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Nome do Papper: Análise Funcional da música “Aeroplanes” de B.O.B.

Autor da análise da música: Psicólogo/Analista do Comportamento Jorge Fatia.


Tradução: Psicólogo/Analista do Comportamento Jorge Fatia;
Email: analise.do.comportamento@vodafone.pt
Revisto Musicalmente por: Sérgio Strat da Euromusic.
Email: euromusica.lisboa@gmail.com
Nome da Canção: B.o.B - Airplanes
Nome dos artistas: Hayley Williams of Paramore
Compositores: Justin Franks / Jeremy Dussolliet / Timothy Sommers / Christine Dominguez /
Bobby Ray Simmons / Alexander Junior Grant (Fonte: Google).
Editora: © Warner/Chappell Music, Inc, Universal Music Publishing Group (Fonte: Google).
Ano da publicação no Youtube:
Ano da Análise: 2018
Âmbito da Tradução e Publicação: Não lucrativa para a Scribd, outros direitos estão reservados ao
autor Psicólogo Jorge Fatia
Link da música no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=kn6-c223DUU&list=RDMMkn6-
c223DUU
É considerado norma em Psicologia a análise de obras culturais, Freud foi um dos pioneiros com a
sua obra “Uma Recordação de Infância de Leonardo da Vinci” 1, bem como Skinner utilizando uma
metodologia sistemática de análise dos comportamentos ditos comuns em “Verbal Behavior” 2 e em
“Ciência e Comportamento Humano”3. Mais recentemente Pereira4 em território nacional faz
análises utilizando uma metodologia sistemática da AC analisando provérbios 5, filmes6 e livros7 no
seu bloggue.
É comum considerar-se a cultura como tudo aquilo que o homem fez ou faz e transmite aos seus
semelhantes. Esta definição é demasiado abrangente, sendo que para Skinner a cultura baseia-se
num processo de reforço positivo de práticas culturais, i.e., que inclua pelo menos duas pessoas, de
forma similar ao episódio verbal, um transmissor e um receptor, em linguagem tecnicista da Análise
do Comportamento (Doravante designada de AC), designaríamos de falante e de ouvinte, não sendo
por acaso que de forma genérica em África a persistência da cultura oral não tenha paralelo em
outras partes do globo, revelando que esta tradição remete aos primórdios da humanidade. Contudo,
a tradição oral da cultura persiste em graus distintos em todas as culturas do globo e sendo
horizontalmente visível na acesas discussões futebolísticas que antecedem os grandes dérbis (e.g.
Sporting Clube de Portugal e Sporting Lisboa e Benfica e Futebol Clube do Porto), a
horizontalidade pressupõe que falante e ouvinte encontrem-se em papel de igualdade, dão-se como
se diz coloquialmente a mesma importância e verificando-se ainda a nível vertical, entre pai e
filho/a, em que o pai assumindo o papel de falante transmite conhecimento e porque não dizer amor,
será que não podemos dizer que o amor também não é cultura, se assumir-mos que transmitimos
aos filhos topografias, i.e., formas, estruturas de cuidar, de se preocupar com... os filhos/as,
baseando-se em modelagem e com uma função construtiva da identidade e personalidade da
criança que deverá basear-se principalmente em Reforço Positivo (Doravante designado de R+) de
forma genérica. A metáfora verbal aplicada à cultura além de não deixar de fora outras formas de
demonstração da cultura, como o grafite, as artes marciais, entre outras formas, não se restringe
unicamente à tradição oral nem assume o papel de falante e de ouvinte de forma estática como se
pode pressupor-se na representação gráfica do episódio verbal, comummente designado de “pedido
de copo de água” de Skinner 8, tendo o autor advertido para a complexidade da interação verbal e
para o intercâmbio de papeis como também pode ser visto na representação gráfica 9. A análise
1 Freud, S. F. (1910). Uma Recordação de Infância de Leonardo da Vinci. Relógio d´e Água.

2 Skinner, B. F. (1956). Verbal Behavior. OCLC: 251221179


3 Skinner, B. F. (1970). Ciência e Comportamento Humano. Unb
4 http://psicologojorgefatia.blogspot.pt
5 http://psicologojorgefatia.blogspot.pt/p/proverbios.html
6 http://psicologojorgefatia.blogspot.pt/p/blog-page_21.html
7 http://psicologojorgefatia.blogspot.pt/p/leituras-aconselhadas.html
8 Skinner, B.F. (1956). Verbal behavior
9 “”.
verbal remete para um outro termo caro em AC o comportamento governado por regras, sendo que
este remete na área cultural a um conjunta vasto de comportamentos de valorização do património
cultural visível numa forma de agência 10 na Revista Cultural de Lisboa 11 emitida pela Câmara
Municipal de Lisboa, Lisboa-capital de Portugal e de uma forma individual pelo Psicólogo e
Analista do Comportamento Jorge Fatia na sua página oficial do facebook 12 a qual apresenta
sugestões Culturais em Lisboa.
A música como um dos exponentes máximos de arte com milhares de anos de expressão na cultura
humana não deixa de estar de fora dessa análise. O presente paper debruça-se sobre a canção
intitulada “Aeroplanes” de Bobby Ray Simmons Jr.
Bobby Ray Simmons Jr. Nasceu em 15 de Novembro de 1988 nos Estados Unidos da América de
Decatur13 Georgia, tendo nascido em Winston-Salem no Estado da Carolina do Norte, o seu nome
profissional é B.O.B., é rapper, cantor e produtor 14. B.O.B. Ficou conhecido pelo lançamento do
single “Nothin´on You” tendo alcançado a número 1 nos music charts dos Estados Unidos da
América e Reino Unido, mais tarde lançou o terceiro single “Airplanes”, lançado em 13 de Abril de
2010 acompanhado por Hayley Williams no qual nos debruça-mos neste artigo, tendo alcançado
vários music charts.

Passamos a apresentar estruturalmente a música, ela é constituída por 477 palavras e 2638
carateres15. Segundo Skinner a unidade de análise verbal não corresponde à forma gramatical, mas
antes à função do comportamento, por isso mesmo ao acompanharem a análise da letra da música,
necessitam que esta seja acompanhada da música e da letra na forma integral, para uma melhor
compreensão.

A música é dividida em 6 partes (Conf. Gráfico 1), sendo o primeiro ausente de voz humana, sendo
apenas instrumental ou playback, as restantes 5 partes da música seguem a ordem das estrofes,
conseguindo distinguir-se a voz dominante em cada período (Conf. Tabela 1). O primeiro tempo é
apenas instrumental de duração de 9 segundos, a voz feminina é dominante no 2ª, 4ª e 6ª parte
(embora quem finalize a musica é B.O.B.), enquanto a voz masculina é dominante no 3ª, 5ª e 6º
parte.

Gráfico 1- Tempos da Música e Segundos associados

10 Agência deve ser entendida na forma skinneriana do termo.


11 Revista Cultural de Lisboa. Câmara Municipal de Lisboa
12 www.facebook.com/psicologojorgefatia
13Decatur (33° 46′ 17.04″ N, 84° 17′ 52.08″ W) um condado que existe na Geórgia, Estados Unidos da América com
uma população de 27.842 habitantes, 13.605 do sexo masculino e 14.237 do sexo feminino.
14 Www.pt.wikippedia.org/wiki/B.o.B.
15 Os carateres incluem letras, sinais de pontuação e espaços.
Períodos da Música e Segundos associados
178
200
133
150
93
100 71 Segundos
29
50 9
0
0 1 2 3 4 5 6 7

Tabela 1 – Tempos da Música e Voz Dominante Associada


Tempos da Música Voz Humana
1 SVH/I
2 VF
3 VM
4 VF
5 VH
6 VF
Legenda: SVH/I = Sem Voz Humana/Instrumental/Playback; VF= Voz Feminina; VM= Voz Masculina.

Uma forma de análise da AC é a probabilidade da resposta, nesse sentido esta música apresenta um
refrão que se repete 3 vezes as palavras/expressões dominantes por ordem de grandeza são desejo
agora (6), céu noturno (2), fingir (2), aviões (2), estrelas cadentes (3).
O desejo é expresso no tempo presente, o que revela a urgência deste, o que se comprova na sua alta
frequência de resposta, parecendo um comportamento não delineado porque as outras
palavras/expressões têm uma frequência mais diminuída na ordem das 2, o que revela a diferença
entre desejo e comportamento expresso, o cantor revela se surgir-se seria durante o ceú noturno, o
que é curioso pois a o sucesso de fuga bem sucedida será sempre maior durante a noite do que
durante o dia, o refrão continua, a fingir que os aviões são estrelas cadentes, i.e., o organismo revela
um desejo forte, não parecendo o que Skinner revela “como ver na ausência da coisa vista”, mas
antes uma substituição de estímulos parcial porque como o autor (B.O.B.) revela fingir que, aviões
por estrelas cadentes, algumas caraterísticas entre os estímulos são, serem objetos que percorrem o
céu a grande velocidade, serem reluzentes ou semi-reluzentes durante a noite (e.g. Aviões possuem
luzes de sinalização e de anti-choque), essa similitude não é expressa é inferida pelo AC, como todo
o comportamento humano ou animal é sempre inferido, por mais cientifico e sistemático que seja.
Após o primeiro refrão, a letra continua com “sim, sim”, mais uma vez se denota a intensidade do
comportamento, que noutros contextos poderia ter uma conotação sexual, mas no caso concreto
refere que poderia “usar um sonho ou génio ou um desejo” para voltar a um lugar mais simples,
revelando que o cantor emite um mando mágico, não exatamente especificando todos os termos da
contingência se...então, mas antes se...para.
O cantor continua a especificar o porquê do mando mágico, porque no presente existem “festas,
esmagamentos e colisões”, bem como com “brilho, glamour e moda”, o que parece revelar um
misto de contingências entre punição e reforço positivo respetivamente e com consequências
negativas, i.e., “desaparece na multidão”.
Ele “espera, mas as pessoas nunca o chamam de volta”, o que parece indicar que não existe retorno
do comportamento, além da espera, poderemos estar face a um episódio de extinção, o organismo se
comporta e não é reforçado, e o cantor continua “é assim que a história se desenrola”, reforçando
assim o comportamento verbal, mas contradiz-se “recebe outra mão logo após voçê cair”, não sendo
uma questão de esperança para o cantor, mas antes um ato consumado, utilizando um tato, uma
expressão metafórica corporal, quando caído alguém o ergue com a mão.
Face à revelação dos planos, que antecipam o comportamento o cantor cria uma estimulação
suplementar “o que voçê deseja?”, para emitir assim uma resposta e nas estrofes seguintes continua,
mas não justificando que está a caminho do avião, “não feche esse portão”, o que parece revelar
alguma urgência ou que está atrasado, talvez esteja a correr ou a andar a passo acelerado, e continua
“se eu não fizer isso”, então vai mudar o seu voo, revelando que se não fizer de uma forma faz de
outra, e repete o comportamento, quando? No final da noite.
A letra continua com o refrão anteriormente analisado, posteriormente, a letra continua com “sim,
sim”, mais uma vez se denota a intensidade do comportamento, que noutros contextos poderia ter
uma conotação sexual, mas no caso concreto refere que poderia voltar a um lugar mais simples, em
que o trabalho não era pago, não recebendo dinheiro não era esse o seu reforço, podemos especular
que era o gozo, como se diz no Brasil as coisas eram feitas “à sua maneira”, associadas a sensações
corporais de prazer e porque não de convivência social.
O cantor continua referindo que “antes de alguma vez importar o que eu tinha no banco”,
reafirmando que não era o dinheiro o seu reforço e que até cantou no metro, mas que “era um
inferno”, tal como hoje, mas por outros motivos, “para permanecer relevante”, o que no mundo na
música, serão as vendas, o reconhecimento público, concertos e entrevistas, o que em primeiro lugar
parece uma contradição, vendas e concertos envolvem dinheiro, por isso de alguma forma o
dinheiro é também um reforço generalizado. Podemos especular no caso concreto que
comportamentos similares em contextos distintos (e.g. Metro e concerto) têm aqui a mesma função
a sobrevivência individual.
A letra continua com imaginação “se se pode fazer desejos fora dos aviões”, associando aviões com
desejos e que estes podem ser feitos nos aviões e fora deles será possível? Revelando que o mando
mágico é feito em vários contextos. Ainda no “se” o cantor quer voltar aos dias antes das políticas e
de ouvirem as suas fitas, revelando que o seu comportamento de desejar voltar atrás no tempo
possui vários mecanismos psicológicos de fuga, procura pela simplicidade, antes do dinheiro, do
reconhecimento e das políticas, a força do comportamento também parece revelar-se na expressão
idiomática, vulgo asneira.
O cantor trai-se quando refere que isso é para Decatur de Bobby Ray, o que parece indicar que ele já
não é a mesma pessoa, evoluiu e reforça a ideia cantando que “aqui permanece”, revelando
consciência que está no presente, desejo é uma coisa, realidade é outra, mas continua na
contradição, no desejo “que possamos fazer alguns desejos fora dos aviões”, o que parece indicar,
embora sem confirmação de que atualmente passa um tempo considerável em aviões,
possivelmente em digressões.
O desejo continua nas estrofes seguintes e que este pode ser utilizado, revelando mais uma vez a
abundância de mandos mágicos. O desejo passa a “gosto” mas desta feita de estrelas cadentes, que
como anteriormente se viu é uma substituição de estímulos parcial porque como o autor revela
fingir que, aviões por estrelas cadentes, algumas caraterísticas entre os estímulos são, serem objetos
que percorrem o céu a grande velocidade, serem reluzentes ou semi-reluzentes durante a noite.
O cantor finaliza a canção reforçando a ideia que é o próprio que deseja, “eu, eu, eu” e que pode
“utilizá-lo” o desejo e “agora”.

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