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NR 01 DISPOSIÇÕES GERAIS

Estabelece que as Normas Regulamentadoras sobre Medicina e


Segurança do Trabalho devem ser cumpridas por todas as empresas privadas
e públicas, pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como
os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam trabalhadores
empregados de acordo com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Estabelece, também, que a Secretaria de Segurança e Saúde no


Trabalho – SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar,
orientar, controlar, supervisionar e ainda fiscalizar o cumprimento dos preceitos
legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o
território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes
do Trabalho – CANPAT e o Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT.

Define ainda que, a Delegacia Regional do Trabalho – DRT é o órgão


regional competente para executar as atividades relacionadas com a
segurança e medicina do trabalho e determinar as responsabilidades do
empregador e empregados.

Determina que, cabe ao empregador cumprir, fazer cumprir e elaborar


ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, além de informar aos
trabalhadores sobre os riscos nos locais de trabalho; os meios de prevenção
para tais riscos; os resultados dos exames médicos e complementares e os
procedimentos a serem tomados em caso de acidente ou doença relacionada
ao trabalho.

Por fim, cabe ao empregado, cumprir as disposições legais e


regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de
serviço solicitadas pelo empregador; fazer o uso do EPI; assim como submeter-
se aos exames médicos previstos e colaborar com a empresa na aplicação das
Normas Regulamentadoras.

NR 02 INSPEÇÃO PRÉVIA
Determina que todo o estabelecimento novo, antes de iniciar suas
atividades deve solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do
Ministério do Trabalho, que emitirá o Cerificado de Aprovação de Instalações –
CAI. Caso não seja feita a inspeção prévia antes de o estabelecimento iniciar
suas atividades, a empresa poderá encaminhar uma Declaração das
Instalações do Estabelecimento Novo, ao órgão regional do Ministério do
Trabalho. Por fim, a empresa deverá comunicar e solicitar aprovação do órgão
regional do Ministério do Trabalho quando ocorrer modificações nas
instalações e/ou equipamentos.

NR 03 EMBARGO OU INTERDIÇÃO

O estabelecimento, setor de serviço, máquinas e equipamentos que


oferecerem risco grave ou iminente ao trabalhador, poderão ser
interditados/embargados pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Durante
a interdição ou embargo, podem ser adotadas medidas de proteção adequadas
aos trabalhadores envolvidos. Em caso de paralisação decorrente da
imposição de interdição ou embargo, os empregados devem continuar
recebendo os salários como se estivessem trabalhando.

NR 05 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Objetivo - a CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e


doenças decorrentes do trabalho, preservando a vida e promovendo a saúde
do trabalhador.

Constituição - qualquer instituição que admita trabalhadores como


empregados deve possuir uma CIPA, havendo mais de um estabelecimento de
uma mesma empresa no mesmo município, as normas deverão ser difundidas
para a segurança de todos.
Organização - a CIPA será composta de representantes do empregador
e dos empregados. Os representantes dos empregadores serão por ele
designados, já o dos empregados serão eleitos por votação. O número de
membros da CIPA varia de acordo com o número de funcionários de cada
empresa e suas respectivas áreas de atuação, estando explicitado no Quadro 1
dessa NR, quando não se for enquadrado no quadro 1 a empresa deverá
designar um responsável para o cumprimento dos objetivos desta NR com
ajuda dos empregados.

O mandato dos membros da CIPA tem duração de um ano, os


funcionários com cargo de direção não podem ser dispensados sem haver uma
justa causa. Após protocolizadas as atas de eleição, a CIPA não poderá ter seu
número de representantes reduzidos, mesmo com a diminuição do número de
funcionários da empresa, assim como não poderá ser desativada, exceto no
fechamento do estabelecimento.

Atribuições - a CIPA deverá identificar os ricos do processo de trabalho,


elaborando um mapa, criando soluções preventivas estimulando a segurança e
saúde do trabalhador. Divulgar aos trabalhadores informações relativas à
segurança no trabalho.

Funcionamento - a CIPA deverá ter reuniões ordinárias mensais, sempre


assinadas pelos presentes, as atas ficam no estabelecimento a disposição dos
Agentes de inspeção do Trabalho. Irá haver reuniões extraordinárias em caso
de acidentes graves de trabalho ou denúncias de risco.

As decisões da CIPA serão tomadas em consenso, não havendo um, é


estabelecida uma votação.

Treinamento - a empresa deverá promover um treinamento aos


membros da CIPA dentre no máximo os 30 dias após a posse.

Tal treinamento deve contemplar os seguintes itens:

-Estudo do ambiente de trabalho e seus riscos;


-Noções sobre acidentes e doenças do trabalho;

-Noções sobre AIDS e medidas de prevenção;

-Noções sobre legislação trabalhista e medidas previdenciárias relativa a


segurança e saúde no trabalho.

O treinamento terá carga horária de 20 horas e poderá ser ministrado


pelo SESMET, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional
que possua conhecimento sobre os temas.

Contratantes e contratadas - sempre que duas empresas atuarem em


um mesmo estabelecimento a empresa contratante e contratada e suas
respectivas CIPAS deverão adotar medidas de forma integrada. A empresa
contratante deverá adotar medidas de forma que todas as empresas ali
contratadas recebam informações sobre os riscos de trabalho naquele local,
além de suas medidas de proteção, a mesma deve acompanhar o cumprimento
das medidas de segurança e saúde no trabalho dos contratados.

NR 08 EDIFICAÇÕES

A NR abrange as edificações já construídas, determinando as exigências


necessárias para o conforto, segurança e salubridade dos trabalhadores do
local.

Pé-direito – é a altura livre do piso ao teto, segundo o artigo 171 da CLT,


os locais deverão ter no mínimo 3 metros. Já a NR8 é estabelecida de acordo
com as posturas municipais.

Pisos dos locais de trabalho – não devem apresentar depressões, a


resistência dos pisos deve ser suficiente para suportar as cargas, pisos
escorregadios devem possuir materiais antiderrapantes e aberturas em pisos e
paredes devem ser protegidas.

Proteção contra intempéries - as partes externas ou independentes das


edificações devem possuir isolamento térmico, isolamento e condicionamento
acústico, resistência estrutural e impermeabilidade, pisos e paredes de trabalho
devem ser, quando necessário, impermeabilizados, e protegidos contra a
umidade. No local de trabalho devem conter proteção contra chuva, e insolação
em excesso ou falta de insolação.

NR 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM


ELETRICIDADE

Essa norma estabelece as medidas de controle e prevenção, a fim de


garantir a saúde e segurança do trabalhador direto ou indireto, em instalações
elétricas e serviços com eletricidade.

Campo de aplicação – aplica-se as fases de geração, transmissão,


distribuição e consumo de energia e em trabalhos realizados nas proximidades
de instalações elétricas.

Medidas de controle - Medidas de proteção coletivas devem ser


previstas e adotadas prioritariamente mediante a procedimentos, as atividades
a serem desenvolvidas de forma a garantir a segurança e saúde dos
trabalhadores. A medida de proteção individual deve ser utilizada quando a
medida coletiva for inviável. Nesse caso, deve-se fazer o uso de Equipamento
de Proteção Individual (EPI) e vestimentas adequadas. O uso de adornos
pessoais é proibido, devido a sua capacidade condutiva. O empregador deve
dispor do Prontuário de Instalações Elétricas (PIE), que é um documento com
todas as informações específicas sobre as instalações elétricas do
estabelecimento e instruções técnicas e administrativas de saúde e segurança.

NR 12 SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E


EQUIPAMENTOS

Esta norma e seus anexos definem referências técnicas, princípios


fundamentais e medidas de proteção a fim de garantir a saúde e integridade
física dos trabalhadores, estabelecendo requisitos mínimos para a prevenção
de acidentes e doenças no trabalho desde a fase do projeto até o desmonte da
máquina ou equipamento.

O empregador é responsável pela adoção de medidas de proteção


coletiva, administrativa e individual. Em casos onde pessoas com deficiência
estiverem envolvidas direta ou indiretamente com o trabalho com máquinas, o
empregador também deverá ser o responsável pela efetivação das medidas de
proteção.

Arranjo físico e instalações – as vias principais de circulação devem ser


mantidas desobstruídas e demarcadas, devendo ter, no mínimo, 1,20m de
largura, assim como as vias que conduzem às saídas. A distância mínima entre
as máquinas deve garantir a segurança dos trabalhadores. As máquinas
móveis que possuem rodízios devem possuir travas em pelo menos dois dos
rodízios. Não deve ocorrer transporte e movimentação aérea de materiais em
área onde haja trabalhadores.

Instalações e dispositivos elétricos – as máquinas devem ser projetadas


de modo a prevenir os perigos de choque elétrico, incêndio e explosão. Os
quadros de energia devem possuir porta de acesso permanentemente fechada,
sinalização quanto ao perigo de choque e identificação dos circuitos com
proteção.

Dispositivos de partida, acionamento e parada – devem ser projetados


de modo que: não se localizem em zonas perigosas, não possam ser burlados,
impeçam o acionamento ou desligamento involuntário e possam ser acionados
ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o
operador.

Sistemas de segurança – proteções fixas, móveis e dispositivos de


segurança compõem o sistema de segurança da zona de perigo das máquinas.
Elas devem atender os requisitos estabelecidos, (categoria de segurança,
responsabilidade e conformidade técnica, conformidade, instalação, vigilância
automática e paralisação de meios perigosos).
Dispositivos de parada de emergência – devem garantir a parada da
operação a fim de evitar situações de perigo latentes e existentes. Os
dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como
dispositivo de partida ou de acionamento.

Meios de acesso permanentes – as máquinas devem possuir meios de


acesso permanentemente fixados e seguros, são considerados meio de
acesso: elevadores, rampas, passarelas, plataformas e escadas de degraus.
No caso de impossibilidade dos meios previstos, poderá ser utilizada a escada
fixa tipo marinheiro.

Componentes pressurizados – devem ser localizados e protegidos para


que no caso de ruptura e vazamento de fluidos não provoque acidentes de
trabalho. As mangueiras dos sistemas pressurizados devem possuir indicação
de pressão máxima de trabalho admissível determinada pelo fabricante.

Transportadores contínuos de materiais – são esteiras para transportes


de materiais, que devem possuir em toda sua extensão dispositivos de parada
de emergência. Alguns transportadores poderão ser dispensados dessa
exigência. A permanência e circulação de pessoas SOBRE os transportadores
são permitidas desde que sejam feitas por meio de passarelas. A permanência
e circulação SOB os transportadores são permitidas desde que haja proteção
adequada contra queda de materiais.

Aspectos ergonômicos – levam em consideração boas condições de


trabalho para o operário. As máquinas devem ser construídas levando em
consideração as necessidades de adaptação e a natureza do trabalho. O ritmo
de trabalho e a velocidade das máquinas deve ser compatível com a
capacidade física dos operadores.

Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparo – a periodicidade


das manutenções preventivas devem ser determinadas pelo fabricante.
Manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio,
ficha ou sistema informatizado, contendo informações como: cronograma,
serviço realizado, nome do responsável, data, peças reparadas ou substituídas
e condições de segurança do equipamento.
Sinalização – a sinalização de segurança compreende os símbolos,
inscrições, sinais luminosos e sonoros, e devem estar presentes em
instalações e equipamentos. As inscrições devem indicar claramente o risco e a
parte da máquina a que se referem, não devendo ser utilizada somente a
inscrição de “perigo”.

Manuais – o manual de instruções deve ser fornecido pelo fabricante do


equipamento, e conter instruções sobre a segurança em todas as fases de
utilização da máquina. Deve ser escrito de forma clara e objetiva e com
disponibilidade para todos os usuários no local de trabalho.

Capacitação – a capacitação do operário para realizar o trabalho com o


equipamento deve ser fornecida pelo empregador, devendo ocorrer antes do
trabalhador assumir o cargo, ter carga horária mínima (máximo de 8 horas
diárias), ter conteúdo programático e ser ministrada por trabalhadores ou
profissionais qualificados. As capacitações de reciclagem devem ocorrer
quando tiver modificações significativas nas instalações ou operações das
máquinas, e devem ser ministradas dentro do horário normal de trabalho.

NR 13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES

(Última atualização: Portaria SIT n 594, de 28 de abril de 2014)

Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular


vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia.
Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna
ou externa, diferente da pressão atmosférica. Tubulações são os conjuntos de
linhas destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma
unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão. Tanto as
caldeiras quanto os vasos de pressão são equipamentos de grande utilidade
em diversos processos industriais. No entanto, em virtude de sua operação sob
pressão, e no caso das caldeiras, também sob calor, podem ser causas de
graves acidentes, motivo pelo qual seu projeto, instalação, operação e
manutenção devem observar rígidos procedimentos de segurança. A operação
desses equipamentos também exige a instalação de diversos dispositivos de
segurança e controle, a manutenção de registros e documentações
atualizados, profissionais qualificados e a realização de diversas inspeções.

No início do século XIX, inúmeros acidentes ocorridos com


equipamentos sob pressão, principalmente caldeiras, levaram à necessidade
de se elaborarem códigos de projeto que garantissem condições seguras de
operação e manutenção desses equipamentos. Existem atualmente vários
códigos de projeto de caldeiras, vasos de pressão e tubulações, que são
reconhecidos nacional e internacionalmente, como o código ASME (American
Society of Mechanical Engineers), ANSI (American National Standards
Institute) e JIS (Japanese Industrial Standards). Várias exigências constantes
na NR13 têm fundamentação técnica baseada nos códigos ASME e ANSI.

Um dos parâmetros a ser observado durante a vida útil das caldeiras e


dos vasos de pressão é a integridade estrutural desses equipamentos, em
razão do processo de degradação sofrido por seus componentes ao longo de
sua vida útil. Falhas estruturais podem ocorrer também em virtude de erros de
projeto, inobservância das especificações técnicas na fase de fabricação ou
condições de operação e manutenção incorretas. Por esses motivos, a NR13
estabelece os requisitos mínimos que o empregador deve adotar nos
procedimentos de gestão da integridade estrutural das caldeiras a vapor,
vasos de pressão e respectivas tubulações de interligação, durante todo o seu
ciclo de vida de forma planejada e controlada, a fim de garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores. Destaco que a avaliação da integridade estrutural
subsidia não somente sua operação segura, mas também serve de parâmetro
de projeção da vida remanescente e eventuais reparos para alcançá-la. No
caso de caldeiras, um dos mecanismos que podem comprometer a integridade
estrutural é a falta de tratamento ou o tratamento inadequado da água utilizada
para geração do vapor, que pode provocar oxidação e incrustações nas
paredes internas, diminuindo sua espessura e, consequentemente, alterando
ou excedendo os limites originais de projeto. Outros fatores como fadiga,
processos de soldagem inadequados e até mesmo mecanismos combinados
(corrosão-fadiga) também podem comprometer a integridade estrutural.
Destaco que a NR13não contém disposições sobre o projeto ou características
construtivas de caldeiras, vasos de pressão ou tubulações, sendo apenas
exigido que sejam atendidas as especificações contidas nos códigos de projeto
pertinentes.

Caldeiras - como vimos, as caldeiras a vapor são equipamentos


destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica,
utilizando qualquer fonte de energia. O vapor é gerado por meio da energia
térmica fornecida à água da caldeira pela queima do combustível (fonte de
energia). Dessa forma, para fins de aplicação da NR13, todos os equipamentos
que simultaneamente geram e acumulam vapor são abrangidos pela norma. As
caldeiras devem ser projetadas conforme códigos de projeto pertinentes.
Refervedores e equipamentos similares, apesar de gerarem vapor, não devem
ser considerados caldeiras, pelo fato de não acumularem vapor.

O vapor gerado e acumulado pela caldeira pode ser vapor de água ou


outro fluido. No entanto, a maioria das caldeiras gera vapor a partir da água,
por vários motivos, dentre eles, baixo custo de obtenção, segurança e alto calor
específico (alta capacidade de absorção de calor).

Existem caldeiras de vários tamanhos, que variam em função da


capacidade de armazenamento do vapor.

Para gerar vapor é necessária uma fonte de calor que, segundo a NR13,
pode ser qualquer fonte de energia. As fontes de energia utilizadas no
aquecimento das caldeiras podem ser líquidas (caldeiras a óleo diesel),
gasosas (caldeiras a gás), ou sólidas (caldeiras a carvão mineral ou vegetal).
Existem também caldeiras que utilizam energia elétrica como fonte geradora de
calor.

Mas por que gerar vapor? Porque pelo vapor será obtido o calor que
será utilizado em inúmeros setores da atividade econômica, por exemplo,
hotéis, hospitais, indústrias metalúrgicas, frigoríficos, indústrias alimentícias,
usinas de açúcar e álcool, indústrias de papel e celulose etc. Além de ser
utilizado para aquecimento, o vapor pode ser empregado para produção de
trabalhos mecânicos.

Como o vapor é gerado? A produção do vapor em uma caldeira inicia-


se primeiramente com o fornecimento de calor (pela queima do combustível) à
água, através das paredes metálicas da caldeira. Uma vez aquecida, a água
passará do estado líquido para o gasoso, produzindo o vapor d’água, que será
usado como agente transportador de calor.

As caldeiras que produzem vapor pela queima de combustíveis podem


ser classificadas em dois grupos básicos, de acordo com o conteúdo nos tubos:

- Flamotubulares: os gases quentes, resultantes da combustão,


circulam no interior dos tubos, vaporizando a água que circula por fora destes.

- Aquatubulares: os gases circulam por fora dos tubos e a vaporização


da água ocorre dentro destes.

Vasos de pressão - vasos de pressão são equipamentos que contêm


fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da pressão atmosférica. Em
poucas palavras, vasos de pressão são reservatórios que armazenam fluidos
pressurizados. Esses fluidos podem ser líquidos, gases ou uma mistura deles.
Os vasos podem ser construídos de diversos materiais (fibra de vidro, aço
inoxidável, alumínio, entre outros) e formas geométricas variadas (esferas,
cilindros, entre outros), dependendo do uso a que se destinam.

Aqui temos uma das grandes diferenças entre Caldeiras e Vasos de


Pressão: Enquanto as Caldeiras geram e armazenam vapor, os Vasos de
Pressão somente armazenam fluidos.

Tal como as caldeiras, os vasos de pressão também estão envolvidos


em vários processos produtivos e em diversos setores da atividade econômica,
por exemplo, frigoríficos, sistemas de refrigeração, indústria automobilística,
indústria alimentícia, metalurgia, siderurgia, mineração etc. Segundo o
Glossário, são considerados vasos de pressão: permutadores de calor,
evaporadores e similares; vasos de pressão ou partes sujeitas à chama direta
que não estejam dentro do escopo de outras NR, nem dos itens 13.2.2 e
13.2.1, alínea “a” da norma; vasos de pressão encamisados, incluindo
refervedores e reatores; autoclaves e caldeiras de fluido térmico.

Tubulações - o termo tubulações se refere ao conjunto de linhas,


incluindo seus acessórios, projetadas por códigos de projeto específicos,
destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma
unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão. A
necessidade da existência das tubulações se deve ao fato de que o ponto de
geração ou de armazenagem dos fluidos geralmente se localiza em um ponto
distante de onde será utilizado. Nesse sentido, as tubulações servem para
interligar, além das caldeiras e vasos de pressão, os demais equipamentos de
um processo industrial, como tanques, bombas, trocadores de calor etc.

NR 14 FORNOS

Trata sobre a utilização dos fornos de maneira geral. De acordo com


norma os fornos devem ser construídos separadamente e revestidos de
material refratário para que o calor não ultrapasse os limites estabelecidos na
norma regulamentadora 15. As fontes de calor podem ser por combustíveis
gasosos ou líquidos, ou por energia elétrica.

A norma determina ainda que para uma maior precaução os fornos


devem possuir sistema de proteção para que não ocorra explosão por falha da
chama no aquecimento, quando acionado o queimador e o retrocesso da
chama em fornos que utilizam combustíveis gasosos ou líquidos.

NR 15 ATIVIDADES OU OPERAÇÕES INSALUBRES

Atividades ou operações insalubres são aquelas que podem vir a causar


danos ao trabalhador. Para serem consideradas atividades insalubres elas
devem estar acima dos limites de tolerância previstos como os ruídos, calor,
agentes químicos, radiações ionizantes ou poeiras. Ou comprovadas por laudo
de inspeção realizado no local de trabalho através de laudo técnico do
engenheiro em segurança do trabalho ou médico do trabalho devidamente
habilitado.

Segue a lista dos anexos sobre atividades insalubres:

Anexo Titulo
1 Limite de tolerância para ruído
continuo ou intermitente.
2 Limite de tolerância para ruídos de
impacto
3 Limite de tolerância para exposição
ao calor
4 Revogado
5 Radiações ionizantes
6 Trabalho sob condições hiperbáricas
7 Radiaçoes não ionizantes
8 Vibrações
9 Frio
10 Umidade
11 Agentes químicos cuja insalubridade
é caracterizada por limite de
tolerância e inspeção no local de
trabalho
12 Limite de tolerância para poeiras
minerais
13 Agentes químicos
13-A Benzeno
14 Agentes biológicos
OS anexos importantes em UAN são 1, 3, 7, 9,10.

Anexo 1

Versa sobre os ruídos contínuos ou intermitentes medidos em decibéis e


não podem estar acima dos limites de tolerância estabelecidos em tabela fixada
em lei. Dentro de uma Unidade de Alimentação e Nutrição os ruídos podem ser
detectados facilmente, como a utilização de liquidificadores, batedeiras,
centrífugas, panelas de pressão, dentre outras máquinas.

Os limites alteram entre os decibéis e a exposição diária por horas.


Podem ser de 85db por 8 horas por dia e até 115db por 7 minutos.

Anexo 3:

A exposição ao calor é avaliada por termômetros de bulbo úmido natural,


de globo ou de mercúrio comum. As medidas são feitas no local onde o
trabalhador atua, na altura do corpo onde o calor é mais sentido.

As avaliações são feitas através da equação do “Índice de Bulbo Úmido


Termômetro de Globo” Após a equação o índice obtido é comparado ao quadro
determinado na norma.

Anexo 7:

A utilização de radiações não ionizantes como micro-ondas sem a


proteção adequada será considerada uma atividade insalubre após a inspeção
no local onde a atividade é exercida.

Anexo 9:

Atividades em câmaras frias, como frigoríficos, que exponham os


trabalhadores ao frio sem a proteção adequada será considerada uma
atividade insalubre. Em UAN’s devem se atentar a utilização correta dos EPI’s
por trabalhadores responsáveis pela área do frigorífico.

Anexo 10:

A umidade é muito comum nas UAN’s e por isso a utilização de materiais como
botas antiderrapantes de borracha como EPI’s é de extrema importância, para
evitar acidentes.
Será considerada atividade insalubre a exposição a umidade após laudo
técnico.
NR 16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS

Esta norma visa tratar a periculosidade da atividade exercida pelo


trabalhador, que o põe ele em risco de vida.

As atividades caracterizadas como perigosas são:

1. Atividades com explosivos;


2. Atividades com inflamáveis;
3. Atividades com exposição a roubos, ou violência física, como
profissionais de segurança pública;
4. Atividades com energia elétrica;
5. Atividades com radiações ionizantes e substâncias radioativas.

Profissionais expostos a essas atividades perigosas recebem um


adicional de periculosidade de 30%.

NR 20 LÍQUIDOS COMUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

Estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no


trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de
extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação
de inflamáveis e líquidos combustíveis.

NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Esta norma trata sobre os parâmetros de segurança que devem ser


adotadas em estabelecimentos ou locais de trabalho, com o objetivo de indicar
e advertir acerca dos riscos existentes.

Cor de segurança - devem ser adotadas cores nos locais de trabalho


para identificar os equipamentos de segurança, advertir contra riscos, delimitar
áreas e identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e
gases. É importante destacar que o uso de cores deve ser o mais reduzido
possível, evitando distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Além de que,
outras formas de sinalizações podem ser adotadas, além do uso de cores.

Classificação, rotulagem preventiva e ficha com dados de segurança de


produto químico - o produto químico utilizado no local de trabalho deve ser
classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores
de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da
Organização das Nações Unidas.

A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações


escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico, que deve ser
afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto. A
rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:

 Identificação e composição do produto químico;


 pictograma(s) de perigo;
 palavra de advertência;
 frase(s) de perigo;
 frase(s) de precaução;
 informações suplementares.

O produto químico não classificado como perigoso a segurança e saúde


dos trabalhadores, conforme o GHS, deve dispor de rotulagem preventiva
simplificada que contenha, no mínimo, a indicação do nome, a informação de
que se trata de produto não classificado como perigoso e recomendações de
precaução.

Os produtos notificados ou registrados como Saneantes na ANVISA


estão dispensados do cumprimento das obrigações de rotulagem preventiva
(inserido pela Portaria MTE nº 704, de 28 de maio de 2015).

O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado


nacional deve elaborar e tornar disponível a ficha com dados de segurança do
produto químico para todo produto químico classificado como perigoso. Se
aplica também a produto químico não classificado como perigoso, mas cujos
usos previstos ou recomendados derem origem a riscos à segurança e saúde
dos trabalhadores.
No caso de mistura deve ser explicitado na ficha com dados de
segurança o nome e a concentração, ou faixa de concentração, das
substâncias que: representam perigo para a saúde dos trabalhadores; possuam
limite de exposição ocupacional estabelecidos.

O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas


com dados de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de
trabalho.

Os trabalhadores devem receber treinamento:

 Para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de


segurança do produto químico.

 Sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro


e procedimentos para atuação em situações de emergência com
o produto químico.

NR 27 REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA


DO TRABALHO (REVOGADA pela PORTARIA nº 262, de 29 de maio de 2008,
publicada no DOU de 30/05/2008)

O exercício da profissão do TÉCNICO DE SEGURANÇA DO


TRABALHO depende de prévio registro no Ministério do Trabalho, efetuado
pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho até que seja instalado o
respectivo conselho profissional.

NR 33 TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

Assim como é definido – item 33.1.1 – a norma regulamentadora 33 tem


como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços
confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle de riscos
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e a saúde. O
que são espaços confinados? Entende-se como espaço confinado – item
33.1.2 – qualquer área ou ambiente e dos trabalhadores que interagem direta
ou indiretamente nestes espaços confinados não projetados para ocupação
humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa
existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Como é formada a equipe de trabalho em Espaços Confinados?

-Responsável Técnico

-Supervisor de Entrada

-Vigia

- Trabalhadores Autorizados Capacitação obrigatória

De acordo com a norma regulamentadora 33, a capacitação deve ser


realizada anualmente e devem ser ministradas por instrutores com proficiência
no assunto comprovada, a carga horária pode variar de acordo com a atuação
do trabalhador.

Responsabilidades do Empregador - cabe ao empregador segundo a


NR-33 (item 33.2.1): Identificar formalmente o responsável técnico desta
norma, assim como identificar espaços confinados e riscos para cada um
deles. Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços
confinados, por medidas técnicas de prevenção administrativas, pessoais, de
emergência e salvamento. Garantir a capacitação adequada e continua dos
trabalhadores sobre os riscos, medidas de controle, de emergência e
salvamento em espaços confinados; garantir que a entrada no espaço
confinado seja realizada somente após a emissão por escrito da PET
(Permissão de Entrada). No caso de empresas terceirizadas, informar sobre os
riscos nas áreas onde serão realizadas as atividades e exigir a capacitação dos
colaboradores. Acompanhar a implementação das medidas de segurança e
saúde dos trabalhadores das empresas contratadas. Interromper todo e
qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e
iminente, procedendo ao imediato abandono do local; garantir informações
atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos
espaços confinados.

Responsabilidades do Empregado - segundo a norma regulamentadora


33 (item 33.2.2), cabe ao trabalhador: Seguir e colaborar com a empresa com o
cumprimento da norma; utilizar adequadamente os meios e equipamentos
fornecidos pela empresa; comunicar ao vigia e ao supervisor de entrada as
situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam de
seu conhecimento; cumprir com os procedimentos e orientações recebidos nos
treinamentos com relação aos espaços confinados.

Funcionamento dos equipamentos utilizados - os empregadores devem


providenciar os seguintes equipamentos, sem custo aos trabalhadores,
funcionando adequadamente e assegurando a utilização correta: Equipamento
de sondagem inicial e monitoração contínua da atmosfera, calibrado e testado
antes do uso, aprovado por órgãos credenciados da INMETRO. Equipamento
de ventilação mecânica para obter condições de entrada aceitáveis, através de
insuflamento e/ou exaustão de ar. Equipamentos de comunicação,
intrinsecamente seguro aprovado por órgãos credenciados pela INMETRO.

Procedimentos e Utilização da Permissão de Entrada e Trabalho (PET) -


nas atividades com envolvimento de espaços confinados, é obrigatório ter no
mínimo duas pessoas acompanhando o processo, sendo um deles
denominado vigia. Existem alguns procedimentos em relação a PET, vejamos
alguns deles: Desenvolver e implementar procedimentos para serviço de
emergência especializados em primeiros socorros para o resgate dos
trabalhadores; Procedimento para preparação, emissão, uso e cancelamento
da PET; Procedimentos de coordenação de entrada que garantam a segurança
de todos os trabalhadores, independentemente de haver diversos grupos no
local.

Interromper as operações de entrada sempre que surgir um novo risco


de comprometimento aos trabalhos.

A permissão de entrada será encerrada ou cancelada quando:


As operações de entrada cobertas pela permissão tiveram sido
completadas; uma condição não prevista na Permissão de Entrada ocorre
dentro ou nas proximidades do espaço confinado. Houver saída, pausa ou
interrupção dos trabalhadores em espaços confinados.

Noções de resgate e primeiros socorros - os seguintes requerimentos se


aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que exercem atividades
em espaços confinados para executar os serviços de resgate: O empregador
ou representante legal deverá assegurar que cada membro do serviço de
resgate tenha os devidos EPIS, equipamentos de proteção respiratória e de
resgate, junto ao treinamento para utilização dos mesmos; Cada membro do
serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar as tarefas de
resgate; Os membros do serviço de resgate deverão receber o mesmo
treinamento requerido para trabalhadores autorizados; Cada membro do
serviço de resgate deverá realizar treinamentos de simulação de resgate a
cada doze meses nos chamados espaços confinados representativos; Cada
membro do serviço de resgate deverá ser treinamento em primeiros socorros
básicos e em reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro da
equipe deverá estar disponível e ter certificação atual em primeiros socorros e
em RCP.

NR 34 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA


INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL

Estabelece os requisitos mínimos de proteção a segurança, saúde e


meio ambiente de trabalho na indústria de construção e reparação naval.

As atividades na indústria naval são aquelas que envolvem construção e


reparação naval. Estão incluídos nestas atividades as instalações próprias, as
embarcações e as estruturas como navios, lanchas, plataformas.

Determina as responsabilidades do empregador, designando-o


formalmente como responsável pela implementação da norma, garantidor das
medidas de proteção definidas na legislação antes do início dos trabalhos,
dentre outras regras impostas na NR 34.

A capacitação e o treinamento também estão a cargo do empregador. A


capacitação deverá ser realizada pelo trabalhador por profissional legalmente
habilitado sendo este processo realizado no período da admissão,
periodicamente ou sempre que ocorrer mudanças nos procedimentos, e
principalmente quando ocorrer um acidente grave ou fatal.

Já o treinamento será dividido em admissional e deverá conter uma


carga mínima de 6 horas, com as informações sobre os riscos, as condições de
trabalho, sobre os equipamentos de proteção coletiva e individual. E o
treinamento periódico com carga mínima de 4 horas, ocorrerá anualmente ou
por retorno de afastamento por mais de 90 dias.

É obrigatório que toda a documentação prevista pela norma permaneça


no estabelecimento a disposição da Auditoria- Fiscal do trabalho, dos
representantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e dos
representantes das Entidades Sindicais representativas da categoria, sendo
arquivada por um período mínimo de cinco anos.

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