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MATERIAIS Engenharia Civil

Materiais de Construção II

CERÂMICOS Prof. MSc. Alana Pacheco

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INTRODUÇÃO

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HISTÓRIA
A indústria cerâmica é uma das mais antigas do mundo.
• Períodoneolítico (entre 12000 e 4000 a.C.): a necessidade de armazenar
alimentos levou o homem à criação de componentes de barro secos
naturalmente, e posteriormente, à fabricação de cerâmicas cozidas.
• Egito (3000 a.C.): utilização de cerâmicas vidradas.
• Europa central (século XVIII): utilização de cerâmica branca
• Últimasdécadas: aperfeiçoamento dos produtos convencionais e no
desenvolvimento de cerâmicas de alta tecnologia

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DEFINIÇÕES
Os materiais cerâmicos são materiais inorgânicos, formados por elementos
metálicos e não-metálicos, ligados entre si por ligações iônicas e
covalentes, obtidos após tratamento térmico geralmente após
temperaturas elevadas.
• Duros e frágeis
• Pouca tenacidade
• Baixa ductilidade
• Bons isolantes térmicos e elétricos
• Pontos de fusão relativamente altos
• Estabilidade química
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DEFINIÇÕES

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DEFINIÇÕES
Cerâmica: pedra artificial obtida pela moldagem, secagem e cozedura de
argilas ou misturas contendo argilas.
(Em certos casos alguma dessas etapas pode não acontecer, mas a matéria-prima é a argila!!!)

• Argilas: materiais terrosos naturais que, quando


misturados com água, adquirem a propriedade
de apresentar alta plasticidade.
Minerais que apresentam tamanho inferior a 5
microns (ABNT).
Constituídas de argilo-minerais, geralmente
silicatos de alumina, muitas vezes associados à
óxidos de ferro, ou outros minerais.
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DEFINIÇÕES
Cerâmica: pedra artificial obtida pela moldagem, secagem e cozedura de
argilas ou misturas contendo argilas.
(Em certos casos alguma dessas etapas pode não acontecer, mas a matéria-prima é a argila!!!)

Outras matérias primas:


• Naturais: Quartzo, feldspato, calcita, dolomita,
magnesita, bauxita
• Sintéticas: Alumina, carbonato de cálcio

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DEFINIÇÕES
Argilo-minerais: são silicatos hidratados de alumínio, ferro e magnésio,
comumente com alguma porcentagem de álcalis e alcalino-terrosos.

• Caulinita: argilomineral mais puro. É muito


plástica e apresenta alta retração. Utilizada
para a confecção de materiais refratários.
• Ilita: argilomineral do grupo das micas, rica em
silício, magnésio, ferro e água. Cerâmica
vermelha.
• Montomorilonita: argilomineral composto por
camadas de sílica e alumina. Cerâmica
vermelha.
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DEFINIÇÕES Propriedades dos principais elementos constituintes das argilas

Elementos Principais propriedades


Alumina Propicia estabilidade dimensional em temperaturas elevadas. Pode
aumentar ou diminuir o ponto de fusão. Reduz a plasticidade, resistência e
deformações.
Carboneto e sulfato de Resultam em expansão volumétrica e agem como fundentes.
cálcio e magnésio
Matéria orgânica Resulta em retração, fissuras durante o processo de queima e diferenças
de coloração em um mesmo componente cerâmico.
Óxido de ferro Confere a cor vermelha e amarela após a cozedura. Diminui o ponto de
fusão.
Sílica livre Diminui a retração durante o processo de queima e reduz a plasticidade.
Diminui a plasticidade, retração e resistência mecânica.
Silicatos e fosfatos São fundentes, alguns aumentam a resistência da cerâmica.

Sais solúveis Propiciam o aparecimento de eflorescências nos componentes cerâmicos.


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CLASSIFICAÇÃO
Tipos de argila:
Argilas puras
• Argilas de cor de cozimento branca: caulins e argilas plásticas
• Argilas refratárias: caulins, argilas refratárias e argilas altamente
aluminosas
Argilas impuras
• Argilas para produtos de grês: argilas vitrificáveis
• Argilas para materiais cerâmicos estruturais: amarelas ou vermelhas

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CLASSIFICAÇÃO
• Caulins: formado de caulinita (argilo-mineral mais puro), pó branco
matéria-prima da porcelana
• Argilas vitrifricáveis: maior porcentagem de sílica livre que as outras.

Argilas gordas: muito plásticas, tem mais alumina


Argilas magras: mais porosas e frágeis, tem mais sílica.

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CLASSIFICAÇÃO
Tipos de depósitos de argila:
• Na superfície das rochas, como resultado
da decomposição superficial destas.
• Nos veios e trincas das rochas
• Nas camadas sedimentares, onde foram
depositadas por ventos e chuvas.

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PROPRIEDADES

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Propriedades importantes das argilas
• Plasticidade
• Retração
• Efeitos do calor

Propriedades importantes das cerâmicas


• Absorção de água
• Resistência mecânica
• Resistência à fratura e ao desgaste
• Resistência térmica e química
• Durabilidade

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PROPRIEDADES DAS ARGILAS
Plasticidade
Corpo plástico: continuamente deformado, sem
que haja ruptura.
Água + Argila
• Início: facilmente se desagrega
• Fim: pegajosa demais.
• Ponto de maior plasticidade: o ponto em que
se limitam essas fases.
A plasticidade das argilas depende do tamanho e forma das partículas, dos
argilominerais presentes e da presença de outros materiais.
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PROPRIEDADES DAS ARGILAS
Retração
Redução do volume por efeito de secagem e da
cozedura.
• Está relacionada à plasticidade (comportamento
inverso).
• Acontece devido à evaporação da água das redes
capilares, que se tornam vazios e geram retração do
material.
• A retração é proporcional ao grau de umidade e à tensão de capilaridade
existente no interior do sólido e também varia de acordo com a composição.
• Como a retração não é uniforme, o bloco se deforma.
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PROPRIEDADES DAS ARGILAS
Efeitos do calor
Alterações físicas
• 20 e 150°C: perda de água de capilaridade
• 150 a 600°C: perda de água adsorvida

Alterações químicas (acima de 600°C)


• Primeiro estágio: Água de constituição é expulsa, endurecimento e
matérias orgânicas queimadas. Desidratação química.
• Segundo estágio: carbonetos são calcinados e se transformam em óxidos.
• Terceiro estágio (950°C): vitrificação a partir da sílica de constituição, dando
dureza, resistência e compactação.
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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
As propriedades são variáveis com:
• A constituição do material
• O processo de fabricação
• A temperatura de cozimento

Como características principais, interessa saber, para uma cerâmica,


qual o seu peso, a sua resistência mecânica, a resistência ao desgaste e
a durabilidade.

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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
Absorção de água
• Depende da compacidade das peças e da constituição.
• Também é chamada de porosidade aparente, que é dada pela
porcentagem de aumento do peso que a peça apresenta após
24h de imersão em água.
• A absorção tende a estabilizar com o tempo.

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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
Resistência mecânica
• Depende da quantidade de água usada na moldagem.
• Água em excesso lava as partículas menores que mais facilmente fundirão
pra formar o vidrado
• Quanto mais homogênea e limitada a granulometria e quanto melhor a
cozedura, maior a resistência da cerâmica.
• Resistências à tração variam de 0,7 MPa até 7 Gpa (compósitos com
whiskers de alumina), mas poucos materiais cerâmicos apresentam
resistência à tração superior a 170 MPa.
• Resistência à compressão 5 a 10 vezes superior à resistência à tração

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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
Resistência mecânica
• Devido às ligações iônicas e covalentes, em geral os materiais cerâmicos
são frágeis e possuem baixa resistência ao impacto.
• Exceções: argila plástica, material cerâmico macio e facilmente deformável
• Os poros concentram tensões para formação de fenda.
• Uma vez criadas condições para o início da propagação, as fendas
continuam a crescer até ocorrência da fratura
• Os poros são prejudiciais para a resistência mecânica: diminuem a área da
seção onde é aplicada a carga e baixam a tensão que o material pode
suportar.
• O tamanho e fração volumétrica dos poros são fatores importantes
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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
Resistência à fratura e ao desgaste
• Em geral, a resistência à fratura dos materiais cerâmicos é de baixa a
moderada.
• A resistência à fratura pode depender fortemente das fendas presentes
• Baixa tenacidade
• Fratura por fadiga (desgaste) é rara: ausência de plasticidade durante o
carregamento cíclico
• Elevada dureza: abrasivos para corte, polimento e etc.

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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
Resistência térmica e química
• Baixa condutividade térmica, bons isoladores térmicos.
• Resistência química elevada, principalmente quando vitrificados.
• Elevada resistência ao calor (usados como refratários, materiais que
resistem à ação de ambientes quentes, líquidos ou gasosos).
• Materiais refratários (resistências mecânicas, densidade e porosidade)
• Densidades aparentes que variam entre 2,1 e 3,3 g/cm³
• Os refratários densos com baixa porosidade apresentam maior resistência à
corrosão e à erosão (e penetração de líquidos e gases)
• Nos refratários para isolamento térmico, é desejável maior porosidade

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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
Fatores de desagregação das cerâmicas
Agentes físicos externos:
• Umidade
Dependente da porosidade da cerâmica
• Vegetação
• Fogo: faz diminuir a resistência à compressão. Como as peças não se
dilatam uniformemente, desagregam.
• Gelo: ciclos de gelo e degelo, por causa da expansão da água na peça.

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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
Fatores de desagregação das cerâmicas
Agentes químicos internos:
• Sais solúveis
A umidade do ar pode dissolver os sais,
cristalizando na superfície da peça,
ocasionando eflorescência.
Além da má aparência, a eflorescência pode
ocasionar o deslocamento e queda do
revestimento.

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PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
Fatores de desagregação das cerâmicas
Agentes mecânicos:
• Esforços de flexão
• Esforços de choque (comuns no transporte e uso)
As peças cerâmicas resistem muito melhor à compressão, do que à flexão,
torção e choque
Regra fundamental na aplicação de peças cerâmicas de revestimento:
completo apoio por toda a superfície de contato

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FABRICAÇÃO

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FABRICAÇÃO
Preparação dos Materiais Cerâmicos
• Extração do barro
• Preparo da matéria-prima
• Moldagem
• Secagem
• Cozimento
• Esfriamento

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FABRICAÇÃO
Extração do barro
• Cada tipo de cerâmica requer um tipo próprio de barro.
• Escolher o teor de argila, composição granulométrica, profundidade da
barreira, qualidade do barro
• Principais fatores a serem considerados:
• Composição da jazida
• Quantidade de argila disponível
• Custos do transporte até a cerâmica

• A extração é realizada com auxílio de


retroescavadeiras, pás carregadeiras
ou tratores de esteiras e o transporte por caminhão basculante.
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FABRICAÇÃO
Preparo da matéria-prima
Extraída, a argila deve ser preparada para a industrialização.
A preparação da massa, por meio das operações de sazonamento, mistura e
laminação, tem como principais objetivos:
• Adequar a dimensão dos grãos de argila ao processo de moldagem a que
será submetida
• Aumentar sua reatividade
• Reduzir o teor de impurezas existentes

Na jazida pode ser feita a seleção em lotes de mesma qualidade.

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FABRICAÇÃO
Preparo da matéria-prima
Sazonamento (apodrecimento da argila):
• Exposição da argila à intempérie, de modo que ocorram alterações de
suas características, como desagregação dos torrões, aumento da
reatividade e lixiviação dos sais solúveis
• A argila é levada para depósitos ao ar livre,
passa por um período de descanso para a
fermentação das partículas orgânicas
• O tempo depende da argila e do produto,
podendo variar de 1 a 12 meses

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FABRICAÇÃO
Preparo da matéria-prima
Formação da pasta:
• Maceração: obtenção de menores partículas (processos rudimentares).
Britadores, moinhos, desintegradores.
• Correção: tem como objetivo dar a constituição desejada à argila. Mistura
de duas ou mais argilas para corrigir as deficiências na argila proveniente
da jazida principal.
• Amassamento: preparar a argila para a moldagem (homogeneizar,
misturar ou adicionar água) com auxílio de laminadoras

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FABRICAÇÃO
Moldagem
Operação de dar a forma desejada à pasta de cerâmica.
• Moldagem a seco ou semi-seco (4 a 10% de água): feita por prensagem.
Argila é moldada quase seca. Ladrilhos, azulejos, refratários.
• Moldagem com pasta plástica consistente (20 a 35% de água): extrusão,
que é forçar a massa a passar, sob pressão, através de um bocal
apropriado, formando uma fita contínua e uniforme. A coluna é cortada.
Tijolos, tubos cerâmicos, telhas.
• Moldagem com pasta plástica mole (25 a 40% de água): moldes de
madeira. Processo mais antigo. Vasos, tijolos brutos, pratos e xícaras.
• Moldagem com pasta fluida: (30 a 50% de água): processo de barbotina. A
cerâmica é dissolvida em água e a solução colocada em moldes de gesso.
Porcelanas, louças sanitárias e peças de formato complexo.
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FABRICAÇÃO
Secagem
Após a moldagem ainda permanecem 5 a 35% de água. Se a argila for levada
ainda úmida para o formo, terá tensões internas e consequente
fendilhamento.
• Secagem natural: olarias. É mais demorado e exige grandes superfícies.
• Secagem por ar quente-úmido: o material é posto nos secadores, onde
recebe ar quente com umidade e depois só ar quente.
• Secadores de túnel: túneis de alguma extensão com calor de 40 a 150
graus.
• Secagem por radiação infravermelha: pouco usada, pelo alto custo. Alto
rendimento e pouca deformação.
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FABRICAÇÃO
Cozimento
No cozimento ocorrem as reações químicas. Importa a velocidade de
aquecimento, de esfriamento, atmosfera ambiente, tipo de forno,
combustível usado.
• Cuidado no cozimento em relação à uniformidade de calor ao forno. Obter
temperaturas ideais exatas.
• Para cerâmica, o ideal é que o material vá duas vezes ao forno:
aquecimento (biscoito) e reaquecimento (fixa o vidrado).
• Fornos contínuos e intermitentes.

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FABRICAÇÃO
Cozimento
No cozimento ocorrem as reações químicas. Importa a velocidade de
aquecimento, de esfriamento, atmosfera ambiente, tipo de forno,
combustível usado.
• Cuidado no cozimento em relação à uniformidade de calor ao forno. Obter
temperaturas ideais exatas.
• Para cerâmica, o ideal é que o material vá duas vezes ao forno:
aquecimento (biscoito) e reaquecimento (fixa o vidrado).
• Fornos contínuos e intermitentes.

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PRODUTOS CERÂMICOS

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PRODUTOS CERÂMICOS
Considerações gerais
Os produtos cerâmicos são representados no mercado de materiais de
construção por uma imensa variedade conforme a origem, a matéria-prima
e o processo de fabricação, e a finalidade do produto.
• Produtos para alvenaria (de vedação e estrutural), para cobertura e para
canalizações: cerâmica vermelha ou estrutural
• Produtos de acabamento e utilitários (cantoneiras, louças sanitárias e
acessórios): cerâmica branca ou de louça
• Cerâmica de grês: cerâmica de alto grau de vitrificação
• Produtos especiais: cerâmicas refratárias

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PRODUTOS CERÂMICOS
Classificação dos materiais cerâmicos na construção civil
• Materiais cerâmicos secos ao ar
• Materiais cerâmicos de baixa vitrificação
• Materiais cerâmicos de alta vitrificação
• Materiais cerâmicos refratários
-.-
• Produtos de cerâmica vermelha
• Materiais cerâmicos para acabamentos e aparelhos
• Materiais refratários e abrasivos

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PRODUTOS CERÂMICOS
Materiais cerâmicos secos ao ar
• A resistência das argilas secas simplesmente ao ar depende da proporção
entre os diversos componentes e da sua composição granulométrica.
• As propriedades mecânicas são inversamente proporcionais ao grau de
umidade usado na plastificação, o que vale também para argilas cozidas.

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PRODUTOS CERÂMICOS
Materiais cerâmicos secos ao ar
Adobe
• Dos materiais secos ao sol, apenas o adobe e as argamassas de barro têm
alguma importância na construção.
• Adobe é argila simplesmente seca ao ar, sem cozimento, usado em
construções rústicas
• Pode resistir a tensões de compressão de
até 7 MPa
• Ao receber água, pode se tornar novamente
plástico
• Necessidade de isolante de umidade
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PRODUTOS DE
CERÂMICA VERMELHA

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Componentes de cerâmica vermelha
• Tijolos maciços
• Blocos cerâmicos
• Telhas cerâmicas
• Tubos cerâmicos
• Ladrilhos ou lajotas
• Tavelas
• Elementos vazados

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Produtos de cerâmica comuns
• Conforme a qualidade da argila, resultarão em diversas qualidades de
produtos.
• Variação de baixa resistência (0,5 MPa) até alta resistência (12 MPa).
• De facilmente pulverizáveis até os de massa compacta
• Difícil estabelecer limites entre a cerâmica comum e a cerâmica de
qualidade superior.

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Produtos de cerâmica comuns
• Cerâmica comum: materiais de porosidade relativamente alta, superfícies
ásperas, que foram fabricados apenas com pequena prensagem
• O recebimento desses materiais deve ser cuidadoso
• Cuidado com quebra do material
• Cor da peça não indica qualidade
• Esses materiais têm porosidade alta e apresentam grande absorção
• Duração não alcança a dos materiais de alta prensagem

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Tijolos maciços

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Tijolos maciços
• Também chamado de tijolo comum (ou tijolinho)
• Baixo custo de fabricação e normalmente é utilizado em alvenaria de
vedação
• São fabricados geralmente pelos processos mais econômicos possíveis
• Correção mínima da argila
• Moldagem com pasta plástica consistente, em máquinas de fieira
• Secagem feita em grandes telheiros, que aproveitam o calor do forno
• Cozimento pode ser feito em qualquer dos tipos de fornos: usual é o
intermitente e o forno de Hoffman
• Temperatura de cozimento de 900 a 1000°C
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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Tijolos maciços
• Paralelepípedos, podendo ter rebaixos de fabricação em uma das faces
• Tijolos maciços comuns (19 x 9 x 5,7 cm ou 19 x 9 x 9 cm) ou especiais
• Deve-se verificar as condições exigíveis para os produtos nas normas
• Procedimentos para a avaliação dos tijolos maciços:
• Visita ao local de fabricação
• Formato regular ou não
• Dimensões e desvio
• Resistência
• Exame da massa
• Absorção
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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Tijolos maciços

Categoria Resistência à compressão (MPa)


A > = 1,5
B > = 2,5
C > = 4,0

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Tijolos maciços
Normas Brasileiras para o Tijolo Maciço Cerâmico:
• NBR 5711:1982 – Tijolo modular de barro cozido – Padronização
• NBR 6460:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Verificação da
resistência à compressão – Método de Ensaio
• NBR 7170:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Especificação
• NBR 8041:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Forma e
dimensões

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Blocos cerâmicos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Blocos cerâmicos
• Blocos de vedação: para alvenaria de vedação, tem como principal função
suportar o peso próprio da alvenaria da qual faz parte (furos na vertical ou
horizontal)
• Blocos estruturais: para alvenaria estrutural, tem função de suportar as
cargas previstas em uma alvenaria estrutural (somente furos na vertical)
• Grande variedade de acordo com os tipos de blocos
• Texturas das faces dos blocos
• Quantidade e tipos de furos
• Espessura das paredes
• Dimensões

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Blocos cerâmicos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Blocos cerâmicos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Blocos cerâmicos
• Possui uma linha de produção bem definida
• Utilização de matéria-prima de qualidade superior à utilizada na
fabricação de tijolos comuns
• Preparação da matéria-prima em equipamentos como desagregadores,
homogeneizadores e laminadores
• Moldagem em fieiras contínuas

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Blocos cerâmicos

Tipo de bloco Resistência à compressão (MPa)


Blocos de vedação utilizados com > = 1,5
furos na horizontal
Blocos de vedação utilizados com > = 3,0
furos na vertical
Blocos estruturais > = 3,0

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Blocos cerâmicos
Normas Brasileiras para Blocos cerâmicos
• NBR 6461:1983 – Bloco cerâmico para alvenaria – Verificação da resistência
à compressão – Método de ensaio
• NBR 7171:1992 – Bloco cerâmico para alvenaria – Especificação
• NBR 8042:1992 – Bloco cerâmico para alvenaria – Formas e Dimensões –
Padronização
• NBR 8043:1983 – Bloco cerâmico portante para alvenaria – Determinação
da área líquida

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Blocos cerâmicos
Característica do bloco Especificação da NBR 15270
Medida das faces Tolerância dimensional de ±5 mm
Espessuras dos septos e paredes externas dos Septos: espessura ≥ 6 mm
blocos de vedação Paredes externas: espessura ≥ 7 mm
Espessuras dos septos e paredes externas dos Septos: espessura ≥ 7 mm
blocos estruturais de paredes vazadas Paredes externas: espessura ≥ 8 mm
Espessuras dos septos e paredes externas dos Septos: espessura ≥ 8 mm
blocos estruturais de paredes maciças Paredes externas: espessura ≥ 20 mm
Espessura das paredes externas dos blocos Espessura ≥ 8 mm
estruturais perfurados
Desvio em relação ao esquadro Desvio ≤ 3 mm
Índice de absorção de água Entre 8% e 22%
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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Principais propriedades exigidas para tijolos e blocos
• Resistência à compressão compatível com as exigências de projeto
• Dimensões adequadas para o levantamento da alvenaria
• Permeabilidade compatível com as condições de exposição a que a
alvenaria estará submetida
• Variação volumétrica compatível com as condições de exposição e uso a
que a alvenaria estará submetida
• Características de superfície e distribuição de poros compatível com a
argamassa a ser utilizada para o assentamento e/ou revestimento da
alvenaria

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Telhas cerâmicas

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Telhas cerâmicas
• Componentes que, em conjunto com componentes acessórios, são
utilizados para a construção de telhados
• A fabricação de telhas comuns é feita quase pelo mesmo processo
empregado para tijolos comuns
• O barro deve ser mais fino e homogêneo
• A moldagem pode ser feita por extrusão e prensagem ou diretamente por
prensagem (umidade entre 20 e 25%)
• A secagem deve ser mais lenta que os tijolos, para diminuir a deformação
• O cozimento é feito nos mesmos tipos de fornos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Telhas cerâmicas
Telhas de encaixe
• Apresentam saliências e reentrâncias nas bordas, que permitem o encaixe
entre elas
• Telhas planas e compostas de encaixe
• Romana, Francesa e Termoplan

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Telhas cerâmicas
Telhas de capa e canal (de sobreposição)
• Formato de meia-cana
• Peças côncavas (canais) que se apoiam sobre as ripas do telhado e por
peças convexas (capas) que se apoiam nos canais
• Colonial, Paulista e Plan

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Telhas cerâmicas
• Exigência: que o telhado não permita a passagem de água, quando
submetido à ação de chuva e vento (impermeabilidade)
• As telhas devem ser projetadas para atenderem essa exigência, com um
declividade adequada às condições de exposição
• Apresentar retilineidade e planidade para permitir o encaixe
• Absorção de água pequena
• Devem apresentar resistência para esforços durante transporte e
montagem e resistir ao trânsito eventual de eventos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Telhas cerâmicas
Normas Brasileiras para as Telhas Cerâmicas
• NBR 8038:1987 – Telha cerâmica tipo francesa – Forma e Dimensões –
Padronização
• NBR 9598:1986 – Telha cerâmica de capa e canal tipo paulista – Dimensões
– Padronização
• NBR 9599:1986 – Telha cerâmica de capa e canal tipo plana – Dimensões –
Padronização
• NBR 9600:1986 – Telha cerâmica de capa e canal tipo colonial – Dimensões
– Padronização
• NBR 9601:1986 – Telha cerâmica de capa e canal – Especificação
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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Tubos cerâmicos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Tubos cerâmicos
• Denominados também de manilhas
• Utilizados para canalização de águas pluviais e esgotos
• São cilíndricos e podem ser retos (tubos de ponta a ponta) ou põem ser
fabricados com uma bolsa em uma das extremidades, que permite o
encaixe diretamente com o tubo seguinte (tubos de ponta e bolsa)
• Fabricação de peças especiais, usadas para a mudança de direção da
canalização
• Podem ser vidrados nas duas faces ou só na face interna
• O cozimento é feito nos mesmos tipos de fornos
• As juntas podem ser de argamassa, betume ou elásticas
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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Tubos cerâmicos
Normas Brasileiras para as Tubos Cerâmicos
• NBR 5645: Tubo cerâmico para canalizações
• NBR 6549: Tubo cerâmico para canalizações – Verificação da
permeabilidade
• NBR 6582: Tubo cerâmico para canalizações – Verificação da
permeabilidade e da resistência à pressão interna
• NBR 7530: Tubo cerâmico para canalizações – Verificação dimensional
• NBR 8409: Conexões cerâmicos para canalizações

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Telhas e tijolos aparentes
• São produtos de melhor qualidade, usados nos casos em que se deseje boa
aparência, uniformidade de cor, etc.
• Feitos com maior cuidado
• Maior resistência à abrasão
• Uniformidade de tamanho

• Moldagem por prensagem


• Grau de vitrificação mais elevado
• Tijolos desse tipo não se prestam para o revestimento porque a aderência é
pequena
• Muitas vezes o cozimento é feito em duas passagens pelo forno
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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Telhas e tijolos aparentes

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Outros produtos cerâmicos
• Elementos vazados: componentes cerâmicos que apresentam diversas
formas, utilizados para a confecção de paredes vazadas. Elementos não
estruturais.
• Ladrilhos e lajotas cerâmicas:peças utilizadas em pisos, diversas formas
(quadrada, retangular, curva) e com acabamento natural ou esmaltado.
• Plaquetas: utilizadas para o revestimento de paredes e componentes de
concreto armado, imitando os tijolos à vista
• Pingadeiras: utilizadas para a proteção da face superior de muros e peitoris de
janelas.
• Tavelas: elementos retangulares utilizados na fabricação de lajes pré-
moldadas
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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Outros produtos cerâmicos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Outros produtos cerâmicos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Outros produtos cerâmicos

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PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA
Outros produtos cerâmicos

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PRODUTOS PARA
ACABAMENTOS E APARELHOS

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PRODUTOS PARA ACABAMENTOS E APARELHOS
Vantagens dos revestimentos cerâmicos
• Adequados ao clima brasileiro
• Facilidade de limpeza e manutenção simples
• Grande durabilidade, se bem especificados e assentados
• Materiais inertes
• Não inflamáveis e de baixa condutibilidade térmica
• Diversas possibilidades de decoração

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Características
• Materiais cerâmicos de alta vitrificação: louça e grês cerâmicos
• Diferença entre eles está na textura interna
• Materiais de louça são pais porosos no interior:
• Azujelos
• Pastilhas
• Louça cerâmica

• Grês cerâmico tem textura quase compacta


• Tubos sanitários
• Lito-cerâmica

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PRODUTOS PARA ACABAMENTOS E APARELHOS
• Louça
• Feitos com pó de argilas brancas, dosadas com exatidão
• Granulometria fina e uniforme
• Problema na fabricação: os vidrados não ficam muito homogêneos
• Variação na cor e espessura

• Azulejos e Pastilhas
• Placas de louça de pouca espessura com vidrados numa das faces
• Moldagem a seco
• Pintura
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PRODUTOS PARA ACABAMENTOS E APARELHOS
Características das placas cerâmicas
• Característicasgeométricas: tolerâncias dimensionais, ortogonalidade,
planaridade e retitude dos lados.
• Características técnicas: absorção de água, resistência à abrasão,
resistências a manchas e ataques químicos, resistência ao choque térmico,
dureza e coeficiente de atrito
• Análise visual: defeitos visuais de superfície, diferenças de tonalidade

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Fatores de agressão
Provenientes do meio externo ou do interior da edificação
• Resfriamento por ar condicionado
• Umidade interna
• Aquecimento e dilatação pelo sol
• Umidificação pela chuva
• Ressecagem e resfriamento pelo vento
• Ação de poluentes
• Vibração

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PRODUTOS PARA ACABAMENTOS E APARELHOS
Patologia
• Destacamento: falhas no assentamento, ausência de garras de fixação,
expansão por umidade ou ausência de juntas de expansão
• Escurecimento: absorção de água nas cerâmicas não esmaltadas com alta
porosidade
• Eflorescência:
penetração de água da chuva pelo rejuntamento, ascensão
de água pelo piso, a partir da solubilização de sais solúveis.

• Evitar: infiltração e cuidar da impermeabilização

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PRODUTOS PARA ACABAMENTOS E APARELHOS
Especificação
• Paraque o revestimento cerâmico tenha um bom desempenho, é
fundamental que não só a placa cerâmica, como também o substrato, a
argamassa de chapisco em paredes, a argamassa de fixação e o rejunte
sejam adequados e bem executados
• NBR 13818: Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos
de ensaios
• Quadro 5, páginas 608-610 do livro do Isaia.

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PRODUTOS PARA ACABAMENTOS E APARELHOS
Louças sanitárias
• Processode fabricação por colagem com pasta fluida, ou barbotina, em
molde de gesso
• Vasossanitários, tanques, mictórios, lavatórios, bidês, cubas e acessórios
como saboneteiras, porta-toalhas,
• Devem atender à normas de qualidade
• Instruções de instalação e uso, medidas dos produtos

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PRODUTOS PARA ACABAMENTOS E APARELHOS

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MATERIAIS REFRATÁRIOS E
ABRASIVOS

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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
• Refratário:
material cerâmico, natural ou artificial, conformado ou não,
geralmente não-metálico, que retém a forma física e a identidade química
quando submetido a altas temperaturas
• Devem resistir a 1500°C sem sofrer deformações termomecânicas
• Característicaprincipal de utilização como revestimento com propriedades
estruturais para proteção térmica e oscilação térmica

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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
• Ampla variedade de materiais de diferentes composições químicas e
mineralógicas
• Aplicações estruturais a elevadas temperaturas
• Deve-seavaliar as propriedades físico-químicas, a microestrutura e simular
testes em determinadas situações
• Principais exemplos: refratários silicoaluminosos
• Uso em fornalhas, caldeiras, dutos e chaminés, fornos da indústria
cerâmica, siderúrgica e petroquímica
• Excelente combinação de características mecânicas, físicas e químicas
associadas com baixo custo

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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
Classificação
• Quanto à forma: conformados (tijolos de diversos formatos) e não
conformados (argamassas, concretos densos e isolantes)
• Quanto ao processo de conformação: prensados, extrudados,
eletrofundidos e moldados
• Quanto à natureza química e mineralógica: ácidos, básicos e neutros
• Quanto à massa específica aparente: refratários densos e refratários
isolantes

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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
Propriedades
• Refratariedade
simples: temperatura máxima que ele resiste sem colapsar,
amolecer ou deformar
• Densidade e porosidade: parâmetro de controle de qualidade na fabricação
• Variação linear dimensional: tendem a retrair ou expandir em serviço
• Propriedades mecânicas a frio: compressão, tração, flexão, impacto,
abrasão
• Propriedades mecânicas a quente: menor a resistência mecânica, mas
maior resistência à fluência, choque térmico e corrosão. Refratariedade sob
carga, fluência e resistência mecânica a quente.
• Choque térmico
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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
Refratários não-conformados
• Refratário que não possui forma física nem dimensões definidas
• Após a sinterização, eles formam uma única peça estrutural: monolíticos
• Nivelam e podem exceder as propriedades físicas dos tijolos, mas
dependem da correta instalação, cura e pré-aquecimento
• Vantagens:
• Eliminação das juntas de construção/dilatação
• Translado mais fácil e sem quebra
• Facilidade e rapidez de instalação
• Reparação mais fácil

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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
Refratários não-conformados
• Argamassas
• Concretos refratários densos e isolantes
• Massas moldáveis (plásticas e socadas)
• Massas granuladas secas
• Massas de projeção
• Revestimentos

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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
Materiais abrasivos
• Substâncias naturais ou sintéticas que são usadas em processos de abrasão
que visam cortar, desbastar, limpar por remoção ou polir materiais com a
finalidade de dar-lhes ajuste dimensional e/ou acabamento superficial
• O abrasivo possui maior dureza que a do material sobre o qual atua
• Empregados em atividades industriais: corte e polimento de pisos e de
superfícies
• Importantes propriedades físicas: dureza, tenacidade, forma do grão,
tamanho e tipo de fratura, e pureza (uniformidade)
• Geralmente são granulados e presos por ligantes a peças na forma de
discos ou rodas (serras e rebolos), papel e tecidos (lixas e panos)
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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
Materiais abrasivos
• O tipo de abrasivo pode ser natural ou sintético, monocristalino ou
policristalino
• Granulometria grosseira ou fina e concentração baixa ou alta
• A facilidade ou dificuldade de desgastar um material pode ser estimada
pela combinação entre dureza e módulo de resiliência

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MATERIAIS REFRATÁRIOS E ABRASIVOS
Materiais abrasivos
• Óxido de alumínio: aço de alta liga, ferro fundido nodular e aplicações em
lixas
• Carbeto de silício: desbaste em materiais como ferro fundido, bronze,
alumínio, latão, granito, mármore, refratário e outros
• Diamante: desbaste de materiais duros e frágeis, cerâmicas e pedras
preciosas
• Nitreto de boro cúbico: usinagem de materiais ferrosos

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