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RESUMO DO TEXTO BASE CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018

Texto de apoio para estudo Paroquial – Padre Tarcísio Spirandio

VER A REALIDADE DA VIOLÊNCIA


Tendo suas residências guardadas por cercas elétricas, guaritas e vigias, cada
vez mais também as pessoas se isolam e sentem nisso uma falsa sensação de
segurança. O outro é afastado. Mantêm-se distância não só do inimigo, mas
também dos possíveis amigos, como os vizinhos. Eis aí um dos maiores desafios
contemporâneos no campo da segurança pública: garantir que as políticas
públicas tenham em vista o aumento da solidariedade entre as pessoas, ao invés
de enclausurá-las, criando empecilhos ou mesmo impedindo relações
interpessoais humanizadas.

UM ALERTA PARA A SOCIEDADE BRASILEIRA: Apesar de possuir


menos de 3% da população mundial, o Brasil responde por quase 13% dos
assassinatos do planeta. Em 2014 foram 59.627 mortes (conforme Ipea:
consulta
em http://www,ipea.gov.br/portal///index.php?option=com_content&id=2741
2)
AS DIVERSAS FACES DA VIOLÊNCIA – ONDE HÁ PAZ E ONDE HÁ
GUERRA NO BRASIL

PRIMEIRO FATOR DA PAZ OU DA GUERRA:


Este número expressivo (59.627 mortes violentas no Brasil, em 2014) revela a
contradição da imagem que se tem das terras brasileiras como espaço de povo
pacato e ordeiro. Normalmente esta ideia surge onde o Estado se faz presente,
justamente nos lugares onde residem pessoas endinheiradas, que podem pagar
por segurança particular, também contam com maior presença da segurança
estatal. Nas periferias há ausência da segurança estatal ou só acontece quando
há uma operação de combate a isso ou aquilo. Nestes ambientes os moradores
são entregues a grupos armados, ao tráfico de drogas, etc.

SEGUNDO FATOR DA SEGURANÇA OU INSEGURANÇA: O dinheiro


demarca onde há paz ou guerra no Brasil. Quem pode pagar por segurança
privada tem privilégios no espaço urbano. Visto nesta perspectiva, a segurança
se torna um privilégio para poucos.

TERCEIRO FATOR DA VIOLÊNCIA NO BRASIL: O acesso à Justiça, na


plenitude que a palavra “justiça” pode abarcar, acontece somente para aqueles
que podem pagar bons advogados.

UM DADO ALARMANTE PARA REFLETIR: Mais da metade da


população carcerária, mesmo depois de anos presa, ainda não compareceu
diante de um juiz para julgamento.

A CULTURA DA VIOLÊNCIA: Na cultura da violência costuma-se atribuir a


culpa à vítima. Por exemplo, a estuprada é vista como mulher que se veste de
forma imoral ou por não se dar ao respeito. O adolescente, por ser drogado,
sofre o que merece e, muitas vezes, a morte. A cultura da violência tende a
separar os bons dos maus. Comumente os maus estão nas classes inferiores ou
em indivíduos situados em circunstâncias muito particulares, tais como
imigrantes, migrantes ou os que têm orientação sexual diferenciada.

A CULTURA DA VIOLÊNCIA QUE GERA A POLÍTICA PAUTADA NA


VIOLÊNCIA
Existem hoje, no Congresso Nacional, parlamentares identificados com
segmentos econômicos e sociais fortemente interessados em propostas
potencialmente geradoras de violência. Eis alguns exemplos:

Políticos defendem o uso de arma de fogo pela população civil sustentando


tratar-se de um direito natural, o da autopreservação.

A corrupção é a expressão de que o dinheiro está em primeiro lugar, colocando


em segundo plano a dignidade da vida humana.

Não há da parte da maioria dos políticos uma efetiva conscientização da


população para que participe da atividade política para além do voto. Para inibir
a maioria da população na participação política, vários políticos criminalizam os
movimentos sociais que têm pontos de vista diversos daqueles que desejam
aprovar projetos mais voltados aos interesses econômicos (dinheiro) que ao
bem comum dos cidadãos.

AS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA NO BRASIL HOJE


No mapa da violência 2016 constata-se que morrem muito mais pessoas negras
que brancas. Isso pode ser verificado nos homicídios cometidos contra jovens.
Em 2011 houve quase 28.000 assassinatos de jovens. Destes, quase 20.000
vítimas eram compostas por jovens negros.

As vítimas mulheres também são significativas na violência. Em 2013 houve


4.762 assassinatos de mulheres, o que significa 13 mulheres mortas por dia no
Brasil naquele ano. Numa lista de 83 países, o Brasil ocupa a quinta posição
entre as nações que mais assassinam mulheres. O que é mais preocupante é que
grande parte destes assassinatos acontecem no âmbito doméstico.

A pobreza – miséria, na verdade – é uma das piores formas de violência que


uma criança pode enfrentar. Toda criança necessita na primeira infância de
recursos educacionais, alimento, ambiente saudável e, principalmente, carinho.
Infelizmente há casas sem banheiro, onde não se come nem duas vezes por dia.
Uma coisa básica: não se tem guarda-roupa para organizar as vestes, que ficam
jogadas pelo chão. É desta camada da população que os traficantes de pessoas
encontram suas vítimas para a exploração sexual, comércio de órgãos,
pornografia infantil, tornando o ser humano numa mercadoria.

Outra face da violência do Brasil atual é o narcotráfico. Os barões internacionais


do tráfico são poupados. Pobres, negros e usuários das drogas são presos e
jogados em prisões que jamais vão recuperá-los por não ser esta a preocupação
central. Os presídios e cadeias brasileiros estão com superlotação de pequenos
traficantes com idade entre 18 e 29 anos, cuja maioria não completou o ensino
fundamental. Quase 70% das mulheres presas no Brasil estão nos cárceres por
conta do tráfico de drogas.

Infelizmente o Brasil não tem uma política pública eficaz de combate às drogas
porque a reduziu somente às investidas nos morros ou favelas, esquecendo que
a promoção de emprego, cultura, educação e lazer para adolescentes e jovens
são elementos vitais para este combate.

INEFICIÊNCIA DO APARATO JUDICIAL PARA O COMBATE À


VIOLÊNCIA NO BRASIL
O sistema judicial brasileiro é moroso e seletivo, o que produz resultados
negativos como a sensação de impunidade. Por outro lado, são mais de 650 mil
presos no Brasil vivendo em condições degradantes e, grande parte, sem uma
sentença definitiva por conta da morosidade judicial ou porque, sem recursos,
são assessorados por defensores públicos.. Dentro das prisões progridem as
organizações criminosas, que se aproveitam da inoperância do sistema judicial
cedendo favores e privilégios àqueles que os obedecem na prática dos delitos
dentro e fora das prisões.

POLÍCIA E VIOLÊNCIA
Não de pode negar que uma parcela da população deseja uma polícia violenta.
São aquelas pessoas que julgam fazer parte da parte “boa” da sociedade. Por isso
vibram quando enxergam um criminoso morto. A partir desta ideia muitos
policiais reagem de forma violenta, mas muitos terminam mortos por vários
fatores. Primeiro porque o Estado lhes oferece equipamentos obsoletos (armas
de calibre inferior aos dos meliantes e veículos sem blindagem). Há denúncias,
inclusive de coletes à prova de balas vencidos ou de baixa qualidade. Outro fator
do aumento do número das mortes de policiais se dá pela baixa remuneração.
Muitos militares assumem trabalhos complementares (os bicos de segurança em
supermercados, lojas, etc.). Sem os equipamentos, embora obsoletos, quando
estão na tropa, sem eles nos trabalhos privados ficam muito mais expostos à
possibilidade da morte, uma vez que enfrentam criminosos com fuzis e outras
armas potentes.

RELIGIÃO E VIOLÊNCIA: Infelizmente no Brasil se tem constatado o


aumento da violência religiosa promovida pelo fanatismo e a intolerância. As
religiões de matiz africanas são as que mais sofrem perseguições e intolerância.
O Brasil teve 697 denúncias de intolerância religiosa entre 2011 e 2015. Isso
significa que a cada três dias houve algum tipo de violência contra as práticas
religiosas africanas no Brasil.

TRÂNSITO E VIOLÊNCIA: Todo ano, no Brasil, perto de 50.000 pessoas


morrem vitimadas pelo trânsito. Muitas destas mortes poderiam ter sido
evitadas obedecendo a algumas regras básicas tais como:
Se beber não dirija. Não use celular ao volante. Respeite o pedestre na faixa
de segurança.
Porém um dos fatores maiores da violência é a impunidade. Lembremos-nos da
morosidade da justiça e dos inúmeros recursos possíveis para levar um
julgamento por anos a fio sem que o culpado seja efetivamente punido.

(Quanto à violência ao meio ambiente, leia os resumos das Campanhas da


Fraternidade 2016 e 2017 em spirandiopadre.wordpress.com)

JULGAR A VIOLÊNCIA PELO OLHAR BÍBLICO


 ANTIGO TESTAMENTO
O primeiro ato de violência apresentado na Bíblia é o rompimento da relação do
homem com Deus no paraíso. Este rompimento conduz à convivência violenta
manifestada no assassinato de Abel pelo irmão Caim (Gn 4,1-16). A partir deste
homicídio, a violência de espalha. Tudo o que foi criado por Deus, que
considerou bom, ficou maculado pelo pecado e pela violência do ser humano.
Lembremos que Caim ao ser perguntado por seu irmão, respondeu a Deus:
“Acaso sou o guarda do meu irmão?” (Gn 4,9). Portanto, podemos concluir que
a violência somente poderá ser superada pela reconciliação do homem com
Deus e consequente inversão da frase de Caim, entendendo-nos todos como
responsáveis uns pelos outros.

Vários textos bíblicos irão proibir o assassinato (Ex 20,13; Dt 5,17) bem como a
cobiça da mulher e dos bens alheios (Ex 20,14.17; Dt 5,18.21). Para superar a
violência, o ser humano deverá estar sempre com a verdade (Ex 20,16; Dt 5,20).
A Lei de talião (olho por olho, dente por dente – Ex 21,24; Lv 24,20) estabeleceu
uma justiça proporcional ao mal praticado, sem que houvesse uma vingança
exagerada.

Outros textos da Sagrada Escritura motivam à acolhida ao estrangeiro (Ex 23,9),


assim como a superar o ódio contra o irmão (Lv 19,17). O que Jesus falou, já
havia sido dito tempos antes: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo” (Lv
19,18).

Os profetas é que irão refletir com mais propriedade a violência estabelecendo


suas causas e eventuais remédios para combatê-la. Ao enfrentar a violência
muitos profetas a sofreram, como foi o caso de Jeremias mantido numa cisterna
como prisioneiro (Jr 37-38). Elias teve que fugir para o deserto para escapar
(1Rs 19,2). Amós foi expulso do santuário de Betel (Am 7.10-17). Para a
superação da violência os profetas convidam seus contemporâneos para a
prática da justiça e da compaixão (Am 5,24; Jr 22,3). Isaías apresenta a receita
do remédio para a violência de forma explícita: “Lavai-vos, limpai-vos, tirai da
minha vista as injustiças que praticais. Parai de fazer o mal, aprendei a fazer o
bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça ao
órfão, defendei a causa da viúva” (Is 1,16-17). Mais adiante Isaías diz que o fruto
da justiça será a paz, que trará tranquilidade e segurança duradouras (Is 32,16-
18).

Os livros Sapienciais apresentam de forma mais madura a superação da


violência:
“Não trames o mal contra o amigo, quando ele vive contigo cheio de confiança.
Não abras processo contra alguém sem motivo, se não te fez mal algum. Não
invejes a pessoa injusta e não imites nenhuma de suas atitudes, pois o Senhor
detesta o perverso” (Pr 3,29-32). Veja também Pr 4,14; 12,20; 13,2; 25,21).

Quase um terço dos 150 Salmos da Bíblia trata sobre a violência individual e
testemunham a dor e a devastação causada pelos violentos (Veja como exemplo
os Sl 7,2-3; Sl 10,7-8; Sl 27,12).

 NOVO TESTAMENTO
À luz da palavra definitiva de Deus que nos é dada por Jesus é que toda a
delicada temática da violência e da vingança na Bíblia recebe uma palavra
definitiva. Jesus diz:

“Ouvistes o que foi dito: amarás a teu próximo e odiarás a teu inimigo. Eu vos
digo: Amai os vossos inimigos e orais pelos que vos perseguem. Assim vos
tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre
maus e bons e cair a chuva sobre injustos e justos. Se amais somente aqueles
que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma
coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os
pagãos não fazem a mesma coisa? Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai
celeste é perfeito” (Mt 5,43-48).

A perfeição solicitada em Mateus é dita no Evangelho de Lucas como


misericórdia (Lc 6,35). Jesus propõe algo maior que a mera vingança. Diz o
Filho de Deus:

“Ouvistes o que foi dito: olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo:
não ofereçais resistência ao malvado. Pelo contrário, se alguém te bater na face
direita. Oferece-lhe também a esquerda” (Mt 5,38-42).

Nas bem-aventuranças, Jesus declara que aqueles que promovem a paz serão
chamados filhos de Deus (Mt 5,9). A promoção da paz se torna ministério de
todo cristão, uma paz deixada por Jesus:

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Não é à maneira do mundo que eu a
dou” (Jo 14,27).

Nas palavras de Jesus podemos encontrar a fonte da qual nasce a violência:

“Nada que, de fora, entra na pessoa pode torná-la impura. O que sai da pessoa é
que a torna impura. Pois é de dentro do coração humano que saem as más
intenções: imoralidade sexual, roubo, homicídios, adultérios, ambições
desmedidas, perversidades, fraude, devassidão, inveja, calúnia, orgulho,
insensatez. Todas estas coisas saem de dentro e são elas que tornam alguém
impuro” (Mt 7,14-15.21-23).
É, pois, o coração do homem que precisa ser pacificado para que possa superar a
ideia que o outro é um risco a ser eliminado. A superação da violência passa
necessariamente pela conversão dos atos do homem que pressupõe uma
conversão do seu coração. A espiritualidade é apontada como um instrumento
necessário para este processo:

“Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem” (Mt 5,44).

“…brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e
louvem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16).

Em todos estes casos a oração e a confiança em Deus são as únicas armas


utilizadas pelos não violentos.

O FILHO VENCE A VIOLÊNCIA PELO AMOROSO DOM DE SI


Para os cristãos, a superação da violência se baseia em sua profissão de fé, que
começa afirmando:

“Creio em Deus, Pai todo poderoso, criador do céu e da terra”.

A confissão de fé em um Pai comum é a semente da fraternal convivência entre


os seres humanos. Malaquias já anunciava esta comum paternidade dizendo:

“Acaso não temos nós o mesmo Pai? Não foi o mesmo Deus quem nos criou?
Por que, então, nos enganamos uns aos outros?” (Ml 2,10.16b)

A violência testemunhada desde o fratricídio de Abel por Caim é assumida por


Jesus em seu corpo. Ele transforma a violência sofrida em amor ofertado. Diz
São Pedro:

“Quando injuriado, não retribuía as injurias; atormentado, não ameaçava.


Carregou nossos pecados em seu próprio corpo, sobre a cruz, a fim de que,
mortos para os pecados, vivamos para a justiça” (1 Pd 2,23-24).

A IGREJA CONVIDA A PROMOVER A CULTURA DO DIÁLOGO


O Concílio Vaticano II diz:

“Para edificar a paz é preciso eliminar as causas das discórdias entre os homens,
que são as que alimentam as guerras e, sobretudo, as injustiças. Muitas delas
provêm das excessivas desigualdades econômicas e do atraso em lhes dar os
remédios necessários. Outras nascem do espírito de dominação e do desprezo
pelas pessoas” (GS n. 83).

Preocupado com a violência crescente, o então Papa Paulo VI, agora beatificado,
criou em 1968 a comemoração do dia mundial pela paz, celebrado sempre no
primeiro dia do ano. Na mensagem para o primeiro dia mundial da paz o Beato
Paulo VI falou da necessidade de um espírito novo, um novo modo de pensar o
homem e seus deveres e o seu destino, o qual por sua vez, se constrói com uma
nova pedagogia: a educação das novas gerações para o respeito mútuo, para a
fraternidade e para a colaboração entre as pessoas, em vista do progresso e do
desenvolvimento. Nesta ocasião, em vista disso, indica um conjunto de valores:
a sinceridade, a justiça, o amor, a liberdade das pessoas e dos povos, o
reconhecimento dos direitos da pessoa humana e da independência das nações.
E proclama com convicção:

“… do Evangelho pode brotar a paz, não para tornar os homens fracos e moles,
mas para substituir nas suas almas os impulsos da violência e da prepotência
pelas virtudes viris da razão e do coração dum humanismo verdadeiro!”

Na celebração do dia mundial da paz de 2017 o Papa Francisco disse:

“Todos nós desejamos a paz; muitas pessoas a constroem todos os dias com
pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a dificuldade de
tantas tentativas para construí-la”.

A campanha da fraternidade deste ano nos convoca a viver a prática de Jesus no


exercício dos pequenos gestos que o Papa Francisco destaca na ação do Filho de
Deus:> a escuta, a saída missionária, o acolhimento, o diálogo, o anúncio da paz
e a denúncia da violência na dimensão pessoal e social. A lógica do amor é o
único instrumento eficaz diante das ações violentas

Na busca da superação da violência como seguimento de Jesus Cristo vale


lembrar que em 2007 foi beatificado como mártir o leigo austríaco Franz
Jagerstatter, casado e pai de família. Ele rejeitou prestar qualquer tipo de
colaboração e de apoio aos nazistas, Foi por isso condenado à morte e
decapitado em 09/08/1943. Sua beatificação repropõe o convite a resistir a toda
forma de violência e a consagrar todos os esforços possíveis pela causa da paz.

AGIR – AÇÕES PARA A SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA


Um agir que supera a violência tem como fundamento o Evangelho que aponta
para a grandeza da vida e a beleza do viver. Testemunhar a beleza da vida e a
graça de vivermos todos como irmãos! Essa verdade do Evangelho deveria ecoar
em nossos corações, em nossas comunidades e em nossa sociedade.

Por isso, a Campanha da Fraternidade de 2018 nos convoca a viver a prática de


Jesus no exercício da escuta, da saída missionária, do acolhimento, do diálogo,
do anúncio e da denúncia da violência na dimensão pessoal e social. A lógica do
amor é o único instrumento eficaz diante das ações violentas.

PISTAS DE AÇÃO CONCRETA:


A Igreja está intimamente ligada às pessoas, à sua história e aos acontecimentos
que marcam a vida de todos. Fiel a Jesus Cristo, que quer que todos os povos
sejam seus discípulos e vivam o mandamento do amor, para isso é preciso
trilhar um caminho feito de passos como:
– A comunidade insira o tema da paz em sua liturgia e oração

– Articular por meio do Ecumenismo e do diálogo inter-religioso, momentos de


oração pela paz em lugares simbólicos.

– Conhecer as realidades próximas da comunidade que apresentem conflitos,


para um discernimento sobre as melhores soluções e contribuições possíveis.

– Acompanhar famílias, jovens, grupos de bairros rivais, escolas com incidência


de conflitos em vista de superá-los.

– Incluir o tema da superação da violência nos programas de formação para a


Iniciação Cristã, Catequese e Pastoral Juvenil.

– Promover uma Pastoral Familiar capaz de ajudar cada família a superar os


problemas da violência doméstica.

– Utilizar os meios de formação como homilia, catequese, encontros, cursos,


escolas da fé, para aprofundar temas relativos à superação da violência, a fim de
atingir as pessoas que participam da vida da comunidade cristã.

CONCLUSÃO
Fraternidade e superação da violência indica um caminho. A misericórdia, sem
dúvida, indica caminhos novos e desafiadores: “Amai os vossos inimigos e fazei
o bem aos que vos odeiam. Falai bem dos que falam mal de vós e orai por
aqueles que vos caluniam. Se alguém te bater numa face, oferece também a
outra. Amai os vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar nada em
troca. Sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bondoso também para com os
ingratos e maus. Sede misericordiosos como vosso pai é misericordioso” (Lc
6,27-29.35-36).

A Campanha da Fraternidade, abordando a realidade, nos provoca a sermos


construtores da paz e gestores da fraternidade. Superar a violência é tarefa de
todo cristão, pois recebemos o mandamento do amor como vocação e missão.
Fomos em Cristo adotados como filhos e filhas, recebemos a dignidade filial (Gl
4,5). Superamos a violência quando fomos tomados pela paternidade de Deus e
pela filiação em Jesus. Em Cristo, somos todos irmãos.

Padre Tarcísio Spirandio – Paróquia Santo Antonio e Nossa Senhora Aparecida


– Itatiba

Diocese de Bragança Paulista – SP. – Sob o pastoreio de Dom Sérgio Aparecido


Colombo

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