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A Historia “nova”, com o seu card. ter de Historiaproblema, com o seu enfoque globalizante ou estru- tural, com a sua énfase no coleti- vo, no social, convém muito mais 4 elaboracao de pesquisas histori- ‘case a um ensino de Historia que possam representar uma contri ‘0 valida dos historiadores brasi- leires 20 necessério esforco de superacdo da situacdo vigente, do que a velha Historia narrativa, pa- tridtica, enaltecedora de falsos he- ois e criadora de mitos que cum- ‘prem exatamente uma funcao pre- ‘servadora das estruturas em vigor. através dos mecanismos de hege- monia ideolégica. SERA A HISTORIA UMA CIENCIA? | Introduio: © problema da cientificidade da Historia No capitulo 12 de seu livra sobre @ teoria biologics 2 evolugéo, Colin Patterson aborda 2 questio de determi nar se tal teoria € ou nio cientifica. Para tanto, opta por Dbascar-se nas idéias do filésolo da citncia Karl Popper, representante de uma das correntes da tendéncia chamada ‘neopasitivismo*" Segundo Popper, sO em Matemética ¢ em Légica — cigncias formais cujos objetos de estudo so ideais (por exemplo: niimeros, formulas, figuras g20- métricas) € possivel provar algo com absoluta certezs. Em todas as outras citocias (chamadas “factuais” em ‘oposigao as “formais”), as teorias que as integram se ‘caracterizam por ter conseqiiéncias que, pela observagao e/ou pelo experimento, podem ser falsificadas (isto é, podem ser eventualmente refutadas). Assim, a diferenca catre teorias cientficas e teorias Y*metafisicas”, para Popper, consiste em que as primeiras podem ser “falsi- ficadas” as segundas, no. Partindo destes principies, Patterson prope dis- ‘inguir dois aspects na teoria da evolugio: 1) a afirmacio de que corres a evolugdo. das espécies animais © vegetais (isto é que tais espécies de relacionam. Por antepassades comuns); 2) a asteveragdo de que = . CIRO FLAMARION 5. CARDOSO causa da evolugdo € a selesio natural. S6 nos interessa, aqui. © que 0 autor argumenta acerea de primeiro ponte. Ele diz que, trocado em mitidos, 0 que :¢ afirma € que # IisiGria da vida € um processo* unico de separacéo entre especies, ¢ de progressiio biologica. “Esta parte da teoria € pois uma teonja histonca acerca de acontecimentos tni ‘cos, € scontecimentos Gnicos no so, por definigao. parte da citncia, porque so irrepetiveis ¢ assim no sujeiios 42 verificagao.” E nesie pomto ele se relere aos hisiona- dores, no sentido de especialisias do etude da historia humana: “Os historiadores nao podem predizer 0 futuro (ou se enganam quando o tentam), © ndo podem explicar ‘© passado, mas sé interpreté-to. E nao ha uma forma desi siva de pir & prove as suas interpretaghes alternativas” (© didlogo, porém, embora nio posia prever a evolucio future e explicar a passada (sé 2 pode interpretar), tem certas vamtagens sobre 0 historiador, qu: Patterson ent- mera. mas que ndo detalharemos. F ele sonclui: “Apesar ée tais vantogens para o especialista em evolucdo biok'- ica, continua sendo verdade que aio existem leis da evolucdo compariveis as leis da Fisica, exatamente como nndo hi leis da Historia". E ainda: “A teeria da evolugio, Portanto, nem ¢ completamente cientifica como por exem- plo a Fisica, nem nio cientifica como a Histérie” (Colin Paterson, Evolution. Londres, British Museum — Natu- ral History, 1978, pp. 144-146), Nada mais clara’ Aprendemos, assim, que para cer- tos cientistas naturais, € sobretude para certas corremtes a Filosofia da Giencia, como no caso 0 neopositivismo, a Histéria mio é nem pode ser citncia. E se mudistemos radicalmente de perspectiva filo séfica? Nada poderia ser mais oposto 20 neopositivisma, em matéris de Filosofia da Cigncia, do que © maraisno. 'Nao ha ddivida alguma de que, para K. Marx ¢ F. Engels. 0s fundadores do marxismo, a Histéria possa ser ple- namente cientifica, Entre 0s marxistas contemporineos, orem, embora esia continue sendo sem divida a posicao Predominante, achamos também opinides menos otimistas. UMA INTRODUGAO A HISTORIA ® Recentemente, Pierre Jaegié © Pierre Roubaud, refletindo acerca da relagdo entre ciéncias da natureza ¢ Historia, consideraram que enquanio a irreversibilidade € © trago dominante da histria, sendo cada situagio histérica em muitos aspectes singular. inimitavel e impexsivel de repro- duzir, no corago das ciéncias naturais estaria 2 invarién- ci ¢ a reversibilidade. E verdade que, em seu esforgo no sentido de construir 2 Histéria como ciéncia, © marxismo busca localizar nela os faios repetitives e os fatores que, para um dado tipo de sociedade, sdo invariantes. No ‘entanto, dizem os autores, “a oposigso entte o singular hiistérico © o repetitive das ciéncias da natureza € forte 0 bastante para que o marxismo consinta em apresentar-se de modo mais ou menos separado em um materialism histGrico* © um materialismo dielético*™. Logo a seguir. observamos um lapso revelador de Jaeglé © Roubaud, 20 redigirem exe subtiulo: “Para 0 objeto unico: 4 Histéria Para_o objeto repetido: as ciéncias”, No fundo do seu taciocinio de fato nao véem a Hisoria como cigncia Logo depois, alii, afirmam: “a singularidade do acontecimento histérico tende 2 ccultar a necessidade no movimento Ua histéria. A node de lei da Historia descoberta pelo marxismo, 39 qual tal merito deveri ser plenamente recenhecid algum dia, asco- cia os fatores durdveis da vida ccondmice ¢ social a ativi- dade consciente ¢ voluntiria dos homens em uma previsio do futuro desprovida de fatalidade € que tem tanto as caracteristicas da experanga quanto 26 da certeza” (Ver P. Jaeglé © P. Roubaud, “Réflexions sur la place des sciences de Ia nature dans Ia théorie matérialiste dialecti- que” no Cahier du CERM de mesmo titulo, n° 151. Patis, Centre d'Etudes et de Recherches Marxistes, 1978, pp. 13-14) Pobre “cigncia” da histéria, se apesar das suas “Icis” ss suas previsdes participarem das caracteristicas de uma “esperanca™. mais do que do caréter preditivo das teorias cientificas! Bem, marxistas ou a0, Jaeglé e Roubaud x30 especialistas dae ciéncias naturais. F se procurarmos saber Po CIRO FLAMARION §. CARDOSO (© que pensam a respeito os cientistas sociais? Nao acre ditamos que as dévidas sobre a ciemtficidade da Hist6ria se desvaneyam entio."Nada mais freqiente nos manuais de Sociologia do que a oposigéo desta disciplina a Hisiéria, afirmando-se que esta ikima € essencialmente idiogrética, ‘ow scja, ccupgrse de fatos singulares ¢ isrepetiveis, nfo buscando os historiadcres 0 estabelecimento de regulaci- dades como as que interessam 20s socidlogos. Vejamos um exempio conercio, relaivamente recemie. [Num tivro coletiva sobre a explicagso* nas diversas cién- cias, © capitulo dedicado as ciéncias sociais, redigido por Gilles Gasion Granger, termina justamenie com um pari grafo que trata da relagio existente entre 2 explicagio historica ¢ a5 cignciss sociais. O eutor argamenta que 2 Preteasio da Historia de explicar os acontecimentos € as ‘obras humanas significana, 4 primeira vista, que ela leva is suas iltimss conseqiiéacias o que as ciéncias sociais Dretendem fazer. Na prética. porém, tal pretensao se re- sume em organizar 4 volta de um fenémeno datado, si gular, os diverses modelos construidos pelas ciéacias huma- nas. E mesmo uma Histiria analftica. informada pelas tudo indica, 2 ‘léncia nao busca a verdade. e sim a cassifcacao mais cconémica dos dades és experiencia: abr, assim, 0 ca. ‘inno a uma nova correnteidealisa que se desenvolvera 4 partir da décads de 1920: 0 neopostivisme sta corrente foi assim chamada por apoiar-se nos mesmos prinipios bésicos de uma posigie flosifice surg a na primeira metade do século XIX. 6 positivisme ini- siado por A. Comte. Quais sio tais prncipios basices? Eivlos aqui serundo V. Kouptsov: "Os dados empiricos coestituem 4 bese do conhesi- mento cieatifice: existe uma poate Kigice-formal entie os ives tesrico © empirco do conbecimento, a conformidade des gcocralicacdes tedricas com os dadcs empicicos € 2 Tinica concicto “centfics’ para sua adoja0: tas vio as premissas sobre as gusis sc apoiavam tanto os posivistas fem suns tentativas de eniar a logics da descoberta quant, mais tarde, os neopostvistas om russ tentetivas de crisr UMA INTRODUCKO A HISTORIA » 1 igen ta adogho das veorias” (V: Koaptsov ot ali, La Philosophie er la Science, Moscou, Editions du Prowiés 1979, p. 168), ( neopositvismo no apenas tata de bascar-te & sus maneira nas tranetormagbes Getic de now seule, ex particular as da Fisen (teori quince, relatvidade); pee- Tende ser a Filosofia desta nova ciécia, enquanto ted Filowolia anterior & pegada pelos neoposivstas Como ma imontoado de falsos problemas metatsicos * Tratase Ge cima forma radical de empirismo, derivada da linha fen0- menista do filosofo do séevlo XVIITD. Hume. das iiss sensistas de E. Mach. O que no puder ser imeditamente ‘erificado como “algo dao” : fvistas, de metatica estr ou “ie no exprimem segundo ele vioculoaexisteates de fato entre coisas © fenGmenos 20 mundo real sendo sim- ples consirugoes Kipias. Alii, uma das bases do desen- Volsimento da corrente neoposiivita fot 0 surgimenta impeiueso de uma nova Légica.* ass obras de autores como G. Frege, Russell e outros. Como mencionavs Kouptsov, eats escola abendonoe « busca da logica da descoberta Gas lis clenificas — que sinda ineressava 408 postivistes do século passado —em favor de uma Logica fue apontasse os criterias para decidir acerca da adocdo de teories cieatificas, Apesar de principioe persis comune 1 todos os seus membros. porém. n0 se seo encontramos os dois tipos de redusio que ja haviamos mencionado para o século XVIL: a tentaiva de derivar 0 nivel teérico do tmpitico pela via indutive (por exemplo em H. Reichen- bach © R’ Camap). ou a posture contréria, que megs ¢ Validade da indugéo (K. Popper). Em ambos of as08 hoje como hé trezentes anos. temos posigies uniateais ¢ ineatsftorias TExaminemos, por exemple, « questao da recuse das quesibes filosficas tradiconais pelo neopositivismo. 34 A. Comte negava a necessidade de que os cienistas 2° ‘eferssem a qualquer Filosofia, 20 dizer que a cacis € sus propria Filosofia. Ox ncoponitvists, por sta ver, weem 2 CIRO FLAMARION S. CARDOSO ‘a Filosofia, 30 uma disciplina, mas simplesmente uma atividade deseavolvida no interior do trabalho cieatifico, ‘9 qual cla trataria de comprovar pelo controle do seu rigor logico. Quesides tradicionais da Filosofia, como por exem- plo a de saber se existe uma realidade externa 20 sujeito, gue observa (replismo* ontoligico*), ou se no universo: hha relagies de causalidace* ow determinaggo.(determinis- ‘mo ontoidgico) 40 sumariamente recusadas como “meta- fisicas”. Sera isto aceitével? Embora seja verdade que © conhecitento cientifico nia contém, como tal, aspectox thlosaficos, seria uma con clusio precipitada inferir dai que 2 pesquisa cientifica néo tenha pressupusies ou alcance filosoficos. A pesquiss cien- tifica a0 mesmo tempo pressupoe e controla certo numero) de importantes hipsteses filosoficas Ha filésofos que afirmam que 2 ciéncia ndo pressu- Pe, empreza ou confirma a hipstese de que existem obje- 1st reais, independentemente do sujeito* que conhece (hi- potese do realismo ontologico), mas isto ndo € verdade © epistemdlogo* Mario Bunge o demonstra através de dez argumentos que resumiremos 2 seguir: I) a mera nogio de verdade factual, de adequagio de uma proposigio a um conjunto de fatos — corrente no tabalho cientifico —, contém a nogdo de que 0s fatos existem objetivamente: 56 verdades formais (matemiticas ou I6gicas) podem ser independentes des fatos: 2) a0 se construir uma hipovese factual para cobrir um conjunto de fatos. presume-se que tis fatos sejam reais — presentes ou possiveis (virtuais): 2 cncia ndo tem tempo a perder teniando explicar fatos inevistentes: 3) quando se busca a verdade factual de uma hipétese, supée-se que existe algo fora do mundo interns do sujeito, © que esse algo concordara ou ndo com tal hipotese: se 0 “algo” em questao dependesse so do sujeito, nao falariamos de “verdade objetiva” ow de “contrasta ‘sao objetiva das hipoteses”, 4) texo procedimento empi fico da ciéncia parte da separagio enire sujeito © objeto do conhecimento; 5) 2 ciéncia natural, éiferentemente do animisme das sociedades tribais, no explica @ netureza UMA INTRODUCKO A HISTORIA a usando 08 termos spropeados para des:rever sributos Tipicamente humenos, como faria se a satureza depen dese de alguma mancira Jo svjeito: asim, nao cxplica- ‘nos 0 comportamento de tm objeto com base em nossas expectatves nes em verdader subjetivas, ¢ sim nas pro- priedades do obicio que possam ser objeivamente averi- guaveis: 0) no haveria necessidade de experimentar nem Se teorizar acerca do mundo se nao existest por #1 mesmo tama teorie ve refere @ algo que ndo € 9 wujite (embora possa ser 0 homem tomado como bjeto, claro esté) © Sue conirasiayde empirica supe a manipelagao © mesmo 2 motificagao daquilo 2 que & teria se refer; 7) a ciga- ta contém repras de inerpreiaei0 gue pressupoem 2 exis- tencia val daqulo-a que se referem= quando ditemos que X designs © nimero atémico do elemento Y", fo inventamos tal propesigio ao be-prazer nem para fazer 2 correlagio entre persepgoes do sbjeito, supomos uma felagio enire X ¢ tima propriecade fisica nfo observével mas objetva, ou seja. 0 numero de cletons gue hi no ‘tomo de Y: 8) se as tetes © teoras cintficas fossem mmeras construgies convenciorais que no tentaseny refle- tir a realidade. nio setiam necesrias secessivas corre coes de tax teomas: se aceditassemos menos na exstencis dow étomos do que em novsas tsorias atbmicas néo esta- Flames dispontos a corrigtlas quando aparesem seus de festos dante dos fates” simplesmente absndonariamos 2 hipStese da existéncia dos. Stomot masteriamos nossa tcoria favorita apesar dos fatos; 9) os cxiomast de uma teoria sto enunciados mais afiemativos do que negatives. no 56 porque as proposibes negativas sto indetermina- das © portanto pouco fecundas, quanto porque uma pro- posigio afirmativa sugere a busca de alzuma propriedade tu entidade que existe, pois 6 = etisiencia desta pode faret com ave « proposigio seja verdadeira (as propos oes negatives so verdadeirss se mada demonstrar qve Sie falsas); 10) on enunciados legalvformes pressupdem 3 Objtiva dos objetos a cxjas propriedades se 2 CIRO FLAMARION S. CARDOSO Em sums, 2 ciéncia factual nio prova a existéncia do mundo externo 20 sujeito, mas certamente supde tal hipd- tese filos6fica. ‘A dowtrina fileséfica do determinismotem dois aspec- tos: 0 ontolégico € 0 epistemolégico: o primeiro afirma a determinagio das coisas ¢ acontecimentos, © © segundo. 4 possibilidade de conhecer os fatos ¢ seus esquemas. E 0 determinismo ontolégico que 0s neopesitvistas conside- ram “metafisico” © dcterminismo ontoligico radical ov estrito corres- posde 20 mecanicismo derivado da Fisica de Newton, exposio em forma cldssica por Laplace 2 principios do século XIX. 0 cosmos de Newton aparece, segundo tal perspectiva, como um conjunto de particulas que se mo- vem em forma totalmente determinads segundo um name- 1 reduzide de leis mecinicas conhecidas Este determi: sismo estrito foi derrotado pela teoria quintica da Fisica, ‘que prova a objetividade do acaso no nivel das particulas clementares, que obedecem a leis estocistcas,* deixou de ser levado a sério por volta de 1930. Existe, porém. um determinismo oniokigico amplo. ‘que admite as leis etocésticas € a objetividade do acaso. Parte somente de dois supostos: 1) todos os acontei- mentos se dao conforme leis: 2) nada nasce do nada nem esaparece neste. © acaso de que fala a teoria quantica um modo de devir que obedece a leit. E na verdade 0 determirismo ontolégico amplo esti implartado na ciéncia enquanto ciéncia, na medida em que 2 pesquisa cientfica & a busca © aplicaséo de leis, ¢ estas kes estabelecem limites is. possibilidades W6gicas (climinando suposicdes ‘como por exemplo a criacso ex muhilo € a aniquilacio da matéria). ‘A concepgio da citncia segunde © marxismo leva & ‘cabo uma eritics radical das posigSes uniiaterais, da ten- tativa de redazir 0 nivel teérico a0 empirico (ou viee- versa), como também da tendéacia a separar 0 conhesi- _ mento’ cientfise do conjunto das formas de atividade © UMA INTRODUCAO A HISTORIA a cultura humanas. Loage de ser visto'como uma atividade individual (de suites indviduais), 0 coabecimento ciea- tiico € encarado como ums das formas sécio-historica- ‘mente determinadas da atvidace humana. O homem pen sa c conhece em wnidade com a sociedade historicamente Getemminada que produz a sua vida material e espriual, € ‘Que resiza 0 conisto humano com a natureza: © conhe- Cimento € gerado como forma ¢ produto da transformagio dda natureza e do priprio homem pelo trabalho, Se a cit cia € sécio-hstoricamente determinada, isto significa entre cutras cosas que ido & possvel consideréta sem levar em Conta os Iagos orginicos que a ligam com todo 0 coayunto da caltara material ¢ espritual de uma dada época. (© socidlogo Marcos Kaplan define assim as relaghes que existem entre 2 citncia € a tecnologia por um lado, € 0 resto do conjunto social determinado historicamente por outro: “a Giéncia € a técnica sio, 20 mesmo tempo, partes ¢ indicadores do grau de desenvolvimento das forvas prodativas, da economia, do subsistema de relagbes sociais, a caltura e d3s ideologias. das estruturas politicas ¢ insti- tucionais, © da formayao global. A cigacia © 2 téctice consituem por oatro lado um nivel com especificidade, autonomia relative, eficécia propria, capacidade de rettoa- cao sobee si mesmas € sobre os aspectos, nveis © instin- cis que agem como determinantes e condicionantes exter- nos & sua esfera. (...) “Assim, entre a céncia © a tGenics © oF outros fveis 4a sociedade, existe wma interdependéncia extrutural e fur- ional tece-se uma rede complexa de interacoes. Mudan- G5 numa ordem ou instancia iflucn aas outras, en grass Sicom ritmos « dieses variéves: © também mos desen- volvimentos sécio-historicos mais amplos. Séo indispensé- ves 0 inventério detalhedo a andlise sistemitics das forges ¢ zlagSes implicadas pelo desenvolvimento cieati- fico © téenico 20 nivel da sociedade global” (M. Kaplan, La Ciencia en ia Sociedad y on la Politica, México, Secre taria de Edveacién Publien, 1975, op. 31-32)- Ey CIRO FLAMARION 5. CARDOSO Do ponto de viste epistemoligica e metadologico, 0 marxismo permite evitar falsos debates (indutivismo versus \edutivisme, por exemplo). 20 integrar num todo os reque- Himentos de virias formas de metodologia para 0 estudo do social ou do natural. E assim que. como 0 positivismo © © neopositivismo. nega que exista um cone epistemolo- gico ¢ metodoligico absoluto entre coencias naturais © socials: todas as cigncias seguem, no essencial, uma estra- ‘gia Gnica. Contra 0 postivismo. porem, e neste ponto de acordo com certas cortenies idealistas, 30 adota a teoria de um sujeito passivo no processo de conhecimento, mas associa a hipdtese do realismo ontologico a nocao de um sujeito (social) ative. sem por isto aceitar o outro extee- mo a que chega 0 idealismo, ou seja. afirmar que o

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