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PLASTICIDADE DO TECIDO
MUSCULAR

Profa. Dra. Lucia Helena Batista

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PLASTICIDADE DO TECIDO MUSCULAR


Estudar ? Por quê?

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QUAL O OBJETIVO DE SE ESTUDAR


PLASTICIDADE?

Entender os mecanismos
envolvidos na resposta muscular conseqüente à sua
intervenção

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APÓS UM MÚSCULO SER SUBMETIDO A


UM PROGRAMA DE ALONGAMENTO ELE
SERÁ CAPAZ DE:

Menos resistente ao alongamento?


Por quê ?

Alteração comprimento? Por quê ?

Ganhar força? Por quê ?

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VISÃO GERAL  básica


Lembra-se?

junção miotendínea

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DESEVOLVIMENTO
MUSCULAR

MIOGÊNESE

NASCIMENTO DE UMA FIBRA


MUSCULAR

multinucleada

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miogênese
origem dos somitos do embrião

Massas de células primordiais


(folheto germinativo – mesoderma)

mononucleadas

Cels. Primitivas agregação Formação de miotubos


diferenciadas em multinucleados
mioblastos

Fibras musculares Desenv. Miotubos/ Miotubos primário/secundário e cels satélites membrana b.


maduras núcleo periferia

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Célula muscular

vimos a origem de uma fibra mas, qual sua estrutura??

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É constituída
ESTRUTURA DA de

MIOFIBRILA Que é

Sarcômero  menor
Unidade funcional do músculo

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ESTRUTURA
SARCÔMERO
Banda A

Linha Z Zona H
comprimento do
músculo

É a disposição das
proteínas
que constituem o
sarcômero
 aspecto estriado ao
músculo Linha M
Banda I

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Vendo a estrutura do
sarcômero uma
pergunta pode ser
feita:

O que mantém a
miosina centralizada?

O sarcômero poderia
desestruturar

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Mas vocês conhecem outro filamento


que faz parte do sarcômero?

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TITINA

TERCEIRO FILAMENTO

Proposto em 1954 - Huxley e Hanson


Descoberto durante os anos 70/80
Até o início dos anos 90  ignorado em
muitos livros de fisiologia - falta de uma imagem definida

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LOCALIZAÇÃO E FUNÇÕES DA
TITINA
repouso - 2.5 μm
alongado - 7 μm

dobrada

localização

10% conteúdo sarcômero Mas não é só isto!


?
funções
Mantém a tensão de repouso - miosina centralizada (até
alongado) e tem um papel na morfogênese da miofibrila.
(estudos) Alter, 1999

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PARTES DA TITINA

Esta parte elástica/extensível pode ser a resposta para o


mistério de alguns músculos possuírem mais flexibilidade que outros

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TITINA: DETERMINANTE NO
ALONGAMENTO DOS SARCÔMEROS
mecanismo protetor

Alongamento comprimento do sarcômero aumenta


Actina e miosina tamanho
constante

SUPORTE DO SARCÔMERO/PROTEÇÃO

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Mantém tensão de repouso -


Titina: determinante miosina centralizada e papel
no alongamento dos morfogênese

sarcômeros (como ela reage


ao alongamento no sentido de manter
a integridade do sarcômero)
(vários modelos)

miosina

Titina reserva durante


o reparo

Mantém o sarcômero dentro do seu comprimento de trabalho

Pollack, 1990

Wang et al.,1991
Integridade dos sarcômeros é comprometida

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TITINA MODULA O LIMITE ELÁSTICO DA


FIBRA MUSCULAR  diferentes curvas
Wang et al.,1991 stress x distensão
 Foi constatado isoformas (variações) de titina em
diferentes músculos (Wang e Wright., 1988)

 Sugerem  A titina pode modular o grau do limite


elástico do sarcômero por meio da expressão
seletiva de diferentes isoformas diferentes
curvas de stress x distensão ( Wang et al., 1991)

1ª questão é : pode o treinamento


influenciar as isoformas de titina
específicas à ele??????? ?

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TITINA MODULA O LIMITE ELÁSTICO DA


FIBRA MUSCULAR  diferentes curvas
stress x distensão

2ª questão é: posturas inadequadas


podem gerar diferentes isoformas de
titina???
?
Estudos são necessários para analisar os efeitos dos
diferentes estímulos  sobre as isoformas de titina

Mas a titina é contrátil?

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Foi visto que a titina contribui para a extensibilidade do músculo, mas..

QUAL É O COMPONENTE MAIS


IMPORTANTE DO MÚSCULO
RELACIONADO À FLEXIBILIDADE?

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Tecido conjuntivo

+sarcolema

qual deles influencia


mais na flexibilidade ?

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Cortes músculo esquelético

Mais influencia a
flexibilidade

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Fáscias

 Conceito  estruturas conectivas (envolvem – promovem o

 balão  cadeias
alinhamento dos músculos, vasos, nervos e órgãos do corpo -)

 Características  variam em densidade de acordo


com as exigências funcionais (+ densas, - exigidas)
 30% do tecido muscular Exemplos- posturas inadequadas e
envelhecimento
 Funções:
– ligação dos músculos em seus vários níveis de
organização (fibras,fascículos e músculos inteiros)
– distribuição das tensões
– lubrificação (água) /deslizamento  mudar sua forma

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Tecidos moles:
resistência ao movimento passivo

 Músculo (fáscia) 41%


IMPORTANTE-
Atenção especial
 Tendão 10%
 Pele 2%
Mas, do que são constituídas
Sabemos que é de Tecido conjuntivo!

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Tecido conjuntivo

Há uma variedade muito grande de tecido conjuntivo,


entretanto em todos eles os seguintes constituintes
básicos:
• Fibras (colágenas e elásticas – dependendo do tecido)

• Células (fibroblastos sintetiza o colágeno/


elastina/proteoglicanos, etc..) e

• Substância fundamental amorfa


(substância de base) 
elemento viscoso como gel  PROTEOGLICANOS

Matriz extracelular = fibras+proteoglicanos

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Fibra elástica
Fibras colágenas

Do que são constituídas as fibras de colágeno?

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Tecido conjuntivo

Fibrila
fibra
Microfibrilas
miofibrilas

sarcômeros

Arranjo das estruturas do colágeno


análoga a do músculo

Ultra-estrutura do colágeno três cadeias de


polipeptídio

- +

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Tecido conjuntivo

Função DOS
PROTEOGLICANOS:

Carga fixa •Lubrificação


- Prevenir elos
Glicosaminoglicanos (GAGs) Deslizamento
Fibrilas de colágeno Polissacarídeos +proteínas=proteoglicanos entre as ff.
Plissadas mola
HIDRÓFILOS

Embebidas em um gel - viscoso

ALTER......

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COMO O MÚSCULO É FORMADO - miogênese

DO QUE ELE É CONSTITUÍDO


(filamentos contráteis e não contráteis)

TECIDO CONJUNTIVO (fáscias e tendões)

mais alguma estrutura?

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O MÚSCULO TEM ALGUM MECANISMO DE


DEFESA CASO UM ESTÍMULO
(ALONGAMENTO) SEJA APLICADO DE
FORMA VIGOROSA/INTENSA?

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RECEPTORES SENSORIAIS

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FUSO MUSCULAR ??

CONSTITUIÇÃO e LOCALIZAÇÃO
É formado por um feixe
de fibras especializadas (4 a
20*) denominadas fibras
intrafusais  envolvidas por
uma bainha de tecido
conjuntivo que as fixam ao
endomísio das fibras
extrafusais e paralelo à elas
 por todo o corpo do
músculo.

ilustrar

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FUSO MUSCULAR

FUNÇÃO

 receptores de estiramento
 Detectam as alterações no
comprimento do músculo e
também

 velocidade

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O arco-reflexo
Raiz dorsal-sensorial
(extensor/estiramento)

alfa
Raiz ventral-motora

-
+ alongar
Lentamente

STOP

Autogênica (OTG) e recíproca (cruzada)

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Órgão Tendinoso de
Golgi (OTG)

Constituição/localização
Por um feixe de fibras na
junção miotendínea 
encapsuladas  e cerca de
10 a 15 fibras musculares
estão Ligadas em série a
cada OTG

Função
 Receptores de tensão
Muscular***,
limiar alto

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Órgão Tendinoso de Golgi (OTG)


OBSERVAÇÕES

O alongamento ativo gera uma maior resposta


do OTG, pois a tensão obtida pode ser maior.
Portanto, é um fator de proteção durante o
alongamento para que não ocorra lesões.
Diversos estudos demonstram que o alongamento
com tensão proporciona maior estímulo quanto ao
aumento na flexibilidade muscular.

muito importante
durante o alongamento
CUIDADO  LESÕES/ NÃO EXCEDER OS ALONGAMENTOS

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MANUTENÇÃO DA TENSÃO: muito


importante durante o alongamento

70% 30%

na ADM de extensão do na ADM de extensão do


Joelho  10° Joelho  3°

SULLIVAN, M. K.; DEJULIA, J. J. Effect of pelvic position and stretching method on hamstring muscle flexibility.
Med. Sci. Sports. Exerc., v(24), n. (12), p. 1383 -1389, 1992.

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DEPOIS DO QUE FOI DITO vocês devem estar se


perguntando: Então
de que forma deve ser realizado o alongamento?

Bandy e Irion (1994 e 1997) 30s 1 x dia


Feland et al., (2001)  no caso dos idosos
acima de 30s

**depende do treinamento, da resistência e


da sensibilidade de cada indivíduo

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Artigos relacionados
 O estudo demonstrou que o alongamento máximo suportável obtém melhores
resultados no aumento da ADM de forma aguda que o submáximo. Pensando na
melhora da flexibilidade não se deve negligenciar o controle da intensidade do
estímulo de alongamento (comando de vós – estar com o paciente), 2008.

 Foram estudados cinco grupos (controle, 15, 60, 90 e 120 segundos). O grupo
de 120 segundos apresentou a maior média de ganho de ADM. Conclui-se que
quanto maior o tempo de sustentação do alongamento (passivo), maior será o
ganho de flexibilidade, 2008.

 Verificar se a variação no intervalo de tempo entre sessões de alongamento


passivo influencia no ganho de flexibilidade. Um grupo alongou três vezes por
semana e o outro cinco vezes. Conclusões: O alongamento aumenta a flexibilidade
dos isquiotibiais, independente do tempo entre as sessões (24 ou 48 horas) e a
variável tempo não influencia o ganho de flexibilidade total. Porem, com cinco
sessões semanais, ganha-se flexibilidade mais rapidamente. Isso sugere que o
ganho de flexibilidade é sessão-dependente, 2009. (será comentado,
posteriormente, a problemática de se alongar todos os dias)

 3x 10 s alongamento passivo  produz aumento da ADM, 2010. Ganho de


flexibilidade a longo prazo? Suficientes para evitar lesões ? Aquecimento? Mais
estudos necessitam ser feitos com este tempo juntamente com outros tempos.

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 Estudos utilizam informações subjetivas do paciente como “desconforto” e “tensão


sem dor” para limitar intensidade de alongamento, sem estabelecer uma tensão
adequada de estiramento. Objetivo: Estudar a relação entre tensão aplicada e
informações subjetivas, durante alongamento estático passivo para analise da
reprodutibilidade e variações nas informações sensoriais. Os grupos foram submetidos
a três avaliações para mensurar o torque e a atividade eletromiográfica (EMG), nas
posições de sensação de desconforto (SD) sem dor e sensação de desconforto com dor
(SDD) Conclusão: Este trabalho revelou que a informação da sensação subjetiva de
alongamento é confiável, segura e possível de ser reproduzida clinicamente. Rev. Bras.
Fisioter., São Carlos, v. 10, n. 4, p. 465-472, 2006

 O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de 10 séries de 30 segundos e três séries


de três minutos de alongamento estático passivo na flexibilidade. Conclusões: Ambas
aumentaram a flexibilidade dos isquiotibiais 2009 . (3x de três min. ADM maior, mas
aqui não significativo)

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 O objetivo deste estudo foi analisar a frequência ótima. Três grupos de


alongamento (FNP) receberam a intervenção 5x por semana durante 2 semanas
consecutivas, variando quanto à frequência em uma, 1, 3 ou 6 manobras por
sessão. Os dados revelaram que os grupos tiveram ganho de amplitude
significativo em relação ao grupo controle, mas não entre eles mesmos. Em
relação à velocidade do ganho, os grupos que utilizaram 3 e 6 manobras
alongaram mais rapidamente que o grupo que utilizou apenas uma manobra.
Conclui-se, portanto, não haver diferença em relação ao ganho quando se
utilizam 1, 3 ou 6 manobras,2007.

 Objetivo: Comparar os efeitos do alongamento segmentar (passivo) em


relação ao alongamento global quanto a ADM do joelho. Segmentar: duração
de 3x 30s com intervalo de 20 segundos entre elas (passivo). Global: Durante os
15 minutos foi realizada contração/relaxamento com progressão da posição para
extensão completa dos joelhos (ativo). Conclusão: A partir dos resultados
encontrados demonstrou-se que ambos os protocolos foram eficazes quanto ao
ganho de ADM (global maior ganho e, também, do ponto de vista da
manutenção, apresentou melhores resultados, após 18 semanas)
2010. (manutenção maior por que a intensidade foi maior) - ativo

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Depois de termos visto e revisto alguns conceitos científicos


básicos, agora vamos retomar as questões inicias

APÓS UM MÚSCULO SER SUBMETIDO A


UM PROGRAMA DE ALONGAMENTO ELE
SERÁ CAPAZ DE:

 Alteração comprimento?

 Ganhar força?

 Menos resistente ao alongamento?

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PLASTICIDADE MUSCULAR

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plasticidade

CONCEITO DE PLASTICIDADE
MUSCULAR

É a capacidade de adaptação
do músculo à determinados
estímulos

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plasticidade

Que estímulos??

 Exercícios físicos  fortalecimento /alongamento

 Imobilização (estudos importantes foram realizados)

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Plasticidade dos sarcômeros

Plasticidade dos sarcômeros


H

Imobilizou o músculo
de gato/4 semanas
alongamento
Capacidade de adaptação
dos músculos quando
sob estímulos
encurtamento

Marey, 1887 (transplante do


Tríceps sural  adaptação ao
novo comprimento funcional);
Goldspink G.,1968;
Williams e Goldspink,1971
Tabary et al., 1972

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Plasticidade dos sarcômeros

Músculo em posição Músculo em posição


alongada:
encurtada:
20% sarcômeros em serie
40% sarcômeros em serie
Não alterou conjuntivo
tecido conjuntivo (não é a imobilização que altera o tec.
conj., mas a posição imobilização)

4 semanas após ter tirado a


imobilização o músculo
apresentou extensibilidade e
número de sacômeros similar
ao grupo controle
Mas, o aumento/
diminuição
no número de
sarcômeros
ocorre  todo
o músculo?

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Plasticidade dos sarcômeros

Sarcômero: relação
tensão x comprimento

Sobreposição ótima
– miosina/actina

Restabelecimento
do comprimento
funcional
do sarcômero

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Plasticidade dos sarcômeros

Efeito do alongamento na
morfologia das fibras musculares

ESTUDO I

Alongamentos intermitentes do soleus

 40 min a cada 72 horas ( alongado a cada três dias, 21 dias)


 3 grupos de ratos:
1) Imobilizado em posição de encurtamento máximo por 21 dias
2) encurtado e alongado a cada 72 horas e
3) só alongado por 21 dias
OBJETIVO: analisar  comprimento do músculo, número de
sarcômeros e área das fibras

COUTINHO, E.L., GOMES, A.R.S., FRANÇA, C.N.and SALVINI, T.F.


The effect of passive stretching on the immobilized soleus muscle fiber morphology.,
Braz J Med Biol Res, 37: 1853-1861, 2004.

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40 min de alongamento Plasticidade dos sarcômeros

Atrofia das fibras e


controle aumento do tecido
conjuntivo
sóleo
IM
enc.
21d O alongamento
A amenizou a atrofia com
relação ao só imolilizado
IM
21d E o que
along. só foi
a cada alongado
3d ?
B


Along. a
cada 3 d

C
O alongamento passivo promoveu aumento no comprimento do músculo, no
número de sarcômeros e na área das fibras.

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Plasticidade dos sarcômeros

Efeito do alongamento na morfologia das fibras


musculares
ESTUDO II  dois protocolos de
alongamento passivo (3x/semana e protocolo similar aos utilizados na terapia com
diariamente) músculo sóleus esquerdo humanos  1º estudo a se realizar
(encurtado)

Foram 7 semanas de estudo analisou o


número de sarcômeros e comprimento O que foi obtido
como resultado?
muscular após alongamento.
Ambos os protocolos de
alongamento em músculos encurtados
1) CONTROLE- livres por sete semanas induz o aumento do número de
2) GRUPO I – Imobilizado em encurtamento sarcômeros em série, entretanto os
músculos alongados 3 x por semana
durante quatro semanas e livres três obteve melhor resposta que o
semanas diariamente. O comprimento muscular
deste mesmo grupo também aumentou.
3) GRUPO encurtado+alongado 3x/semana
durante três semanas (10 séries/1 min)
4) GRUPO – encurtado + alongado Há grandes chances dos músculos de
humanos responder da mesma forma no
diariamente- três semanas (10 séries/1 caso destes protocolos. Há necessidade de
min) mais estudos que utilizem protocolos
similares aos utilizados na clínica.

SALVINI, T.F., COUTINHO, E.L., RUSSO, T.L., and DeLUCA, C. One-minute bouts of passive stretching after immobilization increase sarcomerogenesis
in rat soleos muscle., Braz. J. morphol. Sci., 23(2): 271-277, 2006.

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 Dados revelam que curto período de imobilização (7 dias) promove alterações


nos parâmetros morfométricos massa muscular, número e comprimento de
sarcômeros em série, área das fibras musculares, densidade de área de tecido
conjuntivo intramuscular. Tais resultados permitem sugerir a necessidade da
reabilitação em músculos submetidos à imobilização, mesmo a curto prazo, para
que a mesma possibilite o retorno precoce das características musculares
normais. Rev. bras. fisioter., São Carlos, v. 11, n. 4, p. 297-302, j2007 - DURIGAN

 Estudaram o colágeno muscular após imobilização seguido de alongamento


indicando que o treino de alongamento é favorável após imobilização segmentar.
Revista Ciência & Saúde, p. 47 nov. 2009 -SVERZUT

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 CUIDADO EM ALONGAR APÓS IMOBILIZAÇÃO, POIS HÁ ALTERAÇÕES NA


CARTILAGEM DEVIDO A IMOBILIZAÇÃO QUE AS COMPRESSÕES SÓ
PREJUDICAM. PORTANTO O ALONGAMENTO APLICADO EM ARTICULAÇÕES
PREVIAMENTE IMOBILIZADAS DEVE SER ALONGADO COM CAUTELA
RESPITANDO PERÍODOS INTERCALADOS DE ESTÍMULOS MECÂNICOS. Tese
de doutorado UFSCAR Adriana Renner, 2010.

 A imobilização reduz a capacidade do músculo de suportar cargas e protocolo


de exercício físico apresenta uma tendência a restabelecer os valores ao
padrão controle, tanto nos animais adultos como nos idosos. O fator idade
interferiu somente no alongamento no limite máximo gerando redução desta
propriedade no período pós-imobilização. Deve-se ter cuidado em alongar
idosos no limite pós imobilização. Acta Ortop Bras. 20(4): 218-22, 2012.

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TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR

CONCÊNTRICA

ISOMÉTRICA

EXCÊNTRICA

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Plasticidade dos sarcômeros

Alongamento + contração/Excêntrica

 > Síntese protéica muscular

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Plasticidade dos sarcômeros

O MÚSCULO COMO UM ÓRGÃO DE SECREÇÃO


HORMONAL REGULADO PELO ESTÍMULO
MECÂNICO
Sabe-se que (Minamoto e Salvini, 2001- vol.5n.2- RBF)

Os músculos esqueléticos quando submetidos a um alongamento


excêntrico (tensão +alongamento) promove aumento na secreção hormonal de
fatores de crescimento - Mechano Growth Factor (MGF)

tensão MGF

MGF  é o elo de ligação entre o estímulo mecânico e a síntese protéica

Mas, a maneira pela qual o estímulo mecânico (alongamento excêntrico) é traduzido em síntese protéica
ainda não está bem determinado (Goldspink, 1998).

MGF é expresso em músculos humanos


(Yang et al.,1996)

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Plasticidade dos sarcômeros

Alongamento muscular por meio do


Exercício excêntrico

 Proporciona produção hormonal (IGF


e MGF) >síntese protéica > aumento do
número de sarcômeros em serie...

 > remodelação do conjuntivo

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PLASTICIDADE DO TECIDO
CONJUNTIVO

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Plasticidade tecido conjuntivo

Alterações no tecido conjuntivo


pós-alongamento

Renovação (produção e
decomposição) do colágeno

contínua Produção de colágeno Mais elos cruzados são


sedentarismo estabelecidos
imobilização (perda de proteoglicanos e agua)

Tecido conjuntivo mais resistente ao alongamento

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Plasticidade tecido conjuntivo

Exercício de alongamento
prevenção de elos cruzados Bryant et al 1977; Shephard, 1982

o número de elos cruzados


e previne sua formação

Os exercícios de alongamento

aumenta a taxa de renovação do colágeno


 diminuição da resistência ao alongamento

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Plasticidade tecido conjuntivo

O alongamento aumenta a degradação de


“pontes” no tecido conjuntivo (outro exemplo)

LIVRE DE TENSÃO

ESTENDIDO/ALONGADO
HORIZONTALMENTE

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Plasticidade tecido conjuntivo

ALTERAÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO


PÓS-ALONGAMENTOS

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Plasticidade tecido conjuntivo

PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS


TECIDOS MOLES
Hamill, Alter, dissertação, Lederman

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Plasticidade tecido conjuntivo

PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS


TECIDOS MOLES

TIPOS BÁSICOS DE FORÇA


Quando um tecido ou
material é submetido a
uma força/carga, pode
ocorrer mudanças
na forma ou no tamanho
do material. Estas
mudanças
no tecido biológico
são denominadas

O alongamento é
uma deformação

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Plasticidade tecido conjuntivo

PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS


TECIDOS MOLES respostas elástica e
plástica

SÃO constituídos de fibras rígidas e elásticas


embebidas em um meio viscoso. Sendo assim, eles
podem sofrer alongamento e retornar ao seu
comprimento original(resposta elástica), mas devido a
esta propriedade

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Plasticidade tecido conjuntivo

PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS


TECIDOS MOLES TRANSITÓRIO ou
CURTO PRAZO

• Quanto mais tempo


segurar o alongamento
mais alongará  até o
limite de cada paciente.

•  deformação lenta
está ligada ao tempo e
ao ritmo (lento)

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Plasticidade tecido conjuntivo

TENSÃO DE RESISTÊNCIA PASSIVA

 quando o músculo
está sendo passivamente
alongado o tecido
conjuntivo oferece força
de oposição (resistência)
Mchugh et al. 1992
Tensão de resistência
passiva do tecido
conjuntivo

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Plasticidade tecido conjuntivo

Fase dinâmica
vel. de 5°/s

Fase estática
Torque (Nm)

90s
29%

Tempo de alongamento (s)

eletromiografia

Alterações viscoelásticas curto prazo- Dispersão energia durante o alongamento 


em forma de calor  diminui viscosidade

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Plasticidade tecido conjuntivo

 Um efeito esperado do pós-alongamento é a redução na


tensão de resistência passiva oferecida pelo tecido
conjuntivo
Mandding et al. (1987) e Chan et al. (2001)

 Alguns estudos atribuem o aumento na ADM, pós-


alongamentos, a alterações nas propriedades viscoelásticas
do tecido conjuntivo que resultam na queda no torque
passivo/ curto prazo
(Magnusson et al., 1995; 1996 a; 2000)

 Verificaram  queda permaneceu por pelo menos 1 hora


Magnusson et al., 1995; 1996 ; 2000

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 De acordo com a duração do estímulo foram divididos: 10 s , 60 s e 120 s.


Posteriormente, cada grupo foi subdivido em relação ao número de séries, a
saber: uma (10s , 60s , 120s) e três séries (10s, 60s, 120s). A flexibilidade foi
medida por um goniômetro universal e as observações ocorreram
imediatamente após, 90 minutos após e 24 horas depois do estímulo.
Conclui-se que a duração do estímulo pode proporcionar maior flexibilidade
inicial, independentemente do número de séries. Porém, os ganhos
imediatos de flexibilidade não são mantidos após 24 horas. Não se
sabe, porém, se estímulos sucessivos de longa duração proporcionariam
maior amplitude em longo prazo em comparação com alongamentos
realizados por menor tempo, 2004 .

 Objetivo: Realizar uma revisão crítica da literatura para investigar os efeitos


de exercícios de alongamento sobre a rigidez tecidual passiva. O aumento da
área de secção transversa e modificações na composição dos tecidos são
alguns dos mecanismos responsáveis por esse aumento. Conclusão: Os
programas de alongamento estático ou do tipo contrai-relaxa reduzem a
rigidez tecidual, 2012.

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 Após alongamento a ADM aumentou e a rigidez passiva foi reduzida.


Verificaram neste estudo que não houve nenhuma alteração nas propriedades do
tendão. A extensibilidade do músculo ocorreu pela mudança no comprimento dos
fascículos, o que sugere que, pelo menos, parte da mudança no músculo foi
devido a propriedades alteradas de tecido conjuntivo muscular. J Physiol. , 586 (1) :97-
106. 2007 .

 O alongamento passivo (torque) diferiu entre os indivíduos durante o


alongamento da Unidade Musculo Tendínea (MTU). Em sujeitos com rigidez
passiva pequena, o “alongamento” do tendão foi inferior que dos fascículos. No
caso de indivíduos com rigidez maior a resposta foi mais intensa nos tendões. Em
conclusão, os resultados indicam que a rigidez do tendão do músculo varia entre
os indivíduos durante alongamento passivo. J Appl Physiol (106 (1) :169-77 , 2009.

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 No caso do músculo gastrocnêmio, os tendões contribuem bastante durante o


alongamento J Exp Biol . 210 (23):4159-68, 2007.

 Os mesmos autores do estudo acima citam em um novo trabalho que o


comprimento músculo-tendão difere entre os fascículos: alguns fascículos
começam a alongar em comprimentos do tendão do músculo muito curtos
enquanto outros fascículos permanecem relaxados. Isto sugere fascículos
musculares são progressivamente 'recrutados' e contribuem sequencialmente
para rigidez músculo-tendão durante o alongamento passivo. A novidade deste
trabalho é que ele revela um fenômeno anteriormente desconhecido,
postula um novo mecanismo de propriedades mecânicas passivas do
músculo (recrutamento de fascículos musculares), e confirma com
medições de alta resolução (US) que a deformidade passiva do músculo
gastrocnêmio do humano é devido, também, ao tendão. J Physiol . 589.21, pp 5257–
5267, 2011.

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17/10/2013

AUMENTO NO COMPRIMENTO DO
MÚSCULO  LONGO PRAZO

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Plasticidade tecido conjuntivo

AUMENTO NO COMPRIMENTO DO
MÚSCULO  LONGO PRAZO

 aumento no comprimento do
músculo apenas transitório (resposta elástica)
 associada ao fluxo de fluídos
 permanente (resposta plástica)
 alteração que pode ocorrer, provavelmente, depois
de semanas de alongamento dependendo do
paciente.

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AUMENTO NO COMPRIMENTO DO
MÚSCULO  LONGO PRAZO

Curto prazo

A longo prazo

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Plasticidade tecido conjuntivo

AUMENTO NO COMPRIMENTO DO
MÚSCULO  LONGO PRAZO

 Vinculado ao ESTÍMULO na posição


alongada  exercícios de
alongamento / ADM funcional recém
adquirida

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Plasticidade tecido conjuntivo

AUMENTO NO COMPRIMENTO DO
MÚSCULO  LONGO PRAZO

 O alongamento aplicado
com muita frequência, muitas vezes durante a
semana, pode ocasionar um reparo
inadequado do tecido conjuntivo.

 80% do comprimento é obtido nos 4 primeiros


ciclos (varia de indivíduo para indivíduo) – é o que
demonstra o estudo a seguir 

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Plasticidade tecido conjuntivo

AUMENTO NO COMPRIMENTO DO
MÚSCULO  LONGO PRAZO

Há muito tempo
se investiga repetições
Durante os alongamentos

TAYLOR, D. C. et al.
Viscoelastic properties of muscle-tendon units.
Am. J. Sports Med., v.18, n. 3, p. 300 – 309, 1990.

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Plasticidade tecido conjuntivo

Adaptações do tecido conjuntivo

 Ao padrão de atividade (+ atividade + flexível)


 Ao menor comprimento funcional
– Ex: imobilização articular
 encurtamento da cápsula, ligamentos e
tendões
 novo tecido e sintetizado para adaptação a
menor mobilidade (+ ff colágenas + elos (–
H2O)
 aderências

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Plasticidade tecido conjuntivo

Envelhecimento
e Tecido conjuntivo (idosos sempre
presentes)

 Aumenta a rigidez (diminui a extensibilidade)


 Aumenta o diâmetro das fibras colágenas
 % Fibrilas colágenas se cristalizam (> resistência)
 > desidratação tec. conjuntivo  Aumenta o numero
de pontes entre os feixes de colágeno
 Fragmentação/calcificação fibras elásticas

 Tempo maior para o alongamento  dependendo


de cada paciente  maior flexibilidade melhor qualidade de vida
 Ex: alongamento tríceps sural e flexores do quadril melhora
funcional

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ARTIGOS ALONGAMENTOS
IDOSOS
 KERRIGAN, D. C.; XENOPOULOS-ODDSSON, A.; SULLIVAN, M. J.; LELAS, J. J. Effect of a
Hip Flexor-Stretching Program on Gait in the Elderly. Arch. Phys. Med. Rehabil, v.84,
p.1-6, 2003

 GAJDOSIK, R. L. Relationship between passive properties of the calf muscles and


plantarflexion concentric isokinetic torque characteristics. Eur. J. Appl. Physiol., v.87,
p.220-227, 2002.

 GAJDOSIK, R. L.; VANDER LINDEN, D. W.; McNAIR, P. J.; RIGGIN, T. J.; ALBERTSON, J.
S.; MATTICK, D. J.; WEGLEY, J. C. Slow passive stretch and release characteristics of the
calf muscles of older women with limited dorsiflexion range of motion. Clinical
Biomechanics, v.19, p.398-406, 2004.

 GAJDOSIK, R. L.; VANDER LINDEN, D. W.; McNAIR, P. J.; RIGGIN, T. J.; ALBERTSON, J.
S.; MATTICK, D. J.; WEGLEY, J. C. Viscoelastic properties of short calf muscle-tendon
units of older women: effects of slow and fast passive dorsiflexion stretches in vivo. Eur.
J. Appl. Physiol, v.95, p.131-139, 2005 (a).

 EVANS J, KERRIGAN DC . Effect of a supervised hip flexor stretching program on


gait in frail elderly patients. Efeito de um programa de alongamento supervisionado
dos músculos flexores de quadril na marcha em pacientes idosos frágeis. PM & R. 3 (4)
:330-5, 2011.

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Considerações sobre a Deformação


Plástica do Tecido Conjuntivo

1) Mais efetiva quando o alongamento é lento, de


baixa/moderada intensidade e mantida por longos
períodos, baixa frequência;

2) alongamento lento/progressivo e mantido: < risco de


lesão tecidual e

3) Persistência

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O PRIMEIRO ESTUDO A SER


REALIZADO COM ESTA
TEMÁTICA

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avaliação do torque

Posição
inicial

Posição
final

avaliação da ADM

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RESULTADOS: ADM E DO TORQUE MUSCULAR

ADM grau de encurtamento Torque isométrico eflexor


isocinético concêntrico e excêntrico
do joelho
Pico de torque (Nm)
150 *
80 * *
movimento (graus)
Amplitude de

60 100
*
pré
40 pós
20 50
pré
0
pós
pré pós
0 pré
Iso mét rico 30°/S 60°/S 30°/S 60°/S pós
Concêntrico Excêntrico
23,6° pré
pós
pré
(53,7  13° para 30,1  16°) Torque isométrico e isocinético concêntrico e excêntrico
pós
(p= 0,0001) extensor do joelho

300
Pico de torque (Nm)

* *
(Wallin et al., 1985; Bandy e Irion 1994; 1997; Willy et al., 250
2001; Chan et al., 2001; *
Guirro et al., 2001)  8°  66% maior  manutenção da posição 200
pélvica 150
pré
100 pós
50 pré
0 pós
iso mét r ico 30°/s 60°/s 30°/s 60°/s
Concêntrico Excêntrico pré
pós
pré
pós
pré
pós

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RESULTADOS: ADM E DO TORQUE MUSCULAR

 ADM  tensão exigida que em outros


estudos

 AUMENTO DE FORÇA  maior


recrutamento pela tensão do alongamento

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AMBOS ARTIGOS JÁ PUBLICADOS EM


REVISTAS INTERNACIONAIS E ESTÃO
DISPONÍVEIS ON LINE

fisioluciahb@gmail.com

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APÓS UM MÚSCULO SER SUBMETIDO A


UM PROGRAMA DE ALONGAMENTO ELE
SERÁ CAPAZ DE:

Menos resistente ao alongamento?

Alteração comprimento?

Ganhar força?

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