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parte 2
Olá Fisionautas!
Na primeira postagem de 2014 disponibilizo as últimas 10 questões da prova
do INSS de 2013.
Aproveitando a postagem, gostaria de sugerir o blog "questões de fisioterapia comentadas"
http://questoesdefisiocomentadas.wordpress.com/
Espero que gostem.
Questão 61. A análise da Marcha é sem dúvida um dos capítulos clínicos mais interessantes
na assistência da recuperação física, na maioria das enfermidades. Assinale, dentre as opções
abaixo, o conceito correto sobre a marcha.
A) Tanto o Período de Apoio quanto o da Oscilação são subdivididos em três fases.
B) O ciclo da marcha é o intervalo entre o toque do calcanhar dos membros inferiores direito e
esquerdo alternadamente.
C) O comprimento do Passo é a distância entre o toque do calcanhar e seu toque subsequente.
D) O Período de Apoio contém uma fase de apoio simples e uma fase de apoio duplo.
E) O Período de Oscilação corresponde à aproximadamente 60% do ciclo da marcha.
GABARITO: o Gabarito oficial é “C”, mas como veremos a seguir a alternativa “D”
parece ser a mais correta.
COMENTÁRIO
Esta é uma questão interessante de ser comentada. Vamos analisar cada uma das alternativas
individualmente.
Logo de cara eu colocaria a alternativa (A) na geladeira, isto é: não a classificaria nem como
correta nem como errada, pois dependendo da bibliografia do concurso é possível encontrar
autores que subdividem cada fase da marcha em 3, 4 ou até mais de 5 subfases. Assim, como
eu disse, eu deixo a alternativa “A” como provável, mas só no caso de nenhuma outra
alternativa se apresentar verdadeira.
A alternativa “B” avalia se o(a) candidato(a) conhece a definição de ciclo da marcha. Confesso
que definições são chatas, por isso ao invés de repetir a definição, vou tentar explorar o
conceito de ciclo da marcha. Isso certamente ajuda a memorizar. Assim, vamos começar pelo
princípio: O que é um ciclo? Podemos definir ciclo como um conjunto de fenômenos que se
repetem. No caso do ciclo da marcha, existem dois fenômenos que se repetem: a fase de apoio
e a fase de balanço. Assim, podemos deduzir que o ciclo da marcha começa com o início da
fase de apoio de uma perna (no caso, o toque de calcanhar no solo de uma das pernas), que
evolui para a fase de balanço, quando a perna avança sem tocar o solo e termina com o toque
de calcanhar da mesma perna.
Depois desta longuíssima explicação, podemos concluir que a definição apresentada na
alternativa “B” não é a de ciclo de marcha
A alternativa “C” é outra que envolve definições: Novamente vamos usar uma analogia para
tentar memorizar a definição de passo. Lembra aqueles filmes de piratas, onde o baú de
tesouro ficava enterrado 10 passos ao leste do coqueiro? Pois bem, lembra como o pirata faz
pra contar os passos? Pé no chão, avança com a outra perna e só quando esta toca no chão é
que o pirata conta o primeiro passo. Ora, tá explicado! O comprimento do passo é a distância
entre o toque de calcanhar de um pé e o toque de calcanhar do pé contralateral !!!! Então, o
capitão Jack Sparrow acaba de nos ensinar que a alternativa “C” também está errada.
Não confia na minha analogia? Tudo bem, você pode acessar a definição de passo no
artigo http://www.scielo.br/pdf/fm/v24n4/19.pdf, o qual define que o comprimento do passo é a
distância da extremidade posterior do calcanhar até a extremidade posterior do calcanhar do
outro pé. A alternativa C contém a definição de passada: O comprimento da passada é a
distância posterior do calcanhar de um pé até a extremidade posterior do mesmo calcanhar.
Confira na figura a abaixo:
Voltando ao assunto:
A alternativa “D” é bem direta, e não me deixa muito o que explicar. A fase de apoio realmente
possui uma fase de apoio simples e uma fase de duplo apoio (dependendo do autor esta ainda
se divide em duplo apoio inicial e duplo apoio terminal), que é quando ambos os pés tocam o
solo simultaneamente. Pronto! Achamos a alternativa correta! Mas continue lendo, pois a
análise da alternativa “E” também vale a pena.
A alternativa “E” está incorreta. Um macete para lembrar a duração das fases é o seguinte:
Intuitivamente, podemos julgar que a marcha é dividida em duas fases de igual duração, ou
seja: 50% do ciclo da marcha pertence a fase de balanço e os outros 50% a fase de apoio. Isso
parece justo e razoável, né? Só que o ciclo da marcha esconde uma pegadinha. Lembra que
existe um período de duplo apoio, no qual ambos os pés estão em contato com o solo? Pois é,
esta fase “rouba” tempo do ciclo da marcha da perna direita e da perna esquerda. Este período
de duplo apoio acrescenta tempo a fase de apoio, deixando-a mais longa do que a fase de
balanço. Isso se traduz no fato de que a fase de apoio dura cerca de 60% do ciclo da marcha,
deixando os 40% restantes para fase de balanço.
Questão 62 A resistência interna a uma carga axial em qualquer tecido pode gerar estresse de
tipo
A) compressivo e de cisalhamento.
B) tensivo e de cisalhamento.
C) somente de cisalhamento.
D) compressivo, tensivo e cisalhamento.
E) somente compressivo e tensivo.
COMENTÁRIO
As cargas que atuam sobre os tecidos podem produzir 5 tipos de tensão e estiramento nos
tecidos: Compressão, tensão, cisalhamento, flexão e torção. (Fonte: Fisioterapia na prática
desportiva – Prentice) Vamos analisar cada uma delas:
COMPRESSÃO: Pode ser entendida como um aperto. É um tipo de carga que, atuando
axialmente sobre um tecido, tende a diminuir o seu comprimento e aumentar seu diâmetro. É
produzida por cargas externas aplicadas uma contra a outra em superfícies e direções opostas.
(ex: Vértebras lombares e discos intervertebrais).
TRAÇÃO: É o oposto da compressão. É a força que traciona ou alonga o tecido.
Conceitualmente falando trata-se de um tipo de carga que, atuando axialmente sobre um
tecido, tende a aumentar o seu comprimento e diminuir seu diâmetro. Tanto a distensão de
músculos quanto a de ligamentos ocorrem devido ao aumento da tensão.
CISALHAMENTO: Ocorre quando cargas iguais, mas não diretamente opostas são aplicadas a
superfícies que se opõem, forçando- as a se movimentarem em direções paralelas entre si. É
um tipo de carga que tende a provocar um deslizamento (ou deslocamento) de uma parte de
um osso sobre outra (ou de um osso sobre outro).
FLEXÃO: É um tipo de carga que tende a curvar um osso, provocando esforços de compressão
de um lado e esforços de tração do outro. Acontece quando uma força excêntrica (não-axial) é
aplica à extremidade de um osso, criando um momento (torque) em um plano que contém seu
eixo longitudinal.
TORÇÃO: É um tipo de carga que tende a torcer um osso. Acontece quando uma força tende a
girar um osso em torno do seu eixo longitudinal estando uma de suas extremidades fixas (ou
impedida de girar livremente).
Há ainda uma sexta possibilidade:
CARGAS COMBINADAS: Como os ossos do corpo humano estão submetidos à força
gravitacional, forças musculares e outros tipos de forças, eles geralmente estão submetidos a
mais de um tipo de carga. A combinação de duas ou mais formas puras de carga é chamada
carga combinada.
Muito bem amiguinhos e amiguinhas, de acordo com as definições acima podemos identificar
que a compressão e a tensão são resultado de forças axiais sobre os tecidos. A carga de
cisalhamento embora possa ser axial, é aplicada a superfícies que se opõem e pode ser
entendida como a resultante gerando um deslizamento entre elas. As demais cargas como
torção, flexão e cisalhamento são aplicadas de forma não axial. A figura abaixo ajuda na
compreensão.
Questão 63. As graves lesões do sistema nervoso periférico, caracterizadas por degeneração
do axônio distalmente à lesão, sem interrupção de continuidade do endoneuro, denominam-se
A) Neuropraxia.
B) Neuroesclerose.
C) Axoniotmese.
D) Neurotmese.
E) Axonioesclerose.
COMENTÁRIO:
Este é um tema clássico em concursos: Lesões nervosas periféricas. Aliás, recomendo a leitura
do artigo de revisão da revista de neurociências disponível
em: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2007/RN%2015%2003/Pages%20from
%20RN%2015%2003-10.pdf
Esta é uma questão do tipo decoreba, e exige do(a) candidato(a) conhecer a classificação das
lesões nervosas periféricas de acordo com Seddon. Um macete para entender estas lesões é
imaginar que o nervo periférico é igual a um fio de energia elétrica. Sendo a capa de borracha
isolante, comparável ao endoneuro e o fio metálico comparável ao axônio. Se você torcer um
pouco o fio, pode acontecer dele ficar com um pouco de mau contato (a energia até flui, mas
não é nenhuma Brastemp). Isto é semelhante (perdoem-me os mais puristas, mas entendam
que este exemplo tosco é para facilitar o aprendizado) ao que acontece na neuropraxia = lesão
leve com perda motora e sensitiva, sem alteração estrutural. Geralmente é conseqüência de
um processo de compressão de curta duração. A condução nervosa está preservada acima e
abaixo do local da lesão, não ocorrendo a degeneração walleriana.
Agora, se você torce ainda mais o fio, você arrebenta ele por dentro, mas mantém a borracha
de isolamento ainda intacta. Isto é o que acontece na axonotmese = Há perda de continuidade
axonal e subseqüente degeneração Walleriana do segmento distal. Este fenômeno
desencadeia o processo degenerativo do axônio (axonotmese), e da bainha de mielina, com
preservação do tubo de endoneuro.
Finalmente, se você pega um alicate e corta o fio, você tem a neurotmese = separação
completa do nervo das bainhas de tecido conjuntivo.
Com relação a neuroesclerose e axonioesclerose, creio que estas são pegadinhas colocadas
pela banca.
Questão 64. Assinale a opção que apresenta apenas condições que contraindicam qualquer
modalidade de aquecimento por termoterapia.
A) Discrasias sanguíneas e áreas com insuficiência vascular.
B) Celulite não infecciosa e extensas áreas com equimose.
C) Rigidez fibrótica e áreas com cicatrização hipertrófica.
D) Distúrbio na fisiologia termorreguladora e espasmos neurogênicos.
E) Presença de tumores e constipação das vias aéreas superiores.
COMENTÁRIO:
Vamos rever as contraindicações de termoterapia:
A termoterapia por adição é contra-indicada durante a fase aguda de processos inflamatórios,
traumáticos ou hemorrágicos e quando há discrasias sangüíneas, isquemia ou estase venosa
tecidual, radioterapia local, infecções regionais ou anormalidades cognitivas e hipoestesia
regional que comprometem a percepção ou o relato da ocorrência de hipertermia e de
queimaduras.
Além destas contra-indicações, a termoterapia por meio de ondas curtas é contraindicada em
doentes com implantes metálicos, incluindo o material de osteossíntese, devido ao risco de
queimaduras profundas, com dispositivos eletrônicos implantados (estimuladores elétricos para
analgesia, bombas de infusão de medicamentos, marca-passos), pois podem induzir ao mau
funcionamento do equipamento implantado. FONTE: Medicina física e reabilitação em doentes
com dor crônica, disponível em http://www.sld.cu/galerias/pdf/sitios/rehabilitacion-
bal/yengtl_et_al.pdf
Ora bolas, só sobrou a alternativa “C”, a qual contém duas indicações de termoterapia. No
entanto, uma coisa me intriga: o que é “constipação de vias aéreas”?????
Questão 65. Na avaliação do equilíbrio pélvico, quando o paciente estiver apoiado somente em
um membro inferior e a pelve apresentar abaixamento contralateral ao membro apoiado,
expressa o sinal de Trendelemburg, significando impotência do
A) glúteo médio do lado do membro inferior não apoiado.
B) quadrado lombar e do glúteo maior do lado do membro inferior não apoiado.
C) quadrado lombar do lado do membro inferior apoiado.
D) glúteo médio do lado do membro inferior apoiado.
E) quadrado lombar e do psoas-ilíaco do lado do membro inferior apoiado.
COMENTÁRIO:
Na figura abaixo, podemos visualizar o sinal de Trendlemburg.
Quando pedimos ao paciente para se manter em apoio monopodal, o esperado é que a pelve
se mantenha estável e alinhada em uma posição horizontal. No entanto, se a pelve “cai” para o
lado em que a perna foi levantada, isso caracteriza o Sinal de Trendlemburg, que indica
fraqueza do músculo glúteo médio. Na figura abaixo, o músculo glúteo médio encontra-se em
destaque. Percebam que se ele se contrair, ele tracionará a pelve em direção ao fêmur,
realinhando-a em uma posição horizontal.
COMENTÁRIO:
Outra questão decoreba, mas vamos aproveitar e falar um pouco dos sinais motores que
podemos encontrar em lesões nas estruturas citadas nas demais alternativas:
De um modo geral e bastante genérico, uma lesão do sistema extrapiramidal causa
incoordenação motora e movimentos involuntários tais como coréia, balismo, atetose, distonia
e discinesia (tremores), mas estes sintomas vão depender do tipo de síndrome extrapiramidal
(sim, existem diferentes síndromes extrapiramidais).
Lesões cerebelares: Lesões cerebelares têm como principal sintomatologia a incoordenação
motora, ou ataxia. Na faculdade, aprendi que a ataxia é composta por vários “Dis”: Dismetria,
disdiaconocinesia, disbasia, disfagia e disartria, além da decomposição do movimento,
nistagmo, hipotonia e tremor de intenção (nem todos estes sintomas podem estar presentes em
um mesmo paciente)
Lesões do sistema nervoso periférico e lesões do sistema nervoso periférico são a mesma
coisa. Caracterizam-se por paralisia flácida, com arreflexia, hipotrofia/atrofia muscular e
podendo ou não haver mioclonia.
Lesões do neurônio motor cursam com a tríade clássica: Espasticidade, hipereflexia e sinal de
Babinski.
Questão 67. Na escala de força muscular de Kendall, o Grau 3 é conferido ao músculo capaz
de
A) realizar o arco completo do movimento estando a ação da gravidade anulada.
B) contrair-se sem, contudo, realizar movimento.
C) realizar o arco completo do movimento sem aplicação de resistência externa.
D) realizar parcialmente o arco de movimento.
E) realizar parcialmente o arco de movimento contra a ação de uma resistência externa.
COMENTÁRIO:
Mais uma questão decoreba!!!! Vamos relembrar a escala de força:
Grau 0: Nenhum movimento é observado
Grau 1: Apenas um esboço de movimento é visto ou sentido ou fasciculações são observadas
no músculo.
Grau 2: Há força muscular e movimentação articular somente se a resistência da gravidade é
removida
Grau 3: A articulação pode ser movimentada apenas contra gravidade e sem resistência do
examinador.
Grau 4: A força muscular é reduzida, mas há contração muscular contra a resistência.
Grau 5: Força normal contra a resistência total.
Questão 68. O relaxamento produzido pela hipertermia tissular nos espasmos musculares é
resultado de vários fenômenos, exceto o que está explicado na seguinte alternativa:
A) Diminuição da sensibilidade do fuso muscular ao estiramento.
B) Aumento da ação vasodilatadora por mecanismo reflexo a nível dos receptores de
temperatura local e central.
C) Aumento dos impulsos inibitórios a partir dos órgãos neurotendíneos de Golgi.
D) Diminuição do metabolismo tecidual à extensa elevação da temperatura por tempo
prolongado.
E) Não se verifica modificação nas ações entre os sistemas gama e alfa, pelo aquecimento.
COMENTÁRIO:
Eu achei esta questão muito confusa. O enunciado é bem claro, porém as alternativas me
pareceram confusas. Pra ser sincero, só consegui encontrar referências que explicasse a
alternativa “A”. Quem tiver referências ou queira contribuir com esta postagem explicando esta
alternativa, por favor sinta-se à vontade.
Gabarito oficial: Alternativa “E”
Questão 69. Qual das manifestações físicas abaixo não é observada nas doenças
cerebelares?
A) Hiperreflexia cutâneo-plantar
B) Disartria
C) Ataxia
D) Hipotonicidade
E) Distúrbios posturais e desequilíbrios
COMENTÁRIO:
Esta questão foi parcialmente respondida nos comentários da questão 66. Aqui uma pequena
observação: A alternativa “A” faz menção a hiperreflexia cutâneo-plantar, também conhecida
como sinal de Babinski e característica de lesões de primeiro neurônio. O sinal de Babinski não
ocorre em lesões cerebelares puras.
Questão 70. O texto original que descreve o Código Deontológico das profissões de
fisioterapeuta e de terapeuta ocupacional está contidona Resolução COFFITO nº
A) 6
B) 7
C) 8
D) 9
E) 10
COMENTÁRIO
Ok Pessoal, mais uma decoreba. Não tem como explicar, tem que ler as resoluções!
GABARITO: Alternativa B
COMENTÁRIO:
Embora a redação desta questão esteja um pouco confusa. Mas com um
pouco de boa vontade, é possível perceber que a pergunta diz respeito a
identificação de fatores de risco de doença coronariana, mais especificamente
àqueles cuja redução não é considerado como fator de proteção.
Vou começar a análise das alternativas relembrando o conceito de dislipidemia.
Basicamente, a Dislipidemia é a presença de níveis elevados ou anormais de
lipídios e/ou lipoproteínas no sangue. O risco de doença coronariana aumenta
significativamente com valores elevados de Colesterol Total, triglicerídeos e
LDL. A partir desta informação, podemos considerar que as alternativas A e D
são verdadeiras; isto é: sua redução reduz o risco de doença coronariana.
A Pressão Arterial é outra variável que quando reduzida, também reduz o risco
de doença coronariana, assim, a alternativa E também é verdadeira.
A ointolerância a glicose ou pré-diabetes é considerado um fator de risco. Na
medida em que você reduz a intolerância à glicose, você também reduz os
riscos de eventos cardíacos. Portanto agora só nos resta analisar a alternativa
B.
Já vimos que a redução dos níveis de LDL estão associados a redução de
risco, porém com relação ao HDL, ocorre o inverso; isto é: o risco aumenta à
medida que seus valores diminuem. Desta forma, podemos concluir que a
alternativa B é a única que contém uma variável (HDL) que quando em níveis
reduzidos, aumenta o risco de doença coronariana.
FONTE:
Consenso Brasileiro Sobre Dislipidemias: Detecção, Avaliação e Tratamento -
Sociedade Brasileira de
Cardiologia http://publicacoes.cardiol.br/consenso/1994/6301/63010014.pdf
GABARITO: Alternativa D
COMENTÁRIO:
Esta é uma questão que considero fácil, mas que é bem interessante de
comentar pois permite abordar as 3 principais técnicas de hidroterapia. Mas
antes de apresentar as técnicas, preciso excluir as alternativas B e E, pois
referem-se a técnicas que não existem.
A International Halliwick Association define o conceito Halliwick como: "uma
abordagem para ensinar todas as pessoas, em particular às com deficiência,
atividades aquáticas, movimentação independente na água e a nadar. Portanto,
sem ligação direta com os conceitos de PNF.
O Watsu, também denominado “Water Shiatsu” trata-se de um método
originado a partir do Zen Shiatsu e consiste em alongamentos passivos,
massagens e mobilizações articulares bem como aplicação de pressão sobre
pontos de acupuntura. Este método também não tem ligação com os conceitos
utilizados no PNF.
Sobra, portanto, a alternativa D. O método dos anéis de Bad Ragaz (ou
simplesmente Bad Ragaz, ou ainda como também é conhecido na novela das 9
pelo personagem Félix: “método do Anel Pega-Rapaz”), consiste na associação
de flutuadores e exercícios funcionais baseados no conceito PNF.
FONTE:
Conceito Halliwick inclusão e participação através das atividades aquáticas
funcionais http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=468
GABARITO: Alternativa C
COMENTÁRIO:
Foi difícil encontrar a resposta desta questão. Após muito pesquisar na internet,
finalmente encontrei uma tabela que informava a polaridade das substâncias
citadas. A tabela faz parte do manual de um equipamento de eletroterapia.
Como se trata de decoreba, não faz sentido eu repetir o gabarito, mas quem
quiser (realmente) se dedicar a decorar a polaridade e a indicação dos
fármacos utilizados na iontoforese, recomendo utilizar a tabela que está na
página 66 do manual do equipamento, disponível no
site:http://www.cappefisio.com.br/stimulus-r.pdf ..
GABARITO: Alternativa D
COMETÁRIO:
Os distúrbios ventilatórios avaliados nos testes de função pulmonar são
classificados em obstrutivos, restritivos e mistos. Assim, logo de cara, podemos
excluir as alternativas A e C. Pacientes com distúrbios obstrutivos apresentam
limitação ao fluxo aéreo enquanto os distúrbios restritivos reduzem os volumes
e capacidades. O Derrame pleural é um bom exemplo de distúrbio restritivo
que podemos utilizar para entender este conceito. Com o derrame pleural,
ocorre redução da expansibilidade torácia, você tem líquido na cavidade pleural
que impede os alvéolos de se inflarem completamente. É fácil entender que
quanto maior o derrame pleural, menor o volume de ar que entra no pulmão
acometido. Se realizarmos um teste de função pulmonar, observaremos uma
redução em todos os volumes e capacidades pulmonares, que será mais
evidente em derrames mais volumosos.
FONTE:
http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/090.pdf
http://www.uff.br/fisio6/PDF/sistema_respiratorio/avaliacao_doencas.pdf
GABARITO: Alternativa E
COMENTÁRIO
Esta questão permite uma resolução interessante. O candidato (ou candidata)
que não conseguir relembrar as ações do Grande Dorsal, pode aumentar as
chances de acertar a questão no chute. Basta observar que as alternativas C e
E são contraditórias: O Grande Dorsal não faz simultaneamente rotação interna
e externa do ombro. Assim, teríamos 50% de chance do chute acertar o
gabarito.
Questão 56 - Há evidências de que a prática de atividade física moderada
e regular, iniciada precocemente, reduz no idoso as doenças abaixo,
exceto
A) Câncer de cólon.
B) Osteoporose.
C) Câncer de próstata.
D) Esclerose múltipla.
E) Diabetes tipo II.
GABARITO: Alternativa D
COMENTÁRIO:
Geralmente nos lembramos que o exercício físico é bom para o coração, porém
seus efeitos não se limitam ao sistema cardiovascular. A atividade física regular
é de extrema importância para os idosos. Exercícios regulares podem
influenciam a manutenção das atividades ósseas normais e podem aumentar
significativamente a densidade mineral óssea. Com relação a Diabetes, é bem
conhecido o fato que as atividades físicas ajudam no controle glicêmico e
funcionam como fator de proteção contra o desenvolvimento de Diabetes. O
exercício físico regular também tem efeito protetor contra diversos tipos de
câncer, no entanto , esta relação de prevenção não é estabelecida com relação
a Esclerose Múltipla, em parte devido ao fato de ser uma patologia
relativamente rara, e ainda sem etiologia definida.
Câncer: http://athlon-esportes.com/wp-content/uploads/2013/06/As-rela%C3%A7%C3%B5es-
entre-exerc%C3%ADcio-e-atividade-f%C3%ADsica-e-o-c%C3%A2ncer.pdf
Diabetes: http://www.scielo.br/pdf/abem/v46n5/13401.pdf
Osteoporose: http://www.scielo.br/pdf/fm/v23n2/12.pdf
GABARITO: Alternativa A
COMENTÁRIO:
O Índice de Independência nas Atividades de Vida Diária, foi desenvolvido para
medir as Atividades de Vida Diária de pacientes com doenças crônicas. O
índice apresenta três gradientes, cujos extremos são: totalmente independente
e dependente. Avalia atividades como o tomar banho, vestir-se, alimentar-se e
levantar-se da cama ou de uma cadeira, entre outros. Ah! E antes que alguém
me escreva para lembrar que a atuação nas AVD'S é ato privativo do
TERAPEUTA OCUPACIONAL, normatizada pela resolução 316 de 2008 do
COFITTO, lembro que eu estou apenas comentando uma prova. Se alguém
achou ruim e quiser reclamar, recomendo que faça diretamente a organização
do concurso.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v41n2/20.pdf
GABARITO: Alternativa E
COMENTÁRIO:
O teste de Ober é utilizado para avaliar o encurtamento do trato iliotibial. Neste
teste, o indivíduo deve ser posicionado em decúbito lateral, com a perna
inferior fletida no quadril e joelho, o suficiente para retificar a lordose lombar, e
o joelho da perna superior deve ser fletido a 900. Após ter sido realizado o
posicionamento adequado, o examinador deve segurar com uma das mãos o
tornozelo da perna superior e com a outra estabilizar o quadril e, em seguida,
abduzir e estender esta perna até a coxa se encontrar alinhada com o corpo.
Então, é permitido que a coxa caia em direção à superfície nesse plano e o
teste deve ser interpretado a partir da quantidade de adução do quadril
GABARITO: alternativa B
COMENTÁRIO:
Esta questão é controvesta, e na minha opinião deveria ser anulada por dois
motivos:
#1- Entre as alternativas temos o Ultrassom, que embora seja utilizado para
acelerar a cicatrização tecidual, ele não é corrente elétrica, esta alternativa
pode induzir o candidato ao erro (mas como veremos a seguir, o próprio
gabarito está errado).
#2 – A eletroestimulação de alta voltagem consiste em pulsos gêmeos,
monofásicos, unidirecionais, que se elevam instantaneamente e decaem
exponencialmente em alta voltagem, que promovem o aumento do fluxo
sanguíneo, fagocitose, melhora da oxigenação, redução do edema, atração e
estimulação de fibroblastos e células epiteliais, síntese de DNA, mitose celular,
controle de infecção, aumento da produção de ATP, melhora do transporte nas
membranas, auxílio na organização da matriz de colágeno, estimulação da
contração da ferida com migração de células da epiderme para o centro da
úlcera. Ou seja:a alternativa B é uma forma eficiente de promover a
cicatrização tecidual, e portanto o gabarito é incoerente. Fonte: USO DA
ELETROESTIMULAÇÃO DE ALTA VOLTAGEM NA CICATRIZAÇÃO DE
ÚLCERAS VENOSAS - disponível para download clicando [[[[[AQUI]]]]]]:
GABARITO: Alternativa E
COMENTÁRIO:
Olá Fisionautas.
Mais um ano pela frente e mais chances de conseguir a sonhada aprovação em concursos
públicos. Segue abaixo a correção das primeiras questões específicas de uma prova da
CESPE do concurso da Fundação Hospitalar de Saúde de Sergipe Ano 2009. A resolução
destas questões foi feita com a ajuda de uma leitora do Sergipe chamada Carla Fontes. Por ser
de 2009 já é uma prova meio velhinha, mas vale a pena conferir, pois a prova foi muito bem
feita e o nível de dificuldade não tá moleza não.
51- Por meio do teste do piriforme, ao se tensionar o músculo piriforme, pode-se indicar se
esse músculo é o responsável pela compressão do nervo e consequentemente pelo quadro de
ciatalgia.
COMENTÁRIO: O termo ciatalgia é usado para descrever a dor sentida no trajeto do
nervo ciático. Este padrão de dor irradiada pode ser causada pela compressão do nervo
ciático. Esta compressão pode ser causada por um disco herniado comprimindo as
raízes nervosas ou pela compressão do nervo ao longo do seu trajeto.
A chamada síndrome do piriforme é causada especificamente pela compressão do nervo
ciático pelo músculo piriforme. Os principais mecanismos envolvidos na Síndrome do
piriforme são: [1] Contratura ou espasmo do músculo piriforme devido a trauma; [2]
hipertrofia do músculo piriforme; e [3] predisposição a compressão devido a uma
variação anatômica (o nervo ciático ou ramos deste passam por dentro do ventre
muscular ou pela porção tendinosa do piriforme).
Ao se desconfiar que o músculo piriforme esteja envolvido no sintoma doloroso do
paciente, podemos realizar testes específicos. Este teste consiste basicamente no
estiramento do músculo por meio dos movimentos combinados de adução, rotação
interna e flexão do quadril (os quais afastam ao máximo a origem e inserção musculares
do piriforme). Se o músculo piriforme estiver comprimindo o nervo ciático, ao tensionar
o músculo haverá resposta positiva ao quadro doloroso, possivelmente até
reproduzindo os sintomas do paciente.
Gabarito: Correto.
Leitura recomendada: http://www2.pucpr.br/reol/public/7/archive/0007-00001893-
ARTIGO_12.PDF
http://fmu.br/pdf/edi_04_fisio_i_n.2.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2997212/
52 Caso haja uma compressão nervosa periférica devido a uma hérnia de disco, com
características de degeneração walleriana, será correto afirmar que se trata de uma
axonotmese.
COMENTÁRIO: Esta é uma questão interessante, pois correlaciona a clínica com a
classificação das lesões nervosas. Relembrando que as lesões nervosas periféricas
podem ser classificadas em 3 categorias: Neuropraxia, axoniotmese e neurotmese. A
degeneração Walleriana ocorre nos casos de axoniotmese e de neurotmese. A
axoniotmese envolve a secção completa do nervo, geralmente por lesão causada por
arma branca ou traumas importantes. Com relação ao enunciado da questão podemos
refletir que por maior que seja a hérnia de disco, certamente não será suficiente para
seccionar completamente o nervo (neurotmese). Porém, a compressão prolongada é
capaz de promover uma isquemia. A isquemia impede a chegada de oxigênio e
nutrientes para a região distal no neurônio. Desta forma, a região do neurônio distal ao
ponto de compressão começa a se degenerar (degeneração Walleriana). Importante
notar que neste mecanismo, as bainhas de tecido conjuntivo (epineuro, perineuro e
endoneuro) não se rompem. Desta forma temos a axoniotmese é o tipo de lesão nervosa
descrita no enunciado.
Gabarito Correto.
Leitura sugeridahttp://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2007/RN%2015%2003/Pages
%20from%20RN%2015%2003-10.pdf
Gabarito: Certo.
Leitura recomendada: http://www.scielo.br/pdf/anp/v67n2a/v67n2aa17.pdf
Um paciente com sequela de fratura de Colles, pós- imobilização, pode apresentar importantes
comprometimentos neuromusculoarticulares. Com relação a essa afirmativa, julgue os itens
seguintes:
56 A mão em garra, atingindo os músculos 4.º e 5.º o interósseos, é uma das sequelas desse
tipo de fratura.
COMENTÁRIO: A mão em garra com comprometimento do 4.º e 5.º o interósseos é
resultado da lesão de nervo ulnar. Embora seja possível lesionar qualquer um dos 3
grande nervos do antebraço (mediano, ulnar e radial) em uma fratura do tipo Colles, o
nervo mais frequentemente lesado é o mediano. (herbert Sizínio (pg. 1104)
Gabarito:Errado.
Leitura sugerida: http://www.projetodiretrizes.org.br/7_volume/09-Fratura_adioDistAd.pdf
http://www.scielo.br/pdf/aob/v17n3/a11v17n3.pdf
57 A síndrome de Volkman é uma complicação que pode surgir nesse tipo de fratura.
COMENTÁRIO: A síndrome de Volkmann, também denominada síndrome compartimental
é definida como o aumento da pressão intersticial sobre a pressão de perfusão capilar
dentro de um compartimento osteofascial fechado, podendo comprometer vasos,
músculos e terminações nervosas provocando dano tecidual. A síndrome pode ocorrer
por lesão vascular após uma fratura e foi descrita pela primeira vez por Richard Von
Volkmann em 1872, que descreveu contraturas dos músculos do antebraço em reduções
fechadas de fraturas de cotovelos, resultantes de necrose e isquemia muscular
O quadro clínico inicial é caracterizado por dor importante e edema, ocorrendo
manifestações tardias como a ausência de pulsos distais, parestesias de extremidade, e
hipoestesia
Gabarito: Correto.
Leitura recomendada: http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/864.pdf Síndrome
Compartimental Aguda: série de sete casos no Hospital Nossa Senhora da Conceição -
Tubarão
58 O fenômeno de rechaço pode aparecer quando o paciente aponta com o indicador para
algum objeto tentando tocá-lo.
COMENTÁRIO: O gabarito oficial considera esta questão como correta. Porém eu
discordo, pois não entendo como o fenômeno de rechaço pode aparecer quando o
paciente tenta apontar para um objeto. O fenômeno do rechaço está presente em lesões
envolvendo o cerebelo. É testado por meio da Prova do Rechaço ou Stewart Holmes:
Pede-se ao paciente fletir o cotovelo contra resistência. Subitamente retira-se a
resistência. A resposta normal a este teste é a interrupção quase imediata do movimento
de flexão de cotovelo, porém um paciente com lesão cerebelar não conseguirá contrair
os músculos antagonistas rapidamente, sendo que dependendo da força o paciente
poderá mesmo bater com o punho no próprio rosto. Como podem ver, a prova do
rechaço não tem nada haver com o teste descrito no enunciado.
Gabarito: Correto (sob protestos).
Leitura sugerida
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=7&materia_id=501&materiaver=1
59 Por volta do 4.º mês de vida, o lactente, estando em decúbito dorsal, é capaz de levantar a
cabeça e os ombros, antecipando a ajuda de alguém para se deslocar para a posição sentada.
COMENTÁRIO: Ao 4 mês de vida o paciente possui apenas bom controle cervical e não é
capaz de levantar ombros para auxiliar na postura de sedestração. Somente por volta do
sexto mês é que a criança consegue vencer a gravidade em supino
Gabarito: Errado.
61 O reflexo tônico cervical assimétrico deve ser realizado em decúbito lateral, para favorecer o
apoio da cabeça do paciente durante a realização do teste.
62 A criança com atetose apresenta movimentos involuntários, porém estes só ocorrem durante
movimentos intencionais e cessam durante o repouso.
COMENTÁRIO: O tremor típico da atetose é um movimento involuntário que até diminui,
porém não cessa completamente durante o repouso.
Gabarito: Errado.
Esta questão é sobre teorias do controle motor. Atualmente, a teoria dos sistemas dinâmicos
tem sido muito discutida por conseguir responder várias questões a respeito do
desenvolvimento motor. De acordo com esta teoria, é através da autoorganização entre outros
princípios. que se pode entender a emergência de novas formas de comportamento sobre a
ação do tempo real no curso do desenvolvimento. Complicado? Também achei. Pra ser
sincero,fiquei entre as alternativas A e D. Porém a explicação é complexa demais para ser
exposta em uma única postagem. Mas qum quiser aprender um pouco mais, pode acessar os
links abaixo:
Questão 12
No tratamento de crianças com artrogripose múltipla congênita, para facilitar a aquisição de
tarefas do desenvolvimento, alem de outras condutas, são indicados a mobilização articular e o
alongamento passivo. Com relação a afirmação acima, marque a opção correta.
(A) O alongamento inicia-se ao nascimento e deve ser realizado, forçando-se a articulação
alem do limite articular encontrado.
(B) O alongamento inicia-se logo apos o nascimento e deve sempre respeitar o limite final da
amplitude de movimento.
(C) O alongamento só poderá ser realizado apos o período de aproximadamente 6 meses de
utilização de aparelho gessado.
(D) O alongamento deve ser iniciado somente apos os procedimentos cirúrgicos necessários
para não lesar a articulação.
Ok galera, embora seja possível deduzir a resposta com certa facilidade, esta questão levanta
uma questão que na prática é altamente relevante para o tratamento. Então vamos começar
pelo começo:
Na espinha bífida, ocorre má formação da medula e das raízes nervosas, desta forma, os
nervos envolvidos podem ser incapazes de controlar a musculatura correspondente,
determinando paralisias em graus variados. Uma das classificações mais utilizadas para o nível
funcional em casos de espinha bífida é a Classificação em quatro níveis de lesão: nível
torácico, nível lombar alto, nível lombar baixo e nível sacral.
Porém, o Nível Funcional não é necessariamente o nível medular mais baixo onde a função
motora está preservada, mas sim, o nível onde os músculos conseguem realizar seu papel de
forma funcional. Ex: Eu posso ter um garoto classificado no nível funcional lombar alto, mas
que apresenta sensibilidade e até alguma atividade voluntária nos músculos do quadril e joelho,
porém não consegue ficar de pé e nem engatinhar por conta de espasticidade (devido a uma
medula ancorada) e contraturas articulares. Então, apesar de ter motricidade compatível com a
categoria de lombar baixa, estes músculos não são funcionais devido ao encurtamento e
espasticidade.
Não sei se confundi mais do que ajudei...
De qualquer forma, vamos analisar as alternativas: Alternativa C e D fazem menção a um tal de
nível intelectual (????) como medir nível intelectual em crianças? Teste de QI? Por meio de
perguntas sobre a vida e a obra dos filósofos Pré-Socráticos?, ou talvez uma redação sobre a
atual perspectiva macroeconômica das indústrias petrolíferas e seu papel no desenvolvimento
de tecnologias sustentáveis no século XXI ? Descartem a C e D, por favor...
Em relação às alternativas A e B, acho que a minha longa explicação inicial justifica a
alternativa B como correta.
Gabarito: alternativa B
Questão 14
O avanço na medicina tem proporcionado melhores condições de vida para crianças com
distrofia muscular. O uso de corticóides tem sido relatado como um recurso terapêutico de
grande valor, entretanto a progressão da doença ainda não pode ser evitada. Dentre os
recursos terapêuticos utilizados pela
fisioterapia, é correto afirmar que:
(A) exercícios de resistência e alongamentos devem ser estimulados para melhorar a fraqueza
muscular e retardar a progressão das contraturas.
(B) exercícios ativos e alongamentos devem ser encorajados e exercícios resistidos
desencorajados, em virtude do efeito prejudicial à estrutura muscular.
(C) exercícios ativos e exercícios resistidos devem ser estimulados, desencorajando-se a
utilização de alongamentos, em virtude do efeito prejudicial à membrana muscular.
(D) são indicados exercícios ativos livres, resistidos, alongamentos e órteses de
posicionamento para melhora da força muscular e retardo dos sintomas.
O termo Distrofia Muscular engloba um grupo de doenças genéticas, que se caracterizam por
uma degeneração progressiva do tecido muscular. Em outras palavras, os músculos tornam-se
frágeis e se deterioram progressivamente.
Devido a esta fragilidade do músculo, recomenda-se evitar exercícios resistidos e
alongamentos intensos pois estes podem acelerar a destruição muscular.
Desta forma, qualquer indicação de exercícios resistidos caracteriza uma resposta falsa. Assim,
por simples exclusão chega-se ao gabarito desta questão.
Gabarito: Alternativa B
Questão 15
Durante o processo da doença de Perthes, a terapêutica utilizada e aceita e
(A) manter a mobilidade do quadril tanto quanto possível com o objetivo de prevenir contratura
em flexão e adução.
(B) manter a mobilidade do quadril tanto quanto possível com o objetivo de prevenir contratura
em rotação e adução.
(C) manter a mobilidade do quadril tanto quanto possível com o objetivo de prevenir contraturas
em extensão e adução.
(D) manter a mobilidade do quadril tanto quanto possível com o objetivo de prevenir contraturas
em flexão e abdução.
Questão 16
As alterações estruturais anatômicas envolvidas na deformidade em equinovaro congênita são:
(A) deslocamento do navicular, calcâneo e cubóide ao redor do talus.
(B) deslocamento do cubóide, calcâneo e cuneiformes ao redor do talus.
(C) deslocamento do cuneiforme, navicular e cubóide ao redor do talus.
(D) deslocamento do calcâneo, cubóide e cuneiforme ao redor do navicular.
Questão 17
Para evitar a progressão da rigidez do complexo gastrocnemio-soleo em crianças com Distrofia
Muscular de Duchenne, o(s) melhor(es) recurso(s) e(são)
(A) sessões prolongadas de alongamentos domiciliares, com varias repetições.
(B) a utilização de órteses tornozelo-pé articulada durante 24 horas do dia.
(C) alongamentos regulares e utilização de órteses de posicionamento noturno.
(D) alongamentos associados ao fortalecimento da musculatura antagônica.
Outra questão sobre distrofia muscular (a banca gosta mesmo deste tema ! ! )
Muito bem, já vimos que em casos de distrofia muscular, existe uma fragilidade do tecido
muscular. Assim, é prudente evitar exercícios contra-resistência e alongamentos intensos.
Assim, a questão A pode ser eliminada, pois envolve alongamentos prolongados e com várias
repetições, o que pode aumentar a chance de lesão muscular. A alternativa B também pode ser
excluída pois uma órtese tornozelo-pé articulada 24hs implicaria em peso e resistência para a
marcha. Para uma criança com Duchenne, isto certamente aceleraria a degeneração muscular.
A alternativa C é bem neutra. Não faz menção à intensidade do alongamento e as órteses
noturnas de posicionamento não colocam o músculo sob tensão, o que evitaria as lesões
musculares nestes pacientes. Finalmente, a alternativa D faz menção ao fortalecimento dos
antagonistas. Embora não cite se este fortalecimento seria ativo-livre ou resistido, o que faz
desta alternativa uma resposta aceitável, ainda assim a alternativa C é mais correta.
Gabarito: Alternativa C
Questão 18
No tratamento do bebê com torcicolo muscular congênito à direita, na idade de 4 meses, quais
atividades do desenvolvimento motor normal devem ser enfatizadas para o fortalecimento do
ECOM alongado?
(A) Rolar de supino para decúbito lateral esquerdo e estimular o controle da elevação da
cabeça em prono.
(B) Rolar de supino para decubito lateral direito e estimular o controle da elevação da cabeça
em prono.
(C) Rolar de supino para decúbito lateral esquerdo e incentivar o endireitamento lateral da
cabeça para a direita.
(D) Rolar de supino para decúbito lateral esquerdo e incentivar o endireitamento lateral da
cabeça para a esquerda.
Eu não entendi o enunciado desta questão. A banca não informa se a criança fez ou não
cirurgia e no final quer saber como fortalecer (?) o ECOM alongado (?????).
Vou considerar apenas a necessidade de alongamento do músculo e ignorar este
fortalecimento (até porquê nenhuma das alternativas envolve atividades que causem contração
do ECOM afetado).
Em casos de torcicolo congênito, a cabeça fica inclinada para o lado do músculo afetado e
rodada para o lado oposto devido a contratura do ECOM. Portanto, o bebê do caso clínico
apresenta-se com a cabeça inclinada para a direita e ligeiramente rodada para a esquerda.
Assim, para alongar basta estimular atividades que gerem rotação para direita e inclinação para
esquerda. AS alternativas envolvem 3 atividades: Rolar de supino para DL, controle de cabeça
em prono e endireitamento lateral da cabeça. Vamos analisar cada uma delas:
#1 Ao rolar de supino para decúbito lateral (considerando uma criança sem disfunção
neuromotora), o bebê irá inicialmente girar a cabeça para o lado estimulado antes de iniciar o
rolar. Desta forma estimulando o alongamento do componente rotacional do movimento para o
mesmo lado do ECOM afetado.
#2 Para manter a cabeça elevada em prono, a criança precisa ativar os dois ECOMs (a
ativação de ambos causa extensão capital) de forma controlada e equilibrada. No caso do
torcicolo, a tendência será a criança manter a cabeça inclinada e rodada.
#3 Estimular o endireitamento lateral da cabeça. O endireitamento pode ser entendido como
uma reação na qual o paciente busca corrigir a orientação da cabeça com o horizonte. Então
se você colocar a criança em decúbito lateral direito e a estimular a corrigir a postura de modo
que olhe para o horizonte ainda em DL direito, ela tenderá a alongar o ECOM Direito.
Portanto: Gabarito alternativa D
Questão 19
Considerando a artrite idiopática juvenil, e correto afirmar que
I. a hipertermia superficial pode ser usada nessa patologia.
II. exercícios passivos e alongamento são indicados na fase aguda.
III. exercícios com resistência progressiva são indicados na fase subaguda.
IV. o paciente deve ser mantido somente em repouso na fase aguda.
V. exercícios através da isometria são indicados na fase aguda.
Alternativa I – O calor superficial pode sim ser utilizado para redução da dor na fase aguda da
AIJ Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rbr/v47n3/09.pdf. No caso da hipertermia, o que é contra-
indicado é o uso de calor profundo, pois este poderia estimular ainda mais o processo
inflamatório.
Desta forma, alternativa I está correta
Alternativa II – exercícios passivos e alongamentos, podem desencadear dor. De fato, em
termos de atividade passiva na fase aguda, apenas a mobilização dentro do limite da dor é
recomendada. Portanto, alternativa II está errada
Alternativa III – Sim, atividades resistidas podem e devem ser utilizadas por pacientes com AIJ,
fora da fase aguda. Fonte : http://www.sbafs.org.br/_artigos/93.pdf
Portanto, alternativa III é verdadeira
Alternativa IV – Sigo a mesma fonte citada acima... o repouso absoluto é prejudicial a estes
pacientes.
Alternativa V – Mais uma vez, pacientes não devem ficar em repouso absoluto. A isometria na
fase aguda é recomendada.
Gabarito: Alternativa A
http://www.revistadigitalvidaesaude.hpg.com.br/artv1n3_03.pdf
http://docs.google.com/viewer?
a=v&q=cache:_rK4mpq9uCIJ:xa.yimg.com/kq/groups/21505141/918831356/name/II.28_AIJ.pdf
+%22artrite+idiop%C3%A1tica+juvenil%22+fisioterapia+fase+aguda&hl=pt-
BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESjhF0ZATqGAuFRiRPhIocQnLzMR3KZ1w2RtcmBqtWv7K9IRx
_cTU9iDaWBcYpYdZGTggIOPzbGokIQm2PebGJld7HSFd2x1BtsOYNLv6AywcCF-
pBleJjVj9F_26TsyMuPayuS1&sig=AHIEtbSDt_7K8aI9-9EXUzpGIw4zw1aEdw
http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/015.pdf
Questão 20
A paralisia braquial obstétrica do tipo Erb-Duchenne cursa com déficit funcional principalmente
para
(A) rotação medial de ombro.
(B) extensão de punho.
(C) rotação lateral de ombro.
(D) extensão de dedos.
Pacientes com paralisia de Erb Duchenne, apresentam uma postura característica com o braço
ao lado do corpo, em rotação interna com antebraço estendido e pronado, conhecida como
“postura da gorjeta do garçom”. A paralisia do bíceps braquial é a principal causa desta
posição.
Ora, se o braço está rodado internamente, o déficit existente está no movimento oposto a esta
postura viciosa. Portanto, o déficit funcional está relacionado a rotação lateral do braço.
Gabarito: Alternativa C