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TEOLOGIA
PASTORAL
Teologia Pastoral - 2
SUMÁRIO
1- INTRODUCAO...................................................................................................... 3
2- TEOLOGIA PASTORAL......................................................................................... 3
2.1. TEOLOGIA MINISTERIAL.............................................................................................3
2.2. UMA BASE BÍBLICA PARA O MINISTÉRIO ......................................................................4
3- VOCAÇÃO ........................................................................................................... 5
4- QUALIFICAÇÃO ................................................................................................... 6
4.1. BIBLÍCO NEO-TESTAMENTÁRIO...................................................................................6
4.2. QUALIFICAÇÃO FORMAL ............................................................................................7
4.3. QUALIFICAÇÃO INFORMAL ..........................................................................................7
4.4. CAPACIDADE CONTEXTUAL ........................................................................................8
5- COMPORTAMENTO DO MINISTRO....................................................................... 8
5.1. EM CASA ................................................................................................................8
5.2. ENTRE O POVO ........................................................................................................9
5.3. NO PÚLPITO ............................................................................................................9
6- O IDEAL DO MINISTRO ....................................................................................... 9
7- A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA ............................................................................ 10
8- O HOMEM, O ESPOSO, O PAI E O PASTOR ........................................................ 10
9- VIDA DEVOCIONAL: MINISTÉRIO, SOFRIMENTOS E RECOMPENSAS ................. 11
10 - ÉTICA............................................................................................................ 11
10.1. A ÉTICA E DEUS ....................................................................................................12
10.2. A ÉTICA NO MINISTÉRIO ..........................................................................................13
10.3. ÉTICA NA FUNÇÃO PASTORAL ...................................................................................13
11 - PASTOR: LÍDER NA SOCIEDADE ORGANIZADA .............................................. 14
11.1. A COMUNIDADE DE FÉ E SEU LÍDER .........................................................................14
12 - UM HOMEM, LÍDER RELIGIOSO..................................................................... 14
13 - CORAÇÃO DE PASTOR, ESPÍRITO DE PASTOR............................................... 15
14 - MISSÃO INTEGRAL ........................................................................................ 16
15 - AÇÃO SOCIAL, MINISTÉRIO PASTORAL ......................................................... 17
16 - TEOLOGIA SOCIAL: UMA NOVA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA? .......................... 18
17 - O ESPIRITO SANTO NO LABOR PASTORAL .................................................... 19
18 - REVELAÇÃO SALVÍFICA: SENSIBILIDADE MISSIONÁRIA NUMA CONCLUSÃO
OBJETIVA................................................................................................................ 20
19 - ADENDO - CERIMONIAS................................................................................. 21
19.1. CEIA ....................................................................................................................21
19.2. CERIMÔNIAS FÚNEBRES ..........................................................................................21
19.3. CASAMENTO ..........................................................................................................21
19.4. CERIMÔNIAS CÍVICAS E FORMATURAS ........................................................................22
1- INTRODUCAO
“Os homens cobiçam, mas não sabem o que; eles caminham, mas perdem a
trilha de chegada; eles lutam e competem, mas esquecem o prêmio. Eles espalham
a semente, mas se recusam a cuidar do solo nas devida estações. Eles buscam
poder e gloria, mas perdem o significado da vida.” (George Gilder).
Excelente obra almejam os que são chamados, vocacionados por Deus para
servirem. Porém, parece que uma desarmonia paira nas mentes de muitos que
vêem para servirem nos ministérios diversificados, existentes hoje no Corpo de
Cristo; onde o lema humano de liderança ou de cabeça toma uma forma mais
abundante, e não menos diferente, do que fala a Bíblia. Parece que o lema eu nasci
para comandar e mandar tem tomado espaço nos corações dos que foram
chamados para servir. Logicamente se respeita e se acata as funções e ministério de
liderança, onde o seu papel se tem como muito importante, porém não sobrepondo
aos demais; onde se pesa a mesma responsabilidade, pois o Dom Supremo dado pôr
Deus, o Espírito Santo, detém o poder de dar ou se manifestar de diversificadas
maneiras e nas mais diversas pessoas, conforme o apraz . Assim que, nada temos
de nós mesmos, pois tudo é dEle, a obra bem como o obreiro.
Se escuta o cambiar ou a desarmonia da vocação, de responsabilidades com a
de privilégios; sou cabeça e não cauda, mas o que não pensam é que devido a
tamanha responsabilidade que ser o cabeça trás, é que se existe após, a condição
de levar o corpo, direcionar o corpo; isto faz com que muitos, as vezes, desejem ser
um pouco cauda; isto para serem ou terem seu tempo de serem conduzidos e
direcionados.
O que também é bom lembrar é que os ataques sempre são na parte vital do
corpo, e talvez não seja tão ruim assim ser ou ter a posição de cauda, não que haja
uma covarde aqui, mas sim um pensar humano; tanto porque, todos tem o seu
devido lugar e sua devida função no corpo; não é em vão que Deus, através do Dom
Supremo, determina o que cada um terá ou será na missão. Responsabilidades e
privilégios se completam, bem como o gozo do trabalho, sendo este onde for deve
preencher nossas vidas. A nossa salvação e alento se baseia na pessoa de Cristo
Jesus, o cabeça do corpo. Pôr Ele fomos chamados, vocacionados, direcionados e
preparados. “Aquele que começou a boa obra, é fiel em completa-la” Gal. 1 verso 15;
Rom 8 verso 28 a 30; Hebreus 12, versos 2,3,11.
2- TEOLOGIA PASTORAL
Ciência que trata dos fundamentos bíblicos para o ministério pastoral, bem
como das relações do pastor quanto ao seu trabalho, igreja, família, mundo etc.
Mas talvez podemos analisar que esta Teologia Pastoral, a qual pode se confundir,
as vezes, com a Psicologia Pastoral, deveria se iniciar desde de uma visão bíblica
antropocentrica, ou seja, o homem enquanto ser, e em si mesmo; tanto o homem
como ser emissário de Deus, como o homem sendo o alvo. O mais importante, o
homem, depois suas demais relações, família, igreja, mundo etc.
3- VOCAÇÃO
“Sacro santa é a vocação”, Depois de um esboço sobre uma base bíblico
teológica sobre o ministério pastoral devemos nos deter um pouco sobre esse
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Teologia Pastoral - 6
específico chamado, onde generalizando, devemos nomear como o “sacerdócio de
cada cristão” onde nenhum é isento, pois todos devemos ser testemunhas. Mas
vocação específica para o desenvolvimento da missão é delimitarmos a discussão no
aspecto da verdade existente e convicção latente de determinado serviço dentro da
engrenagem do Reino.
• I Tim 3:1 (Excelente obra)
• Rom 11:29 (Vocação é irrevogável)
• I Cor 1:26-30 (Vocação não é obra carnal e ou material)
• Ef 4:1-6 (Características do vocacionado)
• II Tim 1:8-10 (Santa vocação segundo propósito de Deus).
Ser vocacionado expressa muitos aspectos bem individuais e específicos para
cada um, porém permita-me citar alguns para uma reflexão sobre o que é ser e
como entender ser um vocacionado:
Ter convicção particular e íntima, mesmo que lhe seja notório que isto se
requer como sendo o ‘Sacrifício do altar”.
Entender que a seu devido tempo (Kairós), e não ao nosso (Cronos), a
capacitação, bem como o preparo e unção vem; o que traduz numa submissão
constante à Deus em tudo que realizamos. Seja este através do Dom em si e dos
talentos.
A igreja, como corpo de Cristo, reconhecerá ministério e vocação. Ela será
como o instrumento de confirmação e aceitação. Cabendo aqui um adendo de que
não existe definição de ministério se o mesmo não for manifesto pela própria igreja.
Vocação não se pode confundir com função. A função se extingue a vocação
não.
Que há benção em tudo que se faz na obra de Deus, mas o importante não é
fazer algo para Deus e sim o que Ele realmente requer. Mesmo no ministério somos
ativistas, “tapa buracos”, mas temos que buscar conhecer o que Ele tem preparado
especificamente.
Assim que, vocação pode ser compreendida de dois modos:
• Geral (Jo 3:16 Mat 28:18-19; o sacerdócio de cada crente nos méritos da
morte de Cristo).
• Específica (Ef 4:8-12. Onde se manifesta a soberania de Deus nestes
desígnios estritamente pessoal e individual).
4- QUALIFICAÇÃO
4.1. Biblíco Neo-Testamentário
No N.T. vemos a eficácia do trabalho de estabelecimento da igreja,
primeiramente por ocasião do mover do Espírito Santo em Pentecoste, na tarefa
delegada a igreja da misio eklesia (missão da igreja) manifestada na diversidade
cultural presente naqueles dias. “Então, designou doze para estarem com Ele e para
os enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios” Marcos 3:13-14. O
termo “para” (= a fim de que) vem do grego “hina” e permite somente uma
conclusão: o período que os díscipulos passaram com Jesus e Ele os “enviou” a
pregar (grego = proclamar). Mas o termo no N.T. é “DISCIPULO” (literalmente é a
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Teologia Pastoral - 7
pessoa que segue com a intenção de aprender) era mais que um seguidor ; o aluno
deixava sua casa, seus pais, parentes e se dedicava a absorver no cotidiano do
RABI, o seja do mestre. Jesus basicamente tinha o seguinte projeto, segundo a
analise do hermeneuta:
• Nenhum díscipulo devaria deixar e desfrutar da vida do Mestre;
• Jesus dava autoridade e responsabilidades;
• Os díscipulos foram instruídos sobre Reino, igreja e humildade. Em resumo
podemos ressaltar que os discípulos tivessem o caráter de Cristo.
A liderança foi estabelecida, de entre aqueles que aos pés do Mestre estavam; e
posteriormente, saindo fronteiras afora dos limites judaicos, iniciando por Barnabé
numa visão da igreja para com outros povos, posteriormente passado a Paulo, onde
sistematiza seu trabalho, na valorização do povo gentil convertido, no levante de
liderança nativa e preparada, na edificação de igrejas em cidades estrategicamente
pré-estabelecidas, na confirmação dos pastores, no zelo da correção, na supervisão
5- COMPORTAMENTO DO
MINISTRO
5.1. Em Casa
Ter uma esposa dedicada é de grande proveito. Temos necessidades de
orientação Divina na escolha da companheira para toda a vida. João Wesley foi um
exemplo notório dos obstáculos que um homem terá que enfrentar se cometer o
erro na escolha da esposa (Pv. 18. 22 / Lc. 10. 1 / Ec. 4. 1 - 12).
Uma relação conjugal de paz e amor é essencial para a espiritualidade e o
progresso. É da vontade de Deus que o pastor e sua esposa se conduzam no lar
como padrão para os crentes (Tt. 2. 7). A Igreja certamente notará como a família do
pastor se porta e fará comentários a respeito (Ef. 5. 25 - 33 / 1Co. 7. 1 - 5).
O sucesso do marido obreiro depende, em grande parte, do bom
comportamento de sua esposa. Ela pode, verdadeiramente, fazer ou desfazer o
trabalho do marido, pois está tão próxima dele, que tem condições de influenciá-lo
do modo mais decisivo (1Tm. 3. 11 / 1Pe. 4. 15).
Governar bem a família é necessário para o sucesso na obra pastoral. Ver os
exemplos de Eli e Abraão (1Tm. 3. 4 / 1Sm. 3. 13 / Gn. 18. 17 - 19 / Ef. 6. 4).
A. Regras certas na família:
• Cultos domésticos - Infelizmente, uma raridade.
• Pontualidade nos horários - Estipular horas de dormir, de acordar, de
trabalho, de lazer, de estudo, etc.
• Higiene - Uma carreira de vitórias na vida de um pastor, depende de uma
série de fatores, e a higiene pessoal e higiene no lar fazem parte desse
conjunto.
5.3. No Púlpito
• Aparência. Roupas simples e limpas. Estar barbeado. As roupas em ordem,
a gravata colocada corretamente, a camisa devidamente abotoada, os
sapatos limpos e engraxados. Os cabelos penteados.
• A Posição do Corpo. Não se deve sentar escarrapachando-se na cadeira,
nem balançar as pernas. Ao levantar-se para pregar, deve fazê-lo com
serenidade, deliberação e respeito. Não convém se escorar no púlpito.
• Os Gestos. De conformidade com as palavras. Não devem ser exagerados.
Evitar imitações de outros pregadores. Quando estiver pregando não se
deve manusear nervosamente qualquer objeto na mão, ou abotoar e
desabotoar o paletó, olhar a todo momento para o relógio. Estas coisas
tiram a atenção do auditório, que deixa de ser abençoado pelo sermão.
• A Voz. Que as palavras soem em voz alta e suficientemente clara para
serem entendidas por todos, mas ao mesmo tempo natural, sem serem
articuladas forçadamente. Deve-se evitar a tonalidade artificial, de falsa
unção e efeitos estudados.
• Deve-se Evitar a Gritaria sem Sentido. Só para impressionar. Evite-se
também um tom baixo demais e monótono. Fazer pausas nas horas certas.
Controlar o volume e tom da voz de acordo com o ambiente. O pastor deve
cuidar bem de sua voz, conservá-la, pois é uma ferramenta indispensável
para o seu trabalho.
• Maus Hábitos a Evitar. Nada de dizer que não está preparado para sua
tarefa ou é incapaz. Isso diminui a expectativa em relação à sua imagem. Se
Deus te chamou para tarefa da pregação, certamente Ele te capacitou para
o trabalho. Procurar usar a língua portuguesa o mais correto possível.
Evitar as gírias ou brincadeiras desnecessárias.
6- O IDEAL DO MINISTRO
A vida mais abundante é o alvo ideal do ministro. A compreensão do seu
ministério e o seu objetivo são de muita importância a ele.
Ele não só busca a verdade para conhecê-la, mas para usá-la de modo prático,
para produzir vida espiritual.
A Bíblia tem passado pelo fogo do cristianismo racionalista, mas nada sofreu
com isso. O pregador não precisa defender a Bíblia, mas usá-la para produzir
resultados na vida dos que ouvem. A Bíblia se defende a si mesma.
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Teologia Pastoral - 10
Não há trabalho mais sublime que o de ministro. Estes são os homens que
Deus conta nessa terra. São os profetas para esta geração, entretanto a
responsabilidade é imensa. Porém, Deus nunca decepcionou aqueles que nEle
confiam e pregam a Palavra com intrepidez.
7- A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
Uma das figuras que o Novo Testamento usa para a Igreja é o corpo. Ora uma
das características principais de um corpo é a organização. Isso em vista da
posição, função e capacidade dos diferentes membros. Se essa diversidade não for
organizada, resultará em confusão.
O propósito da organização é tríplice.
1. Em primeiro lugar, a Igreja precisa moldar-se à natureza de Deus. Ele é
um Deus de ordem. Sua criação funciona com precisão, com cada coisa no
seu devido lugar. No princípio do livro de Gêneses, lemos a história de um
Deus organizando o caos primitivo. Como poderia a Igreja, que é o corpo de
Cristo, ser desorganizada?
2. Em segundo lugar, a organização visa a eficiência. Há muito trabalho a
fazer e o tempo é pouco. Se não houver uma perfeita coordenação na Igreja,
perder-se-a muito tempo fazendo pouco trabalho.
3. Em terceiro lugar, a organização evita a má distribuição de atividades,
assegura o controle, sem ocorrer injustiça no seio da Igreja.
9- VIDA DEVOCIONAL:
MINISTÉRIO, SOFRIMENTOS E
RECOMPENSAS
Uma frase foi dita “Deus não tem compromisso de fidelidade conosco, Ele tem
fidelidade com sua Palavra e sua Palavra é repleta de bênçãos e promessas de Deus
para os que a cumprem; e assim sendo manifesta a sua fidelidade para conosco”.
Um “mega-evangelista” respondeu a uma repórter quando perguntado qual a
razão que ele próprio atribuía a seu “deslize” moral, e assim respondeu: “Meu erro
foi em descuidar de meu devocional diário”. Uma certa pessoa ao passar e ver que
seu pastor estava trabalhando limpando seu lote e cuidando do asseio de sua casa
disse: “muito bem meu pastor gosto de lhe ver assim trabalhando esforçado” e o
pastor nada lhe respondeu. Ao retornar observou que seu pastor estava sentado,
com roupa limpa, Bíblia do lado, muito quieto e pensativo. O irmão então disse: “Ei,
meu pastor, em pleno meio-dia descansando? O pastor não se conteve e respondeu
de forma natural: “A primeira vez que você passou eu estava me distraindo, agora
eu estou trabalhando por você”.
Um ativismo religioso atrapalha, e muito, nossa vida ministerial e pessoal.
Gostaria de ver que irmãos investissem mais em suas famílias, pois se neste ponto
for bem sucedido o ministério e a igreja só tem a ganhar. A oração, o sermão vivido
e preparado, o tempo a sós com Deus, uma cumplicidade espiritual com o cônjuge,
a ministração do esposo sobre a esposa e da esposa sobre o esposo é de
fundamental importância para uma sólida estrutura para um pastorado de
sucesso.
A maioria dos fracassos vem de uma infeliz atitude de menosprezar nossa
limitação humana, nossas pequenas falhas, não respondendo à tempo oportuno e
deixando acumular, não revendo, não nos auto-avaliando, não nos auto-criticando
e assumindo e corrigindo nossas falhas. “Se queremos Ter um ministério de êxito,
devemos começar por entender nossas próprias limitações e não esconde-las, como
se perfeito fossemos”. Somos sim carentes de Deus em tudo, este sim é um bom
começo de caminhada.
10 - ÉTICA
É o conjunto de normas/deveres que regem o comportamento ou conduta de
um determinado grupo. Bem, seria este um conceito bem definido e esquadrinhado
dentro de um contexto geral, porém este tema existe suas variantes que são as mais
diferentes, pela grande diversidade cultural dos povos, os quais regem ou elegem
sua ética dentro de seus princípios de valores, sejam estes das mais diversas áreas:
moral, religiosa, política, familiar, etc. Nós necessitamos de ética, mas Deus não
tem ética, nem necessita de uma, Ele é soberano, Ele é seu próprio realizar, da
forma que o apraz.
Nossa visão ética evangélica deve ser baseada primordialmente no ser para
depois se referir ao Ter. Assim visualizamos um contexto de ética protestante com
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Teologia Pastoral - 12
ética evangélica. A ética protestante se faz com referência a uma constante
pregação de oposição baseada num contexto fundamentalista de distanciamento do
social e secular e apego as beneficias oportunistas e convenientes dos
institucionalizados (religião, progresso e liberdade; discurso fundam. Americano na
época do início da atuação missionária nos países latinos) onde o céu é o fim da
igreja, mesmo estando na terra . Por outro lado a ética evangélica que deve ser
focada no compromissos da missão do Reino, com sacrifício, labor, renúncias, as
vezes, envolvimento com o ser integral, o homem, e todo o seu contexto espiritual e
social. Oposição ao pecado e suas estruturas de pecado, como ecologia,
relacionamentos interpessoais, prostituição, saúde, injustiças, entre outras. “Ética
evangélica não pode ser desvirtuada da ação cristã verdadeira, mas estamos em
falha com isto”.
Ética, verdadeiramente parte do pressuposto bíblico cristão e de consciente
convicção de vontade de Deus e de uma harmonia que rege a satisfação pessoal,
espiritual, familiar, social religiosa, denominacional, etc. O que para finalizar
lembrei-me de uma frase: “Somos verdadeiramente livres quando formos livres do
olhar do outro”. Nada mais ético do que um bom relacionamento com Deus,
conosco mesmo e com os demais.
11 - PASTOR: LÍDER NA
SOCIEDADE ORGANIZADA
Este tema, envolvendo ainda o campo da ética ministerial, mostra o pastor na
sua função de líder comunitário; tendo em vista hoje o papel não pouco expressivo
da comunidade cristã evangélica brasileira. Onde o pastor exerce um papel de
importância na sociedade; mas bem que o mesmo poderia ser de relevância maior
se todos deixassem de lado a herança negativa de uma hermenêutica errônea de
que “do mundo não somos”, o que de certa forma é claro, mas de uma outra ótica
deveríamos Ter maior evidência como lideres do povo e não somente de nossa
congregação. No livro “Bioética” nos mostra com maior amplitude as expectativas da
sociedade concernente nossa posição cristã evangélica sobre temas profundos
como: reprodução, aborto, suicídio, eutanásia, desenvolvimento genético,
depressões e outros temas atuais. Para de forma simplificada e generalizada
pautamos alguns pontos:
• Liderança madura em fé; representante eficaz na área religiosa.
• Posição firme e integral de cidadania e política sem comprometimento da fé
e da doutrina. A convicção de fé cristã não deixa de trazer consigo uma
aprovação pública, um senso de responsabilidade e uma visível maturidade
na visão do povo para com o pastor.
• Boas relações políticas com autoridades governamentais estabelecidas;
mesmo se as posições sejam de concordância ou de posições contrárias em
pontos específicos na visão edificadora do Reino.
• Admitir e buscar ser um dos primeiros a alavancar nas responsabilidades
sociais e filantrópicas.
12 - UM HOMEM, LÍDER
RELIGIOSO
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Teologia Pastoral - 15
Admitir nossa função e posição teológica religiosa não significa uma postura
alienada da nossa própria estrutura humana, carnal e limitada, mas sim uma
dependência incondicional de Deus em graça e misericórdia. Assim que,
entendendo que nós, humanamente somos desprovido de qualquer poder e
condição extra-humana, somos limitados, mas apesar de nós mesmos Deus tem
nos fortalecido. Alguns cuidados devemos ter:
• Não transmitir uma imagem de onipotência ministerial.
• Aceitar e dar ajuda; saber que necessita ser pastoreado.
• Boa motivação para com os demais irmãos, igreja e ministérios sem
sobrepor ou sacrificar à família.
• Como harmonizar o conceito de Instituição religiosa e Corpo de Cristo.
• Respeitar nossa própria limitação humana.
• Entender que o melhor conselho é o exemplo.
• Dentro da consciência cristã “ser livre do olhar do outro”.
13 - CORAÇÃO DE PASTOR,
ESPÍRITO DE PASTOR
Quando uma pessoa se abre e se mostra vulnerável e sua humanidade
aparece, os seus valores ressaltam como virtudes. Sendo todos nós homens
podemos afirmar que se tem imperfeições e ao contrário dos que pensam que estas
imperfeições pastor não às tem, são as mesmas que ao invés de nos tornar
vulneráveis servirão de exemplo e cura para nosso ministério.
• Evidência da Derrota da Auto Suficiência: Como o caso de Pedro andar pôr
sobre as águas, mas começa afundar. Em outra ocasião, é repreendido pôr
pensar que sabia todas as coisas “não me lavareis os pés”.
• A Consciência da Total Dependência. A fragilidade e limitação humana se
manifesta, fazendo do coração amargurado um campo a ser plantado, o
peso das derrotas particulares e de frustrações pessoais pode humanizar, e
a humanidade, antes infalível, trás decepção e invade corações. Insistindo
que nossa clara fragilidade deve Ter o alento da dependência de Deus como
nosso porto seguro.
• Que um Coração de Pastor e Espírito de Pastor, é aquele que quando se
deixa tratar, se busca sempre ser vitorioso, e o que pensamos que não nos
traz crescimento é o que mais nos ensina; nossa vulnerabilidade,
humanização, cara limpa. Pastorear é Ter coração de pastor e espírito de
pastor; É saber que os valores eternos de Cristo são primeiros para nós
depois para os outros, “...pelo que eu recebi do Senhor, o que também vos
ensinei” a começar pelo perdão, pela auto avaliação e correção.
Ser pastor e ministro é ser tratável, vulnerável, humano, propício a erros; mas
no caminho vem as vitórias, o gozo de se estar no centro da vontade de Deus.
Nosso maior conselho é o exemplo.
“Por que eu recebi do Senhor, o que também vos ensinei...” (Ap. Paulo).
14 - MISSÃO INTEGRAL
A reorganização de toda a estrutura eclesiástica se faz necessária, com
especial visão voltada para homem integral, o que sempre foi uma carência ou um
vazio deixado como herança pela igreja evangélica; esta sempre voltada para o
espiritual, ou com toques espiritualizados. Com certeza a sociedade também
exercem sua pressão para com esta lacuna, criticando a falta de mobilização dos
evangélicos para uma teologia um pouco mais antropocêntrica e menos
intranscedente espiritualista.
Para uma comunidade cristã, que prega paz e justiça, não poderia se esperar
que ela viesse a ser complacente com a desigualdade e a injustiça dos dias de hoje.
Ou pelo menos realizaria sua tarefa particular de cumprir com sua parte realizando
trabalhos sociais, filantrópicos, assistência, e claro espiritual.
Registrada no Pacto de Lausane, uma declaração vem demonstrar grande
preocupação sobre este “dever cristão” de uma teologia integral. Assim relata esta
mensagem:
“A mensagem de salvação implica também uma mensagem de juízo para toda
a forma de alienação, opressão e discriminação; logo, não devemos ter medo de
denunciar o pernicioso e injusto, onde quer que ele exista. Quando as pessoas
recebem a Cristo e a seu Reino, são nascidas de novo devendo não somente
proclamar sua fé, mas também a justiça de Deus no meio de um mundo que não
tem justiça”.
A igreja não é uma adepta do plano de terceirização aplicada pela estratégia
empresarial atual no que diz respeito de deixarem outros fazerem o que compete a
ela. A globalização desta missão ou do que chamamos engrenagem do Reino,
usamos o nome de “Missão Integral”, onde também outros podem chamar de
realização de um “Mandato Cultural . Vejamos o parecer de Peter Wagner sobre
“mandato cultural” em três aspectos, os quais são :Origem, Necessidades e Alcance.
• Origem. O mandato cultural está em Deus, que delegou a Adão e a Eva o
privilégio de cumprir com este mandato. “Sede fecundos multiplicai-vos e
enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar sobre as aves do
céus e sobre todo animal que rasteja sobre a terra Gn 1:28). Esse mandato
poderia ser denominado como a versão do Antigo Testamento. Sendo que a
que chamaríamos de versão do Novo Testamento é o texto de Mt 22:37-39,
onde Jesus diz em forma de mandamento expressões que se podem
entender ainda melhor: “Amarás o Senhor teu Deus de todo vosso coração,
alma e entendimento” e o outro continua dizendo: “Amarás o teu próximo
como a ti mesmo”. Jesus então resume que estes dois estão na lei e nos
ensinos dos profetas e que, como cristãs temos a responsabilidade (e não é
opção) de amar o próximo e como amaremos a Deus se não amamos ao
próximo?
• Necessidade. E as necessidades são as prioridade e as emergências. Seria
tudo que envolvesse a integridade, família, integridade cultural, libertação
do oprimido, manutenção da paz (se é da vontade de Deus que vivamos em
paz). Deus conhece o nosso potencial e nos mostra que estas são
características das necessidades descritas também no sermão do monte.
• Alcance. O mandato cultural nunca foi anulado: da criação até a conclusão
da história escatológica. Os agentes de Deus são os que realizam sua obra.
Todos tem uma parte a cumprir; os crentes são os agentes escolhidos pôr
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Teologia Pastoral - 17
Deus para fazerem coisas acontecerem. Contudo, grandes estudiosos, como
é o caso de um dos ex-diretores do Seminário Fuller, existem em afirmar
que mandato cultural como também de “DEVER CRISTÃO”.
Essa visão é integral ao homem, “feitura especial de Deus” (Hebraico Yatsar)
de uma forma generalizada, ao ser emocional, espiritual, físico, sentimental. Somos
muito bons em espiritualizar situações, mas pobres de uma visão antropocêntrica
(onde é uma visão de amor de Deus ao homem).
18 - REVELAÇÃO SALVÍFICA:
SENSIBILIDADE MISSIONÁRIA
NUMA CONCLUSÃO OBJETIVA
“Em perspectiva teocêntrica diremos que a revelação está ordenada para a
glória de Deus; em perspectiva antropocêntrica afirmamos que a revelação está
ordenada para salvação do homem” (Rene Latourelle).
Se entende que um conceito de revelação de Deus tem conotação salvífica;
então concluímos que revelação e salvação vem do próprio Deus. A fé tem seu
papel importante nesta tarefa de aceitar e reconhecer esta situação de revelação e
salvação como uma só. Definir revelação sem referência a salvação seria definir em
pleno erro; salvação de Deus, em Cristo Jesus, é “essencialmente revelação”. E esta
revelação dada pôr Deus não pode ser restringida a nenhuma forma ou conceito
humano, a nenhum parâmetro institucional, ou encaixada e sistematizada num
circulo de particular interesses e pensamentos; mas deve-se ressaltar e fazer
sobressair que a revelação é. O desejo de Deus é que todos se salvem e tenham um
relacionamento com Ele, pôr isso Deus se revela e se faz conhecido tanto como
criador como salvador do homem, em graça e amor em Jesus Cristo.
Num comentário sobre a revelação Rene Latourelle assim refere-se: “O
Cristianismo não é uma metafísica abstrata, mas sim uma história de salvação,
ordenada segundo um plano Divino”. Assim é também o enfoque joanino
concernente a apresentação de Jesus como o Cristo de Deus. O Concílio Vaticano
II, citado pôr Lautorelle diz:
“A revelação é absolutamente necessária, pôr que Deus em sua infinita
bondade, estabeleceu o homem a um fim sobrenatural, é dizer a participar dos bens
Divinos que sobressaem totalmente a inteligência da mente humana”.
Deus se envolve com o homem e se dá a conhecer e este mesmo homem,
alcançado e constrangido pelo amor de Deus somos impulsionados a ter e viver a
vida que Cristo oferece, o pastor deve desejar ter e viver o caráter de Cristo. Paulo
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Teologia Pastoral - 21
refere-se a uma necessidade sua de estar em pleno envolvimento com a vontade de
Deus, e esta necessidade é quase física, algo que é fundamental para aquele que
toma consciência de todo ato de amor, criação e salvação de Deus, que vai além da
realidade consciente do homem.
“O Pai se revela pela ação conjugada do Verbo e do Espírito, que são como os
braços de seu amor a humanidade, e a atrai para Cristo. O envolvimento de amor
para aquele que o Pai se manifesta, pôr Cristo, aos homens, e a correspondência do
amor dos homens pela fé e caridade, aparecem como submersos no fluxo e refluxo
de amor que une ao Pai e ao Filho no Espírito. A revelação inicia um diálogo sem
interrupções entre o Pai e seus filhos, adquiridos pelo sangue de Cristo. Tem lugar
uma vez no plano dos acontecimentos históricos e no da eternidade. Se inaugura
com a Palavra e se culmina na visão, no encontro facial”.
Tendo conhecimento e a sensibilidade espiritual o pastor deve buscar com
esmero pontos importantes e que facilitam a prática, sem nenhum ato de
imprudência e desrespeito para com o povo pode se obter a aprovação de Deus,
glorificando seu nome através da igreja com a consciência de que ela é a
responsável para realizar a “Missio-Dei”. Levar as ovelhas a esta consciência de
reprodução espiritual e a Ter o caráter de Cristo é o dever e o privilegio dos que
optam pelo ministério. Assim que devemos nos esmerar em tudo que Deus nos
confia.
19 - ADENDO - CERIMONIAS
19.1. Ceia
Manifesta nossa teologia, credo e consciência cristã, declarando publicamente
que cremos no Deus encarnado, nascido entre os homens, morreu por nós,
pecadores, nos redimindo transportando para o Reino Eterno de Deus. Bem como
na sua vinda escatológica, esperança do homem salvo em Cristo.
Não podemos interpretar como sendo que os elementos se tornam em sangue
e carne literais (transubstânciação) que é a interpretação Católica Romana, mas
sim um simbolismo. Usar textos com interpretação do contexto da ceia. A atitude de
fé sobrepõe a que tipo de pão, se vinho ou suco (mas é melhor conhecer o que
pensa a igreja sobre o caso de se usar vinho ou não, e o porque) e quantas vezes
participar.
19.3. Casamento
Neste ato se coloca a ética e a formalidade tendo em vista o lugar oficialmente
reconhecido pelo estado ao ministrante. Daí a importância da seriedade legal, e não
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menos pela espiritual. De acordo com o estabelecido pelos noivos, com sugestão do
pastor quando requerido, com sermão objetivo, direto e contextualizado. Pois
depende do local, tempo, entre outros. Mas é necessário focalização e atenção aos
principais da ocasião, em especial, como dita a primazia em nossa cultura, para a
noiva. Termos formais e legais são necessários para o caso de ser civil/religioso, e
caso seja somente as bênçãos seria mais prático e direto na ação espiritual das
bênçãos.