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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO

JUIZADO ESPECIAL CIVEL DE LONDRINA – ESTADO PARANÁ.

“Honorários dignos, Advogado valorizado,


Cidadão respeitado, uma questão de Justiça!”

LUCIANO JOSÉ BORGO, brasileiro, casado, microempresário,


portador da cédula de identidade RG n. 5.340.553-3/SSPPR, inscrito no CPF/MF
sob o n. 976.107.809-44, residente e domiciliado na rua Guairaçá, 237, na cidade
de Nova Esperança, Estado do Paraná, através de seu advogado que subscreve a
presente, (mandato procuratório em anexo), vem respeitosamente à presença de
Vossa , com fulcro nos arts. 1°, III, 5°, V e X da Constituição Federal, arts. 186,
942 e seguintes do Código Civil, art. 319 do NCPC, art. 101, I da Lei n° 8.072/90
e demais legislações pertinentes propor:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE COBRANÇA c/c REPETIÇÃO DE


INDÉBITO c/c INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face do TIM CELULAR S/A, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ n° 04.206.050/0128-63, com endereço comercial na Rua
Comendador Araújo, nº 299, Centro, Curitiba-PR, CEP nº 80.420-000, pelas
razões a seguir expostas:

1. DOS FATOS.
O autor é cliente da empresa requerida através de contrato
de prestação de serviço de telefonia móvel nº (44) 9801-4899, aderindo ao
plano INFINITY PRÉ.
No entanto Excelência, na vigência do contrato o autor vem
sendo abusivamente e indevidamente cobrada pela requerida de SERVIÇOS
NÃO CONTRATADOS.
Recentemente percebeu no seu detalhamento de consumo a
cobrança dos serviços denominados “VO-TIM PROTECT-
FamíliaPC;0080000300005”, “VO- Axalto-TIMAgenda-Sincroniza;0050000500002”
e “VO-INFINITY RECADO 0070000700004”, cujos serviços nunca
contratou, tanto que desconhece completamente a sua origem e destinação.

Nobre Magistrado, a autora jamais solicitou esse tipo de serviço


(não fez nenhuma ligação, não enviou qualquer mensagem e não assinou qualquer
contrato/autorização) e muito menos sabe o que significam esses serviços!

Compulsando as faturas de consumos dos meses abaixo


descritos, evidencia-se ainda mais as arbitrariedades perpetradas pela ré.
Destaque-se algumas das muitas que constam nos detalhamentos em anexo.

Oportuno esclarecer que a a requerida disponibiliza o


detalhamento de faturas referente aos últimos 180 (cento e oitenta) dias. Portanto,
sem dúvida alguma tais cobranças vêm sendo feitas há muito mais tempo e por ser
hipossuficiente na relação não tem acesso ao sistema da ré, a autor não consegue
apresentar as demais faturas, o que justifica a inversão do ônus da prova adiante
requerido.
Nesta senda, não é possível identificar nenhum dos serviços que
estão sendo cobrados no referido pacote e o entrar em contato com a ré, não há
esclarecimentos de forma adequada sobre os mesmos e ainda assim as informações
são distintas e distorcidas.

Vale destacar que toda a contratação antecede a oferta do serviço


pelo fornecedor. No caso em tela, a ré nunca ofereceu os serviços denominados
“VO- TIM PROTECT-FamíliaPC;0080000300005”, “VO-Axalto-TIMAgenda-
Sincroniza;0050000500002” e “VO-INFINITY RECADO 0070000700004”, sendo
que o alegado envio de mensagem SMS não atende as condições de oferta
estabelecidas no artigo 31, do Código de Defesa do Consumidor, que dispõe:
“ Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem
assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua
portuguesa sobre suas características qualidades, quantidade, composição, preço,
garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os
riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores”.

A necessidade de informação adequada e clara sobre os diferentes


produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem, é estipulada igualmente no artigo 6º, III, do Código de Processo Civil.

Assim, devido ao insucesso do autor para cessar tais cobranças


indevidas por meio do Call Center, não restou outra alternativa senão
buscar judicialmente a defesa de sus direitos.

Diante do exposto, os serviços denominados “VO-TIM PROTECT-


FamíliaPC;0080000300005”, “VO-Axalto-TIMAgenda-Sincroniza;0050000500002”
e “VO-INFINITY RECADO 0070000700004”, nunca foram ofertados pela ré e nem
foram contratados pelo autor, de modo que a cobrança desses serviços se
revestem de ilegalidades, devendo a conduta abusiva da ré ser repreendida, com a
condenação da mesma ao ressarcimento de todos os danos causados ao
consumidor, sob pena de ferir o disposto no artigo 6º, III, artigo 31, artigo 33, todos
do Código de Defesa do Consumidor.

2. DO INFINITY RECADO.

A empresa TIM dispõe do serviço “INFINITY RECADO” que oferece


acesso à mensagens de voz encaminhadas por terceiros, utilizando-se da
caixa postal, nos formatos de áudio ou texto, sendo neste último caso uma
transcrição. Além disso, permite o armazenamento de recados, a personalização
da sua saudação pessoal e a solicitação de envio de recado deixado por terceiros
em sua caixa postal transcrito em um SMS.
A CONTRATAÇÃO DO SERVIÇO INFINITY RECADO, NOS
PLANOS INFINITY PRÉ, INFINITY CONTROLE, TIM BETA, LIBERTY
CONTROLE E OFERTA LIBERTY CONTROLE
EXPRESS, É NA PERIODICIDADE DIÁRIA, DEVENDO O
CONSUMIDOR LIGAR PARA O NÚMERO *100 OU ENVIAR UM SMS COM A
PALAVRA SIM PARA O NÚMERO 100 PARA CONTRATAR ESSE SERVIÇO.
VALE INFORMAR QUE SÃO AS ÚNICAS FORMAS DE CONTRATAÇÃO,
CONFORME DISPÕE A CLÁUSULA II DO CONTRATO DE ADESÃO DESSE
SERVIÇO, ANEXADA A ESSA EXORDIAL.
No caso sub examine, faz-se oportuno enaltecer que o plano
utilizado é um daqueles acima descritos. Como também que a parte autora não
contratou o serviço INFINITY RECADO na(s) data(s) descriminadas no
detalhamento de consumo e, muito menos, utilizou-se dele, conforme comprova o
próprio detalhamento de consumo de crédito da linha telefônica que contêm, além
de todos os serviços, as chamadas efetivas, os dados utilizados e os SMS enviados
– isto é, nesses relatórios não há ligação para o número *100 ou envio de SMS para
o número 100.
Há de ressaltar ainda, que a requerida enche a caixa de
mensagens do(a) autor(a) com mensagens e mais mensagens, acerca da existência
de recados, pedindo para aguardar que em breve receberá seus recado via sms,
conforme espelho que segue anexos, todavia em nenhum momento conforme
explanado acima, houve qualquer solicitação de tais serviços.
Vale citar a decisão proferida recentemente pela 1ª Turma
Recursal deste estado, que assim, diz:

“TELEFONIA. COBRANÇAS DE SERVIÇOS NÃO


SOLICITADOS. ALEGA O RECLAMANTE A ILEGITIMIDADE DAS
COBRANÇAS A TÍTULO DE ?VO-INFINITY RECADO;
0070000700004? E ? VO-AXALTO -TIM AGENDA-
SINCRONIZA;0050000500002?, PORQUANTO JAMAIS
CONTRATADOS. TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA A FIM DE
SUSPENDER AS COBRANÇAS DOS SERVIÇOS NÃO
SOLICITADOS, NO PRAZO DE CINCO DIAS, SOB PENA DE
INCIDIR EM MULTA DE R$ 50,00, A CADA NOVA COBRANÇA.
RECLAMADA QUE NÃO PRODUZ PROVA CAPAZ DE EXIMI-LA
DO DEVER DE INDENIZAR. SENTENÇA PROCEDENTE QUE
DECLAROU NULA A COBRANÇA DESCRITA NA INICIAL,
CONDENOU A RECLAMADA A PAGAR DE FORMA
DOBRADA OS VALORES EFETIVAMENTE COBRADOS
INERENTES AO SERVIÇO NÃO SOLICITADO, BEM COMO AO
PAGAMENTO DE R$ 3.000,00 A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. INSURGÊNCIA RECURSAL DA RECLAMADA
QUE PUGNA PELA LEGALIDADE NA COBRANÇA DO SERVIÇO
?VO INFINITY RECADO?, A FIM DE QUE SEJAM JULGADOS
IMPROCEDENTES OS PEDIDOS OU, SUBSIDIARIAMENTE, A
REDUÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO. INCIDÊNCIA DO CDC.
INCUMBIA À EMPRESA RECLAMADA DEMONSTRAR A
CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS (INTELIGÊNCIA DO ART. 6º
INC. VIII DO CDC). RECLAMADA QUE NÃO APRESENTOU
QUALQUER DOCUMENTO ASSINADO PELO RECLAMANTE,
NEM CÓPIA DA GRAVAÇÃO DAS LIGAÇÕES QUE PUDESSEM
DEMONSTRAR SUA ANUÊNCIA NA CONTRATAÇÃO DOS
SERVIÇOS COBRADOS. ALÉM DISSO, TAMBÉM NÃO
DEMONSTROU A LICITUDE DA TARIFA NA FATURA DO
RECLAMANTE. EVIDENTE DECEPÇÃO DO CONSUMIDOR
QUE PACTUA COM RENOMADA EMPRESA DE TELEFONIA A
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E RECEBE COBRANÇA DE SERVIÇO
NÃO REGULARMENTE PACTUADO. PRÁTICA ABUSIVA.
OFENSA AO ART. 39, INC. III DO CDC. PRINCÍPIOS DA
BOA-FÉ E CONFIANÇA DESRESPEITADOS PELA COMPANHIA.
COBRANÇA ERRÔNEA QUE PROVOCA NO CONSUMIDOR
DESGASTE DESNECESSÁRIO, JUSTAMENTE PORQUE ESPERA
DA OPERADORA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS CONFORME
DIVULGADOS EM SUAS CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS. FALHA
NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, DEVER DE INDENIZAR
CONFIGURADO, MORMENTE QUANDO SE TRATA DE
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO, A QUEM SE
IMPUTA A RESPONSABILIDADE OBJETIVA, NOS TERMOS
DOS ARTS. 14 E 22 DO CDC. INTELIGÊNCIA DO
ENUNCIADO 1.8 DAS TR?S/PR. QUANTO AO SERVIÇO
INFINIY RECADO, DESTACA-SE QUE AS REGRAS DE
EXPERIÊNCIA COMUM LEVAM A CONCLUIR QUE É FATO
CORRIQUEIRO A REALIZAÇÃO DA COBRANÇA DO SERVIÇO
?INFINITY RECADO? SEM SOLICITAÇÃO OU ATIVAÇÃO
PRÉVIA DO CONSUMIDOR. É COMUM A OPERADORA ENVIAR
MENSAGENS AOS SEUS CLIENTES PARA ACESSAREM O
PORTAL QUE OS LEVA AO SERVIÇO ?INFINITY RECADO? E
QUANDO DO ACESSO DEIXAR DE ADVERTIR A TARIFA
COBRADA PARA A ESCUTA DA GRAVAÇÃO, QUAL SEJA, O
CUSTO NO VALOR DE R$ 0,75 POR DIA DE USO DO SERVIÇO,
BEM COMO DE NÃO DISPONIBILIZAR SISTEMA DE
SEGURANÇA, EXPLICA-SE: NÃO HÁ QUALQUER
NECESSIDADE DE DIGITAR UM NÚMERO NA TELA DO
CELULAR PARA ATIVAÇÃO DO SERVIÇO, BASTA APENAS
CONTINUAR NA LINHA. ASSIM, ALÉM DA RECLAMADA NÃO
OFERECER UM SERVIÇO EFICIENTE E SEGURO,
DESCUMPRE O DIREITO BÁSICO DO CONSUMIDOR À
INFORMAÇÃO PREVISTO NO ART. 6º, INCISO III DO
DIPLOMA CONSUMERISTA. NESTE SENTIDO, O FATO DE
QUE A DESCRIÇÃO DO SERVIÇO ?VO-INFINITY
RECADO? PERMANECE DISPONIBILIZADO NO AMBIENTE
VIRTUAL DA OPERADORA NÃO EXIME A
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA RECLAMADA DE
INFORMAR AOS SEUS CLIENTES O CUSTO DO SERVIÇO DE
FORMA CLARA E ADEQUADA. DANO MORAL
CARACTERIZADO. INDENIZAÇÃO JUSTA. MINORAÇÃO NÃO
ACOLHIDA. MONTANTE INDENIZATÓRIO ESCORREITO, UMA
VEZ QUE ATENDE OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE
E DA PROPORCIONALIDADE, BEM COMO O CARÁTER
PUNITIVO DO INSTITUTO. ADEMAIS, ENCONTRA-SE EM
CONSONÂNCIA COM OS PRECEDENTES DESTA TURMA
RECURSAL. QUANTO AO PLEITO DE AFASTAMENTO DOS
DANOS MATERIAIS, ESTES SÃO DEVIDOS NOS TERMOS DA
SENTENÇA, QUE ENCONTRA-SE EM CONSONÂNCIA COM O
ENTENDIMENTO DESTE RELATOR. QUIS O LEGISLADOR
CONSUMERISTA QUE O FORNECEDOR QUE INDEVIDAMENTE
COBRAR O CONSUMIDOR DEVA SER CONDENADO À
RESTITUIÇÃO EM DOBRO DA QUANTIA. PORTANTO, NÃO HÁ
PREVISÃO LEGAL PARA A NECESSIDADE DE OBSERVAÇÃO DE
MÁ-FÉ DA CONDUTA DAQUELE QUE INDEVIDAMENTE
REALIZA A COBRANÇA, UMA VEZ QUE O SIMPLES ATO EM SI
É PENALIZADO POR SER CONTRÁRIO AOS DITAMES DO CDC.
SENTENÇA QUE DEVE SER MANTIDA NA ÍNTEGRA PELOS
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO, COM CONDENAÇÃO DA RECORRENTE NO
PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS, ESTES QUE ARBITRO EM 20% SOBRE O
VALOR DA CONDENAÇÃO. SERVINDO A PRESENTE COMO
VOTO. UNÂNIME, COM DETERMINAÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE
OFÍCIO À ANATEL, BEM COMO À PROMOTORIA DE JUSTIÇA
DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO ESTADO PARANÁ, PARA OS
DEVIDOS FINS”. (Comarca: Cornélio Procópio. 0009764-
70.2014.8.16.0075/0 (Acórdão) – Relator: Fernando Swain
Ganem. Data: 14/04/2015). Grifo nosso.

No que se refere a tarifa descriminada como VO, vale citar a


recente decisão proferida pela 1ª Turma Recursal do Paraná, em caso idêntico a(o)
da(o) autor(a), vejamos:

“TELEFONIA. COBRANÇA DE SERVIÇO NÃO


SOLICITADO. ALEGA O RECLAMANTE A ILEGITIMIDADE
DAS COBRANÇAS DOS SERVIÇOS DE ?VO ? TIM
PROTECT SEGURANÇA;0080000300002?, PORQUANTO
NÃO SOLICITADOS. ADUZ O RECLAMANTE QUE ALÉM DE
NÃO TER CONTRATADO O REFERIDO SERVIÇO SEQUER TEM
CIÊNCIA DO QUE SE TRATA. RECLAMADA QUE NÃO PRODUZ
PROVA CAPAZ DE EXIMI-LA DO DEVER DE INDENIZAR.
SENTENÇA QUE CONFIRMOU OS EFEITOS DA
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DETERMINANDO QUE A
RECLAMADA SUSPENDA OS DESCONTOS NOS CRÉDITOS
DO RECLAMANTE E DECLAROU INDEVIDA AS COBRANÇAS,
DETERMINANDO O CANCELAMENTO DEFINITIVO. AINDA,
CONDENOU A RECLAMADA A RESTITUIR A QUANTIA DE R$
23,60, JÁ CALCULADA EM DOBRO, E AO PAGAMENTO DE R$
10.000,00 A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
INSURGÊNCIA RECURSAL QUE PUGNA PELO AFASTAMENTO
DOS DANOS MORAIS E MATERIAIS OU PELA MINORAÇÃO
DO VALOR INDENIZATÓRIO. INCUMBIA À EMPRESA
RECLAMADA DEMONSTRAR A CONTRATAÇÃO DOS
SERVIÇOS (INTELIGÊNCIA DO ART. 6º INC. VIII DO CDC).
RECLAMADA QUE NÃO APRESENTOU QUALQUER
DOCUMENTO ASSINADO PELO RECLAMANTE, NEM CÓPIA
DA GRAVAÇÃO DAS LIGAÇÕES QUE PUDESSEM
DEMONSTRAR SUA ANUÊNCIA NA CONTRATAÇÃO DOS
SERVIÇOS COBRADOS. ALÉM DISSO, TAMBÉM NÃO
DEMONSTROU A LICITUDE DA TARIFA NA FATURA DO
RECLAMANTE. EVIDENTE DECEPÇÃO DO CONSUMIDOR
QUE PACTUA COM RENOMADA EMPRESA DE TELEFONIA
A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E RECEBE COBRANÇA DE
SERVIÇO NÃO REGULARMENTE PACTUADO. PRINCÍPIOS
DA BOA-FÉ E CONFIANÇA DESRESPEITADOS PELA
COMPANHIA. COBRANÇA ERRÔNEA QUE PROVOCA
NO CONSUMIDOR DESGASTE DESNECESSÁRIO, JUSTAMENTE
PORQUE ESPERA DA OPERADORA A PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS CONFORME DIVULGADOS EM SUAS CAMPANHAS
PUBLICITÁRIAS. FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS,
DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO, MORMENTE QUANDO
SE TRATA DE CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO, A
QUEM SE IMPUTA A RESPONSABILIDADE OBJETIVA, NOS
TERMOS DOS ARTS. 14 E 22DO CDC. INTELIGÊNCIA DO
ENUNCIADO 1.8 DAS TR?S/PR. PRÁTICA ABUSIVA. OFENSA
AO ART. 39, INC. III DO CDC. DANO MORAL
CARACTERIZADO. INDENIZAÇÃO JUSTA. MONTANTE
INDENIZATÓRIO ESCORREITO, UMA VEZ QUE ATENDE OS
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE,
BEM COMO O CARÁTER PUNITIVO DO INSTITUTO.
ADEMAIS, ENCONTRA-SE EM CONSONÂNCIA COM OS
PRECEDENTES DESTA TURMA RECURSAL. QUANTO AO
PLEITO DE AFASTAMENTO DOS DANOS MATERIAIS, ESTES
SÃO DEVIDOS NOS TERMOS DA SENTENÇA, QUE ENCONTRA-
SE EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DESTE
RELATOR. QUIS O LEGISLADOR CONSUMERISTA QUE O
FORNECEDOR QUE INDEVIDAMENTE COBRAR O
CONSUMIDOR DEVA SER CONDENADO À RESTITUIÇÃO EM
DOBRO DA QUANTIA. PORTANTO, NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL
PARA A NECESSIDADE DE OBSERVAÇÃO DE MÁ-FÉ DA
CONDUTA DAQUELE QUE INDEVIDAMENTE REALIZA A
COBRANÇA, UMA VEZ QUE O SIMPLES ATO EM SI É
PENALIZADO POR SER CONTRÁRIO AOS DITAMES DO CDC.
SENTENÇA QUE DEVE SER MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO, COM
CONDENAÇÃO DA RECORRENTE NO PAGAMENTO DAS
CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS,
ESTES QUE ARBITRO EM 20% SOBRE O VALOR DA
CONDENAÇÃO (ART 55 DA LJE). SERVINDO A PRESENTE
COMO VOTO, COM DETERMINAÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE
OFÍCIO À ANATEL, BEM COMO À PROMOTORIA DE JUSTIÇA
DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO ESTADO PARANÁ, PARA OS
DEVIDOS FINS. UNÂNIME”. (TJPR - 1ª Turma Recursal -
0013292-11.2014.8.16.0044/0 - Apucarana - Rel.: Fernando
Swain Ganem - - J. 22.04.2015) Grifei.

Inexorável, portanto, a conclusão de que a Empresa Ré efetiva


cobranças de serviço não contratado(s).

3. DO DIREITO.

Diante de tudo o que fora explanado acima, não resta dúvidas de


que estamos diante de uma típica relação de consumo, uma vez que tanto o(a)
autor(a) quanto a requerida, enquadram-se nos conceitos de consumidor e
fornecedor constantes nos artigos 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor, in
verbis.
“ Art. 2° - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”.

“Art. 3° - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública


ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de
serviços”.
Desse modo, analisando os fatos ocorridos percebe-se que a
Requerida infringiu uma série de normas patamares do Código de Defesa do
Consumidor e, por isso, deverá ser condenada a restituir todas as cobranças
indevidamente feitas ao consumidor e a compensá-lo pelos danos morais.
Ademais, o art. 6º da Lei nº 8.078/90 é expresso em dizer que é
direito básico do consumidor, a prestação adequada e eficaz dos serviços, a
modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais que as tornem excessivamente onerosas, o direito do consumidor
à informação adequada e clara e a reparação por danos patrimoniais e morais
sofridos.
“Art. 6º – São direitos básicos do consumidor:

I– a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos


provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados
Perigosos ou nocivos;

II– a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos


produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas
contratações;
III– a informação adequada e clara sobre os diferentes
produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,
características,composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem;
IV– a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas
ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
B– a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que
as tornem excessivamente onerosas;
VI– a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos;
VII– o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos
necessitados;
VIII– a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz,
for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;

IX – (VETADO).
X– a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral”.

No que diz respeito às vedações, o artigo 39 do mesmo diploma


legal,
“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre
outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites
quantitativos;
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na
exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com
os usos e costumes;
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia,
qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor,
tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-
lhe seus produtos ou serviços;
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e
autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas
anteriores entre as partes;
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado
pelo consumidor no exercício de seus direitos;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou
serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos
oficiaiscompetentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua
obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério;
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços,
diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento,
ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; (Redação dada
pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
X - (Vetado).
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.
(Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999,
transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua
obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.(Incluído
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou
contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999) Parágrafo
único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor,
na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo
obrigação de pagamento”.
Determina ainda a lei consumeirista, a devolução em dobro da
quantia para indevidamente, conforme determina o art. 42, in verbis:

“ Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não


será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento
ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem
direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano
justificável”.
A Requerida feriu diversos princípios basilares das relações
de consumo, entre eles o princípio da transparência, pois não agiu com sinceridade
ao ofertar seu produto e o princípio da boa-fé, agindo desonestamente e de forma
arbitrária, incluindo indevidamente serviços que não haviam sido solicitados.

4. DANO MORAL.

A cobrança de serviços não contratados revela a negligência e


imprudência da requerida, bem como a falha na prestação do serviço e o exercício
de práticas abusivas (artigos 14 e 39, do CDC).
O autor utiliza o plano pré-pago para economizar, todavia, há
algum tempo percebeu que após inserir créditos, em pouco tempo eles se expiram,
sem que tivesse realizado ligações suficientes para alcançar o valor desses créditos.
Depois de várias tentativas junto a requerida, através da central
de atendimento, a mesma esquivou-se dizendo que o autor teria optado pelo
serviço, sem saber explicar como isso de fato ocorreu. Entretanto, como dito
acima, a autora não contratou os serviços denominados “VO-TIM PROTECT-
FamíliaPC;0080000300005”, “VO-Axalto-TIMAgenda-Sincroniza;0050000500002”
e “VO-INFINITY RECADO 0070000700004”, de modo que as cobranças se revelam
indevidas e arbitrárias.

Evidente decepção do consumidor que pactua com renomada


empresa de telefonia a prestação de serviços não regularmente pactuado.
Princípios da Boa-fé e Confiança desrespeitados pela companhia requerida.

Sobre o tema, dispõem os artigos 186, 927, 932 e 933 do Código


Civil, respectivamente:

“Art. 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência


ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito”.

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
a outrem, fica obrigado a repará-lo”.

“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais


e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”.

“Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo


antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos
praticados pelos terceiros ali referidos”.

O Código de Defesa do Consumidor, igualmente, prevê a


possibilidade de reparação do dano em caso de ofensa aos direitos do consumidor.

Vejamos:

“Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos


e serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem;
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas
ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas
à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos
necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério
do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências;
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral”;

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente


da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.

“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre


outras práticas abusivas:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a
limites quantitativos;
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na
exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com
os usos e costumes;
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação
prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo
em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-
lhe seus produtos ou serviços;
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento
e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas
anteriores entre as partes”;

“Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não


será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou
ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem
direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável”.

No caso sub judice, por se tratar de relação de consumo, a


responsabilidade da ré tem repouso na teoria objetiva (risco da atividade), pois,
auferindo vantagens pelos serviços que coloca no mercado, nada mais justo que
responda pelas consequências danosas que causar ao consumidor, oriundas de
sua defeituosa prestação.
Uma vez constatada que a cobrança foi indevida, restam
caracterizados os danos morais, atribuindo-se, então, o dever de repará-los,
mesmo que estes não sejam efetivamente comprovados, pois são considerados „in
re ipsa’, ou seja, derivados do próprio ato ofensivo.

A jurisprudência orienta-se no sentido de que responsabilização


do agente causados do dano moral opera-se por força do simples fato da violação.
O STF tem proclamado que "a indenização, a título de dano moral, não exige
comprovação de prejuízo" (RT 614/236), por ser este uma consequência irrecusável
do fato e um "direito subjetivo da pessoa ofendida" (RT 124/299). As decisões
partem do princípio de que a prova do dano (moral) está no próprio fato, "não
sendo correto desacreditar na existência de prejuízo diante de situações
potencialmente capazes de infligir dor moral. Esta não é passível de prova, pois está
ligada aos sentimentos íntimos da pessoa.”

Na avaliação do dano moral, o juiz deve medir o grau de


sequela produzido, que diverge de pessoa a pessoa. A humilhação, a vergonha, as
situações vexatórias, devem somar-se nas conclusões do magistrado para que este
saiba dosar com justiça a condenação do ofensor. Há ofensor, como no caso em
tela, que age negligentemente, causando um resultado danoso para a autora.
Oportuno ressaltar que a questão já está pacificada perante a
TURMA RECURSAL DA PARANÁ, através da edição dos enunciados 1.6 e 1.8, in
verbis:
“Enunciado N.º 1.6– Call Center Ineficiente- dano moral: Configura
dano moral a obstacularização, pela precariedade e/ou ineficiência do serviço de
call center, por parte da empresa de telefonia, como estratégia para não dar o devido
atendimento aos reclamos do consumidor.”

“Enunciado N.º 1.8– Cobrança de serviço não solicitado – dano


moral - devolução em dobro: A disponibilização e cobrança por serviços não
solicitados pelo usuário caracteriza prática abusiva, comportando indenização por
dano moral e, se tiver havido pagamento, restituição em dobro, invertendo-se o ônus
da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC, visto que não se pode impor ao
consumidor a prova de fato negativo.”

Dessa forma tem decidido a nossa Turma Recursal:

“ TELEFONIA. COBRANÇA DE SERVIÇO NÃO SOLICITADO. O


RECLAMANTE ALEGA QUE É CLIENTE DA RECLAMADA, VEZ QUE POSSUI UMA
LINHA DE TELEFONE CELULAR PRÉ-PAGO. ADUZ QUE COMEÇOU A
PERCEBER SEUS CRÉDITOS ESTAVAM DIMINUINDO MESMO SEM UTILIZÁ-
LOS, QUE AO CONSULTAR O SITE DA RECLAMADA CONSTATOU QUE FORAM
DESCONTADOS DO SEU CRÉDITO SERVIÇOS DENOMINADOS DE ?VO TIM
PROTECT BACKUP 10GB; 0080000300014?. SUSTENTA QUE NUNCA
CONTRATOU TAIS SERVIÇOS, NEM AUTORIZOU A COBRANÇA EM SEUS
CRÉDITOS. PUGNA PELA RESTITUIÇÃO EM DOBRO DOS VALORES PAGOS
INDEVIDAMENTE E PELO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
CONCEDIDA A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA PARA DETERMINAR QUE A
RECLAMADA PROCEDA A SUSPENSÃO DOS DESCONTOS NOS CRÉDITOS DA
RECLAMANTES COM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS DESCRITOS NA INICIAL, SOB
PENA DE MULTA DIÁRIA DE R$ 150,00. SOBREVEIO SENTENÇA PROCEDENTE
QUE DECLAROU INDEVIDA A COBRANÇA DO SERVIÇO ?VO TIMPROTECT
BACKUP 10GB; 0080000300014? E DETERMINOU O CANCELAMENTO
DEFINITIVO DO SERVIÇO EM QUESTÃO. CONDENOU A RECLAMADA
AO PAGAMENTO DE R$ 31,60 A TÍTULO DE DANOS MATERIAIS (REPETIÇÃO
DO INDÉBITO) E AO PAGAMENTO DE R$ 10.000,00 A TÍTULO DE DANO
MORAL. RECURSO DA RECLAMADA SUSTENTA QUE A INSCRIÇÃO DO SERVIÇO
VAS SE DÁ POR ENVIO DE MENSAGEM DE TEXTO, SITE WAP OU WEB, QUE
EM TODOS OS CASOS É NECESSÁRIA A POSSE DO TELEFONE QUE SERÁ
INSCRITO NO SERVIÇO, QUE NÃO EXISTE POSSIBILIDADE TÉCNICA DE ADERIR
AOS SERVIÇOS SEM A CONFIRMAÇÃO DA SENHA QUE É ENVIADA AO NÚMERO
DO CELULAR A SER ASSINADO. ADUZ QUE MESMO QUE CANCELE OS
SERVIÇOS, O RECLAMANTE PODE REATIVÁ-LOS A QUALQUER MOMENTO, UMA
VEZ QUE A ATIVAÇÃO SE FAZ PELO PRÓPRIO CELULAR, FAZENDO COM QUE A
RECLAMADA NÃO TENHA AUTONOMIA SOB OS SERVIÇOS CONTRATADOS PELO
AUTOR, MOTIVO PELO QUAL PUGNA PELA REFORMA IN TOTUM DA SENTENÇA
OU, SUBSIDIARIAMENTE, PELA MINORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO.
INCIDÊNCIA DO CDC. INCUMBIA A EMPRESA RECLAMADA DEMONSTRAR A
CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS (INTELIGÊNCIA DO ART. 6º INC. VIII DO CDC).
RECLAMADA NÃO APRESENTOU QUALQUER DOCUMENTO ASSINADO PELO
RECLAMANTE, OU CÓPIA DA GRAVAÇÃO DAS LIGAÇÕES, QUE PUDESSEM
DEMONSTRAR SUA ANUÊNCIA NA CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS COBRADOS.
PORTANTO, DEIXOU A RECLAMADA DE PRODUZIR PROVA QUE LHE
BENEFICIE, UMA VEZ QUE NÃO COMPROVOU A CONTRATAÇÃO DOS
SERVIÇOS, NEM MESMO A LICITUDE DA TARIFA NA FATURA DO
RECLAMANTE.
EVIDENTE DECEPÇÃO DO
CONSUMIDOR QUE PACTUA COM
RENOMADA EMPRESA DE
TELEFONIA A PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS NÃO REGULARMENTE
PACTUADO. PRINCÍPIOS DA
BOA-FÉ E CONFIANÇA
DESRESPEITADOS PELA COMPANHIA.
COBRANÇA ERRÔNEA QUE
PROVOCA NO CONSUMIDOR
DESGASTE DESNECESSÁRIO,
JUSTAMENTE PORQUE ESPERA DA
OPERADORA A PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS CONFORME
DIVULGADOS EM SUAS CAMPANHAS
PUBLICITÁRIAS. A FALHA
NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
ACARRETA O DEVER DE
INDENIZAR, POR SE TRATAR DE UMA
RELAÇÃO DE CONSUMO,
CUJA PARTE PRESTADORA,
AINDA POR CIMA, É
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
PÚBLICO, A QUEM SE IMPUTA A
RESPONSABILIDADE OBJETIVA, NOS
TERMOS DO ART. 14 E 22
DO CDC. PRÁTICA ABUSIVA. OFENSA
AO ART. 39, INC. III DO
CDC. INTELIGÊNCIA DO ENUNCIADO
1.8 DAS TR?S/PR. DANO
MORAL CARACTERIZADO NO CASO
CONCRETO. INDENIZAÇÃO
JUSTA. MONTANTE INDENIZATÓRIO
ESCORREITO, UMA VEZ
QUE ATENDE OS PRINCÍPIOS DA
RAZOABILIDADE E DA
PROPORCIONALIDADE, BEM COMO O CARÁTER PUNITIVO DO
INSTITUTO. ADEMAIS, ENCONTRA-SE EM CONSONÂNCIA COM
OS PRECEDENTES DESTA TURMA RECURSAL. REPETIÇÃO DO
INDÉBITO DEVIDA NA FORMA DOBRADA, COM ARRIMO NO ART.
42, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CDC. QUIS O LEGISLADOR
CONSUMERISTA QUE O FORNECEDOR QUE INDEVIDAMENTE
COBRAR O CONSUMIDOR DEVA SER CONDENADO À
RESTITUIÇÃO EM DOBRO DA QUANTIA. PORTANTO, NÃO HÁ
PARA A NECESSIDADE DE OBSERVAÇÃO DE MÁ-FÉ DA
PREVISÃO LEGAL
CONDUTA DAQUELE QUE INDEVIDAMENTE REALIZA A COBRANÇA, UMA VEZ
QUE O SIMPLES ATO EM SI É PENALIZADO POR SER CONTRÁRIO AOS DITAMES
DO CDC. SENTENÇA QUE DEVE SER MANTIDA NA ÍNTEGRA PELOS SEUS
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
CONDENA- SE A RECORRENTE AO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS EM 20% O VALOR DA CONDENAÇÃO.
UNÂNIME, COM DETERMINAÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À ANATEL, BEM
COMO À PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO ESTADO
PARANÁ, PARA OS DEVIDOS FINS. “ (Acórdão 9.0000334-
56.2015.8.16.0044/0, Processo
0000334-56.2015.8.16.0044/0, 1. Turma Recursal, Relator:
Fernando Swain Ganem, julgado em 12/05/2015, data da publicação
15/05/2015) (grifo nosso)

Diante do que foi dito e comprovado, e tendo apoio na legislação


civil e consumerista, requer seja condenada a requerida a compensar a parte
requerente pelo dano moral que a ela impingiu, tal quantia deve atender à
função social no sentido de servir de punição à requerida e exemplo aos
demais prestadores de serviços nessas áreas.

Considerando-se que o direito ora pleiteado está em consonância


com a jurisprudência da Turma Recursal do Paraná, a autora vem requerer a este
r. juízo a condenação da ré ao pagamento da indenização pelos danos morais ao
autor, sugerindo-se que estes sejam fixados no valor de R$10.000,00 (dez mil
reais), para dar efetivo efeito pedagógico à condenação, para atingir o escopo
educativo e punitivo, de modo que a reparação deve implicar numa sanção, no
sentido de reprimir que atos como estes se perpetuem, visto que, em alguns
julgados, a ré já vem sendo condenada em valores inferiores e mesmo assim
mantém a conduta indevida.

Por fim, vale lembrar que os juros moratórios devem incidir sobre
os valores arbitrados a título de dano moral desde a citação quando há relação
contratual e a contar do prejuízo quando há relação extracontratual.
Por existir, no caso em tela, cobranças por serviços não
contratados – relação extracontratual, os juros moratórios devem incidir desde o
primeiro prejuízo.

2.2. DANO MATERIAL.


Ex vi dos artigos 6º e 42, ambos do Código Consumerista, já
transcritos acima, o consumidor tem o direito básico a restituição, em dobro,
dos valores cobrados de forma abusiva e/ou indevida pelo fornecedor, conforme
enunciado 1.8 das Turmas Recursais do Paraná, transcrito acima.

2.3. INVERSÃO DO ONUS DA PROVA A FAVOR DO


CONSUMIDOR.

A prestação do serviço de telefonia está abrangida no conceito


de serviço para fins de aplicação do Código de Defesa do Consumidor, como
dispõe o
§2º do artigo 3º do referido diploma legal, sendo a requerida
fornecedora, nos termos do caput do mesmo artigo.
O autor, por sua vez, é destinatário final fático e econômico do
serviço e, portanto, consumidor, consoante artigo 2º do CDC, sendo aplicáveis
as regras
consumeristas à espécie.
É latente a hipossuficiência probatória da autora, por não ter
acesso aos sistemas utilizados pela requerida para registro das alterações de plano
de telefonia e
contratação de pacotes de serviços, além de não ser viável que
se imponha à parte
autora a produção de prova negativa não ter requerido a
contratação dos serviços denominados “VO-TIM PROTECT-
FamíliaPC;0080000300005”, “VO-Axalto- TIMAgenda-
Sincroniza;0050000500002” e “VO-INFINITY RECADO
0070000700004”.
Destarte, presentes os requisitos enumerados no artigo 6º,
VIII, do CDC, inverte-se o ônus da prova, cabendo à requerida demonstrar que a
autora solicitou a contratação do referido pacote de serviços inteligentes.

Outra não é a orientação jurisprudencial:


“APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. TELEFONIA.
RELAÇÃO DE CONSUMO. APLICAÇÃO DO CDC. FALHA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO.
A responsabilidade da ré é objetiva, devendo ela responder pelos defeitos na
prestação do serviço, independentemente da existência de culpa. No caso dos
autos, tanto o dano como o nexo de causalidade restaram demonstrados,
impondo-se o dever de indenizar. A ré prestou serviço de forma deficiente,
frustrando as expectativas do consumidor e lhe causando uma infinidade de
transtornos. Quantum indenizatório mantido, no valor de R$ 5.100,00”. (TJRS.
Apelação Cível n° 70043318146. Quinta Câmara Cível. Comarca de Novo
Hamburgo. Relator: Romeu Marques Ribeiro Filho, Data de Julgamento:
24/08/2011).

No caso em tela, mesmo o autor possuindo relação jurídica com a


ré, parte do débito é inexistente, sendo perfeitamente cabível a inversão do
ônus da prova.

Assim, requer seja reconhecida a aplicação do Código de Defesa


do
Consumidor em consonância com as demais legislações
pertinentes no caso concreto,
com a inversão do o ônus da prova em favor do autor, uma
vez que preenche os requisitos do artigo 6º, VIII, do CDC.

2.4. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.

O autor não possui condições de arcar com as despesas


processuais e honorários advocatícios sem prejudicar o seu próprio sustento e de
sua família.
A Lei 1.060/50 dispõe o seguinte:

"Art. 2°. Considera-se necessitado, para os fins legais, todo


aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e
honorários advocaticios, sem prejuízo do sustento próprio ou da familia."

"Art. 4°. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária,


mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em
condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem
prejuizo próprio ou de sua familia."

Nesse sentido tem sido o entendimento do Excelso Tribunal


de
Justiça do Paraná:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE CONCESSÃO DOS


BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO DA
SITUAÇÃO DE NECESSITADO. A parte gozará dos benefícios da assistência
judiciária, mediante simples afirmação, que não tem condições de pagar as
custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do seu próprio
sustento ou de sua família. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (TJPR - 10ª
C.Cível - AI 0778263-4 - Cidade Gaúcha - Rel.: Des. Nilson Mizuta - Unânime - J.
30.06.2011) (grifo nosso)”

Portanto, pelas razões fáticas e fundamentos jurídicos ao


requerente pugna pelo beneficio da Assistência Judiciária Gratuita.
3. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA.

A antecipação da tutela exige a prova inequívoca, de forma que,


num processo de cognição sumária, possa formar o convencimento do juiz
acerca da verossimilhança das alegações constantes da petição inicial. Além dos
requisitos da prova inequívoca e da verossimilhança, deve ainda restar patente o
fundado receio de que a demora no andamento do processo cause ao autor um
dano irreparável ou de difícil reparação.

No caso em tela, está presente nos autos a verossimilhança das


alegações da parte autora, especialmente as que dizem respeito à ausência de
contração, posto que impossível ao consumidor, nesse momento, produzir prova
negativa de contratação.
Nesse sentido A TRU-PR já pacificou o
entendimento
q que determina
ue:
“A disponibilização e cobrança por serviços não
solicitados pelo usuário
caracteriza prática abusiva, comportando indenização por dano
moral e, se tiver havido pagamento, restituição em dobro, invertendo-se o ônus da
prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC, visto que não se pode impor ao
consumidor a prova de fato negativo.” (Enunciado 1.8).
Ademais, as cobranças indevidas que estão cobradas do autor
está causando estresse e desgaste na mesma, visto que a parte autora não
contratou os serviços pelos quais é cobrada, e que tentou cancelá-lo junto à central
de atendimento e não conseguiu. Assim, é obrigada a colocar cada dia mais crédito
para poder fazer suas ligações.
Por outro lado, o risco de dano irreparável ou de difícil reparação,
posto que, devidamente manifestada a irresignação do consumidor com a
prestação de serviços, é seu direito o imediato cancelamento, não se podendo
admitir a permanência da cobrança.
Diante do exposto, estando demonstrados os requisitos
ensejadores da tutela antecipada, requer seja concedida a liminar para
determinar a imediata
suspensão da cobrança dos serviços denominados “VO-
TIM PROTECT-
FamíliaPC;0080000300005”, “VO-Axalto-TIMAgenda-
Sincroniza;0050000500002”
e “VO-INFINITY RECADO 0070000700004”, bem como a inversão
do ônus da prova.

Portanto, a antecipação dos efeitos da tutela deve, assim,


ser concedida, a fim de evitarem-se danos ainda maiores à pessoa do autor.

4. DO PEDIDO DE EXIBIÇÃO DO CONTRATO E FATURAS DE


CONSUMO.

O Artigo 355, do Código de Processo Civil estabelece que:


“Art. 355. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou
coisa que
se ache em seu poder”.

No caso em debate, a requerida não disponibilizou o contrato de


prestação de serviços, cujo documento é imprescindível para demonstrar que os
serviços ilegais não foram contratados.

Além disso, no plano de telefonia pré-pago não são envidas


faturas de consumo ao endereço dos clientes, sendo que o detalhamento de
consumo fica disponível no site da requerida pelo período de apenas 180 (cento e
oitenta) dias, de modo que se faz necessário também que a fornecedora junte aos
autos as faturas de todo o período da contratação, sob pena de serem reputados
verdadeiros os fatos alegados na inicial, conforme dispõe o artigo 359, do CPC.

5. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS.

Ante o exposto, e pelo muito que certamente será suprido pelo


elevado saber jurídico deste r. Juízo, a autora postula a Vossa Excelência que se
digne após o recebimento e acolhimento da presente exordial em todos os seus
termos;
A) Acolher o pedido de tutela antecipada para o fim de
conceder a liminar e determinar a imediata SUSPENSÃO da cobrança dos serviços
denominados “VO-TIM PROTECT-FamíliaPC;0080000300005”, “VO-Axalto-
TIMAgenda- Sincroniza;0050000500002” e “VO-INFINITY RECADO
0070000700004”, e outros que vierem a ser debitados ilegalmente dos créditos da
parte autora, sob pena de aplicação de multa diária não inferior a R$ 200,00
(duzentos reais), devidamente permitida pelo artigo 287 c/c artigo 461, § 5º, do
CPC;
B) Determinar a citação da requerida (realizada via AR), com
as advertências do artigo 285 do CPC, para, querendo, apresentar sua resposta,
sob
pena de revelia e confissão, julgando, ao final, totalmente
PROCEDENTE a presente
ação para o fim de:
B.1) Declarar a inexistência dos débitos concernentes ao(s)
serviço(s) não pactuado(s);

B.2) Condenar a requerida ao pagamento de uma indenização


pelos danos morais causados ao autor, nos termos do Enunciado 1.8, da
TRU, sugerindo-se que estes sejam fixados no valor de R$10.000,00 (dez mil reais),
ou em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência, para atingir o escopo educativo
e punitivo, de modo que a reparação deve implicar numa sanção, no sentido de
reprimir que atos como estes se perpetuem devendo os juros de mora incidir desde
a citação, por compreender uma relação contratual, conforme artigo 405, do Código
Civil;

C) Determinar, na existência de obrigação de fazer ou não fazer, a


efetivação de prévia intimação pessoal da parte (Súmula 410 do STJ):

“Prévia Intimação Pessoal - Condição Necessária - Cobrança de


Multa - Descumprimento de Obrigação de Fazer ou Não Fazer A prévia intimação
pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo
descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.”
D) Determinar a inversão do ônus da prova, em conformidade com
as disposições constantes no Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078/90),
devendo a requerida comprovar a contratação dos serviços, bem como, apresentar
os detalhamentos de consumo de seu plano desde o inicio da relação de consumo
entre as partes, até a data de sua apresentação, sob pena de aplicação dos efeitos
do artigo
359 do Código de Processo Civil;

E) Declarar, se for necessário, a nulidade das cláusulas


contratuais que contrariam as normas jurídicas que regulamentam a relação de
consumo, ou os princípios que orientam esta relação ou os ideais constitucionais
de proteção ao consumidor.

F)- Condenar a empresa ré a restituir, em dobro, os


valores diariamente e/ou semanalmente e/ou mensalmente cobrados a título de
“VO-TIM PROTECT-FamíliaPC;0080000300005”, “VO-Axalto-TIMAgenda-
Sincroniza;0050000500002” e “VO-INFINITY RECADO 0070000700004”, nos
últimos 05 (cinco) anos, acrescidos de atualização monetária e de juros moratórios,
observando a prescrição quinquenal.
G) A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita à
parte autora, conforme as Leis nº. 1.060/50 e 7.510/86, haja vista que não possui
condições financeiras para arcar com as custas do processo sem prejuízo do seu
sustento, (doc. anexo).

6. DAS PROVAS.

Pretende provar o alegado por todos os meios de prova em Direito


admitidas, principalmente pelo depoimento pessoal do representante legal da ré,
testemunhal, documental, pericial (se for o caso) e outras que se fizerem
necessárias para o esclarecimento da verdade.

7. DO VALOR DA CAUSA.

Dá-se a causa o valor de R$10.000,00 (dez mil


f reais), para efeitos
iscais.
Dr. Anderson Flogner
OAB/PR - 78.164
Flogner & Flogner Sociedade de Advogados

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Colorado, PR, 04 de agosto de 2015.

Paula Letícia Neves T. Assaiante


Advogada – OAB/PR 32.367

Termos em que,
Pede deferimento.

Londrina, Pr. Datado e assinado digitalmente.

Anderson Flogner
OAB/PR – 78.164

Rua Comandante Carlos Alberto, nº 450, J. Boa Vista – Ldna/PR


Tel.: (43) 9831-5486 – 9993-8522 / E-mail: flogner.adv@gmail.com

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