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Introdução.......................................................................................................................................................................... 2
Sistema Financeiro Moçambicano..................................................................................................................................... 3
Estrutura Das Taxas de Juros ............................................................................................................................................ 3
Liquidez do Sistema .......................................................................................................................................................... 4
Evolução das principais divisas face ao metical ................................................................................................................ 4
Evolução do saldo das reservas internacionais líquidas 2015 ........................................................................................... 5
CUSTO DE FINANCI AMENTOEM MOÇAMBIQUE ................................................................................................... 5
CUSTO DE FINANCIAMENTO ..................................................................................................................................... 5
RISCO PERCEPCIONADO ............................................................................................................................................. 6
RISCO PERCEPCIONADO ............................................................................................................................................. 8
Risco do país ..................................................................................................................................................................... 8
Risco Sectorial................................................................................................................................................................... 8
Risco da Empresa .............................................................................................................................................................. 9
Risco do Projecto .............................................................................................................................................................. 9
LITERACIA FINANCEIRA ........................................................................................................................................... 10
LITERACIA FINANCEIRA NO MERCADO NACIONAL ......................................................................................... 10
TRANSPARÊNCIA E PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO ................................................................................. 11
TRANSPARÊNCIA E PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO ................................................................................. 11
FONTES DE FINANCIAMENTO ALTERNATIVO .................................................................................................... 12
FONTES DE FINANCIAMENTO ALTERNATIVO .................................................................................................... 12
Linhas de crédito ............................................................................................................................................................. 13
Capitais de Investimento ................................................................................................................................................. 13
Bancos de Desenvolvimento ........................................................................................................................................... 13
Microfinanças .................................................................................................................................................................. 14
Dinheiro electrónico/móvel ............................................................................................................................................. 14
PRINCIPAIS CONSTRANGIMENTOS DAS MPME’S ............................................................................................... 14
Conclusão ........................................................................................................................................................................ 16
Referencias ...................................................................................................................................................................... 17
91
182
364
Permuta
Liquidez do Sistema
Mil milhões de MZN
55 50,1
48,7 48,0 48,0
50 45,0
45
39,2 39,5
37,7 37,4 36,7
40 35,5
32,8
35
30
25
J F M A M J J A S O N D
CUSTO DE FINANCIAMENTO
O empresariado moçambicano, de preferência, realiza o seu investimento com recurso a fundos
próprios e empréstimos privados devido aos seguintes factores:
RISCO PERCEPCIONADO
São quatros os principais grupos de riscos que são tomados em conta na análise e avaliação de um
projecto. Estes incluem: (i) Risco do país; (ii) Risco sectorial; (iii) Risco da empresa; e (iv) Risco
do projecto.
A principal referência para a análise do risco do país no âmbito do custo de fundos é a política
monetária do país. Esta espelha-se basicamente em como o regulador monetário influência a
economia via instrumentos de política monetária, que para o presente estudo, são as taxas
directoras.
Os aspectos como um mercado maduro, tendências de desenvolvimento do sector, nível de
concorrência e perfil dos principais intervenientes, abertura para inovação são aspectos que
definem o quanto apetecível é um determinado sector, dai o risco sectorial.
O perfil da empresa requerente é outra componente do risco que influencia em grande medida o
custo do financiamento. Note que a base de análise deste tipo de risco inclui aspectos como: (i)
legalmente estabelecida, (ii) histórico da relação da empresa com a instituição financeira e sistema
financeiro; (iii) relatórios financeiros mais recentes (não auditados); e (iv) identificação da
liderança da empresa.
O risco do Projecto está associado à capacidade de desenvolvimento de planos de negócio e mapas
de fluxos de caixa robustos, análise do mercado de forma assertiva, capacidade de apresentar
Risco do país
A principal referência para a análise do risco do país no âmbito do custo de fundos é a
política monetária do país. Esta espelha-se basicamente em como o regulador monetário
influencia a economia via instrumentos de política monetária, que para o presente
estudo, são as taxas directoras. Note que estas são percebidas como sendo a base por
onde começa o custo de financiamento. Um outro aspecto que se reflecte na política
monetária é a estabilidade económica e política.
O regulador tem demonstrado um sinal de confiança no sistema nos últimos anos via
redução das taxas directoras (vide subsecção Linhas orientadoras do Banco Central para
mais detalhes). No entanto, tem se observado que o mecanismo de transmissão deste
sinal não tem tido o impacto esperado sobre o custo de financiamento. Como tal, fica a
impressão de que o seu peso na definição do custo de financiamento (ainda que seja o
ponto de partida) não é tão relevante quanto se pensa.
É percebido que existem factores adicionais que contribuem para este fenómeno,
nomeadamente: (i) fraco nível de concorrência a nível do sector financeiro; (ii)
influência da remuneração aos fundos de pensões; (iii) o nível de recorrência ao MMI; e
(iv) necessidade de melhor legislar o sector, diferenciando os tipos de instituições
financeiras (por exemplo as viradas para o desenvolvimento das empresas comerciais).
Risco Sectorial
O risco sectorial tem sido percebido como sendo um dos principais influenciadores do
custo de financiamento em Moçambique. Nestes consideram-se aspectos como
tecnologia e infra-estruturas, geografia, políticas e legislação sectorial, cadeia de valor,
entre outros.
Os aspectos como um mercado maduro, tendências de desenvolvimento do sector, nível
de concorrência e perfil dos principais intervenientes, abertura para inovação são
aspectos que definem o quanto apetecível é um determinado sector. Quanto mais difícil
Risco da Empresa
O perfil da empresa requerente é outra componente do risco que influência em grande
medida o custo do financiamento. Note que a base de análise deste tipo de risco
inclui aspectos como: (i) empresa legalmente estabelecida, (ii) histórico da relação
da empresa com a instituição financeira e sistema
financeiro; (iii) relatórios financeiros mais recentes (não auditados); e (iv) identificação
da liderança da empresa.
O perfil do empresariado nacional têm-se demonstrado fraco e com desafios sob
diversas perspectivas (vide a subsecção Principais Constrangimentos das MPME’s para
uma análise mais detalhada). Estes desafios ilustram um risco considerável em financiar
estas, e como tal têm influenciado na formação do custo de financiamento, no sentido de
ser mais alto.
Risco do Projecto
A robustez de um projecto é uma das componentes que determina o custo de
financiamento de forma directa. Este risco está, tradicionalmente, associado à
capacidade de desenvolvimento de planos de negócio e mapas de fluxos de caixa
robustos, análise do mercado de forma assertiva, capacidade de apresentar garantias /
colaterais, nível de comparticipação no investimento pretendido, apresentação de uma
capacidade de implementação robusta (recursos humanos qualificados, tecnologias
LITERACIA FINANCEIRA
O nível de literacia financeira em Moçambique é forte em gestão financeira diária
mas fraco em conceitos relevantes para uma gestão financeira a longo prazo. Tanto
utilizadores do sistema financeiro como não utilizadores apresentam fraquezas em
conhecimentos básicos para gestão consciente e adequada de instrumentos financeiros,
daí a necessidade de uma implementação de uma estratégia de capacitação financeira e
sustentabilidade das poupanças.
Esta falta de transparência está, igualmente, relacionada com as fracas qualificações dos
líderes que não mostram dar importância a certas metodologias de controlo interno
como, por exemplo, a certificação das suas contas ou apresentação de uma fraca
disciplina financeira.
As empresas, no final do dia, são geridas como se fossem “pequenos negócios” ao invés
de uma empresa com estrutura. A sua estrutura de governança e gestão resume-se
apenas à “liderança individual”. As MPME's apresentam fragilidades quanto a
capacidade de elaboração e apresentação de informação financeira credível.
Linhas de crédito
Segundo o estudo da AYANI (2013), as linhas de crédito e facilidades de garantias
financiadas pelas Agências de Cooperação encorajaram os Bancos a expandir aos
sectores de MPME’s e Agricultura, mas não tem sido capazes de criar um impacto a
longo prazo ou uma expansão sustentável em Moçambique. Estas têm tido um impacto
positivo a nível qualitativo dos Bancos, como o desenvolvimento de capacidades
técnicas e tecnológicas direccionadas às MPME’s e a definição de estratégias relativas à
questão de colaterais para o sector de agricultura.
Capitais de Investimento
Na perspectiva de desenvolvimento de mercado de capitais, a legislação moçambicana
ainda não se encontra desenvolvida de forma a estabelecer regulamentos específicos
para sociedades de investimentos ou outro tipo de alternativa similar. Actualmente estas
devem responder ao mesmo tipo de requisitos que um Banco comercial. Entretanto
existem três instituições no mercado que de alguma forma oferecem serviços que se
podem enquadrar neste âmbito, nomeadamente: (i) Bolsa de Valores; (ii) Fundo
Catalítico; e (iii) GAPI. Para além destas oportunidades formais, acredita-se que existe
ainda uma serie de Instituições de Financiamento não bancárias que operam de forma
informal.
Bancos de Desenvolvimento
Tal como para o caso de sociedades de investimentos e similares, a legislação
moçambicana ainda não se encontra desenvolvida de forma a estabelecer regulamentos
específicos para este ramo. No entanto a filosofia do BNI é a de um Banco de
Desenvolvimento. Esta tem se focado a projectos estruturantes e de desenvolvimento.
Porém, em termos de aceitabilidade, este tipo de Banco ainda é visto como uma forma
Microfinanças
As microfinanças constituem um segmento de financiamento relativamente mais caro,
resultantes de custos operacionais elevados relacionados a metodologias de crédito à
MPME's. É necessário salientar aqui que este engloba as instituições macrofinanceiras
formais e informais. As instituições macrofinanceiras formais poderão se concentrar nos
empreendimentos de médio porte. Olhando para o sector microfinanceiro informal,
existem relações que não estão bem claras, como as práticas de “xitique”, agiotas,
mukheristas.
Dinheiro electrónico/móvel
Existe ainda um potencial de provisão serviços financeiros as zonas ruais via mKesh e
MPESA. No entanto estes ainda não são visualizados pelos Bancos como uma forma
viável de expansão as zonas rurais. As principais razões ligadas a este é a fraca
cobertura da rede de electricidade e o nível de literacia financeira nas zonas rurais.