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GOIÂNIA
Junho/2015
FERNANDO CARDOSO FIGUEREDO FERNANDES
MANOEL BARBOSA DE OLIVEIRA FILHO
GOIÂNIA
Junho/2015
A Deus por me dar esta oportunidade, a meus amigos, com
atenção aos meus pais que sempre me apoiaram, e me deram
forças para vencer, a minha adorada namorada que sempre me
amparou em momentos difíceis, e a todas as pessoas que
acreditaram na minha capacidade.
Fernando Cardoso Figueredo Fernandes
“Albert Einstein”
RESUMO
A finalidade que as tintas proporcionam para construção civil dentre outros segmentos,
é indispensável, pois essa tem como objetivo proteger e decorar superfícies, prolongando a
vida útil dos matérias. Examinando a tinta imobiliária a base de água como um todo, pode se
perceber a suma importância quando utilizado diversas substancias com diferentes objetivos,
seja no momento da produção, estocagem, aplicação, resistência contra ataques químicos e
físicos. No presente trabalho podem-se estudar algumas das propriedades reológicas que uma
tinta base água imobiliária possui, devido à utilização de alguns aditivos na formulação, neste
caso, o espessante que insere para tinta arquitetônica uma característica um tanto interessante,
a viscosidade que por sua vez é algo necessário para este tipo de produto. No decorrer do
estudo também serão exposto algumas das analises realizadas em laboratório de controle de
qualidade, a fim de produzir um produto com o máximo de qualidade, para buscar a satisfação
do consumidor final.
LISTA DE FIGURAS
CMC – Carboxi-etil-celulosico
COO- - Carboxilatos
HEC – Hidroxi-etil-celulose
KU – Unidade Krebs
PU – Poliuretânico
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 13
2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................... 13
2.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO
A viscosidade de uma tinta, assim como em alguns sistemas líquidos pode ser
medida na resistência que este fluido tende ao fluxo. Existe uma grande necessidade e
importância na utilização de espessantes em tintas imobiliárias no processo fabril, pois são
espessantes que têm como principal finalidade conceder viscosidade para essas tintas, assim
como outras características, tais como a transferência do rolo para a superfície, anti
escorrimento, facilidade no envase, entre outras propriedades reológicas (MONFARDINI,
2012, p. 65).
Atualmente espessantes do tipo acrílico são os mais utilizados em tintas base d’água,
pelo seu fácil manuseio e praticidade no momento da produção de tintas, enquanto
espessantes do tipo celulósicos como sendo a outra alternativa, precisa-se de um processo
mais trabalhoso e lento para sua utilização, pois esses geralmente necessitam ser dispersados
com solventes, em alguns casos orgânicos, para serem devidamente inseridos na principal
ação do espessante que é no aumento de viscosidade de um sistema (BARBOSA FILHO,
2011, p. 81-82).
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2 OBJETIVOS
Examinar os constituintes básicos que uma tinta imobiliária base água possui;
Estudar ao longo do trabalho a definição e tipos de espessantes mais utilizados nas
indústrias de tintas;
Avaliar os principais aspectos reológicos que o espessante acrílico proporciona para
tinta;
Descrever os equipamentos que são necessários para fazer as análises de aprovação
da tinta no controle de qualidade;
Apresentar quais são as análises que são realizadas no laboratório de controle de
qualidade, que estejam diretamente ou indiretamente ligadas ao uso do espessante.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
Dependendo da região outros artistas usavam matérias orgânicas como terra verde ou
carvão. A forma de transferir a suposta tinta nas superfícies era feita de forma grosseira,
utilizando os próprios dedos para produzir e pintar. Naturalmente esses desenhos com tal tinta
não possuíam nenhuma resistência a forças mecânicas e climáticas, a não ser aqueles dentro
de grandes cavernas onde as condições climáticas não afetavam tanto. Os melhores
exemplares foram encontrados no final da Era Glacial em Altamira, Espanha onde um
desmoronamento havia selado uma caverna, preservando os desenhos por milhares de anos.
As técnicas de fazer essas pinturas até hoje são utilizadas em desenhos por alguns artistas que
usam os dedos para expor suas artes em aquarelas e outros trabalhos conforme mostra a figura
3 (FAZENDA, 2009, p. 07).
Tinta é uma dispersão de cargas sólidas que estão em meio a vários aditivos na forma
líquida, seu aspecto pastoso permite realizar a transferência para o substrato, que por sua vez,
quando aplicado sofre um processo de cura, os materiais sólidos permanecem no filme e a
parte volátil evapora. Sua principal finalidade é proporcionar proteção para superfície de
meios deletérios: poluição, umidade, água etc. Nas tintas imobiliárias a base de água a
composição se dá basicamente por quatro elementos indispensáveis: resina, pigmento, aditivo
e solvente (ANGHINETTI, 2012, p.14).
A resina ou comumente chamada de ligante é o elemento responsável por encapsular
os pigmentos e cargas, dando também resistência quando o filme é formado. O pigmento
permite que o produto tenha opacidade, conseguindo cobrir superfícies, já a diversidade de
aditivos fornecem para a tinta condições de produção como é o caso de substâncias anti
espumante como o molhante, umectante, fungicida, bactericida, dispersante, espessante,
plastificante, entre outros (ANGHINETTI, 2012, p.14).
3.2.1 Resina
As primeiras tintas utilizadas por nossos ancestrais eram produzidas com resinas
naturais, derivada de vegetais e animais. Em dias atuais as resinas são produzidas
industrialmente por petroquímicas e sofisticados laboratórios de síntese de resina, por meio de
reações um tanto complexas, polimerização, que é obtida por reações de duas ou mais
moléculas estruturais menores, os monômeros, formando uma macromolécula orgânica de
composição variada de alto peso molecular, chamado de polímero. A quantidade da mesma
estrutura que é repetida num polímero é denominada grau de polimerização. As resinas que
são constituídas por polímeros se caracterizam pela flexibilidade, aderência e resistência
superior as naturais (ANGHINETTI, 2012, p.18).
Geralmente as resinas que são utilizadas em tinta a base de água, é a parte da tinta
que possui um teor de sólidos em torno de 50%, ou seja, metade é sólido e a outra é volátil. A
18
resina é considerada a parte mais importante da tinta, pois é responsável pelo brilho e
lavabilidade da tinta, sendo sua principal função revestir os pigmentos e cargas, na formação
do filme. O processo se dá pela evaporação da parte líquida da resina, ficando somente o
sólido, fornecendo aderência na superfície (MORAES, 2011, p. 03).
3.3.2 Pigmento
É também conhecido pelo seu aspecto agradável que insere nas tintas, que é
responsável por transmitir sentimentos para os olhos de quem as vê. Os pigmentos
proporcionam para sistemas tintométricos resistência e durabilidade, protegendo contra a
radiação do sol, que quando absorve alguns comprimentos de onda do espectro
eletromagnético reflete outras dando uma vida longa para tinta (MORAES, 2011, p. 07).
O pigmento faz parte da formulação de uma tinta, cuja finalidade é dar opacidade e
cor. Podem ser orgânicos: azul; verde; vermelho; violeta etc, ou inorgânico sendo: dióxido de
titânio; negro de fumo; amarelo óxido; vermelho óxido etc (CANAUD, 2007, p.17).
Com a mesma característica de dar opacidade e cor, os pigmentos inertes são
materiais como o talco, mica, silicato de magnésio e carbonato de cálcio, que além de ajudar
na cobertura auxiliam em outras propriedades como resistência e diminuição do brilho. Os
pigmentos apesar de serem um pouco parecidos com corantes, são dispersos na tinta,
considerando um sistema relativamente estável, enquanto os corantes se fixa no substrato que
irá dar cor por mecanismo de adsorção (CANAUD, 2007, p.17).
3.2.3 Aditivos
3.2.4 Solvente
3.3 Reologia
3.3.1 Viscosidade
Taxa de cisalhamento:
Tensão de cisalhamento:
T=F/A (FORÇA)/(AREA)
Viscosidade:
N= __ F/A__
(dv)/(dx)
Fluidos newtonianos, ou seja, que respeite as Leis de Newton são sistemas que
alteram a viscosidade de acordo com a pressão ou temperatura. No entanto, sua viscosidade é
inalterada quando submetida à taxa e tensões de cisalhamento, sendo assim, nomeada de
viscosidade absoluta (MACHADO, 2002, p.37).
É considerada uma viscosidade newtoniana quando a força de cisalhamento (T) entre
duas superfícies paralelas de um líquido em movimento for proporcional ao gradiente de
velocidade (dv/dx). Na figura 4 é representado um exemplo trivial de fluido newtoniano, que
é a água: (FAZENDA, 2009, p. 598).
Pseudoplásticos;
Plásticos;
Dilatantes.
3.3.2.2.1 Pseudoplásticos
Figura 5: Comportamento pseudoplástico da tinta base água quando submetida a uma tensão de cisalhamento.
Fonte: Própria
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3.3.2.2.2 Plasticidade
3.3.2.2.3 Dilatantes
Sendo assim, como conseguir uma espessura perfeita, tendo em vista que as
características (viscosidade, nivelamento) do fluxo também são prejudicadas na aplicação do
produto sobre a superfície (FAZENDA, 2009, p. 602).
Duas formas podem ajudar na transferência para o pincel, a primeira é a tinta com alta
viscosidade e a segunda é o auxílio do comportamento reológico. No entanto, esses dois
fatores ajudam em uma melhor fluidez de nivelamento e de tempo de estocagem, pois em
baixas taxas de cisalhamento a velocidade de sedimentação diminui. Quando se aumenta a
viscosidade do produto, também eleva a força para a sua aplicação se considerando
instrumento de uso braçal como rolos, pincéis e outros mais comuns (FAZENDA, 2009, p.
602).
Portanto, a maneira mais eficaz para correlacionar nivelamento, viscosidade e outros
aspectos do produto, é a estruturação reológica do sistema, pois nela podem ser rompidas as
estruturas quando submetidas às baixas tensões de cisalhamento e reestruturação em pouco
tempo, o que se torna agradável para o carregamento do produto nos pincéis, rolos espátulas
etc. Pois nessas condições não ocorre gotejamento e escorrimento devido a suposta
elasticidade da estrutura. A mesma informação anterior serve para aplicações feitas com
compressores, sendo que a viscosidade precisa ser ideal para que possa passar pelo bico do
revólver. Normalmente produtos para esse método de aplicação são usados de imediato já que
a viscosidade foi alterada por solventes (FAZENDA, 2009, p. 602).
Na aplicação do produto sobre certa superfície a viscosidade da tinta deve cair, com
um aumento de tensões realizadas pelo manuseio do instrumento de aplicação.
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3.4 Espessantes
aditivos que fazem com que o aglomerado se divida sendo superada as forças que interagem
as partículas entre si, do espessante, quando essas dissociam a viscosidade do sistema tende a
aumentar. Na indústria atual de tintas, analisando pelo poder de espessamento, são os mais
comuns espessantes que proporciona alta viscosidade que são denominados espessante de
alta, que são utilizados em tintas que não precisa de qualidade estética de acabamento de
superfície, já o espessante de baixa que proporciona menos viscosidade, tem sido utilizado
principalmente em tintas Premium que devem demonstrar maior acabamento de nivelamento
(MORAES, 2011, p. 12).
São polímeros de uso quase exclusivo para sistema a base de água, os mais
conhecidos são CMC e HEC (ALUA, 2012, p. 25).
São espessantes que fornecem viscosidade em solução aquosa devido ao mecanismo
hidrodinâmico que se relaciona com o peso molecular do polímero em questão, quanto maior
for o peso molecular nesse tipo de espessante, mais eficaz será o poder de espessamento. O
mecanismo funciona de forma que fortes ligações de hidrogênios são realizadas entre a cadeia
polimérica e da molécula de água, consequentemente as ligações realizadas e emaranhadas
que se obtém pela cadeia celulósica faz com que a água fique presa a molécula do polímero,
isso reduz o fluxo do fluido quando submetido a forças de cisalhamento. Esse tipo de
espessamento é independente de outro composto utilizado na formulação, basta conter água
no sistema que o espessamento acontece, o tipo de comportamento reológico que esse
espessante promove para tinta é o pseudoplástico (PEIFER, 2006, p.13). Conforme
mecanismo apresentado na figura 8;
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que por sua vez sofre adsorção nas laterais do ligante ou pigmento na composição da tinta
(SILVA, 2008, p. 25).
Algumas partículas são ligadas pelas macromoléculas do espessante associativo
formando uma estrutura tridimensional, com isso a viscosidade aumenta, pois esse
emaranhado segura as partículas do sistema. No entanto, essa estrutura pode ser quebrada com
baixas taxas de cisalhamento, diminuindo a viscosidade do sistema. Os espessantes da classe
associativos apresentam ótimo poder de espessamento, além de ser usado resinas, adesivos e
em alguns segmentos automotivo, esse modificador de reologia também pode ser inserido em
formulações de tintas (SILVA, 2008, p. 25).
Espessante por neutralização de uma base: Esse tipo de comportamento é causado
pela neutralização dos grupos COOH, a partir da adição do álcali, formando grupos
carboxilatos COO-. Diante da repulsão eletrostática entre esses dois grupos, as grande
moléculas do espessante se expandem, sendo que os grupos carboxilatos se distancia o
máximo possível, acarretando um aumento no volume hidrodinâmico das partículas no
sistema. Quando ocorre essa expansão, e consequência do volume também aumenta,
aumentando também as interações entre as partículas, isso resulta em um dos principais
interesses da reação, o aumento da viscosidade (SILVA, 2008, p. 26).
As grandes indústrias de tintas, com a visão de um sistema que predomina a
sustentabilidade, vem ao longo de sua história com produtos inovadores que tenham baixo
VOC (livre de alquilfenol etoxilados) (REVISTA TINTAS E VERNIZES, 2014, p. 34) .
Numa formulação de tinta o formulador deve encontrar um balanço entre o seu
alterador reológico e a resina utilizada, pois esta relação entre os dois constituintes tem poder
na estabilidade de cor e homogeneidade final (REVISTA TINTAS E VERNIZES, 2014, p.
36).
O minério atapulgita é um minério inorgânico não gera meio de cultura para
bactérias, com vantagens de ser um espessante que não gera sinérise e respingos (REVISTA
TINTAS E VERNIZES, 2014, p. 37).
Produto em pó, de cor que varia do branco a creme ou parcialmente amarelo, fibroso
e hidroscópico. É solúvel em água, insolúveis em solventes de tipos orgânicos, é inodoro,
31
O controle de qualidade tem como finalidade executar uma série de testes, pré-
estabelecidos pelo fabricante, onde a tinta terá resultados positivos que se encaixaram dentro
de parâmetros de aprovação, ou negativos que pode ser reprovatório para o produto fabricado,
com objetivo final de gerar satisfação para o consumidor (MORAES, 2011, p. 14).
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Com esse objetivo, o controle de qualidade de uma fábrica de tinta deve possuir
parâmetros fixos de análises, sendo alguns deles viscosidade, cobertura, pH, densidade e
brilho, normas atualizadas, assim como faixa de tolerância, acompanhado de uma
metodologia analítica rigorosa. Com esses requisitos é possível obter um controle de
qualidade que tenha produtos com propriedades uniformes. Para obter um produto final de
qualidade satisfatória, toda tinta antes de ser comercializada deve passar pelo laboratório para
ser submetida por testes químicos e físico-químicos (MORAES, 2011, p. 14).
3.5.1 Viscosidade
Existe hoje uma grande quantidade de aparelhos que usam desde métodos de aferição
mais baratos até aparelhos com alta sensibilidade para medição da viscosidade. Um dos
equipamentos mais usuais e acessíveis em termos financeiros para medir esta propriedade
reológica, é o viscosímetro de orifício, ou comumente chamado de viscosímetro de copo, que
com auxilio de um cronômetro mede em quanto tempo o fluido passa pelo orifício do copo até
que escorra totalmente, com auxílio de uma tabela de transferência de tempo/viscosidade e
que o analista consegue identificar a viscosidade, embora não seja um método que demonstre
o valor real, é utilizado frequentemente no controle de qualidade de tintas com características
pseudoplásticas devido a sua simplicidade e fácil manuseio (MORAES, 2011, p. 16).
Em algumas medições de viscosidade de uma tinta observa-se a grande variância de
resultados, isso geralmente se deve pela temperatura, como essa variável interfere
significadamente na viscosidade do produto, é importante que antes de fazer a leitura, o
produto tenha um padrão de temperatura para ser analisado, pois com temperaturas elevadas a
tinta pode apresentar aspecto ralo, enquanto depois de um tempo de repouso pode elevar a
viscosidade drasticamente, mascarando o resultado final do produto no controle de qualidade
(MORAES, 2011, p. 16).
No entanto, não só no laboratório a tinta precisa ter uma determinada viscosidade, até
mesmo no momento da produção, essa característica reológica é de grande importância, pois é
no tanque de produção que além de ser misturados os aditivos, pigmentos, resinas e solventes,
são dispersos as cargas minerais, que por sua vez precisa ser envolvida por toda a massa das
demais substâncias com viscosidade específica para conseguir uma boa dispersão, por altas
taxas de cisalhamento que reduz o tamanho de partículas dessas cargas minerais (MORAES,
2011, p. 17).
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3.5.2 Cobertura
semelhante, uma tinta que se utiliza o pigmento preto a superfície irá absorver todos os
comprimentos de ondas da luz, dando bastante cobertura para tinta (SEERIG, 2013, p. 02).
Um método prático e ágil no controle de qualidade para verificar o poder de
cobertura da tinta, é realizar uma camada homogênea com determinada espessura de uma
amostragem do lote que é feito em produção. Com auxilio de um extensor e um papel
apropriado cujo nome é couchê zebrado, é possível fazer uma extensão para obervar o brilho,
cobertura e presença de partículas não dispersas dentre outros (MORAES, 2011, p. 19).
Assim como os outros requisitos, caso não esteja dentro dos parâmetros
estabelecidos de qualidade, o pH também é caráter reprovatório no controle de qualidade, o
lote de tinta a base água fabricado em produção deve ter um pH entre 8.5 á 9.5, isso se deve
com objetivo de impedir qualquer reação de neutralização entre a tinta e o concreto da parede
com pH alcalino ou até reações com intempéries, como a chuva ácida. Esse possível
acontecimento pode prejudicar na qualidade da tinta, ocorrendo descascamento e até mesmo o
descolamento da tinta na superfície (SEERIG, 2013, p. 13).
Quando em algum lote, após fazer a leitura do pH nota-se que o resultado deu abaixo
do esperado, é feito a adição de uma substância básica para elevar o pH, com propósito
também de interagir com o espessante que reage com substâncias alcalinas dando viscosidade
para o produto. Para determinar o pH da tinta é feito o manuseio do peagâmetro, o aparelho
possui um eletrodo que é constituído de uma membrana fina e porosa, que consegue realizar a
leitura em milivolts, em seguida transferindo para escala de pH (SEERIG, 2013, p. 13).
3.5.4 Densidade
Mais conhecida como densidade, ou massa especifica é uma grandeza em física, que
para descobrir basta calcular a relação da massa molar da substância em análise pelo seu
volume ocupado, sua unidade de medida pode ser dada em grama por centímetro cúbico
(g/cm3), ou pelo sistema internacional quilograma por metro cúbico (Kg/m3) (MORAES,
2011, p. 18).
A densidade de uma tinta é um dado extremamente importante no laboratório de
controle de qualidade, pois na composição da tinta existem diversos aditivos e também
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diversas cargas minerais com diferente número de massa molar, quando o funcionário
responsável for inserir a quantidade exata de cargas no tanque de produção, se caso ele erre a
quantidade de material jogado, é pela densidade final do produto realizada no laboratório de
qualidade que apresenta indícios de que a tinta foi produzida de forma incorreta (MORAES,
2011, p. 18).
Um objeto muito utilizado em laboratório de análise de tinta para aferir a densidade é
o copo americano regular que possui determinada massa, e volume de 100 mL. Parecido com
um picnômetro, o copo americano regular e geralmente em inox tem forma cilíndrica, que
possui uma tampa com pequeno orifício no centro que permite a retirada do excesso da
substância analisada (MORAES, 2011, p. 18).
3.5.5 Brilho
No mercado atual de tintas existe uma variedade muito grande de diversos tipos de
tintas de acordo com sua finalidade, as tintas do tipo imobiliárias são geralmente as mais
utilizadas, seja ela fosca, semi brilho, acetinado e Premium. O brilho dessas tintas, no entanto,
se torna uma característica indispensável por agregar um valor refinado para superfície onde
fora pintado (ALUA, 2012, p. 38).
O brilho de uma tinta que se usa cargas minerais pode consideravelmente ser alterado
pelo tamanho de partícula utilizado, quanto menor for o tamanho de partícula, maior será sua
absorção em água e consequentemente maior brilho, quanto maior for a partícula mais fosca
será a tinta. A luz que é refletida pelo filme da tinta em determinado ângulo, representa o
brilho que ela possui. A luz refletida pela superfície depende também do tamanho de partícula
do polímero da tinta, quanto maior for a uniformidade da superfície, maior será brilho, o
espessante também influencia no brilho das tintas, pois na aplicação são responsáveis por
organizar as partículas dispersas no substrato (ALUA, 2012, p. 38).
No controle de qualidade o método para avaliação do brilho pode ser analisado por
um aparelho chamado Glossmeter, o aparelho possui três ângulos de leitura diferente, sendo
cada um deles medido de acordo com o brilho de cada tinta, seja fosca, semi brilho ou
standard. O equipamento consiste em fazer uma leitura a partir de um feixe de luz de
determinado ângulo, quando disparado pelo objeto, esse feixe de luz é refletido pela amostra e
capitado por um detector no mesmo ângulo do próprio aparelho que permite fazer a leitura
(IKEMATSU, 2007, p. 54).
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A tinta desde tempos rupestres eram utilizadas por ancestrais como meio de se
comunicarem, e ao longo do tempo vem se evoluindo de acordo com as necessidades
humanas, com a utilização de variadas substancias que ajudam a dar cor, resistência,
cobertura e brilho, agregando valor nas grandes construções.
Ao decorrer do trabalho concluí-se que existem diversos tipos de espessantes de
acordo com sua aplicabilidade, os mais utilizados celulósicos e acrílicos. Os espessantes do
tipo celulósico são utilizados nas tintas que não exigem um refinado acabamento, pois esse
quando inserido em tintas de aplicação final proporciona um aspecto grosseiro, o que não é
interessante para esse tipo de tinta, tendo uma maior utilização em revestimentos. Já o acrílico
tem maior tendência nas tintas que precisam de um acabamento fino, devido ao seu
mecanismo de espessamento, alem de serem de fácil manuseio no momento da produção.
Uma das propriedades reológicas mais importantes que esses aditivos oferecem para
sistemas tintometricos é a viscosidade que por sua vez, tem varias finalidades como agente de
anti sedimentação, pois quando as cargas minerais que são utilizadas com finalidade de
proporcionar opacidade nessa tinta, tendem a sedimentar-se dentro do recipiente onde é
armazenada ate o momento da aplicação, o espessante possui a característica de segurar essas
cargas não deixando que as mesmas não sedimentem.
Outro fator interessante é a redução da viscosidade quando submetida a forças de
cisalhamento, isso acontece quando essa força externa quebre toda a estrutura da tinta o que
permite que essa tinta possa ser transferida do equipamento de pintura para superfície onde
fora pintado, posteriormente na formação do filme a tinta se reestrutura originando a sua
viscosidade inicial.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REVISTA PAINT E PINTURA. Espessantes. São Paulo: Ávila Agnelo. Ano 12. Nº 114,
2007. p. 43-44.
REVISTA PAINT E PINTURA. Modificadores de reologia. São Paulo: Ávila Agnelo. Ano
14. Nº 215, 2014. p. 33-34.