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CARTÃO SUS
Sistema ainda tem que superar muitas
barreiras para dar bons resultados
Endereços
! www.agenciaaids.com.br
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O Cartão e a complexidade
S empre tive uma resistência conser-
vadora e preconceituosa em rela-
ção ao Cartão SUS. Primeiro, porque,
confiabilidade e continuidade na as-
sistência aos usuários. Talvez por esta
razão, e pelo melhor controle de gas-
Comunicação em Saúde
! A rede contra a Aids 2
superado o tempo em que se exigia car- tos, tanta gente defenda que se avan-
teira de trabalho ou de institutos de ce no projeto. As desconfianças em
previdência para o acesso à rede públi- relação ao cartão e as estratégias para Editorial
ca de saúde, temo que cartões, núme- superá-las foram o ponto de partida ! O Cartão e a complexidade 3
ros ou senhas venham a se tornar obs- para entrevistar gestores, sanitaristas
táculo à universalidade do atendimento. e usuários em nossa matéria de capa.
Segundo, porque a infra-estrutura e o Confira também a bem-sucedida implan- Cartas 4
suporte tecnológico necessários para tação do Cartão SUS em Aracaju.
a manutenção do sistema, após sua im- Outro destaque desta edição é a
plantação com recursos federais, são cobertura do 2º Simbravisa, realizado
inexistentes ou dispendiosos demais em Caldas Novas (GO) sob a inspiração Súmula 5
para inúmeras unidades. E as prioritárias da poetisa Cora Coralina e do pensa-
humanização e qualidade do sistema ga- dor francês Edgard Morin. A crescente
nhariam mais com investimento nos pro- legião dos construtores da nova Vigi- Toques da Redação 7
fissionais e na ampliação das estratégi- lância Sanitária no país defendeu o
as de integralidade e atenção básica. controle político e ético sobre as ati-
Por fim, num país em que é tão fácil vidades científicas e o envolvimento da
violar o painel de votação do Senado sociedade com a Vigilância Sanitária.
quanto vender dados confidenciais, as Foi um encontro de muitas bandeiras:
informações clínicas sobre os cidadãos por mais verbas e menos desperdício
Cartão Nacional de Saúde
podem chegar às mãos de emprega- na Saúde, solidariedade às 800 vítimas
dores, planos de saúde e segurado- do Césio 137, acessibilidade para usuá- ! Você ainda vai ter um 8
ras. Principalmente se considerarmos rios, redes de informação e conheci- ! O exemplo que vem de Aracaju 11
que a quase totalidade dos governos mento, desenvolvimento sustentável e
desta República tem representado os humano, justiça ambiental, prevenção
interesses dessas corporações. Mas, de riscos. Além de abrigar crítica à de-
como diz Cláudia Risso, do Datasus, é sigualdade econômica, à supressão de
preciso superar os preconceitos, e a direitos e à globalização excludente, o
Radis abre este debate. encontro possibilitou debate sobre o 2º Simbravisa
Não há dúvida sobre os benefíci- desafio da complexidade do conheci- ! Dilemas e desafios da vigilância
os que um prontuário eletrônico — mento e do aprender a ouvir o outro. sanitária 12
estágio final de implantação do Car-
! Dois momentos femininos 16
tão — traria à organização e à eficiên- Rogério Lannes Rocha
cia do sistema de saúde e à agilidade, Coordenador do Radis
Serviço 18
Pós-Tudo
! O controle necessário 19
C AR
RTTA S
expediente
G ostaria de parabenizá-los pela ex-
celente publicação, que em mui-
to vem me ajudando como cidadão e
como conselheiro municipal de Saú-
Subcoordenação Justa Helena Franco de, agora privilegiado como assinan-
Edição Marinilda Carvalho te desta maravilhosa revista por ter
Reportagem Jesuan Xavier (subeditor),
Katia Machado e Wagner sido delegado da 12ª CNS.
Vasconcelos (Brasília/Direb) ! Carlos Alberto Alves dos Santos, Va-
Arte Aristides Dutra (subeditor) e lente, BA
Hélio Nogueira
RADIS é uma publicação impressa e online Documentação Jorge Ricardo Pereira NA COMUNIDADE
da Fundação Oswaldo Cruz, editada pelo e Laïs Tavares
Programa RADIS (Reunião, Análise e Secretaria e Administração Onésimo
Difusão de Informação sobre Saúde),
da Escola Nacional de Saúde Pública
Sergio Arouca (Ensp).
Gouvêa, Fábio Renato Lucas e
Cícero Carneiro
Informática Osvaldo José Filho
C onheci a revista Radis, e este ma-
terial me ajuda no curso de es-
pecialização em Saúde Coletiva. Como
Endereço trabalho na rede pública, a revista é
Periodicidade mensal
Tiragem 43 mil exemplares Av. Brasil, 4.036, sala 515 — Manguinhos
Rio de Janeiro / RJ — CEP 21040-361 discutida com meus colegas e até com
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Diretor da Ensp Antônio Ivo de Carvalho
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PROGRAMA RADIS Impressão
Coordenação Rogério Lannes Rocha Ediouro Gráfica e Editora SA
O Centro Comunitário, Social e Cul-
tural da Trindade tem uma bi-
blioteca que é fonte de consulta
USO DA INFORMAÇÃO — O conteúdo da revista Radis sáveis pelas matérias reproduzidas. Solicitamos aos
pode ser livremente utilizado e reproduzido em qual- veículos que reproduzirem ou citarem conteúdo de para professores e estudantes. A
quer meio de comunicação impresso, radiofônico, nossas publicações que enviem para o Radis um exem-
televisivo e eletrônico, desde que acompanhado dos plar da publicação em que a menção ocorre, as refe- Radis é uma revista importante e
créditos gerais e da assinatura dos jornalistas respon- rências da reprodução ou a URL da Web. necessária a qualquer entidade que
RADIS 30 ! FEV/2005
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S ou enfermeira do município de
Jacarezinho, no Paraná, e estou
como coordenadora do Programa Saú-
OS GORDOS E OS DESNUTRIDOS
de 2003 em 48.470 domicílios de áre-
as urbanas e rurais de todo o país, e
o critério do peso baseou-se na rela-
de da Família, com nove equipes e ção peso/altura, ou Índice de Massa
uma equipe de Saúde Bucal. Tive aces- Corpórea, da OMS.
so a esta revista pela nossa secretá- Em discurso no Palácio do Pla-
ria de Saúde, que me mostrou a re- nalto no dia 20/12, o presidente Luiz
portagem sobre a Farmácia Popular Inácio Lula da Silva contestou os da-
no Rio de Janeiro (Radis 25). Esse é dos da pesquisa do IBGE. Segundo ele,
um dos nossos sonhos aqui no muni- o número de desnutridos deve ser
cípio. A revista é encantadora, de lei- maior, porque as pessoas “têm vergo-
tura fácil e acessível, e para nós, do nha de dizer que passam fome”.
Programa Saúde da família, uma gran-
de ferramenta nas ações de saúde.
! Silvia Souza de Assis Juliano, A VANÇA A PROIBIÇÃO DO AMIANTO
Jacarezinho, PR
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ços esperados de fato se materializassem.
nidades de saúde sem filas, atendimento rápido, Como foi entendido pelos idealizadores, o cartão re-
marcação de consultas e exames sem demora, presentaria um avanço para o sistema público de saúde.
sem estresse, em dias e horários certos. Eficiência Ele parte da idéia de que, com a identificação de todos os
na distribuição de medicamentos, gastos sob con- usuários do SUS, seja traçado seu perfil, e também o dos
trole, automedicação reduzida. Histórico médico do paci- serviços de saúde prestados. Isso aceleraria e melhoraria o
ente na mão do profissional que o atende, acompanhamen- atendimento do SUS, que, todos concordamos, deixa mui-
to criterioso e detalhado, resultados positivos no tratamento. to a desejar.
Parece um sonho, e ainda é na grande maioria das E como funciona o cartão? Ao procurar uma unidade
cidades. Para seus defensores, o Cartão Nacional de Saú- de saúde, o usuário é identificado quando seu cartão é
de, ou Cartão SUS, pode contribuir para a concretização passado no Terminal de Atendimento em Saúde, ou TAS,
mais rápida desse processo. Pois a filosofia e a prática pelo atendente da unidade. O sistema informa logo se o
do cartão, parece, finalmente começam a ser retoma- usuário é da cidade ou se vem de fora. No ambulatório,
das. A palavra é essa, retomadas. Afinal, lá se vão 15 anos novamente o cartão é passado no TAS, para a marcação de
da criação do Sistema Único de Saúde, sem que o prome- consulta especializada ou exames de laboratório. O usuá-
tido cartão tenha chegado às mãos de todos os brasileiros. rio saberá em poucos minutos dia e hora dos procedimen-
tos. Acabariam, assim, as insuportáveis filas da senha, da
ficha, do atendimento.
“O cartão facilita o acesso do cidadão aos servi-
ços de saúde em todos os aspectos”, diz Pedro
Benevenuto, diretor do Departamento de Infor-
mação e Informática do SUS (Datasus), que
deu entrevista à Radis em Brasília. De
acordo com ele, isso acontece porque
onde o sistema funciona não se faz mais
preenchimento manual de fichas. É tudo
online, ou seja, digitado e atualizado
instantaneamente pelo sistema. Segun-
do Pedro, “isso facilita e racionaliza o flu-
xo das pessoas”, que normalmente procu-
ram uma unidade para consulta, dali vão
a outra unidade para remédios, a outra
para exames. “As reconsultas serão evi-
tadas”, garante Pedro. Para o sistema de
saúde, há a vantagem da segurança: como
as faturas estarão online, não serão mais
recebidos documentos preenchidos manu-
FOTOS: ARISTIDES DUTRA
Parece simples, mas já deu erra- UM PROCESSO comprometida pela própria concep-
do. Por exemplo, em Vitória, uma das EM CONSTRUÇÃO ção do cartão, que não é clara. “Falta
44 cidades escolhidas para testar o car- O Cartão SUS foi criado em 1996, e definir a função, a abrangência, um
tão no projeto-piloto do MS. em 1999 os trabalhos começaram a ser to- projeto de informatização”, diz. Uma
cados. Hoje, segundo Pedro Benevenuto, das funções do cartão seria garantir
EXPECTATIVA FRUSTRADA todos os municípios estão aptos a ca- o financiamento adequado dos pólos
Em Vitória, a terceira capital mais dastrar os cidadãos. Isso não signifi- de referência, como o de Aracaju (ver
antiga do país, hoje com 300 mil habi- ca, porém, que todos o estejam fa- página 11), no atendimento a usuári-
tantes, o projeto-piloto pouco avan- zendo. “O secretário municipal de os do interior, assegurando o cumpri-
çou. Segundo Maria Celeste Ribeiro Saúde e o prefeito têm de chamar a mento de princípios do SUS como
Pupa, coordenadora do Núcleo de si o cadastramento”, diz. “Alguns integralidade e universalidade. “Mas
Planejamento Setorial da Secretaria gestores pegam isso como compromis- isso está associado a uma grande rede
Municipal de Saúde, houve demora na so social e fazem. Outros, não”. informatizada, que não existe”, lamen-
elaboração dos cartões. A usuária do O morador de Vitória ta. “O que existe é muito
SUS Margareth Corrêa Miranda, por sentiu na carne. E também fragmentado, lembra até a
exemplo, cadastrou a família toda, mas os do entorno do Distrito irrigação do Nordeste”.
Outra questão que vem retar- lo das informações. “O caixa do ban- diz. “Não podemos, por medo da que-
dando a aceitação do cartão é o te- co apenas perde o emprego. O médi- bra de privacidade, deixar de apoiar
mor da quebra de sigilo das informa- co, na quebra do sigilo, perde o re- melhorias no atendimento do SUS: te-
ções do usuário, que poderiam chegar gistro profissional”. mos é que gerar esquemas de segu-
ao empregador do portador do car- O deputado federal Rafael rança que tornem o uso do cartão
tão, a planos e seguradoras de saú- Guerra (PSDB-MG), que preside a seguro”. Para Cláudia, a nova gestão
de. Pedro garante que os dados não Frente Parlamentar de Saúde, diz do cartão fez bem em interromper
ficam armazenados no cartão. O que que as pessoas preocupadas com o tudo para tomar as rédeas da situa-
o cartão permite — e somente a pro- cartão são de certa forma as que ção, priorizando o cadastramento e
fissionais credenciados pelo sistema lucram com o caos atual na saúde. a abertura da caixa-preta.
— é o acesso a bancos de dados com Para ele, o cartão criará normas de Para ela, uma visão mais madura,
informações sobre o paciente. No compensação tanto entre municípi- sem maniqueísmos, ajudaria: a hora é
cartão só está armazenada a identi- os como entre municípios e esta- boa para um debate que defina os
ficação da pessoa. dos, e até mesmo entre o sistema conteúdos do futuro prontuário ele-
Alcindo Ferla não vê na questão público e a iniciativa privada. Assim, trônico nacional e suas estratégias de
um bicho de sete cabeças. “Não te- se o SUS atende a um usuário com segurança. A própria Cláudia sofre
mos um risco maior, porque o acesso plano de saúde, pode cobrar do pla- com as indefinições. Pressionada por
às informações do cartão é similar ao no os procedimentos. “As operado- pesquisadores de todo o país para que
da conta bancária”. O cartão do usuá- ras de saúde é que devem temer o libere, por exemplo, informações so-
rio alimenta o sistema de informação, sucesso do Cartão SUS”, afirma. bre internações do SUS com a iden-
e para recuperar essa informação é “Isso tudo é preocupação para tificação do paciente, para cruza-
preciso o cartão e a senha do profis- o futuro, quando o cartão for uma mento de dados essenciais a estudos
sional, detalha ele. “Outro recurso, realidade”, diz Gastão Wagner. “O acadêmicos de saúde pública — e ela
que a gente não enxerga, é que qual- Banco do Brasil informatizou toda a sente isso na pele, pois é mestranda
quer acesso fica documentado, com sua rede, cada cliente tem seu car- da Fiocruz —, hesita: nome de paci-
o nome de quem acessou, seu regis- tão, e nem por isso um entra na con- ente é informação confidencial. “E
tro e horário do acesso”, lembra. Por ta do outro, entra?” Pensa assim tam- se vazar?”, pergunta. No formato atu-
fim, o acesso é hierarquizado. A se- bém Luiz Odorico Monteiro de al, só têm acesso a nomes, além do
nha do recepcionista permite ver Andrade, secretário de Saúde de For- Datasus, a Secretaria de Atenção à
apenas cadastro, endereço, nome de taleza e presidente do Conselho Naci- Saúde e o Departamento Nacional de
parentes. “Mas não permite ver a in- onal de Secretários Municipais de Saú- Auditoria do SUS (Denasus). Com o
formação clínica”, garante. “Já com de, o Conasems: “Temos primeiro que cartão, os pesquisadores poderão
o prontuário de papel, o recepcio- dar escala ao cartão no Brasil”. cruzar dados com o NIS do usuário.
nista, ao pegar o endereço, pega a A analista de sistemas Cláudia “Do jeito que é hoje, como saber
informação clínica toda”. Além Risso Lima, responsável pela gerên- quem vazou, quem assume o risco? Já
disso, na área da saúde, ao cia de disseminação de informações estamos discutindo isso no Ministé-
contrário da rede bancária, do Datasus, propõe que se superem rio da Saúde, e precisamos ampliar o
temos outros mecanismos de os preconceitos. “Não dá mais para debate.”
segurança, lembra ele. As pro- dizer que o cartão é feio porque co-
fissões da área da saúde têm meçou mal, porque alguém levou di- * Colaboraram Kátia Machado e
como atributo ético preservar o sigi- nheiro, porque houve desperdício”, Marinilda Carvalho
O tropeço tecnológico
G astão Wagner conta que pas-
sou seus dois anos no ministério
cobrando definições — da gestão an-
licitação. Duas empresas ganharam, fi-
cando uma delas com dois lotes. “Foi
uma encomenda malfeita”, diz Pedro.
ta U$ 500. “Inviável”, diz Gastão
Wagner. Uma unidade básica de saú-
de precisa, em média, de 20 TAS. Ao
terior e da atual do cartão SUS. O O erro principal: o Datasus não parti- todo, o Brasil já enterrou R$ 180 mi-
projeto-piloto com 44 cidades cus- cipou do processo. “Compramos os sis- lhões no sistema. “Tem mais: o MS e
tou uma fortuna, e não superou bar- temas de duas multinacionais, teori- o Datasus não tinham domínio do sis-
reiras primárias, como a da informa- camente integrados, que formariam a tema, nem como instalava nem como
tização. “Já tínhamos o modelo da rede de cartões para o Brasil inteiro”. rodava”, aponta Pedro.
rede bancária, que é eficaz e nem Mas cada empresa fez seu pró- Agora, o MS está em processo
é tão caro”, diz Gastão. O que deu prio sistema, e um não falava com o de absorção da tecnologia dessas
então errado? outro, as regiões não se comunica- empresas. “Estamos fazendo um es-
Na realidade, vários desacertos vam. Pior: os sistemas só rodam nas forço enorme para trazer essa
marcaram os primeiros movimentos máquinas das próprias empresas. “En- tecnologia — um software que é de
para a criação do cartão. Pedro tão, para rodar o sistema no Nordes- propriedade do Ministério da Saúde
Benevenuto conta que, no fim dos anos te fomos obrigados a comprar má- por contrato — para o Datasus”.
90, o MS abriu licitação para a cons- quinas da empresa que fez o sistema Gastão Wagner resume: “Não havia
trução do sistema. para o Nordeste”. Além do prejuízo mesmo como fazer um contrato cla-
Para isso, dividiu o país em três técnico, os desacertos custaram uma ro, porque o governo não sabia o que
regiões, Sudeste/Sul, Centro-Oeste/ montanha de dinheiro ao governo. queria. Por isso é necessário antes
Norte e Nordeste, em três lotes de Um TAS sozinho, segundo Pedro, cus- de tudo definir o que se quer.”
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2 º S I M B R A V IIS
SA
Dilemas e desafios
da vigilância sanitária
No simpósio, a presença constante de Cora Coralina: no painel, seus versos traduzidos em várias línguas
E
Simpósio Brasileiro de Vigilância Sani- Vera Lúcia Edais Pepe, esses núme-
m 1987, o Brasil foi sacudido tária — o Simbravisa. Reunidos na ros “demarcam a vigilância sanitária
pela notícia de um acidente cidade turística de Caldas Novas, a como um importante espaço da saú-
radiativo que fez centenas de 160 quilômetros de Goiânia, famo- de coletiva no Brasil”.
vítimas em Goiânia, capital de sa por suas águas termais, E por falar em núme-
Goiás. O caso do Césio 137 ganhou 1.600 profissionais compa- ros, uma das mesas (“Pro-
todas as manchetes, alarmou a popu- receram, o dobro do pri- dução e reprodução de
lação e ressaltou a importância de meiro evento, em 2002. conhecimentos em vigilân-
uma área específica do campo da saú- Promovido pela Associ- cia sanitária) divulgou dados
de: a vigilância sanitária. Dezessete ação Brasileira de Pós-Gra- do Censo Nacional dos Tra-
anos depois, integrantes dessa área duação em Saúde Coletiva balhadores em Vigilância
de todo o Brasil voltaram ao estado (Abrasco), o Simbravisa Sanitária, realizado entre
em que as conseqüências da “luz atraiu gente de todos os 2000 e 2004: são 32.135 os
azul” (como o césio ficou conheci- estados e de cinco países, profissionais da área. Dos
do) ainda se fazem presentes. O ob- para quatro conferências, que têm formação superi-
jetivo, desta vez, não era analisar o nove mesas-redondas, 27 comunica- or, 18% são médicos-veterinários, 12%,
material que alterou a vida dos ções coordenadas, 24 painéis e 969 farmacêuticos e 9%, enfermeiros. O
goianos, mas participar, de 21 a 24 de trabalhos, dos quais 844 apresenta- número de trabalhadores com algum
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Cerca de 1.600 sanitaristas passaram pelas 11 salas do Centro de Convenções nos quatro dias do evento
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EXAMES EM EXCESSO
Na sala 2, Nelson Rodrigues dos
Santos, o Nelsão, diretor do Depar-
tamento de Programas da Secretaria
de Gestão Participativa do MS, e
Celina Maria Turchi Martelli, do Insti-
tuto de Patologia Tropical da Univer-
sidade Federal de Goiás, participaram
da mesa-redonda “Sociedade e saú-
de”. Nelsão falou sobre a importân-
cia da atuação da vigilância sanitária
na proteção à saúde, cuja dimensão
nem todos os gestores alcançam. O
Brasil é campeão mundial de aciden-
tes de trabalho, lembrou, e “temos
excesso de compras de medicamen-
Sala lotada e atenção nos debates sobre “Etica, saúde e vigilância sanitária”
tos”. Da mesma forma, o país exage-
ra na quantidade de exames clínicos
que os recursos para a saúde devem vida de cem anos”, diz um verso. requisitados, muitos deles invasivos.
ser objeto de reflexão constante de Vicência depois improvisou e disse: Citou como exemplo o levantamen-
todos e que o modelo brasileiro ainda é “Ainda bem que a vigilância sanitária to realizado num hospital de São Pau-
baseado no desperdício. “Não podemos não passou por lá”. A platéia a aplau- lo: metade dos exames requisitados
perder isso de vista”, disse. E ressalvou diu de pé por minutos. era desnecessária. “Esse congestio-
que o simpósio não era campo apropri- namento de exames, requisições e
ado para pedir recursos, ignorando uma DESIGUALDADE E VIGILÂNCIA internações gera desperdício”. Para
tradição dos encontros da Saúde. Na Sala 2, no painel “Ciência e Nelsão, o SUS vem amadurecendo a
Vigilância Sanitária”, na segunda-fei- cada ano, mas sua melhoria exige que
HOMENAGENS E EMOÇÃO ra, dia 22, debateram o secretário seja retomada a mobilização que o
A poeta Cora Coralina e a lem- municipal de Saúde de São Paulo, tornou realidade.
brança do acidente com o Césio 137 Gonzalo Vecina Neto, que já foi pre- Nelsão destacou a importância
foram responsáveis pelos momentos sidente da Anvisa, e o professor da atenção básica em saúde, que re-
de maior emoção na abertura. Tido Jairnilson Paim do Instituto de Saúde solve 80% dos casos nos países desen-
como o segundo maior acidente Coletiva da Universidade Federal da volvidos -— lá, a quantidade de médi-
radiativo do mundo (o primeiro foi o Bahia. Gonzalo traçou um paralelo cos especialistas é menor do que a
da usina de Chernobyl, na ex-União entre desigualdade social e vigilân- de generalistas, que são até mais bem
Soviética, em 1986), o caso do Césio cia sanitária. Para ele, não adianta remunerados. A atenção básica no
deixou um rastro de 800 vítimas, mui- ter medicamentos eficazes Brasil, segundo Nelsão, pre-
tas das quais sofrem seus efeitos até e seguros, se grande parte cisa ter recursos dobrados.
hoje. Por isso, um minuto de silêncio da população não tem Esse impacto seria capaz de
foi prestado em sua homenagem, en- acesso a eles. “Querendo fazer a atenção básica dar
quanto dois telões mostravam imagens ou não, vigilância sanitária grande salto e duplicar seu
da menina Leide das Neves, uma das tem íntima relação com alcance em cinco anos.
primeiras vítimas, que se tornou sím- condição econômica”. No painel “Vigilância
bolo do acidente. O secretário propôs sanitária e desenvolvimen-
Depois, a superintendente da algumas ações para redução to sustentável”, na super-
Vigilância Sanitária e Ambiental de dessa exclusão, entre elas lotada Sala 10, o diretor da
Goiás, Maria Cecília Martins Brito, a colaboração internacio- Escola Nacional de Saúde
entregou uma placa à presidente da nal, a troca de informações entre Pública Sérgio Arouca (Ensp/
Associação das Vítimas do Césio 137, países. “Pensar na cooperação inter- Fiocruz), Antônio Ivo de Carvalho,
Isaura Rita Silva Batista. nacional não só em termos de blocos lembrou que a vigilância sanitária,
Nas homenagens a Cora Coralina, econômicos, mas também em ciência que vem se sofisticando, é fruto do
morta há 19 anos, o grupo de teatro e tecnologia”. Para ele, a Anvisa tem SUS e um resgate do Estado no
Verso e Prosa interpretou o poema que ter papel mais pró-ativo na arti- enfrentamento dos riscos à saúde.
Vida de Cora Coralina. A filha de Cora, culação com outros setores da soci- “Está até ganhando inimigos”, brin-
Vicência Brêtas Tahan, foi chamada edade e do governo. “Como o Minis- cou ele. “Saúde não é só aquilo que
ao palco e, bem-humorada, pediu li- tério da Cultura, a Fazenda etc”. está relacionado à cura de doenças.
cença para ler um dos poemas da mãe Jairnilson defendeu o fortaleci- Deve ser compreendida também como
que julgava ter relação com o tema mento da idéia de criação de uma recurso para a vida”. O que se liga,
do evento: O velho do mercado. O rede de centros colaboradores para por sua vez, à idéia de desenvolvimen-
texto fala da rotina do mercado pú- expansão das bases de produção, re- to sustentável como reação ao mo-
blico da Cidade de Goiás, conhecida produção, difusão e utilização de co- delo de desenvolvimento que acabou
como Goiás Velho, terra natal da po- nhecimento científico para a vigilância reduzido a crescimento econômico,
eta. “Quem come do mercado tem sanitária. “Dessa forma, produziríamos e que prosperou sem limites ao uso
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de recursos, numa relação parasitá- critério de cientistas, tecnocratas, Fernando Lèfreve, que se intitulou
ria com a natureza. políticos e empresários”. Para ela, a “um pedagogo em conflito com a pro-
Para Antônio Ivo, é preciso que sociedade tem o direito de fiscalizar fissão”, enfatizou “o resgate do ou-
do campo da saúde partam estratégias as mudanças da área científica. “Me- tro no campo sanitário”. Para ele, é
de atualização do contrato social in- didas de controle são necessárias, as preciso acabar com a espécie de im-
ternacional que gerem políticas não só tecnologias precisam ser monitoradas posição das pessoas da área da saú-
de saúde, mas também de indústria, de pelos órgãos reguladores e pelo con- de sobre as que não o são. E deu um
comércio internacional, de meio ambi- trole social”, afirmou. exemplo: ao ser perguntado o que
ente, de desenvolvimento econômico No painel “Estabelecimentos de estava sentindo, um homem respon-
capazes de produzir a virtude sanitá- Saúde: a importância da vigilância sani- deu que só o médico dele sabia. “O
ria, para que não continuem objetivo tária de eventos adversos à saúde”, na outro deve deixar de ser sombra e
da vigilância, da fiscalização. Sala 2, o diretor-presidente da Anvisa, passar a ter autonomia: nós, do cam-
Marcelo Firpo Porto, também da Cláudio Maierovitch, destacou a expe- po sanitário, ainda temos dificuldade
Ensp/Fiocruz, abordou a vertente “da riência dos hospitais-senti- em entender o outro como
vigilância do risco à promoção da saú- nela, rede de alta comple- ser autônomo e respeitá-lo
de e da justiça ambiental”. Ele lem- xidade formada basicamente como um igual”.
brou que, ao mesmo tempo em que por hospitais universitários O último dia do evento
inovações tecnológicas geram rique- (80%). Seu trabalho é focado não desfez o ânimo dos par-
zas importantes, novos riscos na hemovigilância, na farmaco- ticipantes do Simbravisa, que
ocupacionais e ambientais podem vigilância, na tecnovigilância quase lotaram o auditório
estar sendo criados. A questão que e na vigilância de saneantes principal para a última con-
se impõe no momento, segundo ele, de uso hospitalar. Segundo ferência central: “Regulação
é: “Desenvolvimento para que, para ele, é a experiência mais rica e desenvolvimento: desafio
quem, a qual preço, pago por quem?” da Anvisa. “A rede olha pela do equilíbrio entre interes-
Os riscos ambientais são problemas detecção das enfermidades”. A profes- ses sanitários e econômicos”, do re-
complexos que envolvem aspectos sora Ediná Alves Costa, do Instituto de presentante da Organização Pan-Ame-
multidimensionais, afirmou Marcelo, e Saúde Coletiva da UFBA, criticou o am- ricana de Saúde (Opas), Luis Augusto
não podem ser analisados a partir de biente nos serviços de saúde do país, Cassanha Galvão, que também falou
um paradigma isolado. O papel da po- “marcado por silêncios consentidos a sobre desenvolvimento sustentável e
pulação na prevenção de riscos é fun- respeito de acidentes e erros”. segurança humana. O que esse desen-
damental. “Os modelos de desenvolvi- Na Sala 2, a mesa-redonda “Ética, volvimento pode fazer para não com-
mento e a forma como as sociedades saúde e vigilância sanitária” reuniu Gui- prometer o ambiente para as futuras
percebem e regulam os riscos gerados lherme Franco Neto, da Secretaria de gerações?, perguntou.
por esses modelos é que vão propiciar Vigilância Sanitária de Minas, Fermin Cassanha enumerou as três “per-
processos mais sustentáveis”. Roland Schramm, da Ensp/Fiocruz, e nas” do desenvolvimento sustentável:
Geraldo Lucchesi, assessor par- Fernando Lèfrevre, da Faculdade de econômica, ambiental e social (que
lamentar da Câmara dos Deputados, Saúde Pública da USP. inclui saúde e educação, entre ou-
defendeu um pensamento mais global Guilherme Franco defendeu re- tras áreas). Para ele, os fundamentos
e complexo por parte da vigilância lações mais claras da saúde com ou- da primeira “perna” estão bem de-
sanitária. “Não dá para fechar os olhos tros setores, na busca do desenvolvi- senvolvidos. A segunda cresceu nos
e agir apenas tecnicamente nesse mento humano. A área de saúde nunca países ricos, mas a terceira, apontou,
momento em que os desafios são mui- se preocupou, por exemplo, com as tem na saúde “o osso mais duro de
to maiores”, disse ele. A vigilância sa- concessões de licenças ambientais, roer”. Ele ressaltou a necessidade de
nitária deve despertar para as ques- que trazem conseqüências à saúde e se fazer do setor saúde um aliado no
tões ambientais. “Os municípios, à qualidade de vida da população. Já desenvolvimento ambiental.
carentes na área da saúde, estão ain-
da mais carentes no que se refere ao
meio ambiente”. Falta de capacitação
de gestores e de interlocução com Radis adverte
os estados e com a União foram al- Transtorno mental é problema de saúde pública: estudo feito
guns dos problemas apontados por ele, na Itália mostra que os distúrbios mentais estão associados a
acrescentando que apenas 22% dos 870 mil suicídios anuais (3 mortes a cada 2 minutos).
municípios têm conselhos municipais
de meio ambiente.
HOSPITAIS-SENTINELA
No terceiro dia do evento, a
mesa “Vigilância sanitária e alternati-
vas tecnológicas” reuniu na Sala 3
dois nomes da Fiocruz, a pesquisa-
dora Lia Giraldo da Silva Augusto e
o coordenador do Projeto Inova-
ção, José da Rocha Carvalheiro. Lia
disse que faltam estudos sobre con-
seqüências e impactos das novas
tecnologias na sociedade. “As inova-
ções tecnológicas não podem ficar a
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No caso do outro conceito, o pectativa de vida. Para isso, há vári- possíveis soluções sugeriu limites no
da segurança humana, não basta as estratégias: mobilização social, acesso, elevação de preços e con-
apenas o controle de conflitos, políticas públicas e advocacia, ou a tenção da publicidade. Há que se
guerras e segurança pública: é mais defesa das questões da saúde como tomar cuidado também, alertou, com
abrangente, está ligado ao desenvol- direito fundamental do cidadão. Ele o chamado comércio eletrônico, para
vimento amplo do indivíduo, que sa- alertou que avanços só aconte- o qual não há regulamentação. “Sai
tisfaça suas necessidades básicas, li- cem se houver compartilhamento de tudo na internet, sem controle
vrando-o de medos, violência e fome. da sociedade. algum”. Portanto, é preciso reforçar
A saúde, lembrou, colabora para o Entre os problemas de saúde a educação do consumidor, e aí de-
desenvolvimento sustentável e para comuns aos países das Américas, Luis vem entrar de forma intensa a esco-
a segurança quando consegue tra- Cassanha apontou o tabaco, as bebi- la, os meios de comunicação e os
duzir suas ações em aumento da ex- das e determinados alimentos. Como programas governamentais.
EDUC A ÇÃ
ÇÃOO P AR A A CID
PAR CIDAAD ANIA
DANIA
O
são integral do homem, a Fiocruz co- Freitas da Silva, um dos apresentado-
lhe em volta: seu colega de meçou a se fazer essas perguntas. res da cerimônia, contou, orgulho-
trabalho sentado aí ao lado Afinal, capacitação profissional em so: “Muitas vezes tivemos de ouvir:
tem mestrado? E o outro, saúde não se resume à qua- `Mas vocês vão voltar a es-
tem doutorado? Isso é mui- lificação de ponta. Aprimo- tudar depois de velhos?´ A
to bom para a saúde pública! Olhe rar os conhecimentos do resposta estava na ponta da
mais além: o colega lá adiante já com- trabalhador da saúde e va- língua. `Vamos sim!´”
pletou o Ensino Médio? Ou nem tem lorizar sua educação for- “Vemos no rosto de
o Fundamental? mal também é democrati- cada um a recuperação da
zar o acesso à informação auto-estima, e isso não tem
em saúde, uma das priori- preço, tanto para a institui-
dades da reforma. ção como para a vida pes-
Por isso, foi criado há soal do trabalhador”, disse
quatro anos um projeto de Inês. No início do progra-
formação no Ensino Fundamental e ma, muitos servidores a procuravam
Médio de servidores e prestadores com vergonha. “Na entrevista preli-
de serviço, dando-lhes oportunida- minar, diziam, sem graça: mas eu não
de de concluir os estudos na pró- sei nem escrever...”
pria instituição. Presente à solenidade, o presi-
Trata-se do Programa de Educa- dente da Fiocruz, Paulo Buss, elogiou
ção de Jovens e Adultos, em parce- os servidores-estudantes. “É realmen-
ria com a Secretaria Estadual de Edu- te muita coragem, levantar, sacudir a
cação, que já tinha experiência na poeira e retomar os estudos depois
área. As aulas teóricas, no horário de de tanto tempo”.
expediente, são ministradas no pré- O programa já abriu novas inscri-
dio da Expansão do Campus da Fiocruz, ções para 2005, tanto do ensino mé-
mas há muitas atividades externas. No dio como do fundamental. “A inten-
currículo, Matemática, Português, ção é que até 2008 todos os servidores
Física, Química, História, Filosofia, da Fiocruz tenham formação pelo me-
Diploma na mão, capelo ao alto Artes, noções de Arquitetura. nos básica”, afirmou Buss.
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SE R
RVVIÇO
O evento co-
memora os
20 anos da Rede
Mais informações
Tel. (11) 3066-7706
Site www.fsp.usp.br
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Tel. (21) 4389-4390
E-mail rosilene@cecal.fiocruz.br
Unida com pro-
fessores, profissi- PUBLICAÇÕES
onais, alunos e F EIRA DE C IÊNCIA , T ECNOLOGIA
comunidade E I NOVAÇÃO Lançamento – CICT/Fiocruz
para troca de
experiências no
modelo de ensi-
no e atenção à
R ealizada pela Globaltech, a feira
tem como objetivo socializar o
conhecimento científico-tecnológico
Promoção da saúde e
prevenção do HIV/
Aids no município do
saúde. Inscrição de trabalhos: até e estimular a ciência, além de forta- Rio de Janeiro: uma
21/2 (icarorede@superig.com.br). lecer a cooperação nacional e inter- metodologia de avali-
Data 2 a 5 de julho de 2005 nacional. O evento será dividido em ação para políticas pú-
Local Campus Pampulha da Universi- cinco espaços centrais: Negócios blicas e estratégias de
dade Federal de Minas Gerais Tecnológicos, Espaço Capacitar, Espa- comunicação apresen-
Av. Antônio Carlos, 6.627, Pampulha ço para inventores: Mostra de C&T, ta o relatório da pes-
CEP 31270-901 — Belo Horizonte — MG Espaço Entretenimento e Espaço quisa coordenada por Janine Cardoso
Mais informações Promocional. A proposta é fazer com e Inesita de Araújo, do Centro de In-
Tel. (31) 3222-7266 que o público reflita sobre assuntos formação Científica e Tecnológica
Site www.ufmg.br/redeunida relacionados às áreas de genética, bi- (CICT), da Fiocruz, realizada entre fe-
oquímica, química, telecomunica- vereiro de 2002 e julho de 2003, na ci-
ções, agronegócios e alimentação. dade do Rio de Janeiro. Na primeira
41º C ONGRESSO DA S OCIEDADE Data 17 a 22 de maio de 2005 parte do relatório são expostos o pro-
DE M EDICINA T ROPICAL Local Porto Alegre (RS) jeto e os contextos que levaram à sua
Mais informações elaboração e justificaram as escolhas
PÓS-TUDO
O controle necessário
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Álvaro Nascimento * — aquele que não deve ser to-
mado em casos de suspeita de