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B646p _Bleichmar, Noberto M. ‘A poltnlisedepols de Freud Nobo M,Blichmare Celia Leibeman de Blechoar rad. Francico Franke Seine ~ Porto Alege Artes Médias, 1992 1 Psicandlise. Bleichmar, Celia Leiberman. I. Titulo cDU 159.9642 Catalogagio na publicaglo: Ménica Ballejo Canto ~CRB 1 ISBN 85-7307-832-4 NOBERTO M. BLEICHMAR CELIA LEIBERMAN DE BLEICHMAR com 9 colaboragéo de SILVIA WILKINSKI APSICANALISE DEPOIS DE FREUD TEORIA E CLINICA E oo / ie r PREFACIO: R. Hordcio Etchegoyen TRADUGAO: Froncisco Franke Settineri Porto Alegre, 1992 sar que o individuo, par realiza processos através do ego. : Para Hartmann (1955, papel sexuais e agressivas € um elemento primordial em t ddo ego. Dele depende a instauracao do principio de realidade, o per do e ai li Hartmann da, to, a agdo e a intencionalidade. Com esta proposta, n to. 8B fungdo de neutralizacio, a direcao de toda a personalidade. MELANIE KLEIN. A FANTASIA ONSCIENTE COMO CENARIO DA VIDA PSIQUICA APRESENTACAO Julio Cesar D, Hoenisch comartoee desde 1919, data em que publicou ir em statu nascendi", até sua mor- , apresentam uma per- . Neles, o interesse principal nao est cen- ricas que permitam construir um conjunto com- coerente de hipéteses. © que transmitem, em compensacao, € ocupacio em descrever © mundo rico de fantasias e vivéncias que em tratamento apresentam. As hipéteses de Klein procuram 05 fatos que surgem, a partir de novos contextos terapéuticos e de ervages. O ponto de partida € sempre o tratamento analitico e, ente, o desenvolvimento da sessao. omo em Freud observamos um para suas formu- tica de Saussure e a ier expli que acontecem no Ho € no vinculo interpessoal entre paciente e analista. Observa que Se compromete emocionalmente no tratamento, que inclui o tera~ suas fantasias, que desenrola um universo cheio de acontecimen- Slagses, mas sobretudo com fortes sentimentos e angistias. ‘A Psicandlise depois de Freud / 79 ha de compreensao define uma de suas hipéteses principai psiquismo se origina em um vinculo intersubjetivo, em primeiro lugar, a Jacao de objeto do bebé e sua mae. Ela estuda as caracteristicas emos deste vinculo, em que procura descobrir qual é a angiistia predor as fantasias constitutivas. Klei contempordinea, que enfatiza a existéncia de relagdes de obj ‘mo fundadoras do desenvolvimento psiquico e da personalidade. Us de parte dos autores que revisaram os sucessivos capitulos dest trem-se, a este respeito, de suas idéias renovadoras. E importante .qui um fato significativo. Klein comegou Thando em anilise com criangas; iniciou uma pratica original, ao introd a técnica do jogo infe para ter acesso aos conflitos e fantasias, de ‘maneira mais direta e facil do que a comunicacao verbal. Insistiu em ‘seus pequenos pacientes deviam ser analisados do mesmo modo que os tos, explorando 0s conflitos inconscientes e abstendo-se de qualquer m da reeducativa ou de apoio. Isto Ihe permitiu observar que \eurose-de transferéncia andloga a dos adultos. Desta itar um campo de observacao fértil para uma grande ‘complexo de Edipo precoce, super precoce, mecanismos de defesa primitives, organizados em torno de angéstia principal e uma relacao de objeto. Disto partiu outra importante hipotese, a angtistia existe desde o 60 da vida, é o motor essencial que pde em march: quico e, a0 mesmo tempo, é a origem de toda a pa ca, sera 0 eixo de compreensao das fantasias e cor durante o tratamento. Sobre isso versar4 o ponto de urgéncia Esta nogdo esta ligada 4 grande importdncia que, no pensamento niano, tem o problema da agressividade como causa de angt sédicas e agressivas se inscrevem, em iiltima instancia, na pulsdo de m que atua no individuo, desde os primeiros momentos do desenvolvi ‘A frustracao provocada pelos objetos serd um elemento coadjuvante, nem definitorio, para tais pulsdes agressivas. interessada em descrever o desenvolvimento psiquico iquico posterior. E, embora tome €0 ponto de partida as propostas bésicas de Freud e Abraham, suas ol ‘uma teoria original do desenvol ‘espaco mental povoado de objetos que interagem enti ficados e motivacées; descreve as fantasias inconsci basicos desse mundo interno ou realidade psiquica. A idéia de conflito tal se modifica, ndo é uma luta entre a pulsao sexual e a defesa, ou €0 estrutura que impede sua descarga, mas entre sentimentos de amor cy {dio que se enfrentam no vinculo com os objetos. A vida psiquica se orga- fiza, tanto em sua evoluczo como em seu funcionamento, em volta de Buas posigdes fundamentais: esquizo-parandide e depressiva. A posicdo de- ; (0 crucial do desenvolvimento. Estabelece as 0 € 0 controle das angtistias psi outra hipétese funda 0 iniciado por Melanie Klein deu lugar Grado de um movimento chamado de escola kleiniana; teve seu epicen- 9 em Londres e se estendeu a diversos paises e fxico, José Luis Gonzales foi, sem divida, seu ; scipu- f¢, ha mais de vintee cinco anos, realiza seminatios de estudos sobre estes __Omovimento inspirado em Melanie Klein se originou nos anos 40, al- do seu apogeu nas décadas de 50 e 60. Unificou um corpo teérico e anc que o ncvidualizoy claramente de outesequeras dpi Resumiremos agora um perfil biografico de Mel Bleomprecncao de alguns sopecor de sun aba Nescoo on use ma familia centro-européia de origem judaica. Quando jover, quis estu- Itc, mas nao péde realizar este propésito,devido a seu noivado a a lein, aos dezessete anos, com quem casou aos vinte e um e te fihos, er um curtoespaso de tempo. Durante a época da Prine -se sta aproximacao com a psicandlise, através da leitu- porta de Freud, Deste momento em diante, nunca abandonou sua de- Ibsen! GoM guem jamais teve um conato creo) e a deicagao pe- *. Seu desenvolvi foi 6 es ‘aie foi protegido por trés grandes figuras M1919, que a est rte prematura do mestre. “ €m 1926, convence-a a ir morar em Londres, onde ela permanece re foi uma figura pole = ura polémica na psicanélise. Provo- . aa de apaixonados colaboradores ¢ adeptos e, também, de in- © opositores. Teve trés grandes enfrentamentos, ao longo ‘A Psicandlise depois de Freud / 81 base constitucional agressao humana, provocou a discrepé va com membros de sua escola (Paula Heimann separa-se do grupo) ‘outros autores, que compartilham, com Klein, a teoria das relacdes de, to precoces, mas divergem quanto a génese da agressao e do sintoma nicott e Guntrip, entre eles). Est icas soais, tedricas e para o moviment res concordam que seu enfrentam« total com Anna Freud e a Eset Viena foi responsdvel, em parte, de que Freud nunca a se sua obra, apesar dela se proc iscipula e continuadora jdéias. As discussdes de 1943-44 provocaram a dolorosa di com sua filha, Melitta Schmideberg, que apoiou Glover em sua 40 fracassar, mudou-se definitivamente para os Estados Unidos. in e seus co mento psiquico. Em quase todos os seus artigos, Prop d mas, 20 mesmo tempo, vai forcando a teoria, com a intencao de suias descobertas dentro dos postulados freudianos. Ha hipdteses que ‘cem em um momento de sua obra como resposta a determinados do deixadas de lado, sem que faga uma referéncia (0 epistemofilica. Concei quais outorga ma rotunda, e cujos fundamentos ndo s40 tor. Outros conceitos originais, como ident combinado, posicdo esquizo-parandide e depressiva, devem ser: jurante sua obra, como no Co de sua teoria. Alguns temas classicos, como resisténcia ou teoria do im a.um segundo plano ou submerge em out Sua producao t Melanie Klein nao fez revises periédicas de sua obr is of Children foi uma tentativa de siste Ao, ms he. Dope ree rico e apaixonante de abordagem da vi- 1917) pode ser entendido como origem da ou a dualidade pulsional de Além do prin: ze 1920), como 0 ponto inicial que Klein considerou, para teorizar 'as pulsGes agressivas e libidinais. ‘ pelo contrério, acentuam que hé uma rupt ese trata de uma nova feoria do funcionamen mento psiquico. A idéia do conf , lutam a dissociacao com a a, por um lado, e a tolerdncia a esta r ica costuma ser Periodo de 1919 a 1932: luz uma grande quanti- nae Inicia a técnica do jo- a inalmente, em criangas Be Stenson pean soar ago lee rincipasversam sobre a neurose de tranferéncia com a complexo de Edipo precoce e a formacao de Perfodo de 1932 a fsquizo-paranéide (1946). Formalizamse os aspetos covers Kleini descriga espacc ym a descrigao da mente como um espaco "mos, que interagem com os externos, através dos A Poicanslise depois de Freud / 63 processos de projecio ¢ introjegao. © mecanismo da identificaco p tir de 1946, e, durante os seguintes trinta anos, um dos te investigacdo Kleiniana. Da acesso ao tratamento de paci 1 e limitrofes e exploracao daquilo que, mais tarde, Bion ( de, O destaque que ria, que Klein formula em 1957. Reforca-se assim o aspecto cot ta de sua teoria. Sua obra postuma, Narrative of a Child Analys i 0 caso Richard, a quem atendeu, na época da novamente abre o campo polémico em torno dos 1a Kleiniana: andlise das fantasias, centrada nas a predominantes da sessao, acesso ao mat da transferéncia po: Periodo 1919-1932. Sobre as primeiras descobertas. A técnica do jogo e a andlise de criancas Nesta etapa, Klein estabelece algumas hipéteses que foram a of de suas teorias posteriores. O ponto de € 0 que ela denomina d nica psicanalitica do jogo infantil’. Para analisar criancas, aceita seus jo dramatizacoes, expresses verbais e sonhos, como material igual nificativo. Através deles, explora sistematicamente as fantasias consc e inconscientes das criancas. 'A proposta é inovadora, em relagdo aos antecedentes da analis Eles foram 0 caso do pequeno Hans (1909), analisado indiretament id (que recolhia os dados por intermédio do pai do menino) e os Thos de Hugh Helmuth, que, desde 1917, tratava de criangas em p i didatico e de reed sivas da crianga nao devem ser reprimidas mas, xar que as sinta e as exprima assim como aparece. A fungao do é compreender a mente do paciente e transmitir-lhe 0 que ocorre com: ‘Nas criancas que Klein comeca a tratar analiticamente com esta J ca, observa que sofrem intensas angtistias persecutorias. Pensa ser nec interpreté-las, junto com as defesas que sdo estabelecidas contra el ,, em seus historiais clinicos, a sucesso de fantasias que se desdi. ravés de uma situagao dramat itandc as » Beas ca cianca sio a camse principal de tal anginta [Em 1927, j4 residindo em Londres, Melanie Klein apresent Psycho-Analytical Society, seu trabalho h Klein defen sus pontos de vis- natureza da anise da crianga, em ua opesicio frontal ideas a Freud. Este €o comeo de um grande enrentamento tedico entre uw ra de Escola Inglesa e a Escola de Vi -s - B Tlacionar com esas diversi: a aaa iante, nas décadas de 30 a 50, registrar-se-ao entre a escola Kleinia a psicologia do ego. Em termos pessoais, esta polémica com Anna Freud m Parte, responsavel, como ja 0 dissemos, por Freud nunca ter apoia- ores 3s desenvolvimento Kenianes. cré que a analise de criancas completamente andloga & I Aeurose de transferéncia se desenvolve do mesmo Easter eek forma de comunicagdo, através do are la ai ide expresso da mente Ree ee ava que, na inféncia, as criangas nao fa- das cae Ge transferéncia com o terapeuta, pois suas transferéncias pace apena gmente 20s pais reais. Ela pensava que a relacdo com 0 penas deve reforcar os as ositivos do vi r dicative ce oe reat, 0° asPects positives do vinculo, em um ni- ai ee, também, quanto a estrutura psicolégica que a crianca ie Klein acreditava, ja nessa época, na existéncia de um supe- # a0s dois ou trés anos de idade, que se caracteriza por seu sa- A Psicandlise depois de Freud / 85 dismo, devido ao qual uma das fungSes do tratamento seria a de red cea acldade excessiva. Anna Freud, em troca, propés a necessidade d forcar o superego, que seria fraco nas criancas, As primeiras hipéteses. F Superego precoce. Complexo de Edipo precoce “As duas hip6teses mais importantes que Klein formulou nesse periodo) ‘a) a existéncia de um superego precoce, que primeiro si 10s de idade e, depois, faz etroceder até o comego da: fexo de Edipo precoce, situado nos periodos hipéteses. Para et fas descobertas, pontos seguintes. ’2) Destacou que a agressio possui um papel central, tanto no des siquico precoce, como durante a vida do sujeito. As Igressivas tém grande importancia nos primeiros anos da vida psi principalmente no vinculo com a mae. Centrou seu interesse de riqueza de to de fase de sadismo maximo de seu eses de idade, vincula exclusivamente psicol6gico. Muitos autores, principal Melanie Klein a grande contri taque que ela pés na agressao humana, principalmente para a comp {das patologias graves, psicética e borderline. Em compensa¢a0, no cop Freud e Abraham pensavam que sos progressivos, aos quais chamaram de ‘modelo tem uma indubitavel origem darwini dlirigida pela sucessao anal e flico-genital $40 86 criancas pequenas, observa uma mescla de pulsées {que se sobrepem a partir das primeiras relacbes de o ida ida de fase libidinal, como unidade de desenvol do-a, tempos depois, pela ‘mais dindmico e menos preso 2 biologi rrais estao misturadz 2 ps superego precoce 1) As pulses agressivas - pré da vida, através de fantasias inconscient i oa ie. te €o primi epao que poe Ser deena, deforma ae € representa, para ele, o mundo externo, A crianca ti penetrar neste corpo, atacando-o sadicamente. Na fantasia in Hil sao destruidos seus contetdos, origi és : , originando a angtstia mai para a menina como para o vardo. Kiln desighn pelo hee de ee han la qual todos os bebes passam, em seu desenvolvimens ameaga de perda de a ersecutéri ete da fase feminina. Meda, portant, a iia de Freud de ue o cont de castracao no homem, com: ai mere) angst de casas sam o complexe nodular das Fada ao sadismo, como conte pi {ue a curiosidade € movida, principalmente, pelos dese} : do prazer. A crianga que fa ver seus contetidc raub Le fesse aoa od pelo desejo de conhecer desrutivo,sendo, 20 mesmo temno primdria parent gue acabamos de apre do pensar Pensamento psicanalitico, que nao aceitam atribuir senti- A Paicandlise depois de Freud / 87 mentos ¢ fantasias complexos a periodos precoces do desenvolvimento tal, nem outorgar agresso um papel essencial, primério ¢ independ das influéncias ambientais. d) Nos tratamentos de criangas neuréticas e psicét variedade de fantasias inconscientes. O jogo ica de elaborar fantasias e modificar a angéstia. A crianga Cura dominar os perigos de seu mundo interno, deslocando-os para 0 tor e aumentando, desta forma, a importncia dos objetos externos. O go € como uma ponte entre a fantasia e a realidade; uma maneira da {2 produzir simbolos, necessarios para o desenvolvimento mental. Em seu artigo “The importance of symbol-formation in the d ‘ment of the ego” (19: i i po da mae e do seu interior, por objetos no ‘ejamos agora, embora de forma p: com as idéias de Freud sobre a sexualidade feminina. Melanie Kl ra que, desde muito cedo, ha um ‘conhecimento inconsciente da dos sexos, tanto nas mulheres como nos homens. Afirma que as tém sensacSes vaginais e nao apenas clitoridianas, que ambos 08 se suem fantasias precoces do coito parental, da vai funcGes receptivas e de penetracao, respectivat diferente da idéia que Freud tinha sobre a sexualidade infantil; para’ to as mulheres como os homens recusam a diferenca entre 05 s€x08, rma de eludir a angiistia de castracao. Klein cré que, muito precoct 4 na etapa oral, 03 desejos sexuais se dirigem para a mae_¢ para telabelecendo os aspectos positives e invertidos do complexo de Edipo p Para Freud, a menina se considera castrada e sente inveja do peti so faz com que se decepcione com a mae, porque nao Ihe deu um € re, como substituto, 0 pénis do pai. Desta forma, introduz-se no 4c Edipo. Klein ndo concorda com tal concepsao. Postula que a meni ‘esejos genitais precoces, que a levam a querer receber o pénis € 05 © desejo feminino de jnternalizar o pénis paterno e receber os bebe deria, invariavelmente, 0 desejo de possuir o pénis. O desejo falico, Ther, é secundario a uma busca scificamente feminina. A invej na mulher, é secundaria a angi por seus que Klein faz (com Jones, Karen Horney e outros) das a sexualidade feminina influi grandemente em sua teorizacao do ¢o recoce. Figura combinada dos pais. Klein descreve, sob este nome; rie de fantasias precoces sobre a cena primaria, em sua verso mais P va: por exemplo, o pénis do pai contido no corpo da mae. A cri 88 fg seus pais esto unidos de uma forma perma ec parihandosatisfacdesorais, anaisegenitas. Ociume eainvou peck Mlesejos de atacar 0 corpo da mie, que contém 0 penis do tol neni Po rok, imagens persectrias que causam grande ay ¢ descobriu tanto no jogo infantil como nos pesadelos ¢ temoe ne, ; terrores no- fa figura parental combinada. A utilidade cli Sueeeeee fobservada no trabalho de Fanny Blanck de Cere doe transtorncs da de sexual. A autora os ia novos conhecimentos, provenientes das escola BGs ce ter resur algunas Lice coe vere da teoria Kleiniana, € iti liza, incorporando- analiticas at ue pertencem aos primeiro ue nos detenhamos nos conceitos de su teoria das posigdes. En- ipal e a evolucao que sofre- do sexo opost éconsi press “a es considerado oherdetro do complexo de Edipo. Melani ‘esou a analisar criancas muito pequenas (a partir E (a partir e oiservou gue tinham fortes sentimentos &e culpa a postular a existéncia de u Precoce do que o proposto por Freud e a descevelo cone exer sadico ic a ‘Como exemplo desta situacao, relata 0 caso de Ri pecan de dois anos e nove meses que padeia de ua severa ne ‘logical principles of early analysis’, 1926). O 105.0 que dissemos anteriorm 3 : rente. Klein, na primeira & etua 2 importancia das pulsdes agressivas cpa eae do cones “adisme maximo, ao redor dos seis meses de idade, Abrahare, momento da denticao e desmame. Assim continua as Peete cin men ie aa eee Se io do superego. Situa-o ainda A Pricandlise depois de Freud / 89 mais precocemente, no primeiro ano de vida, das primeiras identificagoes da crianca com o ol etapa, se introjeta canibalisticamente. Klein torna-se independ Ceitos freydianos, afirmando que o superego nao se forma no mas no comeco dele. Inverte a relagao entre aml Fer que s80 as caracteristicas do superego precoce que definem edipico, assim como o desenvolvimento do ego e do carat ‘Gedipus conflict”, 1928). A fonte de maior angéstia na crianga, 1a acdo que este superego precoce exerce sobre 0 €g0 ', produz-se um momento cl na, que também inf conceptualizacao do superego, ao separar di ‘vamente sua origem do conflito edipico. O superego existe desde 0 da vida, formando-se pela introjecao de dois objetos cont qualidades protetoras e benevolentes (objeto parcial ideal caracteristicas punitivas (objeto parcial persecut Vale di iperego precoce se inclui em um contexto mais amp! Este superego deve sofrer um sesso de inte O carater dual do superego sempre se m ‘mina por ser uma estrutura integrada, um objeto inte boracdo das angistias depressivas e da uniao dos objet objeto total. enriquecedora, para a compreensao clinica, a idéia de um ‘com estrutura complexa, que inclu partes punitivas e também eg0. No entanto, o leitor pode se perguntar porque c jetos introjetados desde o comego da vida formam o méicleo do outros se introjetam no ego. Nos trabalhos de Klein nao ¢ encont 10 “Algumas fungdes de introjedo € 52, p. 127), aborda diretamente este Pi ‘ma, sugerindo uma résposta: idéia de que a formacao, tanto do ego como do sup omega na primeira infancia e continua de forma interatuante, diver idéias de Freud, apresentando alguns problemas novos. Se, como nés: tamos, 0s objetos introjetados durante a infancia constroem, tanto bui para a for ‘sugeriria que este fator discriminador jaz nos atributos do pai 0 is a crianca esta predominantemente interessada, no ai palavras, 0 que decide o resultado de um ato de i rie rinante pot parte da crianga, no momento em 4 Ge seu interesse Principal no ato de introjecdo se centrar na igen genitor, em sua habilidade, manipulacdo de coisas - funcdes qui se esfera intelectual e motora do ego - o objeto introjetado sera ente, incorporado ao ego da crianca. Se a crianca introjetar seu O texto tem a virtude de apresentar claramente o probl des do tema em estudo. A diferenca a introjecao do obje- lagdo entre os diferentes objetos internos ¢ as estruturas da men- is por Freud como id, ego e superego. Seria o superego um obje- vel de transformacao, durante toda a vida, segundo as caracteristi- objetos introjetados? Poderiamos descrevé-lo como um objeto iftter- Ou um conjunto de objetos internos, tirando-lhe, entao, a caracteristica ira permanente e estavel, descrita por Freud? iplexo de Edipo precoce @uma das teorias mai riginais 3s teorias mais originais e, ao mesmo tempo, mais con Kee odo Heian, Ao apres, pel primeira vez, an E- tthe Oxdpus conc” (1928), Klin modifica duas iis do £1) Situa-o precocemente, entre as fases : fs pré-genitais do desenvolvimen- lor doprimeir anode via. Em outros artigos adanta a das cor Maker ocoe7e com 0 superego precoce. Em “The Oedipus complex las Oat anietes’ (1945), pensa que se estabelece aos tes meses, D0 Om 2 claboracio da posicao depressva : bm proceso complex, quese estende durante um Ss amplia a gama de fenémenos que abrange e pulses penitais durante todo o desenvol TS eiiP®, desde 0s primeiros meses de vida, as fantasias da Seito dos pais sao construidas com objetos parciais. Nao eas ‘A Paicandlise depois de Freud / 91 — +s, como objetos totais, que constituem a cena priméria, tal como o Pale cca freudiana. Para Klein, a cena primaria transcorre, 1 fant na teow jentro do corpo da mae; 0 bebe situa penis do pai dentro d ° po materno. 2 mportante fazer aqui um esclarecimento. Quando procurame sar este processos descritos por Klein de uma perspectiva fenomendl a area a base de dados que a crianga pequena teria, através da per Ou sore a tas hipoteses se tomnariam incompreensiveis. Em compen carer tornarmos independentes de sua posicao cronol6gica ¢ 0s est «os fantasias que podem ser exploradas no inconsciente dos pacient to criangas como adultos, n i © lator poderia nos dizer, com toda a razAo, que Klein situa estes Cor nos primeiros meses de vida; pensamos que este € 0 Prevo a seu enorme interesse em inclur as Fantasias e desejos corset Por ipre, com tanta sagacidade, dentro de uma teoria do desenvolti vResalva, para que possamos acompanhar a des ‘atribui ao Edipo precoce, sem fi limitados pelo questionamento ‘obre a impossibilidade dere ar em idades precoces, processos complexos, como seria ser cou a cena primaria, Veremos, no capitulo de riticas a teorid stu, de fato, muitas das que provem da psicologia do ego $30 nestas bases. ‘Veltemos ao Edipo precoce. Klein descreve, na relacdo bebé, fantasias agressivas de ti em que a crianca deseja oe carro maternos para morder,rasgar,roubar seus conteidos ipo anal, onde quer entrar no corpo da mae para sujar dand de tipo ajeniro. Dissemos anteriormente que isto constitu a fase a nae 0 desenvolvimento comesa, tanto na menina como no eit passagem para a ‘esta etapa, uma fantasia oral d Porat'© penis do pai, para acalmar a frustracdo oral provocada Pore buscar um novo objeto que ajude a apaziguar as fanass Pave que sore, por ter danficado 0 corpo matero, na fase Femi a di spre 6 coito dos pais seriam sentidas como um intercammbigs tasias Sor ¢ oles, a as angistias forem predominantemente oFai ‘segundo o cardter das fantasias que ac jo adequadamente. Ao mesmo tempo, misturam-se linais; entrementes s¢ produzem mudangas € ‘int xP hedipo positive e outro negativo, tanto na resultado final destas tendéncias levara, escolha heterossexual, baseada no predominio de pt Isdes Klein reformula suas ‘Ged complex in the Integra suas io Edipo precoce com as novas gd ; ‘0 nodal do desenvolvimento infanti Deen nao 0 pompoes orais, nem as pulsdes de édio que desencadeiam os descjos ee pcm, pels contre) comovemempoia papacy pees de amor para com os pais agem como propulsores cia pulsional, tampouco a ameaca = nas ata dearo da mente eniresertaranioe ae de amor para com 0s pas. Neste esforco da crianca para integrar ore eo, 5 pulses eiicas permite expres fanasis rep fas para com o casal de um alvo mul te © futuro desenvolvimento sexual do individuo. Seciaialbalaae odo 1932-1946. Consolidacao da teoria Kleiniana De 1934 em diante, Klein elabora uma nova metapsicologia. O pont antida é a teoria das posicdes. Descreve duas posigées, a esquizo-para- osicdes. Descrev ea depressiva, ‘ teses bai basicas que se conjugam em torno das posigdes sio Uma teoria do dese: E lo envolvimento precoce. A ac 0 ames eae eee hase no cenro deste desenvolvimento, O psig infonwe see laces de objeto precoces, iro coma ma Jo precoces, primeiro com a mae e depois i ode posigao, em Klein, substi a iéia de fase do desen- inal inal de Freud e Abraham. As pulsGes esto misturadas ¢ ‘com suas fantasias e anglstias. pe uma teoria interpessoal. A fe30 complexa entre os ol Bet pie aoe interno, por pr steroe © reaidne, A erate dene de em vce de pulsdes amorosas do bebé por ela. Nas ae sejam mi importantes, nunca serao tomados lusivo ou def ro. A teoria das posigdes explica 0 ‘A Psicandlise depois de Freud / 93, vinculo com a paranéide, os o} A angiistia continua a ser o elemento principal para entender 9, flito psiquico. e) A idéia de pulsdes de vida e de morte est sempre presente no; rico em que se fundamenta a luta jue sao 0s elementos definitivos do conflito p te psicolgico (3). Sob esta perspectiva, é ent cional que se desenvolve 8) A nocao de corpo, seus contetidos, interior do ‘que depois sao aplicadas a todos os tipos de relaces pessoais. 3. Teoria das posicdes Posi¢ao esquizo-parandide Desde os primeiros tratamentos de criancas sias persecutdrias em idades precoces. Tai ver a posicao esquizo-parat niza a vida mental nos trés primeiros meses de vida. E constituida p oy ersecutoria. A angéstia principal que 0 ego sente 6 a de de objeto parcial, com um seio ideal: ersecu So perebidos como objets disocados eexcladeniey Pm angi ‘com mecanismos de defe- , a identificacao projetiva, tum ego incipiente desd. relaciona-se com um prime Wea pprimitivos. O funcionamento eria totalmente desorganizado, ca Para Ki pelo ego como uma ameaca fem uma origem principalmen- a iva dentro do indi- do parto e todas Ro primeiro objeto externo, 0 seio da ARiei de be existem momentos de integré jados; por outro, ijecdo do objeto bom fortalece 9: ‘ilecar melhor a angistia, sem projeté-la. Portanto, di Pemmyesnivamente, a angistiapersecutora € ist, por sua vet” fave Prokiscos de integracao, Assim se produz a passagem para a orga seguinte, a posicao depressiva. Klein diz, em “Notes on some s¢ que a erianea dliva 0 objeto e liva a si propria, mas o fe ge So real, porque conduz a sentimentos e relagdes (e depois 2 p GZensamento) que, em realidade, est20 separados entre si” (1946, Ps ‘Queremos discutir aqui um ponto importante desta teorizagdo, cestabelece uma relacao dinamica entre as experiéncias internas ¢.25 el froduzida através dos mecanismos de projesdo ¢ introjeedo. O dest Preto, indubitavelmente, no interno: as pulsBes agresivas ¢ among das e depois mais integradas, no vineule ‘externos S20 im ternas, de origem pt te citagao de “Some theoretical concl fas, do amor € ‘externa e intemalizada, distorci igadas a projecdo de suas pulsdes ferno, chega a privacdes e a exp ,, s40 todos atribuidos ao sei Inversamente, qualquer frustracao e inet ‘do que aos de indole externa. Por este motivo, autores de Klein sobre o desenvolvimento prec: sentido diametralmente oposto a el ‘como determinante para o desenvol a sefedlita que se a mae tiver uma boa atitude de sustentacao emoci 96 .gmodo sao atribuidos ao sei0 o bebe (holding), alimentando-o e cuidando-o fem e teré um bom desenvo ecublandove adeuadamente, le ces nsagao, que esta reagac inear. Se o lactente proj aa Ghia BRorsacs no seo, sent-lo-& em seu interior como unt objet intone a, por seu ataque e, por sua vez, devorador, o que na interno de- por mais adequado que sea o cuidado que a mae Ihe fornega, Madeditamos que o peso que Klein dé ao interno & importers, pok nos deixa cair em uma idéia simples da patologia, ao po: cepts ina inadequacao dos pais e em fatores am todo 0 desta- culo com objeto primis, uma possbiidade de diferencar entre ose eo objeto, Pars'klo, narcisista 6 uma relaglo com um objeto idealizad jo1ego se confunde com este objeto, enquanto o objeto persecatoric & doe projetado ‘no exterior. Esta relacao narcisist _ rae 0 ¢ inexoravelmente produz angtstia, embora seia negada Ou ch Eetnianas sabe o nario pried 14 out i i as adiant, hi otras toi do desenvovimer- smos de defesa da posi¢ao esquizo-parandide descrevemos algun: is poe len ns destes precarsmos, para oer relacdo com arc i0. Klein os considera como processos s, intensos e de caracte lenses ¢ de caractersticas es. Sao indispensive erent organisa sprimeias mdalidades do repeats ero gst persecutéria, que &insuportével para o fraco \ismos | semelhantes aos que ocorrem toda crianga il, etapa nor- rento precoce, encontram-se , 98 pontos de s posteriores. Por um lado, Klein faz Ma a fo norm. boast imento normal Uicits ds cancas a poeeee aes A Psicandlise depois de Freud / 97 a0. Recorde-se que Freud e Abraham utilizaram este crit Saram que as zonas de fixagao das diferent igressivo for 0 ponto de fixagao, mais grav Splica o mesmo critério aos processos primitivos do deser duz um problema conceptal, ao atribuir fenémenos ps quena, em sua evolugao nc Muitos autores consi¢ cao de ‘mecanismos é muito atil para compreender os fendmenos ps -a, mas nao concordam em atribui-los ao desenvolvimento lein sempre deu a maxima importancia a seu enfoque jmando-o como uma explicacdo concreta de que esta é a estrutura psi do lactente e que sua mente funciona assi Referindo-se a este problema, em 1946, “Na primeira infancia, surgem as angiistias caracteristicas das psi¢ que levam o ego a desenvolver mecanismos de defesa especificos. Nes Todo, encontram-se os pontos de fixacdo de todas as perturbacSes cas. Esta hipotese leva certas pessoas a acreditarem que considero que: Se crianas sao psicéticas, mas ja me ocupei suficientemente deste mal- ido, em outras oportunidades. As angéstias psicdticas, os mecanis as defesas do ego da infancia exercem uma profunda influéncia em. 6 aspectos do desenvolvimento, inclusive do desenvolvimento do eg superego e das relagées de objeto” (pp. 255-256). 'No mesmo artigo esclarece que, se os temores persecutorios sai siado intensos, produz-se um fracasso na elaboracao da posicao esqt {0 que leva a um reforco regressivo dos temores persecutori belecendo-se pontos de fixacdo para graves psicoses (grupo das esq nias). Do mesmo modo, as dificuldades surgidas na elaboracao da p epressiva estabelecerdo 0 ponto de fixacdo da doenca maniaco-depr Klein superpoe, assim, um critério psicopatoldgico com uma € ‘cao estrutural sobre 0 desenvolvimento normal (teoria das posic confunde, na explicagao destes mecanismos ¢ angistias primi ‘nado considera estes conceitos como uma representacao hipotét te, inferida a partir da andlise de criancas e de adul cos e psicéticos. Seu enfoque genético, e sua preocupasdo em lima teoria do desenvolvimento precoce, fazem com que 0s tr Juma explicacdo coneréta da estrutura psiquica do lactente e de como na sua mente. A idéia se torna mais forte ainda, se possivel, qi ransferéneia, sao revividos os conflitos reais que ocorrera isto faz parte, em nosso ponto de vista, do “mito das ori ‘mo poder comprovar que assim sucedeu re Nao ha campo de observacio capaz de verificar estas hipéteses. romadas como uma organizacao, psicoldgico 6a angéstia; esta ordena a totalidade da vida psi ‘ao a um objeto e aos mecanismos de defesa que entram 8 A fantasia ir ie loporem a cla inconsciente combina tod ogre, Ae meme contin de denen em fe de relativizar a descricao, um tanto sistemstica, ae edo diz, em “Notes on some schizoid mechanis Beams sempre ocorrem algumas flutuagies entre a posicl fi : epeesiva, ue fazem parte do desenlvimento ocaal: Perteu, as ipod estabelecer uma divisao exata entre estes dois estados do desenvolvi. Mesto, dado que a modificagdo & um processo gradual ¢ os fendmeanee da Bee eect rape cs eno e reciprocos. No desenvolvimento anormal, esta agio reciproca influi, ui, no quadro clinico, tanto da esquizof co depressvas (186, p20). nn Come es Perurbases A discriminacdo que fazemos tora. discrimi -se importante para eee da posicao esquizo-parandide (Hinojosa, J.R., 1988). Podemos usévlos pa: ‘compreender os processos mentais dos pacientes, sem que por isso figue. , Sem que por isso fique- 5 necessariamente, atados as pro postas genéticas Kleini breverente estes mecanismos de defesa primitives Tee Dissociacao, projecao e introjeca , Projecao € introjecao. Seriam as defes: Processos fundamentais para ai ocsios fundamentais para a construsdo dos primeiros Primeiramente, ligada a pulsio de morte, cuja interna é neutrali oe lizada, ao ser expulsa para fora do su- cea ira divisdo bom-mau dos of Pena s3s tes e necessirias para favorecer a organ preuturasda mente, que depois poderio se integrar pa peproceso de cissocacio fracassar, produzemsefendmen ee agaist cm desenvolvimento patolégico da posicao es- Pda para doenas picts io do ego. £ bjetos € acompanhada,inexora inexoravelmente, de uma ima defesa necesséria para proteger o ego débil de ~xcessiva. Aplica-se aos objetos e também a estru- ea realidede da arta, A dacotono ks cone , lidad asia. A dissociacao 2 0 primeio cbjto bom inten, come ovnile do ee Dare pe name mee denna aizado do objeto e do self possam estabelecer uma rela: E80 din pee eae 28 angtstas persecutbrias decrescer I roduzindo-se uma impulsio para a integragio dos ob ‘A Psicandlise depois de Freud / 99 entrada na posicao depressiva. O uma luta constante entre a possil de dissociar e de integrar os obj fora e dentro do self. Esta idéia kleiniana do desenvolvimento mental como um esforgo Jizar integragoes progressivas, através da elaboracao das angiistias luta constante do individuo entre seus desejos de amor e de édio, completamente do substrato biol6gico que Freud deu a sua teoria das Soes'e também da idéia de conflito como uma luta entre o desejo de des {ga pulsional e forcas internas e externas que se opéem a esta descarga, ‘Nas pulses para dissociar e integrar os objetos, h4, para Kl intengao inconscient ito a uma necessidade defensiva. Isto faz. ‘0 sujeito sempre tenha uma responsabilidade psiquica diante de seus pro} Sos e de suas regressdes. Os objetos danificados ou reparados dentro d istem como uma realidade concreta em seu psiquismo, tendo co cias fundamentais para a satide mental. Grotstein, J. (1981), em seu livro Splitting and Projective Identiie ‘ocupa-se em examinar, amplamente, estes mecanismos defensivos en aspecto normal, isto é, como instrumentos da organizacdo mental pr dé-se que um dos propésitos do tratamento ser auxiliar, ¢ interpretaco, o paciente, para que possa integrar seus aspectos Esta dissociagao pode se efetuar de mit las maneiras. O paciente por exemplo. dissociar como mau 0 vinculo com sua esposa € situar © lizado com seu analista; sentir que ninguém pode entendé-lo tao bet ‘mo ele. Se se interpretar somente a transferéncia positiva e nao s¢ fem consideracao 0s aspectos dissociados, postos no vinculo matrit ‘estar-se-4 favorecendo 0 aumento dos conflitos internos e externos. Ts se pode estabelecer uma dissociacao entre 0 objeto bom, posto no pre © 0 objeto mau, no pasado. O paciente sentira, ento, que a culpa ‘do mal que se passa na vida é de seus pais, que ndo 0 quiseram 0 te (objeto mau dissociado no passado), enquanto procura idealizar a com 0 analista. Toda interpretacao que nao faa justica a ambos 0s tos do objeto dissociado, na 1 © paciente no caminho integracao. Kl do psiquismo, pois é po em 05 objetos internos. Isto permite a formacao do e rego. Queremos acentuar novamente a idéia Kleiniana de que o$ o que se introjetam nunca sio uma c6pia fiel dos objetos externos, m estes se encontram deformados por uma projecdo das pulsoes ¢ sent 100 fe Freud, pensa que os objetos int Jresultado é uma confusao da identi sujeito. Klein esta descrevendo, com sua idéia de mundo intern bya concepsao da mente. Ao mesmo temy ea 1PO que utiliza a segunda t6pica dos vo para o ego e também para fuperego. Como ndo se pronuncia compl evr datinir qual 6s loge ipletamente por um dos dois mode- entre 0 ego, 0 superego e 05 objetos etiva, Este mecanismo foi descrito por Klein em seu insformou em um conceito fundamental ‘ana. A mente tem a capacidade lo self, colocando-a em outro obje idade, uma perda da diferenca real en. tente de se liberar de uma parte d rogresso natural, to, © bebe pode prec lesprend 10s dolorosos de seu 1640 projetiva, colocando-os em su fet considerado adequado para seu desenvolvinente «pen om compreensio ebenevolén- iva for intenso, o paciente vol- digamos coisas muito doloro- ‘A Psicandlise depois de Freud / 101 i 7 Idealiza¢ao. & um mecanismo caracteristico da posicao esquizo-para- erpories quae Doce que algal ‘Auumentam-se os tracos bons e protetores do objeto bom ou acreccenc oan . 4 se-lhe qualidades que nao tem. Constitui uma defesa do ego para se mantendo, ao mesmo tempo, a dis- '0s idealizados e persecutérios. Portanté sempre que ha- necessidade de idealizar, estara se protegendo de um para ela, a pessoa im problema da transferéncia era sua necessidade d : rersenatsta livando a nsatsfagdo ea evinlcaes, que sempre fea situados em outras situagSes de sua vida. iva Ca 3tificacao perfeita. Derivaria do sentimento o sa cht Case es da etek ee can ae fesarnemte bom, o que leva a sentir saudade dele ¢ co vachiode de owe, ego se debi ido a Saree d . Baranger hierarquiza esta nova nogao de idealizacao nas idéias kleinia- i Plone alin poder prokereaa pois cré que seria a raiz da capacidade humana de criar valores como ou os aspectos maus, m elemento essencial para sua relagao com o mundo social e cultural em a de introjecdo a Em 1952, Klein propde um eq! © -O conceito de idealizacao procura explicar pa). wae € exsend lidade que este também foram explicados em cont ‘al para a normal r asset manta, Em seu belo trabalho sobre a identificarao (I iva como um fendmeno n« ymentar no paciente uma mo parte de um processo de reestruturacao do self, @ melhor do que o teve com seus pais. Esta tese nao pode ser compart da a partir dos conceitos Kleinianos que estamos estudando, pois signifi tas caracteristicas fomenta a dissaciaco do paciente e o ide integraco, necessdrios para a satide mental. Em Klein, os probl aarat i fi a elaboracao da posicio to, pelo desejo de coftrolé-lo, #80 bons, nem ta sistema de valores da posicao cas. Também os sintomas ©-parandide. A criacdo de valores é explicada como um processo de cacao com os bons pais internos e ndo requer, necessariamente, a ins- asao do processo de idealizacao. Também é verdade que esta teoria, atenta aos processos internos do suj a aie Sao entre o indi iente no plano dos valores investigando-os na trat oS ou culturais. Talvez algumas idéias lacanianas procurem explicar es- ra, nao modificaram ‘a compreensio dos fenémenos [A Poicandlise depois de Freud / 103 I tes fendmenos, sob um Ambito transpessoal, enquanto que, na teoria na, todos 0s fatos sdo estudados no terreno interno. Posicao depressiva Na teoria kleiniana, a posicdo depressiva é uma nova organii mntal, constituindo um momento chave para o desenvolvimer a descreve, pela primeira vez, em 1935, em seu “Uma contribuigéo para a psicogénese dos estados maniaco-depre Pensa que ela se rés € 05 seis meses de idade, aps a 40 esquizo-paranéide. £ constituida por: 1. angiistia depressiva: o ego sente culpa e teme pelo dano que objeto amado, com suas pulsdes agressivas; 2, relago com um objeto total: a mae, com a qual o ego se tanto em seus aspectos bons como maus. Aumentaram, portanto, 0s sos de integracdo; 3. o mecanismo de defesa principal é a reparacdo: atender e se par com o estado do objeto (interno e externo). Esta nova estrutura nao é apenas um progresso maturativo. E figuracao diferente, onde os interesses narcisistas da posicao esqui noide, que procuravam proteger o ego das ameagas persecutér para a preocupacao central que agora 0 ego tem de cuidar e p objetos, tanto externos como internos. O conilito depressivo é uma ht tante entre os sentimentos de amor e de agressao. Os mecanismos de sa perdem sua onipoténcia. O mais importante é a reparacdo, reconstruir os aspectos danificados ou perdidos dos objetos dentro d ‘Assim como antes 0s sentimentos agressivos 0s danific {quer que o ego lhes dé amor e cuidado, para devolver-lhes (Os sentimentos que predominam nesta posi¢do sao a toler psiquica e a culpa pelas fantasias agressivas para com os objetos Reconhece-se um sentimento de amor e dependéncia para com os to ao desamparo do ego e o citime que causa nao nos pertencerem con mente. Durante a elaboracdo da posi¢ao depressiva, o vinculo com a de externa se modifica. Enquanto na posicao esquizo-parandide 0s o 108 os sdo percebidos deformados pelas projecées agressivas ¢ libi ‘em dois mundos diferentes, agora o vinculo dizer, mais realista, pois é reconheci ym menos distorcdes. Hé uma maior dis que as criancas passam, neste perfodo, por dores e sofridas pelos adul indo adoecem de depressao ou de psicose ambém chama estas angistas de psc fe uma confusdo entre o processo tolégico. A difculdade é solucionada, em parte, quae newse nena, belece que sao os problemas na elaboragao da posicao depressiva ituem um ponto de fixacao para futuras perturbacoes depressivas 1940, amplia suas idéias sobre a posigo depressiva, ao incluir mo um fendmeno importat pperda de um ente querido rea dda mae como objeto amado que é revivida em cada perda do adulto. idade que cada individuo tem de enfrentar o luto e se recuperar lepende, para Klein, de como péde resolver a posicao depressiva infantil. ego per ae ve crescente de controlar suas pulses sivas. Isto é resultado nao da ameaca externa (como ocor - morosos lhe exigem. Assim, por exemplo, a resolucao do Edipo preco- Posicao depressiva, nao provém totalmente da censura : } superegoica is, proibindo os desejos incestuosos. A propria crianga, por nececida. prscrvar a unigo entre os pais e o amor por eles, procura controlar ‘caracteristicas da teoria Kleiniana dio um valor axiol6 r ; a ico a suas ss mais importantes, principalmente as da posicéo depressiva. Nao fdentemente, que o terapeuta imponha uma escala de valores toe, scents do paciente, Quanto mais se desenvolver o amor jetos, acima dos desejos narcisistas e egoistas, o resultad. dde maior benevoléncia e generosidade. ria Saida do estado narcisist a se resolver quando as defesas maniacas ¢ obsest zi € Tes sivas diminuem. Simbolizacao se relaciona com o processo de luto, que pe Awito perdido dentro do self. Assim, subst i simbolo do mesmo: implica criar um conceito, uma recordaao, AA Psicanlise depois de Freud / 108 uma capacidade de esperar que 0 objeto volte. A posicao depressiva rey © Tuto precoce pelo seio, embora deva ser pensada, no s6 como um ‘mento evolutivo do desenvolvimento precoce, mas como uma confi psiquica que se repete durante toda a vida, diante de situacdes d js uma vez, deverd ser resolvida, Sua possibilidade de escolher dependera da motivasdo que pr seu psiquismo, se o amor narcisista por si mesmo ou a preocupagao seus objetos. Esta concepedo dé um certo otimismo em relagao a possibilidade ‘uma pessoa tem de mudar seu destino mental, mas ao preco de que sujeito assuma uma responsabilidade psiquica por todos seus atos, sej jos. Para dizé-lo de uma maneira simples, de acordo ‘no mundo interno, quem faz, paga; © racao seria inexoravel em nossa mente. 'A integracao dos objetos e dos sentimentos, que se realiza na po depressiva, permite entender 0 prazer que causa, aos pacientes em anal conhecer mais sua realidade psiquica, embora provocando sentimentos\ rosos. Sente-se prazer em descobrir aspectos desconhecidos de si juntar partes clivadas. Nao se trata apenas de um problema na a jidade infantil. E uma experiéncia vital, qu riquecimento pess pressou com simplicidade, ao dizer: “Acabo de me dar cont quando algo me acontece, ja no ponho a culpa nos outros, sentir melhor", [As defesas maniacas. Quando, na posicao depressiva, 0 ego P enfrentar sentimentos de culpa e de perda que se tornam acabs pode recorrer as defesas maniacas. Hanna Segal (1964), seguindo as idéias de Klein, diz que se b nna negacao onipotente da realidade psiquica e se caracterizam pela info, controle onipotente e desprezo, nas relacdes de objeto. Ext fantasias onipotentes de dominar e controlar os objetos, para nao por sua perda. Estas defesas sfio consideradas normais no desenvolvimento, ¢ ‘um primeiro passo para enfrentar os sentimentos depressivos. Mas, 5€ boracao da posicdo depressiva fracassar e os objetos nao puderem ser rados, produz-se uma regressdo a fase esquizo-pars ‘ou, entao, lece-se um ponto de fixacao para a doenca man‘ Na situagao ane € comum que o paciente manifeste d ijante do aniincio de uma rupgao de férias, podera dizer que, na sde, o tema nao é muito it tante. O sentimento de triunfo se manifestaré, quando acreditar qué pstituir a auséncia de sessées com atividades mais atraentes, ou ao afir- ‘que a interrupcao vem bem, porque assim pode em © tem Sige mais urgente. Em qualquer desta situacOes, estara procurendoe- sque a auséncia de seu analista pode lhe ser dolorosa. Quando se desvalo- 9 objeto, a perda déi menos, ao mesmo tempo em que se evita sofrer ferida narcisista que significa ser abandonado. A teoria da inveja Foi desenvolvida por Klein, em 1957, em seu livro Envy and Gratitu- ia como uma pulsio agressiva que 0 be- ente, desde o comeso da vida, dirigida ao seio da mae, com 0 desejo icar os aspectos bons e tores que © objeto nutritivo oferece. wveja ¢ a gratidao constituem dois fatores dindmicos que interagem nor. ento, determinando, em te, relagdes de objeto precoces. esi Neste trabalho tao discutido, Klein separa inveja de frustracio. Nao 0s elementos frustrantes do objeto materno ou da situacao ambiental invejosa. Pelo contrario, esta provém do sujeito, é ide & a de atacar 0 que o objeto tem de bom e valio- je 05 efeitos inconscientes da inve ao € originada na situa- lo contrari evidencia da inveja. Aqui, a teoria Kleini descricao naturalista de como se suced ene c le ci sucedem os fené1 ealidade externa com a so co “Las teorias psicoar ih fazem uma clara revisio Em primeiro lugar, situam a teoria freudiana da inveja do penis, na d i de sua sexualida~ fio do casters ragosmacclinae es ater e a tracos masculinos ou a homo: a eansumada, Feud ndo se relere a wna pulso invejosa ou - Tampouco atribui a inveja do pénis a de amp lo qualidade destrutiva qua inegyana Possui. Depois, mencionam Abraham ¢ Eisler, que fala. 2 como um importante fator da personalidade, vinculado a estrutivas, na etapa oral do desenvolvimento psicossexval, O ate A Psicandlse depois de Freud / 107 cedente que os autores consideram mais signi dria de Klein, € 0 trabalho de Joan Riviere, no qual estuda 0 caso de uma pa‘ ego- ica da paciente, para ocultar sentimentos invejosos para co} que consistem na pulsio de se apoderar de coisas que ele possui, com i Gao de tird-las dele. Estabelece-se uma comparacao entre o citime, pressdo de uma relacao triangular, e a inveja, como um vinculo trutivo, que teria suas raizes na relacao do bebé com o seio. Klein tinha mencionado esporadicamente, desde os primeiros para o seio da mae, primeiro objeto com que se vincula a ment Esta é uma das idéias mais controvertidas do pensamento kleini mo entre os autores que propdem a existéncia de relagdes objetais d ‘comeco da vida, a maioria nao aceita a inveja como pulsao priméria, sucessivos capitulos deste livro, veremos que 0 conceito de inveja é t ido por aqueles que sustentam a teoria do na uma etapa em que nao se reconhece o objeto externo ou se esta psicolo mente fundido com ele. Esta divergéncia te6rica determinou 0 afastamento de Paula Heit do grupo kleifiano e também marcou nitidamente as diferencas com 0 tores do grupo britanico (Fairbairn, Gunt sam que a agressao é sempre secundaria a uma falha ambi Outro aspecto polémico é que Klein fundamenta a existéncia da ja como forca endégena, na acao da pulsdo de morte sobre 0 Surge, agora, a acusacao de instintivista, que freqiientemente € fei teoria, Pensamos que se pode concordar com 0 conceito de invej ssem que isso implique apoiar a i ‘jemos, como 0 faz Klein, quanto a estas pi a seria apoiada pelo estudo de mut , as perversbes ou a reago ‘mais riqueza e profundidade, quando se considera o papel da ccessos mentais. O mesmo ocorreria nos casos de tratamentos ‘Algumas situacdes de transferéncia negativa, na sessdo, sao prodi lo ataque invejoso. E 0 caso em que o anal provoca alivio e melhora o Animo do pacie ° vas, usando para tanto elementos inais da interpretacio. Jé mencionamos, em outras paginas deste livro, que te, alguma semelhanca entre os conceitos Kleinianos 108 Scorre, especialmente, com objetos parciais. fe para com um objeto total, perturba a elaboragao da posicao depres- . A voracidade quer extrair tudo o que de bom 0 objeto possui. E um el, que sempre exige mais do que o objeto pode ou quer dar. objetivo principal nao é destruir, como é 0 caso da inveja. Por isso, a wveja primaria teria um resultado to prejudicial para o desenvolvimento al que, ao arruinar as capacidades e bondades do objeto, destroi a pro pra origem da bondade e da criatividade. Na clinica, &s vezes observamos as de ambas as emogdes. Assim, os sintomas de voracidade podem ligados a um componente invejoso. Uma paciente sofria de ataques pulsivos de bulimia, cada vez.que a deixavam a s6s. Eram acompanha de fantasias de roubo, que devia ser feito as escondidas e, quando ter. ga de comer exageradamente, provocava o vémito, orque tinha a sen- 0 de que a comida incorporada danificaria seu organismo. Isto é, 0 ali- incorporado também era objeto de intensos ataques, que o transior- vam em um elemento persecut6rio. 5 .; Melanie Klein integra a inveja a sua teoria das posicdes. Se as pulsdes josas forem intensas, atacam 0 objeto ideal, e , atacam o obje , que € 0 que provoca 0 Ho invejoso, alterando © processo de dissociaco normal da posigao -parandide. Isto produz uma confusdo entre o bom e mau, nao indo dissociar o objeto ideal do persecutério, ficando perturba- ai fo bom, que sao a base ificultada a capacidade co msiderar algumas das defesas contra a inveja, Klein menciona: mecanismos precoces de dissociagao, onipoténcia e negacao sd0 ‘as vezes usada de maneira defensiva, para se opor culpa por ter danificado o objeto bom; ‘A Pricandlise depots de Freud / 109 ©) a fuga da mae para outras pessoas, que sao idealizadas, efesa para se afastar das pulsdes invejosas para com o objeto rio; se estas forem mi im perturbadas as relacdes sub {) a desvalorizacao do objeto, para diminuir 0 ataque invejoso 3 desvalorizagao da propria pessoa, como forma de negar a f) procurar despertar inveja em outras pessoas, para ndo sentir pria, leva a uma incapacidade de gozar com 0s préprios éxitos € car 0s objetos amados; g) sufocar tanto os ser expressa como indiferenca; do contato com outras, principalmente se Ihe forem signi h) o acting out 6 empregado, as vezes, para manter a lo transferencial, independentemente das cont sobre 0 desenvolvimento psiquico precoce ou a teoria pul ional. confirmam a utilidade da teoria da inveja priméria, para resol pectos da transferéncia negativa. Dizem: “"Em outras palavras, 0 que se pretende quando se interpreta a priméria que o analisante se dé conta de que as pulsGes hostis nao Bem da frustracao, mas da intolerdncia em receber algo de bom que @ Se isto ocorrer, o analisante aceitaré, com mais inte {que seus conflitos nao dependem apenas da conduta dos demai bem da propria. Desta forma, a inveja pode gerar frustracai pponivel. Em outras palavras, dupla, pois a frustracao provoca inveja Teva a frustraca ‘As pulses invejosas podem ser elaboradas € do objeto bom for adequada, o que permite toler ‘bjetos e sua reparacao. Klein pensa que a inveja pode ser reso ‘alguma extensdo, na andlise, mas ¢ evidente que esta teoria, ela {itimo periodo de sua vida, apresenta uma important apo dade de éxito da andlise, principalmente se levarmos em conta que (0 dirigidas a0 ia as grandes dific vas no to analitico, mas também pée u mismo terapéutico que Klein tinha tido nos primeiros perfodos de st jas consideracées sobre a técnica de Melanie Klein Se quisermos definir as caracteristicas da técnica psicanalitica de Klein, : gs de afirmar, em primeiro lugar, que existe uma completa congruén- ricos € as conclusdes técnicas que implementa. E, es. esde 0s primeiros trabalhos, foram estabel ‘marcarao 0 rumo posterior da técnica kleiniana. O obj ‘odo € explorar sistematica- Fara que Me possa chegar n uica. Klein repele de pcos corfrt, que apenas seria pa mana Osu ene ogorzencias que nos peritem descobri futuro dos eventos i lente. Ao interpretar a transferéncia positiv i fcomo-aparece na mente do enfermo, o analista, com sua intense, — a integrar os sentimentos ambivalente: te com suas figuras prima- wezs, todos 05 seus males. Desta dens o do terapeuta do a segundo nao ajudari oo, SYanvasse em dizesao de sua sate mental ou adq vise ama : = vada de seu presente e de seu passado. - da pufttenca existente entre esta concepgao técnica da and Por peace S Segundo Klein, a maneira de assegurar ovine {esde os primeiros momentos do tratamento, € que do em suas angistias e compreendido pelo terapeuta, fa seguranca e confianga no processo tera- tprete, em profundidade, as angés- ea pro- Se sinta ali Pode dar a0 paciente ira Klein, é que o anal sem suas relacdes de obj A Paicandlise depois de Freud / 112 Klein sempre centrou sua atencao nas angiistias do paciente; desde o comego, a interpretacao, novas fantasias e angiistias de outras camadas tora da uma importancia central 4 emot der o que esta ocorrendo com o pacien para o caso da transferéncia. O ani ‘ente exterioriza, sendo, portanto, 0 concretas com a pessoa do ‘importante na escola kleiniana. A didos no contexto da sessdo e, particularmente, em seu figura do analista, como representante de algum te. Também aqui podemos se lacaniana. O analista etc., como expressdes privilegiadas do inconsciente. Certamente q 4 em consideracao. Porém, sua principal lima emocional da sessao, receber todas as pi sticos da relacao de objeto, nesse momento) que marca 0 dde urgéncia da sessao. Isto € 0 que ter4 de interpretar. De acordo. a propde ao paciente estudar e resolver as fantasias e co de objeto entre ambos. Sera tarefa do paciente usar estes los na vida quotidiana e em seus vinculos. 4d fencionamos a idéia de contra-transferéncia. £ importante e que Klein quase no utilizou este conceito, apenas o mencionando reja (1957). Sua formulacao como instrumento di preensio do paciente foi realizada por dois autores posteriores, R (1948) e Heimann (1950). Klein descreveu, em 1946, o mecanismo de: ficagdo projetiva, pelo qual o paciente pode, onipotentemente, aspecto de sua mente e projeté-lo em outra pessoa, por exemplo, i identificado com o nao projetado e, por sua uum aspecto inconsciente de si mesmo. Este PF nrensamente ambos os protagonistas, provocando, no paciente, on entre realidade externa e interna. O analista deve contar com tismental adequado, de modo a se envolver emocionalmente e, a0 Mapo, poder sair deste compromisso afetivo, transformando-o em Mbterpretacao que devolva ao paciente os aspectos projetados. Eis a nsferéncia, O analista deve conhecer e manejar seus pré- te dos instrumentos técnicos necessa- fa poder analisar bem estas situagdes que se sucedem na sessao. Tu- ‘li acontece deve se transformar em compreensao. j'se apresenta um problema interessante, do ponto de vista técni- va que 0 conflito era produzido por uma dificuldade na des- |; portant, era necessario interpretar as resistencias, por se- junho direto dos recalcamentos ou mecanismos defensivos que, pedir esta descarga, provocavam 0 sintoma ou a perturbagao do card ‘conhecimento e elaboracao est igados A idéia de levantar os recal- tos, permitindo uma melhor solugae do conflito, Para Klein, © que écompreender as angtistias que se desenvolvem na relagao de obje- , os mecanismos de defesa destinados a o da personalidade. As mesmas idéias podem ser explicadas em ‘termos: os processos de ai sco regem 0 processo anali- tais relagdes de objeto se modifiquem, que o paciente possa entao is, modificadas em sua estrutura. > formula a teoria das posicées (1946, 1952), define-se Bjetivo terapéutico central: elaborar a posicao depressiva para io do objeto e do ego. O insight consistira em juntar emocdes cari- € hostis em relacdo a um mesmo objeto, com os consegiientes senti- 85 de culpa e responsabilidad. O ponto crucial nao é somente compre- ranference” (1952b), reafirma que as interpreta r, tanto as relacses de objeto precoces, que se reatualizam enim na transferéncia, como as fantasias inconscientes que o paciente €m sua vida ai ideia de situacao to- ‘A Pricandlise depois de Freud / 113 tal. Deve-se interpretar, simultaneamente, 0 que ocorre no presente € aconteceu no passado. 3 tstados ‘Una contribuiion a Ia picagenesi de los ta. vol. 2, p. 283. Grinberg, L.Ed. Buenos Aires: Pa normal do desenvolvimenty, MELANIE KLEIN DISCUSSAO € COMENTARIOS novo modelo da mente O maior mérito da teoria Kleiniana é descrever um modelo novo da de seu funcionamento. Est baseado nos conceitos de mundo Inter mundo dos objetos internos e de fantasias inconscientes. inventado por Freud, j0 © um genio de fantasias, como base do inconsciente, Também, tm sea Ses humanas e das grandes paixdes que cada um de nos ‘rouxe 0 inconsciente a superficie, em sua forma mais dremanen s ‘A Pricanslise depois de Freud / 115

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