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NOÇÕES GERAIS PARA O USO DO MICROSCÓPIO

A vista humana não pode


perceber objetos com diâmetro
inferiores a um décimo do milímetro. As
células e os micróbios apresentam
medidas inferiores sendo por tanto
necessário a utilização de microscópios
para sua visualização.

DESCRIÇÃO DO MICROSCÓPIO

O microscópio é um aparelho destinado à ampliação de imagens das micro-estruturas


observadas. O importante em qualquer microscópio é o seu poder de resolução. O microscópio óptico
tem poder de resolução de até 0,2 micrômetros (200 nanômetros), não permitindo desta maneira, ver
detalhes de dimensões inferiores a esse limite (De Robertis & De Robertis, 2003).

O microscópio de luz é assim chamado pelo fato de ter como fonte luminosa a luz branca,
geralmente proveniente de uma lâmpada com filamento de tungstênio. Este microscópio é composto
basicamente por dois sistemas de lentes de aumento (oculares e objetivas) que produzem imagens
ampliadas do material observado. Além dessas lentes, o microscópio possui uma parte mecânica (base,
braço, revólver, platina, charriot, parafusos macro e micrométrico e parafuso de regulagem do
condensador) e um sistema de iluminação (fonte luminosa, diafragmas, condensador e filtros) (Melo, R.
C., 2002).

TIPOS DE MICROSCÓPIOS DE LUZ

O microscópio de luz mais comum, usado para análises biológicas, é também chamado de
microscópio de campo claro. Existem outros tipos de microscópio de luz que dispõem de recursos para
facilitar a observação de certos aspectos celulares. Esses microscópios são usados para fins específicos,
como exemplos o microscópio de contraste de fase para estudar células vivas e não coradas; o
microscópio de campo escuro para visualização de materiais muito pequenos (plâncton, bactérias,
cristais); o microscópio invertido para observar materiais espessos, como cultura de células e sedimentos
e o microscópio de fluorescência que utiliza a luz ultravioleta e permite detectar proteínas ou estruturas
celulares marcadas com compostos fluorescentes.
FORMAÇÃO DA IMAGEM

A imagem de um objeto pode ser ampliada


quando observada por meio de uma simples lente de
vidro. Combinando um número de lentes de uma
forma correta, pode-se construir microscópio que
permitirá a obtenção de grandes aumentos. A
primeira lente de um microscópio de luz e a que está
mais próxima do objeto sendo examinado (amostra)
e, por esta razão, é chamada de objetiva.
Inicialmente, a luz da fonte luminosa do microscópio,
geralmente uma lâmpada embutida no equipamento,
passa pelo condensador que forma um cone de luz
bem definida, concentrando a luz em direção à
amostra.

A luz passa por esta e em seguida pela objetiva que, então, projeta uma imagem real, invertida e
aumentada da amostra em um plano fixo dentro do microscópio, chamado plano intermediário da
imagem. Nessa etapa, a imagem parece está “flutuando” em um espaço de cerca de 10 mm abaixo do
topo do tubo de observação do microscópio.
A lente ocular é o mais distante componente óptico da amostra e serve para aumentar,
posteriormente, a imagem real projetada pela objetiva. Dessa forma, a ocular produz uma imagem
secundaria aumentada que é captada pelo olho do observador.

O aumento total do objeto observado é calcula multiplicando-se os valores do aumento da ocular


e da objetiva. Por exemplo, ao se usar uma ocular de 10x com uma objetiva de 50x, a imagem final do
objeto estará aumentada 500x.

PODER DE RESOLUÇÃO E LIMITE DE RESOLUÇÃO

Quando se observa qualquer estrutura ao microscópio, o observador não está vendo diretamente
a estrutura e sim a imagem da estrutura desta. A imagem é uma representação da estrutura e,
obviamente, ela deve reproduzir de forma acurada o material analisado. Portanto, um bom microscópio
não é aquele que dá o maior aumento e sim aquele que reproduz os detalhes do material observado. Não
importa quantas vezes uma lente amplia, se ela não é capaz de fornecer uma imagem nítida do objeto
observado. Dessa forma, um bom microscópio é sempre considerado em termos de seu poder de
resolução. Poder de Resolução é a capacidade que o microscópio permite de separar detalhes, ou
seja, a fineza de detalhes fornecida pelo microscópio. O pode de resolução de um microscópio é
estimado pelo seu limite de resolução, definido como a menor distância que deve existir entre dois
pontos para que eles apareçam individualizados.

QUANTO MENOR O LIMITE DE RESOLUÇÃO, MAIOR O PODER DE RESOLUÇÃO.


(Poder e Limite de Resolução são inversamente proporcionais)

O microscópio é formado por um sistema mecânico e um sistema óptico, subdividido em:

PARTE MECÂNICA

1. BASE OU PÉ – É o apoio do aparelho sustentando todo o conjunto do microscópio. Geralmente é


feito de ligas de metais pesados, podendo ter uma forma retangular ou oval.
2. BRAÇO, ESTATIVA OU COLUNA – Suporte pesado que sustenta o tubo, as oculares, as objetivas,
o condensador, parafusos macro e micrométrico, servindo por tanto de suporte e se articula com a
base.

3. TUBO OU CANHÃO - Tubo ligado ao braço que abriga em suas extremidades superior as oculares
e inferior as objetivas, abriga um prisma.

4. REVÓLVER OU PORTA-OBJETIVA GIRATÓRIA – Peça giratória de sustentação, mudança e


proteção das objetivas. Situa-se na extremidade inferior do tubo munido de aberturas circulares
rosqueadas, onde se prendem as objetivas. Para mudar as objetivas, gira-se o revólver sempre no
sentido da lente de menor aumento para a de maior aumento.

5. MESA ou PLATINA – Peça plana, circular ou quadrangular sobre a qual deve ser colocados a
lâmina de vidro com o material a ser observado e esta deve ser presa por meio de pinças ou garras. O
deslocamento da lâmina na platina é efetuado pelo charriot (sistema de botões de deslizamento). No
centro da mesa há uma abertura para a passagem dos raios luminosos coletados pelo espelho que são
convergidos sobre a lâmina pelo condensador e diafragma.

6. CHARRIOT – Peça localizada na mesa que serve para movimentar da lâmina sobre a platina.

7. PARAFUSO MACROMÉTRICO - O parafuso macrométrico executa movimentos amplos e rápidos


dando uma visão grosseira do material. Aproximam as objetivas do objeto a ser observado. É
utilizado apenas na focalização inicial do material de estudo na lâmina.

8. PARAFUSO MICROMÉTRICO – Executa movimentos pequenos e lentos dando uma visão nítida e
precisa do objeto observado. Alguns microscópios apresentam um parafuso, representando macro e
micrométrico.

PARTE ÓPTICA DE LUMINAÇÃO

1. FONTE DE LUZ - na parte interna do pé, fornece luz necessária à observação.

2. FILTRO DE LUZ – normalmente de vidro colorido, serve para absorver parte do espectro de
radiações luminosas, permitindo utilizar faixas estreitas de comprimentos de ondas selecionados.
São muito utilizados para aumentar o contrate de determinadas estruturas celulares. Filtra a luz.

3. PRISMA DE REFLEXÃO - faz o desvio da luz para as oculares, permitindo visão para ambos os
olhos.

4. DIAFRAGMA – É utilizado para reduz a área iluminada ao nível da preparação. O diafragma é do


sistema íris, cuja abertura é regulável para ajustar-se ao tipo de observação. Fecha-se o diafragma
quando se trabalha com objetivas de pequeno aumento, a fim de eliminar os raios laterais. Abre-se
o mesmo à medida que se trabalha com objetivas de maior aumento. É parte integrante do
condensador.

5. CONDENSADOR - é uma peça colocada por baixo da platina, provida de um sistema de lentes
convergentes, que concentram e lança o maior número possível de feixes luminosos para a
objetiva em foco, através do orifício da platina. Tem por objetivo prover o preparado com uma
iluminação uniforme.

PARTE ÓPTICA DE OBSERVAÇÃO


6. OCULAR(ES) - encaixada na extremidade superior do tubo, pode ser facilmente substituída
segundo a necessidade. A ocular dá uma imagem virtual, ampliada e direta da imagem formada
pela objetiva, e a nitidez da ampliação independe dela. O aumento de cada ocular está gravado na
sua extremidade. Os aumentos mais comuns são de 6x, 8x,10x e 15x.

7. OBJETIVAS – Fornece uma imagem real, ampliada e invertida de um objeto qualquer. Corrige os
defeitos cromáticos (defeitos das cores dos raios luminosos). Pode ser formado de quatro, seis ou
mais lentes superpostas, fornecendo uma imagem real, ampliada e invertida. O aumento das
objetivas geralmente é gravado na sua lateral inferior. Os mais comuns são 4x, 10x, 40x e 100x.

Para calcular a ampliação total dada pelo microscópio em uma observação, basta multiplicar o
número (aumento) marcado na objetiva pelo número (aumento) marcado na ocular (p.ex., se
na ocular estiver marcado 10x e na objetiva em foco 40x, a ampliação total será de 400x).

 CÓDIGO DE CORES DAS LENTES OBJETIVAS:


Ao usar o microscópio, observe que cada lente objetiva tem uma marcação (anel) coma
determinada cor que ajudar na identificação rápida do aumento a ser utilizado. As objetivas de
imersão têm um código adicional de cor que indica o meio de imersão que deve ser usado.

AUMENTO CÓDIGO DE COR


2X OU 2,5X Marrom
4X OU 5X Vermelho
10X Amarelo
16 ou 20X Verde
40X ou 50X Azul claro
60X Azul cobalto
100X Branco
Imersão – óleo Preto
Imersão – glicerina Laranja
Imersão - água Branco

 AS OBJETIVAS SÃO CLASSIFICADAS EM DOIS TIPOS:

a) Secas - a preparação não será coberta por líquido, isto é, o meio entre esta e a lente é o próprio
ar;

b) Imersão - coloca-se um fluído entre a lente frontal (objetiva) e a preparação, o que funciona como
lente acessória desviando e concentrando o trajeto dos raios para a objetiva aumentando o poder
de resolução do microscópio e da qualidade da imagem. As objetivas de 100x são geralmente de
imersão e são identificados anéis coloridos, p.e., as de imersão em óleo têm um anel preto.

 TIPOS DE OBJETIVAS DE ACORDO COM A QUALIDADE ÓPTICA

ACROMÁTICAS: São as mais simples e baratas, presentes em microscópios comuns.

SEMI-APOCROMÁTICAS: Construídas com fluorita, um material que proporciona alguma correção para
as aberrações.

APOCROMÁTICAS: Fornecem correção ampla para as aberrações.

PLANACROMÁTICAS: Além de proporcionar correção, são ótimas para fotomicrografias, pois o campo
fica todo em foco.
PLANAPOCROMÁTICAS: São as melhores e mais caras, combinando as correções das apocromáticas e
planacromáticas, o que resulta em grande resolução.

MEDIDA DAS CÉLULAS

As células só podem ser observadas ao microscópio porque tem dimensões abaixo do limite de
resolução do olho humano. A dimensão de uma célula vista ao microscópio óptico ou luz, são
expressas em micrômetros (µm), unidade que representa a milésima parte do milímetro (mm).
Para estruturas intracelulares observadas ao microscópio eletrônico, a medida utilizada é o nanômetro
(nm) que significa um milésimo do micrometro.

centímetro (cm) = 1/100 metro


1 milímetro (mm) = 1/1.000 metro = 1/10 cm
1 micrômetro (m) = 1/1.000.000 metro = 1/10.000 cm
1 nanômetro (nm) = 1/1.000.000.000 metro = 1/10.000.000 cm
1 metro = 102 cm = 103 mm = 106 m = 109 nm

TESTANDO O MANUSEIO CORRETO DO MICROSCÓPIO


REGRA PARA BOA UTILIZAÇÃO DO MICROSCÓPIO

01. Transportar cuidadosamente, segurando-o pelo braço e, apoiando a base sobre uma das mãos;
02. Colocar na mesa o material a ser observado (platina) adaptando-o às garras do Charriot, acender a
luz na sua intensidade mínima;
03. Colocar no alinhamento a objetiva de menor aumento gradativamente até a iluminação necessária;
04. Regular a intensidade da luz, aumentando gradativamente até a iluminação necessária;
05. Para focalizar, mover o tubo sempre de baixo para cima, ou seja, afastando a objetiva da platina,
através do macrométrico;
06. Não forçar o parafuso micrométrico quando estiver no fim a sua capacidade;
07. Colocar no alinhamento, caso necessite objetivas de maior aumento, e a focalização continuará;
08. Nunca aproximar a platina da objetiva olhando pela ocular. Olhe para fora para não se arriscar a
quebrar a lâmina e lamínula, e estragar a objetiva;
09. Evite molhar o microscópio ao usar preparações feitas com água;
10. Ao término da aula, deixe-o desligado, com a platina e objetivas afastadas ao máximo e a objetiva
de menor aumento encaixada no foco, limpo e coberto com a capa própria;
11. Não retire nenhuma das peças do microscópio, caso encontre alguma solta, avise imediatamente
ao professor.

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