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DESCRIÇÃO DO MICROSCÓPIO
O microscópio de luz é assim chamado pelo fato de ter como fonte luminosa a luz branca,
geralmente proveniente de uma lâmpada com filamento de tungstênio. Este microscópio é composto
basicamente por dois sistemas de lentes de aumento (oculares e objetivas) que produzem imagens
ampliadas do material observado. Além dessas lentes, o microscópio possui uma parte mecânica (base,
braço, revólver, platina, charriot, parafusos macro e micrométrico e parafuso de regulagem do
condensador) e um sistema de iluminação (fonte luminosa, diafragmas, condensador e filtros) (Melo, R.
C., 2002).
O microscópio de luz mais comum, usado para análises biológicas, é também chamado de
microscópio de campo claro. Existem outros tipos de microscópio de luz que dispõem de recursos para
facilitar a observação de certos aspectos celulares. Esses microscópios são usados para fins específicos,
como exemplos o microscópio de contraste de fase para estudar células vivas e não coradas; o
microscópio de campo escuro para visualização de materiais muito pequenos (plâncton, bactérias,
cristais); o microscópio invertido para observar materiais espessos, como cultura de células e sedimentos
e o microscópio de fluorescência que utiliza a luz ultravioleta e permite detectar proteínas ou estruturas
celulares marcadas com compostos fluorescentes.
FORMAÇÃO DA IMAGEM
A luz passa por esta e em seguida pela objetiva que, então, projeta uma imagem real, invertida e
aumentada da amostra em um plano fixo dentro do microscópio, chamado plano intermediário da
imagem. Nessa etapa, a imagem parece está “flutuando” em um espaço de cerca de 10 mm abaixo do
topo do tubo de observação do microscópio.
A lente ocular é o mais distante componente óptico da amostra e serve para aumentar,
posteriormente, a imagem real projetada pela objetiva. Dessa forma, a ocular produz uma imagem
secundaria aumentada que é captada pelo olho do observador.
Quando se observa qualquer estrutura ao microscópio, o observador não está vendo diretamente
a estrutura e sim a imagem da estrutura desta. A imagem é uma representação da estrutura e,
obviamente, ela deve reproduzir de forma acurada o material analisado. Portanto, um bom microscópio
não é aquele que dá o maior aumento e sim aquele que reproduz os detalhes do material observado. Não
importa quantas vezes uma lente amplia, se ela não é capaz de fornecer uma imagem nítida do objeto
observado. Dessa forma, um bom microscópio é sempre considerado em termos de seu poder de
resolução. Poder de Resolução é a capacidade que o microscópio permite de separar detalhes, ou
seja, a fineza de detalhes fornecida pelo microscópio. O pode de resolução de um microscópio é
estimado pelo seu limite de resolução, definido como a menor distância que deve existir entre dois
pontos para que eles apareçam individualizados.
PARTE MECÂNICA
3. TUBO OU CANHÃO - Tubo ligado ao braço que abriga em suas extremidades superior as oculares
e inferior as objetivas, abriga um prisma.
5. MESA ou PLATINA – Peça plana, circular ou quadrangular sobre a qual deve ser colocados a
lâmina de vidro com o material a ser observado e esta deve ser presa por meio de pinças ou garras. O
deslocamento da lâmina na platina é efetuado pelo charriot (sistema de botões de deslizamento). No
centro da mesa há uma abertura para a passagem dos raios luminosos coletados pelo espelho que são
convergidos sobre a lâmina pelo condensador e diafragma.
6. CHARRIOT – Peça localizada na mesa que serve para movimentar da lâmina sobre a platina.
8. PARAFUSO MICROMÉTRICO – Executa movimentos pequenos e lentos dando uma visão nítida e
precisa do objeto observado. Alguns microscópios apresentam um parafuso, representando macro e
micrométrico.
2. FILTRO DE LUZ – normalmente de vidro colorido, serve para absorver parte do espectro de
radiações luminosas, permitindo utilizar faixas estreitas de comprimentos de ondas selecionados.
São muito utilizados para aumentar o contrate de determinadas estruturas celulares. Filtra a luz.
3. PRISMA DE REFLEXÃO - faz o desvio da luz para as oculares, permitindo visão para ambos os
olhos.
5. CONDENSADOR - é uma peça colocada por baixo da platina, provida de um sistema de lentes
convergentes, que concentram e lança o maior número possível de feixes luminosos para a
objetiva em foco, através do orifício da platina. Tem por objetivo prover o preparado com uma
iluminação uniforme.
7. OBJETIVAS – Fornece uma imagem real, ampliada e invertida de um objeto qualquer. Corrige os
defeitos cromáticos (defeitos das cores dos raios luminosos). Pode ser formado de quatro, seis ou
mais lentes superpostas, fornecendo uma imagem real, ampliada e invertida. O aumento das
objetivas geralmente é gravado na sua lateral inferior. Os mais comuns são 4x, 10x, 40x e 100x.
Para calcular a ampliação total dada pelo microscópio em uma observação, basta multiplicar o
número (aumento) marcado na objetiva pelo número (aumento) marcado na ocular (p.ex., se
na ocular estiver marcado 10x e na objetiva em foco 40x, a ampliação total será de 400x).
a) Secas - a preparação não será coberta por líquido, isto é, o meio entre esta e a lente é o próprio
ar;
b) Imersão - coloca-se um fluído entre a lente frontal (objetiva) e a preparação, o que funciona como
lente acessória desviando e concentrando o trajeto dos raios para a objetiva aumentando o poder
de resolução do microscópio e da qualidade da imagem. As objetivas de 100x são geralmente de
imersão e são identificados anéis coloridos, p.e., as de imersão em óleo têm um anel preto.
SEMI-APOCROMÁTICAS: Construídas com fluorita, um material que proporciona alguma correção para
as aberrações.
PLANACROMÁTICAS: Além de proporcionar correção, são ótimas para fotomicrografias, pois o campo
fica todo em foco.
PLANAPOCROMÁTICAS: São as melhores e mais caras, combinando as correções das apocromáticas e
planacromáticas, o que resulta em grande resolução.
As células só podem ser observadas ao microscópio porque tem dimensões abaixo do limite de
resolução do olho humano. A dimensão de uma célula vista ao microscópio óptico ou luz, são
expressas em micrômetros (µm), unidade que representa a milésima parte do milímetro (mm).
Para estruturas intracelulares observadas ao microscópio eletrônico, a medida utilizada é o nanômetro
(nm) que significa um milésimo do micrometro.
01. Transportar cuidadosamente, segurando-o pelo braço e, apoiando a base sobre uma das mãos;
02. Colocar na mesa o material a ser observado (platina) adaptando-o às garras do Charriot, acender a
luz na sua intensidade mínima;
03. Colocar no alinhamento a objetiva de menor aumento gradativamente até a iluminação necessária;
04. Regular a intensidade da luz, aumentando gradativamente até a iluminação necessária;
05. Para focalizar, mover o tubo sempre de baixo para cima, ou seja, afastando a objetiva da platina,
através do macrométrico;
06. Não forçar o parafuso micrométrico quando estiver no fim a sua capacidade;
07. Colocar no alinhamento, caso necessite objetivas de maior aumento, e a focalização continuará;
08. Nunca aproximar a platina da objetiva olhando pela ocular. Olhe para fora para não se arriscar a
quebrar a lâmina e lamínula, e estragar a objetiva;
09. Evite molhar o microscópio ao usar preparações feitas com água;
10. Ao término da aula, deixe-o desligado, com a platina e objetivas afastadas ao máximo e a objetiva
de menor aumento encaixada no foco, limpo e coberto com a capa própria;
11. Não retire nenhuma das peças do microscópio, caso encontre alguma solta, avise imediatamente
ao professor.