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MATERIAIS
Organizado
Professor: José Thadeu Paulo Henriques
jthadeu@amazonet.com.br
Janeiro 2014
Apresentação
Caro aluno,
Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, sejam eles
financeiros, humanos ou materiais, sejam estes relacionados aos insumos ou aos
bens patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação. Com a crescente
concorrência existente por um participação no mercado consumidor as empresas
buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras
diferentes de obterem vantagens competitivas. Uma das formas de obter uma vantagem,
se não competitiva, mas pelo menos comparativa é através de uma boa gestão dos
recursos materiais e patrimoniais.
Com os custos crescentes é importante gerir bem seus estoques e seu
patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficácia. è sobre
isso que estaremos falando a partir de agora.
1.1 RECURSOS
Clientes Transportes
Demanda Expedição
Identificar Armazenagem do
Fornecedor Produto Acabado
Comprar Movimentação
Materiais
Recebimento de
Transportar armazenagem
Bens
Patrimônio
RECURSOS
Estoques Instalações
Fornecedores Clientes
Tem-se de considerar:
A atividade de material existe desde a mais remota época, através das trocas de
caças e de utensílios até chegarmos aos dias de hoje, passando pela Revolução
Industrial. Produzir, estocar, trocar objetos e mercadorias é algo tão antigo quanto a
existência do ser humano.A Revolução Industrial, meados dos séc. XVIII e XIX, acirrou
a concorrência de mercado e sofisticou as operações de comercialização dos produtos,
fazendo com que “compras” e “estoques” ganhassem maior importância. Este período
foi marcado por modificações profundas nos métodos do sistema de fabricação e
estocagem em maior escala. O trabalho, até então, totalmente artesanal foi em parte
substituído pelas máquinas, fazendo com a produção evoluísse para um estágio
tecnologicamente mais avançado e os estoques passassem a ser vistos sob um outro
prisma pelas administrações. A constante evolução fabril, o consumo,as exigências dos
consumidores, o mercado concorrente e novas tecnologias deram novo impulso à
Administração de Materiais,fazendo com que a mesma fosse vista como uma arte e uma
ciência das mais importantes para o alcance dos objetivos de uma organização, seja ela
qualquer que fosse.Um dos fatos mais marcantes e que comprovaram a necessidade de
que materiais devem ser administrados cientificamente foi,sem dúvida, as duas grandes
guerras mundiais, isso sem contar com outros desejos de conquistas como,
principalmente, o empreendimento de Napoleão Bonaparte. Em todos os embates ficou
comprovado que o fator abastecimento ou suprimento se constituiu em elemento de vital
importância e que determinou o sucesso ou o insucesso dos empreendimentos. Soldados
e estratégias por mais eficazes que fossem, eram insuficientes para o alcance dos
resultados esperados. Munições, equipamentos,víveres, vestuários adequados,
combustíveis foram, são e serão necessários sempre, no momento oportuno e no local
certo, isto quer dizer que administrar materiais é como administrar informações: “quem
os têm quando necessita, no local e na quantidade necessária, possui ampla
possibilidade de ser bem sucedido”.Para refletir: “Nos dias de hoje - Qual será a
importância da Administração de Materiais no projeto de um ônibus espacial?”.
Sendo assim várias tem sido as etapas que vem ocorrendo dentro da
administração de materiais cabendo ressaltar algumas delas tais como:
Com relação aos desafios o continuará sendo a busca do equilíbrio entre o nível
dos estoques os recursos financeiros disponíveis. Quanto manter em estoque com
o menor risco de falta de materiais. Como atender a esta equação.
Para atender às necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que norteie os
vários tipos de classificação.
Materiais de estoque
São materiais que devem sempre existir nos estoques para uso futuro e para que
não haja sua falta são criadas regras e critérios de ressuprimento automático. Devem
existir no estoque, seu ressuprimento deve ser automático, com base na demanda
prevista e na importância para a empresa.
Quanto à aplicação
Quanto ao valor de consumo
Quanto à importância operacional
b) Materiais Críticos
Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de
armazenagem ou de transporte.
c) Materiais Perecíveis
Exercícios da Unidade 1
Segundo Pozo (2002, p. 38), “se os estoques forem mínimos a empresa pode
usar esse capital não para especular no sistema financeiro e estagnar, mas para
aprimorar seus recursos”.
Não obstante, nível de estoque muito baixo pode ser um fator de extremo risco
para a organização. Sendo que pode ocasionar a ruptura dos estoques, a qual reflete em
parada na produção, e consequentemente em atraso de entregas e em insatisfação e
perda de clientes.
Segundo Arnold (1999, p. 218), “uma vez tomada a decisão sobre o que
comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor certo.” Não
obstante, pode-se aludir que o melhor fornecedor é aquele que oferece um bom prazo de
pagamento, juntamente com o prazo de entrega almejado pela empresa, aliado a um
bom preço, porém com a máxima qualidade e a melhor tecnologia.
Uma prática muito usada é ter um comitê de compras, em que pessoas de todas
as área da empresa participem das decisões. As vantagens da centralização dos serviços
de compras são sempre postas em dúvida pelos departamentos que necessitam de
materiais. De modo geral, a centralização apresenta aspectos realmente positivos, pela
redução dos preços médios de aquisição, apesar de, em certos tipos de compras, ser
mais aconselhável à aquisição descentralizada.
Componentes que são vitais para o produto final eram sempre fabricados
internamente. Essa concepção está mudando com o desenvolvimento de parcerias
estratégicas nos negócios. Outra situação praticamente determinante é aquela em que a
fabricação de um componente exige altos investimentos, fora do alcance de eventuais
fornecedores. Mesmo assim, são usuais as situações em que um grande fabricante
financia as instalações de um futuro fornecedor, pois não interessa a ele produzir o
referido componente.
Estratégia de Verticalização
Estratégia de Horizontalização
Vantagens da descentralização:
A decisão sobre essa questão pode ser tomada tendo em vista à estratégia global
da empresa, além dos custos relacionados a fabricação ou compra de determinado
componente.
O Arrendamento Mercantil
Essa estratégia traz várias vantagens, como: (a) é mais fácil de obter o leasing do
que um empréstimo para comprar o bem, pois esse será de propriedade do arrendador e,
consequentemente, mais fácil de recuperar, no caso de inadimplência do arrendatário,
(b) não exige grande desembolso inicial de capital, (c) o risco da obsolescência do bem
é do arrendador, e (d) os pagamentos efetuados a título de aluguel são dedutíveis como
despesas do exercício, com reflexos no lucro tributável.
O leasing apresenta como desvantagens os fatos de o arrendatário: (a) são poder
depreciar o bem e, consequentemente, aproveitar os benefícios tributários, (b) ter de
devolver o equipamento após o termino do contrato, e se o arrendador decidir não
renová-lo poderá deixar o arrendatário em difícil situação, (c) ter de submeter à
aprovação prévia do arrendador qualquer alteração ou melhoria necessária no bem, e (d)
não poder usar o valor residual que normalmente o bem terá ao termino do contrato.
Um caso importante do arrendamento é o chamado leaseback au arrendamento
de venda e retorno. É quando uma empresa vende o seu bem para a companhia de
leasing e imediatamente o aluga de volta. É uma forma de a empresa leventar capital de
giro.
2.1.3 O processo de Compra
1. O que comprar?
Esta pergunta deve ser respondida pelo requisitante, que pode ou não ser apoiado por
áreas técnicas ou mesmo compras para especificar o material.
A maior parte das variáveis acima deve ser determinada pelo órgão de material ou
suprimento no setor denominado gestão de estoques.
3. Onde comprar?
5. Outros Fatores
b) Tipos de Compras
Materiais Produtivos São aqueles materiais que integram o produto final, portanto,
neste caso, matéria-prima e outros materiais que fazem parte do produto, sendo que
estes diferem de indústria - em função do que é produzido.
Materiais improdutivos São aqueles que, sendo consumido normal e rotineiramente,
não integram o produto, o que quer dizer que é apenas material de consumo forçado ou
de custeio.
Compras Locais ou
Compras por Importação.
Compras de emergência
Ocorre por falha de planejamento ou por causas acidentais, sendo realizada com
a supressão de várias etapas do fluxo básico, o que reduz o poder de negociação da
empresa.
Uma vez emitido o pedido, o comprador perde sua posição de comando e passa a
uma atitude de expectativa. Procurará de agora em diante adotar uma atitude de
vigilância, procurando cuidar para que os fornecimentos sejam feitos e os prazos
cumpridos.
O depto. de compras com base nas solicitações de mercadorias efetua a cotação dos
produtos requisitados.
prazo de pagamento;
valor das parcelas;
Agora podemos dizer que o LEC é o tamanho do lote que minimiza os custos
anuais totais de manutenção do estoque e processamento de pedidos.Quantidade
comprada levando-se em consideração o custo total de armazenagem e o custo total de
pedido.
Pressupostos do LEC:
Onde:
CT
CC
CP
Ci
LEC Q
Resolução matemática:
LEC = 2 x Cp x D ou LEC = 2 x Cp x D
Ca +i x P Cc
Considerações:
Os estudos de lotes econômicos requerem cada vez menos tempo;
Os softwares de gestão de estoques são utilizados em praticamente todas as empresas;
A tendência é a compra em lotes cada vez menores, o just-in-time;
Quando possível realizar a compra unitária (one piece flow);
O levantamento de alguns custos, como carregamento, aluguel de área ocupada dependem de
rateios, às vezes, discutíveis;
Custos como de obsolescência são intangíveis (não mensuráveis);
O estabelecimento de parcerias altera todo o perfil dos custos;
A curva do CT é extremamente achatada nas proximidades do LEC, logo não há um ponto (lote)
ótimo de compra, mas uma região (vários valores de LEC).
Exemplo:
Para um item em estoque, a demanda anual é de 144.000 unidades. Estima-se que para
emitir um pedido, contando-se ai também os custos de transporte e inspeção, até colocar
a mercadoria no estoque, são gastos cerca de R$ 10.000,00. Manter o item em estoque
acarreta um custo de R$ 2.000,00 por ano.
Solução do Exercício
D = 144.000
Cp = 10.000
Cm = 2.000
E também
Os três custos estão calculados para cada diferente valor de Qc na tabela abaixo:
Como se vê, o Custo Total Anual é decrescente até a quantidade comprada de 1.000
unidades, aumentando novamente para 1.500 unidades. Encontramo-nos pois diante de
dois comportamentos da curva, a fase descendente, a passagem pelo mínimo ascendente
e a fase ascendente, significando que entre as quantidades compradas de 1.000 e 1.500
unidades o Lote Econômico de compra.
b) O cálculo do LEC
c) De posse do LEC, é fácil calcular o Custo Total Anual mínimo que lhe corresponde.
Com base na lista de materiais, obtida por meio da estrutura analítica do produto,
também conhecida como árvore do produto ou explosão do produto, e em função de
uma demanda dada, o computador calcula as necessidades de materiais que serão
utilizados e verifica se há estoques disponíveis para o atendimento. Se não há material
em estoque, na quantidade necessária, ele emite uma solicitação de compra – para os
itens comprados e uma ordem de fabricação – para os itens que são fabricados
internamente. Esquema do MRP
Projeção de Demanda
Softwere MRP
Lista de necessidades de
materiais
Consulta de Estoque
Libera compra
Fornecedor
Produto A
A tabela abaixo mostra que a posição dos estoques dos componentes e seus
respectivos led times – tempos de atendimento no caso dos itens comprados e tempo de
fabricação e montagem no caso dos itens produzidos internamente.
Posição dos Estoques
Item Tempo de Atendimento em Semanas Estoque na empresa
A 1(1) 300
B 1(2) 1.200
C 2(3) 0
D 2(4) 800
E 1 6.000
F 2 3.500
G 3 4.500
A - 1.200 unidades
B – 1.200 unidades
C - 1.200 unidades
D 2.800 unidades
E–0
F – 1.300 unidades
G – 4.700 unidades
2.1.5 As Novas Formas de Comprar
Uma das formas de compras que mais cresce atualmente é o eletronic data
interchange (EDI), tecnologia para transmissão de dados eletronicamente. Por meio da
utilização de um computador, acoplado a um modem e a uma linha telefônica e com um
software específico para comunicação e tradução dos documentos eletrônicos, o
computador do cliente é ligado diretamente ao computador do fornecedor,
independentemente dos hardwares e softwares em utilização. As ordens ou pedidos de
compra, como também outros documentos padronizados, são enviado sem a utilização
de papel. Os dados são compactados – para maior rapidez na transmissão e diminuição
de custos -, criptografados e acessados somente por uma senha especial.
Essa forma de comunicação e de transação pode ligar a empresa a seus clientes,
fornecedores, banco, transportadora ou seguradora. Ela já existe há bastante tempo e
traz várias vantagens, como:
rapidez, segurança e precisão do fluxo de informações;
redução significativa de custos;
facilidade da colocação de pedidos, principalmente nos casos de
contratos de fornecimento com entregas mediante liberação do cliente,
como acontece nas transações entre montadoras e autopeças no Brasil e
resto do mundo;
sedimenta o conceito de parcerias entre cliente e fornecedor.
O EDI, quando comparado ao e-commerce, que pode ser considerado o uso das
tecnologias de computação e de comunicações para a realização de negócio, apresente
algumas vantagens, entre as quais:
Além do EDI tradicional, muito usado pelas grandes empresas, está tomando
força o EDI via internet, como um opção de menor custo, possibilitando acesso a mais
empresas. Seus principais entraves são a questão da segurança dos dados e a resistência
das empresas que investiram grandes somas no modelo tradicional.
A Internet como veículo de comércio ganha cada dia mais adeptos, pois
apresenta uma série de vantagens em relação ao EDI, entre as quais.
Cartões de Crédito
No setor de compras o problema aflora com maior intensidade devido aos altos
valores monetários envolvidos, relacionados com critérios muitas vezes subjetivos de
decisão. Saber até onde uma decisão de comprar seguiu rigorosamente um critério
técnico, onde prevaleça o interesse da empresa, ou se a barreira ética foi quebrada,
prevalecendo aí interesses outros, é extremamente difícil. O objetivo de um código de
ética é estabelecer os limites de uma forma mais clara possível, e que tais limites sejam
também de conhecimento dos fornecedores, pois dessa forma poderão reclamar quando
se sentirem prejudicados. Outro aspecto importante é que esse código de ética seja
válido tanto para vendas quanto para compras.
Não é correta uma empresa comportar-se de uma forma quando compra e outra
quando vende. Os critérios devem ser compatibilizados e de conhecimentos de todos os
colaboradores. É comum empresas incluírem nos documentos que o funcionário assina
ao ser admitido, um código de conduta (ou de ética) que deva ser seguido, sob pena de
demissão por justa causa.
Como abordar esse assunto? Deve ser permitido que recebam? A melhor forma
de abordar o assunto é definir, o mais claro possível, um código de conduta, do
conhecimento de todos, pois não há dúvida de que aquele que dá presentes tem a
expectativa de, de uma forma ou de outra, ser “lembrado”. Quando o presente tem um
maior valor, maior será a obrigação de retribuição.
Deve também ficar claro para os compradores como agir no trato com empresas
que sistematicamente, com política própria, oferece uma “comissão”. Devem tais
empresas ser excluídas entre as licitantes? Tais comissões devem ser incorporadas como
forma de desconto nos preços propostos? E os outros fornecedores, como ficam? Enfim,
todos esses aspectos devam ser abordados no código de ética.
Toda esta questão fica mais grave quando a figura do suborno aparece. A
intenção premeditada é a essência do suborno. Ninguém é subornado por acidente.
Nesses casos, uma vez consumado o delito, o assunto já passa para a alçada judicial.
Não é raro lermos nos jornais situações em que empresas demitem de uma só vez, até
mesmo todos os componentes de seu setor de compras. Por exemplo, já foi manchete da
Gazeta Mercantil o fato de a Fiat brasileira ter demitido “oito funcionários da área de
compras – alguns com cargos de gerência -, acusados de estar recebendo propinas e
presentes de fornecedores”, além de suspeitas de superfaturamentos ou desvio de
dinheiro.
A fim de evitar estas situações, mais uma vez o código de ética entra em cena. A
empresa deve estabelecer políticas claras sobre as informações que devem ser
manuseadas.
Codificação alfabética
Este processo representa os materiais por meio de letras, foi muito utilizado na
codificação de livros ( Método Dewey), com a implementação da imprensa no mundo, o
sistema agregou números a sua codificação, conseguindo com isto codificar a grande
variedade de edições em suas categorias e classificações de assuntos, autores e áreas
especificas. Atualmente está em desuso.
P - Pregos
P/AA - Pregos 14 x 18 - 1 1/2 x 14
P/AB - Pregos 16 x 20 - 2 1/4 x 12
P/AC - Pregos 30 x 38 - 3 1/4 x 8
Codificação alfanumérica
XX-YY-ZZZZZZ-A, onde:
XX – Grupos
YY – Classes
ZZZZZZ – Código de identificação
A – dígito de controle
Código de barras
· EAN International
Estrutura numérica
No total o código EAN-13 deve ter 13 dígitos. Vale ressaltar que os números da
empresa variam de empresa para empresa, os números que identificam o item variam de
item para item e o dígito verificador deve ser recalculado a cada variação na numeração.
Existem outros tipos de códigos padrões para diversas aplicações.
Razões de utilização
B3 C2 D2
E1 F1 E 1 G3
X Y
A2 B1 A3
C1 D3 E 2 F1 C1 D3 F2 G3
4) Há pedido de 10.000u a ser entregue na semana 10. Determinar as necessidades líquidas para cada
componente e quando emitir os pedidos de compra ou montagem, considerando os tempos de
atendimento.
A1 B1 C2 D1
Uma fazenda utiliza 15.000 sacos de fertilizante por ano na preparação para o plantio.
São gastos $16.000 para colocar o pedido junto ao fornecedor e os custos de
armazenagem são de 70% do saco de fertilizante, que é de $ 4.000.
Podemos definir que a gestão de estoque constitui uma série de ações que
permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem
localizados em relação aos setores que deles utilizam, bem manuseados e bem
controlados.
estoque mínimo,
estoque de segurança, do lote de suprimento, e
do estoque máximo.
Estoque Mínimo
Segundo Tófoli (2008), o consumo médio mensal dos itens de estoque e o tempo
de reposição variam muito; variam muito de item para item, de uma época para outra,
que leva as empresas a manter os estoques de segurança. O estoque de segurança é um
amortecedor destinado a minorar os efeitos de variações, do consumo médio mensal do
tempo de reposição ou de ambos conjuntamente. Esta ação concentra-se em determinar
uma reserva de estoque que equilibre tanto os custos de oportunidade das possíveis
faltas de estoque como os custos de estocagens de maiores quantidades de materiais no
almoxarifado. Tem como objetivo compensar as incertezas inerentes ao fornecimento e
demanda e permite manter um fluxo regular de produção.
Estoque Máximo
Estoque de Antecipação
Segundo Tófoli (2008), o estoque de antecipação pode ser usado para compensar
diferenças de ritmo de fornecimento e demanda. É mais usado quando as flutuações de
demanda são significativas, mas relativamente previsíveis. Ele também pode ser usado
quando as variações de fornecimento são significativas.
Outro importante fator é saber lidar com a inabilidade de fabricar todos os produtos
simultaneamente com as flutuações conhecidas no fornecimento ou demanda (estoque
de antecipação) e lidar com os tempos de transporte na rede de suprimentos (estoque no
canal de distribuição).
O estoque pode ser avaliado por três métodos: Primeiro que entra primeiro que
sai (Peps), ultimo que entra, primeiro que sai (Ueps) e Custo médio.
O método Peps
Peps é um processo que obedece à ordem das saídas pelo valor da entrada. De
acordo com Pozo (2007), este método é baseado na cronologia das entradas e saídas. O
procedimento de baixa dos itens de estoque é feito para ordem de entrada do material na
empresa, primeiro que entrou será o primeiro que saíra e assim utilizar seus valores na
contabilização do estoque.
O método Ueps
O Custo Médio é o método mais usado frequentemente, pois ele é o mais simples e evita
o excesso de preços nos produtos.
O Custo médio é recalculado sempre que é feita uma entrada ou uma saída do estoque.
(POZO, 2007).
Exercício:
No que diz respeito à análise de clientes, a curva ABC serve para analisar a
dependência ou risco face a um cliente, ou ainda para que tipo de clientes a organização
se deve focar. Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente da sua
contribuição para a empresa, de modo a se poder segmentar por grau de dependência, de
risco ou ainda por outro critério a definir.
Segundo Pinto (2002), numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a
administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas,
para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção, Para a
administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que
informa sobre a necessidade de aquisição de itens - mercadorias ou matérias-primas -
essenciais para o controle do estoque.
Técnica ABC
Numa típica classificação ABC, surgirão grupos divididos em três classes, como segue:
a) Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção
bem especial pela administração.
c) Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte
da administração.
Dias (1995), afirma que apesar da configuração acima ser válida como "padrão
típico", em se tratando de curva ABC a classificação não deve ter como regra rígida ser
composta por três classes.
1 – Coleta de Dados
Materiais Preço Qtde. Valor estoq
A 01 5,00 500 2.500,00
A 02 11,00 200 2.200,00
A 03 7,00 150 1.050,00
A 04 15,00 80 1.200,00
A 05 5,00 20 100,00
A 06 23,00 750 17.250,00
A 07 61,00 640 39.040,00
A 08 9,00 50 450,00
A 09 12,00 1020 12.240,00
A 10 5,00 950 4.750,00
A 11 7,00 800 5.600,00
A 12 58,00 400 23.200,00
A 13 24,00 600 14.400,00
A 14 52,00 800 41.600,00
A 15 4,70 1200 5.640,00
A 16 5,20 1100 5.720,00
A 17 6,75 1000 6.750,00
A 18 9,70 950 9.215,00
A 19 5,00 400 2.000,00
A 20 33,00 300 9.900,00
TOTAL 204.805,00
2 – Colocar os dados em ordem crescente
Materiais Valor estoq
A 14 41.600,00
A 07 39.040,00
A 12 23.200,00
A 06 17.250,00
A 13 14.400,00
A 09 12.240,00
A 20 9.900,00
A 18 9.215,00
A 17 6.750,00
A 16 5.720,00
A 15 5.640,00
A 11 5.600,00
A 10 4.750,00
A 01 2.500,00
A 02 2.200,00
A 19 2.000,00
A 04 1.200,00
A 03 1.050,00
A 08 450,00
A 05 100,00
TOTAL 204.805,00
3 – Atribuir o valor percentual
Materiais Valor %
estoq
A 14 41.600,00 20,31%
A 07 39.040,00 19,06%
A 12 23.200,00 11,33%
A 06 17.250,00 8,42%
A 13 14.400,00 7,03%
A 09 12.240,00 5,98%
A 20 9.900,00 4,83%
A 18 9.215,00 4,50%
A 17 6.750,00 3,30%
A 16 5.720,00 2,79%
A 15 5.640,00 2,75%
A 11 5.600,00 2,73%
A 10 4.750,00 2,32%
A 01 2.500,00 1,22%
A 02 2.200,00 1,07%
A 19 2.000,00 0,98%
A 04 1.200,00 0,59%
A 03 1.050,00 0,51%
A 08 450,00 0,22%
A 05 100,00 0,05%
TOTAL 204.805,00
Segundo Corrêa, “O Just in Time (JIT) surgiu no Japão, nos meados da década de
1970, sendo sua idéia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor
Company, a qual buscava um sistema de administração que pudesse coordenar a
produção com a demanda específica de diferentes modelos e cores de veículos com o
mínimo de atraso.
O JIT é muito mais do que uma técnica ou conjunto de técnicas de administração de
produção, sendo considerado com uma “filosofia”, a qual inclui aspectos de
administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto do produto,
organização de trabalho e gestão de recursos humanos. Algumas expressões são
geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia JIT.
Vantagens do JIT:
O Sistema KANBAN
Este nome é dado aos cartões utilizados para autorizar a produção e a movimentação de
itens, ao longo do processo produtivo. Este cartão contém, em geral, as seguintes
informações:
número da peça,
descrição da peça,
tamanho do lote a ser produzido e
colocado em container padronizado, centro de produção responsável e local
de armazenagem.
3.2 ARMAZENAMENTO
1. Determinação do local;
2. Definição adequada do layout;
3. Técnicas de estocagem, com embalagens convenientes aos materiais;
4. Sistemas de estocagem;
5. Segurança patrimonial contra furtos, incêndios, .
Seleção do Local
Planejar o arranjo físico de uma certa instalação significa tomar decisões sobre a
forma como serão dispostos, nessa instalação, os centros de trabalho que aí devem
permanecer. Pode-se conceituar como centro de trabalho a qualquer coisa que ocupe
espaço: um departamento, uma sala, uma pessoa ou grupo de pessoas, máquinas,
equipamentos, bancadas e estações de trabalho, etc. Em todo o planejamento de arranjo
físico, irá existir sempre uma preocupação básica: tornar mais fácil e suave o
movimento do trabalho através do sistema, quer esse movimento se refira ao fluxo de
pessoas ou de materiais.
Por todos esses motivos, poderia à primeira vista parecer que um arranjo físico,
uma vez estabelecido, é quase imutável e se aplica prioritariamente a novas
instalações.Isso não é verdade, entretanto, diversos fatores podem conduzir a algumas
mudanças em instalações já existentes:
• a ineficiência de operações,
• taxas altas de acidentes,
• mudanças no produto ou no serviço ao cliente,
• mudanças no volume de produção ou fluxo de clientes.
Tipos de Arranjo Físico
Técnicas de estocagem
Carga unitária;
Caixas ou gavetas
Prateleiras Raques
Empilhamento
Container flexível
Carga unitária:
Caixas ou gavetas:
Prateleiras:
Raques:
Para peças longas e estreitas (como tubos, barras, tiras, vergalhões e feixes).
Podem ser montados em rodízios, para facilitar o deslocamento;
Empilhamento:
Container flexível:
É uma das técnicas mais recentes, utilizada para sólidos a granel e líquidos em sacos. É
uma espécie de saco feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um
revestimento interno conforme o uso.
Centralizado
Descentralizado
O inventário físico deve ser realizado com dados atualizados, isto significa que
todos os registros de movimentações de estoque devem ser atualizados até a data do
inventário, quando deverão ser suspensas para evitar erros.
1 - Levantamento
2 - Contagem
4 – Conciliação
Armazenagem Especial
Produtos Perecíveis: Devem ser armazenados segundo o método “FIFO” (“First in First
Out”) – “o primeiro que entra é o primeiro que sai”.
Galpão fixo,
Galpão móvel
Galpão fixo:
Galpão móvel:
Semelhante ao galpão fixo, com a vantagem de possuir flexibilidade (capacidade
de deslocamento) permitindo a manipulação de materiais em qualquer lugar, eliminando
a necessidade de corredores. Independente de qualquer critério ou consideração à
seleção do método de armazenamento, é oportuno salientar a conveniência a respeito às
indicações contidas nas embalagens em geral, por meio dos símbolos convencionais que
indicam os cuidados a serem seguidos no manuseio, transporte e armazenagem, de
acordo com a carga contida.
Exercícios da Unidade 3
7) O que significa Just in Time? Qual a importância de sua utilização nas empresas?
QUANTIDADES VALORES
Data Entradas Saídas Saldo Preço Entradas $ Saída $ Saldo $
1/1 - - 100 1,50 150
24/1 300 400 1,56 468
08/2 80 320
16/3 140 180
11/6 150 330 1,60 240
18/8 130 200
6/9 110 90
15/10 150 240 170 255
29/12 140 100
Qual será o saldo do estoque final em reais do material X pelo método UEPS, PEPS e
Custo médio.
Objetivos da Unidade 4
Há alguns anos atrás, a Kaiser (que é um produto da Coca Cola), estava fazendo
uma campanha contra a fusão do que hoje é a Ambev; o que estava por trás desta briga ,
não era a concorrência pelo mercado de cerveja, e sim, a rede de distribuição. Com a
fusão da Brahma, Skol e Antarctica, a rede de distribuição seria maior e mais eficaz e o
Guaraná Antarctica (principal concorrente da Coca Cola) estaria a disposição com
maior frequência para o consumidor, deixando mais acirrada a concorrência no mercado
de refrigerantes. O gerenciamento da cadeia de suprimentos, ou supply chain, ou cadeia
logística integrada, nada mais é do que administrar o sistema de logística integrada da
empresa, ou seja, o uso de tecnologias avançadas, entre elas gerenciamento de
informações e pesquisa operacional, para planejar e controlar uma complexa rede de
fatores visando produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o cliente.
Os componentes da cadeia de suprimentos devem ser preparados para juntos
maximizarem seu desempenho, adaptando-se naturalmente a mudanças externas e em
outros componentes. Para isso é necessário um alto grau de integração entre fornecedor
e cliente que, como parceiros, diminuem custos ao longo da cadeia (entre 10% e 30%) e
tempo médio de estocagem (cerca de50%). À área de compras também compete o
cuidado com os níveis de estoque da empresa, pois embora altos níveis de estoque
possam significar poucos problemas com a produção, acarretam um custo exagerado
para uma manutenção. Esses altos custos para mantê-los são resultantes de despesas
com o espaço ocupado, custo de capital, pessoas de almoxarifado e controles.
Baixos níveis de estoque, por outro lado, podem fazer com que a empresa trabalhe
num limiar arriscado, em que qualquer detalhe,por menor que seja, acabe prejudicando
ou parando a produção. A empresa poderá enfrentar, por exemplo, reclamações de
clientes, altos níveis de estoque intermediários gerados por interrupções no processo
produtivo. A necessidade de adequação aos sistemas just-in-time (JIT) de muitas das
empresas levou a modificações importantes, entre elas a criação da nova função de
suprimentos. O chamado procurement envolve, além do relacionamento puramente
comercial com os fornecedores, também a pesquisa e o desenvolvimento desses
relacionamentos, sua qualificação e o suporte técnico durante o relacionamento entre as
partes, e que leva à necessidade de um aperfeiçoamento dos sistemas de informação.
Hoje, há uma integração total entre todos os setores internos da empresa, clientes e
fornecedores.
Alem de tudo o que já foi visto, o departamento de compras também pode assumir
vários outros papéis.
4.2 EMBALAGEM
contenção,
proteção, e
comunicação.
A Função de Contenção
A Função de Proteção
Alguns dos principais riscos aos qual a embalagem está submetida são: choques,
aceleração, temperatura, vibração, compressão, oxidação, perfuração, esmagamento,
entre outros.
A Função de Comunicação
Caixa de papelão
Tambores
muito utilizado para produtos líquidos, sólidos, pastosos, em pó, granulados, etc.
muito resistente;
fácil recuperação
Fardos
muito utilizado para fibras vegetais, como algodão, sisal, bucha; produtos de
origem animal, como lã, pêlos; produtos transformados, como borracha sintética,
retalhos ferro,
.
Decisões estratégicas
Escolha de Modais;
Decisões sobre propriedade da frota;
Seleção e negociação com transportadores;
Política de consolidação de cargas.
Decisões operacionais
Planejamento de embarques;
Programação de veículos;
Roteirizarão;
Auditoria de fretes;
Gerenciamento de avarias.
Seleção da Modalidade de Transporte:
tamanho,
peso,
valor unitário,
tipo de manuseio,
condições de segurança,
tipo de embalagem,
distancia a ser transportado,
prazo de entrega e outros.
Custo: cada modalidade tem seu componente de custos, que determina o valor
do frete.
Manuseio: cada modalidade está sujeita a determinadas operações de carga e
descarga, nas quais a embalagem permite facilitar o manuseio, reduzir perdas e
racionalizar custos.
Rodoviário
Dutoviário
Hidroviário ou Aquaviário
Aeroviário
Transporte Rodoviário
Vantagens
Adequado para custas e médias distâncias;
Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso as cargas;
Menor manuseio da carga e menor exigência de embalagem;
O desembaraço ma alfândega pode ser feito pela própria empresa transportadora.
Desvantagens
Transporte Ferroviário
Vantagens
Transporte Dutoviário
Possui pequena flexibilidade, operando apenas entre pontos fixos, que são as
estações de bombeamento e recalque. No entanto, o transporte dutoviário registra muita
competitividade para o transporte em alta velocidade de grandes quantidades de fluidos.
Vantagens
Alta confiabilidade, pois possui poucas interrupções;
Pouco influenciado por fatores metrológicos.
Desvantagens
Vantagens
Desvantagens
Transporte Aeroviário
Algumas dessas situações são catástrofes, guerras e epidemias. Devido a seu elevado
custo operacional, o transporte aéreo não é apresentado como alternativa, limitando-se
sua utilização a casos específicos. É o transporte adequado para mercadorias de alto
valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega.
Vantagens
Desvantagens
Menor capacidade de carga
Valor do frete mais elevado que os outros modais
Exercícios da Unidade 4
1) O que é Logística?
BIBLIOGRAFIA