp x ( D / Q ) + CI

Custos diretamente Custos inversamente CustosFixos


proporcionais proporcionais
(Carregamento) (Obtenção) (Independentes)

14 – CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES

Em sua grande maioria, os estoques destinam-se à produção. Deve-se fazer um


estudo dos vários tipos de estoques, a fim de se classificá-los e de se determinar a finalidade
de cada um.

ATENÇÃO.....CAIU EM PROVA...

 Nos almoxarifados são armazenadas matérias-primas, materiais de


aplicação e insumos
 Na fábrica são armazenados produtos em processo
 Nos depósitos são armazenados produtos acabados

14.1 Gestão de Estoques

A principal função da gestão de estoques é maximizar este efeito lubrificante no


feedback de vendas não realizadas e no ajuste do planejamento da produção. A administração
ou gestão de estoques deve simultaneamente buscar minimizar o capital imobilizado em
estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente. Porém uma empresa não pode trabalhar
sem estoques pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a
venda do produto. Quanto maior o capital investido nos vários tipos de estoques ( matéria-
prima, produtos em processo e produtos acabados ), supondo que este seja estritamente
necessário, maior é a responsabilidade de cada departamento da empresa. Um cuidado
especial que deve ser tomado pela empresa em relação aos vários tipos de estoques, é que
eles não podem ser analisados como independentes, pois quaisquer que forem as decisões
tomadas sobre um deles, ela terá influência direta ou indireta sobre os outros.

FLÁVIA ASSIS Página 15


O objetivo, portanto, da gestão de estoques é otimizar o investimento em estoques,
aumentando o uso eficiente dos meios da empresa, minimizando as necessidades de capital
investido.
Uma das principais dificuldades dentro da gestão de estoques está em buscar conciliar
da melhor maneira possível os diferentes objetivos de cada departamento da empresa para os
estoques, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. Para a gerência financeira a
minimização dos estoques é uma das metas prioritárias, pois este significa capital investido. Já
para o gerente de produção, os estoques são encarados como um meio de ajuda para a sua
metal principal: a produção. Do mesmo modo o gerente de vendas também deseja um estoque
elevado para atender a todos os clientes. O quadro 1 permite uma melhor visualização dos
conflitos interdepartamentais.
Podemos observar que a responsabilidade das decisões sobre o estoque está dividida
entre os vários departamentos da empresa, sendo responsabilidade do almoxarife zelar pelas
reposições necessárias. Quando as metas dos diferentes departamentos são conflitantes,
geralmente, o departamento que tem maior agressividade é o mais ouvido. O sistema de
gestão de estoques deve remover estes conflitos, providenciando a necessidade real de
suprimentos da empresa.

Quadro - Conflitos interdepartamentais.

DEPTO. DE COMRAS DEPTO. FINANCEIRO


Matéria - Prima Desconto sobre as Capital investido
( Alto - estoque ) quantidades a serem Perda Financeira
compradas

Matéria - Prima DEPTO. PRODUÇÃO DEPTO. FINANCEIRO


( Alto - estoque ) Nenhum risco de falta de Maior custo de armazenagem
material e perdas por obsolescência

DEPTO. VENDAS DEPTO. FINANCEIRO


Matéria - Prima Entregas rápidas, boa Capital investido
( Alto - estoque ) imagem, melhores vendas Maior custo de armazenagem

Para isso, a gestão dos estoques não deve se preocupar apenas com o fluxo diário de
materiais entre vendas e compras, mas com a relação lógica entre cada integrante deste fluxo,
trazendo uma mudança na forma tradicional de encarar o estoque.
Segundo Neushel e FuulerCCTP1PT, as deficiências do controle de estoque
normalmente são mostradas por reclamações contra sintomas específicos, dentre os quais
podemos citar:

 periódicas e grandes dilatações dos prazos de entregas para os produtos acabados e dos
tempos de reposição de matéria -prima;

 quantidades maiores de estoque, enquanto a produção permanece constante;

 elevação do número de cancelamento de pedidos ou mesmo devoluções de produtos


acabados;

 variação excessiva da quantidade a ser produzida;

 produção parada freqüentemente por falta de material;

1
TP PT NEUSHEL, Richard & FUELER, Alan. Industrial Engineering Handbook.

FLÁVIA ASSIS Página 16


 falta de espaço para armazenamento;
 baixa rotação de estoques, obsoletismo em demasia.

Todas essas deficiências devem chamar a atenção da empresa para que ela reavalie
a sua política de estoques, pois todas elas resultam numa perda de capital.

14.2 Políticas de Estoque

A política de estoques deve ser definida pela administração central da empresa, que
deverá repassar ao Departamento de Controle de Estoques o programa de metas e objetivos a
serem atingidos. Este procedimento visa estabelecer certos padrões que sirvam de guias aos
programadores e controladores e também de critérios para medir a performance do
departamento de gestão de estoques. Algumas dessas metas, de maneira geral, são as
seguintes:

I. definir metas da empresa quanto ao tempo de entrega dos produtos ao cliente;

II. definição do número de depósitos e/ou almoxarifes e da lista de materiais a serem


estocados neles;

III. definir o nível de flutuação dos estoques para atender uma alto ou baixa nas vendas;

IV. qual o grau de especulação dos estoques a ser utilizado (comprar antecipado com preço
mais baixos ou comprar uma maior quantidade para obter desconto);

V. definição da rotatividade dos estoques.

Os itens III e V merecem uma atenção especial pois são eles que irão medir o capital
investido em estoques.

Existe uma relação entre o capital investido e a previsão de consumo, indicada como
grau de atendimento [ % ], que indica quanto da parcela de consumo ou das vendas deverá
ser fornecida pelo almoxarifado. Por exemplo: Se quisermos ter um grau de atendimento de
95% e temos um consumo ou venda mensal de 600 unid. devemos ter disponíveis para
fornecimento 570 unidades ( 600 x 0.95 ).

Capital
Investido

Grau de
Atendimento
95%

O principal problema de um dimensionamento de estoques reside na relação entre:

 capital investido;

 disponibilidade de estoques;

 custos incorridos;

 consumo ou demanda.

FLÁVIA ASSIS Página 17


Analisando o problema sobre o enfoque financeiro, o retorno de capital (RC) pode ser
escrito da seguinte forma:

RC = ULucroU x U Venda U
Venda Capital
ou seja,

RC = rentabilidade das vendas x giro de capital

Assim para aumentarmos o retorno sobre o capital, é preciso aumentar a rentabilidade


das vendas e/ou o giro de capital. A gestão de estoques tem influencia sobre o giro de capital,
logo para aumentarmos o giro de capital, supondo-se que as vendas permaneçam constantes
devemos diminuir o capital investido em estoques, pois desta forma estamos diminuindo o ativo
que está diretamente ligado ao giro de capital.

14.3 Princípios Básicos para o Controle de Estoques

Para organizar um setor de controle de estoques , é preciso inicialmente descrever as


suas funções principais:

a) determinar os itens que devem permanecer em estoque;

b) determinar a periodicidade com que deve ser reabastecido o estoque;

c) determinar o volume necessário de estoque para um determinado período;

d) acionar o Departamento de Compras para executar a aquisição de estoque;

e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;

f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre a


posição do estoque;

g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estado dos materiais
estocados;

h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

Após determinar estas funções devemos separar os materiais estocados, de acordo


com as suas características. Os principais tipos de estoques encontrados dentro de uma
empresa são : matérias -primas, produtos em processo, produtos acabados e peças de
manutenção.
14.4 Matérias - Primas

São os materiais básicos e necessários para produção do produto acabado, sendo que
seu consumo é proporcional ao volume de produção. Em algumas empresas que fabricam
produtos mais complexos com inúmeras partes, o estoque de matérias - primas pode consistir
em itens já processados, que foram comprados de outra companhias ou transferidos de outra
divisão da empresa. O volume real de cada matéria - prima depende do tempo de reposição
que a empresa leva para receber seus pedidos, da freqüência do uso, do investimento exigido
e das características físicas do estoque. Outros fatores que afetam o nível das matérias -
primas são certas características físicas como tamanho e durabilidade.

14.5 Produtos em Processo

O estoque de produtos em processo consiste em todos os materiais que estão sendo


usados no processo fabril. Eles são, em geral, produtos parcialmente acabados que estão em

FLÁVIA ASSIS Página 18


algum estágio intermediário da produção. É considerado produto em processo qualquer peça
ou componente que já foi de alguma forma processada, mas que adquire outras características
no fim do processo produtivo. O nível de estoques de produtos em processos depende em
grande parte da extensão e complexidade do processo produtivo. Quanto maior for o ciclo de
produção, maior o nível esperado de produtos em processo.
Deve ser tomar uma especial atenção para o nível de produtos em processo, pois
quanto maior ele for maiores serão os custos. Uma gestão de estoques eficiente deverá reduzir
o estoque dos produtos em processo, o que deve acelerar a rotatividade do estoque e diminuir
a necessidade de caixa.

14.6 Produtos Acabados

Os estoque de produtos acabados é formado por itens que já foram produzidos, mas
ainda não foram vendidos. Nas empresas que produzem por encomenda o estoque é muito
baixo, tendendo a zero, pois teoricamente todos os itens já foram vendidos antes de serem
produzidos. Já no caso das empresas que produzem para estoque, onde os produtos são
fabricados antes da venda, o nível de produtos acabados é determinado na maioria das vezes
pela previsão de vendas.
Para adequar os estoques da empresa ao nível de demanda exigido, deve haver uma
grande harmonia entre a programação da produção e a gestão de estoques e o departamento
de vendas, para que a produção fornece uma quantidade suficiente de produtos acabados
para satisfazer as previsões de vendas sem criar estoques em excesso.
Um fator importante quanto aos produtos acabados é o seu grau de liquidez. Uma
empresa que vende um produto de consumo popular pode estar mais segura se mantiver
níveis altos de estoques do que outra que produz produtos relativamente especializados.
Quanto mais líquidos e menos sujeitos a obsolescência forem os produtos acabados de uma
empresa, maiores serão os níveis de estoque que ela poderá suportar.

14.7 Peças de Manutenção

As peças de manutenção são tão importantes quanto a matéria - prima, pois a


interrupção da produção por um equipamento ocioso pode levar ao adiamento de um prazo de
entrega ao cliente ou a perda ocasional da encomenda quanto não do cliente. assim
atualmente as empresas tem dado uma maior atenção as peças de reposição.
ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
CAIU EM PROVA AS DIFERENÇAS ENTRE OS SEGUINTES TIPOS DE ESTOQUES

ESTOQUE DE ANTECIPAÇÃO
Estoque formado para nivelar as flutuações previsíveis na demanda, entrega ou produção de
um item específico.

ESTOQUE DE PROTEÇÃO
Tipo de estoque mantido para funcionar como pulmão contra algum evento que pode não
ocorrer. O planejamento de estoque de proteção envolve especulação relacionada a greves,
aumento de preços, questões governamentais não solucionadas e eventos que podem afetar
drasticamente as iniciativas estratégicas da empresa Os riscos e conseqüências geralmente
são elevados e geralmente é preciso aprovação da alta direção.

ESTOQUE DE SEGURANÇA
Estoque que serve como uma compensação para a quantia desejada nas diferenças entre o
consumo previsto e o consumo real e entre os tempos de entrega esperado e real. Ao calcular
o estoque de segurança, é preciso considerar fatores cromo nível de serviço, flutuações
esperadas na demanda e prazos.

ESTOQUE NO CANAL
Estoque para cobrir o canal de transporte e o sistema de distribuição, incluindo o fluxo entre
pontos de armazenagem intermediária. O tempo de fluxo na distribuição tem o efeito principal

FLÁVIA ASSIS Página 19


na quantidade de estoque necessário na rede. Os fatores de tempo incluem transmissão,
processamento, envio, transporte, recepção, estocagem, etc.

15 - SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES

Sistema de Duas Gavetas - Consiste na separação física em duas partes. Uma parte será
utilizada totalmente até a data da encomenda de um novo lote e a outra será utilizada entre a
data da encomenda e a data do recebimento do novo lote. A grande vantagem deste sistema
está na substancial redução do processo burocrático de reposição de material. A denominação
“DUAS GAVETAS” decorre da idéia de guardar um mesmo lote em duas gavetas distintas.

Sistema de Estoque Mínimo - É usado principalmente quando a separação entre as duas


partes do estoque não é feita fisicamente, mas apenas registrada na ficha de controle de
estoque, com o ponto de separação entre as partes. Enquanto o estoque mínimo estiver sendo
utilizado, o Departamento de Compras terá prazo suficiente para adquirir e repor o material no
estoque.

Sistema de Renovação Periódica - Consiste em fazer pedidos para reposição dos estoques
em intervalos de tempo pré-estabelecidos para cada item. Estes intervalos, para minimizar o
custo de estoque, devem variar de item para item. A quantidade a ser comprada em cada
encomenda é tal que, somada com a quantidade existente em estoque, seja suficiente para
atender a demanda até o recebimento da encomenda seguinte. Logicamente, este sistema
obriga a manutenção de um estoque reserva. Deve-se adotar períodos iguais para um grande
número de itens em estoque pois procedendo a compra simultânea de diversos itens, pode-se
obter condições vantajosas na transação (compra e transporte).

Sistema de Estocagem para um Fim Específico - Apresenta duas subdivisões:

a) Estocagem para atender a um programa de produção pré-determinado: É utilizada nas


indústrias de tipo contínuo ou semi- contínuo que estabelece, com antecedência de vários
meses, os níveis de produção. A programação (para vários períodos, semanas e meses)
elaborada pelo P.C.P. deverá ser coerente para todos os segmentos, desde o recebimento do
material até o embarque do produto acabado.

b) Estocagem para atender especificamente a uma ordem de produção ou a uma requisição:


É o método empregado nas produções do tipo intermitente, onde a indústria fabrica sob
encomenda, sendo justificável no caso de materiais especiais ou necessários
esporadicamente. Os pedidos de material neste sistema são baseadas principalmente na lista
material (“ROW MATERIAL”) e na programação geral (AP = “ANNUAL PLANNING”). Existem
casos em que o pedido para compra precisa ser feito mesmo antes do projeto do produto estar
detalhado, ou seja, antes da listagem do material estar pronta, pois os itens necessários podem
ter um ciclo de fabricação excessivamente longo. Ex.: grandes motores, turbinas e navios.

ATENÇÃO... TÓPICO COBRADO PELO CESPE

Não podemos confundir capacidade máxima do estoque (área física) com


estoque máximo...vejamos os conceitos:

15.1 Estoque máximo é a quantidade máxima de uma mercadoria ou matéria-prima que a


empresa deve estocar. É importante saber: o espaço disponível de seu almoxarifado, o custo
financeiro do estoque, lotes que demandam muito tempo para serem consumidos, produtos
que requerem cuidados especiais de armazenamento e produtos voláteis ou que tenham
características modificadas com o tempo.
Testoque máximo = estoque mínimo + lote de reposição (caiu em prova)T
O estoque máximo é igual a soma do estoque mínimo e do lote de compra. O lote de
compra poderá ser econômico ou não. Em condições normais de equilíbrio entre a compra e o
consumo, o estoque oscilará entre os valores máximo e mínimo.
O estoque máximo é uma função no lote de compra e do estoque mínimo, e
evidentemente, variará todas as vezes que uma ou duas parcelas acima variarem. O estoque
máximo sofrerá também limitações de ordem física, como espaço para armazenamento.

FLÁVIA ASSIS Página 20


15.2 ESTOQUE MÍNIMO

O estoque mínimo ou também chamado estoque de segurança, determina a


quantidade mínima que existe no estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no suprimento
e objetivando a garantia do funcionamento eficiente do processo produtivo, sem o risco de
faltas.
Entre as causas que ocasionam estas faltas, pode-se citar as seguintes: oscilações no
consumo; oscilações nas épocas de aquisição, ou seja, atraso no tempo de reposição; variação
na quantidade, rejeição de um lote e diferenças de inventário.
Estabelecer uma margem de segurança, ou estoque mínimo, é um risco que a empresa
assume na ocorrência da falta de estoque.
A determinação do estoque mínimo pode ser feita através de fixação de determinada
projeção mínima, estimada no consumo, e cálculo com base estatística.
Nestes casos, parte-se do pressuposto de que deve ser atendida uma parte do
consumo, isto é, que seja alcançado o grau de atendimento adequado e definido.
Esse grau de atendimento (NA), nada mais é, que a relação entre a quantidade
necessitada e quantidade atendida......NA= Nº DE ATENDIDOS/Nº DE PEDIDOS

OBS....IMPORTANTE....CAIU EM PROVA.... o Estoque Mínimo pode ser influenciado pelo


tempo de atendimento, mas o tempo de atendimento não é influenciado pelo Estoque
Mínimo....

15.3. CURVA DENTE DE SERRA

A apresentação da movimentação (entrada e saída) de uma peça dentro de um


sistema de estoque pode ser feita por um gráfico.

Gráfico Dente de Serra

O ciclo acima representado será sempre repetitivo e constante se:


a) não existir alteração de consumo durante o tempo T;
b) não existirem falhas adm. que provoquem um esquecimento ao solicitar compra;
c) o fornecedor nunca atrasar;
d) nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade.

Como sabemos essa condição realmente não ocorre e para isso devemos prever essas
possíveis falhas na operação como representado abaixo:

FLÁVIA ASSIS Página 21


Gráfico Dente de serra de ruptura

No gráfico acima podemos notar, que durante os meses de junho, julho e agosto e
setembro, o estoque esteve a zero e deixou de atender a uma quantidade de 80 peças.
A partir dessa análise concluímos que deveríamos então estabelecer um estoque de
segurança.

Gráfico Dente de serra utilizando estoque mínimo

15.4 TEMPO DE REPOSIÇÃO; PONTO DE PEDIDO

O tempo de reposição é uma das informações básicas necessárias para se calcular o


estoque mínimo. O tempo de reposição consiste no tempo gasto desde a averiguação de que o
estoque necessita ser reposto até a entrega efetiva do material no almoxarifado da empresa.
Assim este tempo pode ser dividido em três partes:

ATENÇÃO...CAIU EM PROVA...(VISÃO DO CESPE)

Emissão do pedido: - tempo que leva desde a emissão do pedido de compra até ele chegar
ao fornecedor;

Preparação do pedido: - tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos até deixá-los
em condições de serem transportados;

Transporte: - tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento dos materiais pela
empresa.

FLÁVIA ASSIS Página 22


Gráfico Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido

Em virtude de sua grande importância, este tempo deve ser determinado de modo mais
realista possível, pois as variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a
estrutura do sistema de estoques.

DETERMINAÇÃO DO PONTO DE PEDIDO (PP).


PP = C x TR + E.min
Onde:
PP = Ponto de pedido; C = Consumo médio mensal / dia ; TR = Tempo de reposição
E.min = Estoque mínimo

Gráfico Demonstrativo do TR.

15.5 ESTOQUE MÍNIMO


Emin = Er + C x TR
Onde:
d = consumo médio do material;
t = tempo de espera médio, em dias, para reposição do material;

15.6 ESTOQUE MÍNIMO COM VARIAÇÃO.


E.min = T1 x (C2 - C1) + C2 x T4
Onde :
T1 = Tempo para o consumo.
C1 = Consumo normal mensal
C2 = Consumo mensal maior que o normal
T4 = Atraso no tempo de reposição
Exemplo:
Um produto possui um consumo mensal de 55 unidades. Qual deverá ser o estoque mínimo se
o consumo aumentar para 60 unidades, considerando que o atraso de reposição seja de 20
dias e o tempo de reposição é de 30 dias.
E.min = 1 x (60 - 55) + 60 x 0,67
E.min = 45,2 unidades ou seja 46 unidades

15.7 SISTEMA DE MÁXIMOS MÍNIMOS:


É utilizado quando há muita dificuldade para determinar o consumo ou quando ocorre
variação no tempo de reposição. Esse sistema consiste em estimar os estoques máximos

FLÁVIA ASSIS Página 23


(Emax) e mínimo (Emin) para cada ítem, em função de uma expectativa de consumo previsto
para determinado período de tempo. A partir daí, calcula-se o ponto de pedido (PP).
Estoque mínimo é uma quantidade em estoque que, quando atingida, determina a
necessidade de encomendar um novo lote de material. O Emin é igual ao estoque de reserva
(Er) mais o consumo médio do material multiplicado pelo tempo de espera médio, em dias,
para sua reposição.
Emin = Er + dt
Onde:
d = consumo médio do material;
t = tempo de espera médio, em dias, para reposição do material;

O Er, ou de segurança, é uma quantidade morta em estoque que somente é


consumida em caso de extrema necessidade. Destina-se cobrir eventuais atrasos e garantir a
continuidade do abastecimento da produção, sem o risco de falta de material, que provoca o
custo da ruptura, isto é, o custo de paralisação da produção.
Emax = Emin + lote de compra

Ponto de pedido (PP) é uma quantidade de estoque que, quando atingida, deverá
provocar um novo pedido de compra.
Intervalo de reposição (IR), é o período de tempo entre duas reposições de material.
È o intervalo de tempo entre dois PPs.
Para representar os sistema máximos-mínimos, utilizamos a chamada curva dente de
serra.

Gráfico Sistema dos máximos-mínimos

16)PREVISÃO PARA OS ESTOQUES

Toda a teoria dos estoques é pautada na previsão do consumo de material. A previsão


de consumo determina estas estimativas futuras dos produtos que a empresa comercializa.
Há informações básicas na previsão dos estoques que se dividem em duas categorias:
quantitativas e qualitativas. Permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no
tempo da demanda dos produtos acabados.

16.1)Quantitativas:
a) Evolução das vendas no passado;
b) Variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente às vendas;
c) Variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas às vendas - populações, renda, PNB;
d) Influência da propaganda.

16.2)Qualitativas:
a)Opinião dos gerentes;
b)Opinião dos vendedores;
c) Opinião dos compradores;

FLÁVIA ASSIS Página 24


d) Pesquisa de mercado.

CAIU EM PROVA...ATENÇÃO.....!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
No comportamento dinâmico do processo, existem as técnicas de previsão do
consumo que se classificam em três grupos:

Projeção: admite-se que o futuro será a repetição do passado ou as vendas se elevarão com o
tempo, assim este grupo é de natureza quantitativa.

Explicação: procura-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as


mesmas com outras variáveis, cuja evolução é conhecida ou previsível. São aplicações de
técnicas de regressão e correlação.
Predileção: funcionários e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado
estabelecem a evolução das vendas futuras.

17)LOTE DE REPOSIÇÃO
Lote de reposição é a quantidade média mensal de produtos vendidos, dividido pela
freqüência de compras de mercadoria ou matéria-prima. Para determinar os lotes de reposição
é preciso ter cuidado com: custo do frete, tamanhos de lotes definidos pelos fornecedores,
produtos frágeis que podem se deteriorar no estoque, datas de validade em relação ao
consumo e compra de oportunidade. Tlote de reposição = consumo médio mensal ÷
freqüência de compraT

18)O SISTEMA JIT


De acordo com a doutrina dominante o Just in Time, JIT como é conhecido, surgiu no
Japão, em meados da década de 70, sendo o centro de sua criação e desenvolvimento a
Toyota Motor Company. Essa por sua vez buscava um sistema de administração da produção
que tivesse a capacidade de coordenar a produção de acordo com a demanda de diferentes
modelos e cores de veículos e sem atraso.
Desde já percebemos a necessidade de flexibilidade e confiabilidade do sistema. O JIT
trabalha com um sistema de produção “puxada”, ou seja somente se produz em cada uma das
partes do processo aquilo que foi vendido, no tempo e no momento exato, também conhecido
como sistema Kanbam. Nome dado aos cartões utilizados para autorizar e movimentar a
produção ao longo do processo produtivo.
O JIT principalmente no ocidente, também é reconhecido por outros nomes como:
• Produção sem estoques;
• Eliminação de desperdícios;
• Manufatura de fluxo contínuo;
• Esforço contínuo na resolução de problemas;
• Melhoria contínua dos processos.

19)DEMANDA DEPENDENTE x DEMANDA INDEPENDENTE


A demanda dependente é aquela que é derivada de alguma outra decisão tomada
dentro da empresa, enquanto os sistemas de demanda independente são aqueles adequados
para os casos em que a demanda está fora do controle da empresa.

DEMANDA DEPENDENTE Demanda diretamente relacionada com, ou derivada da estrutura


de uma lista de materiais de outros artigos, ou produtos finais. Estas demandas podem então
ser calculadas e não necessitam, ou dependem, de previsões. Em um dado produto, tanto
pode ocorrer demanda dependente, quanto demanda independente. Por exemplo: um
componente pode ser, simultaneamente, peça referente a uma montagem ou uma peça de
reposição.

DEMANDA INDEPENDENTE A necessidade de um item não está relacionada com outros


itens. Por exemplo, peças de um produto em lançamento, isto é, peças que não são baseadas
em produtos instalados.

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T20)MÉTODOS DE EVOLUÇÃO DO CONSUMO
Podemos representar as formas de evolução de consumo pelas seguintes formas:
a) Método de evolução horizontal de consumo: de tendência invariável ou constante

Consumo

Consumo efetivo

Consumo médio

Tempo

b) Modelo de evolução de consumo sujeito a tendência: o consumo médio aumenta ou


diminui com o correr do tempo.

Consumo Consumo efetivo

Consumo médio

Tempo

c) Modelo de evolução sazonal de consumo: o consumo possui oscilações regulares, que


tanto podem ser positivas quanto negativas, ele é sazonal quando o desvio é no mínimo de
25% do consumo médio e quando aparecer condicionado a determinadas causas.

Consumo
25% Consumo efetivo

50
Consumo médio

Tempo

Na prática, podem ocorrer combinações dos diversos modelos de evolução de


consumo. Isto pode ser verificado de maneira mais evidente quando analisa-se a linha de vida
de um produto. Esta linha deve apresentar uma tendência positiva e acelerada (positivamente)
de consumo nos primeiros períodos. Consolidado o produto no mercado, o incremento na
tendência diminuirá gradativamente até a fase em que a obsolescência do produto provocará
sua retirada do mercado, fazendo com que a linha caia abruptamente.

O conhecimento sobre a evolução do consumo no passado possibilita uma previsão da


sua evolução futura. Esta previsão somente estará correta se o comportamento do consumo
permanecer inalterável.
20.1 - Técnicas quantitativas para calcular a previsão de consumo

20.1.1 Método do último período

É um método simples e sem embasamento matemático. Consiste em utilizar como


previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior.

FLÁVIA ASSIS Página 26


20.1.2 Método da média móvel

Neste método, a previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média dos
valores de consumo nos n períodos anteriores.
A previsão gerada por este modelo é geralmente menor que os valores ocorridos se a
tendência de consumo for crescente. Inversamente, será maior se o padrão de consumo for
decrescente.
Se o número de períodos for grande, a reação da previsão diante dos valores atuais
será muito lenta. Inversamente, se o número for pequeno, a reação será muito rápida. A
escolha do número de períodos é arbitrária e experimental.

Desvantagens

As médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra natureza não existente nos
dados originais;

As médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser superado utilizando-se a
média móvel ponderada com pesos apropriados;

As observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais;

Exige a manutenção de um número muito grande de dados.

Vantagens

Simplicidade e facilidade de implantação;


Admite processamento manual.

20.1.3 Método da média móvel ponderada

Este método é uma variação do modelo anterior, em que os valores dos períodos mais
próximos recebem peso maior que os valores correspondentes aos períodos menos atuais.

20.1.4 Método da média com ponderação exponencial

Este método elimina muitas desvantagens dos métodos da média móvel e da média
móvel ponderada. Além de valorizar os dados mais recentes, apresenta menor manuseio de
informações passadas. Apenas três fatores são necessários para gerar a previsão para o
próximo período:

A previsão do último período;


O consumo ocorrido no último período;

Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes.
Este modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eliminando
a reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença Entre o consumo atual e
o previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias.
Suponhamos que para determinado produto havíamos previsto um consumo de 100
unidades. Verificou-se, posteriormente, que o valor real ocorrido foi de 95 unidades.
Precisamos prever agora o consumo para o próximo mês. A questão básica é a seguinte:
quanto da diferença entre 100 e 95 unidades pode ser atribuída a uma mudança no padrão de
consumo e quanto pode ser atribuído a causas puramente aleatórias?
Se a nossa previsão seguinte for de 100 unidades, estaremos assumindo que toda a
diferença foi devida a causas aleatórias e que o padrão de consumo não mudou absolutamente
nada. Se for de 95 unidades, estaremos assumindo que toda a diferença deve ser atribuída a
uma alteração no padrão de consumo (método de último período). Neste método, apenas parte
da variação é considerada como mudança no padrão de consumo.

20.1.5 Método dos mínimos quadrados

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Este método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de
todos dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza as distâncias entre
cada ponto de consumo levantado.

21) O EFEITO CHICOTE NO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS – SCM


De acordo com a doutrina dominante, “a produção e distribuição de produtos para
atender a demanda dos consumidores envolve os fluxos que permeiam uma complexa rede de
processos que incluem fornecedores de matérias primas, fabricantes de produtos acabados e
seus atacadistas, distribuidores e varejistas. Toda esta rede de elementos agregadores de
valor é chamada de cadeia de suprimentos. A meta dos participantes da cadeia de suprimentos
é a sincronização dos fluxos através da rede, para atender a demanda do consumidor final da
forma mais econômica. Gerenciar a cadeia de suprimento envolve armazenar e mover
produtos e informações através de toda esta rede para disponibilizar os produtos aos
consumidores, quando e onde eles estejam desejando, ao menor custo possível.”

A chave para uma boa gestão da cadeia de suprimentos é a sincronização dos fluxos
entre os elementos desta rede. A ausência de sincronização provoca um perverso efeito que
causa prejuízos a todos os elementos da cadeia e é chamado de efeito chicote, conforme
mostrado no quadro abaixo:

QUADRO--: Efeito chicote: variação das ordens ao longo da cadeia de suprimentos


VENDAS AOS CONSUMIDORES ORDENS DE COMPRA DOS
VAREJISTAS AOS ATACADISTAS
Q Q

T T

ORDENS DE COMPRA DO ORDENS DE PRODUÇÃO DO FABRICANTE


ATACADISTA AO FABRICANTE
Q Q

T T

Como se percebe no quadro acima, os perfis das ordens tendem a ser alterados –
aumentados - ao longo da cadeia de suprimentos, a medida que se retrocede do consumidor
para o varejista, deste para o atacadista, do atacadista para o fabricante, etc.. Este fenômeno
de aumento da variabilidade da demanda indica claramente uma falta de sincronização de
informações entre os elementos da cadeia de suprimentos, assim como modelos de reposição
em desacordo com os modelos de demanda.

Os doutrinadores esclarecem, em uma cadeia de suprimentos perfeitamente


sincronizada, o modelo de ordem em cada estágio deveria imitar o modelo de consumo do
estágio à jusante, até que se chegasse ao consumidor final. Desta forma, não haveria geração
de estoques desbalanceados ao longo da cadeia de suprimentos, com seus efeitos perversos
conseqüentes.

22. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP)

O andar do sistema no dia-a-dia, este é o propósito do Planejamento e do Controle, ou


seja, garantir que a produção ocorra eficazmente e produza produtos e serviços de acordo. Isto
requer a disponibilidade adequada dos recursos produtivos:

FLÁVIA ASSIS Página 28


 Na quantidade
 No momento
 No nível de qualidade

Fornecimento e Demanda
As atividades de projeto estabelecem a capacidade do pessoal e das instalações
dentro da operação. Ao tomar esses decisões, os gerentes de produção procuram atingir os
objetivos competitivos e estratégicos de qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo.
O projeto estabelece o potencial de desempenho da operação – os limites dentro dos quais a
operação pode trabalhar. Os consumidores, quando considerados, são tratados como um
grupo criando demanda e que deve ser atendida, pois são usualmente considerados como
indivíduos com necessidades específicas.
Então temos de um lado os recursos da operação com capacidade de fornecer ao
consumidor e do outro, temos um conjunto de demandas dos consumidores, tanto gerais como
específicas, atuais como potenciais, para produtos ou serviços da operação. Assim, todas as
atividades de planejamento e controle estão de alguma forma dirigidas à conciliação das
capacidades de fornecimento de uma operação com as demandas colocadas sobre ela.

As atividades de planejamento e controle proporcionam os sistemas,


procedimentos e decisões que conciliam estas duas entidades.
Conectam recursos capazes de fornecer bens e serviços para a demanda
que foram projetados para satisfazer.

Em qualquer operação, o fornecimento de recursos não é infinito. Por isso as


atividades de planejamento e controle estão sujeitas a limitações presentes na maioria das
operações.

De forma genérica, essas limitações são:


 de custos
 de capacidade
 de tempo
 de qualidade
Demanda versus Fornecimento
Se planejar e controlar significa conciliar a demanda e fornecimento, a natureza das
decisões tomadas relativas a essas atividades dependerão da natureza a demanda e da
natureza do fornecimento.
Incertezas, tanto de fornecimento como de demanda, afetarão a complexidade das
tarefas de planejamento e controle. No fornecimento, algumas operações são previsíveis e
geralmente ocorrem conforme planejadas, enquanto que outras dificilmente acontecem de
acordo com o plano.
No lado da demanda, também pode haver incerteza mas não em todas as operações.
Por exemplo, numa escola, as aulas fixadas e o semestre começou, o professor sabe quantos
alunos tem na sua sala e sabe quantas apostilas providenciar. A demanda é previsível. Este é
o curto e médio prazo. No longo prazo, antes do início das aulas, o diretor não pode saber
exatamente quantos novos alunos farão matrícula na escola, quantos pedirão transferência.
Ele deve prever sua demanda para providenciar livros, pessoal, etc. Algumas operações são
imprevisíveis quanto a sua demanda mesmo no curto prazo. Por exemplo, um restaurante
dentro e um shopping center, não sabe quantos clientes passar pelo local e quantos vão pedir.
A demanda pode ser tratada tanto como dependente como independente. A
demanda dependente é relativamente previsível porque é dependente de fatores conhecidos.
Isso quer dizer que algumas operações podem prever e fazer provisões antecipadas porque
têm pedidos futuros confirmados dos consumidores (por exemplo, fornecimento de pneus para
veículos). O planejamento e controle concentra-se nas conseqüências da demanda dentro da
operação.

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A demanda independente é menos previsível porque depende das casualidades do
mercado. Pode-se fazer provisões baseados em dados passados para se ter um indicador do
que se espera no futuro (exemplo: fabricação de veículos para estoque).
As operações podem responder à demanda através de:
 obtenção de recursos contra pedido (resource-to-order): em condições de
demanda dependente, a operação somente vai começar o processo de produção
de bens ou serviços quando for necessário, ou seja, cada pedido aciona as
atividades de planejamento e controle para organizar a sua produção.
 fazer contra pedido (make-to-order): quando há confiança na natureza da
demanda para manter “em estoque” a maior parte dos seus recursos requeridos
para satisfazer seus consumidores. Porém, somente fará o produto ou serviço real
contra pedido firme do consumidor.
 fazer contra estoque (make-to-stock): algumas operações produzem bens ou
serviços para estoque antes do recebimento de qualquer pedido firme. Alguns
construtores, por exemplo, construirão casas e/ou apartamentos padrão pré-
projetados antes de qualquer demanda firme, quer porque são mais baratos feitos
desta maneira ou porque é difícil criar bens ou serviços individualmente (por
exemplo, porque é difícil construir cada apartamento quando o consumidor decidir
comprá-lo).

Essas diferentes formas de responder à demanda podem ser caracterizadas pelas


diferenças entre o tempo total de processo para o tempo de demanda, visto pelo cliente, ou
seja, através da comparação do tempo total de espera dos consumidores, desde pedir o
produto/serviço e o receber. O tempo total que a operação leva para obter os recursos,
produzir e entregar o produto ou serviço.

23. CURVA ABC

A curva ABC é um importante instrumento para se examinar estoques, permitindo a


identificação daqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua
administração. Ela consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses
ou 1 ano), do consumo em valor monetário, ou quantidade dos itens de estoque, para que
eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância.

Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor, ou da quantidade, dá-se
a denominação de itens da classe A, aos intermediários, itens da classe B, e aos menos
importantes, itens da classe C. A experiência demonstra que poucos itens, de 10% a 20% do
total, são da classe A, enquanto uma grande quantidade, em torno de 50%, é da classe C e
30% a 40%, são da classe B.

A curva ABC é muito usada para a administração de estoques, para a definição de


políticas de vendas, para estabelecimento de prioridades, para a programação da produção,
etc.

Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens que serão analisados,
conforme sua importância relativa no grupo. A montagem dos grupos pode parecer um pouco
trabalhosa, mas pode ser que ela seja feita uma única vez, ou mesmo muito esporadicamente.
Os itens de cada grupo permanecem enquanto permanecerem as condições que possam
afetar os itens (consumo; vendas; preços; etc.). A montagem dos grupos pode ser feita em
duas etapas (vamos continuar com o exemplo de um controle de estoques):

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ATENÇÃO: 1ª PARTE DA APOSTILA.... PRÓXIMA AULA TEREMOS A 2ª
PARTE

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