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A LETRA G NA MAÇONARIA

A letra G que é considerada a letra sagrada dos maçons e pode ser vista em diversas representações
maçônicas, é incontestavelmente um dos grandes enigmas maçônicos e sobre ela paira um mistério
que provocou um grande número de interpretações e comentários e muitas fantasias a seu respeito.
Alguns escritores maçônicos lhe atribuem diversos significados e outros, como Jules Boucher,
simplesmente considera esses significados como baboseira.

Entretanto, dentre os múltiplos significados atribuídos a Letra G existe um, que se não foi a razão
dela ter sido adotada na maçonaria, traz muito do espírito de livre pensadores e de elemento de
transformação esperado dos maçons. Esse atributo seria a Gnose.

A GNOSE COMO ATITUDE ANTE A VIDA

Gnose, em grego, significa conhecimento e seu estudo como epistemologia ou teoria do


conhecimento integra o campo da filosofia na atualidade. No presente texto, aludimos a uma
concepção especifica da gnose, cujas características passamos a enunciar.

O conhecimento ou a gnose surge como atitude ante a vida todas as vezes que se carece de novas
estruturas intelectuais para compreender certas realidades. Quando novas questões são colocadas e
novas respostas se tornam urgentes, homens e mulheres tentam a ultrapassagem do já constituído
para instituir o novo mais abrangente, mais condizente.

Tanto movimentos espirituais como reações de massa, podem significar que estão clamando por
uma nova subida do nível de consciência coletiva, o que poderá ser constelado em um homem ou
em grupo que afine seus ideais de vida, seus sonhos comuns.

A gnose atua sempre como uma subcorrente em relação ao pensamento hegemônico. Ela é o que se
mantém oculto, no pólo dialético do ocultar-revelando e do revelar-ocultando, exigindo, desse
modo, uma análise hermenêutica para o entendimento de sues pressupostos. Representa, assim, do
ponto de vista da compreensão do homem e do mundo, a contracultura e as heresias em cada época,
e o possivelmente a semente do novo, do que está por vir.

A emergência de uma atitude gnostica ocorre em relação ás questões não respondidas, pelo
paradigma hegemônico, e à perda do sentido da vida, com o desmoronamento dos valores, das
culturas e instituições. Quando o paradigma já não é mais um referencial operante, quando se
carecem de novos pressupostos e novas idéias; então se retoma o processo de conscientização para a
subida em uma oitava superior.

A gnose pode manifestar-se na religião, na filosofia e na política (o mito do salvador da pátria =


Hitler). A missão gnostica é a de revelar o saber oculto, substituindo as trevas pela luz que amplie os
níveis de consciência da humanidade. Foram gnoses religiosas: as de Alexandria, o cristianismo, o
luteranismo, na atualidade os Brahma Kumaris etc. Nas gnoses filosóficas podem-se incluir o
positivismo, o paradigma emergente, os estóicos, Hegel (e o Espirito alienado), Marx ( e a dialética
de exclusão entre opressores e oprimidos), Nietzshe (com a proclamação da morte de Deuse suas
criticas ao racionalismo e ao cristianismo), Heidegger ( e o Dasein), Jung (com seus arquétipos do
inconsciente coletivo). Entre as gnoses políticas, o marxismo (em suas aplicações à praxis),
Bakunin Lênin, Sorel e o principio do poder, o fascismo, enfim todas as “mystiques politiques” ou
as “religiões políticas” etc.
O pressuposto metafísico da gnose institui o que está em cima como o que está embaixo; o que está
dentro, como o que está fora: o microcosmo refletindo o macrocosmo, consoante a formula do
CORPUS HERMETICUM. Trata-se, então, de estabelecer as correlações e analogias entre as duas
realidades que, na verdade, expressam a mesma essência.

DA GNOSE AO GNOSTICISMO:

A gnose pode manifestar-se de modos diferentes, segundo a época em que emerge e as


circunstancias que lhe dão origem e significância. Assim, pode-se falar em gnoses pré-cristãs e pós
cristãs; em gnoses ascendentes e descendentes, intelectuais ou pseudognoses. Pensadores como
Goethe, Marx, Nietzsche, Heidegger estruturaram sistemas gnosticos, tanto quanto H.P.Blavatski e
Rudolf Steiner. Como sistema filosófico ou político, o gnosticimo aparece todas as vezes que as
circunstancias retratam o esgotamento de uma dada situação.

Para o gnostico não há questão proibida, tema tabu ou dogma, menos ainda a verdade revelada
através de profetas ou oráculos. Assim, uma característica da gnose religiosa é a eliminação do
intermediário autorizado (padre, ministro, pastor.) e a tentativa da experiência direta e,portanto,
mística, de Deus. O pressuposto é o da imanência de Deus, habitando na alma humana, sendo dela o
mais importante parceiro.

Na verdade o gnóstico já não é mais o buscador, aquele que está à procura das respostas: Ele já tem
as respostas. Cristo disse: “Conheci a verdade e Ela vos libertará!” Os gregos proclamavam:
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás a Deus”.

Varias seitas iniciáticas, além da nossa, se constituem em outras tantas gnoses, a saber: o
templarismo, o rosacrucianismo, a teosofia, a antroposofia etc. e todas elas entendem a gnose como
auto-iluminação.

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