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INTENÇÃO ÉTICA – intenção significa tender para alguma coisa, neste caso, tender para um
fim moral, bom. A intenção ética é uma intenção boa, está de acordo com o bem.
A intenção deriva da nossa interioridade (ao contrário das normas), pelo que é
conscientemente aceite e assumida por cada um de nós e é o fundamento interior da acção.
A intenção ética permite ao agente estabelecer os princípios do seu próprio agir, os quais são
racionalmente estabelecidos.
NORMA JURIDICA – apresenta-se escrita, sob a forma de códigos e de leis. É coativa, isto é,
é acompanhada pela imposição de penas e punições de ordem física e financeira (privação de
liberdade e multas), em caso de incumprimento. Assim, a sua aceitação é obrigatória e a
infração da mesma implica uma penalização externa.
Cumprir com a norma jurídica é agir legalmente, mas nem tudo o que é legal é moral. Há
normas jurídicas injustas – caso das leis de segregação racial, de leis que discriminam
conforme o género, etnia ou orientação sexual. Nestes casos, e em outros similares,
verificamos que uma ação não é moralmente correta só porque é legalmente admitida ou
moralmente incorreta só porque é ilegal.
A diferença entre moral e direito não impede que ambas possam em muitos casos funcionar
conjuntamente. É o que se constata em casos de leis contra o assassinato, difamação,
roubo….
Conceito de Pessoa
Singularidade – cada pessoa é única, é diferente dos demais. Para além do seu aspecto físico
e dos seus comportamentos em que se manifestam influências do meio social, cada pessoa
tem um núcleo irredutível, que se mantém permanente e que constitui propriamente o seu eu,
distinguindo-o de qualquer outro.
Dignidade – a pessoa é um valor incomensurável. Ela ocupa o lugar cimeiro no conjunto dos
seres do universo, não se submetendo em dignidade a nenhum deles. Neste sentido, a pessoa
é a mais elevada forma de existência e tem valor absoluto, diferentemente dos outros seres,
que apresentam graus relativos de valor.
A pessoa é um fim em si mesmo, tem um valor fim, não pode ser considerada um valor meio.
Vale pelo facto de ser pessoa. Assim, pessoa e objecto diferenciam-se totalmente.
Abertura - a pessoa é um ser aberto, em constante diálogo com os outros. A pessoa está
receptiva e disponível para os outros sem esperar algo em troca.
Critica – a pessoa dispõe de uma dimensão critica com que avalia os mais diversos aspectos
da vida, procurando transformá-la de acordo com aquilo em que acredita, é capaz de dizer
“não” ao que lhe parece negativo.
Consciência moral:
Por um lado, cresce à medida que o indivíduo interioriza as regras e padrões do grupo
(heteronomia)
Por outro, amadurece e assume-se como uma dimensão pessoal no sentido em que
cada um se autodetermina por princípios racionalmente justificados (autonomia).
Há, pois, uma interação entre as estruturas do indivíduo e as influências do meio social, uma
articulação do querer individual com os padrões sociais, que conduz à transformação do
individuo em pessoa.