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ANATOMIA DOS PULMÕES E ÁRVORE BRONQUIAL

Os pulmões são órgãos exclusivos do sistema respiratório que realizam a ventilação, ou seja, a
entrada e saída de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares. Os alvéolos por meio de difusão realizam
a troca de gases com os capilares sanguíneos, a hematose. O sangue renova os gases nesta interface
sistema respiratório/sistema circulatório. Em número de dois, os pulmões estão localizados em cada lado da
caixa torácica, ocupando totalmente as cavidades pulmonares, estão separados entre si pelo mediastino e
seu conteúdo. São envolvidos pelos sacos pleurais e nos viventes saudáveis são brilhantes, macios,
esponjosos, leves e elásticos, com capacidade de retração a um terço do tamanho original quando a
cavidade torácica é aberta.

O pulmão direito é maior e mais pesado que o pulmão esquerdo, além de ser mais curto, já que a
cúpula diafragmática direita é elevada devido à relação com o lobo hepático direito, este pulmão (direito) é
também mais largo, pois o coração e pericárdio se salientam para esquerda, dessa maneira, o volume do
pulmão esquerdo é cerca de 10% menor que o do direito.

Ambos os pulmões são cônicos e apresentam um ápice, uma base, três faces (costal, mediastinal e
diafragmática), três margens (anterior, inferior e posterior), o pulmão direito apresenta três lobos, enquanto o
esquerdo apenas dois. A divisão em lobos é feito por meio de fissuras, duas no pulmão direito e uma no
esquerdo.

O ápice é a extremidade superior e arredondada do pulmão, está relacionado com a cúpula da


pleura, pode ser examinado por ausculta ou percussão acima do terço medial da clavícula, pois o ápice
atravessa a abertura superior do tórax. O ápice do pulmão direito é menor que o do pulmão esquerdo e está
mais próximo da traquéia. Isto explica por que o som da percussão do ápice direito pode ser mais alto e
menos ressonante do que o produzido pela percussão do esquerdo.

A base é a superfície inferior do pulmão que está apoiada na cúpula do músculo diafragma (face
diafragmática), ela é oposta ao ápice.

O pulmão direito é dividido em três lobos por fissuras. A fissura obliqua direita, separa o lobo
superior e médio do lobo inferior, enquanto a fissura horizontal separa o lobo superior do lobo médio.
Entre um lobo e outro, na região profunda das fissuras, encontramos as faces interlobares, a superfície de
um lobo que se relaciona com a superfície do lobo adjacente. A margem anterior do pulmão direito é
praticamente reta, esta margem corresponde aproximadamente a margem anterior da pleura.

O pulmão esquerdo é divido apenas em dois lobos, o lobo superior que está separado do lobo inferior
pela fissura oblíqua esquerda. Da mesma forma que no direito encontramos a face interlobar. A margem
anterior deste pulmão apresenta um pequeno desvio para esquerda em relação à margem anterior da pleura,
a denominada incisura cardíaca, o tamanho desta incisura não é conhecido em viventes. Entre esta incisura
e a fissura obliqua, encontramos no lobo superior um processo estreito denominado de língula do pulmão
esquerdo.

Os pulmões de um cadáver preparado e fixado para estudos, geralmente são firmes ao toque e
apresentam impressões causadas pelas estruturas adjacentes a eles, como as costelas, o coração e os
grandes vasos. Estas impressões fornecem indicações das relações existentes entre os pulmões e estruturas
adjacentes, mas somente a impressão cardíaca do pulmão esquerdo é observada em viventes.

A face costal do pulmão é extensa, lisa e convexa. É a superfície pulmonar relacionada às costelas,
cartilagens costais e osso esterno. Estende-se da margem posterior até a margem anterior. A face costal
une-se à face mediastinal anteriormente e posteriormente pelas margens anterior e posterior,
respectivamente, e com a face diafragmática pela margem inferior. A parte posterior da face costal está
relacionada aos corpos das vértebras da região torácica da coluna vertebral, por isto é denominada de parte
vertebral da face costal.
A face mediastinal do pulmão é côncava e está relacionada com o mediastino. Nela são
encontradas impressões causadas pelo coração, esôfago e veia ázigo. A impressão cardíaca é mais
pronunciada da face mediastinal do pulmão esquerdo, pois os 2/3 do coração estão à esquerda da linha
mediana. Encontra-se nesta face o hilo do pulmão, uma área cuneiforme pela qual entram e saem
estruturas que formam a raiz do pulmão.

O hilo do pulmão é cercado pela continuidade das lâminas visceral e parietal da pleura, a bainha
pleural. Inferior à raiz do pulmão, essa continuidade entre pleura visceral e pleura parietal formam o
ligamento pulmonar, que se estende entre o pulmão e o mediastino, imediatamente anterior ao esôfago.

A face diafragmática do pulmão é côncava, forma a base do pulmão, do pulmão direito sua
concavidade é mais pronunciada devido à relação com o lobo hepático direito sob a cúpula diafragmática. Na
parte lateral e posterior, a face diafragmática é limitada por uma margem fina e aguda (margem inferior) que
se projeta para o recesso diafragmático da pleura.

Os pulmões estão fixos ao mediastino pelas raízes dos pulmões, ou seja, pelos brônquios, vasos
brônquicos associados, artérias pulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de
nervos e vasos linfáticos. Se a raiz for seccionada antes da ramificação do brônquio principal e artéria
pulmonar, sua disposição é a seguinte:

Artéria pulmonar está superior; veia pulmonar superior está anterior; veia pulmonar inferior está
inferior; e brônquio principal no meio do limite posterior com os vasos brônquicos percorrendo posteriormente
os brônquios principais.

ÁRVORE BRONQUIAL

A árvore bronquial inicia-se no ponto em que a traquéia se bifurca nos brônquios principais direito
e esquerdo. A bifurcação da traquéia ocorre ao nível do plano transverso do tórax, uma linha imaginária
que passa entre os corpos de T4 e T5 até o ângulo do esterno.

Cada brônquio principal segue inferolateralmente em direção ao hilo do pulmão correspondente e


constituir, juntamente com os vasos pulmonares, nervos e vasos linfáticos, a raiz do pulmão. Os brônquios
apresentam diferentes características anatômicas um em relação ao outro.

Como a traquéia está à direita do plano sagital mediano, o brônquio principal direito é basicamente a
continuação dela, por isso o brônquio é mais vertical que o esquerdo, assim a cânula do ventilador mecânico
tem que estar cerca de 3 cm acima da Carina da traquéia, para que não ocorra ventilação seletiva do pulmão
direito, além de maior tendência de objetos aspirados irem mais para o pulmão direito. Por sua posição e
pelo pulmão direito estar mais próximo ao plano sagital mediano, o brônquio direito é relativamente curto,
mede cerca de 3 cm de comprimento. O pulmão direito é maior que o esquerdo, o que faz com que o calibre
do brônquio principal direito ser maior que o brônquio principal esquerdo.

O brônquio principal esquerdo então possui o calibre menor que o direito, é mais horizontalizado e
com maior comprimento, pois atravessa o plano mediano para alcançar o hilo do pulmão esquerdo, este
brônquio mede cerca de 5 cm de comprimento, passa inferior ao arco da aorta e anteriormente ao esôfago e
à parte torácica da aorta.

Cada brônquio principal (primário) ramifica-se em brônquios lobares (secundários). O brônquio


principal direito ramifica-se em brônquio lobar superior (para o lobo superior), brônquio lobar médio (para
o lobo médio) e brônquio lobar inferior (para o lobo inferior). O brônquio principal esquerdo ramifica-se em
brônquio lobar superior (para o lobo superior) e brônquio lobar inferior (para o lobo inferior). Os
brônquios lobares ramificam-se em brônquios segmentares (terciários), que suprem os segmentos
broncopulmonares. O termo segmento broncopulmonar é aplicado aos maiores segmentos de um lobo. São
segmentos piramidais do pulmão, com seus ápices voltados para a raiz do pulmão e suas bases na
superfície pleural; são separados dos segmentos adjacentes por septos de tecido conjuntivo, estes septos
impedem a difusão do ar de um segmento cujo brônquio tenha sido bloqueado; os segmentos são supridos
independentemente por um brônquio segmentar e um ramo arterial pulmonar segmentar; são denominados
de acordo com o brônquio segmentar que os supre; a drenagem venosa dos segmentos broncopulmonares é
realizada por partes intersegmentares das veias pulmonares que estão situadas no tecido conjuntivo
interposto (drenagem de segmentos adjacentes); são clinicamente e cirurgicamente são importantes, pois as
afecções pulmonares podem se localizar em um segmento broncopulmonar ou limitar-se a ele, ou seja, é
possível fazer a remoção cirúrgica de um segmento sem afetar os segmentos adjacentes a ele.

Os segmentos broncopulmonares têm uma denominação internacionalmente aceita, muito embora


sejam freqüentes as variações. De acordo com a terminologia anatômica internacional de 2001, traduzida
para o português pela Comissão de Terminologia Anatômica (CTA) e a Sociedade Brasileira de Anatomia
(SBA) os segmentos broncopulmonares são:

PULMÃO DIREITO:

Lobo Superior:
Segmento apical (SI)
Segmento posterior (SII)
Segmento anterior (SIII)

Lobo Médio:
Segmento lateral (SIV)
Segmento medial (SV)

Lobo inferior:
Segmento superior (SVI)
Segmento basilar medial (SVII)
Segmento basilar anterior (SVIII)
Segmento basilar lateral (SIX)
Segmento basilar posterior (SX)

PULMÃO ESQUERDO

Lobo superior:
Segmento apicoposterior (SI + II)
Segmento anterior (SIII)
Segmento lingular superior (SIV)
Segmento lingular inferior (SV)

Lobo Inferior:
Segmento superior (SVI)
Segmento basilar medial (SVII)
Segmento basilar anterior (SVIII)
Segmento basilar lateral (SIX)
Segmento basilar posterior (SX)

Além dos brônquios segmentares (terciários), há 20 a 25 gerações de bronquíolos condutores que


terminam como bronquíolos terminais, os menores bronquíolos condutores. A parede dos bronquíolos
condutores não tem cartilagem, estes transportam ar, mas não possuem glândulas nem alvéolos. Cada
bronquíolo terminal dá origem dá diversas gerações de bronquíolos respiratórios, que possuem extensões
de sua luz, os alvéolos pulmonares. O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no
pulmão. Devido a presença de alvéolos os bronquíolos respiratórios, além de conduzirem o ar, também
realizam a troca gasosa com o capilar. Cada bronquíolo respiratório dá origem a 2-11 ductos alveolares, e
cada um origina 5-6 sacos alveolares, nos quais se abrem grupos de alvéolos pulmonares. Novos alvéolos
continuam a se desenvolver até cerca de 8 anos de idade, período em que já aproximadamente 300 milhões
de alvéolos, o que garante uma área de troca gasosa de cerca de 70 a 100 m2.

O pulmão é um órgão com dupla irrigação, ou seja, o sangue que deve ser oxigenado é conduzido
pelas artérias pulmonares, oriundas da bifurcação do tronco pulmonar, mas o tecido pulmonar é nutrido pelas
artérias bronquiais, ramos da aorta.

As artérias bronquiais irrigam o parênquima pulmonar e terminam em capilares nos brônquios até
os bronquíolos respiratórios. Entretanto, a drenagem venosa destas áreas é feita por veias que desembocam
no sistema vascular pulmonar, até mesmo nos capilares alveolares. Deste modo, a maior parte do sangue
venoso retorna pelas veias pulmonares, mesmo que seja distribuído pelas artérias bronquiais. As veias
bronquiais drenam somente o sangue venoso proveniente das primeiras divisões dos brônquios para as
veias ázigos, hemiázigos ou intercostais posteriores.

As artérias pulmonares direita e esquerda, originadas do tronco pulmonar no nível do ângulo do


esterno, conduzem sangue pouco oxigenado aos pulmões para oxigenação. As artérias pulmonares
ramificam-se de forma análoga aos brônquios principais, ou seja, em artérias lobares e segmentares. Sendo
assim, as artérias e brônquios formam pares no interior do pulmão, com ramificações simultâneas e trajetos
paralelos. Conseqüentemente cada lobo é suprido por um par formado por um brônquio lobar e uma artéria
lobar. Cada segmento broncopulmonar receberá seu suprimento de gás e sangue por uma artéria e um
brônquio segmentar. As artérias estão posicionadas anteriormente em relação aos brônquios
correspondentes.

A drenagem do sangue já oxigenado no pulmão é realizada por veias que possuem trajetos
independentes do trajeto das artérias e brônquios no pulmão. Estas veias seguem entre os segmentos
broncopulmonares adjacentes e recebem sangue do trajeto e direção ao hilo. Do hilo emergem as veias
pulmonares direitas e esquerdas. De cada lado temos uma veia pulmonar superior e outra inferior, que
conduzirão o sangue ao átrio esquerdo do coração.

Os plexos linfáticos pulmonares comunicam-se livremente. O plexo linfático superficial drena o


parênquima pulmonar para os linfonodos broncopulmonares no hilo do pulmão. As estruturas da raiz do
pulmão são drenadas pelo plexo linfático profundo, os vasos linfáticos deste plexo drenam para os
linfonodos pulmonares intrínsecos (ao longo dos brônquios lobares) e depois para os linfonodos
broncopulmonares. Dos linfonodos broncopulmonares a linfa é drenada para os linfonodos
traqueobronquiais superiores e inferiores (em relação à Carina da traquéia). A linfa dos linfonodos
traqueobronquiais segue para os troncos linfáticos broncomediastinais direito e esquerdo, o primeiro se
une com outros troncos linfáticos para constituírem o ducto linfático direito, o tronco linfático esquerdo
termina no ducto torácico. O ducto torácico e o ducto linfático direito se abrem nos respectivos ângulos
venosos (junção da veia jugular interna com a veia subclávia).

Anterior às raízes dos pulmões ramos dos nervos vagos (X par) e do tronco simpático se
anastomosam amplamente para formar os plexos pulmonares, anterior e posterior. As fibras nervosas dos
plexos pulmonares são autônomas. Fibras parassimpáticas vagais inervam o músculo liso e as glândulas
da árvore bronquial, são broncoconstritoras e secretomotoras. As fibras simpáticas inervam os vasos
sanguíneos, músculo liso e glândulas da árvore bronquial, são inibitórias e vasoconstitoras. Há também
presença de fibras aferentes viscerais, relacionadas com reflexos e dores.

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