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SEMINÁRIO PRESBITERIANO RENOVADO

GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA

DANIEL MAXIMIANO PEREIRA DE PAULA


EILA GABRIELA DA COSTA PAULA

O PECADO E SUA TRANSMISSÃO


COM ÊNFASE NA ABORDAGEM REPRESENTATIVA E FEDERATIVA

CIANORTE
2017
DANIEL MAXIMIANO PEREIRA DE PAULA
EILA GABRIELA DA COSTA PAULA

O PECADO E SUA TRANSMISSÃO


COM ÊNFASE NA ABORDAGEM REPRESENTATIVA E FEDERATIVA

Trabalho apresentado ao Seminário


Presbiteriano Renovado de Cianorte, para
obtenção de nota parcial da disciplina de
Teologia Sistemática.
Prof.: Eliandro da Costa Cordeiro

CIANORTE
2017
SUMÁRIO

1. ANÁLISE INTRODUTÓRIA: PECADO E SUA TRANSMISSÃO .............................................................. 4


1.1 Pelágio e a não transmissão da culpa e efeitos do pecado..................................................... 5
1.2 Armínio e a transmissão do efeito do pecado ........................................................................ 6
1.3 Calvino e a herança da culpa e dos efeitos ............................................................................. 6
2. ABORDAGEM REPRESENTATIVA...................................................................................................... 7
3. ABORDAGEM FEDERATIVA .............................................................................................................. 8
4. IMPLICAÇÕES TEOLÓGICAS ............................................................................................................. 9
5. CONCLUSÃO APLICADA ................................................................................................................. 11
6. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 12
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1. ANÁLISE INTRODUTÓRIA: PECADO E SUA TRANSMISSÃO


Em determinados pontos a doutrina do pecado até parece ser comum a todos que dela
se aprofundam, mas ao estudarmos seus pormenores, percebemos que aparecem algumas
interpretações diferentes a diversos pontos, e não é diferente quanto à sua transmissão,
caracterizando segmentos, ramos de estudos teológicos que implicarão em pronunciamentos
que se divergirão dentro, até mesmo da igreja cristã.
E vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos
olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e
comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram
abertos os olhos... (Gênesis 3. 6, 7a)

A partir do livro de Gênesis na Bíblia é demonstrado a queda do homem, o primeiro


pecado, ou ‘pecado original’ na visão calvinista. Os mantenedores do sítio gotquestion.org
apontam a seguinte explicação para pecado original:
“...refere-se ao pecado de Adão em comer da Árvore do Conhecimento do
Bem e do Mal e seus efeitos sobre o resto da raça humana desde então,
principalmente seus efeitos em nossa natureza e nosso relacionamento com
Deus, até mesmo antes de termos idade suficiente para cometer pecado
conscientemente.” (https://www.gotquestions.org/Portugues/pecado-
original.html Acesso em 15/10/2017).

O primeiro pecado de Adão, o primeiro ser humano, teve uma significação sem igual
para a raça humana inteira. Aqui encontramos uma ênfase sobre a transgressão, daquele
homem mediante o que o pecado, a condenação e a morte vieram a reinar sobre a totalidade
dos homens. Não podendo restar qualquer dúvida que está aqui em foco a primeira
transgressão humana.
Porém, para Wayne Gruden em sua Sistemática aponta que as vezes a doutrina do
pecado herdado de Adão que é chamado de ‘pecado original’ precariamente, pois, ao passo
que utiliza-se essa expressão deve ter em mente que a expressão não se refere ao primeiro
pecado de Adão, mas a culpa e a tendência para o pecado que os humanos carregam desse
primeiro pecado, sendo assim, é “original” no sentido de que veio de Adão e também no
sentido que inclusão dos nossos pecados, não só o de Adão; este seria o aspecto da herança
do pecado de Adão (GRUDEN, 2011).
Assim, a partir da queda de Adão, um novo sistema foi gerado, o estado do homem foi
alterado. A transmissão desse sistema de pecado é que acaba gerando interpretações
diversas. Louis Berkhof em sua Teologia Sistemática escreve que “Enquanto tem havido
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acordo geral quanto à universalidade do pecado, tem havido diferentes explicações da ligação
entre o pecado de Adão e o dos seus descendentes” (2012, p. 230).
As diversas teorias tendem a seguir desenvolturas de raízes históricas, mas é com o
uso de algumas denominações que podemos pedagogicamente fazer a diferenciação das
várias interpretações, nominações como Pelagianista, Arminianista, e, Calvinista; estas irão
apontar o modo que lidam com essa transmissão de pecado e seus efeitos.

1.1 Pelágio e a não transmissão da culpa e efeitos do pecado

Pelágio era um teólogo do quarto século (360-420 d.C.). Britânico, teve uma vida muito
piedosa. Pelagianismo, portanto, é a doutrina que descende da doutrina de Pelágio, que por
suas doutrinas professadas, foi concebida como heresia no Ocidente cristão. Apesar de
comumente atribuirmos a Pelágio é válido ressaltar que Orígenes, por influência grega, já
falava desse conceito, porém por Pelágio esse conceito é altamente difundido. A ideia de
“pecado original” é inconcebível para Pelágio, pois, se a pessoa pode fazer o bem exigido por
Deus, segue-se que sua responsabilidade perante Deus é somente naquilo que ele tem
competência para fazer. Assim, a pessoa peca isoladamente, mas não porque possui a
natureza pecaminosa herdada, de modo que cabe a ela a escolha de pecar ou não, a isso é
chamado “liberdade da vontade”. O teólogo Charles Hodge em sua Sistemática citando
Pelágio escreve que Pelágio baseava-se no argumento de que se a natureza fosse pecaminosa,
então Deus, como o autor da natureza, seria o autor do pecado; sendo assim, o prejuízo do
pecado de Adão estava apenas para ele e não se estendia aos demais humanos (HODGE,
2003).
Em outras palavras, o pelagianismo apresenta uma teoria sobre a não transmissão da
culpa e da tendência do pecado, como mencionado anteriormente, ou seja, uma quebra de
um indivíduo com relação ao outro, de forma que o que Adão fez nada pode influenciar, a
menos que nós queiramos, e então esse querer pecar é entendido como os atos praticados,
não a culpa. É como os descentes daquele primeiro homem nascer como uma folha em
branco, podendo escolher não pecar.
O pecado de Adão não teve nenhuma influência sobre as almas de seus
descendentes além de, através de seu exemplo pecaminoso, encorajar
outras pessoas a também pecar. De acordo com essa opinião, o homem tem
a habilidade de parar se ele quisesse. Esse ensino não vai de encontro a várias
passagens que ensinam que o homem é um escravo do pecado (quando
longe da intervenção de Deus) e que suas boas obras são “mortas”, quer
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dizer, sem nenhum valor para ganhar o favor de Deus (Efésios 2:1-2; Mateus
15:18-19; Romanos 7:23; Hebreus 6:1; 9:14).
https://www.gotquestions.org/Portugues/pecado-original.html Acesso em
15/10/2017).

Como mencionado as passagens bíblicas na citação acima, esses versículos bíblicos


apresentam ensinamento contrário a esse pensamento, já que a ideia pelagiana é de que
somos responsáveis apenas por aquilo que podemos ou somos capazes de fazer.

1.2 Armínio e a transmissão do efeito do pecado

Diferente de Pelágio, Jacó Armínio, teólogo holandês que viveu de 1560-1609 d.C.,
gerou seguidores de sua doutrina que ficou conhecida como arminiana, ensinava que de Adão
nos sobreveio uma natureza corrupta, de maneira que o ser humano é incapaz de cumprir os
mandamento de Deus, necessitando da ajuda divina, a que é chamada de graça preveniente,
dessa forma mesmo que o ser humano não queira pecar é impulsionado por essa natureza,
portanto, não somos uma folha em branco, e temos ligação com o efeito do pecado de Adão.
O termo graça preveniente é nome dado ao que seria a graça de Deus que convence, chama,
ilumina, capacita, e que precede a conversão e torna o arrependimento e a fé possíveis. No
entanto, no que se refere a transmissão de pecado, nessa teoria não seríamos responsáveis
pela queda de Adão. Dessa maneira, a culpa do pecado de Adão não é herdada, o que é
herdado é apenas a incapacidade de obedecer a Deus. O plano expiatório previsto por Deus,
por intermédio da morte de Cristo neutraliza a corrupção herdada de Adão, assim a culpa
herdada seria removida pela morte de Cristo. A responsabilidade do homem, nessa teoria,
dirá respeito aos seus próprios atos voluntários.
Em combate a essa teoria, o sítio gotquestions.org apresenta os seguintes escritos:
Esse ensinamento vai de contra ao tempo verbal escolhido para “...todos
pecaram” em Romanos 5:12 e também ignora o fato de que todos sofrem a
punição do pecado (morte) mesmo quando não pecaram de uma forma
semelhante à de Adão (1 Coríntios 15:22; Romanos 5:14-15, 18). Além disso,
a Bíblia não ensina em lugar nenhum a doutrina de graça proveniente.
https://www.gotquestions.org/Portugues/pecado-original.html (Acesso em
15/10/2017).

1.3 Calvino e a herança da culpa e dos efeitos

Em definição, calvinismo é a teoria que aborda os ensinamentos da doutrina trazida


por João Calvino, teólogo do século XVI (1509-1564 d.C.), ainda que muitos dos seus
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ensinamentos não foi originário por ele, mas por ele foi positivado ou difundido.
Diferentemente do arminianismo, que enfatizava a “pecaminosidade herdada”, o calvinismo
enfatiza o “pecado original”. Para os calvinistas o pecado de Adão não foi um ato isolado, mas
é o nosso pecado também. Assim, culpa e efeito são atribuídos a nós. Há duas maneiras de
enxergar como a culpa nos alcançaria, a primeira diz respeito a raça humana fazer parte de
Adão em forma de semente, germinal ou seminal, portanto, quando Adão pecou, pecamos
nele (Abordagem Representativa). A segunda maneira é que Adão serviu apenas como
representante da humanidade, de modo que quando ele pecou, nós pecamos (Abordagem
Federativa).
Dessa forma, o objetivo desse trabalho é apresentar as abordagens Federativa e
Representativa que se referem à transmissão procurando declinar às implicações teológicas
contemporâneas e buscar como conclusão apontar a interpretação que parece ser mais
bíblica.
2. ABORDAGEM REPRESENTATIVA
Em suma a abordagem Representativa tem conexão com o conceito traducionista da
origem da alma, ou seja, a alma do indivíduo é transmitida pelos nossos pais e está relacionada
com o momento da concepção, de forma igual a que absorvemos a natureza física. Assim,
quando Adão pecou, estávamos com ele presente de forma germinal ou seminal, passando
logo após por nossos ancestrais até chegar em nós. Quando Adão pecou, não se tratou de um
pecado individual, mas do ato de toda a raça humana.
Berkhof abordando essa teoria aponta que “Toda a raça humana estava seminalmente
presente em Adão, e, portanto, também pecou nele. Sua desobediência dói desobediência da raça
humana inteira. ” (2012, p.231)
Antes do período da Reforma, Berkhof (2012) apresenta que já havia alguns
pensadores sobre a abordagem representativa, mas, ainda de modo singelo, não tal como foi
após o período da Reforma.
Em Bonaventura e outros depois dele, a distinção entre a culpa original e a
corrupção original foi expressa mais claramente. A ideia fundamental era que
a culpa do pecado de Adão é imputada a todos os seus descendentes. Adão
sofreu a perda da justiça original e com isso incorreu no desprazer divino.
Como o resultado, todos os seus descendentes estão privados da justiça
original, e nessas condições, são objetos da ira divina. Além disso, de algum
modo a corrupção do pecado passou à sua posteridade, mas a maneira como
se deu essa transmissão era matéria de discussão entre os escolásticos. Visto
que não eram traducionistas, e, portanto, não podiam dizer que a alma,
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afinal de contas, é a verdadeira sede do mal no homem, passa de pai a filho


pelo processo de geração natural, perceberam que tinham que ser dita
alguma coisa mais apara explicar a transmissão do mal inerente. (BERKHOF,
2012, p. 231).

Após, o período da Reforma, inicialmente não tiveram elementos novos, Berkhof, traz
os seguintes pensamentos de Reformadores:
De acordo com Lutero, somos tidos como culpados por Deus por causa do
pecado herdado de Adão e que reside em nós. Calvino fala num tom um
tanto semelhante. Ele sustenta que, desde Adão foi, não somente o
progenitor da raça humana, mas também a sua raíz, todos os seus
descendentes nascem com natureza corrupta; e que tanto a culpa do pecado
de Adão como a própria corrupção inata são-lhes imputados como pecado
(BERKHOF, 2012, p. 231).

3. ABORDAGEM FEDERATIVA
Em suma, a abordagem federativa está ligada ao conceito da origem da alma, que
ensina que Deus criou a alma humana especialmente para cada indivíduo e unida ao corpo no
nascimento. Este conceito posiciona Adão como o único detentor do ‘pecado original’. Isto é
explicado pelo fato de a raça humana não estar presente nem psicologicamente ou
espiritualmente em nenhum de nossos ancestrais, nem em Adão. Este seria, simplesmente, o
nosso representante, e suas ações provocaram o efeito passando em todos os seus
descendentes. Pecando Adão somos também considerados pecadores e culpados perante
Deus. A aliança entre Deus e Adão remete toda a corrupção e culpa a nós, pois ele e o nosso
representantem assim como Cristo foi nosso representante para promover a expiação.
Berkhof (2012) aponta que antes da Reforma, “Hugo de São Vítor e Pedro Lombardo
sustentavam que a concupiscência real macula o sêmen no ato de procriação, e que essa
mancha de algum modo contamina a alma em sua união com o corpo”
Tomás de Aquino, parece trazer uma ênfase realista, Berkhof faz o seguinte
comentário sobre seu pensamento: “...a raça humana constitui um organismo e que, como o
ato de um membro do corpo – digamos, a mão – é considerado como ato da pessoa, assim o
pecado de um membro do organismo da humanidade é imputado ao organismo todo” (2012,
p. 231).
Após a Reforma, inicia o desenvolvimento da teologia federativa, trazendo uma ideia
de que Adão seria o representante de toda raça humana, de forma que possibilita uma
diferença nítida entre a transmissão da culpa e a da corrupção nata, formando também culpa
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de igual modo aos “olhos de Deus”. Essa teologia federal enfatizou uma imputação “imediata”
da culpa de Adão aos que ele representou como o chefe da aliança.

4. IMPLICAÇÕES TEOLÓGICAS
Diversas passagens bíblicas indicam a universalidade do pecado:
“Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares
contra eles, e os entregares às mãos do inimigo, para que os que os cativarem os levem em
cativeiro a terra do inimigo, quer longe ou perto esteja” (I Reis 8:46).
“E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum
vivente” (Salmos 143:2).
“Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?”
(Provérbios 20:9).
“Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça bem, e nunca peque”
(Eclesiastes 7:20).
Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes
demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo de
pecado; Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há
ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se
extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não
há nem um só. (Romanos 3:9-12)

“Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em
Jesus Cristo fosse dada aos crentes” (Gálatas 3:22).
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade
em nós” (I João 1:8).
“Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós” (I João 1:10).
Várias passagens da Escritura ensinam que o pecado é herança do homem desde a
hora do seu nascimento e, portanto, está presente na natureza humana tão cedo que não há
possibilidade de ser considerado como resultado de imitação, como por exemplo: “Eis que em
iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmos 51:5).
Berkhof apresenta a seguinte explanação sobre a universalidade:
...o pecado é uma coisa original, da qual participam todos os homens e que
os faz culpados diante de Deus. Além disso, de acordo com a Escritura, a
morte sobrevém mesmo aos que nunca exerceram uma escolha pessoal e
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consciente. Romanos 5:12-14, esta passagem implica que o pecado existe no


caso de crianças, antes de possuírem discernimento moral. Desde que
sucede que as crianças morrem e, portanto, o efeito do pecado está presente
na situação dela, é simplesmente natural supor a causa também está
presente. Finalmente, a Escritura ensina também que todos os homens
acham sob condenação e, portanto, necessitam da redenção que há em
Cristo Jesus. Nunca se declara que as crianças constituem exceção a essa
regra (BERKHOF, 2012, p. 233)

Destarte, não se pode negar a relação entre Adão e seus descendentes, e se entre a
queda e a universalidade do pecado existe uma lacuna chamada transmissão, após essas
variadas interpretações possamos conceber o que diz Romanos 5:12-31; que Adão é o
responsável pela condenação da raça humana, e Cristo Jesus é o responsável pela salvação
para “todos os que crêem” (22).
Adão representa uma humanidade caída e perdida, enquanto Cristo representa uma
nova humanidade que Deus está fazendo emergir dessa humanidade caída. A comparação de
seus efeitos demonstra que enquanto através da desobediência de Adão entrou a morte,
através da obediência de Cristo veio a vida. O escritor dessa passagem, Paulo, aponta Adão
como aquele que prefigurava aquele que haveria de vir. Na primeira carta aos coríntios 15:47,
Paulo escreve que Cristo é último Adão e o segundo homem. Por que essa relação? Pois são
representantes da raça humana.
Paulo enfatiza no escrito de Romanos que foi a partir de um só homem que entrou o
pecado no mundo, ele se refere a Adão, mesmo sabendo que quem pecou primeiro foi Eva,
mas, Adão era o responsável, foi criado primeiro, era o cabeça de toda a raça humana, assim,
a responsabilidade recai sobre Adão sobre o que aconteceu no paraíso.
Conciliar a soberania de Deus com a responsabilidade do homem, nesse caso, o de
Adão, é um verdadeiro desafio, mas a culpa da entrada do pecado estava sobre Adão, Deus
apesar de soberano, não pode ser concebido como o autor do pecado. A resposta está clara,
o pecado entrou por um homem, por Adão quando desobedeceu a Deus; não há base bíblica
para atribuir a Deus a autoria do pecado.
A responsabilidade do homem, com relação aos seus atos não pode ser retirada, não
pelo fato de ter nascido culpado que poderá se abster de vigiar em seus atos, portanto, o
homem não está isento de responsabilidade, o que não afeta a soberania de Deus.
O texto de Romanos 5:12-31 ao apresentar que por um homem entrou o pecado,
apresenta esse pecado no singular, portanto, a qualidade do que estava entrando contém não
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somente os pecados (atos isolados), mas também, a culpa/consequências, o sistema que


deturpa a natureza inicial do homem. O pecado já existia, através da rebelião contra Deus, por
satanás, mas ainda não estava introduzido na humanidade, nem na criação
(natureza/fauna/flora), pois o princípio do pecado não só afeta o ser homem, mas todo o
cosmos.
Assim, não podemos aceitar uma teologia que prega a não transmissão do pecado, ou
a possibilidade de sermos bons ou parcialmente bons aos olhos de Deus, pois, a nossa
natureza é caída, culpada e nada temos de bom, dependemos inteiramente da graça de Deus,
pois carregamos enquanto humanos a culpa, a mesma carga que estava sobre Adão, esta
também está sobre nós.

5. CONCLUSÃO APLICADA
Quando se pergunta: o que eu tenho a ver com Adão? Para as duas teorias têm tudo a
ver, para a abordagem representativa ainda haverá a argumentação de que não há injustiça
no fato de termos uma herança pecaminosa e corrompida, por isso somos pecadores. O
pecado de Adão reflete-se no mesmo pecado das pessoas, e não são apenas atos individuais
praticados livremente, mas que Adão agiu por todos quando pecou no jardim do Éden.
Quando se pergunta: se eu já carrego a culpa de Adão e por isso sou considerado
culpado, como poderei responder pelos atos? Levando em conta a teoria Federativa, podemos
ponderar que herdamos a natureza pecaminosa e corrompida de Adão, mas cada um dos
seres humanos é responsável diante de Deus por seus atos cometidos individualmente. Mas,
ambas as abordagens não apresentam Deus como o responsável ou criador do mal, o pecado
é de responsabilidade do homem.
Quando se pergunta: as crianças não são inocentes? A resposta é que em pecado já
nasceram, nelas a transmissão do pecado já foi imputada. Não há inocentes, todos precisamos
da justificação através de Cristo.
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6. BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA sagrada: Bíblia de Estudo de Genebra. Traduzida em português por João Ferreira de
Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Editoras Sociedade Bíblica do Brasil
e Editora Cultura Cristã, 2009.

BÍBLIA sagrada: Antigo e Novo Testamento. Traduzida em português por João Ferreira de
Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2ª ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008.

BÍBLIA sagrada: Bíblia Vida. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e
Corrigida. 2ª ed. Barueri: Coedição de Sociedade Bíblica do Brasil e Editora Vida Nova, 1984.

BERKHOF, Loius. Teologia Sistemática. 4ª ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2012.

GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática Grudem. São Paulo: Vida Nova, 2011.

HODGE, Charles. Teologia Sistemática de Hodge. São Paulo: Hagnos, 2003.

SHEDD, R. P. O Novo Dicionário da Bíblia. (The New Dictionary). Traduzido por João Bentes.
8ª ed. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1988, v. I.

https://www.gotquestions.org/Portugues/pecado-original.html (Acesso em 15/10/2017)

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