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Energia Termelétrica

Geração de Energia – 2003/1

Eduardo Luiz Reis Pinheiro


Termelétrica - princípio de funcionamento
energia energia energia
térmica mecânica elétrica

Energia térmica - transformação da energia química dos


combustíveis através do processo de combustão, ou da
energia nuclear dos combustíveis radioativos através do
processo de fissão nuclear

Energia mecânica - Uso de um fluido que produzirá


trabalho em seu processo de expansão em turbinas
térmicas
Energia elétrica - acionamento mecânico de um gerador
elétrico acoplado ao eixo da turbina
Termelétrica - Classificação

❏ Centrais a combustão - termelétricas

◆ Combustão externa - o combustível não entra em


contato com o fluido de trabalho
◆ Combustão interna - em que a combustão se
efetua sobre uma mistura de ar e combustível

❏ Centrais nucleares
Características gerais
ƒ Vantagens:

• Custo de construção mais reduzido,


prazos mais curtos

• Podem ser construídas perto dos


centros de consumo

• Combustível pode ser considerado


determinístico (suprimento assegurado)

ƒ Restrições:

• Geração mínima para manter os


equipamentos em condições operativas
adequadas

• Custo operativo elevado Î função do


combustível

• Geração mínima por questões ligadas


ao suprimento de combustível
(contratos, funcionamento de minas,
etc)
Esquemas, principais tipos e configuração

❏ Centrais a vapor - Ciclo Rankine


❏ Centrais a gás - Ciclo de Brayton
❏ Centrais nucleares
❏ Termelétrica com sistema combinado - Rankine +
Brayton
❏ Central de cogeração
Centrais a Vapor - O ciclo de Rankine

O ciclo Rankine opera de forma parecida com o ciclo de Joule, com


algumas diferenças devido às mudanças de estado (líquido-vapor e
vapor-líquido).

A figura mostra um ciclo Rankine ideal, no diagrama T-S com a


curva líquido-vapor.

Pu = η. m. (h3 − h4 ) Pe = η T . η G . Pu
h = entalpia do fluxo
Centrais a Vapor – princípio de funcionamento

O calor libertado na fornalha por combustão de combustíveis gasosos,


derivados do petróleo ou carvão (caso das centrais clássicas) ou
libertado no reator por fissão nuclear (caso das centrais nucleares) é
transmitido à água circulando a alta pressão no gerador de vapor (que
nas centrais clássicas também se designa por caldeira) produzindo
vapor. Este vapor é conduzido à turbina (a vapor) onde se expande,
fazendo-a rodar. Da turbina, o vapor passa ao condensador onde
circula água de arrefecimento também designada por água de
refrigeração. A água condensada volta, sob pressão, por efeito de um
sistema de bombas, ao gerador de vapor.
Geralmente a passagem do vapor na turbina realiza-se em várias
fases, nos (2 ou 3) corpos da turbina. Todos os corpos da turbina estão
montados sobre o mesmo veio que é também o veio do rotor do
gerador.
Centrais a Vapor - Características

„ Usam máquinas de combustão externa: os gases


resultantes da queima do combustível não entram
em contato com o fluído de trabalho (vapor) que
escoa no interior da máquina e realiza os processos
de conversão da energia do combustível em
potência de eixo.
„ Apresentam uma flexibilidade em relação ao
combustível a ser utilizado, podendo usar inclusive
aqueles que produzem resíduos sólidos (cinzas)
durante a queima.
Centrais a Vapor - Tipos

„ Centrais Clássicas:
As principais diferenças entre os tipos de
centrais reside na forma de processamento
do combustivel até ser injetado nos
queimadores da fornalha bem como na
necessidade de processamento dos
resíduos sólidos da combustão (cinzas)
nas centrais a carvão. A parte referente ao
circuito de água é geralmente bastante
semelhante. O calor libertado pela queima
do combustível na fornalha da caldeira é
transmitido à água que circula a alta
pressão nos tubos do vaporizador e
sobreaquecedor de caldeira, produzindo-se
vapor sobreaquecido que vai acionar a
turbina.
Centrais a Vapor - Nucleares

„ Reatores a água natural ou água ligeira (Light


Water Reactor - LWR) - utilizam urânio enriquecido;
‰ Centrais com Reator de Água Ebuliente (BWR);

Utilizam o chamado ciclo direto: o vapor


formado na cuba do reator por efeito direto do
combustível (o urânio) vai acionar diretamente a
turbina.
Centrais a Vapor - Nucleares

‰ Centrais com Reator de Água Pressurizada (PWR).

Utilizam a chamado ciclo indireto:


a água líquida que se encontra
sob pressão na cuba do reator
circula num circuito (o circuito
primário) distinto do circuito onde
circula a água que depois de
vaporizada atravessa a turbina
(circuito secundário). A formação
de vapor de água no circuito
secundário é obtida no gerador de
vapor através da troca do calor
com a água do circuito primário.
Centrais a Vapor - Nucleares

„ Reator de Água Pesada - utilizam o urânio natural

‰ Centrais com Reator do Água Pesada (HWR ou Candu)

Utilizam o ciclo indireto, tal como as centrais PWR. O vapor é produzido no


gerador de vapor por troca de energia entre a água pesada contida no circuito
primário e a água do circuito da turbina. A pressão no circuito primário é
ligeiramente superior à atmosférica e portanto bastante inferior à existente nos
reatores PWR.
Centrais a Vapor - Tipos

„ Centrais usando energias renováveis:


‰ Centrais solares térmicas;
Nestas centrais existe uma torre receptora que
recebe os raios reflectidos por espelhos sempre
orientados para o sol (heliostatos) e é arrefecida
por um sal liquefeito. O sal é bombeado de um
depósito "frio" a cerca de 290ºC para a torre e daí
segue para o depósito "quente" a 565ºC. Este sal
é utilizado para produzir vapor de água a 540ºC
num gerador de vapor. Este vapor é utilizado para
acionar as turbinas da central, à semelhança do
que ocorre noutros tipos de centrais térmicas.
Prevê-se que no futuro venha a existir algum
desenvolvimento deste tipo de centrais.
Centrais a Vapor - Tipos

‰ Centrais geotérmicas:

Existem em funcionamento diversos tipos de


centrais geotérmicas. Nestas centrais, é
utilizado vapor ou água quente sobre pressão,
produzida pela energia geotérmica, para
acionar directamente as turbinas da central, ou
efetuar a passagem para vapor de água no
circuito secundário, que aciona as turbinas da
central.
Centrais a Gás – Ciclo de Brayton
Entrada de Ar Exaustão dos gases

Turbina
Gerador

1-2: expansão isobárica mediante adição


de calor Qa (queima do combustível).
2-3: expansão adiabática (trabalho
Compressor
fornecido pela a turbina).
3-4: compressão isobárica mediante
Combustível Câmara de remoção de calor Qb (exaustão dos
Combustão
gases).
4-1: compressão adiabática.

Eficiência:
η = 1 - T4/T1
Centrais a Gás - características

„ Usam máquinas de combustão interna: a mistura de gases


resultantes da queima do combustível é o fluído de trabalho
que escoa no interior da máquina realizando os processos
de conversão da energia do combustível em potência de
eixo. Portanto necessitam de um combustível de qualidade,
por exemplo: gás natural.

„ Quando comparadas com os outros motores térmicos,


apresentam como características principais:
- menor relação entre custo de capital e potência ( $/kW )
- menor relação peso por potência ( kg/kW )
- menor relação espaço ocupado por potência ( m3/kW )
Centrais em Ciclo Combinado

Nestas centrais estão instalados dois ciclos, um de gás e outro de vapor,


produzindo ambos energia elétrica. Os dois sistemas estão ligados por uma
caldeira de recuperação onde se aproveita a energia dos gases de escape
da turbina a gás, para gerar vapor de água que alimenta a turbina a vapor.
Nestes sistemas pode existir, tal como no ciclo regenerativo, um queimador
auxiliar na caldeira de recuperação.
Co-geração

Definição: Produção simultânea de energia elétrica


(mecânica) e vapor

Combustíveis: Biomassa; gás natural

Vantagens sob o ponto de vista do produtor


• Maior eficiência
• Menores custos de energia e produtos
• Menor dependência do supridor de energia elétrica
• Menores impactos ambientais
• Receita com a venda dos excedentes
• Diminuição do risco de falta de energia
Co-geração

Produção de electricidade e águas quentes

Produção de electricidade, águas quentes e vapor de processo


Combustíveis
Combustíveis - Renovável e não-renovável
✤ Diesel
✤ Óleo- combustível
✤ RASF
✤ Carvão mineral
Não renovável ✤ Gás natural
✤ Urânio
✤ Geotérmica

✣ Biomassa florestal
✣ Óleos vegetais
Renovável ✣ Bagaço de cana
✣ Palha de arroz
✣ Lixo
Principais Combustíveis

„ Petróleo e derivados:
‰ Formula Geral: CnHn;
‰ Principal componente da matriz energética na atualidade;
‰ Não renovável;
‰ Custo diretamente atrelado aos danos ambientais e pela
vulnerabilidade dos países desenvolvidos em relação ao
mesmo;
‰ Poluidor ambiental: emissão de óxidos de enxofre,
nitrogênio e de carbono, contribuindo para o efeito estufa,
‰ Passível de substituição na geração de energia elétrica
Principais Combustíveis

„ Carvão Mineral:
‰ Amplamente utilizado com o advento da
Revolução Industrial (sec. XVII);
‰ Ocupa hoje a segunda posição na matriz
energética mundial;
‰ Custo dependente da região de extração e
sobretudo do transporte (material sólido);
‰ Altamente poluente (liberação de CO2).
Principais Combustíveis

„ Gás Natural:
‰ Mistura de hidrocarbonetos (metano, etano, propano,
butano) e impurezas, removidas antes da utilização
comercial;
‰ Teve seu uso intensificado com a crise do petróleo de 73 e
79;
‰ Ocupa hoje a terceira posição na matriz energética
mundial;
‰ Não renovável;
‰ Menos poluente que o petróleo e o carvão mineral;
‰ Alimenta aproximadamente 13% das termelétricas
mundiais;
Principais Combustíveis

„ Combustíveis nucleares:
‰ Provê energia pela fissão ou fusão de certos
isótopos de urânio;
‰ A fusão, ainda que produza grande quantidade de
energia, não apresenta tecnologia que permita
seu aproveitamento comercial
‰ Necessário processo de enriquecimento do
urânio, cuja tecnologia é detida por poucos
países;
‰ Relativamente barato
Principais Combustíveis

„ Biomassa:
‰ Etanol, bagaço da cana, carvão vegetal, óleo vegetal,
lenha e outros;
‰ Fonte de energia renovável;
‰ Balanço zero de emissão, uma vez que não emite óxidos
de nitrogênio e enxofre, e o CO2 emitido na queima é
absorvido na fotossíntese;
‰ Crescimento limitado pelo baixo custo dos combustíveis
fósseis;
‰ Possui a desvantagem de concorrer com a produção de
alimentos, sobretudo em países com pouca disponibilidade
de terras
Biomassa - conversões térmicas

As conversões térmicas abrangem tecnologias que


utilizam temperaturas elevadas transformando biomassa
em:
• Calor ( energia térmica)
• Gás combustível
• Carvão vegetal
• Produtos químicos
Biomassa - técnicas de transformação
ƒ Queima direta - consiste em obter energia través do
processo de combustão da madeira ( lenha) em fornalha
sob a forma de serragem, cavaco, ou toras. O calor obtido
presta-se para secagem ou para aquecimento de uma
caldeira de geração de vapor; aquecimento de água; calor
direto em processos de baixa temperatura como em
cozinhas , padarias etc .
ƒ Carbonização - consiste em transformar a madeira em
carvão vegetal, através de secagem e pirólese. Esta
transformação possibilita uma maior relação poder
calorífico / peso.
Biomassa - técnicas de transformação
• Gaseificação - consiste na transformação da madeira
em combustível gasoso para serem usados em
queimadores de fornos, geradores de vapor, turbinas e
motores, além de poder constituir-se num insumo básico
para produção de gás de síntese de metanol, ácido
acético, amônia e outros produtos químicos.
• Hidrólise - Consiste no ataque de uma solução ácida
sobre os componentes celulósicos da madeira, os quais
são convertidos em açúcares. Após a separação da
lignina insolúvel, a solução de açúcares é submetida a
fermentação para produzir etanol, liberando dióxido de
carbono.
Biomassa –
Vegetais que podem ser usados na produção de óleo vegetal
• SOJA /ALGODÃO / AMENDOIM
• DENDÊ, BABAÇÚ, MAMONA, ENTRE OUTROS
O dendê é uma palmeira que vive cerca de 70 anos , começando a
produzir cinco anos depois de plantada. Com um espaçamento de
10 metros entre as plantas, pode-se produzir 5000 litros de óleo
por hectare por ano.
O óleo de dendê pode ser utilizado em motores multicombustível
tanto estacionários quanto para barcos e caminhões.
Os óleos vegetais podem ser utilizados no transporte e geração de
energia elétrica
Biomassa - Etanol como combustível
No Brasil o etanol pode ocorrer de duas maneiras:
- como mistura na gasolina, na forma de 22% de etanol anidro,
a 99,6 graus (Gay Lussac) e 0,4% de água formando uma
mistura “ gasohol” com o objetivo do aumento da gasolina.
- como etanol puro, na forma de etanol hidratado , a 95,5 graus
GL
BAGAÇO DA CANA
Cerca de 28% em peso da cana é transformado em bagaço na
produção de etanol. Em termos energéticos, dos sub-produtos
da cana, o etanol equivale a 43,2 %, o bagaço a 49,5% e o
vinhoto 7,3%.
Poder calorífico = 2450 kcal/kg com 50% umidade
Biomassa - Bagaço de cana
Utilização:
Vapor
- incinerado na produção de vapor de baixa pressão (20kgf/cm2). Este
vapor é utilizado em turbinas de contrapressão nos equipamentos de
extração ( 63%) e geração de eletricidade ( 37%).
- o vapor de baixa pressão ( 2,5 kgf/cm2) que deixa as turbinas é
utilizado no aquecimento do caldo ( 24%) e nos aparelhos de destilação
( 61%); o vapor restante ( 15%) é jogado na atmosfera.
- tem sido consumido também na produção de vapor na indústria de
suco de laranja
- complementação da alimentação do gado
Aspectos Ambientais

„ Termelétricas convencionais
‰ O impacto ambiental depende do combustível
utilizado;
„ Efluentes aéreos – principalmente: CO2 (efeito estufa),
SO2 (chuva ácida), NOX (problemas pulmonares), CO
(geração de compostos oxidantes) e material
particulado (cinzas);
„ Afluentes líquidos – aquecimento do afluente final,
resultando em problemas para a fauna e flora
Aspectos Ambientais

„ Termelétricas nucleares

‰ Seu principal risco está associado ao


armazenamento dos resíduos nucleares, uma vez
que são ainda nocivos aos seres vivos e
apresentam caráter permanente.
Aspectos Ambientais

„ Termelétricas a biomassa:
‰ Balanço zero de emissão, uma vez que todo o
CO2 é absorvido pela fotossíntese;
‰ Em países de pequena extensão, certos
combustíveis podem concorrer com a utilização
da terra para fins alimentício.
Panorama Mundial

Percentual por tecnologia da capacidade total instalada


Panorama Brasileiro
Panorama Brasileiro

„ PPT é um programa coordenado pelo Ministério de


Minas e Energia e foi criado pela Decreto 3.371, de
24/02/2000.
O PPT visa a implantação de usinas termelétricas, em
caráter emergencial, e as usinas integrantes tem as
seguintes prerrogativas:
‰ garantia de suprimento de gás natural, pelo prazo de 20
anos, de acordo com regras do MME;
‰ garantia de aplicação do valor normativo à distribuidora de
energia elétrica,por um período de 20 anos, de acordo com
a regulamentação da Aneel;
‰ garantia pelo BNDES de acesso ao Programa de Apoio
Financeiro a Investimentos Prioritários no Setor Elétrico.
Panorama Brasileiro

Termelétricas prioritárias
Panorama Brasileiro
Referências bibliográficas

„ Geração de Energia Elétrica – Lineu Belico dos Reis;


„ Energy Conversion Systems – Harry A. Sorensen;

Sites:
„ www.mme.gov.br
„ www.aneel.gov.br
„ www.brasilenergia.gov.br
„ www.petrobras.gov.br

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