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MARGINALIZADOS
RESUMO
O presente trabalho busca realizar uma análise da cidade de Londres no século XIX. Tendo como objetivo
mostrar os marginalizados dessa época, (operários, as prostitutas, os pobres e ladrões); não se esquecendo
de resignificar o espaço habitado por estes. Para construção textual ora proposta nos orientamos
metodologicamente em uma pesquisa bibliográfica cujos textos privilegiem a abordagem em questão.
Palavras-Chave : Cidade , Londres, Marginalizados.
Introdução
1
Graduando em História pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Bolsista pela PROEG/UEPB.
<emersoncampina@hotmail.com>
A classe operária de meados do século XIX, sem dúvida, bastante diferente das
classes trabalhadoras da primeira metade do século. Estas trabalhavam sobretudo no
setor têxtil, e engrossavam, além disso, os setores, ainda então bastante significativos,
de artesãos (alfaiates, sapateiros, etc.). O crescimento posterior das ferrovias aumentou
o número de trabalhadores em segmentos mais “modernos” da economia, em particular
a metalurgia. Por outro lado, as ferrovias, com suas demandas, (as novas locomotivas
movidas a vapor), também povoavam as minas de carvão.
Deviam ser lugares pouco atraentes para que seus ocupantes procurassem sair de lá o
mais rápido possível. Não deviam se sentir confortados em suas instalações, a vida em família
e a boa refeição representavam privilégios, a merecida recompensas que ocupam seus dias
com o trabalho produtivo. Mesmo a disciplina e a intensidade do trabalho lá dentro, deveriam
ser sensivelmente mais rigorosos do que nas fábricas, de forma a atuarem como estímulo à
Também se afirmava que “em cada esquina um moleque maltrapilho arrasta uma
vassoura suja na nossa frente e alegremente nos impõe uma taxa; em intervalos pequenos e
regulares, encontramos o lamento ininterrupto do robusto irlandês sempre invocando o nome de
Deus em vão. Se entramos numa casa de lanches para uma refeição modesta de biscoito ou
bolo, toda uma família de enraivecidos vagabundos se põe a olhar para cada bocado que
introduzidos na boca.
Entre as que chegam à capital, muitas são, no entanto, de origem inglesa, já prostitutas e
profissionais experientes. Escolhem Londres intencionalmente: é o lugar onde se pode ganhar
dinheiro e onde o exercício da profissão é menos dificultado pelas autoridades. Assim a filha de
um fazendeiro de Chesterfield contou a A.L. Munby como decidira vir a Londres a fim de
prostituir-se, dizendo à família que queria torna-se uma vendedora na loja de um comerciante
de tecidos. [...] Sarah Tanner, embora não pertencesse a esse círculo, conduzia friamente os
seus negócios e fazia suas contas. Começara como empregada doméstica, depois passara
voluntariamente para a prostituição, antes de aposentar-se aos vinte e seis anos, tendo
economizado o necessário para comprar um café e levar uma vida respeitável. Naturalmente,
esses poucos casos eram a exceção e não a regra.
Conclusão
Bibliografia
CHARLOT, Monica; MARX, Roland. Londres, 1851-1901: a era vitoriana ou triunfo das
desigualdades, Rio de Janeiro: Jorge Zahar 1993.
DE DECCA, Edgar Salvadori. O Nascimento das Fábricas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
1990.
MUMFORD, Lewis. A Cidade na História. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
PECHMAN, Robert Moses. Olhares sobre a cidade. Rio de Janeiro: ed. UFRJ, 1994.