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Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
________________________________/12/2015
Professor(a)
Universidade Paulista –UNIP
________________________________/12/2015
Professor(a)
Universidade Paulista –UNIP
________________________________/12/2015
Professor(a)
Universidade Paulista – UNIP
A Prof.ª Eliani Cristal Nimer, pelo sábio auxilio em todas as etapas do curso.
Aos meus pais pelo incentivo na busca do conhecimento.
Aos professores e colegas de curso, pela alegria de participarmos juntos na construção
de uma etapa muito importante de nossas vidas.
EPÍGRAFE
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o
metal que soa ou como o sino que tine”.
Coríntios 13.1
RESUMO
This work is dedicated to the study of economic categories under the Labour Law, since its
origin, its development to the present day.
It fell to this study also position the labor rights from social rights.
Also highlighted are the two understandings in judgments issued on the criteria to define the
economic category and therefore the granting of labor rights.
For this, the first chapter will make a brief study of fundamental rights.
In the second chapter we will study the social rights and workers' rights.
In the third chapter we will cover the historical evolution of work and the emergence of the
craft guilds.
The fourth chapter will provide a study on the concept of economic category and
differentiated category.
In the seventh chapter is dedicated to show who is the Judge of the work, its prerogatives and
the large volume of cases to which they are responsible. Emphasize also the work of the
Regional Labor Court of the 15th Region.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 10
2 TEORIA GERAL DOS DIREITOS SOCIAIS ......................................................................... 11
3 DIREITOS SOCIAIS E DIREITOS ECONÔMICOS............................................................. 13
3.1 DIREITOS SOCIAIS – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO........................................... 13
3.2 DIREITO DOS TRABALHADORES ............................................................................... 14
3.3 DIREITOS COLETIVOS DOS TRABALHADORES .................................................... 16
3.3.1 A Liberdade de associação sindical: ............................................................................. 16
3.3.2 Liberdade e autonomia sindical:.................................................................................... 16
3.3.3 Participação nas negociações coletivas do trabalho: ..................................................... 17
3.3.4 Contribuição Sindical .................................................................................................... 17
3.3.5 Pluralidade de unicidade sindical .................................................................................. 17
3.3.6 Direito de Greve ............................................................................................................ 17
3.3.7 Direito de substituição processual ................................................................................. 17
4 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO ..................................................................... 18
4.1 O SURGIMENTO DAS CORPORAÇÕES DE OFÍCIO ................................................ 19
5 CONCEITO DE CATEGORIA ECONÔMICA ...................................................................... 20
5.1 Categoria Diferenciada ....................................................................................................... 22
6 NATUREZA JURÍDICA DAS ENTIDADES – EMPREGADORES..................................... 23
6.1 O EMPRESÁRIO................................................................................................................ 24
6.2 AS SOCIEDADES ............................................................................................................... 24
6.3 FUNDAÇÕES ...................................................................................................................... 25
6.4 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................................. 26
7 O ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE ECONOMICA ................................................... 27
8 O JUIZ DE DIREITO E A MAGISTRATURA ....................................................................... 31
8.1 OS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO ................................................................. 32
8.2 O TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO .................................. 34
9 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 35
10 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 37
10
1 INTRODUÇÃO
Historicamente, se confirma a máxima de Voltaire que “As leis precisam ser claras,
uniformes e precisas, porque interpretá-las, quase sempre, é o mesmo que corrompê-las”.1 Na
área do direito do trabalho não é diferente.
1
<http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/filosofico.pdf> Acesso em 25.10.15.
11
A classificação das gerações dos direitos fundamentais pode ser assim sintetizada:
Primeira Geração:
Liberdades Públicas. Esta geração tem por finalidade limitar o poder do Estado,
impondo a ele o dever de não intervenção, de abstenção. Em virtude disso, os direitos desta
geração são denominados pela doutrina como direitos negativos.
Segunda Geração:
Terceira geração:
A partir da premissa de que o indivíduo é parte de uma sociedade e que precisa para
sobreviver, um ambiente saudável, equilibrado, necessita-se quem avancem direitos relativos
a coletividade. Esta geração então compõe-se de direitos como ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado e direitos do consumidor.
Quarta geração:
Para alguns doutrinadores existiria uma quarta dimensão dos direitos fundamentais
que incluiriam os direitos relacionados a biogenética.
Quinta Geração:
Assim como na quarta geração, sustenta-se que há uma quinta geração com os direitos
relacionados a internet.
Mas não ocorre uma separação radical, como se os direitos sociais não fossem algo
inserido na ordem social.
O artigo 6º descreve claramente que aqueles são conteúdo desta, quando diz que:
2
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 36ª Edição. São Paulo: Malheiros, 2012.
Pag. 287.
3
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> Acesso em 02.11.2015.
13
Os direitos sociais e os direitos econômicos por vezes se misturam nas doutrinas, basta
constatar que por vezes os direitos dos trabalhadores são colocados entre os direitos
econômicos, o que de certa forma encontra respaldo na premissa de que o trabalho é um
componente das relações de produção, tendo assim alcance econômico.
Os direitos sociais, como dimensão dos direitos do homem, são prestações positivas
porcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas
constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos,
direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais. São,
portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade. Valem como pressupostos de
gozo dos direitos individuais na medida em que criam condições materiais mais
propícias ao auferimento da igualdade real, o que, por sua vez, proporciona condição
mais compatível com o exercício efeito da liberdade. 4
4
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 36º Edição. São Paulo: Malheiros, 2012.
Pag. 289.
14
Há também uma classificação quanto aos direitos sociais do homem produtor, onde
figuram a liberdade de instituição sindical (instrumento de ação coletiva), o direito a greve, o
direito de o trabalhador determinar as condições de seu trabalho (contrato coletivo e trabalho),
o direito de cooperar na gestão da empresa (cogestão ou autogestão) e o direito de obter um
emprego. Na classe dos direitos sociais do homem consumidor figuram os direitos à saúde,
segurança social, ao desenvolvimento intelectual, acesso igualitário das crianças e adultos à
instrução, formação profissional e à cultura e a garantia ao desenvolvimento da família.
O artigo 7º trata dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de elencar em seu
parágrafo único os direitos dos trabalhadores domésticos.
Não há mais sentido em distinguir, para fins de direitos trabalhistas, trabalhadores urbanos
de trabalhadores rurais, pois ambos possuem os mesmos direitos, inclusive quanto ao prazo
prescricional relativos aos seus direitos trabalhistas, que é de cinco anos, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho.
I – Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
II – Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – Fundo de Garantia por tempo de serviço;
IV – Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
15
XXIX – Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX – Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por móvito de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de
admissão do trabalhador portador de deficiência.
XXXII – Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre
os profissionais respectivos;
XXXIII – Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e
de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos;
XXXIV – Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso. 5
Além de outros que tenham o objetivo de melhoria da sua condição social. Temos então
parte destes direitos são imediatamente aplicáveis e outros que dependem de legislação
complementar para que sejam implementados.
Os direitos coletivos dos trabalhadores foram incluídos entre os direitos sociais que são:
A liberdade sindical foi fruto de uma intensa e árdua batalha dos trabalhadores e
evoluiu com um direito autônomo. A constituição de um sindicato pode ser feita sem
autorização, sem formalismo adquirindo personalidade jurídica com o mero registro em órgão
competente. Assim acaba a submissão de sindicatos a tutela governamental.
5
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> Acesso em 02.11.15.
17
Os sindicatos têm esta importante prerrogativa, pois lhe cabe representar, perante
autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria, dentre as
quais celebrar convenções coletivas de trabalho.
Esta questão inclusive assumiu natureza de participação, não apenas uma simples
representação já que a Constituição disciplina em seu texto que é obrigatória a participação
dos sindicatos nas negociações coletivas do trabalho.
6
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 36º Edição. São Paulo: Malheiros, 2012.
Pag. 308.
19
Em meio a este desenvolvimento surgem durante a Idade Média, a partir do século XII
associações denominadas Corporações de Ofício.
Para se ter uma noção da importância que estas associações tiverem na história, grandes
universidades que até hoje possuímos como Oxford na Inglaterra e a Universidade de Paris
foram concebidas através das corporações de Ofício religiosas.
Cada profissional contribuía com uma taxa para manter a estrutura da associação em
funcionamento.
físicos de seus empregadores. Nem se cogitava os direitos às verbas trabalhistas como férias,
descanso semanal remunerado.
Surge então em várias regiões da Europa entidades denominadas “Trade Unions” que
eram “associações de empregados que desempenhavam o mesmo ofício de um conjunto de
cidades, abrangendo uma região ou várias, e até mesmo um país. ”7
7
<http://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/viewFile/65916/68527> Acesso em 25.10.15.
21
Segundo Sérgio Pinto de Moraes as regras trazidas na Consolidação das leis trabalhista
em vigor, quanto a categoria, são decorrentes do Decreto-Lei nº 1.402/39, que se baseou na
legislação corporativista italiana.
A Lei Italiana nº 563, de 3 de abril de 1926, denominada Lei Rocco, em seu artigo 3º
dispunha que as associações sindicais representam empregadores ou empregados de uma
categoria. “A ideia de homogeneidade da associação sindical gerou, na Itália, o entendimento
de que para cada categoria econômica deveria haver uma correspondente categoria
profissional. ”9
8
< http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613538/artigo-138-da-constituicao-federal-de-10-de-novembro-de-
1937> Acesso em 25.10.15.
9
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 29º Edição. São Paulo: Atlas, 2013. Pag. 796
10
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 29º Edição. São Paulo: Atlas, 2013. Pag. 302
22
Ainda explica o autor que é necessário ter cuidado com a expressão “categoria
econômica”. Pois profissão e categoria econômica são conceitos diferentes. Profissão é o
meio licito que uma pessoa escolheu e do qual provém a sua subsistência. Categoria é o setor
no qual essa pessoa exerce a sua profissão. O advogado por exemplo. A advocacia é a sua
profissão. Salvo na base territorial sindical em que existir sindicato da categoria diferenciada
de advogados, se o advogado é empregado trabalhando para o departamento jurídico de um
banco, sua categoria econômica é bancária. Se esse advogado trabalhar para uma indústria
metalúrgica, sua profissão é advocacia e sua categoria é metalúrgico.
A CLT em seu Artigo 581, adotou o enquadramento sindical com base na atividade
preponderante desenvolvida pela empresa, desde que essa realizasse diversas atividades,
dentre as diversas atividades desenvolvidas pela empresa.
Categoria diferenciada é conceituada pela CLT em seu Artigo 511, §3º como “a que se
forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força do estatuto
profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares”12.
11
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Direito do Trabalho 2. 40ª Edição. São Paulo: LTR, 2015. Pag. 473
12
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm> Acesso em 25.10.2015.
23
O STF reconheceu que está em vigor o artigo 511 da CLT, inclusive quanto ao
estabelecimento de categoria diferenciada (Pleno, RMS 21.305-DF, j. 17-10-91, Rel. Min.
Marco Aurélio, RTJ 137/1.137).14
O Artigo 44º da Constituição Federal impõem que: “São pessoas jurídicas de direito
privado: I- as associações, II- as sociedades, III- as fundações, IV as organizações religiosas,
V- Os partidos políticos, VI- as empresas individuais de responsabilidade limitada. ”15
13
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> Acesso em 25.10.15.
14
< www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoTexto.asp?id=2611454> Acesso em 25.10.15.
15
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>Acesso em 25.10.15.
24
6.1 O EMPRESÁRIO
Com a publicação do Código Civil de 2002, abandona-se a teoria dos atos de comércio
sobre a qual se fundava o direito comercial. Passando-se a considerar de forma moderna a
teoria da empresa, na qual o legislador deixa de acolher apenas os comerciantes, definidos em
rol exaustivo e passa a incluir os empresários, definidos em conceito aberto pela nova lei.
6.2 AS SOCIEDADES
A personalidade jurídica advém do registro próprio e na forma da lei dos seus atos
constitutivos. O registro dos atos ocasiona a diferenciação entre as sociedades registradas, que
16
GONÇALVES, Carlos Alberto. Direito Civil parte geral. 18ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2011. Pag. 81
17
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm> Aceso em 02.11.15.
25
6.3 FUNDAÇÕES
Fundação é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos. Sua principal
característica é ser constituída pela destinação de um patrimônio para a execução de
determinados fins.
O seu instituidor, que pode ser uma pessoa física ou pessoa jurídica, estabelece a sua criação
mediante dotação de bens e declaração de fins. Para ser atribuída personalidade jurídica à
fundação, é preciso ainda a declaração do seu modo de funcionamento e a aprovação do
estatuto pelo Ministério Público.
Os fins a que visam tais entidades devem ser necessariamente de natureza altruística,
ora estimulando a cultura e investigação científica, artística e literária, ora realizando
finalidades filantrópicas.
6.4 ASSOCIAÇÕES
Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não
econômicos. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I – A denominação, os fins e a sede da associação;
II - Os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - Os direitos e deveres dos associados;
IV - As fontes de recursos para sua manutenção;
V - O modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e
administrativos;
V – O modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - As condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – A forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 19
18
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm> Acesso em 02.11.15.
19
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm> Acesso em 02.11.15.
20
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm> Acesso em 02.11.15.
27
É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses
econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados,
agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam,
respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões
similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades
idênticas, similares ou conexas, constitui o vínculo social básico que se denomina
categoria econômica.
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum,
em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades
econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar
compreendida como categoria profissional. 23
21
MARTINS, Simples Nacional: Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte comentado. 1º
Edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. Pag. 40
22
<http://trt-10.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24396050/recurso-ordinario-ro-806201180110006-df-00806-
2011-801-10-00-6-ro-trt-10> Acesso em 02.11.15.
23
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452compilado.htm> Acesso em 02.11.15.
28
“Nº RO-0010255-37.2013.5.15.0028
Poder judiciário
Justiça do trabalho
Identificação
Relatório
29
Da r. sentença (id.. 3424630), complementada pela decisão dos embargos declaratórios ( id.
5f70e1e) que concluiu pela procedência parcial da ação, recorreu o reclamante quanto ao
reconhecimento de dispensa por iniciativa do empregado, pela aplicação das normas coletivas,
indeferimento da multa prevista no art. 467, da CLT e dos honorários advocatícios, conforme
razões expostas (id. 7553dd4). Não houve recolhimento de custas, porquanto a cargo da
reclamada. Contrarrazões (id. 813fda5) Processo não submetido ao Ministério Público do
Trabalho, de acordo com os artigos 110 e 111, do Regimento Interno deste E. Tribunal.
Rescisão contratual – modalidade O reclamante em sua prefacial alegou que foi dispensado
sem justa causa e que não recebeu as verbas rescisórias decorrentes da rescisão contratual
imotivada (id. 1008780 - Pág. 2).
A r. sentença atacada reconheceu que não houve o abandono de emprego alegado pela
reclamada, mas que a rescisão contratual se deu por iniciativa do trabalhador.
Insurgiu-se o reclamante diante de tal decisão requerendo que seja reconhecida a ruptura
contratual imotivada ou ainda, rescisão indireta.
Insta esclarecer a princípio que não há que se falar em rescisão indireta, uma vez que o autor
em sua inicial declarou que foi dispensado pelo reclamado sem juta causa, alegação esta que
vai de encontro com a sua nova tese de "rescisão indireta". Quanto à alegação de que foi
dispensado pelo reclamado, da análise da prova oral produzida entendo que ficou bem
demonstrado que o reclamante deixou de trabalhar para o réu por vontade e iniciativa própria.
Em seu depoimento o reclamante confessou que: "[...] 4. O final de agosto o depoente foi até
a reclamada para receber o salário e ele se recusou a pagar; em razão disso o depoente virou
as costas e foi embora; depois disso o depoente não voltou a trabalhar e não foi procurado
pelo reclamado; [] o depoente foi quem resolveu não voltar mais a trabalhar porque tinha
dificuldade de receber do reclamado pagamento completo. Deste modo, nego provimento ao
recurso do reclamante neste tocante e reputo correta a r. decisão do MM. Juízo "a quo" que
reconheceu que a rescisão contratual se deu por iniciativa do reclamante.
30
No presente caso, como bem mencionou o MM. Juízo "a quo", não há como reconhecer que o
reclamado, como empresário individual (id. 2293815) seja qualificado como integrante da
"Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas". Correta a r. sentença neste tocante.
Mantém-se. Multa prevista no art. 467, da CLT Pleiteou o reclamante a aplicação da multa
prevista no artigo 467 da CLT. Sem razão, contudo. Embora o reclamado tenha reconhecido a
prestação de serviço pelo autor, negou o vínculo empregatício e a existência de qualquer
verba rescisória a ser paga, tornando-as controversas. Assim, inexistindo verbas rescisórias
incontroversas não há falar em aplicação da multa do art. 467, da CLT. Mantém-se.
Honorários advocatícios Decidiu o E. Supremo Tribunal Federal, em decisão final nos autos
da Ação Direta de Inconstitucionalidade número 1.127-8, ser inconstitucional o art. 1º da Lei
8.906/94 quanto a exigência da presença do advogado em "qualquer" órgão do Poder
Judiciário, e, por conseguinte, na Justiça do Trabalho (DJ de 26/05/2006). Portanto, mantém-
se, com tal decisão, e mesmo após alterações no Código Civil Brasileiro o disposto no artigo
791 da CLT, que estabelece o "jus postulandi" no Processo do Trabalho, e, por consequência,
a ausência de sucumbência quanto aos honorários advocatícios. Por outro lado, não
demonstrou o autor que estivessem presentes todos os requisitos da Lei 5.584/70, ou mais
especificamente, que estivesse assistida por seu sindicato de classe já que não há nos autos
prova de assistência. Destarte, mantém-se a r. sentença que indeferiu o pedido de honorários
advocatícios. Dispositivo CONHECER do recurso de AMARILDO APARECIDO TROVO e
NÃO O PROVER, nos termos da fundamentação. Para os efeitos da Instrução Normativa n.º
3/93, II, "c", do C.TST, manter o valor da condenação arbitrado na origem. Processo julgado
em 26 de agosto de 2014, pela 7ª Câmara - Quarta Turma do Tribunal Regional do Trabalho
da Décima Quinta Região. ” 24
24
<http://www.jusbrasil.com.br/diarios/documentos/227170015/andamento-do-processo-n-0010255-
3720135150028-airr-02-09-2015-do-tst?ref=topic_feed> Acesso em 02.11.15.
31
O Juiz de direito é o ícone central na justiça, é dele o papel de se fazer a justiça diante
dos conflitos estabelecidos em uma sociedade. Esta sobre os ombros do magistrado a
responsabilidade de se estabelecer o império da lei sob o manto da justiça.
O poder Judiciário é responsável pela função jurisdicional por meio da qual, o Estado
sobrepõe-se aos sujeitos envolvidos no litígio submetido a sua apreciação.
Para garantir que o Judiciário, ao julgar, tenha em conta exclusivamente as disposições legais,
e que foi criado um sistema de garantias, que asseguram ao juiz, individualmente, e ao Poder
Judiciário, enquanto instituição, as condições de exercer sua função com imparcialidade e
independência.
interesse público pelo voto da maioria absoluta dos membros do respectivo tribunal ou
do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa.
c) Irredutibilidade de subsídios é uma garantia constitucional, do artigo 37, XV da
Constituição Federal que é comum a todos os servidores públicos, segundo a qual o
magistrado não pode ter reduzido nominalmente os seus vencimentos.
Um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no artigo 94, I da Constituição Federal;
A Constituição Federal prevê ainda que junto ao Tribunal Superior do Trabalho devem
funcionar a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho,
cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para ingresso e a
promoção na carreira.
Um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no artigo 94 da Constituição Federal;
25
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> Acesso em 02.11.15.
34
A litigiosidade em números:
2º Grau 1º Grau Total
26
< http://portal.trt15.jus.br/historico> acesso em 02.11.15.
35
Movimentação Processual
Como se pode constatar pela análise dos números, apesar da grande eficiência do Tribunal
da 15ª região, há uma grande movimentação processual o que vem a ocasionar uma forte
pressão sobre os magistrados que são responsáveis pelo julgamento de muitos processos
em pouco espaço de tempo, o que contribui para possíveis equívocos em suas sentenças.
9 CONCLUSÃO
econômica, neste caso da construção civil, logo, o seu empregado será filiado ao Sindicato
dos empregados da Construção civil, cabendo-lhe os direitos trabalhistas previstos na
legislação e os previstos na Convenção Coletiva da categoria.
Vimos também que a legislação apesar de esparsa e as vezes confusa é clara quando
determina que a atividade econômica preponderante deverá nortear a escolha do sindicato
patronal e, por conseguinte o sindicato do empregado.
10 REFERÊNCIAS
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 29ª Edição. São Paulo. Atlas, 2013.
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 35ª Edição. São Paulo.
Malheiros, 2012.
ALMEIDA, Armador Paes de. Manual das Sociedades Comerciais. 12ª Edição. São
Paulo. Saraiva, 1999.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10259.htm>Aceso em 02.11.15.
< http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613538/artigo-138-da-constituicao-federal-de-10-de-
novembro-de-1937> Acesso em 25.10.15.
<http://trt-10.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24396050/recurso-ordinario-ro-
806201180110006-df-00806-2011-801-10-00-6-ro-trt-10> Acesso em 02.11.15.