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CO M O A AVA L I A Ç Ã O E X T E R N A P O D E A J U D A R S UA E S CO L A

especial

COMO A AVALIAÇÃO
EXTERNA PODE AJUDAR
SUA ESCOLA

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CO M O A AVA L I A Ç Ã O E X T E R N A P O D E A J U D A R S UA E S CO L A

ÍNDICE
PREFÁCIO 4
A palavra-chave ao se falar em avaliação é informação.

A AVALIAÇÃO FORMATIVA 6
Os erros e acertos do aluno são ponto de partida para uma investigação
docente.

A AVALIAÇÃO SOMATIVA 8
Por ocorrer no final do processo, ela mostra a qualidade do processo
instrucional.

O PAPEL DE UMA AVALIAÇÃO EXTERNA 10


A avaliação externa é uma ferramenta integrada ao ambiente escolar,
e não dissociada dele.

A ELABORAÇÃO DA PROVA 12
Ela é um instrumento de medida cuidadosamente elaborado para
aferir um domínio.

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ÍNDICE
TEORIA CLÁSSICA OU
TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM? 15
Qual delas é a melhor? Depende da necessidade da escola.

A ELABORAÇÃO DA PROVA 18
Como é possível tirar mais de mil pontos no ENEM?

NOSSA SOLUÇÃO:
GEEKIE TESTE 21
Geekie Saeb, o Geekie Enem e o Geekie Simulado.

CASES DE SUCESSO 25
O gestor precisa é saber interpretar o que cada indicador mostra.

VENHA NOS CONHECER 28


Conheça nossos relatórios ou agende uma demonstração.

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PREFÁCIO
A Geekie acredita que ensino-aprendizagem é um processo
contínuo, em que alunos, professores e gestores devem ser
capazes de tomar ações rápidas, precisas e eficazes. A avaliação,
quando bem aplicada, serve a esse contexto.

Isso significa que ela não deve ser encarada apenas como a
mensuração de um resultado final e imutável. Pelo contrário
- a palavra-chave ao se falar em avaliação é informação. A
avaliação deve fornecer informações para a escola, para que
gestor e professor possam tomar decisões pedagógicas com
embasamento concreto.

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Já ouvimos, aqui na Geekie, diversos especialistas sobre a


importância das avaliações não apenas ao fim de um ciclo (que
pode ser um bimestre, semestre, ano), mas ao longo de todo o
processo de ensino-aprendizagem. Isso deve ser planejado com
cuidado e intencionalidade: há diferentes avaliações dependendo
do momento e objetivo de sua aplicação.

“O professor precisa ter muito claro onde ele está e onde quer
chegar com aquela turma”, disse, em um bate-papo online
promovido pela Geekie, o professor Frederico Azevedo, Diretor
do Colégio Sërios, em Brasília. “Quando isso acontece de verdade,
a avaliação é uma celebração, porque mostra que o aprendizado
está ocorrendo”.

Nesse ebook especial sobre avaliação, reunimos artigos que


explicam essas possibilidades: as diferenças entre uma avaliação
somativa e formativa, critérios para elaborar uma prova eficiente
a importância da avaliação externa para a gestão escolar e a
aprendizagem dos alunos.

Você também tem a possibilidade de conhecer um pouco mais


as soluções tecnológicas da Geekie para avaliação externa:
Geekie Enem, Geekie Saeb e Geekie Simulado. A ideia é sempre
complementar, e não rivalizar, o trabalho da escola - por isso,
trazemos também dois cases de escolas que combinam dados
da avaliação externa da Geekie com suas próprias avaliações
internas para atingir melhores resultados.

Vamos lá?

Time de avaliação da Geekie

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1. AVALIAÇÃO
FORMATIVA

Bastante debatida entre educadores, gestores públicos e sociedade,


a avaliação das aprendizagens no contexto escolar deixou de fazer
parte de um discurso de vanguarda. Cada vez mais, educadores,
deparando-se com repetidos insucessos dos seus alunos, sentem
a necessidade de uma mudança substancial em relação ao
desenvolvimento dessa prática. Para aprofundar esse debate,
é importante conhecer os tipos de avaliação, suas diferenças e
semelhanças e quais ações pedagógicas elas proporcionam.
Vamos começar pela avaliação formativa.

Características da avaliação formativa

A avaliação formativa se propõe a acompanhar o desenvolvimento


das aprendizagens do aluno. O resultado desse acompanhamento
são informações que alimentam e direcionam de forma
significativa a ação pedagógica, aproximando professor e aluno.

Nesta proposta, informar-se sobre os erros e acertos do aluno


é um elemento importante como ponto de partida para uma
investigação docente cujo objetivo é a compreensão dos
obstáculos e, posteriormente, a sua superação. Dessa forma, a
avaliação assume uma função informativa e diagnóstica. O que a
define como formadora é justamente a reflexão ocasionada pelas
informações trazidas, propiciando novas ações que consolidem o
desenvolvimento do ensino e aprendizagem.

Na avaliação formativa, a relação entre análise e ação deve ser


contínua, intrinsecamente interligada à ação docente. O uso das
informações pode seguir várias trajetórias diferentes, mas a linha
de chegada é sempre a transformação da prática do ensino em si,

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a ampliação de conceitos e, por fim, o aprendizado do aluno.

Portanto, o conceito de avaliação formativa está relacionado a


uma mudança de conceito sobre o que seria avaliar. Assumindo
essa concepção, é preciso debruçar-se sobre os dados produzidos
pelas avaliações, a fim de atribuir-lhes uma utilidade significativa
dentro da prática docente.

“O que acontece muitas vezes no meio educacional é que a


avaliação nem sempre chega à área pedagógica”, explica Camila
Karino, especialista em avaliação da Geekie e ex-Coordenadora
Geral de Instrumentos e Medidas do Inep. “Isso é triste porque
a avaliação não se concretiza. Você aplica uma prova, tem o
resultado dessa prova, tem um julgamento de valor (ou seja,
se o resultado foi bom ou ruim), mas não chega a ter uma ação
pedagógica efetivamente”.

O desempenho dos alunos na avaliação formativa deve servir


para suscitar respostas a, pelo menos, algumas dessas perguntas:
a didática do professor está adequada à turma? Há lacunas na
aprendizagem dos alunos? Em que contexto eles estão inseridos
fora da escola? As competências cobradas foram trabalhadas
em sala de aula? As questões foram elaboradas de acordo com o
planejamento do professor? Quais aprendizados e habilidades as
questões explicitam e o que ainda precisa ser investigado?

A utilização e a diversificação de instrumentos de avaliação


podem colaborar para uma melhor compreensão das diferentes
realidades encontradas no contexto escolar. Dito isso, a avaliação
formativa pode ser colocada em prática constantemente, não
exclusivamente com a aplicação de provas escritas. Organizar
experiências variadas, que valorizem diversos tipos de
inteligência, permite que os alunos explorem em profundidade
um determinado tema, encontrem os modelos que facilitam seu
próprio aprendizado e, consequentemente, tenham um aumento
de autoestima e autonomia para construir o próprio conhecimento.
Debates, projetos mão na massa (ou maker), atividades multimídia
e digitais, pesquisa de campo e excursões escolares, votações em
sala de aula - todas essas são oportunidades de diagnosticar ou
avaliar o desenvolvimento dos alunos.

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2. AVALIAÇÃO
SOMATIVA
As avaliações somativas fazem parte de uma realidade bastante
comum dentro das escolas brasileiras, principalmente como
princípio relacionado às avaliações externas. Geralmente, são
utilizadas no final de um processo educacional com objetivo
de avaliar o resultado da aprendizagem. Elas apresentam uma
característica informativa e verificadora, situando o aluno, a
turma, a escola e a rede com um parecer sobre as competências
e habilidades desenvolvidas ao final de determinada etapa de
ensino.

Toda avaliação é diagnóstica e gera informações para processos


interventivos. O diferencial da avaliação somativa, por ocorrer no
final do processo, é que ela gera informações sobre a qualidade
do processo instrucional, o quanto os objetivos de aprendizagens
foram alcançados. Por isso, muitos preferem chamar essa
avaliação de resultados finais de aprendizagem.

No ambiente escolar, ela deve proporcionar reflexões sobre os


resultados obtidos e um direcionamento de ações administrativas
e pedagógicas que visem à melhoria da educação tanto para uma
rede de ensino quanto para uma escola.

É o que explica o professor Casemiro Campos, doutor e mestre


em Educação e pesquisador nas áreas de formação de professor,
currículo e avaliação: “A avaliação é como uma fotografia, nos
mostra uma situação que é passível de mudança. Daí a riqueza
da avaliação que permite olhar a caminhada realizada e rever os
objetivos. Se os objetivos foram atingidos, deve-se refletir como
podem ser renovados e, quando ainda não se atingiu, deve-se
analisar o que houve e retomar as estratégias para chegar aos
objetivos pactuados”.

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Ação administrativa em função do pedagógico

A avaliação somativa permite informar à comunidade envolvida


em um contexto escolar como a aprendizagem está ocorrendo
e como os objetivos específicos da escola e da rede de ensino
estão sendo desenvolvidos. Essas informações, quando
disponibilizadas, permitem uma maior participação de todos os
interessados por uma educação de melhor qualidade. “A avaliação
externa não deve servir para premiar ou punir a escola”, explica
o professor Casemiro, “mas contribuir para que o sistema tenha
melhores resultados, observando a aprendizagem dos alunos, o
desempenho dos professores e até observar a produtividade do
sistema e qualidade dos investimentos”.

Embora o processo educativo seja complexo e considere diversos


aspectos para uma formação integral do aluno, entendemos que
o desenvolvimento de habilidades e competências dentro de um
determinado período escolar seja um dos mais importantes. E,
se acreditamos que a aprendizagem é um direito do aluno, a
avaliação somativa é capaz de indicar se esse direito está sendo
assegurado.

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3. O PAPEL DE UMA
AVALIAÇÃO EXTERNA
A avaliação externa é, muitas vezes, vista como uma ação classificatória e
com foco em resultados. Ela pode, entretanto, ocupar um lugar de destaque
no processo de ensino-aprendizagem, já que é uma oportunidade de
acompanhar o desenvolvimento dos alunos, mapear conquistas e dificuldades
e, acima de tudo, reorientar a prática pedagógica com base em informações
comprovadas.

Para isso, muitas escolas vêm buscando avaliações externas, elaboradas


fora da instituição de forma imparcial. Uma das vantagens é a possibilidade
de prover dados sobre cada aluno individualmente e sobre as turmas. A
avaliação externa busca identificar os estágios de aprendizagem do aluno e
entender quais são suas dificuldades e os conceitos que já domina, podendo
assim dar subsídio para uma ação pedagógica personalizada.

Repare em um ponto importantíssimo aqui: dentro dessa perspectiva,


a avaliação externa é uma ferramenta integrada ao ambiente escolar, e
não dissociada dele. A ideia é informar e dar o suporte para a intervenção
docente, complementando o processo iniciado pelo professor dentro das
suas práticas e avaliações internas. Alunos e professores são protagonistas,
sempre.

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E também os gestores.

Essas informações não se limitam ao espaço da sala de aula, afinal, conhecer o


aluno é também conhecer a turma, a escola, a rede. Uma avaliação externa de
qualidade permite ainda comparar os resultados de uma escola com o cenário
externo – entre escolas de uma mesma rede, entre escolas particulares ou
a relação entre a média da sua escola e o desempenho médio em exames
nacionais. Imagine a possibilidade de planejar o futuro de sua escola pautado
por informações micro e macro detalhadas!

“A escola que não se avalia ou que desenvolve apenas a sua auto-avaliação,


está alheia ao real ou enganada por uma auto-imagem que, por mais valor
e qualidade que tenha, carece sempre de ser comparada com um olhar
externo. As avaliações externas permitem contrastar olhares, perspectivas,
interpretações, soluções e avaliações”, sentencia o professor Alexandre
Ventura, pesquisador na Universidade Católica de Brasília e na Universidade
de Aveiro, em Portugal.

Para cumprir essa função, a avaliação externa precisa ter métricas


padronizadas, que garantam a imparcialidade do instrumento avaliativo. Ou
seja, é imprescindível proporcionar uma análise justa das escolas, seguindo
os mesmos critérios.

No caso das avaliações nacionais, um educador cuidadoso deve levar em


conta outros dados disponíveis além de, exclusivamente, a média geral. O
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e a Prova Brasil, por exemplo,
dão acesso ao número de alunos matriculados, o perfil socioeconômico dos
alunos e o tempo de permanência na escola, indicadores valiosos para se
realizar comparações fiéis à realidade.

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4. A ELABORAÇÃO
DA PROVA
Para muitos, preparar uma prova significa apenas selecionar um
conjunto de questões de uma determinada área do conhecimento.
Para a Geekie, uma prova é muito mais do que isso. Ela é um
instrumento de medida cuidadosamente elaborado para aferir
um domínio.

Avaliar envolve coletar informações fidedignas a ponto de


possibilitar fazer inferências e juízos de valor. Quando precisamos
de dados sobre o conhecimento ou outros traços que não podem
ser verificados diretamente, é necessário usar um instrumento
de medida que revele um conjunto de comportamentos que
representam esse traço latente. No caso da avaliação educacional,
a prova é esse instrumento de medida.

Sendo assim, o desenvolvimento dessa prova deve ser


cuidadosamente criterioso para nos permitir as inferências
corretas. Portanto, se selecionamos qualquer conjunto de
questões, damos margem para uma amostra errada ou enviesada
de comportamentos, o que, consequentemente, culmina em
interpretações equivocadas.
Há todo um cientificismo por trás da construção de instrumentos
de medidas para avaliação. Destacamos aqui alguns aspectos
importantes relacionados à construção de uma prova.

Preparando o item

O item - ou a questão - é o instrumento fundamental da coleta de


dados sobre os domínios do aluno. Para tanto, ele deve atender a
critérios de forma e conteúdo.

A forma é importante para garantir a padronização das aplicações,


principalmente em avaliações educacionais que buscam monitorar

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desempenhos entre anos, ao longo de várias aplicações, ou


entre grupos diversos (o que ocorre com o Enem, aplicado
ano após ano, ou com o Geekie Teste, aplicado em escolas
com diferentes perfis). Isso porque manter um modelo único
de formato diminui o número de fatores que podem intervir
no desempenho, permitindo assim uma mensuração mais
objetiva.

O formato do item utilizado em avaliações como o Saeb e o


Enem, e também seguido pela Geekie, foi definido com base
em resultados de estudos na área de testagem. Esse formato
busca evitar “pegadinhas” ou induzir o aluno ao erro. O
objetivo é medir o quanto o aluno sabe, e não o quanto ele é
esperto para detectar uma “pegadinha”. Uma boa prova não
é a prova mais difícil, que os alunos não conseguem resolver.

A preocupação quanto ao conteúdo busca garantir validade


ao instrumento. Os itens devem ser adequados aos alunos que
vão respondê-los, tanto em relação ao vocabulário quanto ao
nível de habilidade exigida.

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Muitas vezes, esses conteúdos são previamente definidos


em uma Matriz de Referência elaborada por especialistas.
Essa matriz reúne consensos coletivos acerca daquilo que é
imprescindível e que nenhum estudante deve deixar de saber
até uma determinada etapa de ensino. Durante a preparação
dos itens, os professores precisam estar atentos para que cada
item aborde predominantemente um conteúdo contemplado
na matriz.

Análise psicométrica

Além da análise conceitual e teórica, a validação empírica do


item é outro aspecto importante na montagem de provas. É um
teste prévio para verificar se o item (ou o instrumento) está
funcionando conforme esperado. Essa etapa é comumente
denominada de pré-teste.

A exposição prévia do item a uma amostra de estudantes


permite a realização de análises psicométricas. Tais análises
fornecem evidências de que o item possui somente um
gabarito e de que os distratores (alternativas erradas) não
estão muito chamativos, além de informações como o grau
de dificuldade e a discriminação do item. Após a análise
psicométrica, aqueles itens que possuem bom ajuste ficam
disponíveis para uma avaliação.

Montando a prova

Uma vez assegurada a qualidade das unidades (os itens), o


todo (a prova) também precisa ser assegurado. Para isso, os
critérios de escolha de quais itens devem constituir a prova é
crucial para a validade dos resultados.

Características como diversificação de assuntos, gêneros


textuais e tamanho dos itens devem ser considerados para
possibilitar interpretações pedagógicas ricas, bem como uma
boa experiência de prova.

Aspectos estatísticos também interferem na escolha dos itens.


Ao construir um instrumento, é importante pensar no grau de
dificuldade, na amplitude de proficiência que será coberta, no
tempo de prova, na quantidade de itens e no nível de precisão
almejado. 14
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5. TEORIA CLÁSSICA OU
TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM
Duas teorias baseiam a construção de avaliações: a Teoria Clássica dos
Testes (TCT) e a Teoria de Resposta ao Item (TRI). Qual delas é a melhor?

Depende da necessidade da escola. Dados os objetivos e características


de uma avaliação, uma teoria pode ser mais adequada do que a outra.
Ambas as teorias podem, à sua maneira, ser ferramentas importantes para
o desenvolvimento pedagógico dos alunos e para a estratégia de gestão de
escolas e redes.

Teoria Clássica dos Testes

Se você nunca ouviu falar ou pouco sabe sobre a Teoria Clássica dos Testes,
eis um fato: provavelmente ela fez ou faz parte da sua vida. Lembra-se da
sua época de aluno e daquelas provas bimestrais? Então, havia ao menos um
pouco de TCT ali.

Na TCT, o todo é o mais importante. Ao construir o instrumento, pensa-se


na prova completa, em que cada questão constrói um conjunto coeso e que
pode colaborar para uma análise de domínio do conhecimento. O princípio
básico dessa teoria é que, quanto mais acertos, maior o domínio. O foco,
então, é a quantidade de acertos do aluno, a pontuação total.

Alunos submetidos a uma mesma prova possuem seus resultados


comparáveis, o que possibilita também comparações entre grupos.

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Uma das principais vantagens da TCT é que ela é de simples execução. Como
essa teoria não exige pressupostos rigorosos, torna-se fácil criar uma prova
e aplicá-la em diferentes contextos - tanto ela quanto a TRI, porém, podem
dar origem a relatórios que sejam eficientes e de simples interpretação para
educadores. A diferença está no que as duas metodologias se propõem a
avaliar.

Teoria de Resposta ao Item

Enem, Saeb, Pisa. Em comum, todas essas provas utilizam a Teoria de


Resposta ao Item.

A TRI envolve um conjunto de modelos matemáticos nos quais o item (ou


questão) é o elemento-chave. No caso do Enem e do Saeb, três características
importantes do item são consideradas: dificuldade, discriminação e
probabilidade de acerto ao acaso. Assume-se, portanto, que os itens têm
características diferentes e, consequentemente, fornecem uma quantidade
diferente de informação sobre o conhecimento.

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Ao se estimar a dificuldade dos itens, estabelece-se uma escala de proficiência,
uma “régua”. Para cada aplicação, pode-se construir uma régua específica -
porém, apenas com uma mesma régua é possível comparar as duas ou mais
aplicações. É o que ocorre nas avaliações nacionais, que utilizam réguas
padronizadas. Neste caso, a dificuldade dos itens deve sempre ser equalizada
na escala de referência, o que permite a comparabilidade.

É isso o que nós fazemos para as avaliações Geekie ENEM e Geekie SAEB.
É preciso ressaltar que apenas utilizar a TRI não significa possibilitar uma
comparabilidade com as principais avaliações nacionais, é necessário que os
resultados estejam equalizados. Nas avaliações da Geekie, os itens e a prova
são equalizados de acordo com a régua nacional, garantindo resultados
próximos aos exames oficiais.

O princípio básico da TRI é o de que a probabilidade de acerto de um item


depende do nível de domínio do aluno. Assim, conforme o domínio de um
aluno, espera-se que ele acerte os itens de dificuldade igual ou menor que a
dele - ou seja, se ele possui uma proficiência média, deve acertar as questões
médias e fáceis, mas poucas ou nenhuma das difíceis.

A TRI torna o item a unidade básica de análise e desenvolve a ideia de uma


escala de referência, o que garante alguns benefícios, como menor tolerância
a “chutes” e pontuação que varia não apenas pelo número de acertos, mas pelo
nível da questão acertada. Também é possível elaborar provas com questões
diferentes, mas que se mantenham na mesma régua, observando o número
de questões que contemplam cada nível de proficiência (essa característica
torna as provas TRI comparáveis mesmo se aplicadas entre longos intervalos
de tempo ou com grupos heterogêneos, como é o caso do ENEM).

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6. A ELABORAÇÃO
DA PROVA

Na TRI, as proficiências dos estudantes e todas as demais características da


prova são em função dos parâmetros das questões. É por esse motivo que um
aluno pode tirar mais de 1000 pontos no Enem, por exemplo (acontecimento
que causou estranhamento no exame nacional de 2015, quando candidatos
que gabaritaram a prova de matemática atingiram a pontuação de 1008,3).

Costuma-se acreditar que a escala do Exame vai de 0 a 1000 e que, se o aluno


acerta tudo, tira 1000; se erra tudo, tira zero. Mas não funciona dessa forma:
por causa da Teoria de Resposta ao Item, as provas não possuem valores
de mínimo e máximo fixos; eles variam de acordo com a posição dos itens
na escala do Exame. A cada edição, o Inep divulga esses valores referentes
a cada uma das áreas do conhecimento (geralmente após a liberação dos
resultados individuais).

É importante lembrar que as notas do Enem são atribuídas na escala de


referência, o que permite a comparabilidade das notas.

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“A prova é constituída por um conjunto de questões com parâmetros de


dificuldade, discriminação e acerto ao acaso previamente conhecidos. São
esses parâmetros que definem o valor de mínimo e máximo da prova. Quanto
mais fáceis as questões, menor o valor da nota mínima da prova. Da mesma
forma, quanto mais difíceis as questões, maior o valor do máximo da prova”,
explica Camila Karino, diretora de Avaliação da Geekie.

Isso significa que, se no ano seguinte, outros alunos acertarem todas as


questões da prova, a nota deles pode ser diferente de 1008,3 - para mais
ou para menos, dependendo do nível de dificuldade das questões. “Se
analisarmos os valores de mínimo e máximo das provas do Enem desde
2009, nota-se uma tendência de as provas se tornarem gradativamente mais
difíceis. Isso é o esperado porque a tendência é a de a população também
estar mais bem preparada.”

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7. NOSSA SOLUÇÃO:
GEEKIE TESTE
Há avaliações diferentes realizadas pelo Geekie Teste, solução de avaliação
externa da Geekie: o Geekie Saeb, o Geekie Enem e o Geekie Simulado.
Elas suprem necessidades específicas das escolas, mas contém pontos em
comum na sua elaboração:

• expertise técnica em avaliação;


• tecnologia e inteligência na coleta, apresentação e
cruzamento de dados;
• embasamento pedagógico, da estruturação de matrizes à
montagem de provas e de relatórios.

Com essa base, a Geekie proporciona à comunidade docente uma


oportunidade de estar em sintonia em relação aos dados de suas turmas, o
que permite perseguir objetivos em comum de modo mais sinérgico e com
uma visão pedagógica mais integral. E, para os alunos, é uma oportunidade
de conhecer melhor as suas dificuldades, facilitando o direcionamento dos
estudos. A intenção é que educadores e alunos sejam sempre protagonistas,
agindo com intencionalidade e cientes de todas as informações necessárias
para tomar decisões.

Geekie Teste como avaliação somativa

As avaliações da Geekie podem assumir a função de uma avaliação somativa


e ajudar a escola a aprimorar seu processo de ensino. Em específico, duas
avaliações são as mais indicadas: Geekie Saeb e Geekie Enem.

Essas duas avaliações são elaboradas conforme critérios estabelecidos


pelo Inep, instituto vinculado ao Ministério da Educação responsável
pelas avaliações nacionais. As provas seguem as matrizes de referência
estabelecidas pelo governo, que indicam as habilidades e competências que
os alunos precisam desenvolver, e as questões de prova são construídas
conforme critérios normativos. As análises têm como base a Teoria de
Resposta ao Item e os resultados das avaliações são gerados nas escalas
Saeb e Enem. Isso significa que o resultado das provas da Geekie geram uma
estimativa do resultado real dos alunos e da escola nos exames nacionais.

Os relatórios fornecidos tanto pela prova Geekie Saeb quanto pela Geekie
Enem proporcionam a comparabilidade entre alunos, escolas, aplicações
e com os indicadores nacionais, o que faz delas ótimas opções para serem
utilizadas com propósitos de uma avaliação somativa.

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Da prova aos relatórios: como a Geekie faz a coleta e


apresentação das informações

Por meio da aplicação de um conjunto de provas (realizadas em ambiente


online ou impressas), entendemos o estágio de aprendizagem em que o
aluno e, consequentemente, a turma, a escola ou a rede se encontram. Como
resultado, a Geekie apresenta relatórios individuais e também de dados
comparativos entre turmas e unidades, no caso de colégios de uma mesma
rede, o que possibilita que os planos de gestão pedagógica estejam alinhados
às necessidades específicas de cada sala.

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Além das funcionalidades acima, ainda é possível que a escola compare seus
resultados com a média de todas as escolas do país nos últimos resultados
públicos divulgados pelo Enem. O gestor pode adicionar filtros para visualizar
os resultados específicos em cada área de conhecimento, qual a média apenas
entre escolas particulares e como a nota da escola está em relação àquelas
que realizaram a avaliação externa da Geekie no mesmo ano.

O Geekie Teste exibe também as notas máximas e mínimas da prova, isto é,


a nota que um aluno tiraria caso acertasse ou errasse todas as questões. E
mais: a Geekie disponibiliza relatório individual para a consulta do aluno.

Níveis de proficiência

Além das tabelas com resultados - que podem ser exportadas em formato
Excel e combinadas com dados internos da escola - o Geekie Teste também
oferece uma análise do desempenho dos alunos.

Isso significa que, mais do que ver notas e porcentagens, os educadores


acessam uma descrição sobre o que cada nível de desempenho representa:
quais competências o aluno demonstrou no nível 1, quais precisam ser
trabalhadas para que ele atinja o nível 2?

De acordo com a régua do Enem, ao fim do Ensino Médio os estudantes


devem atingir, no mínimo, o nível 2 (em torno de 450 pontos). Um estudante
que quer passar em medicina precisa chegar ao nível 4.

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É importante lembrar que as questões do Exame Nacional do Ensino Médio


têm, por definição, o propósito de avaliar habilidades, não conteúdos. No total,
podem ser avaliadas até 30 habilidades em cada uma das 4 áreas do Enem.
Sendo assim, um aluno do primeiro ano pode, por exemplo, resolver uma
questão que fale sobre termodinâmica sem necessariamente ter estudado
esse tópico em sala de aula; mas com base em competências já adquiridas
(como interpretação de texto, relação entre os dados e construção de um
raciocínio lógico).

Seguindo essa mesma lógica, os níveis na plataforma incluem as habilidades


que o aluno desenvolveu ou precisa desenvolver para para alcançar o próximo
nível de proficiência, não uma lista de conteúdos.

Para uma visão ainda mais clara sobre as lacunas no aprendizado de cada
aluno, o educador pode acessar as questões separadamente, conferindo
as taxas de acerto e quais as alternativas mais assinaladas por sua turma.
Essas mesmas informações também estão disponíveis no âmbito individual,
permitindo avaliar a prova de cada aluno.

Com essas informações, o Geekie Teste se torna mais acessível para a escola,
especialmente se considerarmos o tempo reduzido que coordenadores e
professores teriam para fazer a análise por conta própria em meio a uma
rotina agitada. Outra vantagem é direcionar as intervenções do professor,
que agora sabe com precisão quais as necessidades mais urgentes quanto ao
aprendizado da turma.

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8. CASES DE
SUCESSO
Os colégios Sërios, em Brasília, e Opet, em Curitiba, são dois destaques
no uso de avaliações com cunho pedagógico. Em conversa com Frederico
Azevedo, diretor do Colégio Sërios, e o professor Carlos Azeitona, Assessor
de Inteligência Didática Pedagógica dos Colégios Opet, identificamos boas
práticas que estão garantindo o alto desempenho de ambas as instituições.

Envolvimento do gestor

No Colégio Opet, tudo começa com um olhar cuidadoso para o planejamento,


em que a equipe define o que é conteúdo e o que são habilidades a serem
trabalhadas em torno desse conteúdo. É também nesse documento que são
indicadas atividades fora da sala de aula que farão parte da aprendizagem -
como a plataforma da Geekie, parceira do colégio.

Conforme esse compilado, são pensadas as avaliações. Tanto as provas


objetivas quanto as discursivas passam pela coordenação para revisão e,
então, são devolvidas aos professores com feedback. O gestor revisa as
avaliações de cada disciplina para se certificar de que as competências
exigidas em prova correspondem ao que está previsto no plano de aulas.

“Muitas vezes, o gestor tem medo de cumprir esse papel por não conhecer
profundamente o conteúdo de cada disciplina, porém, isso não devia ser
motivo de preocupação”, explica o professor Azeitona. “Tudo bem não entender
muito de química, física ou história, o que ele precisa é saber interpretar o
que cada indicador mostra”. Azeitona garante que essa não é uma forma de
interferir no trabalho que cabe ao professor; o acompanhamento abrange a
prática pedagógica, mas não as competências específicas da disciplina.

Após a prova ser realizada pelos alunos, ela volta aos gestores, que organizam
os dados obtidos em planilhas. “Uma das primeiras coisas que perguntei ao
trazer o Geekie Teste para a escola foi se eu poderia exportar as planilhas em
Excel - e podia! Assim, a gente combina os resultados da avaliação externa da
Geekie com outras, internas”.

“Para cada item, nós colocamos indicadores, através dos quais podemos
perceber se os objetivos foram atingidos ou não. Isso volta para os professores
para discutirmos quais pontos estão causando problemas e sinalizar o que
pode ser melhorado”, conta Azeitona.

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É essencial, destaca Azeitona, que todos os professores compreendam os


benefícios de se trabalhar com dados e vejam as avaliações como ferramenta
que orienta suas ações pedagógicas. “Não acho que o professor deve usar
só porque o gestor está pedindo”, afirma. “Pelo contrário, é preciso mostrar
como essa análise vai auxiliar sua prática em aula”.

Engajamento dos professores

O Colégio Sërios, em Brasília, também aposta na capacitação dos professores


para retirar insights das avaliações. Por enquanto, o trabalho de preencher
tabelas e cruzar dados ainda é majoritariamente feito pela gestão, mas, em
reuniões frequentes com a equipe, cada professor vai assumindo autonomia
para definir os indicadores mais acertados para sua disciplina.

“Estamos passando pelo processo de mudar a visão dos professores, que


enxergam a avaliação ainda como o fim do processo”, conta Frederico.
“Números assustam todo mundo. Então, o primeiro desafio é: como ser um
instrumento fácil para o professor? Temos que trabalhar de uma maneira que
auxilie o professor no ato de ensinar. Se não for rápido e fácil, ele não vai
utilizar”, sentencia o diretor.

Ele explica que vê nos dados a oportunidade de fazer intervenções rápidas


em sala de aula. Para uma visão apurada, a escola combina diversas fontes
de informação: as avaliações internas, a avaliação externa do Geekie Teste e
atividades semanais são algumas delas, mas existe um movimento para incluir

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também fatores comportamentais que influenciam o desenvolvimento da


turma. Eles perceberam, por exemplo, que os alunos tinham dificuldades
em se concentrar nas aulas de matemática, logo após o almoço, durante o
período de seca em Brasília. O horário da aula foi alterado para facilitar a
aprendizagem.

“Definir o que é um aluno 10 e o que é um aluno 6 com apenas uma nota é


muito complicado. O professor sabe que o estudante que tirou uma nota 6
naquela prova, no dia a dia, tem um conhecimento ou envolvimento maior
que outro com pontuação mais alta. Por isso, o primeiro passo é se atentar
também às competências e habilidades”.

Em seguida, o Sërios pretende incluir aos registros atrasos, idas à diretoria


e mesmo a autoavaliação do aluno, para que ele se torne cada vez mais
responsável pela construção do próprio conhecimento.

Por fim, Frederico ressalta a importância da avaliação externa como um


“termômetro” para garantir que a escola esteja no caminho certo: “Quando
elaboramos avaliações dentro da escola, conhecendo a equipe e as turmas,
tendemos a usar aquilo que a gente já sabe que fez”. Uma avaliação externa,
por outro lado, oferece um olhar isento. É através dela que os educadores
são capazes de monitorar se os estudantes estão sendo preparados de
acordo com as expectativas nacionais.

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Que bom que você chegou até aqui! Esperamos que o conteúdo
tenha esclarecido suas principais dúvidas sobre os tipos de
avaliação possíveis, a função da avaliação externa e a elaboração
dos exames nacionais.

Agora, é hora de levar esses aprendizados para sua escola de


forma a melhorar o desenvolvimento dos alunos, assim como
seus resultados nas avaliações e vestibulares. Lembre-se da
importância de tomar decisões baseadas em dados concretos e
de realizar diagnósticos e intervenções periódicas para não gerar
lacunas na aprendizagem.

Deixamos o convite para conhecer melhor o Geekie Teste, nossa


solução de avaliação externa, para ter uma visão completa do
desempenho de seus alunos, turmas e escolas, além de comparar
seus resultados com o cenário externo. Conheça os relatórios e
fale com nosso time para marcar uma demonstração!

Até a próxima!

Quero conhecer as
soluções da Geekie

Fica nosso convite!


Um abraço,
Equipe Geekie

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