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CLÁUDIO LUIZ LUCARELLI

AVALIAÇÃO DOS DIÂMETROS NORMAIS DA AORTA


TORACICA E ABDOMINAL PELA TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA

Tese apresentada à Faculdade de Medicina


da Universidade de São Paulo para
obtenção do título de Doutor em Medicina

Área de concentração: Radiologia


Orientador: Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri

< •. ' • . - ;

São Paulo
1995
PROGRAMA DE
COMUTAÇÃO
BIBLIOGRÁFICA
B
B SP USP.FM
3 1-11
PEDIDO
J Blblloioca
4-M

^, D
V . '

FICHA CATALOGRÁFICA

L- Preparada pela Biblioteca da


Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Lucarelli,_Cláudio Luiz
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torãcica e al>
dominai pela tomografia computadorizada / Cláudio Luiz ~
L u c a r e l l i . — São Paulo, 1995.
Tese (doutorado)--Faculdade de Medicina da Universi-
dade de São Paulo. Departamento de Radiologia.
Área de concentração: Radiologia.
Orientador: Giovanni Guido C e r r i .
D e s c r i t o r e s : 1.AORTA TORÂCICA/anatomia & h l s t o l o g i a
2.AORTA ABDOMINAL/anatomla & h i s t o l o g i a 3.TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA POR RAIOS X/métodos

USP/FM/SBD-180/95

IMPRENSA OFICIAL OO ESTADO S.A IMESP


DEDICATÓRIA
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografta...

Aos meus pais.

A minha esposa.

Aos meus filhos.

Cláudio Luiz LucareUi Dedicatória


AGRADECIMENTOS
A valiaçâo dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Ao Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri por ter proporcionado a oportunidade de


elaboração deste trabalho, pela orientação e pelo estímulo contínuo ao
aprendizado e pesquisa.

Ao Prof. Dr. Álvaro de Almeida Magalhães que permitiu nosso primeiro


estágio em Tomografia Computadorizada e ao Dr. Manoel Rocha pelo
primeiros ensinamentos nesta área.

Ao Dr. Jorge Issami Kavakama pela orientação e ensino da Tomografia


Computadorizada.

Ao Dr. Cláudio Campi de Castro pela orientação no uso de


microcomputadores, que muito nos auxiliou para a realização desta tese.

Ao Dr. Moysés Timoner pela leitura do texto desta tese, correções e


sugestões valiosas.

Aos colegas do Serviço de Radiologia, Dra. Kiyomi Kato Uezumi, Dr.


Reinaldo Costa Barros e Dra. Elvira Ribeiro Carvalhal pela amizade de
tantos anos e pela divisão diária de tarefas, que permitiu o desenvolvimento
deste trabalho.

Aos demais colegas da Divisão de Diagnóstico por Imagem do InCor pelo


apoio e estímulo constante.

À Rita Helena Antonelli Cardoso, à Pedro Fukui e, em especial, à Júlia


Tizue Fukushima, pela elaboração da análise estatística e pela paciência
na discussão dos resultados.

Aos biomédicos da Divisão de Diagnóstico por Imagem do InCor pela


realização dos exames e medidas que deram origem a este estudo.

Cláudio Luiz Lucarelli Agradecimentos

} Vm,
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Às auxiliares de enfermagem da Diagnóstico por Imagem do InCor pela


coleta dos dados necessários.

Aos estagiários, Drs. Gil Ramos Zago e Luciano Martins Messias pela
colaboração na rotina do Serviço de Tomografia do InCor liberando-nos
para o desenvolvimento desta tese.

À Suely Campos Cardoso pelo auxílio valioso e pela editoração deste


texto.

À Marco Lucarelli pela ajuda na versão para o inglês.

Aos pacientes, que anonimamente, permitiram a realização deste trabalho.

Cláudio Luiz Lucarelli Agradecimentos


SUMARIO
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia..

Lista de abreviaturas
Resumo
1 INTRODUÇÃO 01

1.1 Considerações gerais 02

1.2 Objetivos 07

2 REVISÃO DA LITERATURA 08

2.1 Aorta torácica 09

2.2 Aorta abdominal 26

3. CASUÍSTICA E MÉTODO 35

3.1 Casuística 36

3.2 Método 37

3.3 Metodologia estatística 43

3.3.1 Estatísticas descritivas e gráficos 43

3.3.2 Coeficiente de correlação linear de Pearson 44

3.3.3 Análise de componentes principais 44

3.3.4 Análise de variância 44

3.3.5 Análise de medidas repetidas 45

4. RESULTADOS 46

4.1 Aorta torácica 47

4.2 Aorta abdominal 53

5. DISCUSSÃO 58

6. CONCLUSÕES 68

7. ANEXOS 70

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 85

Summary

Cláudio Luiz Lucarelli Sumário


LISTA DE ABREVIATURAS
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

ase. raiz aorta no nível da raiz

ase. AP aorta ascendente no nível do tronco e bifurcação da artéria

pulmonar

j.ant.cr. joelho anterior da croça da aorta

j.post.cr. joelho posterior da croça da aorta

desc. AP aorta descendente no nível do tronco e bifurcação da artéria

pulmonar

desc.raiz aorta descendente no nível da raiz

trans.tor.ab. aorta no nível da transição tóraco-abdominal

Ao AMS , aorta no nível da artéria mesenterica superior

Ao hls.rens. aorta no nível dos hilos renais

Ao bif. aorta 10 a 15 mm acima da bifurcação

sp.crp. superfície corpórea

DP desvio padrão

AMS artéria mesenterica superior

Cláudio Luiz Lucarelli Lista de abreviaturas


RESUMO

írao. «ÜÜ.- ÍJSP


í Blbíie.c:. • !..-.r»r-i
Avaliação dos diâmetros da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Este trabalho teve por objetivo avaliar, pela tomografia

computadorizada, não só os diâmetros da aorta torácica e abdominal

normal, mas também suas relações com sexo, faixa etária e superfície

corporea, e as relações entre as medidas da aorta torácica ascendente e

descendente, e entre os diâmetros da aorta abdominal. Para tanto, medimos

os diâmetros ântero-posterior da aorta torácica, ao nível da croça, raiz,

artéria pulmonar e transição tóraco-abdominal, e ao nível da emergência da

artéria mesentérica superior, dos hilos renais e junto à bifurcação, da aorta

abdominal, de 350 pacientes, sem doenças cardiovasculares e/ou

hipertensão arterial sistêmica, que se submeteram à tomografia

computadorizada de tórax e/ou abdômen. Após classificá-los por sexo e

faixa etária (20 a 40 anos, 41 a 60 e mais de 60 anos), calculamos as

médias e desvios padrão dos diâmetros, determinamos os valores máximos

e mínimos, verificamos a influência da idade, do sexo e da superfície

corporea (calculada a partir do peso e altura dos pacientes), e

determinamos as relações entre as medidas dos diâmetros da aorta

ascendente e descendente ao nível da raiz e artéria pulmonar, e, da aorta

abdominal, ao nível da emergência da artéria mesentérica superior e dos

hilos renais com o diâmetro junto à bifurcação. As observações e análises

estatísticas nos permitiram concluir que: 1) tanto a aorta torácica como a

aorta abdominal reduzem de calibre de suas porções proximais para as

distais; 2) a superfície corpórea tem influência no tamanho da aorta, porém

só grandes variações alteram o calibre do vaso; 3) o calibre da aorta

torácica e abdominal aumenta com a idade em ambos os sexos; 4) os

Cláudio Luiz Lucarelli Resumo


Avaliação dos diâmetros da aorta torácica e abdominal pela tomograjia...

diâmetros da aorta torácica e abdominal são maiores em homens que em

mulheres; 5) as relações entre os diâmetros da aorta ascendente e aorta

descendente variam conforme sexo e faixa etária; 6) na aorta abdominal as

razões entre os diâmetros medidos ao nível dos hilos renais e junto à

bifurcação independem de sexo e idade. Já a relação entre aqueles

medidos ao nível da emergência da artéria mesentérica superior e junto à

bifurcação varia com o sexo, mas não com a idade.

Cláudio Luiz Lucarelli Resumo


1. INTRODUÇÃO
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

1.1 Considerações Gerais

O conhecimento dos diâmetros normais da aorta torácica e

abdominal tem não só importância anatômica, mas também na definição de

doenças, que essencialmente, modificam seu diâmetro (NAIDICH et ai.,

1991). No entanto, estudos utilizando métodos de diagnóstico por imagem

revelaram a importância desse conhecimento em avaliações funcionais,

como na análise da relação pressão/diâmetro (GREENFIELD et ai., 1962),

nos estudos da complacência/elasticidade da artéria (MOHIADDIN et

ai.,1989; BOGREN et ai., 1989), na avaliação das variações da área da

superfície transversal em determinados pontos do vaso com as fases do

ciclo cardíaco, além de planejamentos cirúrgicos (FURUKAWA et ai., 1976),

em especial para o uso de próteses (SUD et ai., 1984).

Até o surgimento da Radiologia Convencional, no entanto, a

única possibilidade de se obter tais medidas era nas mesas de autópsia

ou intra-operatoriamente (SUSSMAN, 1939).

Com a introdução dos métodos de diagnóstico por imagem no

armamentário de investigação clínica, pela primeira vez tornou-se possível a

medição dos diâmetros dos vasos "in vivo", e em condições fisiológicas

(UNGERLEIDER e GUBNER, 1942).

Na radiografia simples de tórax, já se tentava obter mensurações

clinicamente significativas da aorta. Mas, somente com o desenvolver da

Radiologia Vascular, tornou-se factível a avaliação de calibre dos vasos e

da aorta, em especial (DOTTER e STEINBERG, 1949; STEINBERG, 1965).

Cláudio Luiz Lucarelli Introdução


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Posteriormente, a Ultrassonografia apresentou-se como método

não invasivo, de fácil execução, sem a necessidade de radiação ionizante,

permitindo não só a medição dos diâmetros vasculares, mas também,

depois com o desenvolvimento do Doppler, a avaliação do fluxo sangüíneo

no interior deles. Por ser método de exame em tempo real, possibilita a

aquisição de imagens em diversos planos, o que permite a obtenção

daquelas mais adequadas à perfeita medição do vaso. Há, no entanto,

controvérsias sobre qual a melhor maneira de se realizar tais mensurações:

incluindo-se a espessura das paredes ou se avaliando exclusivamente a luz

do vaso. Algumas limitações ao método, no entanto, podem ocorrer,

especialmente dificuldades de acesso pela interposição de conteúdo gasoso

do tubo «digestivo, obesidade no estudo da aorta abdominal, ou

deformidades torácicas, na ecocardiografia, por exemplo, além de depender

totalmente do operador (MOLNÁR e CERRI, 1993).

O desenvolvimento de novas técnicas de exame

ultrassonográfico, como a ecocardiografia transesofágica (SEWARD et ai.,

1988) e a ultrassonografia endovascular, (TABBARA et ai., 1991) traz novas

dimensões ao método.

A Tomografia Computadorizada, possibilitando a aquisição de

imagens no plano transversal, evitando a sua superposição com boa

resolução de contraste, vem desempenhar papel importante para o mesmo

objetivo. Destaca-se pela facilidade e relativa rapidez de realização dos

exames, além de ser facilmente reprodutível, menos dependente do

operador, e por fornecer detalhes das paredes da artéria, de sua luz,

presença, distribuição e localização de calcificações e trombos murais.


Cláudio Luiz Lucarelli Introdução
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Apresenta, no entanto, o inconveniente da necessidade de uso de meio de

contraste iodado endovenoso (SAGEL et ai., 1977; GODWIN, 1984; LEE et.

ai., 1989; POSNIAKet ai., 1989).

A Tomografia Computadorizada Ultra-Rápida ("Ultra Fast CT

Scan"), um refinamento técnico de concepção do equipamento, que permite

obter imagens em tempos muito curtos, da ordem de milisegundos,

extremamente adequada ao estudo cardiovascular, é muito limitada pelo

custo extremamente elevado da máquina (NAIDICH et ai., 1991).

Mais recentemente, a Ressonância Nuclear Magnética vem

somar-se aos métodos já existentes, permitindo bons resultados, com as

vantagens de possibilitar aquisições de imagens em planos sagital, coronal

e/ou obliques, e em diferentes fases do ciclo cardíaco, fator importante em

eventuais avaliações funcionais, além de permitir medidas de fluxo e

perfeita diferenciação parede/luz vascular (HIGGINS et ai., 1984; GLAZER

et ai., 1985). Porém, dificuldades de realização e custos dos exames

reduzem a sua utilização a situações específicas e especiais.

O mais novo desenvolvimento, a Tomografia Helicoidal ou

Espiral, soma as vantagens da tomografia computadorizada convencional,

como facilidade, rapidez de execução e baixo custo, às da Ressonância

Magnética, tornando ainda mais eficiente o estudo da anatomopatologia

vascular, embora ainda com a utilização de meio de contraste iodado

endovenoso (KALENDER et ai., 1990; COSTELLO et ai., 1992).

GRAEVE et ai. em 1982 compararam a palpação, a radiografia

convencional em perfil, a ultrassonografia e a tomografia computadorizada

na determinação do diâmetro real de aneurismas de aorta abdominal. Como


Cláudio Luiz Lucarelli Introdução
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

padrão-ouro, utilizaram a medida com agulha realizada no ato cirúrgico ou

na autópsia. Os métodos que apresentaram a melhor correlação foram a

radiografia e a ultrassonografia. Entretanto, a mensuração na radiografia

convencional pressupõe a presença de calcificações parietais no vaso, o

que não ocorre em até 67% dos casos. A sua pouca experiência com a

tomografia computadorizada naquela ocasião não permitia melhor definição

de sua acurácia.

GOMES et ai. (1978) apud GRAEVE et ai. (1982), no entanto,

comparando a ultrassonografia e a tomografia computadorizada em

aneurismas de aorta abdominal, acham o primeiro método superior.

Já LARSSON et ai. (1984), comparando a aortografia e a

tomografia computadorizada, afirmam ser a tomografia computadorizada

mais acurada, fornecendo detalhes suficientes de anatomia, como a relação

das artérias renais com o aneurisma, a presença e a posição de trombos

para o planejamento cirúrgico adequado.

Considerações como estas, além da reconhecida capacidade da

tomografia computadorizada em demonstrar os diâmetros externos da aorta,

assim como suas relações com estruturas vizinhas, nos levam a elegê-lo

como o exame mais acurado e acessível no estudo das doenças do vaso,

não só do ponto de vista diagnóstico, mas também evolutivo e prognóstico,

principalmente no segmento torácico da artéria, por sua facilidade e rapidez

de realização. Daí decorre a necessidade da padronização de critérios de

normalidade do calibre do vaso em toda sua extensão.

A literatura internacional já define parâmetros e diâmetros

normais da aorta torácica e abdominal, sem homogeneidade quanto a


Cláudio Luiz Lucarelli Introdução
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

critérios de locais de realização de medidas, e de avaliação do tamanho do

paciente (GUTHANER et ai., 1979; AROMBERG et ai., 1984; TOWFIQ et

ai., 1986; FITZGERALD et ai., 1987; HOREJS et ai. 1988; URES et ai.,

1988).

Em uso prático, quando se tenta determinar um valor, acima do

qual as alterações passam a ter significado e importância clínica na

avaliação de aneurismas de aorta torácica e abdominal, muitas vezes nos

deparamos com situações limites de difícil solução, principalmente

considerando-se sexo e faixa etária do paciente.

A simples determinação dos diâmetros normais da artéria em

seus vários segmentos, segundo sexo, faixa de idade, compleição física,

não é suficiente, por ser pouco prática, uma vez que mostra uma quantidade

de valores muito grande.

Considerando-se ainda que o vaso não é uma estrutura estática,

mas apresenta variações em seu diâmetro com relação à fase do ciclo

cardíaco, variações estas maiores quanto mais próximo do coração o

segmento analisado se encontrar, deveríamos encontrar uma maneira de

correlacionar medidas de modo a simplificar sua avaliação.

Seria de interesse, então, definir critérios práticos e objetivos de

determinação do calibre normal da aorta, segundo seus vários segmentos,

que considerem fatores como sexo, faixa etária e compleição física do

paciente.

Cláudio Luiz Lucarelli Introdução


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

1.2. Objetivos

0 nosso trabalho tem por objetivos:

1. determinar as médias dos diâmetros normais da aorta em

locais pré-definidos, assim como valores máximos e mínimos

e desvios padrão;

2. relacionar estas medidas com idade, sexo e superfície

corpórea;

3. comparar entre si as medidas obtidas em locais pré-definidos

, e verificar se existe diferença significativa entre elas;

4. determinar relações entre os diâmetros obtidos nos diversos

locais e analisar seu comportamento com relação a sexo e

idade.

Cláudio Luiz Lucarelli Introdução


2. REVISÃO DA LITERATURA
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

2.1 Aorta Torácica

WILENS (1937) em um estudo post mortem da elasticidade da

aorta já refere ser bem conhecido o fato do progressivo aumento de calibre

durante a vida adulta, sem que haja, necessariamente, lesões da íntima ou

aterosclerose, mas, apenas como fenômeno decorrente do envelhecimento,

devido à degeneração da elastina e conseqüente redução de sua

elasticidade. A elasticidade da aorta é uma propriedade durável e

constante, que varia apenas com a idade e representa a sua capacidade de

voltar à situação inicial depois de ser estirada. No jovem a elasticidade é

aproximadamente constante em todo o vaso e em todas as direções. Com o

envelhecimento a aorta perde progressivamente esta propriedade em

diferentes graus de uma região para outra, ocorrendo primeiro e mais

intensamente porém, em locais onde a fixação do vaso é mais rígida.

Em 1939, SUSSMAN considera que, no estudo radiográfico da

aorta, deve-se avaliar não só suas dimensões, mas também sua forma,

curso, densidade e pulsatilidade, verificando especialmente se não há

dilatações localizadas. Destaca que medidas diretas não são possíveis na

radiografia convencional do tórax e que a avaliação indireta pela medida

transversal do mediastino superior em projeção frontal, quando maior que 5

cm, exigiria outras investigações. Em projeção oblíqua anterior direita, com

a superposição da sombra da aorta ascendente e descendente, o valor

normal do diâmetro seria de 2 a 3 cm. Mensurações da aorta ascendente

foram feitas em projeção oblíqua anterior esquerda, obtendo-se o valor

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 10

médio de 4 cm quando medidas a partir do bronquio principal direito, e

menores que 5,5 cm, quando o limite interno estiver dentro da janela aorto-

pulmonar. O diâmetro do arco poderia ser medido diretamente quando

tivesse densidade suficiente, ou indiretamente, a partir da traquéia ou

esôfago contrastado, com resultado de 2 a 4 cm, 2,5 cm em média, para os

grupos mais jovens (2 mm correpondendo à espessura da parede da

traquéia ou esôfago). HAMPTON (1938) apud SUSSMAN (1939) afirma que

o diâmetro médio normal do arco, radiologicamente, é de 3,5 cm e da aorta

ascendente é de 4,5 cm. Valores de 5 mm acima da média seriam anormais

e, acima de 1 cm, indicariam dilatação considerável. De qualquer modo,

pela imprecisão dos métodos, todos os resultados têm que ser considerados

à luz dos dados clínicos.

UNGERLEIDER e GUBNER, em 1942, analisando 372

telerradiogramas de indivíduos normais, desenvolveram uma fórmula

preditiva do diâmetro transverso telerradiográfico do arco aórtico,

relacionando-o com idade e peso. Diâmetro transverso (mm) = 0,30 idade +

0,14 peso (libras) + 23,86. A correção para altura entre 150 e 190 cm era

menor que 1 mm e poderia, então, ser desprezada.

DOTTER e STEINBERG, 1949, analisaram angiograficamente

100 aortas toracicas normais em projeção oblíqua anterior esquerda, que

permite a visibilização de todo o vaso, obtendo as medidas de seus

diâmetros nos seguintes níveis: aorta ascendente média, arco aórtico à

esquerda da artéria subclávia esquerda, aorta descendente no mesmo

plano em que foi medida a aorta ascendente e ao nível do diafragma. A

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 11

aorta ascendente mediu entre 16 e 38 mm, 28,6 mm em média, com a idade

dos pacientes variando de 5 a 65 anos, média de 35,3 anos. Aorta

transversa, 13 a 34 mm, 24,8 mm em média, em 44 casos. Aorta

descendente, 12 a 32 mm, média de 22,9 mm em 58 casos. Ao nível de sua

passagem pelo diafragma, 9 a 28 mm, 19,7 mm em média em 54 casos.

"Parece haver relação direta entre o calibre da aorta e a idade do paciente".

Em 1957, LODWICK e GLADSTONE, estudando a correlação de

alterações radiológicas e anatômicas em arteriosclerose e sífilis da aorta

ascendente, concluem que: placas de ateroma calcificadas na íntima não

são incomuns na aorta ascendente na ausência de aortite sifilítica, mas

raramente são visíveis na radiografia porque são póstero-mediais e se

sobrepõem à coluna. A parede anterolateral não é local comum para placas

calcificadas. Apresenta uma técnica simples para estimar o grau de

alongamento e tortuosidade da aorta: o índice aórtico, representado pela

soma do maior eixo da imagem cardíaca na radiografia em frontal com a

distância do ponto de projeção da válvula aórtica até o limite superior do

arco aórtico. A análise da variação do índice com sexo e idade mostrou que

é maior em homens e aumenta com a faixa etária.

GREENFIELD e PATEL, em 1962, mediram simultaneamente,

durante o ato cirúrgico, a pressão intravascular lateral e o diâmetro da aorta

ascendente, com o objetivo de estabelecer uma relação simples entre

pressão intravascular e diâmetro, de modo que, conhecendo-se a pressão,

possa-se inferir o diâmetro da artéria, e também se estimar a elasticidade do

vaso pela relação pressão/diâmetro. Convertendo os diâmetros em raios e

Cláudio Luiz L u c a r e l l i R e v i s ã o da literatura


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Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela iomografia... 12

relacionando-os com as variações de pressão, determina que a alteração

máxima da área aórtica na sístole variou de 5,4 a 16,8 % do valor da

diastole, com o valor médio de 11%, existindo semelhança entre as curvas

de variação do diâmetro e pressão.

Em 1971, GOLDBERG, ultrassonograficamente, com modo A e

M, mediu o diâmetro do arco aórtico, utilizando-se da via supra-estemal

através da fúrcula, em 72 pacientes normais, e comparou os resultados com

os obtidos angiocardiograficamente. Obteve o diâmetro médio de 24±1,1

mm ultrassonograficamente e de 25±1,1 mm pela angiocardiografia, com

coeficiente de correlação de 0,81 (significante ao nível de 1%). A

comparação com outros estudos angiocardiográficos independentes revelou

correlação muito próxima entre as medidas. Não fez qualquer referência a

sexo e faixa etária dos pacientes.

Em 1972, TIMONER, determinando anátomo-patologicamente os

valores normais do diâmetro da aorta e da artéria pulmonar imediatamente

acima de sua origem, e correlacionando-os entre si e com a faixa etária, em

293 indivíduos com idade variando de zero a 30 anos e sem doença

cardiovascular, observou: 1) que os diâmetros da artéria pulmonar e da

aorta aumentam progressivamente com a idade, atingindo, ao redor dos 15

anos, o dobro dos valores observados ao nascimento; 2) que não havia

diferença estatisticamente significante entre os diâmetros da aorta e os da

artéria pulmonar.

FRANCIS et ai., em 1974, avaliaram a acurácia da

ecocardiografia em medir o diâmetro da raiz da aorta, pela comparação dos

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografiu... 13

valores dos diâmetros vai vares obtidos ultrassonograficamente (25,1 + 1,9

mm) com aqueles obtidos intra-operatoriamente (25,5±2,6 mm) em 31

pacientes com lesão valvar. Em 25 pacientes (80%), a diferença nas

medidas obtidas ecograficamente e na cirurgia, não ultrapassa 2 mm. Em

159 indivíduos normais, 78 homens e 81 mulheres, com idade variando de

18 a 74 anos (média de 38 anos), encontraram diâmetro médio de 22,4±3,3

mm nas mulheres e de 25±3,5 mm nos homens.

No mesmo ano, VAN-MEURS-VAN-WOEZIK e KLEIN estudaram

o efeito do fluxo sangüíneo no calibre das grandes artérias em pacientes

com síndromes de hipoplasias cardíacas direta e esquerda, e concluíram

que reduções na carga hemodinamica funcional nos grandes vasos ou em

partes específicas deles são acompanhadas por reduções no seu calibre.

Resta saber se também ocorrem alterações histológicas em suas paredes.

Em 1975, EPSTEIN et ai. mediram ecograficamente, o diâmetro

da raiz da aorta no fim da diastole, da parede externa anterior à parede

externa posterior, de 205 crianças normais, agrupando os resultados de

acordo com a superfície corpórea e determinando a sua curva de

crescimento. À cada idade corresponde uma variação muito grande da

superfície corpórea. Os valores mínimo e máximo dos diâmetros da raiz da

aorta encontrados foram 0,7 e 3,2 cm, respectivamente.

Em 1976, MOULAERT et a!., com o objetivo de confirmar a

influência do fluxo sangüíneo no calibre dos vasos, estudaram anátomo-

patologicamente 29 corações normais para fornecer critérios de dimensões

dos diferentes segmentos do arco aórtico. De acordo com estes critérios, os

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 14

diâmetros externos dos segmentos proximal, distal e do istmo têm 60%, 50%

e 40% do diâmetro da aorta ascendente, respectivamente. Destacaram a

importância da avaliação das dimensões do arco aórtico que refletem

situações hemodinâmicas significativas no estudo das cardiopatias

congênitas.

Neste mesmo ano (1976), FURUKAWA et ai. estabeleceram

correlação significativa entre os diâmetros da raiz da aorta medidos

ecograficamente no fim da diastole, da parede externa anterior à parede

interna posterior e aqueles obtidos angiocardiograficamente em 130

pacientes com várias doenças cardíacas. Determinaram também os valores

ecográficos normais em 194 indivíduos, sendo 100 homens e 94 mulheres,

com idade variando de 16 a 84 anos (média de 42 anos). O diâmetro médio

corrigido pela superfície corpórea em homens e mulheres foi de 19,3±3,2

mm/m2 e 19,1 ±3,4 mm/m2, respectivamente. Não havia portanto diferença

significativa entre homens e mulheres (P > 0,5). Parecia haver, entretanto,

relação direta com a faixa etária. Destacaram ainda a importância do

conhecimento do diâmetro da raiz da aorta no planejamento cirúrgico de

aortas pequenas.

Ainda em 1976, TIMONER et ai., medindo os diâmetros da aorta

e da artéria pulmonar em peças anatômicas conservadas em formol, em um

grupo de 50 pacientes portadores de tetralogia de Fallot, e,

angiocardiograficamente, em outro grupo com mesmas características,

formado por 53 indivíduos, verificaram que, corrigindo-se a distorção da

imagem radiológica e pressupondo-se que os diâmetros do catéter e do

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 15

vaso eram afetados proporcionalmente, não havia diferença significativa

entre as medidas.

Medindo o comprimento e a circunferência da aorta em 336

espécimens post mortem, MITCHELL e ADAMS, em 1977, confirmaram

evidências anteriores de que a aorta aumenta progressivamente com o

avançar dos anos, e que este aumento não está relacionado com

aterosclerose ou hipertensão arterial, sendo apenas parte do processo

natural de envelhecimento. Calcificação ocorre mais precocemente e com

maior severidade em homens e na aorta abdominal, sem que haja

associação entre a quantidade de cálcio e a presença de hipertensão,

diabetes ou neoplasia. O aumento do diâmetro da artéria com o envelhecer

é constante rta faixa de idade estudada (15 a 75 anos ou mais) em homens.

Porém, em mulheres, a progressão é constante até 46 anos, quando ocorre

acentuação no aumento de calibre até os 61 e posterior redução até os 70

anos.

NANDA, ainda em 1977, estudou ecograficamente a raiz da aorta

e encontrou valores de 25 a 38 mm para seu diâmetro externo no final da

sístole, e uma média de 35±4,2 mm .

No mesmo ano, VAN-MEURS-VAN-WOEZIK et ai., em 46

espécimens de corações e grandes vasos normais, de indivíduos com idade

variando de 25 semanas de gestação a nove anos de vida, mediram os

diâmetros dos óstios das grandes artérias e do istmo da aorta e verificaram

correlação linear entre as medidas dos óstios pulmonar e aórtico e o

comprimento do corpo e entre ambas as medidas, sendo o óstio da

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 16

pulmonar ligeiramente maior que o da aorta. Além disto, relacionaram o

calibre do istmo com o da aorta descendente imediatamente após a

inserção do ducto/ligamento arterioso, definindo o que chamou de índice do

istmo, observando que o istmo estreito é inconstante em crianças abaixo de

10 semanas e sempre ausente acima desta idade, além de não haver

correlação com o comprimento do corpo.

Estudando tomograficamente as estruturas cardíacas, num

pequeno grupo de indivíduos normais (10), sem preocupação de verificar

efeitos de idade, sexo, peso ou altura, em 1979, GUTHANER et ai.,

realizaram as medições da aorta no nível do arco, no nível da bifurcação da

artéria pulmonar e no nível da raiz da aorta, e verificaram que a aorta

ascendente tem maior calibre que a descendente. Obtiveram as seguintes

medidas: 1) aorta ascendente no nível da raiz, 3,7±0,3 cm; 2) aorta

descendente no nível da raiz, 2,5±0,3 cm; 3) aorta ascendente no nível da

artéria pulmonar, 3,2±0,5 cm; 4) aorta descendente no nível da artéria

pulmonar, 2,5±0,4 cm; 5) aorta ascendente no nível do arco, 3,3+0,6 cm; 6)

aorta descendente no nível do arco, 2,4±0,3 cm. As relações entre aorta

ascendente e descendente foram 1,3/1 e 1,5/1, respectivamente ao nível da

bifurcação da artéria pulmonar e da raiz.

COMI et ai., em 1980, numa tentativa de unificar a metodologia

de exame ecocardiografico do átrio esquerdo e da raiz da aorta, estudando

63 indivíduos normais do ponto de vista cárdio-vascular, concluíram que

deve-se preferencialmente medir o diâmetro aórtico na telediástole,

Cláudio Luiz L u c a r e l l i R e v i s ã o da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 17

utilizando a medida da luz do vaso sem incluir a espessura das paredes, e

que a dimensão da artéria varia notavelmente com a idade.

Ainda em 1980, HENRY et ai. mediram ecograficamente o arco

aortico, em 92 indivíduos normais, de um mês a 23 anos de idade, sendo

45 do sexo masculino e 47 do feminino, e em 136, de 20 a 97 anos de idade

(78 homens e 58 mulheres). Analisando estatisticamente os resultados, com

um modelo de regressão bivariável, com idade e superfície corpórea,

chegaram à seguinte equação: 24,0 (SC em m2)1/3+0,1 (idade em anos)

-4,3±18% ou 11,8 (peso em Kg)0213+0,08 (idade em anos)-4,3±8%.

VAN-MEURS-VAN-WOZIK e KREDIET, em 1982, em material de

autópsia consistindo de 126 corações e grandes vasos de crianças sem

doença vascular, de 21 semanas de gestação a 10 anos de idade, medindo

o diâmetro interno do óstio da aorta, da aorta ascendente 1 a 2 cm acima da

válva, do istmo da aorta (entre a artéria subclávia esquerda e o dueto

arterioso) e da aorta descendente (1 cm distai à inserção do dueto

arterioso), observaram que existe correlação linear entre a altura das

crianças e os diâmetros obtidos (coeficientes de correlação: 0,133 para o

óstio, 0,138 para a aorta ascendente, 0,102 para o istmo e 0,090 para a

descendente). Apesar de outros autores referirem a superfície corpórea

como bom parâmetro de avaliação do tamanho do indivíduo, os autores

acharam preferível usar a altura, uma vez que, no pré-óbito, o peso muda

consideravelmente em poucos dias. Determinaram também que há diferença

significativa entre os diâmetros da aorta ascendente e do óstio e os da aorta

descendente e do istmo, sendo maiores os da aorta ascendente e óstio,

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomograjia... 18

sem diferença significativa entre aqueles medidos com dueto arterioso

aberto ou fechado.

Em 1984, SUD et ai. reviram a anatomia da raiz da aorta, que

inclui o anel valvar, seios de Valsalva e óstios coronários, e destacaram a

importância de seu conhecimento tendo em vista as possibilidades de

correções cirúrgicas com alargamento da raiz para acomodar válvulas

maiores em anéis valvares pequenos.

No mesmo ano, SNIDER et ai., com a ecocardiografia bi-

dimensional, mediram os diâmetros da aorta ao nível do anel valvar, logo

acima dele e da aorta transversa entre as artérias inominada e carótida

comum esquerda, encontrando relação linear dos diâmetros com a raiz

quadrada da superfície corpórea. Realizando as mensurações em sístole e

diastole, verificaram ser o calibre do vaso maior na sístole. Em geral,

quando a artéria era medida em mais de uma projeção, o diâmetro maior era

obtido naquela que demonstrasse o vaso em corte transversal.

Ainda em 1984, AROMBERG et ai., pela primeira vez,

determinaram tomograficamente os diâmetros normais da aorta torácica.

Revendo as tomografias de 102 pacientes sem antecedentes de doença

cardiovascular, hipertensão, diabetes ou doença renal, dividiram-nos em

três grupos, de 21 a 40 anos de idade (n = 36), de 41 a 60 anos (n = 33) e

com mais de 60 anos (n = 33), e mediram os diâmetros coronais da aorta

ascendente e descendente em planos que passam 1 cm acima da válvula,

1 cm caudal ao arco e da aorta descendente junto ao diafragma. Como

indicador do tamanho do paciente, utilizaram a medida da largura do corpo

Cláudio Luiz Lucurelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 19

vertebral. Além da simples medida dos diâmetros, foram feitas correlações

entre o calibre da aorta ascendente e descendente e calculadas as

diferenças entre os diâmetros da descendente distai (ao nível do diafragma)

e da ascendente proximal e descendente distal com a descendente

proximal, para verificar o afilamento progressivo do vaso. Foram analisadas

estatisticamente as relações entre as medidas absolutas com idade e sexo,

tomando-se o tamanho do corpo vertebral como co-variável. Considerando

idade e sexo, foram encontrados os seguintes diâmetros médios, com os

valores mínimo e máximo entre parênteses: 3,62 cm (2,4 - 4,7) para a aorta

ascendente acima da valva; 3,51 cm (2,2 - 4,6) para a ascendente 1 cm

caudal ao arco, 2,63 cm (1,8 - 4,0) para a descendente no mesmo nível;

2,48 cm (1,6 --3,7) para a descendente no plano 1 cm acima da valva e

2,42 cm (1,4 - 3,3) próximo ao diafragma. Além disso, verificou-se redução

progressiva no calibre do vaso da ascendente para as porções mais distais

da descendente, mas em grau variável. Como esperado, houve influência

significativa de idade, sexo e tamanho nas medidas da aorta, sendo a faixa

de idade significante, especialmente em homens. Porém, do ponto de vista

prático, só variações extremas nas dimensões corporais influiriam

significativamente nos valores normais e, como critério único de

anormalidade, só seriam valorizadas se superassem duas vezes o desvio

padrão. As relações entre os diâmetros da aorta ascendente e descendente

diminuem com a idade, variando de 2,2 em mulheres jovens a 0,9 em

grupos de mais idade.

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 20

JÁGER et ai., ainda no mesmo ano, avaliaram o diâmetro da luz

de 102 aortas torácicas e abdominais de neonatos a adultos até a 8a

década, mostrando aumento contínuo, mais acentuado até os 15 anos, e

cerca de 50% mais dos 20 aos 80.

Em 1985, CLARKSON e BRANDT estudaram angiograficamente

os diâmetros da aorta ascendente na sua porção média, entre a artéria

inominada e a carótida comum esquerda, entre a carótida comum esquerda

e a subclávia esquerda, na região do istmo, distai à artéria subclávia

esquerda, na região pós-istmo e na descendente acima do diafragma, em

18 crianças sem anormalidades cardíacas e em 47 com cardiopatias

congênitas que não comprometiam a aorta, com idade variando de um dia a

cinco anos. Os autores calcularam também a superfície corpórea. Os

diâmetros, em geral, aumentaram com a idade e o tamanho. O istmo tinha

diâmetro menor que o da aorta descendente até três semanas de vida e,

depois de três meses, tinha calibre igual ou maior que o da aorta

descendente, uma vez que, no feto normal, menos sangue flui através do

istmo do que depois do nascimento.

MARX et ai., em 1986, compararam as medidas do diâmetro da

aorta ascendente pela ecocardiografia bidimensional com aquelas obtidas

angiograficamente em 21 pacientes. As medições angiográficas foram

realizadas 1 a 2 cm acima dos seios de Valsalva, e os ecocardiogramas,

obtidos por via supraesternal e precordial. A maior dificuldade foi em se

obter as medidas acima dos seios de Valsalva. Os resultados demonstraram

Cláudio Luiz Lucarel/i Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 21

que as medidas pelo acesso supraesternal coincidem mais fielmente com as

obtidas angiograficamente.

ORLANDINI et ai. (1986) tentaram correlacionar as

circunferências do tronco da pulmonar e artérias pulmonares com o

brônquio principal e a aorta, examinando-os em 120 peças de dissecção de

cadáveres 24 horas pós-morte, 60 eram do sexo masculino e 60 do

feminino, mortos de causas naturais, sem alterações patológicas

significativas nos elementos anatômicos estudados. A idade variava de 27 a

91 anos. Ao contrário do observado para a aorta ascendente, a

circunferência do tronco da artéria pulmonar não se correlaciona

significativamente com a idade, e isto provavelmente deve-se a seu menor

conteúdo de Gomponente elástico, além do regime de menores pressões a

que está submetida. Além disso, o valor médio da circunferência da aorta é

maior que o do tronco da pulmonar em todos os casos, e em ambos os

sexos.

Ainda em 1986, TOWFIQ et ai., para determinar o efeito da idade

na área da secção transversa da aorta e verificar se o aumento com a idade

justifica a queda observada na velocidade do sangue, mediram

tomograficamente os diâmetros da aorta ascendente e descendente ao nível

da carina, em 200 pacientes adultos, com idade entre 20 e 82 anos, sem

doença cardiovascular. As áreas médias obtidas em cm2 foram de 9,41 ±2,01

para o sexo masculino; 9,18±2,61 para o feminino na aorta ascendente e

5,92±1,52 e 5,10±1,64, respectivamente, para a descendente. Na maioria

dos casos, a ascendente era maior que a descendente com relação média

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 22

de 1,7 e as áreas de ambas aumentavam com a idade. Entre 20 e 80 anos,

a área da aorta ascendente aumentou 105% e da descendente, 151%.

Em 1987, ICHIDA et ai. mediram, ecograficamente, em cortes

transversais, os diâmetros da luz do tronco da artéria pulmonar e da raiz da

aorta em sístole e diastole em 173 crianças, 97 meninos e 76 meninas, com

idade variando de um dia a 15 anos. Com exceção da faixa etária menor, ou

seja, até cerca de um mês de vida, a relação dos diâmetros do tronco da

artéria pulmonar e da aorta foi nitidamente constante, com uma linha de

regressão linear quase reta e um intervalo de confiança estreito, com

valores de 1,08±0,05 de uma a três semanas; 1,06±0,09 de um a três

meses; 1,07±0,08 entre três e seis meses e 1,05±0,06 de seis a 12 meses, e

até 15 anos* Além disso, ambos os vasos mostraram dimensões que se

correlacionam linearmente com a raiz quadrada da superfície corporea.

Em 1987, FITZGERALD et ai. determinaram tomograficamente os

valores normais dos diâmetros da aorta torácica em crianças e

adolescentes, avaliando os exames de 97 pacientes com idade variando de

duas semanas a 19 anos, todos sem cardiopatias congênitas, anomalias

vasculares, doenças renais, hipertensão ou desordens do tecido conectivo.

Todas as mensurações foram realizadas nos níveis descritos por

AROMBERG et ai. (1984), inclusive a do diâmetro transversal do corpo

vertebral no plano da raiz da aorta para correlacionar as medidas com o

tamanho da criança. Todas as dimensões foram analisadas

estatisticamente, com respeito à idade e sexo. Embora a largura do corpo

vertebral tenha relação linear com a idade, não houve correlação

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomograjia... 23

significativa entre o tamanho da aorta e o tamanho do corpo vertebral

torácico, independentemente da idade. Nenhuma diferença significativa foi

encontrada quando separados os pacientes por sexo. O diâmetro da aorta

ascendente sempre foi igual ou maior que o da descendente no mesmo

nível, e, na descendente, os níveis mais caudais sempre tiveram diâmetros

menores que os níveis mais altos.

Neste mesmo ano de 1987, KERSTING-SOMMERHOFF et ai.,

estudando pacientes com síndrome de Marfan pela ressonância magnética,

utilizaram 20 pacientes sem sinais de doença aórtica como grupo controle,

10 homens e 10 mulheres, com idade de 21 a 79 anos, realizando

mensuraçoes da artéria no nível dos seios de Valsalva (32,9±3,6 mm), na

porção mais1 distal da aorta ascendente (30,4±3,8 mm), na região pré-arco

(30,2±3,8 mm), na região média do arco (27,0±4,3 mm) e na aorta

descendente (23,9±3,8 mm). Não houve diferença significativa no calibre da

aorta ascendente em toda sua extensão. A relação entre o calibre no nível

dos seios da Valsalva e na região pré-arco foi de 1,1 ±0,1.

Em 1989, POSNIAK et ai. reviram a anatomia tomográfica normal

e os aneurismas torácicos da aorta, destacando dados do trabalho de

AROMBERG et ai. (1984) e a possibilidade de dilatações decorrentes de

hipertensão arterial sistêmica.

No mesmo ano de 1989, MOHIADDIN, et ai. estudaram, pela

ressonância magnética, os efeitos da idade, treinamento físico e doença

coronária na complacência/elasticidade (alteração de volume por unidade

de alteração na pressão) regional da aorta em 70 voluntários sadios, 13

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torúcica e abdominal pela tomografia... 24

atletas e 17 coronariopatas. Adquirindo imagens no final da sístole e da

diastole e avaliando a variação de diâmetros da aorta ascendente, arco e

descendente, calcularam a complacência pela variação no volume entre as

duas fases do ciclo cardíaco. A complacência arterial total foi medida pelo

volume sistólico do ventriculo esquerdo e pela pressão de pulso.

Observaram que: 1) a complacência média na aorta ascendente, que tem

maior elasticidade, era maior que no arco e na descendente, e que a

diferença entre o arco e a descendente não era significante; 2) a

complacência era significativamente maior nos atletas e menor nos

coronariopatas e nos controles; 3) a complacência regional e a

complacência arterial total diminuem com o envelhecimento nos voluntários,

com conseqüente aumento dos diâmetros da aorta.

Em seguida, o mesmo grupo de autores, no mesmo ano, aventou

a possibilidade de que na gênese da doença cardíaca isquêmica, além da

lesão intrínseca das coronárias, possa contribuir um processo patológico

extrínseco a elas, como, por exemplo, a aterosclerose da aorta, com

redução da complacência do vaso e redução do fluxo reverso aórtico

ascendente, diminuindo o fluxo sangüíneo nas artérias coronárias. Para

tanto avaliaram angiograficamente a complacência regional da aorta de 22

pacientes com doença coronariana documentada e de 11 com síndrome X

(dor torácica, teste de esforço com thallium positivo e coronárias normais),

além de mapear por ressonância magnética a velocidade de fluxo

sangüíneo na aorta em seis pacientes coronariopatas e em três com

síndrome X. Observaram que pacientes coronariopatas ou com síndrome X

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 25

têm a complacência aórtica muito reduzida ou ausente e o fluxo reverso

aórtico ascendente muito reduzido.

ALVAREZ et ai. (1990) avaliaram morfometricamente os grandes

troncos arteriais e seus ramos, em espécimens de 496 fetos e recém-

nascidos, com peso variando de 60 a 5000 g, demonstrando que o volume

do istmo aórtico aumenta de 0,03 ml para cada ml de aumento no volume

ventricular esquerdo; de 0,32 ml para cada ml de aumento no volume do

dueto arterioso, e o volume do tronco da pulmonar aumenta de 6,4 ml para

cada aumento de 1 ml no volume do istmo aórtico.

MOHIADDIN et ai. (1990) mediram pela ressonância magnética a

área da secção transversal da aorta ascendente, do arco aórtico e da aorta

torácica descendente, além da distância ântero-posterior entre os pontos

médios da aorta ascendente e da descendente e o comprimento entre os

mesmos pontos, relacionando-as com a idade, em 70 voluntários sadios,

59 homens e 11 mulheres, com idade entre 10 e 83 anos, com correção das

medidas pela área da superfície corpórea. Posteriormente avaliaram as

razões entre área do corte transversal da aorta ascendente e arco aórtico,

entre arco aórtico e aorta descendente e entre aorta ascendente e

descendente, para as diversas faixas de idade. Verificaram que as áreas e

comprimentos são diretamente relacionados com a idade, sendo que os

aumentos nas áreas são maiores na ascendente e na descendente do que

no arco. A relação aorta ascendente/arco aórtico tem relação direta com a

idade, e as relações arco aórtico/aorta descendente e aorta

ascendente/aorta descendente tem relação inversa com a faixa de idade.

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 26

NIDORF et ai., em 1992, para determinar se as dimensões

cardiovasculares podem ser avaliadas por outros índices de tamanho do

corpo, avaliaram as relações entre os diâmetros de estruturas cardíacas

medidos por ecocardiografia bi-dimensional e idade, altura, peso e área da

superfície corpórea. Verificaram que a altura relaciona-se linearmente com

as dimensões cardíacas, oferecendo um meio acurado para determinar a

normalidade em crianças e adultos.

2.2 AORTA ABDOMINAL

Em 1965, STEINBERG et ai. apresentaram medidas da aorta

abdominal em indivíduos sadios, com doença arteriosclerótica e doença

vascular periférica, através da aortografia abdominal, como sendo as

primeiras in vivo. As mensurações foram feitas perpendicularmente ao maior

eixo do vaso e incluíam as paredes assim como a sua luz nos seguintes

pontos: no nível da 11 a costela, onde a aorta penetra no abdômen, acima

das artérias renais, abaixo das artérias renais e junto à bifurcação.

Classificados por sexo, foram divididos em quatro categorias: normais (com

pressão arterial menor que 150/90 mmH e sem aterosclerose, aneurismas

ou doença oclusiva), hipertensos (pressão arterial sistêmica acima de

150/90 mm Hg e aorta sem doença), com doença oclusiva (aterosclerose) e

com aorta aneurismática. Resultados: 1) a aorta diminuiu de calibre do

diafragma até sua bifurcação; 2) a aorta abdominal não teve seu diâmetro

modificado pela hipertensão arterial sistêmica ou doença oclusiva

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 27

aterosclerótica; 3) em ambos os sexos, houve correlação signifícante com a

idade tanto em normais, como em hipertensos, como em indivíduos com

doença oclusiva, com correlação significante para os normais (variações na

idade eram associadas com 25 a 55% de variação no tamanho do vaso); 4)

todos os pacientes estavam na 6a e 7a décadas, e os diâmetros médios da

aorta abdominal eram maiores nos homens que nas mulheres. As médias

dos diâmetros observados foram: 27,7±4,62 mm para homens e 25,6±2,85

mm para mulheres na 11 a costela, 23,9±3.92 mm para os homens e

21,6±3,16 mm para as mulheres acima da emergência das artérias renais,

21,4±3,65 mm no sexo masculino e 18,7±3,36 mm no sexo feminino abaixo

da emergência das artérias renais, e, finalmente, 18,7±3,34 mm para

homens e 17,5+2,52 mm para mulheres na bifurcação.

GRAEVE et ai. (1982) prospectivamente compararam as medidas

de 13 aneurismas eletivamente ressecados, atribuindo a falta de consenso

sobre a melhora ou não na expectativa de vida de pacientes assintomaticos

submetidos a aneurismectomia à variação nas dimensões do aneurisma

conforme o método utilizado na sua medição, quais sejam: exame físico,

radiografia simples, aortografia, ultrassonografia, tomografia

computadorizada e medição direta à laparoscopia ou necropsia.

Radiografias laterais do abdômen demonstraram correlação consistente

com a ultrassonografia e, em geral, as medidas realizadas da parede

anterior do vaso até a coluna, ao invés de parede anterior à parede

posterior, correlaciona-se melhor com as realizadas no ato cirúrgico.

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


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Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 28

CROENWETT e GARRET (1983), medindo arteriograficamente a

aorta de 73 mulheres com doença aterosclerótica, propõem definir "aortas

pequenas" em mulheres jovens com aterosclerose aorto-ilíaca como aquelas

com diâmetro menor que 19 mm acima das artérias renais, 13 mm abaixo e

menor que 10 mm na bifurcação.

HOOGENDAM et ai. (1984), comparando os diâmetros da aorta

abdominal distai de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico por

obstrução aorto-ilíaca com colocação de próteses, com os de um grupo de

normais avaliados ângio e ecograficamente, verificaram que mais de 90%

daqueles tinham diâmetros inferiores à média do grupo normal. Concluíram

que ateroma na bifurcação da aorta ocorre com mais freqüência em

indivíduos com aorta abdominal distai de menor calibre.

Em 1984, DIXON et ai. confirmaram o aumento progressivo dos

diâmetros da aorta com o avançar da idade, estudando tomograficamente

257 pacientes sem suspeita de doença aórtica, divididos em grupos

segundo sexo e faixa de idade. Verificaram também que o início de

aparecimento de calcificações não difere significativamente entre os sexos,

apesar de ser mais freqüente em homens entre 30 e 60 anos. Realizaram

medidas imediatamente caudais ao ponto de emergência da artéria

mesentérica superior, aproximadamente a meia distância entre esta e a

bifurcação e imediatamente cranial à bifurcação, e calcularam a média entre

as três medidas. Em ambos os sexos e em todas as idades, a aorta foi mais

calibrosa logo abaixo da emergência da artéria mesentérica inferior do que

junto à bifurcação. O diâmetro médio foi maior em homens do que em

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 29

mulheres da mesma faixa etária, com exceção dos casos entre 10 e 20

anos. Apresentamos as medidas obtidas nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1 - Diâmetros médios da aorta abdominal (em mm) em homens, obtidos


porDIXON et ai ( 1984).

Local Faixa etária (décadas)

3a 4a 5a 6a 7a 8a

nível da AMS 6,5 9,3 0,8 9,8 2,7 3,0

entre AMS e bifurcação 5,4 7,4 8,6 8,1 0,5 1,9

bifurcação 4,3 6,1 6,6 7,0 8,5 1,8

média 5,4 7,6 8,8 8,3 0,3 2,2

erro padrão 1,1 1,8 1,8 1,9 2,3 2,8

Tabela 2 - Diâmetros médios da aorta abdominal (em mm) em mulheres obtidos


porDIXON et ai (1984).

local faixa etária (décadas)

a
faixa etária (décadas) 3 4
a
5a 6a 7a 8
a

nível da AMS 15 ,0 15 ,4 17,0 18,8 18,6 19 ,5

entre AMS e bifurcação 13 ,9 14 ,4 15,8 16,8 17,0 17 ,5

bifurcação 12 ,8 12 ,8 15,4 15,3 15\1 15 ,8

média 13 ,9 14 ,1 15,7 17,0 16,9 17 ,6

erro padrão 1, 8 1, 8 1,5 2,1 0,9 2, 5

URES et ai., em 1988, usando a tomografia computadorizada,

mdiram os diâmetros transversos da aorta abdominal de 120 pacientes (63

do sexo masculino e 57 do feminino), com idade variando de 20 a 82 anos,

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomograjia... 30

sem patologia aórtica, separando-os em grupos segundo sexo e faixa de

idade. As medidas foram realizadas no nível do diafragma, no nível da veia

renal esquerda e 1 cm acima da bifurcação do vaso. Os resultados obtidos

foram os seguintes (Tabela 3).

Tabela 3 - Médias e desvios padrões dos diâmetros da aorta abdominal (em mm) em
homens e mulheres obtidos por URES et ai (1988).

local
diafragma hilo renal E bifurcação

faixa etária homens mulheres homens mulheres homens mulheres

20-30 anos 16, 8±2 2 18,3±3,4 13,4±1,6 14 7±2 1 13 5±1 5 13,7+1 6

31-40 anos 19, 2±2 5 18,4±1,8 15,4±2,1 14 6±1 ,6 14 9±2 2 14,3±1 4

41-50 anos 22, 8±2 2 19,0±1,9 17,5±1,8 15 3±1 9 16 0±1 3 14,4±1 9

51-60 anos 23, 0±3 4 20,5±1,9 19,1±2,3 16 0±1 ,7 17 8±2 0 14,8±1 4

> 61 anos 24, 2±1 7 21,6±2,3 19,4±2,1 16 4±1 6 18 4±2 1 15,7±2 1

Neste mesmo ano, HOREJS et ai., estudando retrospectivamente

pela tomografia computadorizada, 260 pacientes, agrupados segundo sexo

e faixa de idade, mediram os diâmetros da aorta abdominal em nível

imediatamente acima da emergência do tronco celíaco, no nível das artérias

renais e imediatamente acima da bifurcação, verificando que o vaso

gradualmente aumenta de diâmetro com a idade em ambos os sexos, sendo

que o sexo masculino tem artérias de maior calibre que o feminino na

mesma faixa etária. As medidas obtidas são apresentadas na Tabela 4.

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 31

Tabela 4 - Médias e desvio padrão dos diâmetros da aorta abdominal (em cm) em
homens e mulheres obtidos por HOREJS et ai. (1988).

local
acima do tronco ao nível das a. renais acima da
celíaco bifu reação
faixa
etária homens mulheres homeris mulheres homens mulheres

4adécada 2,07±0,21 1,9.1 ±0,22 1,75±0,02 1,53±0,22 1,58+0,22 1,43±0,15

5adécada 2,15±0,24 1,96+0,25 1,80±0,25 1,58±0,22 1,69±0,23 1,50+0,18

6adécada 2,41±0,32 2,10±0,27 1,99±0,30 1,66±0,22 1,77±0,33 1,47±0,21

7adécada 2,50±0,24 2,31+0,27 2,00±0,21 1,78±0,23 1,84±0,23 1,59±0,23

8adécada 2,72±0,35 2,18+0,26 22,1010,20 1,75±0,29 1,96±0,21 1,62±0,26

Em 1991, TABBARA et ai. compararam as medidas das áreas das

secções transversas vasculares, inclusive da aorta em um caso, obtidas

pela ultrassonografia intravascular e pela angiografia uniplanar e verificaram

não existir diferença significativa entre elas, sendo que a ultrassonografia

apresenta a vantagem de permitir a avaliação da morfologia transmural,

localizar e demonstrar características de lesões ateroscleróticas e verificar a

espessura da parede.

Devido à disponibilidade da ultrassonografia como método de

"screening" na pesquisa de aneurismas de aoría abdominal assintomáticos

em indivíduos acima de 65 anos, LUCAROTTI et ai., em 1992, ponderaram

que há a necessidade da definição detalhada do normal no manuseio de

pequenos aneurismas, e que se quantifique a dilatação do vaso. Medindo

ultrassonograficamente o diâmetro ântero-posterior (da parede externa

anterior à parede interna posterior) da aorta de 1748 homens com 65 anos

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 32

de idade encontraram valores menores ou iguais a 2,5 cm em 88,5%; de 2,6

a 4,0 cm em 10% e maiores que 4,0 cm em 1,5%; 97,5% tinham diâmetros

menores que 3,3cm. Portanto, o diâmetro da aorta abdominal maior que 3,3

cm é, estatisticamente, aumentado.

Ainda em 1992, OURIEL et ai., considerando estudos anteriores

que demonstraram que mesmo aneurismas de aorta abdominal de

pequenas dimensões (entre 4 e 5 cm) rompem, causando a morte dos

pacientes, e que isto provavelmente deve-se à variabilidade no tamanho

dos pacientes e nas dimensões normais da aorta, propuseram relacionar

valores de medidas dos diâmetros dos aneurismas de aorta abdominal com

o tamanho dos pacientes e da própria aorta, com o objetivo de definir

variáveis que predigam a probabilidade de ruptura melhor do que o diâmetro

do aneurisma isolado. Para tanto, foram medidos por tomografia

computadorizada os diâmetros de 100 aortas não aneurismáticas. Durante o

ato cirúrgico, mediram os diâmetros de 100 aneurismas eletivamente

ressecados. Foi ainda estudado um grupo de 286 pacientes com rotura de

aneurismas, dos quais 214 tinham medidas tomograficas do diâmetro dos

aneurismas, 178 na laparotomia e 36 com tomografia pré-operatória. Foram

medidos os diâmetros da aorta infra-renal e supra-celíaca, o diâmetro

transversal do corpo vertebral de L3 e do comprimento crânio-caudal do

aneurisma. Calcularam as seguintes relações: diâmetro do

aneurisma/diâmetro da aorta infra-renal; diâmetro do aneurisma/diâmetro da

aorta supra-celíaca; diâmetro do aneurisma/diâmetro transverso do corpo de

L3 e diâmetro do aneurisma/comprimento do aneurisma. Os diâmetros da

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 33

aorta normal foram, em média, 2,1+0,05 cm infra-renal e 2,5+0,05 cm supra-

celiaco. As medidas eram dependentes de sexo e idade (2,3±0,1 cm e

2,6±0,1 cm, respectivamente em homens e 1,9±0,1 cm e 2,3+0,1 cm em

mulheres). Houve uma taxa de dilatação do vaso de 0,1 mm/ano de idade.

A relação diâmetro da aorta infra-renal/diâmetro da aorta supra-celíaca foi

de 0,87±0,02, independente de sexo e idade. O diâmetro do corpo vertebral

de L3 não dependeu da idade e foi de 4,8±0,1 cm em homens e 4,3±0,1 cm

em mulheres (média de 4,6±0,1 cm). A relação diâmetro da aorta infra-

renal/diâmetro do corpo de L3 foi de 0,47±0,01 e da aorta supra-

celíaca/diâmetro do corpo de L3 de 0,56±0,07. Analisando os dados

restantes, concluíram que a relação diâmetro do aneurisma/diâmetro do

corpo de L3 pode ter valor preditivo para a rotura de aneurismas de aorta

abdominal, e esta ocorrência é rara até que o aneurisma alcance o diâmetro

transversal do corpo vertebral de L3.

Em 1993, PEDERSEN et ai., estudando ultrassonograficamente

160 indivíduos, homens e mulheres em igual número, sem doença

cardiovascular conhecida, com idade variando de 15 a 89 anos, mediram o

diâmetro da luz (borda interna anterior à borda interna posterior) da aorta

proximal (em nível da confluência das veias porta, esplênica e renal

esquerda) e distai (logo acima da bifurcação). Foi calculada a superfície

corpórea. Os homens apresentaram maiores diâmetros que as mulheres. O

diâmetro que, normalmente, considera-se diminuir crânio-caudalmente,

permaneceu inalterado em 1 1 % dos homens e 5% das mulheres, e foi

Cláudio Luiz Lucarelli


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 34

mesmo maior em 5% dos homens e 6% das mulheres. A relação diâmetro

proximal/diâmetro distai foi de 0,88±0,11 no sexo masculino e 0,83±0,11 no

feminino. O diâmetro médio da aorta distal em homens foi de 16,8 mm e de

14,6 mm em mulheres.

Cláudio Luiz Lucarelli Revisão da literatura


3. CASUÍSTICA E MÉTODO
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 36

3.1 Casuística

No período compreendido entre janeiro de 1993 e março de 1994,


Si-

foram medidos os diâmetros da aorta torácica e abdominal de 350 pacientes

que procuraram o Serviço de Tomografia Computadorizada do Instituto do

Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade

de São Paulo, para realizar tomografia computadorizada de tórax e/ou

abdômen para avaliação ou estudo de doenças outras que não de natureza

vascular, principalmente para estadiamento de linfomas, de neoplasias

pulmonares, pesquisa de nódulos pulmonares, metástases, controles pós-

operatórios, processos pleurais, etc.

Destes, 211 (60,29%) eram do sexo masculino e 139 (39,71%) do

sexo feminino. Foram agrupados segundo as faixas de idade: de 20 a 40 anos,

54 homens (média de 29,35 anos) e 40 mulheres (média de 32,35 anos); de

41 a 60 anos, 71 homens (média de 49,14 anos) e 55 mulheres (média de

53,69 anos), com idade variando de 42 a 60 anos; e com mais de 60 anos de

idade, 86 do sexo masculino (média de 76,02 anos), com idades

compreendidas entre 61 e 84 anos, e 44 do sexo feminino (média de 75,18

anos), de 61 a 93 anos.

Pacientes que apresentavam pressão arterial máxima acima de 13

mmHg ou mínima acima de 9 mmHg, ou que referiam antecedente de

hipertensão arterial sistêmica e aqueles portadores de patologias

cardiovasculares não foram utilizados na amostra.

Cláudio Luiz Lucarelli Casuística e método


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 37

Aortas com placas de ateroma não foram excluídas, por serem

comumente encontradas em indivíduos acima de 40 anos (DIXON et ai., 1984).

Obtivemos ainda informação quanto ao peso e altura dos pacientes,

de modo que pudéssemos posteriormente calcular a superfície corpórea de

cada um, conforme a fórmula de DUBOIS, D. e DUBOIS, E.F. (1916) apud

MOHIADDIN e SCHOSER (1990): SC = peso (em kg)0425 x altura (em cm)0l725x

0,007184.

Neste total, estão incluídos 87 pacientes que realizaram tomografia

de tórax e abdômen, permitindo portanto a mensuração de todo o vaso.

3.2 Método

Todos os exames foram realizados em aparelho de tomografia

computadorizada da marca Philips, modelo Tomoscan LX, disponível

comercialmente.

Nos exames de tórax, foram utilizados os seguintes parâmetros:

tempo de exposição de 1,9 seg., 175 mA, 120 kV, FOV de 350 cm, filtro 3 e

reconstrução com matriz 512. Foram obtidos planos de 10 mm de espessura,

com incremento de 10 mm entre um e outro.

Para os estudos de abdômen, utilizaram-se os mesmos parâmetros,

com exceção do mA, que foi de 200.

O meio de contraste iodado endovenoso foi usado quando indicado,

o que ocorreu na maioria dos casos.

Cláudio Luiz Lucarelli Casuística e método


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Foram medidos os diâmetros ântero-posterior, perpendicularmente

ao maior eixo do vaso, em locais previamente determinados, considerando-se

principalmente a facilidade de sua reprodução em exames de rotina, e que

definimos a seguir (Figs.1 e 2). Na aorta torácica: a raiz da aorta-região

compreendida entre o anel valvar e os limites superiores dos seios de Valsalva

(SUD et ai., 1984), e identificada na tomografia computadorizada como o

primeiro corte da aorta ascendente imediatamente cranial ao ventrículo

esquerdo (Fig. 3); aorta descendente num plano que passa pela raiz (Fig. 3);

aorta ascendente e descendente num plano que passa pelo tronco e bifurcação

da artéria pulmonar (Fig. 4); joelhos anterior e posterior da croça-porção

horizontal da aorta, que se estende do ponto de emergência do tronco

inominado até o ponto de inserção do ligamento arterioso (Fig. 5); e na

transição tóraco-abdominal definida pelo plano do diafragma (Fig. 6). E, na

aorta abdominal: ao nível da emergência da artéria mesentérica superior (Fig.

7); dos hilos renais (Fig. 8) e 10 a 15 mm acima da bifurcação (Fig. 9).

Todas as medidas foram feitas eletronicamente diretamente no

console do aparelho, da parede externa anterior à parede externa posterior do

vaso.

Em seguida, todas as mensurações foram tabuladas, agrupadas

segundo sexo, faixa etária e segmento torácico ou abdominal, calculando-se

a área da superfície corpórea, e as relações entre os diâmetros da aorta

ascendente e aorta descendente, nos níveis da raiz e da AP e as relações entre

os diâmetros da aorta abdominal no nível da AMS e dos hilos renais com o

diâmetro junto à bifurcação (Tabelas 18 a 29 no Anexo).

Cláudio Luiz Lucarelli Casuística e método


1 Pãfil EJüâisisa £<•>
\ Ctfcüoiocs Crjfi
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 39

AMS
his. rens.

Fig. 1 - Esquema da visão em projeção oblíqua anterior esquerda, com a


representação dos locais onde foram obtidas as imagens para medidas da
aorta torácica.

tr.tor.-ab.

Fig.2 - Esquema da aorta abdominal com a representação dos locais onde foram
realizadas as suas medidas.
Cláudio Luiz Lucarelli Casuística e método
A valiação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 40

Fig.3 - Imagem obtida no piano que passa pela raiz da aorta, para medidas dos
diâmetros da aorta ascendente (ase raiz) e da aorta descendente (desc. raiz)

Fig. 4 - Imagem obtida no plano que passa pelo tronco e bifurcação da artéria
pulmonar para medidas da aorta ascendente (ase. AP) e descendente (desc
AP).

Cláudio Luiz Lucarelli Casuística e método


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 41

Fig. 5 - Imagem obtida no plano da croça da aorta, para medidas dos seus joelhos
anterior (j.ant cr.) e posterior (j.post cr.)

Fig. 6 - Imagem obtida no plano do diafragma, para medida da aorta descendente na


transição tóraco-abdominal (tr.tor,-ab )

Cláudio Luiz Lucareüi Casuística e método


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Fig. 7 - Imagem obtida no plano que passa pela emergência da artéria mesentérica
superior para medida da aorta (Ao AMS).

Fig. 8 - Imagem obtida no plano que passa pelos hilos renais, para medida da aorta
(Ao hils. ren).

Cláudio Luiz Lucarelli Casuística e método


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Fig 9 - Imagem obtida no plano 10 a 15 mm superior à bifurcaçâo da aorta (Ao bif.)

3.3 Metodologia Estatística

As medidas da aorta torácica e abdominal foram analisadas

separadamente, uma vez que, do total da amostra, apenas 87 indivíduos

tinham todas as medidas da aorta torácica e abdominal.

3.3.1 Estatísticas Descritivas e Gráficos

Para cada diâmetro e superfície corpórea, foram calculados:

média, desvio padrão e valores máximo e mínimo.

Cláudio Luiz Lucarelli Casuística e método


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torádca e abdominal pela tomografia...

Foram construídos gráficos do perfil das médias, segundo

classificação por sexo e faixa de idade, a fim de se observar o

comportamento dos diâmetros da aorta quando comparados entre si

(ROSNER, 1982).

3.3.2 Coeficiente de Correlação Linear de Pearson

Para cada amostra, separadamente, calculou-se o coeficiente de

correlação linear de Pearson, comparando-se todos os pares de variáveis.

Obteve-se portanto, duas matrizes de correlação: uma, com dimensão 7x7,

referente ao tórax e outra, 3x3, referente ao abdômen (ROSNER, 1982).

3.3.3 Análise de Componentes Principais

Depois de analisadas as matrizes de correlação, reduziu-se a

dimensão do número de variáveis, procurando-se fatores que resumissem a

informação nelas contidas (MORRISON, 1976).

3.3.4 Análise de Variância

A análise de variância foi aplicada nos fatores encontrados na

análise de componentes principais, e verificou-se os efeitos da faixa etária,

do sexo e da superfície corpórea (ROSNER, 1982).

Cláudio Luiz Lucarelli Casuística e método


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografía...

3.3.5. Análise de Medidas Repetidas

Através da análise de variância para medidas repetidas, verificou-

se que o efeito de sexo (dois níveis), de faixa etária (três níveis) e de

superfície corpórea (variável contínua) são estatisticamente significantes.

Portanto, foram ajustados seis modelos para tórax e seis modelos para

abdômen, referentes a cada nível de sexo e faixa etária, sendo a superfície

corpórea considerada como uma co-variável (TIMM, 1975).

Utilizamos nível de significância de 0,05.

Cláudio Luiz L u c a r e l l i C a s u í s t i c a e método


4. RESULTADOS
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Exporemos os resultados separadamente para aorta torácica e

abdominal, já que o número de pacientes com todas as medidas não foi

estatisticamente suficiente para permitir o estudo da artéria como um todo.

Na Tabela 5, apresentamos o número de medidas obtidas em cada

faixa etária, sexo e local.

Tabela 5 - Número de medidas obtidas em cada faixa etária, sexo e local.

Homens (211) Mulheres (139)

Faixa etária Ao tor. Aoabd. Ao tor. Aoabd. Total

20-40 anos 39 27 30 19 115

41-60 anos 49 34 37 35 155

mais de 61 anos 72 40 34 21 167

Total 160 101 101 75 437

Ao tor.= aorta torácica, Ao abd.= aorta abdominal

4.1 Aorta Torácica

Nas Tabelas 6 e 7, apresentamos as médias, os desvios padrão e

valores mínimos e máximos em cada segmento do vaso.

Como resultado da análise de componentes principais, os sete

diâmetros da aorta torácica foram reduzidos a apenas um fator com 7 1 % de

explicação.

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomograjia... 48

Tabela 6 - Médias, desvios padrão e valores mínimos e máximos dos


diâmetros da aorta torácica (em mm) em mulheres.

Idade Local Média DP Mínimo Máximo

20-40 ase. raiz 28.88 4,73 22,50 39,20

ase. AP 27.01 4,12 19,20 40,90

j.ant.cr. 23,64 3,07 15,80 29,40

j.post.cr. 20,08 2,27 14,70 26,00

desc. AP 18,49 3,47 11,60 28,00

desc. raiz 18,81 3,10 14,10 29,20

trans tor.ab. 17,63 2,52 13,10 24,50

41-60 ase. raiz 32,43 5,20 22,50 45,00

ase. AP 32.49 4,52 24,80 42,50


*
j.ant.cr. 27,84 4.13 18,00 36,00

j.post.cr. 23,84 3,26 16,10 29,40

desc. AP 24,13 3,56 19,90 39,40

desc. raiz 22,93 3,51 17,90 34,30

trans.tor.ab. 22,78 2,99 18,60 32,40

>60 ase. raiz 34,36 54,96 22,70 42,10

ase. AP 35,25 44,19 27,30 45,30

j.ant.cr. 28,91 43,96 17,50 38,10

j.post.cr. 27,03 33,42 19,90 32,80

desc. AP 26,18 42,69 22,30 33,00

desc. raiz 25,66 33,46 19,10 33,00

trans.tor.ab. 24,48 42,71 19,90 30,70

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomograjia... 49

Tabela 7 - Médias, desvios padrão e valores mínimos e máximos dos diâmetros da


aorta torácica (em mm) em homens.
Idade Local Média DDP Mínimo Máximo

20-40 ase. raiz 30,90 5,12 18,20 43,00

ase. AP 29,30 5,28 19,20 44,30

j.ant.cr. 26,45 4,21 18,60 35,30


cs

j . post. cr. 23,22 2,47 18,40 29,80

desc. AP 22,48 3,10 16,70 29,40

desc. raiz 21,96 3,24 15,90 32,00

trans tor.ab. 20,67 2,65 14,70 26,00

41-60 ase. raiz 35,35 5,12 26,60 49,90

ase. AP 34,02 4,30 26,00 43,70

j.ant.cr. 30,22 4,40 21,60 38,80

j.post. cr. 26,53 3,32 19,20 35,30

desc. AP 26,03 3,39 18,60 32,80

desc. raiz 25,92 3,93 20,40 39,00

trans.tor.ab. 24,43 3,13 18,60 32,90

>60 ase. raiz 37,24 5.73 21,00 56,80

ase. AP 38,02 4,87 29,10 52,30

j.ant.cr. 30,89 4,59 18,40 45,80

j.poster. 39,15 3,36 22,60 37,90

desc. AP 28,92 4,18 21.10 48,40

desc. raiz 29,14 3,96 21,60 41,60

trans.tor.ab. 28,35 4,24 21,70 47,00

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 50

Na comparação entre as várias medidas, obtivemos os níveis de

significância demonstrados na Tabela 8, sendo que, o efeito de local mostrou-

se significativo para todos os modelos (P = 0,0001).

Tabela 8 - Níveis de significância entre as várias medidas na aorta torácica.


feminino masculino

contraste 20-40 41-60 >60 20-40 41-60 >60

ase. raiz x ase. AP 0,0323 0,9355 0,2101 0,0621 0,0311 0,1816

ase. AP x j.ant.cr. 0,0002 0,0001 0,0001 0,0002 0,0001 0,0001

j.ant.cr. xj.post.cr. 0,0001 0,0001 0,0077 0,0001 0,0001 0,0017

j.post.cr. x desc. AP 0,0190 0,6064 0,0808 0,0943 0,2623 0,5740

desc. AP x desc. raiz 0,5503 0,0831 0,2777 0,2127 0,8240 0,6457

desc.raiz x trans.tor.ab. 0,0097 0,7574 0,3570 0,0161 0,0021 0,0774

Analisando-se a Tabela 8, verificamos que, com exceção das

comparações asc.raiz x asc.AP (P = 0,93550), j.pt.cr. x desc.AP (P = 0,6064),

desc.raiz x trans.tor.-ab. (P = 0,7574) no sexo feminino de 41 a 60 anos, e

j.pt.cr. x desc. AP (P = 0,5740), e desc. AP x desc.raiz (P = 0,6457) no sexo

masculino de mais de 60 anos, e desc. AP x desc.raiz (P = 0,8240) também em

homens de 41 a 60 anos, todas as demais são significantes.

Portanto, a aorta torácica, embora não linearmente, tem seu

diâmetro reduzido conforme se progride da raiz para a descendente e

transição tóraco-abdominal, independentemente de sexo e idade, com efeito

mais evidente na sua porção descendente. Observa-se apenas pequeno

aumento de seu calibre da ascendente ao nível da artéria pulmonar para o da

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 51

raiz, em homens e mulheres de mais de 61 anos de idade e homens de 41 a

60 (Figs. 10 a 12).

40,00

35,00

30,00

25,00
• feminino
20,00
masculino
15.00

10,00

5,00

0,00
asc.raiz ase. AP j.ant.cr. j.poster. desc. desc. tr.tor.ab.
AP raiz

Fig. 10 - Gráfico mostrando as médias dos diâmetros da aorta torácica em função dos
locais de realização das medidas, em homens e mulheres de 20 a 40 anos de
idade.

40,00 -

35,00 - • -...
* " " • " • - .

30,00 -

25,00
—• feminino
| 20,00
•-••-• masculino
15,00

10,00

5,00

0,00
asc.raiz ase. AP j.ant.cr. j.post.cr. desc.AP desc. tr.tor.ab.
raiz

Fig. 11 - Gráfico mostrando as médias dos diâmetros da aorta torácica em função dos
locais de realização das medidas, em homens e mulheres de 41 a 60 anos de
idade.

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 52

40,00

35,00

30,00

25,00
-* feminino
I 20,00
"• masculino
15,00

10,00

5,00

0,00
ase.raiz ase. AP j.ant.cr. j.post.cr. desc. desc. tr.tor.ab.
AP raiz

Fig. 12 - Gráfico mostrando as médias dos diâmetros da aorta torácica em função dos
locais de realização das medidas, em homens e mulheres de mais de 60 anos
de idade.

Pela análise de variância obtivemos P = 0,0002 para sexo,

P = 0,0001 para faixa etária e P = 0,0001 para superfície corpórea.

A faixa etária, dividida em três níveis, a saber 20 a 40 anos, 41 a 60

anos e mais de 60 anos, apresentou efeito significativo. Para discriminar as

diferenças, aplicamos testes de comparação entre as médias. Entre a faixa de

20 a 40 anos e as demais (41 a 60 e mais de 60) obtivemos P = 0,0001. E,

entre a de 41 a 60 anos e a de mais de 60 anos, o resultado foi P = 0,0001.

Os diâmetros da aorta torácica são significativamente maiores em

homens que em mulheres na mesma faixa etária (P = 0,0002), e aumentam

progressivamente com a idade (P = 0,0001), quando corrigidos pela superfície

corpórea.

As relações aorta ascendente/aorta descendente ao nível da raiz

variam, conforme a faixa etária, de 1,17±0,39 em mulheres de 20 a 40 anos a

1,43±0,20 em mulheres de 41 a 60 anos. E, no nível da artéria pulmonar, de

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

1,31 ±0,20 em homens de 20 a 40 anos a 1,49±0,29 em mulheres da mesma

faixa de idade. Na Tabela 9, apresentamos todas as relações conforme sexo e

idade.

Tabela 9 - Relações entre os diâmetros da aorta ascendente e descendente no nível


da raiz e da artéria pulmonar conforme sexo e faixa etária.
idade ase. raiz/desc. raiz ase. AP/desc. AP
homens mulheres homens mulheres

20 a 40 anos 1,42±0,21 1,17±0,39 1,31 ±0,20 1,49±0,29

41 a 60 anos 1,30±0,20 1,43±0,20 1,32±0,18 1,35±0,16

> 60 anos 1,20±0,20 1,34±0,20 1,33±0,22 1,36±0,13

4. 2 Aorta Abdominal

Nas Tabelas 10 e 11, apresentamos todas as médias, desvios-

padrâo e valores mínimos e máximos segundo sexo e idade.

Os três diâmetros da aorta abdominal, como resultado da análise de

componentes principais, foram reduzidos a um apenas, com 76% de

explicação.

Comparando as várias medidas, obtivemos os níveis de

significância apresentados na Tabela 12. O efeito de local mostrou-se

significativo para todos os modelos (P = 0,0001).

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 54

Tabela 10 - Médias, desvios padrão e valores mínimos e máximos dos diâmetros da aorta
abdominal (em mm) em mulheres.
Idade Local Média DP Mínimo Máximo

20-40 AoAMS 17,98 2,73 13,00 23,00


Ao his rens. 15,46 2,25 11,30 19,80
Ao bif. 13,43 1,93 8,60 16,50

41-60 AoAMS 21,02 2,49 16,70 28,50


Ao his. sens. 18,02 3,84 10,20 29,60
Ao bif. 15,72 2,76 10,30 23,30

>60 AoAMS 23,39 3,72 15,40 29,30


Ao his. rens. 19,48 3,14 15,80 27,60
Ao bif. 16,32 3,03 10,50 23,60

Tabela 11 - Médias, desvios padrão e valores mínimos e máximos dos diâmetros da aorta
abdominal (em mm) em homens,
Idade Local Média DP Mínimo Máximo

20-40 AoAMS 19,71 3,63 13,60 29,80


Ao his. rens. 17,16 2,36 12,50 21,10
Ao bif. 15,62 2,05 9,70 18,60

41-60 AoAMS 23,12 3,16 16,70 29,80


Ao his. rens. 20,26 3,24 14,90 29,40
Ao bif. 17,93 2,60 12,30 24,30

>60 AoAMS 25,42 3,33 19,20 34,20


Ao his. rens. 22,49 3,23 14,90 28,00
Ao bif. 19,65 3,63 12,40 30,10

Tabela 12 - Níveis de significância entre as várias medidas na aorta abdominal


contraste feminino masculino

20-40 41-60 >60 20-40 41-60 60

Ao AMS x Ao hls.rens. 0,0006 0,0001 0,0001 0,0003 0,0001 0,0001

Ao his.rens. x Ao bif. 0,0001 0,0020 0,0005 0,0002 0,0001 0,0001

Como podemos observar na tabela 12 todas as comparações são

signifi cantes.

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 55

A aorta abdominal, em todas as faixas de idade e em ambos os

sexos, reduz de calibre crânio-caudalmente, do nível da emergência da artéria

mesentérica superior, até a bifurcação (Figs. 13 a 15).

40,00 j

35,00

30,00

25,00 •
•• feminino
20,00
• masculino
15,00

10,00 -

5,00

0,00
Ao AMS Ao hls.rens. Ao bif.

Fig. 13 - Gráfico mostrando as médias dos diâmetros da aorta abdominal em função


"dos locais de realização das medidas, em homens e mulheres de 20 a 40
anos de idade.

40,00 -r

35,00 -

30,00 -

25,00
feminino
20,00
masculino
15,00 -

10,00 -

5,00 -

0,00 --
Ao AMS Ao hls.rens. Ao bif.

Fig. 14 - Gráfico mostrando as médias dos diâmetros da aorta abdominal em função dos
locais de realização das medidas, em homens e mulheres de 41 a 60 anos de
idade.

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 56

H\J,\AJ '

35,00 -

30,00 -

25,00 - •
• • • • •

feminino
20,00 -
'• ' ~ ~ ~ - ^ _ _ _ _ _ _ ^ ^
masculino

15,00 -

10,00 -

5,00 -

0.00 - I 1 1
Ao AMS Ao hls.rens. Ao bif.

Fig. 15 - Gráfico mostrando as médias dos diâmetros da aorta abdominal em função dos
locais de realização das medidas, em homens e mulheres de mais de 60 anos de
idade.

Pela análise de variância, observamos efeitos de sexo (P = 0,0024),

de faixa etária (P = 0,0001) e superfície corpórea (P = 0,0001).

Aplicados testes de comparação para discriminar as diferenças por

faixa etária entre as médias, resultou P = 0,0001 entre todas elas.

Existe influência significativa da compleição física do indivíduo,

espelhada pela superfície corpórea, no calibre da aorta abdominal

(P = 0,0001).

Seus diâmetros, assim como os ca aorta torácica, são

significativamente maiores no sexo masculino que no feminino na mesma faixa

de idade (P = 0,0024), e aumentam progressivamente com a idade

(P = 0,0001), quando corrigidos pela superfície corpórea.

Calculando as relações entre os diâmetros da aorta ao nível da

emergência da artéria mesentérica superior e os da aorta junto à bifurcação e,

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

daqueles obtidos ao nível dos hilos renais e junto à bifurcação (Tabela 13),

verificamos serem os valores dos primeiros independentes da idade

(P = 0,3026), porém dependentes do sexo (P = 0,0114). Já as demais relações

não dependem de sexo (P = 0,2318) ou faixa etária (P = 0,3581).

Tabela 13 - Relações entre os diâmetros da aorta ao nivel da emergência da


AMS e bifurcação e entre os diâmetros ao nível dos hilos renais e
bifurcação em homens e mulheres
idade Ao AMS/Ao bif. Ao his. rens./Ao bif.

homens mulheres homens mulheres

20 a 40 anos 1,27±0,22 1,35±0,16 1,11±0,13 1,16±0,14

41 a 60 anos 1,30±0,16 1,38±0,28 1,14±0,18 1,17±0,29

>60 anos 1,32±0,22 1,47±0,34 1,16±0,19 1,22±0,24

Assim, para as relações entre as medidas da aorta ao nível dos

hilos renais e junto à bifurcação, obtivemos a média de 1,16±0,19. E, para as

relações entre as medidas ao nível da emergência da artéria mesentérica

inferior e junto à bifurcação, as médias foram de 1,30±0,20 para o sexo

masculino e de 1,40±0,26 para o feminino.

Cláudio Luiz Lucarelli Resultados


5. DISCUSSÃO
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

Pela revisão da literatura, podemos verificar que a maioria dos

trabalhos que objetivaram direta ou indiretamente medir os diâmetros da

aorta foram realizados com equipamentos mais antigos, que apresentavam

resolução de contraste e definição de detalhes significantemente piores que

os de geração mais nova.

Certamente, este aspecto tem influência nos resultados, e, por si

só, justifica novos estudos para atualização dos dados disponíveis.

A tomografia computadorizada tem como únicas restrições no

estudo da aorta a necessidade de uso de meio de contraste iodado e a

impossibilidade de se determinar a fase do ciclo cardíaco em que se obtém

a imagem para estudos funcionais na aorta torácica.

Doenças como hipertensão arterial sistêmica e cardiovasculares

podem levar ao aumento do diâmetro de calibre da aorta torácica, em

especial da ascendente (POSNIAK et ai., 1989), e têm que ser excluídas

numa determinação de valores médios normais. Apesar do fator pressão

arterial não afetar a aorta abdominal em seus diâmetros (STEINBERG et ai.,

1965), como em 87 indivíduos de nossa amostra foram realizadas

mensurações na aorta torácica e abdominal, aqueles com hipertensão

arterial sistêmica foram excluídos mesmo no estudo da aorta abdominal.

Há uma faixa muito grande de variação dos diâmetros da aorta.

Idade, sexo e superfície corpórea são fatores importantes nas medidas da

artéria.

Tanto a aorta torácica como a abdominal têm seu calibre reduzido

crânio-caudalmente, desde sua raiz até a transição tóraco-abdominal no

Cláudio Luiz Lucarelli Discussão


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia^.

tórax, e de sua porção inicial no abdômen, medida ao nível da emergência

da artéria mesentérica superior, até a bifurcação. Exceto em homens e

mulheres de mais de 61 anos e em homens de 41 a 60 anos de idade, nos

quais observamos ligeiro aumento de calibre da aorta ascendente medida

ao nível do tronco da artéria pulmonar com relação à raiz.

A menor carga hemodinâmica sobre as paredes da aorta, durante

o seu desenvolvimento, conforme ela se distancia do coração, poderia

explicar o afiiamento progressivo do vaso de suas porções mais altas até as

mais distais. Regiões como aorta torácica ou aorta ascendente, em

especial, com maior carga hemodinâmica durante seu desenvolvimento,

apresentam maior calibre, ao contrário das regiões mais distais que, por

receberem -menor volume de sangue, têm diâmetros menores (VAN-

MEURS-VAN-WOEZIKe KLEIN, 1974; CLARKSON e BRANDT, 1985).

O tamanho do indivíduo tem influência significativa nos diâmetros

da aorta.

Teoricamente, sempre seria apropriado o ajuste do diâmetro para

a superfície corpórea. Porém só extremas variações na superfície corpórea

alterariam significativamente a faixa de normalidade, e esta alteração só

deverá ser considerada se exceder duas vezes o desvio padrão para sexo e

idade (AROMBERG et ai., 1984).

Observamos que a influência da superfície corpórea nos

diâmetros da aorta é muito variável.

Verificando como se dá essa variação, constatamos que, em

indivíduos de mesma idade e sexo, grandes alterações, para mais ou para

Cláudio Luiz Lucarelli Discussão


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torádca e abdominal pela tomografia...

menos, na área da superfície corpórea, não correspondem a igual grau de

variação nos diâmetros da aorta. Em algumas ocasiões, apesar de

aumentos significativos do tamanho do indivíduo, não há modificação

importante no calibre da artéria.

O fato é que a alteração nos diâmetros sempre é menor que o

correspondente aumento na área da superfície corpórea.

Este aspecto torna mais atraente a utilização de relações entre os

diâmetros segmentares da aorta na definição de parâmetros normais, já que

assim se elimina a influência desta variável. Destacava AROMBERG et ai.

(1984), que a relação diâmetro da aorta ascendente/diâmetro da aorta

descendente independe do tamanho do indivíduo medido pela área da

superfície do corpo.

Embora tenhamos utilizado a área da superfície corpórea para

representar a compleição física dos pacientes, reconhecemos não ser este

o método ideal para utilização prática, dada à complexidade de seu cálculo,

que deriva das medidas de peso e altura.

A influência isolada dos parâmetros peso e altura, como co-

variantes na avaliação dos calibres da aorta, pode ter significado diferente

(VAN-MEURS-VAN-WOZIK e KREDIET, 1982; NIDORFetal., 1992).

Alguns autores utilizaram para representação do tamanho do

indivíduo a medida do diâmetro transversal do corpo vertebral adjacente

(AROMBERG et ai., 1984), o que , a nosso ver, tem aplicação prática mais

imediata e simples. Poderia inclusive servir de ponto de referência e

Cláudio Luiz Lucarelli Discussão


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia...

comparação na avaliação do calibre da artéria. Mas isto seria tema para

novos estudos.

A idade influi significativamente nas dimensões da aorta torácica

e abdominal (MOHIADDIN et ai.,1990), observando-se aumento de seus

diâmetros desde a vida intra-uterina, no feto, até o fim da vida (CLARKSON

e BRANDT, 1985). Independentemente do sexo e superfície corpórea,

indivíduos de idade mais avançada terão aortas de maiores diâmetros.

No sexo masculino, de 20 a 40 anos de idade, obtivemos um

calibre médio da aorta torácica de 24,99 mm, de 41 a 60 anos diâmetro

médio de 28,92 mm e, acima de 60 anos, 31,67 mm. Portanto, uma variação

de 15,77%, aproximadamente, da faixa etária inicial para a seguinte, e de

cerca de 9,5% desta para a última, e de 21,09% do mais jovem para o mais

idoso.

Já no sexo feminino, obtivemos 22,07 mm, 26,63 mm e 28,83 mm,

respectivamente, nas faixas de 20 a 40 anos, 41 a 60 e mais de 60 anos,

com variação de 20,66% da primeira para a segunda; e 8,26% desta para a

terceira, e de 30,62% da primeira para a terceira.

Portanto, observamos aumento semelhante entre homens e

mulheres da faixa de 41 a 60 para mais de 60 anos e aumento mais

evidente em mulheres de 20 a 40 anos para 41 a 60 anos, diferindo do

obtido por DIXON et ai. (1984), que avaliou as variações em cada década,

verificando aumento mais acentuado em homens. Em homens, na 8a década

o diâmetro dobrou com relação à 2a, e, em mulheres ele só aumentou 50%.

Cláudio Luiz Lucarelli Discussão


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografía... 63

As alterações da parede do vaso próprias do envelhecimento,

caracterizadas por necrose cística da média, fragmentação das fibras

elásticas, fibrose (aumento de colágeno em músculo liso) e medionecrose ,

conseqüente ao fenômeno de trauma/reparação), levando ao endurecimento

e redução de sua elasticidade explicariam o aumento nas dimensões da

aorta. Entretanto, isto não ocorre igualmente em todo o comprimento do

vaso, e é mais acentuado nas regiões mais fixas da artéria (WILENS, 1937;

MITCHELL e ADAMS, 1977; SCHLATMANN e BECKER, 1977).

Na aorta torácica, com exceção das medidas no nível do tronco

da artéria pulmonar em homens, observamos que o aumento de calibre da

descendente é mais acentuado que na ascendente (Tabelas 14 e 15),

fazendo com que a relação diâmetro da aorta ascendente/diâmetro da aorta

descendente diminua com o avançar dos anos (Tabela 9). AROMBERG et

ai. (1984) encontrou valores variando de 2,2 em mulheres jovens a 0,9 em

mais velhos.

Tabela 14 - Variação dos diâmetros médios dos segmentos da aorta torácica,


medidos em mm, em mulheres, conforme a idade
20 a 40 anos (A) mais de 60 anos(B) % de aumento de A para B
_ _
ase. raiz 28,88 34,36

desc. raiz 18,81 25,66 36,41

asc.AP 27,01 35,25 30,50

desc.AP 18,81 26,18 39,18

trans.tor.ab. 17,63 24,48 38,85

Cláudio Luiz Lucarelli Discussão


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 64

Tabela 15 - Variação dos diâmetros médios dos segmentos da aorta torácica, medidos
em mm, em homens, conforme a idade.
20 a 40 anos(A) mais de 60 anos(B) % de aumento de A para B
_ _
asc.raiz 30,90 37,24

desc.raiz 21,96 29,14 32,69

asc.AP 29,30 38,02 29,76

desc.AP » 22,48 28,92 28,64

trans.tor.ab. 20,67 28,35 37,15

Em nossa casuística obtivemos a menor relação no sexo

feminino, na faixa de 20 a 40 anos, entre aorta ascendente e aorta

descendente ao nível da raiz, com valor de 1,17±0,39, e o maior valor

também em mulheres, de 41 a 60 anos, 1,43±0,20. Já ao nível do tronco da

artéria pulmonar, verificamos 1,31 ±0,20 em homens de 20 a 40 anos e

1,49±0,29 em mulheres da mesma faixa etária (Tabela 9).

Em média, conseguimos valores de 1,32±0,20 no sexo masculino

e 1,35±0,22 no feminino.

Já no segmento abdominal da aorta, com exceção das medidas

ao nível dos hilos renais, verificamos que a idade exerce influência menor

nas porções mais distais do vaso, onde a dilatação mostra-se menos

evidente (Tabelas16 e 17).

Tabela 16 - Variação dos diâmetros médios dos segmentos da aorta abdominal,


medidos em mm, em mulheres, conforme a idade.
20 a 40 anos(A) mais de 60 anos(B) % de aumento de A para B

AoAMS 17,98 23,39 30,08

Ao hilos ren. 15,46 19,48 26,00

Ao bif. 13,43 16,32 21,51

Cláudio Luiz Lu carei li Discussão


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 65

Tabela 17 - Variação dos diâmetros médios dos segmentos da aorta abdominal,


medidos em mm, em homens, conforme a idade.
20 a 40 anos (A) mais de 60 anos (B) % de aumento de A para B

Ao AMS 19,71 25,42 28,97

Ao hilos ren. 17.16 22,49 31,06

Ao bif. 15,62 19,65 25,80

STEINBERG et ai. (1965) observaram que variações na idade

estavam associadas a modificações de 25 a 55 % no tamanho da aorta

abdominal, numa amostra em que só havia indivíduos nas 6a e 7a décadas.

Calculadas as relações entre os diâmetros da aorta abdominal,

obtivemos o seguinte: 1) a razão entre os diâmetros da aorta medidos ao

nível da AMS e junto à bifurcação não depende de sexo, mas sim da idade,

e foi de 1,30±0,20 para homens e de 1,40±0,26 para mulheres; 2) a razão

entre os diâmetros medidos ao nível dos hilos renais e junto à bifurcação,

independemente de sexo e faixa etária e é de 1,16±0,19.

Como este dado simplificaria muito a análise dos diâmetros da

aorta abdominal, justificar-se-ia novo estudo, com maior amostragem talvez,

para verificar a confirmação ou não deste aspecto.

OURIEL et ai. (1992), em indivíduos normais, verificaram relação

diâmetro da aorta infra-renal/diâmetro da aorta supra-celíaca igual a

0,87±0,02, independentemente de sexo e idade.

Com exceção de indivíduos mais jovens, de duas semanas de

vida a 19 anos (FITZGERALD et ai., 1987), as dimensões da aorta torácica

e abdominal são significantemente maiores no sexo masculino que no

Cláudio Luiz Lucarelli Discussão


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 66

feminino na mesma faixa de idade e quando corrigidas pela superfície

corpórea.

Este mesmo aspecto é.mencionado nos trabalhos de LODWICK e

GLADSTONE em 1957, AROMBERG et ai. em 1984, TOWFIQ et ai. em

1986, STEINBERG et ai. em 1965, DIXON et ai. em 1984, URES et ai. em

1988, HOREJS et ai. em 1988 e de OURIEL et ai. em 1992.

Os aspectos descritivos dos diâmetros da aorta torácica e

abdominal, encontram-se nas Tabelas 7, 8, 11 e 12 e nas Figuras 10, 11,

12, 13, 14e15.

Entretanto alguns pontos devem ser lembrados com relação a

esses aspectos.

O* primeiro é que a comparação entre as nossas medidas com

aquelas obtidas por outros autores é muito difícil, devido não só à

disparidade de parâmetros utilizados como variáveis, mas também à

realização das mensurações em locais diversos dos que nós usamos.

No entanto, se ainda assim compararmos os valores conseguidos

com os da literatura, verificaremos não haver diferenças importantes.

O outro aspecto é o que se refere à dificuldade em medir a aorta

ascendente na raiz, onde a definição de contornos e limites é prejudicada

por artefatos de movimento gerados pelos batimentos cardíacos. A escolha

do melhor local também é difícil.

No tórax, encontramos os menores diâmetros nas aortas

descendentes de mulheres jovens (20 a 40 anos): 17,63±2,52mm na

transição tóraco-abdominal. As maiores medidas foram as da aorta

Cláudio Luiz Lucarelli Discussão


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 67

ascendente de homens na faixa de idade maior: 38,02±4,87 mm a nível do

tronco da artéria pulmonar.

Na aorta abdominal, todas as medidas são facilmente realizáveis

já que há boa definição de limites e contornos do vaso.

O maior valor medido foi o do diâmetro da aorta de homens de

mais de 60 anos, no nível da emergência da artéria mesentérica superior,

25,42 mm, e , o menor, em mulheres, de 20 a 40 anos de idade, no nível da

bifurcação, 13,43 mm.

A correlação dos diâmetros da aorta medidos em locais diferentes

entre si e/ou com outras estruturas anatômicas adjacentes, como o tronco

da artéria pulmonar por exemplo, pode auxiliar na definição da normalidade

do vaso, e pode ser motivo de estudos posteriores.

Da mesma maneira, a evolução tecnológica dos equipamentos de

tomografia computadorizada, como o sistema helicoidal que permite

reconstruções das imagens em outros planos e tridimensional, com certeza

acarretará a necessidade de novas avaliações.

Cláudio Luiz Lucarelli Discussão


6. CONCLUSÕES
A valiaçâo dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 69

1. Tanto a aorta torácica, como a aorta abdominal diminuem de

calibre de suas porções proximais para as distais, ou seja, da

raiz para a transição tóraco-abdominal, no tórax, e do nível da

emergência da artéria mesenterica superior à bifurcação no

abdômen.

2. A superfície corpórea influi significativamente nos diâmetros da

aorta torácica e abdominal. Porém só variações muito grandes

na sua área modificam consideravelmente o calibre do vaso.

3. A aorta torácica, assim como a abdominal, aumenta

progressivamente de diâmetro com o envelhecimento, em

ambos os sexos. Na aorta torácica, o aumento é maior na

"porção descendente do vaso.

4. O sexo tem influência estatisticamente significante no calibre da

aorta torácica e abdominal. Entre indivíduos de mesma faixa

etária, com mesma superfície corpórea, terá artéria de maior

calibre aquele do sexo masculino.

5. As relações entre os diâmetros da aorta ascendente e

descendente medidos no mesmo nível variam conforme sexo e

faixa etária.

6. Na aorta abdominal, a relação entre os diâmetro medidos ao

nível dos hilos renais e junto à bifurcação independe de sexo e

idade. Já a relação entre os diâmetros obtidos ao nível da

emergência da artéria mesenterica superior e junto à bifurcação,

varia significantemente com sexo, mas não com a idade.

Cláudio Luiz L u c a r e l ü C o n c l u s õ e s
7. ANEXOS
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 71

Tabela 18 - Medidas dos diâmetros da aorta torácica (em mm), peso, altura e
superfície corpòrea em (m2) de homens de 20 a 40 anos de idade.
n idade peso altura sp. ase. ase. j.ant. j.pt. desc. desc. tr.tr. ase. raiz/ ase. AP/
(kg) (cm) crp raiz AP cr. cr. AP raiz ab. desc. raiz desc. A P
~1 20 50 174 1,60 27,3 25 20,8 21,3 17 15^9 17 1/72 V47
2 20 60 184 1,80 27,5 19,2 23,8 22,7 16,7 19,8 17,3 1,39 1,15
3 22 65 170 1,75 34,8 28,6 21,5 21,5 21,1 21,8 20,4 1,60 1,36
4 22 54 173 1,64 31,3 30,1 25,8 22,2 20,4 20,4 21,6 1,53 1,48
a
5 22 63 184 1,83 32,9 26 26,7 23,6 22,3 19,9 18,6 1,65 1,17
6 22 80 180 2,00 30,7 30 26,1 22,7 21,1 19,8 19,8 1,55 1,42
7 23 73 180 1,92 31,6 21,9 21,3 23,3 20,6 18 21,7 1,76 1,06
8 24 92 191 2,21 28,8 30,1 28,1 22,1 21,3 19,2 23,7 1,50 1,41
9 26 76 167 1,85 36,1 33,4 26 24,7 25,2 21,8 21,1 1,66 1,33
10 26 60 174 1,72 29,3 29,3 21,2 21,7 22,5 21,1 21,8 1,39 1,30
11 27 69 171 1,81 32,9 29,8 25,8 22,2 24,8 22,9 21,1 1,44 1,20
12 27 65 170 1,75 18,2 24,2 18,7 19,9 18,6 18,6 14,9 0,98 1,30
13 28 57 168 1,64 25 23,9 21,8 20,3 19,3 17,6 17,6 1,42 1,24
14 28 77 180 1,96 32,6 27,3 25,2 24,4 21,7 20,4 16,7 1,60 1,26
15 28 66 170 1,77 31,6 29,8 23,7 28 22,3 22,3 19,8 1,42 1,34
16 29 78 180 1,98 30 28 25,1 22,3 21,1 23,9 18,4 1,26 1,33
17 29 60 171 1,70 27,9 31,6 18,6 18,4 18 19,2 19,8 1,45 1,76
18 30 68 168 1,77 29,2 19,4 25 20,2 17,6 18 18,6 1,62 1,10
19 30 56 168 1,63 22,9 24,2 26,4 19,8 20,4 19,2 18,6 1,19 1,19
20 31 59 160 1,61 26,7 28,4 25,9 21,6 18,7 23,3 14,7 1,15 1,52
21 32 87 182 2,09 38,9 44,3 35,3 26,5 26,6 25,2 23,2 1,54 1,67
22 32 77 178 1,95 28,7 21,8 25,6 21,5 21,1 21,1 19,8 1,36 1,03
23 32 96 192 2,26 33,4 32,7 27,3 25,3 23,9 21,8 24,5 1,53 1,37
24 32 50 170 1,57 29,2 23,6 29 22 29,4 24,2 19,2 1,21 0,80
25 32 72 163 1,78 36 35,3 30,9 26,8 22,3 26,6 24,2 1,35 1,58
26 33 55 175 1,67 23,6 22,9 21,1 20,4 22,3 18,6 19,2 1,27 1,03
27 33 78,5 170 1,90 29,3 34,9 24,3 23,9 20,4 20,4 21 1,44 1,71
28 34 79 195 2,10 41,6 37,2 32,9 25,8 26 25,4 23,5 1,64 1,43
29 35 70 174 1,84 23,6 36,6 29,8 21,7 24,2 22,3 22,9 1,06 1,51
30 35 76 183 1,98 30 34,1 33,3 26,7 24,5 23,2 21,2 1,29 1,39
31 35 66 182 1,85 39,6 30,7 29,6 24,2 24,5 23,9 21,8 1,66 1,25
32 35 79 177 1,96 34,1 26,6 32,5 26,2 29,3 29,4 21,1 1,16 0,91
33 36 65 165 1,72 31,6 29,2 25,5 22,6 26,1 21,8 21,7 1,45 1,12
34 36 56 162 1,59 26,2 28,4 26,2 22,1 22,2 25 22,1 1,05 1,28
35 37 60 175 1,73 34,7 34,1 29 25,2 26,6 24,2 25,4 1,43 1,28
36 37 78 180 1,98 32,2 34,7 34,7 29,8 24,2 24,8 26 1,30 1,43
37 40 81 168 1,91 28 30 26,1 24,8 23,9 20,4 22,5 1,37 1,26
38 40 77 173 1,91 34,1 34 31,1 24,5 25,2 32 21,1 1,07 1,35
39 40 84 178 2,02 43 31,4 30 22,7 23,2 23,2 22,5 1,85 1,35

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 72

Tabela 19 - Medidas dos diâmetros da aorta abdominal (em mm), peso, altura e
superfície corpórea (em m2) em homens de 20 a 40 anos de idade,
n° idade P(kg) h(cm) sp.crp. AoAMS Ao A o bif. Ao AMS/Ao A o hls.ren./Ao
hls.rens. bif bif.

1 20 69 174 1,83 20,5 21,1 17,3 1,18 1,22


2 20 51 150 1,44 13,6 13 13,6 1,00 0,96
3 22 63 184 1,83 16,9 18,7 14,4 1,17 1,30
4 24 52 150 1,46 13,6 13,6 12,4 1,10 1,10
5 24 92 191 2,21 20 18,6 17,9 1,12 1,04
6 25 67 170 1,78 19,8 15,5 16,1 1,23 0,96
7 26 60 174 1,72 18,7 16,3 16,4 1,14 0,99
8 27 69 171 1,81 18,6 19,2 16,7 1,11 1,15
9 29 46 154 1,41 16,5 12,5 9.7 1,70 1,29
10 29 60 171 1,70 17,7 1,2 15,2 1,16 0,08
11 30 68 168 1,77 17,3 14,4 13,7 1,26 1,05
12 30 56 *168 1,63 20,4 15,5 16,1 1,27 0,96
13 31 59 176 1,73 20,5 16,1 14,9 1,38 1,08
14 31 86 185 2,10 29,8 21,1 17,3 1,72 1,22
15 32 77 178 1,95 21,1 16,3 16,3 1,29 1,00
16 32 94 174 2,09 19,7 18,4 12,2 1.61 1,51
17 32 96 192 2,26 19,8 18,4 17,7 1,12 1,04
18 33 78,5 170 1,90 17,4 17,8 15,5 1,12 1,15
19 34 65 170 1,75 21,7 18 16,1 1,35 1,12
20 35 70 174 1,84 23 18 15,5 1,48 1,16
21 35 66 182 1,85 21,1 19,1 18,4 1,15 1,04
22 35 79 177 1,96 16,8 16,7 18,6 0,90 0,90
23 36 60 170 1,69 17,3 16,1 15,5 1,12 1,04
24 36 67 170 1,78 29,1 17,3 16,8 1,73 1,03
25 37 52 158 1,51 18,7 13,6 13,9 1,35 0,98
26 37 78 180 1,98 22,3 19,8 17,3 1,29 1,14
27 40 81 168 1,91 20,4 19,1 16,3 1,25 1,17

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 73

Tabela 20 - Medidas dos diâmetros da aorta torácica (em mm), peso, altura e
superfície corpórea (em m2) de mulheres de 20 a 40 anos de idade.
n° idade P(kg) h(cm) sp. ase. ase. j.ant. j.pt. desc. desc. tr.tr. ase. raiz/ ase.
crp. raiz AP cr. cr. AP raiz ab. desc. AP/desc.
raiz AP

1 20 59 160 1,61 27,9 29,8 17,7 18,6 19,9 16,2 15 1,72 1,50
2 21 59 160 1,61 24,2 25,6 24,9 20,9 13 17,1 18,2 1,42 1,97
3 21 46 165 1^8 26,7 24,2 24,6 20,4 16,1 17,4 15,5 1,53 1,50
4 21 0 172 1,83 26,8 27,3 24,1 20,5 16,8 20,5 20,5 1,31 1,63
5 22 45 150 1,37 36,7 27,3 15,8 14,7 13,1 14,1 13,1 2,60 2,08
6 22 57,5 167 1,64 34,7 28,5 25,7 19,9 17,3 18,6 15,5 1,87 1,65
7 23 54 162 1,57 39,2 28,4 25,2 19,4 11,6 19,9 14,8 1,97 2,45
8 24 64 168 1,73 24 24 23 19 18 18 18 1,33 1,33
9 24 54 160 1,55 25,6 26,6 23,8 24 16,5 17 18,2 1,51 1,61
10 25 46 160 1,45 25 21 24,9 19,3 16,5 15,3 13,6 1,63 1,27
11 25 55 165 1,60 33 27,3 21,6 20,1 19,3 19,3 18,2 1,71 1,41
12 28 58 163 1,62 31,6 22,3 24,9 19,6 19,2 18 18 1,76 1,16
13 29 41 157 1,36 23,6 24,1 19,4 16,8 17,1 17,8 17,4 1,33 1,41
14 30 47 156 1,44 28,5 19,2 21 17 14,9 14,2 16,7 2,01 1,29
15 31 73 180 1,76 24,5 28,9 23,4 19,8 18,2 18,7 14,8 1,31 1,59
16 32 70 170 1,81 22,5 23,1 21,6 20,2 17,5 17,5 18,7 1,29 1,32
17 34 50 150 1.43 24 24,5 23,9 20,4 17 17 15,3 1,41 1,44
18 34 50 151 1,44 26 25,4 25 21,6 15,5 19,8 17,3 1,31 1,64
19 35 50 151 1,44 31,3 27,8 24,4 20,8 20,4 23,9 19,4 1,31 1,36
20 34 76 170 1,87 29,1 26 26,5 21,7 21,1 20,4 18,6 1,43 1,23
21 35 61 156 1,60 31 27,9 18,2 16,9 21,1 20,4 21,1 1,52 1,32
22 35 60 160 1,62 29 26,9 25,8 17,3 25,4 21 16 1,38 1,06
23 36 40 153 1,32 29,4 25,2 19,9 21,7 19,4 17,8 20,4 1,65 1,30
24 36 55 155 1,53 24,4 31,3 25,4 19,9 18,2 17,6 16,5 1,39 1,72
25 36 95 161 1,98 38,9 36,1 29,4 22,4 28 25,2 24,5 1,54 1,29
26 37 43 150 1,34 34,7 26,7 25,7 22,7 19,3 18,2 19,9 1,91 1,38
27 37 67 173 1,80 26,6 26,6 22,9 19,4 20,4 19,8 18 1,34 1,30
28 38 57 150 1,51 23,9 28,5 26,6 22,1 19,3 8,2 17,6 2,91 1,48
29 39 59 162 1,63 29,4 29 27 19,3 21,1 16,2 16,5 1,81 1,37
30 40 75 163 1,81 34,1 40,9 26,8 26 23,6 29,2 21,7 1,17 1,73

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 74

Tabela 21 - Medidas dos diâmetros da aorta abdominal (em mm), peso, altura e
superfície corpórea (em m2) em mulheres de 20 a 40 anos de idade.
n idade P(kg) h(cm) Sp. crp. AoAMS Ao his. Ao bif. Ao.AMS/ Ao.hls.
rens Ao bif rens./
Ao bif

1 20 59 160 1,61 13 13 8,6 1,51 1,51


2 21 70 172 1,83 19,3 14,9 14,3 1,35 1,04
3 22 57,5 167 1,64 15,5 14,2 12,4 1,25 1,15
4 23 55 155 1,53 16,7 18,6 13,6 1,23 1,37
5 24 47 167 1,51 14,7 11,3 11,9 1,24 0,95
6 24 64 168 1,73 18 16 14 1,29 1,14
7 24 54 160 1,55 14,7 13,1 13 1,13 1,01
8 30 60 152 1,56 18,7 17,6 16,5 1,13 1,07
9 30 91 165 1,98 19,2 19,8 15,5 1,24 1,28
10 30 56,7 149 1,50 19,8 14,9 13,2 1,50 1,13
11 31 66 168 1,75 21,7 15,5 13 1,67 1,19
12 34 76 «. 170 1,87 17,3 18,6 13,6 1,27 1,37
13 37 67 173 1,80 18 15,5 13,6 1,32 1,14
14 37 43 153 1,36 15,2 12 9,6 1,58 1,25
15 38 57 150 1,51 17 15,3 13,1 1,30 1,17
16 38 56 157 1,55 18,2 15,9 15,3 1,19 1,04
17 39 62 154 1,60 22,9 17,3 14,9 1,54 1.16
18 39 53 158 1,52 18,7 14,7 13,6 1,38 1,08
19 40 75 163 1,81 23 15,5 15,5 1,48 1,00

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 75

Tabela 22 - Medidas dos diâmetros da aorta torácica (em mm), peso, altura e
superfície corpórea (em m2) em homens de 41 a 60 anos de idade
(Continua)
n idade P(kg) h sp. ase. ase. j.ant. j.post. desc. desc. tr.tor. ase. ase.
(cm) crp. raiz AP cr. cr. AP raiz abd. raiz/ AP/
desc. desc.
raiz AP

1 41 44 167 1,47 38,1 35,3 26,5 26,1 22,8 33,1 21,8 1,15 1,55
2 42 100 183 2,22 36,9 36,2 35,2 27,3 30 26,6 19,1 1,39 1,21
3 43 63 174 1,76 29,4 26,8 34,9 22,4 21,1 22,3 19,9 1,32 1,27
4 43 69 170 1,80 31,7 31 30 29,3 24,8 26,1 22,4 1,21 1,25
5 44 60 160 1,62 39,7 33,5 29,4 28,9 25,4 23,5 22,9 1,69 1,32
6 44 67 160 1,70 39,1 31,2 28,1 25,1 18,6 22,3 18,6 1,75 1,68
7 47 66 168 1,75 34,2 38 29,2 28 26,9 27,5 22,2 1,24 1,41
8 47 69 178 1,86 39 36,2 38,8 28,2 31,2 39 29 1,00 1,16
9 47 73 183 1,94 40,9 39,7 36,9 26,1 26,1 27,3 23,6 1,50 1,52
10 47 83 167 1,92 44,4 43,7 34,8 29 25,9 22,5 25,9 1,97 1,69
11 47 46 162 1,46 32,9 27,3 25,9 23,7 25,4 24,2 22,9 1,36 1,07
12 47 76 176 1,92 31,6 32,2 29,8 26,2 26,6 23,5 26 1,34 1,21
13 47 55 169 1,63 36,6 31 27,6 23,6 23,5 21,7 22,3 1,69 1,32
14 47 89 18Q 2,09 26,7 32,9 29 23,5 22,3 23,5 21,7 1,14 1,48
15 48 61 169 1,70 29,3 31,4 23,6 22,5 24 29,9 23,2 0,98 1,31
16 48 82 175 1,98 40,2 35,5 33,9 29,6 31,4 27,3 25,9 1,47 1,13
17 48 70 175 1,85 33,4 37,5 31,4 26,6 23,9 22,5 21,1 1,48 1,57
18 48 50 168 1,56 34,7 38,7 22,9 19,2 21,6 24,4 22,6 1,42 1,79
19 48 85 176 2,02 29,7 32,5 29 23,3 25,3 20,8 20,1 1,43 1,28
20 49 65 165 1,72 42,3 34,8 30,9 24,5 27,3 28,6 26,6 1,48 1,27
21 50 83 183 2,05 48,4 40,9 34,3 29,6 31,4 29,3 30 1,65 1,30
22 50 77 180 1,96 32,4 30,1 25,3 23,9 22,2 22,1 22,3 1,47 1,36
23 50 71 170 1,82 35,8 40,4 38,2 32,3 29 27,8 25,6 1,29 1,39
24 51 104 176 2,20 31,4 35,5 37,1 24 30,7 28 28 1,12 1,16
25 52 61 161 1,64 29,8 29,1 26,9 23,8 26,2 22,9 26,7 1,30 1,11
26 52 73 180 1,92 37 39 26,9 35,3 27,8 33,6 30,9 1,10 1,40
27 52 61 168 1,69 33,5 30,4 28,3 23 21,7 22,3 22,3 1,50 1,40
28 53 79 180 1,99 38,4 31,6 24,8 24,4 26 24,8 24,8 1,55 1,22
29 54 85 180 2,05 37,5 35,5 32,7 30,2 27,3 26,6 25,2 1,41 1,30
30 54 67 174 1,81 31,7 29,1 28,1 27,8 32,3 24,2 23 1,31 0,90

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 76

Tabela 22 - Medidas dos diâmetros da aorta torácica (em mm), peso, altura e
superficie corpórea (em m2) em homens de 41 a 60 anos de idade
(Continuação)
n6 idade P(kg) h sp. ase. ase. j.ant. j.post. desc. desc. tr.tor. ase. ase.
(cm) crp. raiz AP cr. cr. AP raiz abd. raiz/ AP/
desc. desc.
raiz AP

31 55 65 170 1,75 28,6 31,4 21,7 22,7 22,5 21.1 19,1 1,36 1,40
32 55 93 178 2,11 49,9 43,2 36,5 34,5 28,6 36,4 28,1 1,37 1,51
33 56 58 166 1,64 35,3 26 24,1 23,9 20,4 20,4 22,9 1,73 1,27
34 57 61 165 1,67 36,8 31,4 29,9 23,5 23,9 24,5 25,2 1,50 1,31
35 57 72 175 1,87 40,9 37,5 31,8 28,7 24,5 25,2 25,2 1,62 1,53
36 57 64 167 1,72 37,8 39,1 25,7 28,1 26,7 26,7 27,9 1,42 1,46
37 58 62 162 1,66 33,5 34,1 30,3 28,9 27,3 30,4 32,9 1,10 1,25
38 58 46 167 1,49 27,3 27,7 21,6 21,8 21,6 24,4 22,1 1,12 1,28
39 58 60 170 1,69 32,2 34,1 32,1 26,7 26 25,4 24,2 1,27 1,31
40 58 90 165 1,97 37,5 32,1 30,7 27 24,5 26,6 25,9 1,41 1,31
41 58 61 162 1,65 31,6 34,1 34,7 26,9 27,3 24,2 22,1 1,31 1,25
42 59 51 165 1,55 31,6 29,8 26,4 27,3 24,8 23 24,2 1,37 1,20
43 59 90 174 2,05 40,9 40,2 36,2 32,7 30,7 30 29,3 1,36 1,31
44 60 62 t68 1,70 31,4 35,5 34,5 26,6 28 24,5 25,9 1,28 1,27
45 60 74 168 1,84 26,6 34,1 30,9 25,8 22,3 21,1 22,9 1,26 1,53
46 60 82 166 1,90 36,1 33,4 28,1 23,7 27,3 25,9 26,6 1,39 1,22
47 60 85 168 1,95 34,2 26,6 33,3 26,2 32,8 26,6 25,9 1,29 0,81
48 60 89 175 2,05 34,7 33,9 28,9 30,5 31,1 29,1 26,7 1,19 1,09
49 60 61 160 1,63 38,4 36 32,9 27,1 26,7 26,6 23,5 1,44 1,35

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 77

Tabela 23 - Medidas dos diâmetros da aorta abdominal (em mm), peso, altura e
superfície corpórea (em m2) em homens de 41 a 60 anos de idade.
n idade P(kg) h(cm) Sp. crp. AoAMS Ao Ao bif. Ao As.his.
hls.rens. AMS/Ao rens./Ao
bif. bif.

1 41 73 172 1,86 19,1 18,1 12,3 1,55 1,47


2 42 100 183 2,22 24,5 26,6 19,1 1,28 1,39
3 43 80 179 1,99 23,5 19,8 19,8 1,19 1.00
4 43 63 174 s 1,76 20,5 17,3 14,9 1,38 1,16
5 43 65 175 1,79 26,1 18 13,7 1,91 1,31
6 43 74 180 1,93 29,2 18,4 21,1 1,38 0,87
7 44 63,4 158 1,65 19,9 17,6 16,5 1,21 1,07
8 44 78 175 1,94 21,8 19,1 17,7 1,23 1,08
9 44 60 160 1,62 21,7 16,1 16,1 1,35 1,00
10 45 58 182 1,76 19,8 19,8 14,9 1,33 1,33
11 46 55 165 1,60 23,9 18,1 17 1,41 1,06
12 46 63 170 1,73 24,9 20,5 20,7 1,20 0,99
13 47 69 178 1,86 29,8 24,6 22,2 1,34 1,11
14 47 71 175 1,86 19,8 18,6 14,9 1,33 1,25
15 47 46 162 1,46 21,7 18 18 1,21 1,00
16 47 75 " 176 1,91 23 29,4 16,7 1,38 1,76
17 48 85 176 2,02 20,7 18,4 17,1 1,21 1,08
18 49 65 165 1,72 25,2 20,4 18,4 1,37 1,11
19 50 83 183 2,05 25,9 21,8 19,8 1,31 1,10
20 50 71 170 1,82 27,3 24,4 18,7 1,46 1,30
21 51 75 183 1,97 19,2 19,2 18 1,07 1,07
22 54 67 174 1,81 21,1 22,3 16,1 1,31 1,39
23 55 87 170 1,98 23,2 21,2 19,1 1,21 1,11
24 56 75 170 1,86 25,2 23,2 22,5 1,12 1,03
25 56 58 166 1,64 16,7 14,9 18,6 0,90 0,80
26 57 61 165 1,67 23,9 20,4 17,7 1,35 1,15
27 58 70 169 1,80 24,5 18,4 19,3 1,27 0,95
28 58 78 174 1,93 29,8 28 24,3 1,23 1,15
29 58 61 162 1,65 19,9 17,2 14,3 1,39 1,20
30 58 71 175 1,86 22,9 19,8 18 1,27 1,10
31 59 70 175 1,85 24,2 20,4 19,98 1,21 1,02
32 60 62 164 1,67 24,8 18,6 16,7 1,49 1,11
33 60 74 168 1,84 19,9 19,8 16,1 1,24 1,23
34 60 85 168 1,95 22,6 20,6 19,2 1,18 1,07

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 78

Tabela 24 - Medidas dos diâmetros da aorta torácica (em mm), peso, altura e superfície
corpórea (emm2) em mulheres de 41 a 60 anos de idade.
n° Ida- P h sp. ase. ase. j.ant. j.post. desc. desc. tr.tor. ase. ase.
de (kg) (cm) crp. raiz AP cr. cr. AP raiz ab. raiz/ AP/
desc. desc.
raiz AP

1 42 59 162 1,63 36,2 32 29,3 22,4 23,1 21,5 21,1 1,68 1,39
2 42 83 174 1,98 45 37,5 32 25,1 25,2 24,5 25,9 1,84 1,49
3 42 75 ,163 1.81 35,3 32,9 32,2 27,2 23,5 22,3 24,2 1,58 1,40
4 43 56 160 1,58 26 27,3 26,4 21,5 22,9 20,4 19,2 1,27 1,19
5 43 57 152 1,53 29,8 27,9 24,6 21,5 21,7 21,1 22,3 1,41 1,29
6 43 64 174 1,77 27,9 32,3 29 21,8 25,1 22,9 21,9 1,22 1,29
7 44 56 167 1,62 29,2 26,7 18 17 20,4 19,8 19,8 1,47 1,31
8 44 63 165 1,69 22,5 28,9 27,1 16,1 19,9 18,9 18,9 1,19 1,45
9 44 55 158 1,55 29,8 29,1 25,6 20,5 21,7 21,7 18,6 1,37 1,34
10 45 80 170 1,92 38,5 33,5 28,2 25,3 22,9 33,5 28,5 1,15 1,46
11 47 64 160 1,67 33 30,7 27,4 19,1 20,4 21 20,4 1,57 1,50
12 48 59 150 1,54 34,1 24,8 26,8 21,4 20,4 20,4 19,2 1,67 1,22
13 48 68 160 1,71 39,7 39,1 31,2 21,7 28,5 26 24,2 1,53 1,37
14 49 67 155 1,66 27,8 27,9 25 22,6 23,3 23,9 19,3 1,16 1,20
15 50 72 166 1,72 29,4 30,3 33,3 26,1 24,2 21,1 21,7 1,39 1,25
16 51 48 155 1,44 31,7 30 24,6 21,1 23,6 17,9 21,5 1,77 1,27
17 51 79 160 1,82 34,3 34,7 31,5 26,1 23,9 22,2 23,9 1,55 1,45
18 52 56 155 1,54 25,6 31,8 28,9 29 24,4 22,2 23,9 1,15 1,30
19 52 52 150 1,46 27,3 27,9 24 22,5 29 19 23,3 1,44 0,96
20 52 66 148 1,60 29 28,4 28,4 22,6 21,6 21,6 21 1,34 1,31
21 52 55 155 1,53 38,7 33 29,1 24,4 26,7 23,3 23,9 1,66 1,24
22 53 53 154 1,50 26,7 27,8 26,1 27,2 22,2 20,4 23,9 1,31 1,25
23 54 60 160 1,62 38,4 34,1 30,7 29,4 25,4 23,6 22,3 1,63 1,34
24 55 70 160 1,73 34,1 30,1 19,7 22,1 22,1 21,6 22,1 1,58 1,36
25 56 55 155 1,53 30,7 38,1 24,5 24,1 23,3 23,3 23,9 1,32 1,64
26 57 59 154 1,57 29,5 26,1 25,7 22,8 21,6 18,7 22,1 1,58 1,21
27 57 53 155 1,50 26,7 29,5 20,3 21,2 21,6 21 19,3 1,27 1,37
28 57 58 156 1,57 27,9 33,5 29,8 21,4 20,4 19,9 18,6 1,40 1,64
29 58 50 167 1,55 26,1 31,3 25,7 24,4 21,6 22,7 20,4 1,15 1,45
30 58 42,5 157 1,38 33,5 33,5 30 27,6 26,7 25 23,3 1,34 1,25
31 58 64 155 1,63 40,4 40,9 36 29,2 26,8 26,7 25,2 1,51 1,53
32 58 36 120 1,06 40,9 38,7 34,4 27,3 24,4 24,4 25,6 1,68 1,59
33 58 71 150 1,66 34,7 36,4 21.9 26,1 25 27,3 24 1,27 1,46
34 59 70 157 1,71 35 42,5 32,6 24,4 27 26,1 24,3 1,34 1,57
35 59 70 170 1,81 34,1 37,2 33,8 28,6 39,4 24,8 27,3 1,38 0,94
36 60 53 162 1,55 38 36,9 28,8 25,5 28,9 23,5 32,4 1,62 1,28
37 60 90 160 1,93 32,4 38,7 27,6 25,8 23,9 34,3 25,6 0,94 1,62

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 79

Tabela 25 - Medidas dos diâmetros da aorta abdominal (em mm), peso, altura,
superfície corpórea (em m2) em mulheres de 41 a 60 anos de idade.
n° idade P(kg) h(cm) Sp. crp. AoAMS A o his. A o bif. Ao Ao
rens. AMS/Ao hls.rens./
bif. A o bif

1 42 45,5 156 1,42 22,9 16,7 12,1 1,89 1,38


2 42 75 163 1,81 18,6 17,3 16,7 1,11 1,04
3 43 56 160 1,58 19,8 16,1 15,5 1,28 1,04
4 43 57 =. 152 1,53 18 14,9 13,6 1,32 1,10
5 44 62 167 1,70 17,4 17,6 17,6 0,99 1,00
6 44 55 158 1,55 16,7 15,5 15,5 1,08 1,00
7 45 42 152 1,34 19,3 10,2 13,6 1,42 0,75
8 45 44 158 1,41 19,9 16,2 19,2 1,04 0,84
9 47 64 160 1,67 19,3 14,7 15,3 1,26 0,96
10 48 70 167 1,79 19,8 17,8 17,3 1,14 1,03
11 48 59 150 1,54 18,6 15,5 11,7 1,59 1,32
12 48 77 176 1,93 19,1 19,1 19,2 0,99 0,99
13 49 75 160 1,78 19,8 19,2 18 1,10 1,07
14 49 50 150 1,43 20,4 14,2 11,3 1,81 1,26
15 50 58 164 1,63 18,1 16,1 15,5 1,17 1,04
16 50 * 72 156 1.72 22 18,6 14,3 1,54 1,30
17 50 60 152 1,56 20,4 15,9 14,7 1,39 1,08
18 50 71 168 1,81 22,3 16,7 11,1 2,01 1,50
19 50 67 153 1,65 22,3 14,2 13 1,72 1,09
20 52 56 155 1,54 20,4 17 19,4 1,05 0,88
21 52 66 148 1,60 21,6 15,9 15,9 1,36 1,00
22 52 55 155 1,53 22,1 19,9 18,2 1,21 1,09
23 53 58 158 1,58 21,1 19,2 15,5 1,36 1.24
24 55 59 164 1,64 24,2 21,7 16,1 1,50 1,35
25 56 55 155 1,53 19,8 18 18 1,10 1,00
26 56 65 159 1,67 22,2 17 14,2 1,56 1,20
27 57 55 150 1,49 24,2 29,6 18,6 1,30 1,59
28 57 63 157 1,63 22,4 21,7 14,9 1,50 1,46
29 58 50 167 1,55 20 14,7 10,3 1,94 1,43
30 58 42,5 157 1,38 25 16,5 15,3 1,63 1,08
31 58 36 120 1,06 23,9 18,2 16,5 1,45 1,10
32 58 71 150 1,66 25 23,3 23,3 1,07 1,00
33 59 70 157 1,71 20,8 15,5 14,2 1,46 1,09
34 60 75 157 1,76 28,5 17,3 16,7 1,71 1,04
35 60 53 162 1,55 19,8 18,6 18 1,10 1,03

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 80

Tabela 26 - Medidas dos diâmetros da aorta torácica (em mm), peso, altura e
superfície corpórea (em m2) em homens de mais de 60 anos de idade
(Continua),
n ida P h sp. ase. ase. j.ant. j.post desc. desc. tr.tor. ase. raiz/ asc.AP/
de (kg) (cm) crp. raiz AP cr. .cr. AP raiz ab. desc. raiz desc.AP
1 61 62 163 1,67 32,2 36,8 29,3 22,8 34,8 25,3 25,9 1,27 1,06
2 61 65 165 1,72 21 36,4 31,3 25,8 23,3 23,9 24,6 0,88 1,56
3 61 100 179 2,19 34,1 40,9 38,3 32,8 34,8 32,1 32,1 1,06 1,18
4 61 87 178 2,05 33,5 29,1 29,4 24,7 22,3 29,4 29 1,14 1,30
5 61 55 160 1,56 42,9 44,8 29,6 32,9 33,1 27,3 26,3 1,57 1,35
6 62 105 173 2,18 33,4 44,3 40 28,9 29,3 31,4 26,6 1,06 1,51
7 62 77 165 1,84 37,8 37,8 27,6 29,7 31 33,4 34,1 1,13 1,22
8 62 59 163 1,63 34,1 36 27,6 26,5 26,6 24,8 25,4 1,38 1,35
9 63 62 168 1,70 39,8 39,8 27,8 26,5 25 31,3 24 1,27 1,59
10 63 60 163 1,64 35,8 34,7 29,2 28,3 26,7 26,7 25,6 1,34 1,30
11 64 65 171 1,76 44,4 37,6 28,4 29,8 30,7 27,3 30,7 1,63 1,22
12 64 72 170 1,83 30,7 34,1 32,3 31,1 30 27,3 25,2 1,12 1,14
13 64 69 181 1.88 34,1 36,2 30,4 28,1 32,1 29,3 30,7 1,16 1,13
14 64 84 183 2,06 32,7 37,5 27 27,6 25,2 26,6 25,2 1,23 1,49
15 64 64 163 1,69 41,6 32,9 27,2 27,1 24,2 24,8 24,8 1,68 1,36
16 64 70 .. 174 1,84 35,3 35,3 26,7 28 27,9 29,1 26,6 1,21 1,27
17 64 77 173 1,91 38,2 38,9 35 27,4 32,1 30,3 25,3 1,26 1,21
18 65 46 150 1,38 30,2 30,7 22,4 22,9 25 28,5 26,2 1,06 1,23
19 65 62 170 1,72 34,1 36,6 25,6 28,5 27,3 27,3 27,9 1,25 1,34
20 65 74 175 1,89 32,9 35,4 29,1 29,2 30,5 31 29,8 1,06 1,16
21 65 81 169 1,92 42,4 47,2 31,4 28,5 25,9 36,8 47 1,15 1,82
22 65 69 178 1,86 43,4 42,8 29,8 32,9 32,3 32,9 29,8 1,32 1,33
23 66 69 179 1,87 36 36 18,4 27,2 21,1 22,9 22,9 1,57 1,71
24 66 46 150 1,38 28,4 31,8 23,7 22 6 27,3 27,8 27,8 1,02 1,16
25 66 58 168 1,66 39,6 44,3 33,6 28,8 31,4 30,7 30 1,29 1,41
26 66 66 175 1,80 36 36,6 38,1 26,8 29,1 31 31,6 1,16 1,26
27 66 50 170 1,57 33,4 32,7 31,2 28,6 28 30,7 25,9 1,09 1,17
28 66 81 178 1,99 37,5 35,5 29,9 28,8 26,6 26,6 26,6 1,41 1,33
29 66 69 169 1,79 41 38,1 26,1 26,1 24,2 29,1 22,9 1,41 1,57
30 66 65 181 1,84 38,3 35,5 31,6 28 28,6 28 30,7 1,37 1,24
31 66 87 164 1,93 45,3 39,7 34,9 33,8 31,3 34,7 26,1 1,31 1,27
32 67 65 169 1,75 27,3 31 31 34 34,7 27,9 22,1 0,98 0,89
33 67 45 146 1,34 37,5 52,3 34,4 28,6 24,4 21,6 28,4 1,74 2,14
34 67 79 168 1,89 33,4 41,6 33,8 31,7 27,3 29,4 28 1,14 1,52
35 67 50 168 1,56 29,8 30,4 25 30 26 27,9 25,4 1,07 1,17
36 68 51,2 160 1,52 31,8 34,1 24,6 24,2 25 26,1 26,7 1,22 1,36
37 68 70 160 1,73 49,5 38,2 29,9 31,2 29,3 34,2 37,9 1,45 1,30
38 68 73 165 1,80 33,5 38,4 32,8 35,6 48,4 41,6 37,2 0,81 0,79
39 68 77 169 1,88 38,9 40,2 35,2 34,6 28 29,3 30,7 1,33 1,44

Cláudio Luiz Lucarelii Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 81

Tabela 26 - Medidas dos diâmetros da aorta torácica (em mm), peso, altura e
superfície corpórea (em m2) em homens de mais de 60 anos de idade
(Continuação).
n° ida P h sp. ase. ase. j.ant. j.post desc. desc. tr.tor. ase. raiz/ ase. AP/
de (kg) (cm) crp. raiz AP cr. .cr. AP raiz ab. desc. raiz desc.AP

40 68 70 170 1,81 42,8 42,8 38,6 29,1 29,8 28,5 30,4 1,50 1,44
41 68 78 176 1,94 36,8 40,9 35,4 29,1 27,3 28 31,4 1,31 1,50
42 69 55 175 a 1,67 36,1 36,8 24,5 23,1 27,3 26,7 26,9 1,35 1,35
43 69 111 168 2,18 31,4 34.1 22,4 25,7 28 25,9 23,9 1,21 1,22
44 69 51 156 1,49 38,1 33 28,9 26,7 26,7 25 26,1 1,52 1,24
45 69 70 170 1,81 34,1 33,4 30,5 28,5 25,9 29,3 25,3 1,16 1,29
46 69 58 164 1,63 31,3 30,1 26 24,6 26,7 34,1 24,4 0,92 1,13
47 69 58 172 1,68 38,5 37.2 26,5 28,6 26 31,2 21,7 1,23 1,43
48 71 68 162 1,73 46,6 49,9 45,8 27,9 27,3 28,5 27,3 1,64 1,83
49 71 70 174 1,84 56,8 45,6 34,4 34,7 31,6 33,5 30,7 1,70 1,44
50 72 65 160 1,68 38,9 34,8 30,3 36,1 31,2 30 26,6 1,30 1,12
51 72 70 180 1,89 47 44,6 31,5 27,1 30,2 31,4 33,3 1,50 1,48
52 72 76 170 1.87 34,2 33,5 30,8 29,2 26,7 24,8 26 1,38 1,25
53 72 86 178 2,04 37,2 38 33,2 27,8 29 27,5 29 1,35 1,31
54 72 92 *' 181 2.13 30,4 34,7 32,4 28,7 31,1 26 26,7 1,17 1,12
55 72 67 168 1,76 44,1 43,4 32,9 29,4 28,5 41 29,1 1,08 1,52
56 73 65 170 1,75 36 36 31,6 27,2 28,5 26,7 29,4 1,35 1,26
57 73 92 173 2,06 32,8 40,9 35,2 28,8 30 25,9 27,3 1,27 1,36
58 73 53 167 1,59 33,9 43,1 31,6 26,5 27,3 22,9 25,5 1,48 1,58
59 74 62 160 1,64 40,9 43,7 34,6 26,2 25,2 24,5 25,9 1,67 1,73
60 74 70 168 1,79 43,2 43,7 27,1 30,8 33,4 30 29,5 1,44 1,31
61 75 70 170 1,81 38,4 36 35,9 27,4 29,5 30,3 30,3 1,27 1,22
62 77 69 165 1,76 34,1 33,5 28,1 33,8 39,5 29,4 27,9 1,16 0,85
63 77 60 175 1,73 36 34,1 33 29,9 28,5 27,9 30,4 1,29 1,20
64 78 83 172 1,96 34,1 40,9 31,4 27,8 24,5 24,5 25,2 1,39 1,67
65 79 62 160 1,64 43,2 40,4 35,2 36,4 37 37 42,1 1,17 1,09
66 79 53 160 1,54 34,1 36,6 30,1 30,5 24,2 25,4 24,2 1,34 1,51
67 79 68 169 1,78 37,6 39,1 29,1 28,4 26,6 37,8 30,1 0,99 1,47
68 80 78 172 1,91 41,6 36,1 30,1 37,9 30 32,7 30,7 1,27 1,20
69 80 55 157 1,54 45,3 42,2 33,2 32,9 27,9 29,8 30,4 1,52 1,51
70 81 55 165 1,60 37,2 35,3 31,5 30,1 29,8 24,7 28,6 1,51 1,18
71 84 79 160 1,82 40,2 32,7 31,5 33,1 30 29,3 28 1,37 1,09
72 84 79 178 1,97 46,4 48,4 41,5 34,5 36,1 31,4 33,4 1,48 1,34

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 82

Tabela 27 - Medidas dos diâmetros da aorta abdominal (em mm), peso, altura e superfície
corpórea (m2)) em homens de mais de 60 anos de idade.
n° idade P(kg) h(cm) sp.crp. AoAMS A o hls. A o bif. Ao AMA/ Ao hls.rens/Ao
rens. Ao bif. bif.
1 61 87 173 2,01 23,8 22,3 20,1 1,18 1,11
2 61 87 178 2,05 20,1 20,8 19,3 1,04 1,08
3 61 55 160 1,56 23,8 20,9 16,5 1,44 1,27
4 62 87 167 1,96 24,5 23,9 30,1 0,81 0,79
5 63 62 168 1,70 22,5 17 17 1,32 1,00
6 64 64 ' 170 1,74 22,9 14,9 14,9 1,54 1,00
7 64 69 181 1,88 21,1 24,5 20,5 1,03 1,20
8 64 84 183 2,06 23,3 19,8 19 1.23 1,04
9 64 77 173 1,91 25,9 23,9 19 1,36 1,26
10 65 70 170 1,81 26,6 26 21,7 1,23 1,20
11 65 59 164 1,64 24,1 25,5 19,2 1,26 1,33
12 66 65 165 1,72 28 28 23,2 1,21 1,21
13 66 69 179 1,87 19,2 18 18,6 1,03 0,97
14 66 55 165 1,60 21 18,7 13,6 1,54 1,38
15 66 66 175 1,80 28 22,4 20 1,40 1,12
16 66 70 172 1,83 21,1 21,1 19,9 1,06 1,06
17 66 86 169 1,97 23,3 19,9 16,4 1,42 1,21
18 66 75 172 1,88 29,8 24,8 20,4 1,46 1,22
19 66 69 169 1,79 23,6 18 12,4 1,90 1,45
20 66 56 165 1,61 27,9 21,1 17,4 1,60 1.21
21 66 83 190 2,11 34,2 27,5 29,3 1,17 0,94
22 68 70 165 1,77 26 23,5 21,7 1,20 1,08
23 68 73 165 1,80 30,4 24,2 27,3 1,11 0,89
24 68 77 169 1,88 28 24,5 19,8 1,41 1,24
25 68 50 155 1,47 22,2 15,3 17,6 1,26 0,87
26 69 72 173 1,85 26,6 24,2 18 1,48 1,34
27 69 70 170 1,81 24,5 18 16,5 1,48 1,09
28 69 85 179 2,04 30 23,9 21,8 1,38 1,10
29 72 65 160 1,68 23,9 23,2 21,1 1,13 1,10
30 72 70 170 1,81 29,1 24,8 20,4 1,43 1,22
31 72 86 178 2,04 23,9 27,3 14,3 1,67 1,91
32 73 65 170 1,75 26,1 22,9 18 1,45 1.27
33 74 62 160 1,64 21,1 19,2 18,4 1,15 1,04
34 74 63 160 1,66 27,3 25,2 21,1 1,29 1,19
35 77 69 165 1,76 31,6 22,9 17,4 1,82 1,32
36 79 68 169 1,78 28 25,2 19,8 1,41 1,27
37 80 78 172 1,91 26,6 23,9 18,4 1,45 1,30
38 80 49 162 1,50 24,2 23,5 21,1 1,15 1,11
39 81 65 170 1,75 25,4 24,8 21,7 1,17 1,14
40 84 79 160 1,82 27,3 23,9 23,2 1,18 1,03

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 83

Tabela 28 - Medidas dos diâmetros da aorta torácica (em mm), peso, altura e
superfície corpórea ( em ml) de mulheres de mais de 60 anos de idade.

n° idade P h sp ase. asc.A j.ant. j.pt. desc. desc. tr.tor. ase. raiz/ asc.AP/
(kg) (cm) crp. raiz P cr. cr. AP raiz ab desc. raiz desc.AP
1 61 52 156 1,50 39,8 33 27,4 21,7 22,7 22,1 22,7 1,80 1,45
2 61 60 150 1,55 26,7 32,4 29,7 27,9 25,6 23,9 25,6 1,12 1,27
3 63 63 150 1,58 33,5 31,5 26,5 25 25 25 22,2 1,34 1,26
4 64 57 155 1,55 31,9 34,1 17,5 19,9 22,8 22,7 20,4 1,41 1,50
5 65 63 157 1,63 28,5 31,6 30,3 28,3 24,8 24,8 23,6 1,15 1,27
6 65 60 160 1,62 28,4 29,6 24,4 22,1 22,3 19,1 23,1 1,49 1,33
7 65 57 168 1,64 27,9 29,8 31,8 31,8 24,3 22,3 22,9 1,25 1,23
8 65 60 168 1,68 35,2 36,4 29,8 24,3 23,3 20,4 19,9 1,73 1,56
9 65 70 162 1,75 35,5 37,8 30 28,1 23,5 30 21,7 1,18 1,61
10 65 55 150 1,49 38,4 37,2 31,8 27,4 27,3 26,6 23,6 1,44 1,36
11 66 70 155 1,69 35,3 33,6 22,7 28,8 22,3 26,7 23,3 1,32 1,51
12 67 71 150 1,66 36,1 33,4 30,5 28,4 24,6 26,6 25,2 1,36 1,36
13 67 65 175 1,79 31 34,1 29,3 30,3 28.5 29,8 26,7 1,04 1,20
14 67 50 150 1,43 40,4 36,4 29,4 30,6 28,4 27,8 28,4 1,45 1,28
15 67 6? 155 1,61 40,4 41,6 34,7 25,7 28,1 29,2 24,8 1,38 1,48
16 67 59 152 1,55 40,4 36,9 28,3 29,3 26,6 25,6 22,2 1,58 1,39
17 69 43 143 1,30 33 34,1 30,5 22,7 23,3 22,7 23,3 1,45 1,46
18 69 70 165 1,77 39,9 34,9 31,7 26,8 24,1 26,2 29,9 1,52 1,45
19 70 62 160 1,64 35,8 35,8 28,2 30,1 27,8 26,1 27,9 1,37 1,29
20 71 49 150 1,42 27,8 34,4 32,3 25,3 25,6 23,9 22,3 1,16 1,34
21 71 53 165 1,57 32,4 34,7 22,5 25,1 26,7 27,3 26,1 1,19 1,30
22 71 68 152 1,65 27,3 34,7 28,1 25.5 24,4 22,7 22,2 1,20 1,42
23 73 42,5 142 1,28 38,7 29,5 28 :;2,2 22,7 20,5 23,3 1,89 1,30
24 73 57 163 1,61 22,7 27,3 27 21,1 27,3 21,6 20,4 1,05 1,00
25 74 68 150 1,63 34,7 32,2 27,2 25,4 27,3 24,2 24,8 1,43 1,18
26 75 49 162 1,50 31,8 33 28,2 25,7 25,1 23,3 25 1,36 1,31
27 78 54 155 1,52 37,5 42,2 29 29,3 29,6 31,3 25,1 1,20 1,43
28 79 66 156 1,66 36,9 38,7 33,4 27,8 29,6 29,6 25,6 1,25 1,31
29 80 60 160 1,62 40,3 45,3 38,1 30,8 29,8 31 28,5 1,30 1,52
30 81 55 150 1,49 38,1 43,8 33 29,5 27,8 33 23,3 1,15 1,58
31 82 40 150 1,30 42,1 39,8 29,8 32,6 30,1 30,1 30,7 1,40 1,32
32 83 60 162 1,64 38,5 39,1 33 32,8 33 26,5 29,2 1,45 1,18
33 83 43,7 153 1,37 30,4 38,6 22 25,7 29,2 23,1 24,2 1,32 1,32
34 85 54 160 1,55 31 31 26,9 31,1 26,6 26,6 24,2 1,17 1,17

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia... 84

Tabela 29 - Medidas dos diâmetros da aorta abdominal (em mm), peso, altura e
superfície corpórea (em m2) de mulheres de mais de 60 anos de idade.
n° idade P(kg) h(cm) Sp. crp.. AoAMS Ao Ao bif. Ao A o hts.
hls.rens. AMS/Ao rens./Ao
bif. bif.

1 64 57 155 1,55 20,1 19,3 18,7 1,07 1,03


2 65 63 157 1,63 21,1 18 14,2 1,49 1,27
3 65 60 160 1,62 15,4. 15,8 15,8 0,97 1,00
4 65 116 156 2,11 29,2 18,6 18 1,62 1,03
5 65 55 150 1,49 21.7 16.7 18,6 1.17 0,90
6 66 63 160 1,66 29,3 15,9 14,3 2,05 1,11
7 67 71 150 1,66 24.6 18,4 12,9 1,91 1,43
8 67 65 175 1.79 24,2 22,3 21,1 1,15 1,06
g 67 62 155 1,61 26,7 22,3 23.6 1,13 0,94
10 68 65 170 1,75 24,8 20,4 16,1 1,54 1,27
11 69 43 143 1,30 21,6 17 15.9 1,36 1.07
12 69 70 172 1,83 22,3 18,1 10,5 2,12 1,72
13 73 42,5 142 1,28 17,9 18,6 15,3 1,17 1,22
14 73 60 156 1,59 27,3 26,8 16,5 1,65 1,62
15 74 . 68 150 1,63 26,6 17,3 16,7 1,59 1,04
16 75 51 156 1,49 23,3 19,9 17 1.37 1,17
17 75 49 162 1,50 22,7 18,7 12,5 1,82 1.50
18 75 68 170 1,79 26,1 21 14,2 1,84 1,48
19 77 45 150 1,37 21 19,4 18,9 1,11 1,03
20 79 60 160 1,62 26,9 27,6 18,4 1,46 1,50
21 93 49 150 1,42 18,4 17 13,6 1,35 1,25

Cláudio Luiz Lucarelli Anexos


8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Cláudio Luiz Lucarelli Referências bibliográficas


SUMMARY
Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia

I The study was undertaken to evaluate, through computerized

tomography, the diameters of the normal thoracic and abdominal aorta, as

well as how they are connected to gender, age and body surface area; and

the ratio between measurements obtained at the ascending and descending

limbs of the thoracic aorta, and between the abdominal aortic diameters. For

that reason, we measured the widest anteroposterior diameters of the

thoracic aortas at the levels of the arch, the root, the pulmonary artery, and

the thoracic-abdominal transition, as well as at the level of the emergence of

the superior mesenteric artery, of the renal hila and just cephalad to the

bifurcation of the abdominal aortas of 350 patients without cardiovascular

diseases who had undergone computerized tomography of the thorax and/or

abdomen for any other reasonsj After classifiyng them according to gender

and age group (20 to 40 years, 41 to 60 years, and older than 60 years) we

calculated the mean diameters and standard deviations, and determined the

ratios between the ascendent and descendent thoracic aortic diameters at

the level of the root and the pulmonary artery, and of the abdominal aorta at

the level of the emergence of the superior mesenteric artery and at the level

of renal hila, with the diameter measured just cephalad to the bifurcation.

Observation and statistic analyses led us to conclude that: 1) both the

thoracic and abdominal aortic diameters are reduced from their proximal to

their distal portions; 2) the body surface influences the size of the aorta,

although only extreme variations alter the vessel's caliber; 3) vessel

diameter was observed to gradually increase with age; 4) men were found to

Cláudio Luiz Lucarreli Summary


Avaliação dos diâmetros normais da aorta torácica e abdominal pela tomografia

have larger diameters than age matched women; 5) the ratio between the

ascending and descending aortic diameters varies according to gender and

age; 6) the relations between abdominal aortic diameters measured at the

level of renal hila and cephalad to the bifurcation are independ from gender

and age. But, the relation between those measured at the level of the

superior mesenteric artery and cephalad to the bifurcation are linked to

gender, but not to age.

Cláudio Luiz Lucarreli Summary

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