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CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA

E PERÍCIA AMBIENTAL
(turma 2018)

MEIO AMBIENTE E RECURSOS


NATURAIS
(30 h)

Profº.: Henrique Gutierres


E-mail: hepg86@Hotmail.com
A inserção dos assuntos nas
futuras disciplinas
• Política Ambiental
• Legislação Ambiental
• Licenciamento Ambiental
• Avaliação de Impacto Ambiental
• Crimes Ambientais
• Gestão de Recursos Hídricos
• Sistemas de Gestão Ambiental
• Metodologia da Pesquisa
• Responsabilidade Socioambiental
• Valoração do Dano Ambiental
• Poluição Ambiental
• Auditoria Ambiental
• Perícia Ambiental
A QUESTÃO AMBIENTAL X POPULAÇÃO

• Aumento da população mundial: 70 milhões/ano (BOTKIN, D.


B.; KELLER, E. A.,2011)

• 9,4 bilhões em 2050


• “O crescimento populacional humano é, de forma
significativa, o problema mais relevante para o meio
ambiente” (BOTKIN, D. B.; KELLER, E. A.,2011, p.4)

- De que forma, então, pode a Terra manter todas essas


pessoas?

- E qual o número máximo de habitantes que podem


sobreviver na Terra – não somente por um curto período
de tempo, mas sustentado por um longo tempo?
ASPECTOS CONCEITUAIS
• Meio Ambiente (?)

• Recursos Naturais (?)

Recurso natural - qualquer elemento ou aspecto da natureza que


esteja em demanda, seja passível de uso ou esteja sendo usado
pelo Homem, direta ou indiretamente, como forma de satisfação
de suas necessidades físicas e culturais em determinado tempo e
espaço (VENTURI, 2006, p.13).

Milaré (2015) considera o ar, a água, o solo, a flora e a fauna


como os cinco grandes grupos de recursos naturais que integram
o Patrimônio Ambiental Natural.
COMPARTIMENTAÇÃO DO AMBIENTE
• Geologia
• Geomorfologia
• Pedologia
MEIO FÍSICO • Clima
• Recursos Hídricos
• [...]

• Flora
MEIO
• Fauna
BIOLÓGICO
• [...]
• População
• Atividades econômicas
MEIO • Patrimônio histórico
ANTRÓPICO • Sistema Viário
• [...]
FATORES ABIÓTICOS E BIÓTICOS

• Minerais
• Rochas
• Solos
• Relevo
• Clima
• Recursos Hídricos
• Flora
• Fauna
AR
• A disponibilidade e o uso desse recurso inserem-se
perfeitamente nos programas de gerenciamento ambiental.
• Padrões de qualidade
• Efeitos nocivos:
1) Saúde humana: monóxido de carbono (CO); dióxido de
enxofre (SO2); dióxido de nitrogênio (NO2); hidrocarbonetos
(HC); ozônio (O3) e o material particulado.
2) Patrimônio natural: plantas, animais e ecossistemas inteiros.
3) Patrimônio físico: construções, maquinaria, equipamentos
diversos são afetados por acúmulo de particulados e por
elementos corrosivos ou abrasivos.
4) Patrimônio cultural: paisagem, monumentos, estátuas e
construções típicas padecem de danos diversos.
• Poluição e alterações do recurso ar

- Resulta da alteração das características físicas, químicas ou


biológicas normais da atmosfera, de forma a causar danos ao ser
humano, à fauna, à flora e aos materiais, além de afetar
negativamente o bem-estar da população.

- Fontes estacionárias x Fontes móveis

- Contexto urbano
- Contexto rural

- Fatores como ventos dominantes, umidade e pluviosidade devem


ser levados em conta no planejamento ambiental e no
licenciamento das atividades produtivas.
ÁGUA
• Distribuição desigual no mundo (12% no Brasil)
• Distribuição desigual no Brasil (80% na região amazônica)
• Perdas nas redes de distribuição (média mundial = 10%; Brasil = 40%; região
Nordeste = 60% / Milaré, 2015)
• Contaminação:
a) Esgoto doméstico;
b) Efluentes industriais;
c) Agrotóxicos e pesticidas
d) Mineração;
e) Poluição térmica;
f) etc.
CICLO HIDROLÓGICO
Águas subterrâneas

- Contaminação de aquíferos por conta de poluentes (nitratos


e agrotóxicos)

- Órgãos públicos competentes têm-se mostrado omissos


perante a problemática das águas subterrâneas (deficiente
vigilância sobre os riscos de contaminação dos aquíferos e a
inexistência de controle de qualidade).
LEI Nº 9.433/97

POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS


HÍDRICOS
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes
fundamentos:

I - a água é um bem de domínio público;


II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o
consumo humano e a dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo
das águas;
V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política
Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a
participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades .
Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos
Hídricos:

I - os Planos de Recursos Hídricos;


II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo
os usos preponderantes da água;
III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
Outorga de direito de uso de recursos
hídricos
Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes
usos de recursos hídricos:

I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de


água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de
processo produtivo;
II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou
insumo de processo produtivo;
III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos
líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou
disposição final;
IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da
água existente em um corpo de água.
CRISTAL MINERA
Art. 15. A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser
suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo
determinado, nas seguintes circunstâncias:

I - não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga;


II - ausência de uso por três anos consecutivos;
III - necessidade premente de água para atender a situações de
calamidade, inclusive as decorrentes de condições climáticas
adversas;
IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação
ambiental;
V - necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse
coletivo, para os quais não se disponha de fontes alternativas;
VI - necessidade de serem mantidas as características de
navegabilidade do corpo de água.
Solo
• Camada viva que recobre a superfície da Terra, em evolução permanente, por meio
da alteração das rochas e de processos pedogenéticos, comandados por agentes
físicos, químicos e biológicos” (SALOMÃO e ANTUNES, 1998).

• Uso do solo como recurso natural ou espaço social


SOLO COMO UM SISTEMA TRIFÁSICO
FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO
Material de Origem/Rocha Parental (com resistência diferenciada aos processos
de alteração intempérica)

Clima (variação sazonal da temperatura e distribuição das chuvas)

Relevo (influi no regime de infiltração e drenagem das águas)

Organismos vegetais e animais (fornecem matéria orgânica para reações químicas e


remobilizam os materiais)

Tempo (idade da superfície do terreno)


Usos inadequados do solo
• Disposição de resíduos e contaminação do solo
- Lixão
- Aterro Sanitário
- Usinas de compostagem
- Reciclagem
- Incineração
• Extração mineral

- Plano de Recuperação de
Áreas Degradadas (PRAD)

CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE


Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica
exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
Áreas contaminadas
• A legislação brasileira mais recente estabelece procedimentos
preventivos relacionados as áreas contaminadas, fixando
critérios e valores relativos à qualidade do solo quanto à
presença de substâncias químicas, e diretrizes para o
gerenciamento ambiental dessas áreas.

• Ação preventiva
• Ação corretiva (ações de controle e remediação ambiental)

ATIVIDADES AGRÍCOLAS

Produtos tóxicos e pesticidas (consultar a Resolução CONAMA nº


465/2014 – dispõe sobre os requisitos e critérios técnicos
mínimos necessários para o licenciamento ambiental de
estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens de
agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos)
EROSÃO
• Processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou de
fragmentos e partículas de rochas, pela ação combinada da gravidade
com água, vento, gelo e organismos (plantas e animais) (SALOMÃO E
IWASA, 1995).

• Erosão Natural ou Erosão Acelerada (Antrópica)


Ravinas
Voçorocas
MOVIMENTOS DE MASSA
Formas de vertentes e os seus respectivos escoamentos superficiais de água
Fonte: Guerra (2011) GUERRA, Antonio José Teixeira. Geomorfologia Urbana. Rio de Janeiro: Bretrand Brasil, 2011.
Perfil esquemático
de uma encosta
submetida a
processo de
Rastejo
Escorregamentos
• Velocidades médias (m/h) a altas (m/s)
• Pequenos a grandes volumes de material (rocha ou solo)

As principais causas antrópicas dos escorregamentos são as seguintes:


a) concentração de águas pluviais;
b) lançamento de águas servidas;
c) vazamentos na rede de abastecimento de água;
d) existência de fossas sanitárias;
e) declividade e alturas excessivas de cortes;
f) execução inadequada de aterros;
g) deposição de lixo ou existência deste englobado nos aterros;
h) remoção indiscriminada da cobertura vegetal.
PRINCIPAIS ATIVIDADES ANTRÓPICAS INDUTORAS DE ESCORREGAMENTOS EM
ENCOSTAS
Rodovia BR-101 Sul (PE)
Maio/2017
ASSOREAMENTO
• DEFINIÇÃO: é o processo de acumulação de partículas sólidas
(sedimentos) em meio aquoso, ocorrendo quando a força do
agente transportador natural (curso d´água) é sobrepujada pela
força da gravidade ou quando a supersaturação das águas
permite a deposição de partículas sólidas.

• Causas:

*Práticas agrícolas inadequadas;


*Infraestrutura urbana precária;
*Barramentos e desvios;
* Etc.
Hierarquia fluvial de Strahler.
Sequência evolutiva de
canal fluvial alterado pelo
homem (GROTZINGER, J;
JORDAN, T. H; PRESS, F;
SIEVER, R, 2006).
INUNDAÇÕES
DEFINIÇÃO: correspondem ao extravasamento das águas de um curso
d’água para as áreas marginais, quando a vazão é superior à
capacidade de descarga da calha. A planície de inundação funciona
como um regulador hidrológico, absorvendo o excesso de água nos
períodos de intensas chuvas e cheias.
Como o homem altera as características do rio?
• Retirada da cobertura vegetal do terreno;

• Impermeabilização do solo;

• Construção de casas, calçamentos, ruas, rodovias e


estradas, barrando ou alterando os fluxos da água;

• A capacidade de retenção da água por meio da vegetação


e a capacidade de infiltração dessa água no solo são
afetadas.
• despejo de resíduos sólidos urbanos (lixo), provocando o
entulhamento dos vales e quaisquer tipos de drenagem;

• eliminação da mata ciliar, provocando erosão contínua e


assoreamento dos cursos d’água;

• lançamento de esgotos domésticos e industriais;

• desmatamentos de extensas áreas, por meio de cortes e


queimadas;

• execução de cortes e aterros nas planícies de inundação;

• retificação, aprofundamentos, desvios e canalização dos


córregos;
• mineração descontrolada em áreas de várzea, carreando
sólidos para os córregos (assoreamento e entulhamento);
• aterramento das várzeas marginais no fundo de vale,
causando aumento do escoamento superficial e retenção
das águas de superfície;
• ocupação urbana indevida nas margens dos fundos de
vale;
• ausência de saneamento básico, permitindo o
escoamento de pequenas drenagens, águas pluviais e até
mesmo esgoto sanitário, através de valas negras;
• barramentos artificiais provocados pelas estradas que
funcionam como diques elevados em relação aos
terrenos adjacentes, dificultando o escoamento da rede
de drenagem.
OCUPAÇÃO URBANA EM ÁREAS DE INUNDAÇÃO
Solos, Construção e a Legislação
• Lei Federal nº 6.766/79 (Parcelamento do solo urbano)

• Veda o parcelamento do solo nas seguintes condições:

- Terrenos alagadiços e sujeitos a inundações


- Terrenos aterrados com material nocivos a saúde pública
- Terrenos com declividade igual ou superior a 30%;
- Terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação
- Áreas de preservação ecológico ou naquelas onde a poluição impeça
condições sanitárias suportáveis.
PROJETO DE PESQUISA
UNIPÊ
ANO: 2017

“A REALIDADE DAS ÁREAS DE RISCO GEOLÓGICO-


GEOMORFOLÓGICO NA CIDADE DE JOÃO PESSOA:
DIAGNÓSTICO, MAPEAMENTO, MONITORAMENTO DAS
INTERVENÇÕES E IMPLICAÇÕES GEOTÉCNICAS”
Comunidade Santa Clara
(Castelo Branco)
Fotos: Defesa Civil de João Pessoa
Talude da comunidade Santa Clara
(Castelo Branco) na BR-230
Fotos: Defesa Civil de João Pessoa
Talude da comunidade Santa Clara
(Castelo Branco) na BR-230
Fotos: Defesa Civil de João Pessoa
Inundação do rio Jaguaribe no
Bairro São José
Foto: Defesa Civil de João Pessoa

Inundação do rio Jaguaribe


na comunidade São Rafael
Fotos: Defesa Civil de João Pessoa
Inundação do rio Jaguaribe na
Altura da comunidade Tito Silva
(Castelo Branco/Miramar)
Fotos: Defesa Civil de João Pessoa
Comunidade Saturnino de Brito
(maio/2015)
Fotos: Henrique Gutierres
ARTIGO

BASE CARTOGRÁFICA DIGITAL COMO


INSTRUMENTO PARA A IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS
SUSCETÍVEIS À EROSÃO E MOVIMENTOS DE
MASSA EM JOÃO PESSOA (PB), BRASIL

Autores: Saulo Roberto de Oliveira Vital, Bruno Ferreira,


Osvaldo Girão, Caio Lima dos Santos, Fábio
Carvalho Nunes.

Revista Geográfica de América Central Nº 57


Ano: 2016
Alguns cientistas estão se
questionando se a sociedade humana
e os sistemas físicos da Terra
constituem uma relação em escala
global de mutualismo (sustentável)
ou parasitária (insustentável)?

Até que ponto a sociedade moderna


compreende a biodiversidade e a
geodiversidade terrestre?
GEODIVERSIDADE
• Sharples (2002) e a Australian Heritage Commission (2002) definiram
geodiversidade como: “a diversidade de características, conjuntos, sistemas e
processos geológicos (substrato), geomorfológicos (formas de paisagem) e do
solo”.

• Segundo Gray (2004) o termo geodiversidade corresponde: “A variedade natural


de aspectos geológicos (minerais, rochas e fósseis), geomorfológicos (formas de
relevo, processos) e do solo. Inclui suas coleções, relações, propriedades,
interpretações e sistemas”.

• Geodiversidade é um termo muito recente (atribui o primeiro uso no ano de 1993


na Austrália), que começou a ser utilizado por geólogos e geomorfólogos na
década de 90 para descrever a variedade do meio abiótico (GRAY, 2004).
Pedra do Sapo (RN) – Marcos Nascimento ; Pedra do Cão Sentado (RJ) – Marcos Nascimento
• Valor da geodiversidade enquanto
substrato para a sustentação dos
sistemas físicos e ecológicos - refere-
se a populações de animais e/ou
plantas em locais cuja
geodiversidade definiu as condições
ideais para a implantação e
desenvolvimento.

• Para Brilha (2005), a biodiversidade


é definitivamente condicionada pela
geodiversidade.

• Várias são as atividades que


ameaçam a sua conservação, tais
como:
- Falta de conhecimento do público
sobre sua importância;
- Obras de engenharia como estradas
e outras construções;
- Atividades de mineração não-
lanejadas;
- Atividades militares e coleta de
amostras sem fins científicos.
• Sharples (2002) explica: “a geoconservação visa a
preservação da diversidade natural (ou geodiversidade)
de significativos aspectos e processos geológicos
(substrato), geomorfológicos (formas de paisagem) e
de solo, pela manutenção da evolução natural desses
aspectos e processos”.

• Geoturismo: é o turismo em que além da fruição


visual, o turista recebe informações sobre a “base
geológica” do que ele está vendo, e sobre o valor e a
necessidade da sua proteção.

• Para uma ação mais ampla de conservação de qualquer


patrimônio natural é preciso tratar em conjunto a
biodiversidade e a geodiversidade
MEIO BIÓTICO
BIODIVERSIDADE

Inclui o número de espécies diferentes e a abundância de cada uma delas, a


diversidade genética em cada espécie (número de características genéticas) e a
diversidade de ecossistemas e habitats.
• Ecologia (grego oikos “casa ou local onde se vive;
logos “estudo de”) – é o estudo das relações entre
os organismos e o ambiente onde estes vivem e
entre os diversos ecossistemas da biosfera (criada
por Ernst Haeckel, 1869) - (CHRISTOPHERSON, 2012).

• Ecossistema – é uma associação autossustentável


entre plantas, animais e as partes abióticas de seus
ambientes físicos (CHRISTOPHERSON, 2012).
• Sucessão ecológica – ocorre quando novas comunidades de
vegetais e animais (geralmente mais complexas) substituem
outras mais antiga e mais simples, resultando em uma mudança
na composição de espécies.

• A biologia da conservação, a biogeografia e a ecologia


contemporâneas assumem que a natureza esteja em constante
adaptação e não se encontra em equilíbrio.
Algumas causas:
- Vendavais
- Inundações
- Erupções vulcânicas
- Incêndios naturais
- Determinadas práticas agrícolas (sobrepastoreio
prolongado)
Sucessão terrestre
• Sucessão primária

- Superfícies criadas por:

Movimentos de massa
Áreas expostas pela retração de geleiras
Paisagens formadas pelo derrame de lavas esfriadas e
erupções vulcânicas
Mineração a céu aberto
VEGETAÇÃO
• Fotossíntese (foto – faz referência à luz solar e síntese –
descreve a fabricação) – une o dióxido de carbono ao
hidrogênio, libera oxigênio e produz alimento rico em
energia para a planta.
• Hábitat – é o tipo de ambiente em que um organismo
reside ou está biologicamente adaptado para viver.

• Nicho – refere-se à função, ou ocupação, de uma forma


de vida dentro de uma dada comunidade (várias facetas:
nicho de hábitat, trófico – alimentos e reprodutivo).
FATORES LIMITANTES
Identifica o componente abiótico (físico ou químico), que
mais inibe operações bióticas por sua falta ou excesso.

Exemplos:

- Temperaturas baixas limitam o crescimento de plantas em alta elevações;


- Escassez de água limita o crescimento em um deserto;
- Excesso de água limita o crescimento em um brejo;
- Alterações nos níveis de salinidade afetam ecossistemas aquáticos;
- Escassez de ferro na superfície de ambientes oceânicos limita a produção fotossintética;
- Baixa quantidade de fósforo nos solos limita o crescimento das plantas.
• ECOSSISTEMA –
- “Mudança”: conceito fundamental para entender a
estabilidade de um ecossistema.
- Estabilidade inercial: tendência das populações de
espécies permanecerem estáveis.
- Resiliência: capacidade de recuperação frente a
mudanças / distúrbios.
OPERAÇÕES ECOSSISTÊMICAS BIÓTICAS
• Produtores (autótrofos)
- Organismos que utilizam o dióxido de carbono como única
fonte de carbono

• Consumidores (heterótrofos)
- Organismos que dependem dos produtores como sua fonte de
carbono

• Cadeia alimentar (produtores; consumidor primário –


herbívoro; consumidor secundário – carnívoro; consumidor
terciário – carnívoro de topo; onívoro; detritívoros e
decompositores).
• Teias alimentares – rede complexa de cadeias alimentares
interligadas
Teia alimentar
Concentração da poluição em cadeias alimentares
CICLO DE ELEMENTOS
CICLO DO CARBONO E DO OXIGÊNIO
CICLO DO NITROGÊNIO
A inserção do estudo dos recursos
naturais nas futuras disciplinas
• Política Ambiental
• Legislação Ambiental
• Licenciamento Ambiental
• Avaliação de Impacto Ambiental
• Crimes Ambientais
• Gestão de Recursos Hídricos
• Sistemas de Gestão Ambiental
• Metodologia da Pesquisa
• Responsabilidade Socioambiental
• Valoração do Dano Ambiental
• Poluição Ambiental
• Auditoria Ambiental
• Perícia Ambiental
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

 Conceito de meio ambiente

 Degradação da qualidade ambiental

 Poluição

 Poluidor

 Recursos ambientais

 Obrigar poluidor pagador reparar os danos causados


(princípio responsabilidade objetiva)
LEI Nº 12.651/2012

CÓDIGO FLORESTAL
Art. 1o-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre:

 Proteção da vegetação
 Áreas de Preservação Permanente
 Áreas de Reserva Legal
 Exploração florestal
 Suprimento de matéria-prima florestal
 Controle da origem dos produtos florestais
 Controle e prevenção dos incêndios florestais
 Prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus
objetivos.
Área de Preservação Permanente

APP
Espaços Territoriais Especialmente
Protegidos (ETEPs)
 ETEPs em sentido estrito (stricto sensu):

Unidades de Conservação (Lei Federal nº 9.985/2000)

 ETEPs em sentido amplo (lato sensu):

- APPs (arts. 3º e 4º da Lei Federal nº 12.651/2012)


- Reserva Florestal Legal (art. 12 da Lei Federal nº 12.651/2012)
- Áreas de Uso Restrito (arts. 10 e 11 da Lei Federal nº 12.651/2012)
- Todas as demais
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o


manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País


e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e


seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração
e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção;
• Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou
não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o
solo e assegurar o bem-estar das populações humanas (inciso II,
art.3º - Lei Federal nº 12.651/2012);
Áreas adjacentes para a preservação do meio florestal
Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros,
desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de
largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de
largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)
metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos)
metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de
superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou
represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes* e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; * afloramento natural do lençol freático que apresenta
perenidade e dá início a um curso d’água
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100%
(cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa
nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem)
metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de
nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em
relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou
espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais
próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja
a vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50
(cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.
Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando
declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder
Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de
vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades:

I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e


deslizamentos de terra e de rocha;
II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas;
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de
extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico,
cultural ou histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das
autoridades militares.
IX- proteger áreas úmidas, especialmente as de importância
internacional.
RESERVA LEGAL
 RESERVA LEGAL - área localizada no interior de uma propriedade ou
posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de
assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais
do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos
ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o
abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa; (inciso III, art. 3º
- Lei Federal nº 12.651/2012)
RESERVA LEGAL

Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com


cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva
Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as
Áreas de Preservação Permanente, observados os
seguintes percentuais mínimos em relação à área do
imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta
Lei.

I - localizado na Amazônia Legal:


a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais;
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento).
CRITÉRIOS

Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no


imóvel rural deverá levar em consideração os
seguintes estudos e critérios:

I - o plano de bacia hidrográfica;


II - o Zoneamento Ecológico-Econômico
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal,
com Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação
ou com outra área legalmente protegida;
IV - as áreas de maior importância para a conservação da
biodiversidade; e
V - as áreas de maior fragilidade ambiental.
Paranapanema - SP
SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES
DE CONSERVAÇÃO (SNUC)
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder
Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o


manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do


País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de
material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e


seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração
e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de


técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a
qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a


conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as


práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a
extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
• Unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos
ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características
naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial
de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteção (Art. 2º - Lei Federal nº 9.985/00).
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se
por:
 XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com
objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e
as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma
harmônica e eficaz;

 XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos
objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as
normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a
implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade;

 XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as


atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito
de minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e

 XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando


unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento
da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas,
bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas
com extensão maior do que aquela das unidades individuais.
Atribuições dos órgãos no SNUC
 Órgão consultivo e deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente
– CONAMA.

 Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de


coordenar o Sistema; e

 Órgãos executores: o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o IBAMA, em


caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais, com a função de
implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar
as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, nas
respectivas esferas de atuação.
Categorias de Unidades de Conservação
Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável

I - Estação Ecológica; I - Área de Proteção Ambiental (APA);


II - Reserva Biológica; II - Área de Relevante Interesse Ecológico;
III - Floresta Nacional;
III - Parque Nacional;
IV - Reserva Extrativista;
IV - Monumento Natural;
V - Reserva de Fauna;
V - Refúgio de Vida Silvestre. VI – Reserva de Desenvolvimento
Sustentável; e
VII - Reserva Particular do Patrimônio
Natural (RPPN).
Regras de uso e ocupação das Unidades de Conservação,
de acordo com a Lei Federal nº 9.985/2000.

Org.: Henrique Gutierres


Regras de uso e ocupação das Unidades de Conservação,
de acordo com a Lei Federal nº 9.985/2000.

Org.: Henrique Gutierres

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