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A influencia da filosofia no islam e no judaísmo

FILOSOFIA ISLÂMICA

Também chamada de filosofia muçulmana, ou filosofia árabe. Tratarei da filosofia


islâmica desenvolvida pelos árabes na península Ibérica.

O contato com o mundo grego e cristão levou os muçulmanos a agregar elementos


de filosofia que explicassem sua fé. Este processo resultou numa "teologia
muçulmana", denominada KALAN. O Kalan se inicia em Damasco e se desenvolve em
Bagdá e Bassora. Tem duas correntes clássicas: uma ortodoxa (asaríes) e outra
heterodoxa (mutazilíes). Os problemas mais discutidos são: a criação, desde o
nada à eternidade do mundo; onipotência e onisciência de Deus e a liberdade
humana; justiça divina; destino do pecador; imortalidade da alma.

Principais pensadores da filosofia islâmica: AL-KINDI (796-874), conhecido como


"o filósofo dos árabes", conheceu a maioria das obras de Aristóteles, agregando
conceitos aristotélicos à fé muçulmana e elementos neoplatônicos; para ele, a
filosofia serve para dirigir a vida do homem em direção ao seu fim. ALFARABI
(870-950), comentou várias obras de Aristóteles, mas sua mentalidade se mantém
dentro do neoplatonismo; formulou um catálogo das ciências usando como base a
proposta original de Aristóteles; comunicou-se sem dificuldade com autores de
outros credos, cristãos, por exemplo. AVICENA (980-1037), médico e sábio, teve
acesso às bibliotecas das cortes onde trabalhou; continua a orientação filosófica
de Alfarabi, porém a supera em profundidade e vigor; realiza uma complexa
interpretação da função intelectiva, classificando o intelecto em: entendimento
agente separado (unido à esfera lunar) e entendimento passivo ou potencial
(próprio de cada indivíduo); marca a escolástica cristã e influencia Tomás de
Aquino. AVERRÓES (1126-1198), estudou direito, teologia, medicina e filosofia;
Segue a tradição aristotélica e é conhecido como "o comentador", por seus muitos
comentários às obras de Aristóteles; buscou restituir em pureza a doutrina de
Aristóteles, violada pelos elementos neoplatônicos vigentes em seus
predecessores; acreditava que a filosofia de Aristóteles era a verdadeira;
formulou a teoria da dupla verdade, pois a verdade seria entendida na filosofia e
expressa na teologia.
A FILOSOFIA JUDAICA

Até o século IV aC, a principal fonte do pensamento judaico foram as Sagradas


Escrituras. Com a desaparição do profetismo, esta fonte foi preenchida pelo
tradicionalismo, representado pelos fariseus e escribas. Essa perspectiva
manteve-se até próximo do ano 70 da nossa era, quando Jerusalém foi tomada por
Vespasiano. Entre os judeus mais ou menos helenizados, surge o problema da
verdade revelada na Escritura e a filosofia. A tentativa de conciliação dessas
fontes de conhecimento foi mal sucedida, e a religião trancou-se no
tradicionalismo novamente, até que, por volta do século VIII, as escolas da
Babilônia entraram em contato com o Kalan.

Após o ano 70 surgiram grupos de comentadores judeus, que criaram o Mischiná, a


quem lhe sucedeu o Talmud (espécie de enciclopédia judaica). A QABBALAH, desta
época, é um tratado, escrito numa linguagem rebuscadamente misteriosa, que
consiste numa espécie de teologia cósmica, influenciada pelo pitagorismo e
gnosticismo, misturados com magia e taumaturgia. Sua origem parece ser uma
reação à rigidez da Mischiná e do Talmud, ou uma reação do misticismo contra o
racionalismo, uma concessão ao neoplatonismo contra o aristotelismo.

Os filósofos árabes foram os mestres dos filósofos judeus. Seus principais


pensadores foram: ISAAC ISRAELI (865-955), primeiro nome da filosofia
judaica, foi médico; teve influência neoplatônica, que interferiu profundamente em
sua concepção emanatista da origem do mundo e da doutrina da alma. SAADIA
BEM JOSEF DE FAYUNN (892-942), famoso por escrever o livro das crenças e
opiniões, buscou constituir uma filosofia propriamente judaica, embasada em um
acordo entre ciência e religião; acreditou que o mundo não é eterno (começou no
tempo), e isso demonstraria por que o universo é finito, composto, misto de
substância e acidente; foi crítico da teoria emanatista de Platão e combateu a
idéia de preexistência da alma. SALOMÃO IBN GABIROL (1021-1070), conhecido
por Avicebrón, teve influência neoplatônica; sua teoria influenciou filósofos
cristãos (especialmente franciscanos), ao dizer que no topo do universo está o
Criador, e hierarquicamente, tudo o que está abaixo dele foi criado pela vontade
dEle. MAIMÔNIDES (1135-1204), chamado de "o sábio judeu", buscou uma relação
inteligível entre os preceitos judaicos e a filosofia clássica grega, por meio de um
diálogo entre discursos dos sábios por um lado, e de Aristóteles (o príncipe dos
filósofos), e outros Peripatéticos em geral, de outro; por viver em Córdoba, teve
contato com as três tradições monoteístas, suas indagações médicas, teológicas e
filosóficas, confluíram numa obra que extraiu argumentos que tramaram fé e
razão, as narrações do Gêneses com a física Aristotélica; esta obra foi
denominada "O Guia de Perplexos", que tem por principais objetivos esclarecer
conceitos e identificar sentidos; buscou defender o uso da filosofia para explicar
as escrituras. A maior contribuição de Maimônides foi sua filosofia prática (ética
e política), que ele acrescenta aos temas do Direito e das Leis (temas privilegiados
pela tradição judaica); para ele, lei e filosofia são inseparáveis, e a lei serve para
alcançar o bem da alma e do corpo; toda lei teria sua causa clara e utilidade
manifesta; acreditou que o ser humano era político por natureza, e as leis não
seriam naturais, mas estariam em conformidade com a natureza; os melhores
governadores de uma cidade seriam os profetas, pois a cidade fundada pela lei do
filósofo seria inferior à cidade fundada por um profeta e governada por sua lei.

REFERÊNCIAS

 BERGMAN, G. Filosofia de banheiro: sabedoria dos maiores pensadores mundiais para o dia-a-dia.
Trad. Caroline Kazue Ramos Furukawa. São Paulo: Madras, 2004.
 CABRAL, CA. Filosofia. São Paulo: Editora Pillares, 2006.
 CHAUI, M. Convite à filosofia. 12 ed. São Paulo: Editora Ática, 2002.
 NUNES, CA. Aprendendo Filosofia. Campinas, SP: Papirus, 1986.
 REZENDE, A. Curso de filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e
graduação. 13. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.
 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA. História da Filosofia Medieval. Brasília: 2004.

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