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A ARTE ROMANICA OcEANO ATLANTICO outro on aiscala Sontag Je Compostela ESPANHA Olhando para o cuminho pereorrido até agui, um leitor atento reparara que os titulos e subtitulos de cupitulos pode iam servir quase todos para uma histria geral da Civiliza- tio, Alguns vieram da tecnologia (el. A Idade da Pedra), outros da Geografia, da Einologia, da Religido; quaisquer que sejam as suas origens, foram termos colhidos noutros, dominios, mas yue no contexto desta obra passaram a desi nar estilos artists. Hai apenas duas excepedes importantes: as palavras Arcaico © Clissico referemse a estilos, a quali dades das formas, mais que ao quadro onde elas foram cria~ das, Porque nio possuimos mais palavras desta espécie? “Temo-las sim, como veremos—mas apenas para a arte dos liimos noveeentos anos, (Os homens que primeiro encararam a historia da arte ‘como uma evolucio de estilos partiram da conviecdo de que 1 arte da Antiguidade se desenvalvera em direcgio a uma fase culminante, a Arte Grega, desde a época de Péricles & de Alexandre Magno. A esse estilo chamaram Clissico (isto & perfeito), Tudo 0 que 0 precedera recebeu 0 epiteto de Arcaico, antiquado e escravo da tradicao, ainda nio-clissico, mas rompendo na diteceao certa, enquanto o estilo dos tem- pos pés-eldssicos ndo Ihes mereceu um termo especial porque cera tida simplesmente por um eco ou uma decadéncia da arte chissia, 278 A Arte Romnica Der FRANCA Muniques | Clalveux. gf ES" AustRIA | come vozelay “Toulouse are | eet IncuaTenna) ‘Sanswice Been ‘ALEMANHA ai chase 5 ral westeetttn REO incon AEE uoc Speyer a omusio ne NORMS Aer et oatr Klosterneuburg = | F u casocconstancs | Os pioneiros da histéria da arte medieval tomaram uma tttude semelhante: para eles 0 estilo supremo fora o Gético, desde 0 séeulo Xu a0 século Xv. A tudo quanto ainda nao cera gétion chamaram “rominico™. Ao fazer isto. pensavam sobretudo na arquitecura: as igrejus pré-gotica, observaram, tinham areos de voltaperfitae eram s6lidas e pesadas (ao ‘eontririo dos arcos quebrados da leveza vertical dos edifi- cios gétieos), bastante préximas do estilo romano antuo: a palavra *rominico” exprimiu precisamentc tal ieia, Neste sentido, toda a arte medieval anterior a 1200, na medida em ‘que revelequalguer lago com a tradigao mediterranica, pode ser designada por "tomnica”. Alguns eruditos chamam “pré- roménica” & arte medieval antes de Carlos Magno. ¢ proto- “romtnica ou rominiea primitiva & das épocas carling © otoniana; 8m razo na medida em que a arte romanica pro- priamente dita (isto é, a arte medieval entre c, 1050 ¢ 1200) seria incomypreensvel sem as contrbuigies deses estos. Por ‘outro lado, se enveredarmos por esse eaminho estaremos sujeitos 2 no fazer justiga as earactersticas da ante da Europa barbara © dos tempos earolingios e otonianos, tio diferentes da roméniea ‘Arte carolingia fo, como vimos, um produto da vontade de Carlos Magno e do seu circulo, como parte de uma p tica eonsciente de ressurgimento; mesmo depois da morte do imperador permaneeeu fortemente ligado a corte, A arte ftoniana, também de patrocinio Tnperial, padeceu da mesma srt de base. O Romanico, por contraste,irrampeu por a Europa Ocidental quase ao mesmo tempo; consiste ampla varicdade de estilos regionais, com numerosos: ppontos comuns, mas sem uma fonte central, Sob esse aspecto, & mais parecido com a arte da Europa birbara que cam os estos de corte, embora nele se ineluam a tradigdo caralingio- ‘otoniana jantamente com muitas outras. menos evidentes, ‘como os elementos tardo-romanos, paleoeristos e bizantinos, algurnas influencias islamiticas e a heranca cético-germinica, (© que amalgamou todos estes componentes diversos num estilo coerente, durante a segunda metade do século Xt, no foi uma forea Gniea, mas uma variedade de Factores que pro vocaram uit novo surto de vitalidade por todo © Ocidente © Cristionismo impusera-sefinalmente na Europa: os Vikings, ainda em grande parte paylos nos séculos IN e X, quando os seus piratas aterrarizavam as Lihas Britnieas e Continente, entraram no redil catélico, nfo s6 na Normandia mas até ma propria Fscandinivia: o califude de Cordova desintegra-se em 1031, dividido em pequenos Estados, facilitando a recon- ‘quista crist3 da Peninsula Ibérica; € os Magiares tinham-se fixado na Hungria, Havia um ereseente entus no religioso, refleetide no ‘enorme incremento dus peregrinagdes ¢ culminando, a partir de 1095, nus Cruzadas para libertar a Terra Santa do jugo ‘muometano. Nao menos importante foi a reabertura dus vias comerciais do Mediterrineo pelos barcos de Veneza, Génova f Pisa; além do reavivamento do comércio © da indistria, houve o consequente desenvolvimento da vida urbana Durante a confusio andrquica da Alta Idade Média, as tidades do Império Romano do Ocidente tinksam diminuida de tamanhio ¢ de populagio (Roma, que contara cerea de um ‘milhio de habitantes em 300 a.D., chegou a ter menos de tinguenta mil.) © algumas foram totalmente abandonadas, Mas desde 0 século XI comegaram a readquirir importincia fenquanto outras novas surgiram por toda a parte, e uma classe média urbana, de antfices e mercadores, se estabelecia aacima dos camponeses ¢ abaixo da nobreza senhorial, eomo ‘um importante factor na sociedade de Idade Média, ‘Sob muitos aspectos, portanto, a Europa Ocidental entre 1050 & 1200 tornou-se muito mais “romaniea” do que fora desde o século vi, recuperando algumas das formas do comércio internacional, a vida urbana e a forga militar dos tempos imperiais antigos, Faltava, na verdade, a autoridade politica central —nem sequer o império de Oto I foi mais cextenso que a Alemanha de hoje—mas a soberania espir tual do Papa tomou o seu lugar, até certo ponto, como fora unificante. O exército internacional que respondeu wo apelo ‘do Papa Urbano It pura a Primeira Cruzada era mais forte ‘do que poderia ser qualquer outro reunido para o efeito por ‘um governante secular, A ARQUITECTURA A arquitectura roménica distingue-se em relagdo aos séculos precedentes pelo extraordinirio aumento do nimero de edi- ficagdes. Um mange do século x1, Raoul Glaber, exclamava, entusiasmado, que o Mundo se cobria com “um manto branco de igrejas". Estas nfio s6 cram mais numerasas que as da ‘Alta Idade Média, foram também maiores, de estrutura mais complexa e mais “romans” de aspecto, porque as suas naves tinham agora abébadas, em vez de vigamentos de madeira, e ‘as suas fachadas, no contrério dos templos. paleoctistaos, bizantinos, carolingios ¢ otonianos, ostentavam uma decora- lo arquitecténica e até escukuras, Geograficamente, os melhores edificios rominicos eneontran-se distibuidos por uma rea que para Glaber podia cepresentar o mundo inteiro —o mundo caidlico, entenda-se—desde a Espanha setentrional & Rendnia e da fronteira anglo-escocesa at udlia central. Todavia, a maior variedade de tipos regionais e as concepgbes mais auduciosas pertencem a Franga, Se june tarmos a este grupo os edificios destruidos ow alterudos eujo ‘ragado origina & eonhecida. encontramos uma riquera de invengo arquitectaniea sem par em qualquer épo s6 podemos dar uma amostra reduzida, de que A Franga do Sudoeste ST-SERNIN. Comegaremos por Suint-Sernit de Toulouse, ra Franga meridional (grav. 383-86), pertencente a um grupo de grandes igrejas do “tipo de peregrina", assim chamadas Porque foram erguidas ao longo das estradas que conduriam 44 Santiago de Compostela. A planta salia logo a vista, por ‘mais complexa & de maior unidade que a das irejas anterio- res, como Si. Riguier ou S. Miguel de Hildesheiny (yraw. 366, 377): forma uma aoentuadseruz latina, com 0 centro de gra- Vidade na cabeceira, Nio foi delineada para servir apenas uma comunidade monica, mas (como 2 antiga basilica de SS. Pedro de Roma) para reccber grandes multiddes de fis A cada lado da nave encontram-se duas colaterais: as inte riores prolongamese pelos bragos da transepto e pela abside formando assim um deambulatorio (ou charola) em torno da ‘capela-mor. A charola fora um elemento elaborado para as criptas de algumas igrejas mais antigas (como a de S. Miguel de Heldesheim): agora emerge completamente acima do solo, ligada &s colaterais da nave e do transepto ¢ enriquecida com ‘capelas absidais (ou absidiolos) que parecem irradiar da ‘Abside —e por isso também se chamam “capelas radiantes” —e continuam pels fachada oriental do transepto. (A ibside, ‘© deambulatbrio ¢ as capelas radiantes formam uma unidade conhecida como “cabeceira de peregrinaeio"). Vése na planta que as eolaterais de Si. Sernin tém abébadas de aresta, © que, aliado js caractersticas j apontadas, impe lum alto grau de regularidade a todo 0 conjunto porque so ‘compostas de tramos quadrados, que servem de unidade de ‘base, ou médulo, para as outras dimensOes. Assim, 0$ tra- ‘mos da nave central e do transepto equivalem a duas dessas ‘unidades, enquanto o cruzeiro ¢ as torres da fachada corres- ppondem a quatro. No exterior, esta variada articulagdo é ainda realgada pelos diferentes niveis dos telhados (icando destacados have e 0 transepto, acima das colaterais da dbside, do deambulat6rio e das capelas radiantes) pelos contrafortes de apoio is paredes, pela molduragem decorativa das janelas © porta, ou pela grande torre-lanterna (completada na época zpétiea e mais alta do que fora previsto inicialmente). Infli2~ 4 Ante Rominiea 279 384, Puta de St-Sernin (segundo Conant) 145, Projeceio axonomuiea da Nave St-Serain (segundo Choisy 0 A Arte Rominica 386, Nase e caplimar de St-Sernin de Toolbuse mente, as duas torres da fa! dus a meros tocos. A nave & impressionante pelas suas altas proporgdes. pela elaborucdo aryuitectural das paredes. ¢ pela obscuridade da iluminagio indirecta, o que, em conjunto, eria uma persep- gio muito diferente do amplo e sereno interior de S. Miguel de Hikdeslwim, cor os “blocos” de espago nitidamente sep rados (grav. 378, 379), O contraste entre 0s dois edificios é tal que as paredes da nave de S. Miguel parecem paleocrstis (grav, 290), enquanto as de Si. Sernin se aproximam mais das do Colosseum (grav. 236). A simaxe da arquitectura romana antiga — ab@hadas, areos, colunas embebidas € plas tras firmemente igudas numa ordem coerente —ceaparece de lum medo notivel, Todavia, 3s foreus cuja interaceio se cexprime nesta nave de St. Sernin ji no so as forgas fsa musculares", da arguitectura greco-romana, mas Forgas espi= Fituais como as que regiam 0 corpo humano nas iluminuras gis otonianas. As colunas embebidas, « toda a altura ‘das puredes da nave, pareceriam to aberrantemente along ddas a um observacdor romano antigo como o esguio brago diteito de Cristo na estampa 42. Dir-se-ia que foram atiradas para cima, por algum invisivel etremendo impulso, ao encon- tro dos arcos torais que subdividem a ubbada de bergo. O seu ritino, insistentemente repetide, impele-nos para a cabeccira dda igreja, com a dbside e a charola banhadas de luz (actual- ‘mente obseurecidas por um enorme altar, de data posterior). Estas impressies so muito pessoais e niio pretendemos suyerir que © arquitecto buscow precisamente tais efitos. a fiearam por aeabar, eeduzi Para ele, a beleza ¢ a concepeda técnica eram inseparives, Abobadar a nave, de modo a eliminar o perigo de incéndio dos vigamnentos de madeira, niio era apenas um objective pritico: era também um desafio para dar maior grandeza & Imajestaele &t easa do Senor. E como uma abébada & tanto mais dificil de sustentar quanto mai Tonge se encontrar do _ forgau todas os recursos de que dispunha, para fazer a nave tao alta quanto Fosse possivel. Teve, porém, que sacrifi- caro clerestivia, por razées de seguranga. Em ver. dele, cons trie ihunas (au galerias de circulagao) sobre as calateras pra anular 0 impulse lateral da abGbada da nave, esperanda (que através delas passusse luz bastante para iluminar 0 cespaga central, Sh-Sernin serve para nos lembrar que a arguitectura, como a politica, é“a arte do possivel” € que os seus Enitos So medidos pelo grau até onde o arquitecto ‘explorou os limites ao seu alcance, quer nos planos estrutural e estética, quer nas cireunstineias locas A Borgonha ¢ a Franca Ocidental (Os construtores de St-Seenin seriam os primeicos a admitir ‘que a soluedo dada ao problema da abébada da nave no cra a defintiva, por muito notdvel que fosse CATEDRAL DE AUTUN, Os anuitectos da Borgonh resolveram-no de mado mais elegante: na Catedral cle Aww 287, Algada da nave, Catedral de Autun 1120232 4 ane Roménica 281 (grav, 387), as tribunas foram substtuidas por uma arcada cega (iambim chamada tifrio porque tem geralmente tts aberturas por tramo) ejanelas alta (lerestrio). O que torn possivel ese algado de ts andares(areadas da nave trifrio, Glerestbrio) foi a ulzagio da abébada do bergo quebrado due produzia um empuxo mais para baixo que para fora Por uma questio de harmonia, 0 arco quebrado reaparece nas arcadas da. nave (alvez por influéneia da arguitestura mugulmana), Em Aut também quase se exeoderam os limites do possivel, porque a parede da nave mostra uma ligeira inclinagio para o exterior, sob o impulso da absbada, como um adverténca contra quaisquer tentativas de aumen tara altura do clerestsrio ou de alargar as janelas SIGREJAS-SALAO™, Uma terccira solugfio com virtudes proprias aparece no Oeste da Franga, em igrejas como a de ‘St, Savin-sur-Gartempe (grav. 388). A abobada da nave nao tem arcos torais (ou de reforeo) porque devia oferecer uma superficie lisa continua para suporte de pinturas a fresco (grav, 417; este ciclo & 0 melhor da seu género). O seu grande peso recsi directamente sobre arcadals de majestosas colunas. ‘A nave central esta muito bem iluminada, porque as colate~ rais se erguem quase & sua altura e possuem janelas largas. A cabeceira & do tipo de peregrinacio. A, Capelasmor (1060-75 nave (1095-1115). Si-SavinsusGanempe A Arte Roméniea Bigeiaae EeEEVEH 289, Fuca acdentl da ira de Notre-Dareda-Grande, Prite Prineipios do sc. SI As trés naves—central e colaterais —destas igejas-saldo {se como tal as podemos classificar) so cobertas por um telhado nico, como em St. Savin. A fachada principal, a Ocidente, geralmente baixa e larga, € enriquecida com relevos f estituas, como a de Notre-Dume-la-Grande, de Poitiers {erav, 389) com as suas arcaduras primorosamente orladas, abrigando grandes imagens. Um largo friso com figuras corre de lado a lado sobre 0 portal profundo ¢ emoldurado por arquivoltas e grossas colunas, Aos lados, os contrafortes- -torrinhas, realgados pelos feixes de meias-colunas, erguem 05 ‘seus remates cénicos até & altura do frontio, © programa cscultural distribuido por toda a superficie da fachada é uma exposiqio plistica da doutrina cristd, festa para 05 othos ‘como para o espitite A Normandia e a Inglaterra Na Normandia, a fachada ocidentalevoluiu num sentido ieiramente diferente. A igreja da abadia de Si-Etienne de Caen (grav, 390), fundada por Guilherme, o Conquistador, tum ou dois anos depois de ter invadido a Inglaterra, forma um vivo contraste com Nowre-Damesla-Grande. A decoragio foi reduzida ao minimo; quatro enormes contrafortes divi- ddem a frontaria em tres sees € o impulso verical prosse- tue nas dua espléndidas tors, cua altura ndo deixaria de set impressionante mesmo stm os altos coruchéus protogéti- feos qe as rematam, O interior é igualmente notivel: mas, para the compreendermos a importancia, devemes conhecer (© extraordinirio desenvolvimento. da arquitectura anglo- cnormanda da Ged-Bretanla, no éltimo quartel do sSculo Xt A CATEDRAL DE DURHAM (grav. 391-93), comegada com 1093, € a sist wealizagio mais ambiciosa, De planta mais simples, x largura da nave excede a de St-Sernin num t © comprimento total do edificio (122 m) coloca-a ent ‘maiores igrejas da Europa medieval. A abdbada da nave lcuja estremidade oriental foi completady c. 1107 ¢ 0 resto, 1130) € de grande interesse, porque representa a primeira wli= izaedo sistemditiea da abdbada de ares al com nervuras ean 490, Fashada osidental de St-Btienne, Caen. Comegada & 1058 raves do us andares, um progresso fundamental sobre a solugio de Autun, Os tramos das colaterais sto quase qua- drados,tém abébada de aresta; os tramos oblongas da nave, separados por fortes arcos torus. estio apoindos em nervi- ras Tangadas de tal modo que desenham um duplo X, di dindo os tramos em sete seegdes (panos), em vez das quatro hhabituais. Como os tramos da nave so dus vezes mais lon- os gue os das colaterais, os arcos torais apenas recaem nos pilates impares das areadas c, por isso, esis si de dimen- ses maiores ede tpo eomposto (corpo de seg rectangular ‘com feixes de colunas e de pilastras embebidas), alternando ‘com outros menores, de tipo cilindric. Para compreender a origem deste sistema, imaginemos que 6 arquitecto comegou por delinear uma nave de abobada de bergo, com ibunas sobre ay eolaterais e sem derestério, como em St. Sernin, mas com os arcos meses mais espaga- dos. Enguanto faa isto, eompreendeu que poder, afinal, rasgar janela alta se a abdbada de berga de cada tramo da Fosse inersectada por duas abébadas de bergo transver sais, de seegoelipica: nos extremos destas abébadas germi- nadasfiariam as janelas-altas, porque 0 impulse 0 peso de toda a abobada jriam recair em seis pontos solidamente implantados, ao nivel das tribunas. As nervuras ou futuras gives tornaramese necessiias para dar uma armagio sélida {i absbada de arests, de modo que as superticies curvas entre essas nervuras podiam ser preenchidas com alvenaria| de espessura minima, o que tanto Ihe reduzia 0 peso, como 0 impulso, Nao sabemos se este engenhoso dispositive, foi realmente inventaclo em Durham, mas devia ser recente por {que se encontra ainda numa fase de experiéneia; enquanto os areos torgis do eruzeiro sio de volta perteta, os do lado oci- dental ji so levemente quebrados, © que & indicio de aper- Fcigoarento eonstante, A nave de Durham € uma das mais belas da arguitecura rominica: a extraordindria robustez dos pilares alternados fax um contrasteespléndido com os panos da abébada, semehantes a velas de barco enfunadas, ‘numa iluminago a claro-escuro. ST-ETIENNE, CAEN. Voltando ao interior de Si.Etienne de Caen (grav. 394), parece que a nave fora projectada ini cialmente com tribunas, clerestério © tecto de madeira. Depois da experigncia de Durham, tornou-se possivel, no principio do sé. xi, construir uma abobada de nervuras. ccom ligeiras modificagdes das paredes. Mas os tramos dt nave so quase quadrados, de modo que, em vez das nervu- ras em X duplo, se puderam fazer ogivas em X tinieo, com uma nervura suplementar transversal produzindo uma abo ada nervada com seis panos (ou compartimentos), em lugar de sete. Estas abGbadas sexpartidas ja niio esto sepa radas por espessas arcos torais, mas por simples nervuras, nova economia de peso que, além disso, di maior conti- nuidade A abdbada da nave © evita um contraste muito facentuado entre as massas dos pilares. Comparada a Dur- hham, a nave de St, Etienne cria uma impressio de graciosa € aérea levera, estreitamente aparentada & cabeceira gética, erguida no sécule Xill. Sob © aspecto estrutural, estamos no momento em que o Roménico se funde com 0 Proto- -Gético. A Arte Rominica 283

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