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Contabilidade Geral
VANDER LÚCIO SANCHES
FEAD
Belo Horizonte
2015
Publicado por FEAD
Copyright©2011 FEAD
Diretoria Geral
José Roberto Franco Tavares Paes
Capa
A nona onda - Ivan Aivazovsky (detalhe)
ISBN: 978-85-8351-003-1
I. Título 1. Contabilidade
CDU: 657
A Faculdade FEAD apresenta novo projeto, fundamentado
em aspectos metodológicos da auto-aprendizagem, e inaugura
os cursos de graduação na modalidade a distância.
Estudar na modalidade a distância é adquirir, além de
conhecimento do conteúdo apresentado, competências
hoje exigidas no campo profissional e pessoal: autonomia,
interação, determinação, gerenciamento da própria formação
e atualização continuada.
A Instituição que se propõe formar empreendedores
apresenta atitude inovadora e ensina pelo próprio exemplo.
O projeto FEAD de Educação a Distância vem sendo
desenvolvido desde 2004 e, agora, torna-se realidade.
Buscar atingir a meta da qualidade em todos os projetos
educacionais é o que move a comunidade FEAD. Projeto de
muitas mãos e mentes, trabalho conjunto de professores,
coordenadores, funcionários, empresas parceiras e direção,
na busca de produzir o que há de consubstancial em
aprendizagem na modalidade a distância.
Sinta-se, em definitivo, participante e construtor deste novo
tempo. Faça parte do seu mundo. Bem-vindo ao século XXI!
prazer imensurável escrever este livro para você com todo amor e
carinho, pois você é merecedor de toda minha dedicação. Sou Vander
Lúcio Sanches, de Morro Vermelho, Caeté, Minas Gerais (berço da
Guerra dos Emboabas), tenho a idade de Jesus Cristo, 33 anos. Tenho
graduação em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais – PUC Minas (2003), pós-graduação em Contabilidade
Governamental (Contabilidade Pública), pela Universidade Federal de
Minas Gerais - UFMG (2006), Mestrado em Economia pela Faculdade
de Estudos Administrativos – FEAD Minas (2009). Atualmente, sou
Contador concursado de uma empresa pública de sociedade de
economia mista na esfera federal, Centrais de Abastecimento de Minas
Gerais S/A - Ceasa Minas. Sou professor da FEAD desde 2009, em
disciplinas de cursos tanto presenciais como a distância.
Sou de família muito simples, mas de valores éticos grandiosos.
Tenho 9 irmãos e um pai; minha mãe, Deus a levou há 10 anos. Trabalho desde os 9 anos de idade, até
hoje nunca parei. Muitos perguntam: “E quanto à infância?” Brincava nos finais de semana, de segunda
a sexta. A noite foi feita para estudar, o dia para trabalhar, sábados e domingos para descansar!
Fui conceito A no curso de graduação, obtido na avaliação do MEC em 2003 pelo curso de Graduação
em Ciências Contábeis da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais da cidade de Contagem,
Minas Gerais. Obtive a melhor nota dos alunos da PUC Contagem no exame de suficiência do CRC em
2004 para obtenção de registro de Contador. Fui conceito A no curso de Pós-Graduação de Contabilidade
Governamental da UFMG e obtive 100% em minha dissertação de mestrado, defendida em 16/04/2010,
que teve o título Planejamento Tributário: uma análise sobre a viabilidade para a Ceasa Minas. Fui aprovado
em vários concursos públicos para empresas e instituições como: CPRM, ANATEL, CEASAMINAS,
COPASA MG, BELOTUR, FUMEP, MINISTÉRIO PÚBLICO, COHAB, POLÍCIA FEDERAL, PROMINAS
e CEMIG. Dentre essas, tive o imenso prazer de trabalhar primeiramente na COPASA, por 5 anos, na
PROMINAS, por 1 ano, e na Ceasa Minas onde trabalho atualmente desde 12/06/2006.
Mas, antes dos concursos públicos, trabalhei em empresas privadas como a IMA – Indústria de
Madeira Imunizada Ltda. –, por 8 anos, e no Hotel Hostenrich, por 4 anos, além de ter sido caseiro em
algumas chácaras no distrito de Morro Vermelho.
Por falar em Morro Vermelho, caso um dia queira conhecer um pouco da história de minha terra natal,
terei o maior prazer em recebê-lo em minha casa. Não há como errar, pois em meu distrito existem duas
ruas principais e uma população de aproximadamente 1.000 habitantes...
Desde 2003, dediquei-me aos concursos públicos por acreditar que o mercado de trabalho sempre foi
e sempre será seletivo, por isso temos que nos esforçar para estarmos o mais preparados possível, para
enxergarmos a concorrência não como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade. Assim como eu,
acredito que muitos estão nesta busca incansável pela aprovação em concursos públicos ou por serem
mais valorizados nas empresas onde trabalham ou em que ainda irão trabalhar, por isso deixo a seguinte
mensagem para você, querido aluno:
Estude sempre com muita dedicação e determinação. Somos todos capazes. Nunca se esqueça do
nosso Criador, DEUS, com Ele a seu lado você comprovará que sua vida será sempre uma vitória.
A vida sempre nos oferece oportunidades, cabe a nós não deixá-las jamais escapar de nossas mãos!
Antes os contadores controlavam apenas o patrimônio de terceiros. Hoje isso mudou, o controle
aumentou, há mais serviços, que bom! Continuamos controlando o patrimônio das empresas, mas
controlamos também o patrimônio mais importante, o nosso!
Grande abraço!
Ms. Vander Lúcio Sanches
Sumário
Unidade 01
AULA 1 INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE....................................................................................................................................... 9
AULA 2 PATRIMÔNIO......................................................................................................................................................................... 19
AULA 3 ATOS E FATOS CONTÁBEIS............................................................................................................................................... 29
AULA 4 CONTAS................................................................................................................................................................................ 35
AULA 5 DÉBITO E CRÉDITO............................................................................................................................................................. 43
Unidade 02
AULA 6 PLANO DE CONTAS............................................................................................................................................................. 51
AULA 7 DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO ATIVO............................................................................................................. 63
AULA 8 DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO...................................................... 73
Unidade 03
AULA 9 INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE.......................................................... 83
AULA 10 DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO............................................................................................................... 99
AULA 11 DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 01........................................................................................... 113
AULA 12 DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 02........................................................................................... 123
Unidade 04
AULA 13 EXERCÍCIOS DE REVISÃO................................................................................................................................................133
AULA 14 EXERCÍCIOS DE REVISÃO................................................................................................................................................145
AULA 15 EXERCÍCIOS DE REVISÃO................................................................................................................................................157
Unidade 05
AULA 16 DUPLICATAS DESCONTADAS E OPERAÇÕES DE FACTORING.................................................................................. 169
AULA 17 TRIBUTOS...........................................................................................................................................................................177
AULA 18 LUCRO REAL......................................................................................................................................................................187
AULA 19 CONTRIBUIÇÕES E PARTICIPAÇÕES.............................................................................................................................199
Unidade 06
AULA 20 DMPL E DLPA.....................................................................................................................................................................209
AULA 21 DOAR...................................................................................................................................................................................225
AULA 22 EXERCÍCIOS SOBRE DOAR.............................................................................................................................................235
AULA 23 CPC: COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS................................................................................................... 245
AULA 24 DFC......................................................................................................................................................................................255
AULA 25 DFC - EXERCÍCIOS............................................................................................................................................................267
AULA 26 DVA, NOTAS EXPLICATIVAS E PARECERES..................................................................................................................279
Unidade 07
AULA 27 EXERCÍCIOS DE REVISÃO................................................................................................................................................291
AULA 28 EXERCÍCIOS DE REVISÃO................................................................................................................................................301
AULA 29 EXERCÍCIOS DE REVISÃO................................................................................................................................................313
AULA 30 EXERCÍCIOS DE REVISÃO................................................................................................................................................323
Unidade 01
Contabilidade Geral
REGISTROS CONTÁBEIS
AULA 1
INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE
Objetivos
• Conhecer a história da evolução da
contabilidade.
• Discutir o objeto de estudo da
contabilidade.
• Conhecer o campo de aplicação e os
usuários da contabilidade.
• Compreender as técnicas, princípios e
convenções contábeis.
Contabilidade Geral
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AULA 1 • INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE
(matemática e estatística) como sua principal de direito público ou privado. No entanto, no caso da
ferramenta. Ela é um instrumento de informação. Com Contabilidade Empresarial (nosso objeto de estudo),
a sua utilização, é possível conhecer toda a estrutura o campo de aplicação se restringe às empresas,
econômico-financeira das entidades. Através de entendidas aqui como entidades jurídicas com
registros, essa ciência acumula e resume os dados finalidade lucrativa.
relacionados com o patrimônio das empresas, tornando
mais fácil sua interpretação. Isso não lhe parece uma 2.3 Finalidade da Contabilidade:
função muito especial? Fornecer informações
Vários são os conceitos existentes sobre A Ciência Contábil, através do estudo e controle do
Contabilidade. Veja alguns deles. patrimônio das entidades, tem como objetivo principal
Contabilidade: é a ciência que estuda e pratica as ou finalidade fornecer informações às pessoas ou
funções de orientação, controle e registro relativas à entidades interessadas na situação patrimonial e
administração econômica. (I Congresso Brasileiro de econômica da entidade, bem como na aferição de sua
Contabilistas - RJ- 1924). capacidade produtiva.
Contabilidade é, objetivamente, um sistema de
informação e avaliação destinado a prover seus 2.4 Usuários da Informação
usuários com demonstrações e análises de natureza Contábil
econômica, financeira, física e de produtividade,
Os usurários da informação contábil são aquelas
com relação à entidade objeto de contabilização.
pessoas, físicas ou jurídicas, que têm interesse na
(Pronunciamento do IBRACON aprovado pela CVM
avaliação patrimonial de um entidade. Veja alguns
através da deliberação 29/860)
deles:
Contabilidade é a ciência que estuda e controla
• sócios (acionistas/quotistas): necessitam da
o patrimônio das entidades, mediante o registro, a
informação contábil, de forma concisa, para
demonstração expositiva e a interpretação dos fatos
avaliar a rentabilidade e segurança de seus
nele ocorridos, com o fim de fornecer informações
investimentos.
sobre a sua composição e variações, bem como sobre
• administradores, diretores e executivos:
o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza
patrimonial. (FRANCO, 1999). utilizam a informação contábil, de forma
detalhada, com as finalidades de controle e
Resumindo: planejamento, visando à prática dos atos de
gestão, ou seja, à tomada de decisões.
Contabilidade é a ciência social que estuda e
controla o patrimônio das entidades, para fornecer Controlar: verificar se os elementos da entidade
informações a seus usuários. estão de acordo com os planos já traçados.
Planejar: determinar políticas e linhas para o
A partir da análise desse conceito, podemos extrair futuro.
algumas informações, quais sejam:
• Governo: busca informações sobre o
2.1 Objeto da Contabilidade:
movimento da empresa, para viabilizar a
Patrimônio fiscalização de tributos.
O Patrimônio compreende todo o conjunto de bens, • Concorrentes: com base nas informações
direitos e obrigações da entidade. geradas pela contabilidade, podem traçar e
mudar estratégias e políticas.
2.2 Campo de aplicação da • Clientes: interessam pela situação de seus
contabilidade: Entidades fornecedores, principalmente no que se refere
O campo de aplicação da Contabilidade engloba ao cumprimento de prazos de entrega.
todas as entidades que possuam patrimônio, sejam • Bancos, capitalistas e financeiros: utilizam
físicas ou jurídicas, com ou sem finalidade lucrativa, a informação contábil principalmente para
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Contabilidade Geral
Análise das Demonstrações Contábeis ou Aná- aperfeiçoamentos na área. Por exemplo, uma área
lise de Balanços ou Análise das Demonstraçõ- muito recente é a AMBIENTAL. O Contador que se
es Financeiras especializa em Contabilidade em Gestão Ambiental
abre mais um grande leque de oportunidade, podendo
Consiste no estudo e na avaliação da situação
econômica e financeira da entidade, bem como do seu atuar no Ministério Público, ou como Analistas de
desempenho operacional, através da decomposição Custos Ambientais, trabalhando em conjunto como os
e comparação das demonstrações financeiras, especialistas em Contabilidade Social, entre outras.
interpretados sob vários aspectos, índices e quocientes O profissional de contabilidade vem ganhando
calculados a partir de informações extraídas dessas espaço e destaque no mercado de trabalho e pode ser
demonstrações. classificado em várias ordens. Veja a seguir.
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AULA 1 • INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE
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Contabilidade Geral
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AULA 1 • INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE
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Contabilidade Geral
6 RESUMO 1- E 2- A
Exame de Suficiência (CFC)
Discutimos na aula de hoje o surgimento da
Contabilidade, assim como o seu objeto, que é o 1- D 2- B 3- C 4-A
patrimônio, o campo de aplicação da contabilidade, Concursos Públicos
que são as entidades, a finalidade da contabilidade,
que é fornecer informações sobre os usuários da 1- A 2- B 3- C
informação contábil (sócios acionistas ou quotistas),
administradores, diretores e executivos, governo,
REFERÊNCIAS
concorrentes, clientes, bancos, capitalistas e FERRREIRA, Ricardo J. Coleção de Provas
financeiros, fornecedores. Foram discutidas técnicas Comentadas ESAF. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora
contábeis como: escrituração, demonstrações Ferreira, 2002.
contábeis ou demonstrações financeiras, auditoria, FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas
análise das demonstrações contábeis ou análise de Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
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AULA 1 • INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE
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Unidade 01
Contabilidade Geral
REGISTROS CONTÁBEIS
AULA 2
PATRIMÔNIO
Objetivos
• Compreender o que seja Patrimônio, em
termos de contabilidade.
• Conhecer a Composição do Balanço
Patrimonial.
• Compreender o que sejam bens, direitos
e obrigações.
• Entender os vários tipos de capitais
existentes em Contabilidade.
• Verificar a composição do Patrimônio
Líquido.
Contabilidade Geral
1 INTRODUÇÃO 2 PATRIMÔNIO
Olá, caro aluno! Como vai? Estamos de volta 2.1 Conceito
aos estudos! Viu como a aula passada foi tranquila? O patrimônio de uma entidade é composto
Comecei o livro já esclarecendo muitas dúvidas tanto pelo conjunto de bens, direitos e obrigações de sua
referentes aos concursos públicos quanto a exame de propriedade. Ao conjunto de bens e direitos (o que
suficiência e áreas de atuação do contador. representa sua parte “boa”, positiva) dá-se o nome
Vimos também quem são os usuários da informação de ATIVO, ao passo que o conjunto de obrigações
contábil, assim como os princípios e convenções (dívidas, parte “ruim”) é denominado de PASSIVO.
contábeis. Quando uma empresa contabiliza despesas 2.2 Ativo
pessoais dos sócios e de sua família como se fossem da O Ativo, por representar o conjunto de bens e
empresa, ela está infringindo o Princípio da Entidade. direitos pertencentes à empresa, corresponde à parte
Caro aluno, no exercício de sua profissão, você positiva do patrimônio, ou seja, tudo aquilo que a
terá que observar todos os princípios e convenções empresa possui, independentemente de sua origem.
contábeis, ok! Desse modo, podemos dizer também que o Ativo
Na aula de hoje daremos início ao estudo do Ativo, corresponde às APLICAÇÕES DE RECURSOS de
Passivo, Patrimônio Líquido, pois esses três elementos uma entidade ou ao seu patrimônio bruto.
formam o Balanço Patrimonial.
2.2.1 Bens
No decorrer desta disciplina, ou seja, no final das
Na esfera contábil, bem é tudo aquilo que possui
30 aulas propostas, você saberá com certeza elaborar
utilidade e pode ser quantificado monetariamente.
esse importante demonstrativo contábil.
Assim podemos classificar os bens de acordo com o
Você irá aprender a debitar e creditar vários fatos que representam para a empresa, ou seja:
contábeis, montar o Balancete de Verificação – o Bens numerários (ou Disponibilidades): caixa,
famoso BV -, aprenderá sobre receitas, despesas, bancos, conta movimento, aplicações de liquidez
custos, tributos tanto sobre as receitas como sobre imediata, etc.
o lucro, claro e evidente que em outra demonstração Bens de venda (Estoques): mercadorias
contábil muito importante para as empresas. Acredito (empresa comercial); matérias primas, produtos em
que você já ouviu falar sobre ela no primeiro período elaboração, produtos acabados (produtos prontos)
na disciplina de Introdução à Contabilidade. O seu (empresa industrial), etc.
nome é Demonstração de Resultado do Exercício Bens de uso: (Ativo Imobilizado): imóveis,
terrenos, veículos, instalações, máquinas (tangíveis),
- DRE-. É nesse demonstrativo que iremos apurar o
marcas e patentes, fundo de comércio (intangíveis),
lucro ou o prejuízo do exercício, e somente após sua
etc.
elaboração é que poderemos fechar o nosso Balanço
Bens de renda (Ativo Investimento): participações
Patrimonial - BP –. Vá se acostumando com as siglas: societárias, obras de arte, imóveis para aluguel, etc.
BP, BV, DRE, AC, PC, ANC, PNC, PL e outras mais que
aprenderemos nas aulas posteriores, pois, uma vez Todos os nomes que representam elementos
apresentadas, passarão a ser usadas regularmente, patrimoniais são chamados de CONTAS.
ok? Podemos dizer, então, que "conta" é um título que
Percebeu que gosto de antecipar sempre onde representa um item do patrimônio. A contabilidade
iremos chegar. É que acredito que isso pode ajudá-lo a controla a entrada e a saída de valores dessas
ter visão e consciência do compromisso que é estudar. contas. As contas acima citadas, por fazerem parte
Minha missão é ajudá-lo a ser tornar o melhor do patrimônio da entidade (bens), são chamadas,
profissional possível e a sua é se esforçar ao máximo pela Teoria Patrimonialista, de CONTAS
para atingir esse ideal. Como somos todos capazes, PATRIMONIAIS. Existem outras contas que
acredito de coração em sua capacidade. afetam o patrimônio, mas não fazem parte dele:
Assim como a aula anterior, a de hoje é de muita são as chamadas CONTAS DE RESULTADO,
valia, e acredito que você a entenderá sem nenhuma representadas pelas receitas, custos e despesas.
dificuldade. Bons estudos!
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AULA 2 • PATRIMÔNIO
21
Contabilidade Geral
PL = A- P ou A = P + PL Bens
Estoques: 40.000,00
ATENÇÃO: Terrenos: 20.000,00
O Passivo Total é a soma do Passivo Exigível Veículos: 60.000,00
com o Passivo Não Exigível. Como vimos Total dos Bens = 120.000,00
anteriormente, o Passivo Exigível representa as Direitos
obrigações da entidade com terceiros. No entanto Bancos: 30.000,00
o Passivo Não Exigível (Patrimônio Líquido) NÃO Clientes: 90.000,00
representa propriamente uma dívida da entidade Aplicação financeira: 160.000,00
com seus sócios, pois eles não emprestam
Total dos Direitos = 280.000,00
recursos para que aquela possa ter vida própria,
mas sim, os entregam para que com eles formem Obrigações
o patrimônio da entidade. Fornecedores: 50.000,00
Podemos definir o Passivo Total também como as ICMS a recolher: 170.000,00
ORIGENS dos recursos que estão aplicados na Empréstimos a pagar: 80.000,00
empresa. Começamos a perceber que tudo (todos Total das Obrigações = 300.000,00
os recursos) de uma entidade tem uma ORIGEM
PL = Bens + Direitos - Obrigações
(própria ou de terceiros) e uma APLICAÇÃO
PL = 120.000,00 + 280.000,00 – 300.000,00
(Ativo).
PL = 100.000,00
Total das Origens (P + PL) = Total das Aplicações (A)
P= Passivo Agora, caro aluno, você conhece os BENS,
PL = Patrimônio Líquido DIREITOS e OBRIGAÇÕES de uma empresa.
A = Ativo Com essas informações, é possível fazer uma
ideia do tamanho do patrimônio de uma empresa.
22
AULA 2 • PATRIMÔNIO
São vários os conceitos e tipos de capital existentes Representa os recursos que terceiros, tais como
na esfera contábil. Seguem os principais: fornecedores, bancos, governo, etc., investiram na
Capital Social empresa. Logicamente se refere às obrigações de
responsabilidade da empresa.
É composto pelo total de ações subscritas na
constituição de uma sociedade anônima ou quotas Capital à Disposição da Empresa
subscritas na constituição de uma sociedade limitada. Representa o montante de recursos que terceiros
Enquanto esse total não tiver sido totalmente honrado
e os sócios colocaram à disposição da empresa. Assim
pelos sócios, haverá uma conta redutora (retificadora)
corresponde ao total do passivo
para indicar o montante ainda não integralizado
Caro aluno, veja a diferença entre Capital e
(honrado), chamada Capital a Integralizar (ou a
Patrimônio:
Realizar).
• Capital: É o conjunto de elementos que o
Resumindo: Capital Social é o valor do capital proprietário da empresa possui para iniciar
definido no contrato social ou estatuto da empresa. suas atividades.
É composto pelo total de ações subscritas na Ex: Damares do Brasil vai abrir uma papelaria.
constituição de uma Sociedade Anônima ou de Ela possui, para esse fim, R$20.000,00 em dinheiro.
quotas subscritas na constituição. Logo esses R$20.000,00 em dinheiro constituem o seu
Capital Inicial.
Capital Subscrito O capital inicial pode ser composto por: dinheiro,
móveis, veículos, imóveis, promissórias a receber etc.
Corresponde ao montante de recursos prometido
pelos sócios e que deverá ser honrado posteriormente. • Patrimônio: É o conjunto que compreende os
bens da empresa (dinheiro em caixa, estoques,
Capital a Integralizar (a Realizar)
veículos, etc.), seus direitos (contas a receber)
Corresponde à parcela do capital subscrito que e suas obrigações (contas a pagar).
não foi honrada pelos sócios ou acionistas.
2.4.1.2 Reservas de Capital
Capital Integralizado (Realizado)
São constituídas com valores recebidos pela
Corresponde à parcela do capital subscrito que já
empresa e que não transitam em contas de resultado,
foi honrada pelos sócios ou acionistas.
ou seja, valores que não irão para a DRE, por não se
Capital Nominal referirem à entrega de bens e serviços da empresa.
É o mesmo que capital social, ou seja, corresponde Essas contas são:
ao conjunto de recursos aplicados pelos sócios quando • Ágio na emissão de ações
da constituição da empresa. • Alienação de bônus de subscrição
Capital Autorizado • Alienação de partes beneficiárias
• Prêmio na emissão de Debêntures
É o limite de capital fixado pela assembleia
• Doações e subvenções para investimentos
e constante no estatuto social. Até esse limite,
poderá haver aumento de capital da empresa
ATENÇÃO: É importante ressaltar que o Prêmio
sem haver necessidade de reforçar o estatuto e,
consequentemente, sem necessidade de se realizar de Emissão de Debêntures, que era considerado
assembleia. como um item de Reserva Legal, a partir de 2008
e de acordo com o artigo 10 da Lei 11.638/07,
Capital Próprio
passou a ser considerado como receitas no
É o mesmo que Patrimônio Líquido ou Situação resultado, ou seja, lançado na DRE.
Líquida ou parte da empresa que pertence aos sócios.
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Contabilidade Geral
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AULA 2 • PATRIMÔNIO
Exercício Resolvido 02
Kleber Lucas resolveu medir contabilmente um D – Despesas com Jornal e Ônibus
dia de sua vida, começando do “nada” patrimonial. De C – Caixa 3,00
manhã, bem cedo, nada tinha. Vestiu seu traje novo D - Mercadorias (bombons e chiclete)
(calça, camisa, sapatos, etc.), comprado por R$105,00, C - Fornecedores 50,00
mas que sua mãe lhe dera de presente. Em seguida
D - Despesas (refeição) 12,00
tomou R$30,00 emprestados de seu pai, comprou
C - Caixa 10,00
o jornal por R$1,20, tomou o ônibus e pagou R$1,80
C Descontos Obtidos 2,00
de passagem. Chegando ao CONIC, comprou fiado
por R$50,00 várias caixas de bombons e chicletes D - Caixa
e passou a vendê-los no calçadão. No fim do dia, C - Receita de Vendas 40,00
cansado, tomou um refeição de R$12,00, mas só pagou
R$10,00, conseguindo um desconto de R$2,00. Contou D - CMV
o dinheiro e viu que vendera metade dos bombons e C - Mercadorias (metade dos bombons e
chicletes por R$40,00. chicletes) 25,00
Com base nessas informações, podemos ver O resultado apurado foi de ...
que, no final do dia, Kleber Lucas possui um “capital
próprio” no valor de... Resultado
Resolução:
Os lançamentos dos fatos citados podem ser
efetuados da seguinte forma:
D - Roupas e Sapatos
C - Receita de Doações 105,00
D - Caixa Após a incorporação do resultado do PL, temos o
C - Empréstimos Obtidos 30,00 seguinte patrimônio:
ATIVO PASSIVO
25
Contabilidade Geral
Gostou desse exercício? Você pode fazer mais 11.941/09, de 27 de maio de 2009. Você entenderá
usando dados do seu cotidiano. Vai ser bacana a todas essas alterações que estão aparecendo no
experiência. Boa sorte. decorrer de nossas aulas. Lembre-se: quanto mais você
ler mais aprenderá o conteúdo, mais conhecimento
4 RESUMO você obterá e cada dia ficará mais forte ao ponto de ser
um obstáculo na vida de seus concorrentes.
Discutimos na aula de hoje o Patrimônio. Sua
composição é feita pelo ativo e o passivo. Para
REFERÊNCIAS
entender melhor como se calcula o patrimônio líquido
de uma empresa, estudamos primeiramente os BAPTISTA, Antônio Eustáquio; GONÇALVES,
bens e direitos e em seguida as obrigações. Como o Eugenio Celso. Contabilidade Geral. 7. ed. São
patrimônio líquido é a diferença entre ativo e passivo, Paulo: Atlas, 2011.
ficou claro que toda vez que os bens e direitos de uma BRASIL. Lei nº 11.638/07, de 28 de dezembro de
empresa forem superiores às obrigações significa 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76,
que a empresa está em uma situação de lucro. Já se de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7
as obrigações forem superiores aos bens e direitos, de dezembro de 1976
a empresa apresentará um passivo a descoberto, e estende às sociedades de grande porte
indicando um prejuízo. Para melhor compreensão do disposições relativas à elaboração e divulgação de
estudo do patrimônio foi explicado o ativo e o passivo, demonstrações financeiras. Publicada na DOU de
deixando claro que, em aulas posteriores, entraremos 28.12.2007 – Edição Extra.
em detalhes tanto sobre o ativo como sobre o passivo. BRASIL. Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro
Foram vistos em seguida os tipos de capitais existentes de 1976. Dispõe sobre Sociedades por Ações.
na empresa e a divisão do grupo do patrimônio líquido. Consolidada. Publicada em 08.01.2008.
São eles: Capital Social, Reservas de Capital, Ajuste de BRASIL. Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009.
Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros e Prejuízos Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades
Acumulados. Apenas para reforçar, pode ser que você, por Ações.
caro aluno, encontre em muitos livros uma composição CHAGAS, Gilson. Contabilidade Geral
diferente dessa acima descrita. Vale ressaltar que simplificada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
essa divisão está de acordo com a Lei 11.638/07.
FERRARI, Ed. Luiz. Contabilidade Geral. 12. ed.
Antes de 2007, o Patrimônio Líquido era divido assim: Rio de Janeiro: Editora Ímpetus, 2012.
Capital Social, Reservas de Capital, Reserva de
FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas
Reavaliação, Reservas de Lucros e Lucros/Prejuízos
Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
Acumulados. Percebeu que não existe mais a Reserva
Contabilidade Societária: aplicável a todas as
de Reavaliação e que a conta Lucros/Prejuízos sociedades. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu e
Acumulados também sofreu alteração? Aproveito para GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS. São Paulo:
ressaltar que o Prêmio de Emissão de Debêntures, Altas, 2007.
que era considerado como um item de Reserva Legal,
NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo.
a partir de 2008 e de acordo com o artigo 10 da Lei Contabilidade Básica. 9. ed. São Paulo: Editora
11.638/07, passou a ser considerado como receitas no Frase, 2011.
resultado, ou seja, lançado na DRE. No decorrer na
OLIVEIRA, Justino. Introdução à Contabilidade
aula foi apresentado um exercício com a resolução e
para concursos públicos. Rio de Janeiro: Editora
explicação dos valores encontrados. Fique tranquilo Método, 2010.
que o mecanismo de débito e crédito será vistos com
SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto.
muitos detalhes nas próximas aulas.
Contabilidade Básica. 4. ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2009.
5 ATIVIDADES PROPOSTAS
SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
Sua missão hoje é bem simples: Leia a Lei 6.404/76 Contabilidade Geral: introdução à Contabilidade
com suas alterações pela Lei 11.638/07 e pela Lei nº Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
26
AULA 2 • PATRIMÔNIO
Caro aluno, recomendo que você sempre consulte os seguintes sites que contêm ótimas informações sobre as
legislações contábeis.
SITES
http://www.cfc.org.br/
http://www.cvm.gov.br/
http://www.esaf.fazenda.gov.br
http://www.portaldecontabilidade.com.br/
27
Unidade 01
Contabilidade Geral
REGISTROS CONTÁBEIS
AULA 3
Objetivos
• Aprender a diferença entre atos e fatos
contábeis.
• Conhecer os fatos permutativos.
• Conhecer os fatos modificativos.
• Verificar o que são fatos mistos.
Contabilidade Geral
30
AULA 3 • ATOS E FATOS CONTÁBEIS
A partir de agora iremos estudar os tipos de fatos • receitas de juros – fato modificativo aumentativo
existentes, analisar as alterações e as não alterações • despesas de salários – fato modificativo
no PL. Está pronto para descobrir tudo isso? Então diminutivo
vamos nessa! • despesas financeiras – fato modificativo
As variações decorrentes dos fatos administrativos diminutivo
dão margem a três tipos de alterações no Patrimônio,
Outros Exemplos:
ou seja:
• Apropriação de rendimentos financeiros (+ A
1. Fatos Permutativos
+PL): modificativo aumentativo
2. Fatos Modificativos
• Perdão de dívida (- PC+ PL): modificativo
3. Fatos Mistos
aumentativo
Qualquer alteração nos elementos constitutivos • Pagamento de despesa com lanche (- AC -
do patrimônio é considerada um fato contábil ou fato PL): modificativo diminutivo
administrativo. • Provisão de salários (+ PC – PL): modificativo
diminutivo
2.2 Fatos Permutativos
São aqueles que não alteram o Patrimônio
Líquido, ocorrendo somente trocas entre os elementos 2.4 Fatos Mistos (ou Compostos)
do patrimônio, tais como: bens por bens, bens por Os fatos mistos provocam alterações no Ativo, no
obrigações, direitos por bens etc. Representam Passivo e no Patrimônio Líquido, simultaneamente.
modificações entre os componentes do Ativo e/ou Combinam os fatos permutativos e modificativos.
Passivo, sem que o Patrimônio Líquido se modifique. São classificados em Mistos Aumentativos e Mistos
Exemplos: Diminutivos. Exemplos:
• compra de mercadorias à vista (bens por bens) • venda de mercadoria com lucros (entrou dinheiro
• compra de instalações a prazo (bens por na caixa, saiu mercadoria [modificações no
obrigações) ativo] e aumentou o Patrimônio Líquido);
• recebimento de direitos (direitos por bens) • pagamento de duplicatas com juros (saiu
dinheiro do caixa [Ativo]), diminuem as
• pagamento de obrigações (bens por
obrigações (Passivo) e houve uma despesa (os
obrigações)
juros pagos), diminuindo o Patrimônio Líquido.
Outros Exemplos:
Outros Exemplos:
• Depósito bancário (- AC + AC)
• recebimento de duplicatas com juros (- AC +
• Compra de veículo a prazo (+ A + ANC) AC + PL): misto aumentativo
• Pagamento de dívida (- AC - PC) • pagamento de duplicatas com desconto (- AC
• Repactuação de dívida (- PC - PC) – PC + PL) misto aumentativo
• Aumento de capital social com a utilização de • venda de um bem com prejuízo (- AC + AC +
reservas (+ PL– PL) PL): misto diminutivo
• pagamento de empréstimo com juros (-AC –
PC – PL): misto diminutivo
2.3 Fatos Modificativos
São aqueles que alteram o Patrimônio Líquido.
Podem ser Aumentativos quando o patrimônio aumenta 3 ATIVIDADES RESOLVIDAS
com as receitas, e Diminutivo quando diminui com 01- Indique os aumentos ou diminuições do ATIVO,
as contas de custos, despesas e contas redutoras de PASSIVO e PL e classifique os fatos em modificati-
vendas (impostos, contribuições, devolução de vendas, vos (aumentativos ou diminutivos), permutativos ou
descontos incondicionais de vendas, abatimentos de mistos aumentativos ou mistos diminutivos:
vendas ou cancelamento de vendas). Exemplos: 01) Integralização de capital em dinheiro
• receitas de aluguel – fato modificativo D- Caixa C- Capital Social = modificativo
aumentativo aumentativo
31
Contabilidade Geral
02) Provisão da folha de pagamento pagar todos os direitos do empregado, ou seja, para ela
D- Despesa com salário C- Salário a Pagar = são obrigações registradas no passivo circulante como:
modificativo diminutivo salários a pagar, INSS patronal a pagar, FGTS a pagar,
03) Provisão de juros sobre empréstimos obtidos férias a pagar, 13º a pagar, vale transporte a pagar, vale
D- Juros Passivos C- Juros a Pagar = modificativo alimentação a pagar, ou seja, todos esses fatos devem
diminutivo ser contabilizados e são chamados Fatos Contábeis.
04) Apropriação de rendimentos financeiros Em seguida vimos que esses fatos são divididos em
D- Aplicação Financeira C- Receita Financeira = três grandes grupos: Fatos Permutativos, Fatos
modificativo aumentativo Modificativos, que, por sua vez, dividem-se em dois
05) Perda de estoque (Sinistro) subgrupos: Modificativos Aumentativos e Modificativos
D- Perda C- Estoque = modificativo diminutivo Diminutivos. O outro grupo foi o dos Fatos Mistos,
06) Recuperação de estoque sinistrado
que, por sua vez, também se divide em dois subgrupos:
D- Banco C- Receita com Sinistro = modificativo
Mistos Aumentativos e Mistos Diminutivos. Em seguida
aumentativo
foram apresentados alguns fatos com sua respectiva
07) Venda de mercadoria com lucro = misto
resolução.
aumentativo
D- Caixa C- Receita
5 ATIVIDADES PROPOSTAS
D- CMV C- Estoque
08) Venda de mercadoria com prejuízo = misto 01- Indique os aumentos ou diminuições do ATIVO,
diminutivo PASSIVO e PL e classifique os fatos em
D- Caixa C- Receita modificativo diminutivo modificativos (aumentativos ou diminutivos),
D- CMV C- Estoque permutativos ou mistos aumentativos ou mistos
09) Empréstimo efetuado à coligada = permutativo diminutivos:
D- Empréstimo à Coligada C- Caixa Veja o exemplo e siga o modelo:
10) Empréstimo recebido de controlada =
01) Integralização de capital em dinheiro
permutativo
D- Caixa C- Empréstimos a Coligadas D- Caixa C- Capital Social = modificativo
11) Saque de cheque no banco = permutativo aumentativo
D- Caixa C- Banco 02) Depósito bancário
12) Saída de sócio com ressarcimento em dinheiro 03) Compra de mercadoria à vista
= modificativo diminutivo 04) Compra de mercadoria a prazo
D- Capital Social C- Caixa 05) Obtenção de empréstimo bancário curto prazo
13) Aumento de capital com lucros acumulados = 06) Aplicação no mercado financeiro
permutativo 07) Pagamento de duplicata
D- Lucros C- Capital Social 08) Recebimento de duplicata
14) Aumento de capital com dinheiro e imóveis = 09) Pagamento de duplicata com juros
modificativo aumentativo 10) Pagamento de duplicata com desconto
D- Caixa D– Imóvel C- Caixa 11) Recebimento de duplicata com juros
15) Perdão de contas a receber = modificativo 12) Recebimento de duplicata com desconto
diminutivo 13) Adiantamento recebido de cliente
D- Descontos Concedidos C- Contas a Receber 14) Adiantamento feito a fornecedor
16) Perdão de contas a pagar = modificativo
15) Aumento de capital com capitalização de
aumentativo
dívidas
D- Contas a Pagar C- Descontos Obtidos
16) Resgate de aplicação financeira com rendi-
mentos já apropriados
4 RESUMO
17) Resgate de aplicação financeira com rendi-
Discutimos na aula de hoje a diferença entre atos e mentos complementares
fatos contábeis. Vimos que contratar um empregado é 18) Pagamento de empréstimo com juros
um ato, porém, depois de contratado, a empresa deverá provisionados
32
AULA 3 • ATOS E FATOS CONTÁBEIS
33
Contabilidade Geral
FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas São Paulo: IOB, 2012. Mensal. Índice trimestral.
Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade.
Contabilidade Societária: aplicável a todas as 10. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
sociedades. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu e
GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS. São Paulo: PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade
Altas, 2007. Básica: uma introdução à prática contábil. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 1996
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23. ed. São
Paulo: Saraiva, 1996. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica. 27.
ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
GOUVEIA, Nelson. Contabilidade. São Paulo:
SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto.
Editora Atlas, 1998.
Contabilidade Básica. 4. ed. São Paulo: Editora
IOB. INFORMAÇÕES OBJETIVAS. Textos Legais. Atlas, 2009.
34
Unidade 01
Contabilidade Geral
REGISTROS CONTÁBEIS
AULA 4
CONTAS
Objetivos
• Compreender o conceito de contas.
• Discutir a teoria das contas.
• Conhecer a classificação funcional das
contas.
• Compreender o plano de contas.
• Conhecer as principais contas de uma
empresa.
Contabilidade Geral
36
AULA 4 • CONTAS
ATIVO PASSIVO
37
Contabilidade Geral
38
AULA 4 • CONTAS
ATENÇÃO:
Quando falo em NATUREZA da conta, você deve sempre levar em consideração o que ela representa para
a ENTIDADE. As contas de natureza credora são aquelas que têm um “crédito com a empresa; já as de
natureza devedora são aquelas que estão em débito com a empresa”.
Veja a seguir um balanço patrimonial. Primeiramente vamos aprender a debitar e creditar as contas patrimoniais
e na próxima aula estudaremos as contas de DRE (conta de resultado)
BP- Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES
e
99% das contas aqui apresentam saldos devedores PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Sendo assim, 1% dos saldos das contas aqui
apresentam saldos credores e são as chamadas contas 99% das contas aqui apresentam saldos credores.
redutoras ou retificadoras. Sendo assim, 1% dos saldos das contas aqui
apresentam saldos devedores e são as chamadas
99% = D contas redutoras ou retificadoras.
1% = C
Exemplos de Contas com saldos credores no ativo: Exemplos de Contas com saldos devedores no PL:
- Prejuízos Acumulados
- Provisão de/para Devedores Duvidosos - Capital a Integralizar ou a Realizar
- Depreciação Acumulada - Ações em Tesouraria
- Exaustão Acumulada
- Amortização Acumulada 99% = C
- Duplicatas descontadas 1% = D
TOTAL DO ATIVO: TOTAL DO PASSIVO:
ATIVO PASSIVO
BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES
e
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Contas redutoras ou retificadoras são contar que, embora apareçam em um determinado grupo patrimonial
(Ativou ou Passivo), têm saldo contrário em relação às demais contas desse grupo. Desse modo, uma
conta retificadora do Ativo terá natureza credora, bem como uma conta retificadora do Passivo terá natureza
devedora. As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em que aparecem.
39
Contabilidade Geral
Os bens e direitos da empresa encontram-se no de Resultado do Exercício. Foi explicado que a teoria
ATIVO. Assim, as contas do ATIVO estão em débito seguida pela contabilidade é a Teoria Patrimonialista,
com a empresa, tendo, portanto, natureza DEVEDORA. em que as contas são divididas em dois grandes
Para que haja a movimentação de uma conta grupos: Contas Patrimoniais e Contas de Resultado.
(entradas e saídas de valores), a contabilidade utiliza- Além dessa teoria, vimos mais outras duas: A Teoria
se de duas únicas operações, coincidentemente Personalista, em que as contas são associadas a
chamadas de DÉBITO e CRÉDITO. pessoas, e a Teoria Materialista, em que as contas
são divididas em contas integrais ou elementares
3 ATIVIDADES RESOLVIDAS ou contas diferenciais ou derivadas. Em seguida
foi apresentada a classificação das contas, quanto
1- Assinale a alternativa que contém contas cujos sal-
aos saldos, quantos aos registros, quanto à divisão,
dos no Balanço Patrimonial são devedores
quanto ao movimento, quanto à duração e quanto aos
a. ( ) Fornecedores e Honorários a Pagar
elementos que registram. Depois iniciamos o estudo
b. ( ) Capital Subscrito e ICMS a Recolher
sobre a estrutura e funcionamento das contas, assunto
c. ( ) Adiantamento de Clientes e Contas a Pagar
que continuaremos a discutir na aula 05, está bem?
d. ( ) Duplicatas a Pagar e Aluguéis a Pagar
e. ( ) Duplicatas a Receber, Móveis e Utensílios 5 ATIVIDADES
RESOLUÇÃO:
1- Classificar as contas abaixo em: Ativo, Passivo,
Fornecedores e Honorários a Pagar Patrimônio Líquido ou Conta Redutora de Ativo ou
Fornecedores = Passivo Circulante = saldo credor Redutora de Passivo ou Redutora de Patrimônio
Honorários a Pagar = Passivo Circulante = saldo Líquido
credor
1) Duplicatas a Receber
Capital Subscrito e ICMS a recolher
2) Estoques
Capital Subscrito = Patrimônio Líquido = saldo
3) Duplicatas a Pagar
credor
4) Aplicação Financeira de Curto Prazo
ICMS a recolher = Passivo Circulante = saldo
5) Provisão para Devedores Duvidosos
credor
6) Impostos a Recuperar
Adiantamento de Clientes e Contas a Pagar
7) Empréstimos a Pagar
Adiantamento de Clientes = Passivo Circulante =
8) Empréstimos em Coligadas e Controladas
saldo credor
9) Empréstimos Bancários
ICMS a recolher = Passivo Circulante = saldo
10) Caixa
credor
11) Aplicações Financeiras de Longo Prazo
Duplicatas a Pagar e Aluguéis a Pagar
12) Terrenos
Duplicatas a Pagar = Passivo Circulante = saldo
13) Veículos
credor
14) Impostos a Recolher
Aluguéis a Pagar = Passivo Circulante = saldo
15) Adiantamento a Fornecedores
credor
16) Adiantamento de Clientes
Duplicatas a Receber e Móveis e Utensílios
17) Seguros pagos Antecipadamente
Duplicatas a Receber = Ativo Circulante = saldo
18) Capital Social
devedor
19) Lucros Acumulados
Móveis e Utensílios = Ativo Circulante = saldo
20) Reserva de Lucros
devedor
21) Reservas de Capital
22) Juros a Pagar
4 RESUMO
23) Computadores
Aprendemos na aula de hoje o que é CONTA, 24) Obrigações Tributárias a Pagar
nome representativo de um elemento que compõe 25) Depreciação Acumulada
tanto o Balanço Patrimonial como a Demonstração 26) Amortização Acumulada
40
AULA 4 • CONTAS
41
Unidade 01
Contabilidade Geral
REGISTROS CONTÁBEIS
AULA 5
DÉBITO E CRÉDITO
Objetivos
• Entender o que sejam Débito e Crédito.
• Analisar exemplos diversos de contabili-
zação de contas.
• Conhecer exemplo de estornos.
Contabilidade Geral
1 INTRODUÇÃO
Bem, meu caro aluno, nem iniciei a aula de hoje e já apresentei um desenho em forma de T e um lançamento
em Débito e Crédito. Pois bem, esta será uma aula das mais importantes que teremos. É aqui que você entenderá
a lógica da Contabilidade, debitar e creditar sem decorar, e sim aprendendo passo a passo. Você pode estar se
perguntando: Por que debitamos no lado esquerdo e creditamos no lado direito? Veja se esta resposta o ajuda?
Meu nome é Vander pelo simples fato de que fui registrado com esse nome. Caso fosse registrado com o nome de
Alan, qual seria o meu nome? Vander ou Alan? Assim também se explica a posição dos débitos e créditos. Percebe
que se trata de uma simples convenção contábil. Na aula de hoje estudaremos com mais detalhes os lançamentos
de Débito e Crédito, que recebem o nome de mecanismos de débito e crédito. Vamos estudar o livro diário e o livro
razão; estudaremos as quatro fórmulas de lançamentos e aprenderemos a debitar e a creditar. A aula passada foi
terminada com o seguinte quadro de balanço:
ATIVO PASSIVO
Exemplos de Contas com saldos credores no Exemplos de Contas com saldos devedores no
ativo: PL:
- Provisão de/para Devedores Duvidosos - Encargos Financeiros a Transcorrer
- Depreciação Acumulada - Prejuízos Acumulados
- Exaustão Acumulada - Capital a Integralizar ou a Realizar
- Amortização Acumulada - Ações em Tesouraria
- Duplicatas descontadas 99% = C
1% = D
ATIVO PASSIVO
44
AULA 5 • DÉBITO E CRÉDITO
45
Contabilidade Geral
Caro aluno, quanto maior for o saldo das contas Você deve estar se perguntado? E o outro
redutoras menor será o valor do Ativo Total da 1%? Será tratado ao inverso dos 99%, pois não
empresa, pois a natureza do saldo do total do ativo é são obrigações, e sim CONTAS REDUTORAS ou
de DEVEDOR. CONTAS RETIFICADORAS. As contas redutoras ou
retificadoras do Passivo ou Patrimônio Líquido têm
Vamos analisar agora o lado do PASSIVO e
saldo DEVEDOR, ou seja, toda vez que você aumentar
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
essas contas deverá DEBITAR essas contas. Por outro
Você percebeu que as contas do PASSIVO, as lado, toda vez que você reduzir essas contas deverá
contas que representam as obrigações, recursos de CREDITAR estas contas. Mas lembre-se, no final o
terceiros e as contas do PATRIMÔNIO LÍQUIDO, que saldo sempre será DEVEDOR. Espero que fique claro
representam os recursos dos proprietários, possuem que estou falando de 1% das contas do PASSIVO e
saldo CREDOR, ou seja, toda vez que você aumentar PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
as suas obrigações e aumentar os recursos dos sócios
Exemplo:
ou acionistas você deverá CREDITAR essas contas. Já A Cia Andrea Fontes apurou prejuízo líquido em
toda vez que você reduzir suas obrigações ou reduzir sua Demonstração de Resultado do Exercício no
os recursos dos sócios ou acionistas você deverá valor de R$18.000,00 no ano de 2011.
DEBITAR essas contas. Mas lembre-se: no final, o D- Prejuízo Acumulado (debitamos prejuízo
saldo sempre será CREDOR para as OBRIGAÇÕES. acumulado, para mostra que o Patrimônio Líquido
Para o PATRIMÔNIO LÍQUIDO, existirá uma condição: da empresa foi reduzido).
SERÁ CREDOR, se os Bens e Direitos forem C- Apuração do Resultado do Exercício (ARE)
(conta de encerramento de exercício).
superiores às Obrigações; caso contrário, o saldo será
DEVEDOR, pois as obrigações serão maiores que Caro aluno, quanto maior for o saldo das contas
os bens e direitos, existindo a figura do PASSIVO A redutoras, menor será o valor do Passivo ou
DESCOBERTO. Patrimônio Líquido da empresa, pois a natureza do
46
AULA 5 • DÉBITO E CRÉDITO
saldo do total do passivo e patrimônio líquido é de Isso significa que toda vez que acontecer uma
CREDORA. receita na empresa, você deverá CREDITAR. Veja o
Agora chegou a hora de analisar as contas de exemplo:
Resultado. Veja um modelo simples:
A Cia Ana Paula Valadão realizou venda de
DRE- Demonstração do Resultado do Exercício
mercadorias à vista por R$43.000,00.
Contas D- Caixa (debitamos caixa, pois os bens –
dinheiro - estão aumentando o ativo).
+ Receitas
C- Receitas Bruta de Produtos (100% das
- Contas Redutoras de Vendas
receitas são CREDITADAS)
- Custos
- Despesas
Mas, quando acontecer uma despesa, custo,
= Lucro/Prejuízo do Exercício
ou alguma conta redutora de receita, você deverá
Demonstração do Resultado do Exercício DEBITAR. Veja o exemplo:
47
Contabilidade Geral
48
AULA 5 • DÉBITO E CRÉDITO
D- Caixa C- Capital Social no valor de R$10.000,00 Vimos um exemplo de prejuízo de 18.000,00 para
2- Abertura de Conta no Banco Bradesco, explicar o 1% das contas devedoras do lado do passivo.
depositando no ato R$2.000,00. Nesse caso específico foi dado um exemplo dentro
D- Banco contra movimento C- Caixa no valor de do PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Vimos que, quando uma
R$2.000,00 empresa está com prejuízo acumulado, isso significa
3- Compra de mercadoria para revenda à vista no que os bens e direitos que a empresa possui são
valor de R$3.000,00 inferiores às suas obrigações. Esse fato é chamado de
D- Estoque C- Caixa no valor de R$3.000,00 PASSIVO A DESCOBERTO.
4- Compra de móveis e utensílios por R$1.500,00 Passivo a Descoberto é o termo contábil usado
D- Móveis e Utensílios C- Capital no valor de para designar quando o valor da soma de bens e direitos
R$1.500,00 não cobre o valor da soma das obrigações contraídas,
5- Venda de mercadoria no valor de R$1.000,00, o ou seja, o Passivo (P) supera o Ativo (A). Sendo P > A,
custo foi de R$700,00. na equação contábil PL (Patrimônio Líquido) = A - P,
D- Caixa C- Receita com Vendas no valor de conclui-se que PL < 0. Quando esse caso ocorrer, a
R$1.000,00 rubrica Patrimônio Líquido será substituída por Passivo
D- CMV C- Estoques no valor de R$700,00 a Descoberto no Balanço Patrimonial. Para terminar a
6- Compra a prazo de mercadorias R$4.000,00 aula foram discutidas também as contas que compõem
D- Estoques C- Fornecedores no valor de R$4.000,00 a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, que
7- Serviços prestados no valor de R$2.500,00 são receitas, contas redutoras de receitas, custos e
D- Caixa C- Receita com serviços no valor de despesas. Em seguida foi demonstrado como se fazem
R$2.500,00 os ESTORNOS.
8- Venda de produtos a prazo no valor de
R$2.500,00, com custo de R$2.000,00. 5 ATIVIDADES PROPOSTAS
D- Clientes C- Receita com Vendas no valor de
1- O que é fato contábil?
R$2.500,00
2- Em contabilidade, o que significa Débito e Crédito?
D- CMV C- Estoques no valor de R$2.000,00
3- Marque V para verdadeiro e F para falso.
9- Pagamento de 50% da mercadoria comprada a
( ) A maioria das contas do ativo tem natureza
prazo
devedora, portanto elas aumentam com
D- Fornecedor C- Caixa no valor de R$2.000,00
crédito.
10- Recebimento de 80% da venda a prazo
( ) A maioria das contas do passivo tem natureza
D- Caixa C- Cliente no valor de R$2.000,00
credora, logo elas aumentam por crédito.
( ) O Capital Social da empresa só pode ser
4 RESUMO
constituído por dinheiro.
Na aula de hoje aprendemos o mecanismo de ( ) Com a entrada de numerários em caixa,
débito e crédito. Foi dado um razonete tanto do Balanço debita-se a conta estoques e credita-se a conta
Patrimonial onde estão os bens, direitos e obrigações, fornecedores.
como da Demonstração de Resultado do Exercício ( ) A todo crédito corresponde um débito de igual
onde estão as recitas, contas redutoras de receitas, valor.
custos e despesas. Para entender perfeitamente o 4- Efetue os lançamentos para os fatos abaixo.
mecanismo de débito e crédito, foi dado um exemplo de 1- 10/06/2011 – André Valadão resolveu
cada situação. O primeiro foi de compra de estoque de constituir uma empresa para explorar o
mercadoria no valor de R$60.000,00, para demonstrar ramo de comércio varejista de móveis e
os 99% das contas devedoras do ativo; em seguida eletrodomésticos, integralizando no ato um
vimos um exemplo de duplicatas descontadas para capital de R$30.000,00.
demonstrar o 1% das contas do ativo, fechando, assim, 2- 20/06/2011 – A empresa de André, constituída
100% das contas do lado do ATIVO. Em seguida foi sob o nome de Moveis Valadão, comprou
dado um exemplo de empréstimo de 10.000,00 para móveis e utensílios para seu escritório no valor
demonstrar os 99% das contas credoras do PASSIVO. de R$8.000,00.
49
Contabilidade Geral
50
Unidade 02
Contabilidade Geral
CONTAS PATRIMONIAIS
AULA 6
PLANO DE CONTAS
Objetivos
• Compreender a função da conta.
• Entender a codificação da conta e os
graus.
• Conhecer o plano de contas explicativo e
o plano de contas analítico.
Contabilidade Geral
52
AULA 6 • PLANO DE CONTAS
1 ATIVO
2.3 Manual de Contas
1.1 Ativo Circulante Conforme já vimos, as contas têm por função
1.1.01 Disponível representar itens patrimoniais (bens, direitos e
obrigações, itens do capital próprio) ou de resultado
1.1.01.001 Caixa (receitas e despesas).
O funcionamento das contas diz respeito à própria
1.1.01.002 Bancos Conta Movimento
movimentação das contas, de acordo com o mecanismo
Aplicações Financeiras de Liquidez de débito e crédito. É por meio do funcionamento delas
1.1.01.003
Imediata que sabemos quando determinada cota deverá ser
1.1.01.003.001 Poupança Bancária debitada ou creditada.
O manual de contas consiste em um guia para os
1.1.01.003.002 Certificados de Depósito Bancário
contabilistas, apresentando as principais características
1.1.02 Clientes de cada conta em particular (função, funcionamento e
natureza do saldo de cada uma delas). O uso desse
1.1.02.001 Duplicatas a Receber manual traz, como consequência, a uniformização de
1.1.02.001.001 Duplicatas a Receber de Clientes registros contábeis para a entidade.
Exemplo:
1.1.02.002 (Duplicatas Descontadas)
53
Contabilidade Geral
54
AULA 6 • PLANO DE CONTAS
55
Contabilidade Geral
56
AULA 6 • PLANO DE CONTAS
57
Contabilidade Geral
58
AULA 6 • PLANO DE CONTAS
59
Contabilidade Geral
60
AULA 6 • PLANO DE CONTAS
FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas livro texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2.
Contabilidade Societária: aplicável a todas as
ed. São Paulo: Alínea, 2000.
sociedades. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu e
GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS. São Paulo: NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo.
Altas, 2010. Contabilidade Básica. 9. ed. São Paulo: Editora
IOB. INFORMAÇÕES OBJETIVAS. Textos Legais. Frase, 2011.
São Paulo: IOB, 2012. Mensal. Índice trimestral. OLIVEIRA, Justino. Introdução à Contabilidade
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Introdutória- para concursos públicos. Rio de Janeiro: Editora
livro de exercícios. 8. ed. São Paulo: Editora Atlas, Método, 2010.
1996. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica fácil.
LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
administradores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto.
KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de; Contabilidade Básica. 4. ed. São Paulo: Editora
MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória – Atlas, 2009.
61
Unidade 02
Contabilidade Geral
CONTAS PATRIMONIAIS
AULA 7
Objetivos
• Conhecer a definição e a função das
contas devedoras do Ativo.
• Compreender a definição e a função das
contas credoras do Ativo.
Contabilidade Geral
64
AULA 7 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO ATIVO
65
Contabilidade Geral
66
AULA 7 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO ATIVO
67
Contabilidade Geral
68
AULA 7 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO ATIVO
4 ATIVIDADE RESOLVIDA
Exercício Resolvido 01
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA BRUNA OLLY S. A. 2011
BP - BALANÇO PATRIMONIAL: 2011
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante 186.400 Passivo Circulante 125.000
Banco – Itaú 105.000 Empréstimos 52.000
Aplicações Financeiras 32.000 Financiamento CP 20.000
Clientes 28.700 Salários a pagar -
Estoques 13.200 Fornecedores 45.000
Impostos a Recuperar 1.500 Contas a pagar 3.200
Adiantamento de Salários 6.000 ICMS a recolher 4.800
69
Contabilidade Geral
DRE - DA EMPRESA BRUNA OLLY S. A. 2011 contas de natureza devedora devem apresentar saldo
devedor, enquanto as de natureza credora devem
CONTAS R$
apresentar saldo credor. Por isso, se no balancete ou
RECEITA BRUTA DE VENDAS 170.000
balanço você encontrar, por exemplo, a conta caixa com
(-) Impostos sobre vendas (30.600) saldo credor, deve ser procurado o erro, pois essa conta
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 139.400 deverá apresentar o saldo devedor. Da mesma forma,
(-) Custos de mercadorias vendidas - CMV (95.000) se você encontrar a conta duplicatas descontadas com
RESULTADO BRUTO 44.400 saldo devedor deve ser procurado o erro, pois essa
conta deverá apresentar saldo credor. Deve ficar claro
Despesas com salários (12.500)
que nem todas as contas do Plano de Contas tiveram
Despesas com água, luz e telefone (4.000)
suas funções apresentadas. Você deverá pesquisar
Despesas com depreciação (2.100)
outras referências que são disponibilizadas no final
Receitas com juros ativos 1.000 de cada aula para o seu próprio enriquecimento. Na
Despesas com juros passivos (16.800) próxima aula veremos as funções das principais contas
RESULTADO LÍQUIDO 10.000 do Passivo e Patrimônio Líquido.
70
AULA 7 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO ATIVO
71
Unidade 02
Contabilidade Geral
CONTAS PATRIMONIAIS
AULA 8
Objetivos
• Compreender a definição e a função das
contas do Passivo.
• Compreender a definição e a função das
contas do Patrimônio Líquido.
Contabilidade Geral
74
AULA 8 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Sua função é agrupar os lançamentos contábeis EXEMPLO: Fernanda Brum Sanches (Sócia)
que registrarão todas as importações de quaisquer Sua função é registrar os empréstimos feitos
espécies de mercadorias e serviços. Sua natureza é pela sócia Fernanda Brum Sanches. Essa conta é de
credora. Então, se no balancete de verificação ou no natureza credora. Deverá ser creditada sempre que a
balanço patrimonial seu saldo estiver devedor, deve empresa constituir a obrigação, ou seja, pela obtenção
ser procurado o erro. Será lançada a débito para de empréstimo junto à sócia Fernanda Brum Sanches.
registrar a quitação da obrigação que se dá por meio Essa conta deverá ser lançada a débito pelo pagamento
do fechamento de câmbio. Será lançada a crédito para do empréstimo, ou seja, quando a sócia pagar para
registrar o valor da obrigação relacionada à importação, a empresa o empréstimo tomado, a empresa deverá
bem como para registrar a atualização da obrigação baixar essa obrigação. Toda vez que as obrigações das
pela variação da taxa de câmbio. empresas estão sendo reduzidas elas devem debitar.
75
Contabilidade Geral
76
AULA 8 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
por exemplo, o IRRF no pagamento de salários, empresa fizer a provisão para o pagamento e debitada
honorários, pró-labore e aluguel. Essa conta é de quando a empresa pagar o imposto ao governo federal.
natureza credora e será creditada para registrar a
obrigação de a empresa recolher o IRRF que foi 2.11 CSLL a Pagar
descontado de pessoa física quando se pagaram seus A função dessa conta é registrar a provisão da
rendimentos. Quando acontecer o recolhimento para o
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido a pagar com
governo, essa conta deverá ser debitada.
base em balancete mensal ou balanço anual. Essa
conta é de natureza credora. Será creditada, quando
Caro aluno: no sétimo período você estudará
a empresa fizer a provisão para o pagamento, e será
Contabilidade Fiscal e Tributária quando
debitada, quando a empresa pagar a contribuição ao
aprenderá calcular todos os tributos, inclusive
governo federal.
o Imposto de Renda de Pessoa Física. Fique
atento! 2.12 Cofins a Pagar
A função dessa conta é registrar a provisão da
2.9.2 IRRF a Recolher (Retido de Contribuição Social para Financiamento da Seguridade
Pessoas Jurídicas) Social sobre as receitas brutas. Essa conta é de
natureza credora. Será creditada, quando a empresa
A função dessa conta é registrar o IRRF descontado
fizer a provisão para o pagamento, e será debitada,
no pagamento de pessoas jurídicas, quando do crédito
quando a empresa pagar a contribuição ao governo
ou pagamento de rendimentos a pessoas jurídicas,
federal.
por exemplo, o IRRF no crédito ou pagamento de
honorários ou comissões. Essa conta é de natureza 2.13 PIS a Pagar
credora e será creditada para registrar a obrigação da
empresa de recolher o IRRF que foi descontado da A função dessa conta é registrar a provisão do
pessoa jurídica, quando se pagaram seus rendimentos. Programa de Integração Social sobre as receitas brutas.
Quando acontecer o recolhimento para o governo, essa Essa conta é de natureza credora. Será creditada,
conta deverá ser debitada. quando a empresa fizer a provisão para o pagamento,
e debitada, quando a empresa pagar a contribuição ao
2.9.3 ISS Retido a Recolher governo federal.
A função dessa conta é registrar o ISS (Imposto
2.14 IPI a Recolher
sobre Serviços) que, por exigência da legislação, a
empresa reteve (descontou) de alguém no pagamento A função dessa conta é registrar o IPI (Imposto
de serviços, sendo que tal ISS será recolhido pela sobre Produtos Industrializados) segundo o regime da
empresa à Prefeitura. A natureza dessa conta é competência. Essa conta é de natureza credora. Será
credora. Será creditada para registrar a obrigação de a creditada, quando a empresa fizer a provisão apurado
empresa recolher o ISS que foi descontado de pessoa com base nos livros fiscais, tendo como contrapartida o
jurídica, quando se pagou pelos serviços prestados. débito na conta IPI sobre Faturamento, e será debitada,
Quando acontece o recolhimento, essa conta deve quando a empresa pagar o imposto para o governo
ser debitada, pois significa que as obrigações foram federal.
deduzidas.
2.15 ICMS a Pagar
2.10 IRPJ a Pagar A função dessa conta é registrar o ICMS (Imposto
A função dessa conta é registrar a provisão do sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a pagar.
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica a pagar com Essa conta é de natureza credora. Será creditada,
base em balancete mensal ou balanço anual. Deve- quando a empresa fizer a provisão apurada com base
se também registrar a provisão para o IRPJ incidente nos livro fiscais, tendo como contrapartida o débito na
sobre ganho nas aplicações de renda variável. Essa conta ICMS sobre Vendas, e será debitada, quando a
conta é de natureza credora. Será creditada quando a empresa pagar o imposto para o governo estadual.
77
Contabilidade Geral
Caro aluno, você deve estar se perguntando: Qual o motivo de essa conta estar em evidência? Eu lhe
respondo: Claro que tem um motivo muito especial. Lembra-se deste quadro da Aula 5?
ATIVO PASSIVO
OBRIGAÇÕES
BENS + DIREITOS e
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
99% das contas aqui apresentam saldos devedores.
Sendo assim, 1% dos saldos das contas aqui apresenta 99% das contas aqui apresentam saldos credores.
saldos credores; são as chamadas contas redutoras ou Sendo assim, 1% dos saldos das contas aqui apresenta
retificadoras. saldos devedores; são as chamadas contas redutoras ou
retificadoras.
99% = D
1% = C
Exemplos de Contas com saldos credores no ativo: Exemplos de Contas com saldos devedores no PL:
- Provisão para Devedores Duvidosos - Encargos Financeiros a Transcorrer
- Depreciação Acumulada - Prejuízos Acumulados
- Exaustão Acumulada - Capital a Integralizar ou a Realizar
- Amortização Acumulada - Ações em Tesouraria
- Duplicatas descontadas
99% = C
1% = D
Veja que no passivo também temos 1% das contas que são DEVEDORAS, ou seja, contas que são de natureza
contrária à das contas do Passivo. A conta Encargos Financeiros a Transcorrer agrupa os lançamentos contábeis
que registrarão os encargos financeiros que tenham sido pagos antecipadamente em um empréstimo bancário.
Os encargos financeiros deverão ser apropriados como despesas financeiras, à medida que forem transcorridos,
obedecendo-se, assim, ao regime da competência. Por se tratar de uma conta redutora do passivo, juros a
transcorrer, é de natureza DEVEDORA. Deverá ser debitada para registrar os juros pagos antecipadamente em um
empréstimo bancário e será creditada para registrar a apropriação dos juros já transcorridos até a data do balancete
ou balanço.
78
AULA 8 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
79
Contabilidade Geral
80
AULA 8 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
7 RESUMO REFERÊNCIAS
Discutimos na aula de hoje a função das principais BAPTISTA, Antônio Eustáquio; GONÇALVES,
contas do PASSIVO e do PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Eugenio Celso. Contabilidade geral. 7. ed. São
Vimos que a maioria das contas são contas de Paulo: Atlas, 2011.
natureza credora enquanto uma pequena parte é de CHAGAS, Gilson. Contabilidade geral simplificada.
natureza devedora. As contas de natureza devedora 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
do PASSIVO são chamadas de contas redutoras ou
FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas
retificadoras. As contas de natureza Devedora devem
Contábeis, Atuariais e Financeiras.
apresentar saldo devedor, enquanto as de natureza
credora devem apresentar saldo credor. Por isso, se IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu e GELBCKE,
no balancete ou balanço você encontrar, por exemplo, Ernesto Rubens; SANTOS Ariovaldo dos. Manual
a conta Fornecedor com Saldo Devedor, deve ser de Contabilidade Societária: aplicável a todas as
procurado o erro, pois essa conta deverá apresentar sociedades de acordo com as normas Internacionais
o saldo credor. Da mesma forma, se você encontrar e do CPC. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
a conta Prejuízo Acumulado com saldo credor, FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São
deve ser procurado o erro, pois essa conta deverá Paulo: Saraiva, 1996.
apresentar saldo devedor. Deve ficar claro que nem
GOUVEIA, Nelson. Contabilidade. 2. ed. São
todas as contas do Plano de Contas tiveram suas
Paulo: Atlas, 1998.
funções apresentadas. Você deverá pesquisar outras
referências que são disponibilizadas no final de cada IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade.
aula para o seu próprio enriquecimento. Na próxima 10. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
aula iniciaremos o estudo das contas de resultado. LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para
É importante salientar que você ficará apto a fazer administradores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
os lançamentos contábeis para assim poder elaborar
KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
o tão sonhado Balanço Patrimonial e a tão sonhada
MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória –
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
Livro Texto. 11. ed. Atlas, 2010.
–. Mas, para se chegar a esse sonho, é necessário
dominar todas as contas de um plano de contas, saber OLIVEIRA, Justino. Introdução à Contabilidade
o funcionamento de cada uma e saber diferenciá-las para concursos públicos. Rio de Janeiro: Editora
entre si. Então, até próxima aula! Não esqueça, tudo Método, 2010.
depende de você; a sua determinação definirá o seu PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade
ótimo aprendizado. Caso tenha ficado alguma dúvida, Básica: uma introdução à Contabilidade básica;
entre em contado com seu tutor nos chats ou envie uma introdução à prática contábil. 3. ed. São Paulo:
mensagens. Atlas, 1996.
81
Unidade 03
Contabilidade Geral
PRECIFICAÇÃO DE ESTOQUES E DRE
AULA 9
INVENTÁRIO DE MERCADORIAS
E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
Objetivos
• Aprender o que seja inventário de
mercadoria.
• Conhecer os critérios de avaliação de
estoque.
• Aprender a calcular o PEPS.
• Aprender a calcular o UEPS.
• Aprender a calcular Custo Médio.
Contabilidade Geral
84
AULA 9 • INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
• Coluna de Entradas: é utilizada para compras, devolução de compras e abatimentos sobre compras.
• Coluna de Saídas: é utilizada para vendas e devolução de vendas.
• Coluna de Estoque: é utilizada para o saldo de estoque, isto é, o valor dos estoques existentes.
Caro aluno, cada coluna, exceto a Data (Entradas, Saídas ou Estoque) contém três subcolunas:
• Coluna de Quantidade (Q)
• Coluna de Valor Unitário (U)
• Coluna do Saldo ou Total (T = Q x U)
DATA ENTRADA SAÍDA SALDO
Q U T Q U T Q U T
85
Contabilidade Geral
40 8,00
12/05/12 50 10,00 500,00 60 9,00 1.360,00
50 10,00
40 8,00
60 9,00 1.060,00 30 10,00 300,00
20 10,00
30 10,00
29/05/12 50 12,00 600,00
50 12,00 900,00
CMV Estoque Final
Compras Líquidas 1.640,00
1.060,00 900,00
40 8,00
06/05/12 60 9,00 540,00
60 9,00 860,00
40 8,00
12/05/12 50 10,00 500,00 60 9,00 1.360,00
50 10,00
50 10,00
60 9,00 1.120,00 30 8,00 240,00
10 8,00
30 8,00
29/05/12 50 12,00 600,00
50 12,00 840,00
CMV Estoque Final
Compras Líquidas 1.640,00
1.120,00 840,00
86
AULA 9 • INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
ATENÇÃO: Como podemos observar no exemplo dado, num regime inflacionário, o RCM pelo método UEPS é
o menor possível, fazendo com que o Imposto de Renda sobre o lucro também o seja. É por isso que o Regulamento
do Imposto de Renda NÃO PERMITE que as empresas no Brasil, que estejam obrigadas a declarar tal imposto com
base no lucro fiscal, utilizem o método UEPS.
87
Contabilidade Geral
Caro aluno, para saber se o valor do CMV está correto, tire a prova usando a seguinte fórmula:
CMV = EI + Compras Líquidas – EF
CMV = 0,00 + 745.000,00 – 565.000,00
CMV = 180.000,00
2- Considere os seguintes dados da empresa Soraya Moraes (todas as compras e vendas são a prazo, com ICMS
à alíquota de 10%):
Saldo Inicial: 80 unidades a R$1,50 cada (líquido de ICMS)
Operações:
1- Compra de 100 unidades a R$ 2,20 cada.
2- Venda de 130 unidades a R$ 300,00.
3- Recebimento em devolução de 20 unidades relativa à venda acima.
4- Compra de 80 unidades a R$ 2,50 cada.
5- Abatimento obtido sobre a compra acima no valor de R$ 20,00.
6- É concedido um abatimento s/vendas (operação 2) no valor de R$ 30,00.
7- Venda de 90 unidades por R$ 300,00.
8- Compra de 50 unidades pelo preço total de R$ 180,00, sendo R$ 150,00 pelas mercadorias e R$ 30,00 pelo
frete e seguro.
9- Devolução ao fornecedor de 20 unidades relativas à compra acima.
10- Venda de 80 unidades ao preço de R$ 400,00.
88
AULA 9 • INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
Pede-se: Calcule o CMV, o estoque final e o resultado do exercício, utilizando os métodos PEPS, UEPS e o
PMP.
PEPS
Q U T Q U T Q U T
80 1,50 120,00
80 1,50 318,00
100 1,98 198,00
100 1,98
- CMV 544,00
89
Contabilidade Geral
UEPS
ENTRADA SAÍDA SALDO
Q U T Q U T Q U T
80 1,50 120,00
100 1,98 198,00 80 1,50 318,00
100 1,98
100 1,98 243,00 50,00 1,50 75,00
30 1,50
(20) 1,50 (30,00) 70 1,50 105,00
80 2,25 180,00 70 1,50 285,00
80 2,25
(20,00) 70 1,50 265,00
80 2,00
80 2,00 175,00 60 1,50 90,00
10 1,50
50 3,30 165,00 60 1,50 255,00
50 3,30
(20) 3,30 (66,00) 60 1,50 189,00
30 3,30
30 3,30 174,00 10 1,50 15,00
50 1,50
TOTAL DA COMPRAS CMV Estoque Final
R$ 457,00 R$ 562,00 R$ 15,00
90
AULA 9 • INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
4- Considere os seguintes dados da empresa Marcela Taís Sanches e apure o CMV pelo critério do PEPS.
Saldo Inicial de 120 unidades a R$ 2,10 cada.
1- Compra de 155 unidades a R$ 2,60 cada.
2- Venda de 200 unidades por R$ 730,00
3- Recebimento em devolução de 50 unidades relativa à venda acima.
4- Compra de 120 unidades a R$ 2,90 cada.
91
Contabilidade Geral
3 RESUMO
Discutimos, na aula de hoje, dois assuntos muito importantes para o contador: Inventário de Mercadoria e
Critérios de Avaliação de Estoque. Vimos que, no Brasil, o critério UEPS é proibido de acordo com a Legislação do
Imposto de Renda – RIR: Regulamento do Imposto de Renda – Decreto: 3.000/99, assim como é proibido o critério
da média ponderada fixa, por apresentarem um custo maior, ocasionando, assim, um lucro menor, o que faz com
que o IRPJ também seja calculado a menor.
No Inventário Periódico, o Estoque Final (EF) inventariado é avaliado ao preço de custo das últimas unidades
adquiridas, partindo do pressuposto de que as primeiras unidades compradas foram vendidas também em primeiro
lugar. No Inventário Permanente – critério PEPS – os pressupostos são idênticos, logo os inventários se equivalem,
o que nos força a concluir que o resultado final obtido no PEPS do Inventário Permanente é o mesmo obtido no
Inventário Periódico. Foram apresentados um modelo de ficha de avaliação de estoque e alguns exercícios com
resolução.
4 ATIVIDADES PROPOSTAS
Informação: Empresa: Tânia Levy Sanches; Mercadoria: Açoflex; Estoque Inicial em 01/01/2012 = 100 unidades
ao preço unitário de R$ 2.000,00.
Operações realizadas durante o exercício de 2012-12-31
92
AULA 9 • INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
1) Com base nas informações prestadas, o valor do No mês de outubro de 2012, a firma Trazendo a
estoque final de cadeiras Açoflex, avaliado pelo Arca realizou a seguinte movimentação de compras e
método PEPS, foi de vendas da única mercadoria com que trabalha e que é
a) R$ 520.000,00. isenta de ICMS:
b) R$ 290.000,00. • Estoque em 01/10/2012: 2.200 unidades ao
c) R$ 450.000,00. custo unitário de R$ 0,50.
d) R$ 315.000,00. • Venda em 05/10/2012: 1.000 unidades ao
e) R$ 372.272,00. preço unitário de R$ 0,95.
2) O custo das mercadorias vendidas pelo método • Compra em 10/10/2012: 2.000 unidades ao
PEPS é de custo unitário de R$ 0,90.
a) R$ 120.000,00. • Venda em 30/10/2012: 1.400 unidades ao
b) R$ 160.000,00. preço unitário de R$ 0,95.
c) R$ 165.000,00. 5) Com base nas informações acima, podemos afir-
d) R$ 170.000,00. mar que o estoque final é de
e) R$ 180.000,00. a) R$ 1.620,00, se adotar o critério UEPS.
3) O lucro bruto da Cia Tânia Levy Sanches pelo b) R$ 1.620,00, se adotar o critério PEPS.
método PEPS é de c) R$ 1.242,00, se adotar o critério de avaliação
a) R$ 135.000,00. Preço Médio.
b) R$ 125.000,00. d) R$ 900,00, se adotar o critério UEPS.
c) R$ 115.000,00. e) R$ 900,00, se adotar o critério PEPS.
d) R$ 105.000,00. 6) Ainda com base nas informações acima, podemos
e) R$ 95.000,00. afirmar que o Lucro Bruto (R.C.M) é de
A Cia Comercial Toque no Altar adquiriu para a) R$ 622,00 se adotar o critério de avaliação
revenda, em 08/11/88, em primeira negociação, 20 Preço Médio.
(vinte) máquinas de calcular MEV, sendo: preço b) R$ 280,00 se adotar o critério PEPS.
unitário: R$100,00; condições de pagamento: 50% c) R$ 1.000,00 se adotar do critério PEPS.
em 08/12/88, e o restante em 09/01/89; alíquota de d) R$ 1.000,00 se adotar o critério UEPS.
ICMS: 10%. No período entre a data do recebimento e) R$ 280,00,se adotar o critério UEPS.
da referida mercadoria e 31/12/88 fez as seguintes Observe as informações a seguir.
operações:
Histórico Unidades Custo Unitário
• Vendeu 10 (dez) unidades ao preço de
Estoque Inicial 40.000 140,00
R$120,00.
Aquisição 01/2012 30.000 160,00
• Devolveu 02 (duas) unidades em 31/12/88 por
Aquisição 02/2012 50.000 200,00
defeito de fabricação, sendo a nota de débito
Venda 03/2012 30.000 ----------
correspondente acatada pelo fornecedor em
Venda 04/2012 40.000 ----------
20/12/88.
Estoque Final 50.000 ----------
• Pagou no vencimento, sem qualquer
abatimento, a primeira duplicata (50% do valor 7) O custo unitário final pela média ponderada móvel é
da compra). a) R$ 150,00.
• Transferiu para uso próprio em 31/12/88 uma b) R$ 160,00.
unidade. c) R$ 170,00.
4) Em decorrência, o valor do Estoque Final dessa d) R$ 180,00.
mercadoria no Balanço Patrimonial de 31/12/88 foi e) R$ 190,00.
de 8) O custo unitário final pelo PEPS é
a) R$ 600,00. a) R$ 150,00.
b) R$ 720,00. b) R$ 180,00.
c) R$ 810,00. c) R$ 190,00.
d) R$ 700,00. d) R$ 200,00.
e) R$ 630,00. e) R$ 250,00.
93
Contabilidade Geral
01/08 12 * 240,00
04/08 10 * * * * *
08/08 5 * * * * *
12/08 (3) * * * * A*
19/08 (5) * * * * * B*
10) Substituindo os * e considerando que as devoluções serão feitas pelos valores de mês, o valor de A é
a) R$ 414,00
b) R$ 690,00
c) R$ 345,00
d) R$ 289,00
e) R$ 299,00
11) O valor de B é
a) R$ 414,00.
b) R$ 690,00.
c) R$ 345,00.
d) R$ 289,00.
e) R$ 299,00.
A ficha de controle de estoque de matéria-prima da indústria Salomão Rosa Sanches apresentava os seguintes
dados do mês de setembro de 2012:
Histórico Unidades Custo Unitário
1ª Compra 400 3.600,00
2ª Compra 600 7.200,00
3ª Compra 800 11.200,00
4ª Compra 1.000 15.000,00
Estoque final = 800 unidades
12) A avaliação do estoque final pelo método PEPS é de
a) R$ 15.000,00.
b) R$ 11.200,00.
c) R$ 12.000,00.
d) R$ 7.200,00.
13) A avaliação do estoque final pelo método UES é de
a) R$ 12.000,00.
b) R$ 7.200,00.
94
AULA 9 • INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
c) R$ 8.400,00.
d) R$ 11.200,00.
A ficha de controle de estoque de matéria-prima da indústria Samara e Sabrina Sanches apresentava os
seguintes dados no mês de outubro de 2012:
Data Natureza da Operação Valor
02/01/2012 Saldo Inicial: 12 unidades 60,00
20/01/2012 Compra: 40 unidades 248,00
ICMS destacado na Nota Fiscal 44,64
03/02/2012 Venda 25 unidades 200,00
ICMS destacado na Nota Fiscal 36,00
08/02/2012 Devolução de 6 um. Ref. Venda em 03/02/2012
14) Após o registro contábil da devolução no dia 08/02/2012, o custo das unidades vendidas, sabendo-se que a
empresa avalia o estoque pelo método PEPS, é
a) R$ 95,59.
b) R$ 127,10.
c) R$ 96,90.
d) R$ 126,09.
A ficha de controle de estoque de matéria-prima da indústria Samuel Lóia Sanches apresentava os seguintes
dados no mês de novembro de 2012:
DATA ENTRADA SAÍDA SALDO
Qt. Unit. Total Qt. Unit. Total Qt. Unit. Total Qt.
01 8 80 640
02 12 10 120 38
03 190 15 570
04 (3) A
05 (2) B
15) O valor de A é
a) R$ 760,00.
b) R$ 570,00.
c) R$ 620,00.
d) R$ 600,00.
e) R$ 684,00.
16) O valor de B é
a) R$ 624,00.
b) R$ 664,00.
c) R$ 684,00.
d) R$ 760,00.
e) R$ 780,00.
A empresa comercial Sandi Patty, contribuinte do ICMS, adquiriu, em 02/03/2012, 70 unidades de determinada
mercadoria a R$3.000,00 cada uma. Em 20/05/2012 adquiriu mais 180 unidades a R$ 4.000,00 cada uma; em
30/04/2012 vendeu 80 unidades pelo valor total de R$ 360,00. Sabendo-se que
• o estoque final era de 220 unidades;
• o estoque inicial era de R$ 140.000,00;
• o estoque é avaliado pelo critério PEPS;
• os valores de compras e vendas indicados incluem o ICMS de 17%.
95
Contabilidade Geral
96
AULA 9 • INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
Saldo Inicial: 200 unidades a R$ 4,00 cada (líquido BRASIL Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro de
de ICMS). 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
Operações: Consolidada. Publicada em 08.01.2008.
• Compra Nº 01 de 180 unidades a R$ 5,00 BRASIL Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009.
cada. Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades
• Venda Nº 01 de 280 unidades por R$ 1.980,00. por Ações.
• Recebimento em devolução de 90 unidades CHAGAS, Gilson. Contabilidade Geral
relativa à venda Nº 01. simplificada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
• Compra Nº 02 de 220 unidades a R$ 6,00 CREPALDI, Silvio Aparecido. Resumo da teoria
cada. atendendo às novas demandas da gestão
• Compra Nº 03 de 60 unidades a R$ 3,00 cada. empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
• Abatimento obtido sobre a compra Nº 03 no FERRREIRA, Ricardo J. Coleção de provas
valor de R$ 38,40. comentadas ESAF. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora
• Venda Nº 02 de 210 unidades por R$ 2.520,00. Ferreira, 2002.
• É concedido um abatimento de s/ Vendas Nº FERRARI, Ed. Luiz. Contabilidade Geral. 12. ed.
02 no valor de R$ 180,00. Rio de Janeiro: Editora Ímpetus, 2012.
• Compra Nº 04 de 60 unidades pelo preço FERREIRA, Ricardo J. Resumo de Contabilidade
total de R$ 520,00 sendo R$ 420,00. pelas Geral. 3. ed. Rio de Janeiro. Editora Ferreira.
mercadorias e R$ 100,00 pelo frete e seguro. FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas
• Devolução, ao fornecedor de 30 unidades, Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
relativa à compra Nº 04. Contabilidade Societária: aplicável a todas as
• Venda Nº 03 de 270 unidades ao preço de R$ sociedades. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu e
GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS. São Paulo:
3.780,00.
Altas, 2007.
Apurar o CMV em cada método e fazer análise
de qual seria o melhor método para a empresa Maria FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23. ed. São
Paulo: Saraiva, 1996.
Dorotéia Magalhães Sanches em relação ao montante
de tributos a serem pagos ou recolhidos. GOUVEIA, Nelson. Contabilidade. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1998.
REFERÊNCIAS HASTINGS, David F. Contabilidade em contexto:
uma novela contábil. São Paulo: Saraiva, 2011.
ALMEIDA, M. C. Curso básico de Contabilidade:
introdução à metodologia da Contabilidade, IOB. INFORMAÇÕES OBJETIVAS. Textos Legais.
Contabilidade básica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998. São Paulo: IOB, 2012. Mensal. Índice trimestral.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade introdutória-
ANDRADE, Eurídice Mamede. Contabilidade
Livro de Exercícios. 8. ed. São Paulo: Editora Atlas,
Comercial. São Paulo: Editora Campus, 2002.
1996.
BARBOSA, Crysthian Barbosa. Contabilidade IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade.
Básica. Curitiba: Juruá, 2008. 10. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
BAPTISTA, Antônio Eustáquio; GONÇALVES, LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para
Eugenio Celso. Contabilidade Geral. 7. ed. São administradores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
Paulo: Atlas, 2011.
KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
BRASIL Lei nº 11.638/07 de 28 de dezembro de MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória –
2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76, Livro Texto. 11.São Paulo: Atlas, 2010.
de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2.
de dezembro de 1976 ed. São Paulo: Alínea, 2000.
e estende às sociedades de grande porte PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade
disposições relativas à elaboração e divulgação de Básica: uma introdução à Contabilidade básica;
demonstrações financeiras. Publicada na DOU de uma introdução à prática contábil. 3. ed. São Paulo:
28.12.2007 – Edição Extra. Atlas, 1996
97
Contabilidade Geral
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica. 2. SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto.
ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Contabilidade Básica. 4. ed. São Paulo: Atlas,
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral fácil. 2009.
27. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
Contabilidade: noções fundamentais. São Paulo: Contabilidade Geral: introdução à Contabilidade
Saraiva, 2011. Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
98
Unidade 03
Contabilidade Geral
PRECIFICAÇÃO DE ESTOQUES E DRE
AULA 10
Objetivos
• Compreender a interseção entre a teoria
e a prática de depreciação, exaustão e
amortização na Contabilidade.
Contabilidade Geral
100
AULA 10 • DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
101
Contabilidade Geral
durante a vida útil do bem. Esse método é próprio das empresas industriais, e o custo de depreciação é dado pela
seguinte fórmula:
Por exemplo: Consideremos que uma máquina tem vida útil de dez anos. Se a máquina trabalha 2.376 horas
no ano, o número de horas de trabalho estimado durante sua vida será 23.760 (2.376 horas x 10 anos). Aplicando
a fórmula da cota de depreciação, temos:
Outro método é o de unidades produzidas. Esse método é semelhante ao anterior, bastando substituir
a estimativa do número de horas trabalhadas pela estimativa do número de unidades produzidas no período.
Ele também é típico de empresas industriais, já que considera as unidades produzidas no cálculo da taxa de
depreciação. A cota de depreciação é dada pela seguinte fórmula:
Por exemplo: Vamos considerar que a estimativa de produção da Indústria Léa Mendonça Sanches durante a
vida útil do bem seja de 95,3 mil unidades e que a produção anual média seja de 8.000 unidades produzidas:
2.1.5 Contabilização
Ao depreciarmos um bem do ativo imobilizado, por um lado geramos uma conta de despesa, que chamamos
de despesa com depreciação (ou encargos de depreciação ou simplesmente Depreciação), sendo ela debitada.
Por outro lado, geramos uma conta retificadora do ativo, que chamamos de Depreciação Acumulada, sendo ela
creditada. A conta Despesa com Depreciação poderá receber débitos mensais com a aplicação da taxa anual
dividida em 12, até o fim do exercício social, quando então será encerrada juntamente com as outras despesas
para a apuração do resultado. A conta Depreciação Acumulada irá acumular o valor das despesas de depreciação,
102
AULA 10 • DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
desde a época em que o bem foi posto em condições de uso até a época em que o bem for alienado ou baixado
por perecimento, ou até que o valor contábil do bem seja nulo (100% depreciado).
Exemplo: A empresa Tatiana Costa Sanches S/A, em 12 de junho de 2012, adquiriu um caminhão por R$
40.000,00. Supondo a taxa de depreciação anual igual 20%, teremos:
Em 2012
Cálculo: 20% em 12 meses = 10% em 6 meses = 40.000,00 x 10% = 4.000,00
Contabilização
Despesas com Depreciação Depreciação Acumulada
4.000,00 4.000,00
Caro aluno, veja a apresentação dos dados no Balanço Patrimonial no ano de 2012.
ATIVO PASSIVO
PL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em 2013
Cálculo: 20% em 12 meses = 10% em 6 meses = 40.000,00 x 10% = 4.000,00
Contabilização
Despesas com Depreciação Depreciação Acumulada
8.000,00 4.000,00
8.000,00
Agora veja a apresentação dos dados no Balanço Patrimonial no ano de 2013.
ATIVO PASSIVO
PL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
103
Em 2014
Cálculo: 20% em 12 meses = 10% em 6 meses = 40.000,00 x 10% = 4.000,00
Contabilização
Despesas com Depreciação Depreciação Acumulada
8.000,00 4.000,00
8.000,00
8.000,00
Caro aluno, veja a apresentação dos dados no Balanço Patrimonial no ano de 2014.
ATIVO PASSIVO
PL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.2 Amortização
Segundo o art. 324 do RIR/99, a amortização corresponde à recuperação do capital aplicado em bens
intangíveis ou à recuperação dos recursos aplicados em despesas que contribuam para a formação do resultado
de mais de um período de apuração. Somente poderão ser amortizados os bens e direitos imateriais ou intangíveis
intrinsecamente relacionados com a produção e comercialização de produtos e serviços:
• marcas e patentes
• fórmulas e processo de fabricação
• direitos autorais, licenças, autorizações ou concessões
• direitos contratuais de exploração de florestas
O objetivo da amortização é reconhecer, de forma contábil, o custo ou a despesa advindos de bens ou
direitos à medida que eles efetivamente ocorrem, considerando os benefícios gerados que seguem o princípio da
competência, que confronta as receitas com as despesas correspondentes do mesmo período.
AULA 10 • DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
Caro aluno, veja como foram encontrados 18,33%: 20% /12 meses = 1,6666% x 11 meses = 18,33% (proporcional).
Agora veja como foi encontrado 1,675: 20% /12 meses = 1,6666% x 1 mês = 1,67%
Se uma empresa adquirir o direito de explorar uma marca ao longo de 25 anos, a taxa anual de amortização
será de 100% / 25 anos = 4% ao ano.
2.2.1 Contabilização
Ao amortizarmos um bem intangível do Ativo Não Circulante, debitamos a conta Despesa com Amortização
(conta de resultado – despesa) e creditamos a conta Amortização Acumulada (conta patrimonial retificadora do
ativo).
D- Despesa com Amortização
C- Amortização Acumulada
2.3 Exaustão
De acordo com o art. 330 do RIR/99, “poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de
apuração, a importância correspondente à diminuição do valor de recursos minerais, resultante da sua exploração”.
105
Contabilidade Geral
O objetivo da exaustão é distribuir o custo dos para o cálculo de exaustão de recursos minerais e que
recursos minerais (não renováveis) durante o período iria fazer os dois cálculos. Veja os dois:
em que tais recursos são extraídos ou exauridos. O 1º Método: Exaustão conforme o prazo de
método de cálculo da cota de exaustão é semelhante concessão:
ao cálculo da amortização, considerando, nesse caso,
Custo da Concessão: R$ 120.000,00
o custo de aquisição dos recursos naturais ou do direito
Prazo da Concessão: 20 anos
de exploração e as unidades produzidas ou extraídas
Taxa de exaustão anual: 100% / 20 anos = 5% ao ano
no mesmo período.
Despesa de Exaustão (Anual) = 5% x 120.000,00
O montante da cota de exaustão será determinado
= R$ 6.000,00
tendo em vista o volume da produção no período e sua
relação com a possança da mina (capacidade estimada 2º Método: Exaustão de acordo com a relação
da mina) ou tendo em vista o prazo de concessão. entre a produção do período e a possança
O cálculo da cota de exaustão é dado pela seguinte conhecida da mina:
fórmula: Custo da Concessão: R$ 120.000,00
Exemplo 01: A empresa Elias Silva Sanches Possança Conhecida: 50.000 m3
adquiriu o direito de exploração mineral de uma área Produção do ano: 2.000 m3
pelo valor de R$ 150.000,00. O prazo para exploração Taxa de exaustão do ano: 2.000 /50.000 = 4%
da mina é de seis anos, e a capacidade estimada de Despesa de exaustão do ano: 4% x R$ 120.000,00
exploração da mina (possança) é de 450.000 toneladas. = R$ 4.800,00
Observe os seguintes dados: Caro aluno, saiba que as máquinas e equipamentos
de extração mineral ou florestal, opcionalmente, podem
Cota de exaustão = valor contábil do direito de ser depreciados ao invés de serem exauridos.
exploração x taxa de exaustão
2.3.1 Contabilização
• Valor contábil do direito de exploração: R$ Ao exaurirmos um bem do ativo permanente,
150.000,00 debitamos a conta Despesas de Exaustão (conta de
• Possança conhecida da jazida: R$ 450.000 resultado – despesa) e creditamos a conta Exaustão
toneladas Acumulada (conta patrimonial retificadora do ativo).
• Produção no primeiro ano: 76.500 toneladas D- Despesa de Exaustão
• Prazo para término da concessão: seis anos C- Exaustão Acumulada
Calculando a taxa de exaustão, temos:
2.4 Resultado na Venda de
Taxa = 76.500 t / 450.000 t = 0,17 ou 17% Imobilizado
O resultado (lucro ou prejuízo) apurado na venda
E calculando a cota de exaustão, temos:
de qualquer item do Ativo Imobilizado é considerado
não operacional e é obtido da seguinte maneira:
Cota de exaustão do período = R$ 150.000,00 x
17% = R$ 25.500,00
Preço de Venda do Imobilizado
(-) Valor Contábil do Imobilizado
Pelo registro da exaustão no primeiro ano:
(-) Outras Despesas Incidentes sobre a Venda
D- Despesa com exaustão.................R$ 25.500,00
(=) Resultado na Venda de Imobilizado
C- Exaustão Acumulada.....................R$ 25.500,00
Assim, o valor de R$ 25.500,00 é registrado
A contabilização de uma operação de venda de
na contabilidade como despesa ou custo anual da
imobilizado é feita da seguinte forma:
exaustão efetiva da área.
Exemplo 02: A empresa Michelle Nascimento Pelo Reconhecimento da Receita
Sanches apresentou alguns dados para o cálculo D- Caixa/Bancos/Contas a Receber
da exaustão. A contadora Giselli Cristina Sanches C- Receita na Venda de Imobilizado (não opera-
informou à dona da empresa que existem dois métodos cional)
106
AULA 10 • DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
107
Contabilidade Geral
108
AULA 10 • DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
A empresa Elaine Martins Sanches S/A incorreu em 6) As contas Amortização Acumulada, Depreciação
a) custos de R$ 13.000,00. Acumulada e Exaustão Acumulada fazem parte do
b) custos de R$ 4.450,00. grupo
c) lucros de R$ 550,00. a) de contas de resultado.
b) de contas do passivo.
d) perdas de R$ 2.600,00.
c) de contas retificadoras do ativo.
e) perdas de R$ 200,00.
d) do patrimônio líquido.
2) A empresa Arautos do Rei S/A possui uma má-
7) Qual o encargo responsável pelo registro da perda
quina própria de sua atividade operacional, ad- de valor de um bem incorpóreo?
quirida por R$ 30.000,00, com vida útil estimada a) amortização
em 5 anos e depreciação baseada na soma dos b) depreciação
dígitos dos anos em quotas crescentes. A mesma c) exaustão
empresa possui também uma mina custeada em d) nenhum encargo
R$ 60.000,00, com capacidade estimada de 200 8) A loja Gerson Rufino Sanches adquiriu, em
mil kg, exaurida com base no ritmo de exploração 30/09/2012, um balcão por R$ 2.400.000,00. Sa-
anual de 25 mil kg de minério. O usufruto dos dois bendo-se que a taxa de depreciação relativa a mó-
veis e utensílios é de 10% ao ano, qual será o valor
itens citados teve início na mesma data.
da despesa de depreciação desse balcão referente
Analisando tais informações, podemos concluir
ao exercício a ser encerrar em 31/12/2012?
que, ao fim do terceiro ano, essa empresa terá no
a) R$ 60.000,00
Balanço Patrimonial, em relação aos bens referidos, o b) R$ 120.000,00
valor contábil de c) R$ 180.000,00
a) R$ 34.500,00. d) R$ 240.000,00
b) R$ 40.500,00. 9) Com relação à questão 08, se a loja Gerson Rufino
c) R$ 49.500,00. Sanches vendesse o balcão em 31/12/2013, por
d) R$ 55.500,00. R$ 2.200.000,00, teria tido
e) R$ 57.500,00. a) prejuízo de R$ 200.000,00.
3) O capital destinado à aquisição de direitos cuja b) lucro de R$ 140.000,00.
c) lucro de R$ 100.000,00.
existência ou exercício tenha prazo limitado ou de
d) prejuízo de R$ 100.000,00.
bens cuja utilização tenha duração legal ou contra-
10) Considere os dados da Cia. Gabriela Rocha
tual limitada, é recuperado através de
Sanches.
a) exaustão. • A depreciação acumulada do bem, corrigida
b) depreciação. até a data da venda, somava R$ 18.000,00.
c) amortização. • O bem foi comprado em 03/01/2010 por R$
d) nenhuma forma. 2.500,00.
4) Qual o encargo responsável pelo registro da perda • O bem foi vendido à vista, em 29/12/2012, por
da vida útil de um bem tangível? R$15.000,00.
a) exaustão • No livro Razão da empresa, o bem apresen-
b) depreciação tava um valor contábil, corrigido até a data da
venda, de R$ 19.000,00.
c) amortização
• O exercício social da empresa é coincidente
d) nenhum encargo
com o ano civil.
5) Assinale as contas que não estão sujeitas a amor-
Com base nesses dados, conclui-se que a empresa
tizações e depreciações. teve, com a venda do bem, um
a) terrenos e móveis a) prejuízo de R$ 14.000,00.
b) máquinas e equipamentos b) lucro de R$ 14.000,00.
c) terrenos e prédios c) lucro de R$ 16.500,00.
d) obras de arte e terrenos d) prejuízo de R$ 4.000,00.
109
Contabilidade Geral
11) A empresa Beatriz Andrade Sanches tem os restante de depreciação, se mantida a mesma taxa e
seguintes elementos classificados no seu Ativo a continuidade na contabilização dos encargos, era,
Imobilizado: naquela data, de
Elementos R$ a) 5 anos e 3 meses.
Terreno 150.000,00 b) 4 anos e 9 meses.
c) 4 anos e 3 meses.
Móveis e utensílios 45.000,00
d) 4 anos e 1 mês.
Máquinas 78.000,00
14) Um bem depreciável, com vida útil de 20 anos, foi
Edifícios 236.000,00 comprado por Nossa Firma em 01/04/2012, mas
Supondo uma depreciação para todos os bens só foi instalado para uso em 01/07/2012. O valor
acima especificados a uma taxa única de 10% e total da aquisição foi de R$ 20.000,00 e deverá ser
que eles ingressaram no patrimônio em 02/01/2012, depreciado com um valor residual de 10% em con-
em 31/12/2012, os saldos registrados nas contas de tabilização anual. Se a empresa adotar o método
Despesas de Depreciação e Depreciação Acumulada de depreciação conhecido como Método Linear, no
são, respectivamente, balanço patrimonial de 2014, esse bem já terá sido
a) R$ 27.300,00 e R$ 35.900,00. depreciado em
b) R$ 35.900,00 e R$ 50.900,00. a) 23,75%.
c) R$ 50.900,00 e R$ 50.900,00. b) 22,50%.
d) R$ 35.900,00 e R$ 35.900,00. c) 13,75%.
12) A Cia. Rose Nascimento Sanches adquiriu uma d) 11,25%.
máquina em janeiro de 2008, colocando-a em
Gabarito
funcionamento no mesmo mês. Sabendo-se que
• a taxa de depreciação adotada foi de 20% ao 1=E 2=D 3=C 4=B 5=D 6=C 7 =A
ano; 8 =A 9=C 10 = B 11 = D 12 = B 13 = C 14 = D
• o valor de aquisição da máquina foi de R$
220.000,00; REFERÊNCIAS
• a depreciação é contabilizada ao final de cada
ALMEIDA, M. C. Curso básico de Contabilidade:
mês;
introdução à metodologia da Contabilidade,
• a máquina foi vendida por R$ 200.000,00 em Contabilidade básica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
julho de 2011;
pode-se afirmar que o valor residual da máquina, ANDRADE, Eurídice Mamede. Contabilidade
Comercial. São Paulo: Editora Campus, 2002.
em 31/12/2010, era de
a) R$ 220.000,00. BRASIL Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro de
b) R$ 88.000,00. 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
c) R$ 80.000,00. Consolidada. Publicada em 08.01.2008.
d) R$ 112.000,00. BRASIL Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009.
13) O Balancete Final, em 31/12/2012, da Indústria Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades
Marcelo Crivella Sanches de Tecidos S/A, apresen- por Ações.
tou, entre outros, os seguintes saldos: CPC 04 – Comitê de Pronunciamento Contábil
Contas Saldos Decreto 3.000, de 26 de março de 1999
Tear Howa 87.000.000,00 (Regulamento do Imposto de Renda).
Depreciação acumulada do Tear Howa 50.025.00,00 FERRARI, Ed. Luiz. Contabilidade geral. 12. ed.
Rio de Janeiro: Editora Ímpetus, 2012.
Considerando que, desde o mês de sua entrada
em funcionamento, o referido tear só foi utilizado em FERREIRA, Ricardo J. Resumo de Contabilidade
um turno diário de 8 horas e que na contabilidade geral. 3. ed. Rio de Janeiro. Editora Ferreira.
os encargos de depreciação pertinentes sempre IOB. INFORMAÇÕES OBJETIVAS. Textos Legais.
foram registrados pela taxa anual de 10%, o período São Paulo: IOB, 2012. Mensal. Índice trimestral.
110
AULA 10 • DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
111
Unidade 03
Contabilidade Geral
PRECIFICAÇÃO DE ESTOQUES E DRE
AULA 11
DEFINIÇÃO E FUNÇÃO
DAS CONTAS DE RESULTADO 01
Objetivo
• Compreender a definição e a função das
Contas de Resultado.
Contabilidade Geral
114
AULA 11 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 01
em que ocorrerem, não importando a forma e a data Se for revenda de mercadorias, devem ser
de seu recebimento. Como regra, não há receitas sem entendidas as mercadorias adquiridas de terceiros,
que ocorram também custos ou despesas. Assim, no que não sofreram nenhum processo de industrialização
período de contabilização da receita, devem também na empresa e que posteriormente foram revendidas,
ser contabilizados os custos e despesas que se independentemente do fato de as mercadorias terem
correlacionarem. sido adquiridas no país ou importadas. Receita
Bruta de Vendas é de natureza credora, e somente
2.2.1 Receitas Operacionais será debitada caso tenham sido feitos lançamentos
A função dessa conta é agrupar todos os indevidos, devendo ser realizado o seu estorno.
lançamentos contábeis que registrarão as receitas
vinculadas à atividade da empresa. O termo atividade
2.3 Tributos e Contribuições
da empresa deve ser entendido em sentido amplo, e sobre Vendas
não restrito. Assim, existem as: 2.3.1 IPI sobre Faturamento
• Receitas da atividade principal - trata-se
Esse imposto é de competência da União e recai
das receitas vinculadas diretamente com a
sobre produtos industrializados. Ele tem como fato
atividade-fim da empresa, conforme o seu
objetivo social constante no contrato ou gerador: I – o seu desembaraço aduaneiro, quando
estatuto social; de procedência estrangeira; II – a sua saída dos
• Receitas da atividade acessória - são receitas estabelecimentos aos quais se refere o parágrafo
que ocorrem com habitualidade, embora não único do artigo 51; III – a sua arrematação, quando
vinculadas diretamente ao objetivo social da apreendido ou abandonado e levado a leilão (CTN, art.
empresa, porém provenientes da operação 46, I, II e III). O parágrafo único desse artigo dispõe
da empresa. Incluem-se aqui, por exemplo, as que, para os efeitos desse imposto, considera-se
receitas financeiras. industrializado o produto que tenha sido submetido a
qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a
As receitas operacionais serão o somatório finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
de: receita bruta com vendas menos deduções A função dessa conta é registrar o IPI incidente no
das receitas com vendas mais receitas financeiras faturamento, constante nas notas fiscais de saídas,
mais receitas com participações societárias mais pelas vendas de produtos de fabricação própria. Por
outras receitas operacionais. se tratar de uma conta redutora, o IPI é de natureza
devedora. Essa conta será lançada a débito para
registrar o IPI constante nas notas fiscais de saída.
2.2.1.1 Receita Bruta com Vendas Será creditada para registrar o IPI constante na nota
A função dessa conta é agrupar todos os fiscal de devolução do cliente.
lançamentos contábeis que registrarão a receita bruta
2.3.2 ICMS
com as vendas de produtos ou mercadorias para o
mercado nacional e internacional. Receita bruta com O ICMS (imposto sobre operações relativas à
vendas será o somatório das receitas com vendas no circulação de mercadorias e sobre prestações de
país e receitas com vendas para o exterior. A receita serviços de transporte interestadual, intermunicipal e
deve ser contabilizada no momento da sua realização, de comunicação) é de competência dos estados e do
ou seja, quando ocorrer a efetiva transferência dos Distrito Federal. Sua regulamentação constitucional
produtos ou mercadorias ao adquirente. Nessas contas está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a
devem ser registradas todas as notas fiscais, não chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas
importando a forma e o prazo para recebimento. Leis Complementares 92/1997, 99/1999, 102/2000 e
Se forem vendas de produtos de fabricação 114/2002.
própria, devem-se entender por produto fabricado pela A função dessa conta é registrar, pelo regime de
empresa os manufaturados provenientes de processo competência, o ICMS incidente nas saídas de produtos
de industrialização na empresa. e mercadorias do estabelecimento da empresa. O
115
Contabilidade Geral
ICMS sobre Vendas é de natureza devedora. Deverá com a venda de produtos, serviços ou mercadorias. O
ser debitado sempre que houver vendas na empresa PIS sobre Vendas é de natureza devedora. Deverá ser
e será creditado somente quando acontecer devolução debitado sempre que houver vendas na empresa e
de mercadorias e descontos incondicionais e quando será creditado somente quando acontecer devolução
também houver lançamentos indevidos que, neste de mercadorias e descontos incondicionais e quando
caso, deverão ser estornados. também houver lançamentos indevidos que, neste
caso, deverão ser estornados.
2.3.3 ISS
O Imposto Sobre Serviços é competência dos
2.3.5 COFINS
municípios e do Distrito Federal e tem como fato gerador A COFINS é a Contribuição para Financiamento da
a prestação de serviços constantes da lista anexa à Lei Seguridade Social, instituída pela Lei Complementar
Complementar 116/2003, ainda que esses serviços 70, de 30/12/1991. É a antiga contribuição Finsocial.
não se constituam como atividade preponderante do Ela tem o objetivo de arrecadar para financiar a
prestador. seguridade social (saúde, previdência e assistência
O ISS até 31.07.2003 foi regido pelo Decreto - social), nos termos do inciso I, art. 195 da Constituição
Lei 406/1968 e alterações posteriores. A partir de Federal.
01.08.2003, o ISS é regido pela Lei Complementar
116/2003. 2.3.5.1 Contribuições e alíquotas
A função dessa conta é registrar, pelo regime de
competência, o ISS incidente na prestação de serviços. As empresas tributadas pelo Lucro Real = não
O ISS sobre Vendas de Serviços é de natureza cumulativa = 7,60% sobre a receita
devedora. Deverá ser debitado sempre que houver As empresas tributadas pelo Lucro Presumido =
vendas de serviços e será creditado somente quando cumulativo = 3,00% sobre a receita
acontecerem os descontos incondicionais ou quando
também houver lançamentos indevidos que, neste A função dessa conta é registrar pelo regime
caso, deverão ser estornados. de competência. A COFINS incide sobre a receita
bruta obtida com a venda de produtos, serviços ou
2.3.4 PIS mercadorias. A COFINS sobre Vendas é de natureza
devedora. Deverá ser debitada sempre que houver
O PIS é o Programa de Integração Social, criado
vendas na empresa e será creditada somente quando
em 07/09/1970 pela Lei Complementar nº 7, e o PASEP
acontecer devolução de mercadorias e descontos
é o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
incondicionais e quando também houver lançamentos
Público, criado em 03/12/1970 pela Lei Complementar
indevidos que, neste caso, deverão ser estornados.
nº 8, de acordo com a Lei nº 9.715/98 no seu art.
2º. O PIS/PASEP será apurado mensalmente pelas 2.3.6 Devolução de Vendas
pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, A Devolução ocorre principalmente porque os bens
inclusive as empresas públicas e as sociedades de estão estragados ou fora das especificações exigidas
economia mista e suas subsidiárias. ou ainda por atraso na entrega. O registro contábil
da devolução é feito mediante o estorno parcial dos
2.3.4.1 Contribuições e alíquotas lançamentos de compra e venda. Porém, na venda, a
devolução será processada através da conta Devolução
As empresas tributadas pelo Lucro Real = não de Venda, e na compra, Devolução de Compra (para
cumulativa = 1,65% sobre a receita inventário periódico). Se o inventário é permanente,
As empresas tributadas pelo Lucro Presumido = a devolução de compra far-se-á creditando-se
cumulativo = 0,65% sobre a receita diretamente na conta Mercadoria.
A função dessa conta é agrupar os lançamentos
A função dessa conta é registrar, pelo regime de contábeis que registrarão as devoluções de
competência, o PIS incidente sobre a receita bruta obtida mercadorias ou produtos feitas por clientes. Deve-
116
AULA 11 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 01
se entender como devoluções de mercadorias as a Cia Flordelis Sanches tem que devolver o dinheiro
saídas do estabelecimento da empresa de produtos das mesas recusadas pela Cia Gisele Nascimento
ou mercadorias que estão retornando novamente à Sanches, para depois dar entrada dessas mesas no
empresa por serem rejeitadas pelo cliente. No caso seu estoque.
de produtos ou mercadorias que foram objeto de D – Devolução de Vendas.............................10.000
emissão de nota fiscal que tenha sido cancelada antes C – Caixa.......................................................10.000
da saída do produto do estabelecimento, não deve Você me pergunta: “Professor, como foram
ser contabilizado o referido faturamento, tampouco o
calculados esses 10.000?”.
seu imediato cancelamento. Devolução de venda é de
Eu lhe respondo: Foram calculados assim: 50.000 /
natureza devedora. Como regra, essa conta só deve ser
500 = 100,00 x 100 un. R$10.000.
debitada não cabendo ser lançada a crédito. Se ocorrer
D – Mercadorias..............................................4.000
crédito nela, deverá ser providenciado o estorno.
C – CMV..........................................................4.000
Exemplo de Devolução E você: “Professor, como foram calculados esses
A Cia Comercial Flordelis Sanches, que opera 4.000?”
com compra e venda de mesas, vende à vista, para Eu lhe digo: Foram calculados assim: 20.000 / 500
a Cia Comercial Gisele Nascimento Sanches, 500 = 40,00 x 100 un. R$ 4.000.
unidades de mesas ao preço total de R$50.000,00. Na Caro aluno, veja que trabalhão e que prejuízo você
operação incidiu ICMS à alíquota de 18%, PIS a 0,65% teria com essas operações: além de devolver o dinheiro
e COFINS a 3%. Considere o CMV de R$20.000. Após ao cliente e voltar com as mercadorias para o estoque,
o recebimento, a Cia. Comercial Gisele Nascimento você teria também que anular o efeito dos impostos
Sanches devolve 100 mesas por causa de defeito de contabilizados na ato da venda. Por isso é que temos
fabricação. Contabilizar a operação.
que prestar muita atenção antes de calcularmos os
Resolução: tributos que são realmente devidos pelas empresas,
Caro aluno, primeiramente vamos fazer os para não correr o risco de pagar ou recolher além do
lançamentos da Venda: devido, ou também o contrário, deixar de pagar ou de
recolher o que é de direito do governo.
CIA FLORDILIS SANCHES
Estorno dos Impostos
Lançamento da Receita
D – PIS a Pagar...........................65 (325/500X100)
D – Caixa.....................................................50.000 C – PIS.................................................................65
C – Vendas..................................................50.000 D – COFINS a Pagar..............300 (1.500/500X100)
Lançamento do Custo C – COFINS.......................................................300
D – ICMS a Recolher...........1.800 (9.000/500X100)
D – CMV......................................................20.000
C – ICMS........................................................1.800
C – Mercadorias..........................................20.000
Agora vamos verificar como ficaram também os
Lançamento dos Impostos lançamentos na empresa Gisele Nascimento Sanches?
D – PIS.............................................................325
Na Aquisição
C – PIS a Pagar................................................325
D – COFINS..................................................1.500 D – Compras.................................................41.000
C – COFINS a Pagar.....................................1.500 D – ICMS a Recuperar....................................9.000
D – ICMS.......................................................9.000 C – Caixa......................................................50.000
C – ICMS a Recolher.....................................9.000
Na Devolução de Compras
Atenção! O PIS e o COFINS estão embutidos no
preço de venda, assim como o ICMS. D – Caixa.........................10.000 (50.000/500x100)
Agora vamos fazer o lançamento da Devolução C – ICMS a Recuperar....................................1.800
de Venda na Cia Flordelis Sanches. Primeiramente, C – Devolução de Compras............................8.200
117
Contabilidade Geral
118
AULA 11 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 01
119
Contabilidade Geral
Vamos contabilizar as operações e calcular o lucro Viu só que aula produtiva você teve hoje? Espero
da Cia. Laura Morena Sanches? que você esteja percebendo a importância da nossa
Resolução disciplina. Estude-a com muito afinco, está bem? Por
hora chega de aula. Vou guardar outras novidades para
Cia. Laura Morena Sanches (vendedora) nosso próximo encontro. Aguardo você.
Valor do Produto...........................................50.000
( - ) Descontos Incondicionais.......................(5.000) 3 RESUMO
( = ) Base de Cálculo do ICMS, PIS e CO-
FINS.......45.000 Discutimos, na aula de hoje, a importância da DRE
45.000 x 18% = 8.100 (ICMS) na apuração dos tributos de maior relevância em uma
45.000 x 0,65% = 292,50 (PIS) empresa, tais como: IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS,
45.000 x 3% = 1.350 (COFINS) IRPJ e CSLL. A DRE é um relatório contábil que nos
Como já sabemos que o IPI incide sobre o desconto, dá o lucro ou o prejuízo do exercício. Em seguida foi
a base de cálculo para esse tributo é de R$50.00. abordado o motivo pelo qual o IPI não é considerado
50.000 x 28% = 14.000 como uma conta retificadora de Receita Bruta. Um
Contabilização na Cia. Laura Morena Sanches exemplo foi dado para mostrar a contabilização do IPI.
Foi apresentada a estrutura da DRE, que foi dividida
D - Caixa.........................................................59.000 em partes para ficar mais clara a sua elaboração.
D - Desconto Comercial sobre Vendas.............5.000 Foi necessário explicar Compras Líquidas, pois ela é
C - Faturamento Bruto.....................................64.000 usada na fórmula para cálculo do CMV, que é usado
D - CMV........................................................10.000 nas empresas que adotam o Inventário Periódico na
C - Mercadoria...............................................10.000
apuração dos custos de seus produtos. Como cada
D - Impostos sobre Vendas............................9.742,5
empresa adota um tipo de inventário, foram discutidas
C - ICMS a Recolher.........................................8.100
as diferenças entre o Inventário Permanente e o
C - PIS a Pagar.................................................292,5
Inventário Periódico. Foram estudadas também as
C - COFINS a Pagar.........................................1.350
fórmulas tanto do CMV como do RCM. Em seguida
D - IPI Faturado...............................................14.000
foram mostrados tanto os elementos que entram na
C - IPI a Recolher............................................14.000
ficha de controle de estoque como os que não fazem
Cálculo do Lucro parte dela. Para finalizar, foram elaborados exemplos
Faturamento Bruto...................................... 64.000 de como se contabiliza uma devolução de vendas tanto
( - ) IPI Faturado..........................................(14.000) na empresa que vende como na empresa que compra,
( = ) Vendas Brutas..........................................50.000 além de demonstrar o resultado apurado na empresa
( - ) Descontos Incondicionais sobre Vendas............. vendedora, levanto em consideração as venda com e
(5.000) sem devolução.
( - ) Impostos sobre Vendas.......................(9.742,5)
( = ) Vendas Líquidas...................................35.257,5 4 ATIVIDADES
( - ) CMV..............................................................
1- A empresa Kleber Lucas Sanches, que opera com
(10.000)
compra e venda de computadores, vende, à vis-
( = ) Lucro Bruto..........................................25.257,5
ta, para a empresa Ludmila Ferber Sanches, 100
Contabilização na Cia. Lauriete Sanches unidades de computadores ao preço de R$800,00
Caro aluno, a Cia. Lauriete Sanches já recebe a cada. Na operação incidiu ICMS à alíquota de 17%,
Nota Fiscal com desconto e o valor a pagar. Então ela PIS a 0,65% e COFINS a 3%. Considere CMV de
não precisa registrar o desconto, já que essa operação, R$30.000. Após o recebimento, a empresa Ludmila
contabilmente, afeta somente a Cia. Laura Morena Ferber Sanches devolve 20 computadores por de-
Sanches. feito de fabricação.
D - Mercadorias.............................................50.900 Pede-se:
D - ICMS a Recuperar.....................................8.100 a- Contabilize a venda das 100 unidades de
C - Caixa.......................................................59.000 computadores. A contabilização deve ser
120
AULA 11 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 01
feita para cada item separadamente, ou seja, FIPECAFI. Manual de Contabilidade das
Receita, Custo, ICMS, PIS e COFINS. sociedades por ações: aplicável às demais
b- Contabilize a devolução dos 20 computadores. sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
A contabilização deve ser feita para cada FRANCO, Hilário. Contabilidade Comercial. 13.
item separadamente, ou seja, Devolução de ed. São Paulo: Atlas, 1990.
Vendas, Custo, ICMS, PIS e COFINS. FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São
c- Faça também os lançamentos na empresa Paulo: Atlas, 1997.
Ludmila Ferber Sanches tanto na aquisição IOB. INFORMAÇÕES OBJETIVAS. Textos Legais.
como na devolução, usando o Inventário São Paulo: IOB, 2012. Mensal. Índice trimestral.
Periódico. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARION, José Carlos.
d- Se a empresa Ludmila Ferber Sanches Contabilidade Comercial. 8. ed. São Paulo: Atlas,
adotasse o Inventário Permanente, como 2009.
ficaria a contabilização tanto da aquisição KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
como da devolução? MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória –
e- Demonstre o resultado da empresa Kleber Livro texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Lucas Sanches. Faça duas demonstrações. LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para
Em uma não haverá a devolução e na outra administradores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
haverá devolução. Em seguida compare os
MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2.
resultados. ed. São Paulo: Alínea, 2000.
BRASIL Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil.
Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
por Ações. SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
CPC 04 – Comitê de Pronunciamento Contábil Contabilidade: noções fundamentais. São Paulo:
Saraiva, 2011.
Decreto 3.000, de 26 de março de 1999
SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto.
(Regulamento do Imposto de Renda).
Contabilidade básica. 4. ed. São Paulo: Atlas,
FERRARI, Ed. Luiz. Contabilidade geral. 12. ed. 2009.
Rio de Janeiro: Editora Ímpetus, 2012.
SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
FERREIRA, Ricardo J. Resumo de Contabilidade Contabilidade geral: introdução à Contabilidade
geral. 3. ed. Rio de Janeiro. Editora Ferreira. Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
121
Unidade 03
Contabilidade Geral
PRECIFICAÇÃO DE ESTOQUES E DRE
AULA 12
DEFINIÇÃO E FUNÇÃO
DAS CONTAS DE RESULTADO 02
Objetivo
• Compreender a definição e a função das
contas de Resultado.
Contabilidade Geral
124
AULA 12 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 02
125
Contabilidade Geral
2.3.4 Variação Cambial Passiva da conta duplicata a receber, que representa uma
provisão para cobrir as possíveis perdas no recebimento
A função dessa conta é registrar, pelo regime de
dos direitos (duplicatas ou títulos a receber). A PDD
competência, as despesas incorridas pela atualização
é de natureza credora, já a Despesa com PDD é de
de conta do passivo, com base na variação da moeda
natureza devedora. Sendo assim, a despesa com
estrangeira em relação à moeda nacional. Se a
provisão para devedores duvidosos será debitada.
atualização for feita com base em indexador nacional,
a conta a ser utilizada é a Variação Monetária Passiva. 2.3.10 Despesas Indedutíveis
Variação Cambial Passiva é de natureza devedora.
A função dessa conta é agrupar todas as despesas
Sendo assim, deverá ser debitada.
incorridas pela empresa, porém desnecessárias à
2.3.5 Juros Passivos sua atividade e à manutenção de sua fonte produtora
de receitas. Tais despesas são consideradas pela
A função dessa conta é registrar, pelo regime de legislação fiscal como sendo mera liberalidade da
competência, os juros incorridos diante de obrigações empresa e, como tal, não podem afetar o lucro
constantes no passivo da empresa. Devem ser tributável. Exemplos: multas punitivas (art. 344, § 5º,
considerados como juros incorridos os juros exigidos RIR/99); brindes (art. 249, par. único, VIII, RIR/99);
por disposição contratual ou legal em empréstimos e despesas com alimentação de sócios, acionistas e
financiamentos, como também os juros incorridos pelo administradores (art. 249, par. único, V, RIR/99); a
atraso no pagamento de tributos ou contribuições. Contribuição Social sobre Lucro (CSL), registrada
como custo ou despesa operacional (art. 249, par.
2.3.6 Despesa com Depreciação único, IX, RIR/99); gratificações pagas a dirigentes da
A função dessa conta é registrar os encargos pessoa jurídica (art. 303, RIR/99).
incorridos com a depreciação dos bens registrados
no ativo imobilizado. A depreciação dos bens poderá 2.3.11 Descontos Concedidos
ocorrer pelo uso, como também pela ação da natureza A função dessa conta é registrar, pelo regime
ou obsolescência normal. A natureza dessa conta é de competência, as despesa incorridas, como os
devedora e será então debitada. Essa conta não será descontos concedidos a terceiros sob a condição de
lançada a crédito. eles terem pago antecipadamente as duplicatas ou
qualquer outro título de crédito da empresa.
2.3.7 Despesa com Amortização
A função dessa conta é registrar os encargos
2.3.11.1 Descontos Condicionais ou
incorridos com a amortização dos diretos registrados Descontos Financeiros
no ativo intangível. A natureza dessa conta é devedora O Desconto Financeiro é dado conforme pagamento
e será então debitada. Essa conta não será lançada a antecipado do título. É chamado de condicional porque
crédito. depende de uma condição futura ocorrer ou não.
É classificado como despesa operacional (para o
2.3.8 Despesa com Exaustão vendedor) ou receita operacional (para o comprador) e
A função dessa conta é registrar o custo ou não é retificador de Compra e Venda.
despesa, em cada período de apuração, da importância Como vimos anteriormente, as contas retificadoras
correspondente à diminuição do valor de recursos de Compras e Vendas têm relação direta com a
minerais resultante da sua exploração. Essa conta é mercadoria, sendo, por isso, contas determinantes
de natureza devedora. Não deve ser creditada, e sim do resultado bruto. Por outro lado, os descontos
financeiros não têm nenhuma relação com mercadoria,
debitada.
e sim com o pagamento antecipado do título. Por isso
2.3.9 Despesa com Provisão para não retificam Compras e Vendas.
Devedores Duvidosos Exemplo 01
Essa conta é a contrapartida da conta PDD, A Cia. Keila Vasconcelos Sanches, fabricante
(provisão para crédito de liquidação duvidosa) redutora exclusiva de Leite Integral, vende à Cia. Lydia Moisés
126
AULA 12 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 02
Sanches 500 litros de leite por R$ 600,00 (pagamento 2.3.12 Outras Receitas
em 60 dias). Na operação incidiu ICMS a 18% e IPI a
10%. Considere CMV = 200. Se o pagamento for feito
2.3.12.1 Alienação de Bens do Ativo
em 30 dias, a Cia. Débora Maria recebe um desconto Permanente
de 5%. A função dessa conta é agrupar os lançamentos
Agora vamos contabilizar a operação, considerando contábeis que registrarão as alienações (vendas) de
que a Cia. Lydia Moisés Sanches pagou o título em 30 bens registrados no ativo permanente. Essa conta é de
dias. Em seguida, vamos calcular o Lucro Bruto da Cia. natureza credora.
Keila Vasconcelos Sanches.
2.3.12.2 Alienação de Investimentos
Vendedor
A função dessa conta é agrupar os lançamentos
600 x 18% = 108 (ICMS) contábeis que registrarão as alienações (vendas) de
600 x 10% = 60 (IPI) bens ou direitos registrados no grupo Investimentos.
Vendedor: Contabilização da Venda Essa conta é de natureza credora.
127
Contabilidade Geral
128
AULA 12 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 02
Mercadorias Vendidas ou CSP- Custos dos Serviços revender, desembolsando a quantia de R$4.800,
Prestados. Em seguida vimos que a próxima conta sendo R$4.000 referentes ao preço com ICMS
da DRE após os custos é o Lucro Bruto, que é a incluso, e R$800 referentes ao IPI adicionado ao
diferença entre a Receita de Vendas Líquidas e o preço. No fim do mês a mesma empresa vendeu
Custo das Mercadorias Vendas, ou Custo do Produto a prazo um quarto das mercadorias compradas,
Vendido ou Custos dos Serviços Prestados. Caro logrando um faturamento total de R$2.000. No mês
aluno, já lhe foi informado que, depois do Lucro Bruto, considerado vigora a seguinte tabela de impostos
temos que encontrar o Lucro Líquido. Porém, para se e contribuições:
chegar ao Lucro Líquido, temos que apurar todas as IPI: 20%, ICMS: 17%, ISS: 12%, COFINS: 7,6%,
despesas operacionais e também as outras receitas e PIS: 1,65%.
outras despesas que eram chamadas de Receitas Não Qual foi o lucro bruto auferido na operação?
Operacionais e Despesas Não Operacionais antes das 2- A Cia. Comercial Mara Lima Sanches adquiriu da
da Lei 11.638/07. Vimos que Despesas Operacionais Cia. Mara Maravilha Magalhães mercadorias pelo
são os gastos incorridos para vender, administrar e valor de R$150.000 à vista. No ato da aquisição
financiar as operações da empresa. Seus principais o vendedor concedeu um desconto comercial
grupos são: Despesas com Vendas, Despesas equivalente a 10% sobre o valor da nota fiscal. O
Administrativas, Despesas Financeiras e Despesas ICMS incluso na nota fiscal é de R$16.200.
Tributárias. Em seguida foram apresentadas também Com qual valor essa mercadoria deve ser
várias outras despesas operacionais como: Despesas contabilizada no estoque da empresa Mara Lima
Bancárias, Despesas com Atualizações, Variação Sanches? Como serão registradas as operações de
Monetária Passiva, Variação Cambial Passiva, Juros Venda, Custo, Impostos e Desconto Incondicional
Passivos, Despesa com Depreciação, Despesa com ou Comercial na Empresa Mara Maravilha
Amortização, Despesa com Exaustão, Despesa com Magalhães?
Provisão para Devedores Duvidosos e Desconto 3- A Cia. Industrial Gileade Lima Sanches emitiu
Financeiro que é dado conforme pagamento antecipado a seguinte nota fiscal de venda de um lote de
do título. É chamado de condicional porque depende produtos (R$):
de uma condição futura ocorrer ou não. É classificado
como despesa operacional (para o vendedor) ou receita 200 marretas de bater pneus, tamanho médio, a
operacional (para o comprador) e não é retificadora de R$ 8,00 cada...........................................1.600,00
Compra e Venda. Em seguida foram apresentadas Despesa com transporte e seguro até a loja do
as outras receitas como: Alienação de Bens do Ativo comprador.................................................... 50,00
Permanente, Alienação de Investimentos. IPI.............................................................. 165,00
Alienação de participações societárias avaliadas
Total da nota fiscal................................... 1.815,00
pelo Custo Corrigido, Alienação de Participações
ICMS (já incluso no preço)......................... 245,00
Societárias avaliadas pela Equivalência Patrimonial,
Alienação de Máquinas e Equipamentos, Alienação
O comprador dessa mercadoria, a empresa
de Móveis e Utensílios, Alienação de Ferramentas,
Comercial Marina de Oliveira Ltda., adota o
Alienação de Imóveis, Alienação de Veículos, Alienação
sistema de Inventário Permanente e mandou fazer
de Computadores e Periféricos. Foi discutido que, para
a contabilização dessa compra através de qual
toda Alienação (venda), existe um custo. Foi dado
lançamento contábil? O pagamento foi feito à vista.
um exemplo do custo da alienação de máquinas e
4- A Cia. Comercial Krystal Meyers Sanches efetuou
equipamentos que tem natureza devedora, enquanto
uma venda a prazo de mercadoria tributada, fazendo
a alienação (venda) tem natureza credora.
o competente registro, inclusive do ICMS, mas, no
mesmo exercício, recebeu parte dessa mercadoria
4 ATIVIDADES
em devolução. Sabendo-se que a empresa adota
1- A Cia. Liz Lanne Sanches tem atividade o sistema de inventário periódico, demonstre como
exclusivamente comercial. No mês de maio o contador deverá fazer corretamente o registro da
realizou uma compra à vista de bens para devolução.
129
Contabilidade Geral
5- A Cia. Comercial Geila Carla Sanches, em R$2.000,00 de mercadorias para revenda. No dia
03/10/2011, comprou para revenda 100 máquinas 07/01/2011 comprou mais R$7.000,00. No final do
a R$30.000 cada uma, pagando, no ato da compra, mês foi constatado, através do inventário periódico,
30% em espécie e o restante com aceite de que seu estoque era de R$1.200,00. Suas vendas
duplicatas para 90 dias. O IPI cobrado foi de 10%. em janeiro de 2011 totalizaram R$12.000,00.
A empresa ainda arcou com frete e embalagens no Pode-se afirmar que o RCM – Resultado Com
valor de R$30.000. O ICMS contido no faturamento Mercadorias – foi de
foi de 15% sobre o preço da compra de máquinas a) 4.000,00.
(R$3.000.000). Em 31/10/2011, a empresa b) 10.000,00.
vendeu à vista 70 máquinas a um preço unitário c) 5.800,00.
de R$50.000, com ICMS a 15% incidente sobre d) 4.200,00.
vendas. No início do mês não havia estoque de 9- Em 01 de janeiro de 2011, a Cia. Comercial
mercadorias na empresa. Para essas operações Carol Celico Sanches tinha um estoque inicial de
de compra e venda o resultado alcançado com R$2.000,00 de mercadorias para revenda. No dia
mercadorias foi de? 07/01/2011 comprou mais R$7.000,00. No final do
6- A Cia. Comercial Francesca Battistelli apresentava mês foi constatado, através do inventário periódico,
os seguintes saldos em 01/12/2011: que seu estoque era de R$1.200,00. Suas vendas,
CONTAS VALORES em janeiro de 2011, totalizaram R$12.000,00.
Receita Bruta de Vendas 200,00 Pode-se afirmar que o CMV – Custo de Mercadorias
COFINS 10,00 Vendidas – foi de
PIS 6,00 a) 7.800,00.
Receitas Não Operacionais 123,00 b) 6.200,00.
Despesas Administrative 50,00 c) 2.000,00.
Devolução de Vendas 40,00 d) 7.000,00.
10- A Cia. Comercial Bruna Karla Sanches apresentava
ICMS sobre Vendas 36,00
os seguintes saldos em 31/12/2011:
Qual é o valor da Receita Líquida de Vendas?
CONTAS VALORES
a) 108,00
Despesas Comerciais 260.000,00
b) 118,00 PIS sobre Vendas 210.000,00
c) 148,00 Devolução de Vendas 290.000,00
d) 114,00 Descontos Financeiros 240.000,00
7- A Cia Comercial Fernanda Brum Sanches apresen- Abatimentos sobre Vendas 200.000,00
Descontos Comerciais 230.000,00
tava os seguintes saldos em 31/12/2011:
ICMS sobre Vendas 215.000,00
CONTAS VALORES Despesas Administrativas 245.000,00
Receita Bruta de Vendas 200,00 Despesas de Vendas 220.000,00
COFINS sobre Vendas 225.000,00
COFINS 10,00
CMV 830.000,00
PIS 6,00 Receita Bruta de Vendas 4.000.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas - CMV 52,00 Despesas com Depreciação 225.000,00
Despesas Administrative 10,00 10.1 - Qual foi a Receita Líquida?
Devolução de Vendas 40,00 a) R$ 2.620.000,00
ICMS sobre Vendas 36,00 b) R$ 2.600.000,00
Qual é o valor do Lucro Bruto? c) R$ 2.640.000,00
a) 76,00 d) R$ 2.630.000,00
b) 66,00 10.2 - O Lucro Bruto foi de
c) 46,00 a) 1.800.000,00.
d) 56,00 b) 1.790.000,00.
8- Em 01 de janeiro de 2011, a Cia. Comercial Eliã c) 1.830.000,00.
Oliveira Sanches tinha um estoque inicial de d) 1.320.000,00.
130
AULA 12 • DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS DE RESULTADO 02
131
Unidade 04
Contabilidade Geral
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
AULA 13
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Objetivo
• Resolver exercícios práticos para fixação
do conteúdo das aulas teóricas.
Contabilidade Geral
134
AULA 13 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
135
Contabilidade Geral
136
AULA 13 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
137
Contabilidade Geral
• 01- Apropriação das despesas: salários 40,00; • 04- Venda de mercadorias à vista no valor de
encargos 30,00; honorários 40,00; comissões 60.000,00, ao custo de 23.000,00.
60,00; pró-labore 50,00; férias 40,00. • 05- Compra de material para consumo em 6
• 02- Venda de mercadorias no valor de 450,00, meses no valor de 8.000,00 à vista.
ao custo de 150,00, sendo 80% à vista. • 06- Apropriação e pagamento de férias
• 03 – Apropriação e pagamento das despesas: 3.000,00; vale transporte 2.000,00; tel/fax
água e luz 20,00; vale refeição 60,00; material 4.000,00; material de consumo 1.000,00.
de consumo 30,00. • 07- Recebimento de duplicatas no valor de
• 04- Pagamento de: salários 40,00; pró–labore
40.000,00, com juros de 3.000,00 e com
80,00; comissões 40,00; duplicatas 150,00
desconto de 2.000,00.
com juros de 15,00.
• 08- Aplicação financeira no valor de 30.000,00.
• 05- Apropriação das despesas: salários 60,00;
• 09- Pagamento de salários, encargos,
comissões 70,00; vale transporte 40,00; pró-
honorários e duas parcelas do financiamento.
labore 60,00.
• 10- Venda de mercadorias à vista no valor de
• 06- Recebimento de duplicatas no valor de
20.000,00, ao custo de 14.000,00.
250,00 com juros de 25,00.
• 07- Compra de máquinas no valor de 800,00 • 11- Apropriação das despesas: salários
financiados em 10 parcelas de 90,00 cada. 6.000,00; férias 4.000,00; encargos 4.000,00;
• 08- Pagamento de salários 40,00; encargos honorários 6.000,00; seguros 1.000,00; aluguel
20,00; vale transporte 40,00; títulos 150,00; 2.500,00; material de consumo 1.000,00 e uma
pró-labore de 40,00; férias 30,00 e duas parcela do financiamento.
parcelas do financiamento. • 12- Resgate da aplicação, sendo o principal
• 09- Apropriação das despesas: salários 50,00; 20.000,00 e o rendimento 8.000,00.
encargos 40,00; honorários 40,00; comissões • 13 - Compra de mercadorias no valor de
80,00; água e luz 30,00 e uma parcela do 50.000,00, sendo pagos à vista 10.000,00.
financiamento. • 14- Pagamento de salários 4.000,00; encargos
• 10- Venda de mercadorias no valor de 1.000,00, 4.000,00; pró-labore 4.000,00; seguros
ao custo de 450,00, sendo 60% à vista. 3.000,00; aluguel 5.000,00; duplicatas
• 11- Aumento do capital pago pelos sócios com 10.000,00 e uma parcela do financiamento.
2 veículos no total de 200,00; um lote 1.000,00; • 15- Venda do veículo no valor de 30.000,00 à
e dinheiro (moeda) 800,00. vista.
2.5 Exercício: 05 Continue 1.1 Exercício: 06 - Continue realizando
realizando os lançamentos. os lançamentos.
• SALDOS INICIAIS:
• SALDOS INICIAIS:
• Capital 350.000
• Caixa 50.000.
• Caixa 120.000
• Mercadorias 80.000.
• Mercadorias 192.000
• Duplicatas a receber 70.000.
• Duplicatas a receber 38.000
• Capital 200.000.
• 01- Contrato de Seguros 12.000,00; Contrato 01- Venda de mercadorias à vista no valor de 90.000,00
de Aluguel 30.000,00 a prazo. para entrega em 60 dias.
• 02- Apropriação das Despesas: salários, 02- Venda de mercadorias a prazo no valor de
5.000,00; encargos 3.000,00; pró-labore 65.000,00, ao custo de 28.000,00.
4.000,00; honorários 4.000,00. 03- Venda de mercadorias no valor de 80.000,00,
• 03- Compra de veículos no valor de 40.000,00, sendo metade à vista; 30.000,00 foram entregues
financiados em 10 parcelas de 5.000,00 cada. no ato, ao custo de 16.000,00.
138
AULA 13 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
139
Contabilidade Geral
140
AULA 13 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Com base nas contas e saldos, podemos dizer Considerando exclusivamente a relação, podemos
que, mesmo o balancete de verificação não estando afirma que a empresa demonstra um Patrimônio Bruto
fechado corretamente, ele apresenta de
a) Ativo no valor de R$ 12.790,00. a) R$ 10.750,00.
b) Passivo no valor de R$ 7.720,00. b) R$ 17.530,00.
c) Patrimônio Líquido no valor de R$ 3.940,00. c) R$ 17.940,00.
d) Saldos Devedores no valor de R$ 15.650,00. d) R$ 18.290,00.
e) Saldos Credores no valor de R$ 13.250,00. e) R$ 18.480,00.
141
Contabilidade Geral
2.13 Exercício: 13 A Cia Gerson de natureza eventual, esporádica, dos normais e mostrar
Rufino Sanches apresenta a que todos alteram a situação líquida patrimonial da
entidade. A evidenciação permite evitar a desfiguração
relação das contas de seu
da composição dos resultados relativos a vários
balancete a seguir.
exercícios. A superveniência consiste em aumento, e
CONTAS SALDO a insubsistência, em diminuição da situação líquida
Títulos a Receber 34.000,00 patrimonial. A superveniência do ativo é denominada
Títulos a Pagar 70.000,00 de superveniência ativa, porque acresce a situação
Seguros a Vencer 400,00 líquida patrimonial. A superveniência do passivo é
Reservas de Capital 12.000,00 denominada de superveniência passiva, porque diminui
Prejuízos Acumulados 2.000,00 a situação líquida patrimonial. A insubsistência do ativo
Móveis e Utensílios 30.000,00 é denominada “insubsistência passiva”, porque diminui
Mercadorias 47.000,00 a situação liquida patrimonial. Já a insubsistência do
Juros Passivos 900,00 passivo é denominada de “insubsistência ativa”, porque
Juros Ativos 600,00 aumenta a situação líquida patrimonial. Resumindo, as
Impostos a Recolher 5.000,00 superveniências e as insubsistências são ditas ativas,
Fornecedores 37.000,00 porque promovem aumento da situação líquida. As
Clientes 16.000,00 superveniências e insubsistências são ditas passivas,
Capital Social 40.000,00 porque promovem diminuição da situação líquida
Caixa 13.000,00 patrimonial. Muitos autores e professores incorrem
Bancos Contas Movimento 22.000,00 no equívoco de qualificar as superveniências e as
insubsistências em ativas e passivas, segundo o reflexo
Aluguéis Ativos a Vencer 700,00
no ativo e no passivo, esquecendo que o qualificativo
Qual o total dos saldos devedores?
ativo e passivo deriva da espécie de variação sobre
a) R$ 115.000,00
a situação líquida patrimonial. Ninguém denomina
b) R$ 150.000,00
variação patrimonial a devolução de um depósito de
c) R$ 70.000,00
diversas origens que redunda em redução do ativo e
d) R$ 166.000,00
do passivo, simultaneamente. Sendo assim,
e) R$ 113.000,00
• a insubsistência ativa é uma conta de receita,
portanto de natureza credora;
4 RESUMO
• a insubsistência passiva é uma conta de
Na aula de hoje realizamos uma bateria de despesa, portanto de natureza devedora;
exercícios, mas antes discutimos a gestão nas variações • a superveniência ativa é uma conta de receita,
patrimoniais. As variações representam os acréscimos portanto de natureza credora;
e as reduções que resultam na situação líquida • a superveniência passiva é uma conta de
patrimonial. As variações que acrescem a situação despesa, portanto de natureza devedora.
líquida patrimonial são denominadas de variações
QUADRO EXPLICATIVO
ativas e as que reduzem são chamadas de variações
passivas. Dentro desse contexto, as variações ativas
• Superveniência do Ativo: Conta de receita,
são provenientes do aumento de valores do ativo e
da diminuição de valores do passivo; já as variações natureza credora.
passivas decorrem da diminuição dos valores do ativo • Superveniência Ativa: Conta de receita,
ou do acréscimo dos valores do passivo. Dessa forma natureza credora.
afirmamos que nem toda variação ativa decorre do • Superveniência do Passivo: Conta de
ativo, assim como a variação passiva não provém só do despesa, natureza devedora.
passivo. A aplicação dos substantivos superveniência e • Superveniência Passiva: Conta de despesa,
insubsistência tem o objetivo de destacar, na gestão natureza devedora.
patrimonial, os componentes das variações patrimoniais
142
AULA 13 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
REFERÊNCIAS
• Insubsistência do Ativo: Conta de despesa,
natureza devedora. ALMEIDA, M. C. Curso básico de Contabilidade:
• Insubsistência Ativa: Conta de receita, introdução à Metodologia da Contabilidade,
natureza credora. Contabilidade básica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
• Insubsistência do Passivo: Conta de receita, ANDRADE, Eurídice Mamede. Contabilidade
natureza credora. Comercial. São Paulo: Editora Campus, 2002.
• Insubsistência Passiva: Conta de despesa, BARBOSA, Crysthian. Contabilidade básica.
natureza devedora. Curitiba: Juruá, 2008.
Baseados nesse parecer, vamos analisar os BAPTISTA, Antônio Eustáquio; GONÇALVES,
termos acima: Eugenio Celso. Contabilidade geral. 7. ed. São
• Superveniência do Ativo: O termo Paulo: Atlas, 2011.
Superveniência tem o sentido de aumentar, BRASIL Lei nº 11.638/07 de 28 de dezembro de
adicionar. Assim, superveniência do Ativo 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76,
significa um aumento do Ativo, ocasionando de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de
um aumento do Patrimônio Líquido, portanto 7 de dezembro de 1976 e estende às sociedades
de grande porte disposições relativas à elaboração
conta de receita de natureza credora.
e divulgação de demonstrações financeiras.
• Superveniência Ativa: A palavra “Ativa” não Publicada na DOU de 28.12.2007 – Edição Extra.
significa do ativo e sim, aumento, sentido
BRASIL Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro de
positivo. Logo, a Superveniência Ativa é conta
1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
de receita de natureza credora. Consolidada. Publicada em 08.01.2008.
• Superveniência do Passivo: Aumento
BRASIL Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009.
do Passivo, ocasionando diminuição do Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades
Patrimônio Líquido, conta de despesa de por Ações.
natureza devedora.
CHAGAS, Gilson. Contabilidade geral simplificada.
• Superveniência Passiva: Por analogia, a 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
palavra “Passiva” não significa do passivo,
CREPALDI, Silvio Aparecido. Resumo da teoria
e sim condição negativa, aumento de uma
atendendo às novas demandas da gestão
situação negativa. Logo, conta de despesa empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
de natureza devedora.
FERRREIRA, Ricardo J. Coleção de provas
• Insubsistência do Ativo: A palavra
comentadas ESAF. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora
“Insubsistência” significa algo que deixa Ferreira, 2002.
de existir. Assim, a Insubsistência do Ativo
FERRARI, Ed. Luiz. Contabilidade geral. 12. ed.
significa um Ativo que deixa de existir. Conta Rio de Janeiro: Editora Ímpetus, 2012.
de despesa de natureza devedora.
FERREIRA, Ricardo J. Resumo de Contabilidade
• Insubsistência Ativa: Reforçando, a palavra
geral. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2010.
“Ativa” não significa do Ativo, e sim efeito
positivo. Assim, significa algo que deixa FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas
Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
de existir, trazendo um efeito positivo (Ex.:
Contabilidade Societária: aplicável a todas as
perdão de dívida). Logo, é conta de receita de sociedades. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu;
natureza credora. GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS. São Paulo:
• Insubsistência do Passivo: Passivo que Atlas, 2007.
deixa de existir, conta de receita de natureza IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu e GELBCKE,
credora. Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. Manual
• Insubsistência Passiva: Algo que deixa de de Contabilidade Societária: aplicável a todas as
existir, trazendo efeito negativo no Patrimônio sociedades de acordo com as normas internacionais
Líquido. Conta de despesa de natureza e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010.
devedora. FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São
Paulo: Saraiva, 1996.
143
Contabilidade Geral
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 7.
10. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil.
LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para
27. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
administradores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de; Contabilidade: noções fundamentais. São Paulo:
MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória – Saraiva, 2011.
livro texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto.
MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2. Contabilidade básica. 4. ed. São Paulo: Atlas,
ed. São Paulo: Alínea, 2000. 2009.
NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo. SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
Contabilidade básica. 9. ed. São Paulo: Editora Contabilidade geral: introdução à Contabilidade
Frase, 2011. Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
144
Unidade 04
Contabilidade Geral
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
AULA 14
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Objetivo
• Treinar, através de atividades, as práticas
contábeis para fixação dos conteúdos
teóricos estudados nas aulas anteriores.
Contabilidade Geral
146
AULA 14 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
02- Depósito bancário no valor de 100.000, sendo 08- Pagamento das despesas: água e luz 4.000;
aplicados no ato 80.000. salários 6.0000; encargos 4.000; férias 3.000; uma
03- Compra de mercadorias para revenda no valor de parcela do veículo e uma da máquina.
180.000, sendo pagos à vista 20.000 em cheque. 09- Recebimento de duplicata no valor de 30.000,
04- Venda de mercadorias no valor de 80.000 ao custo acrescido de juros de 2.000 depositados no banco.
de 25.000 à vista. 10- Pagamento de duplicatas no valor de 20.000,
05- Pagamento das despesas com salários 5.000; acrescido de juros de 2.000 em cheque.
encargos 3.000; pró-labore 4.000; Honorários
5.000. 2.1.4 Exercício: 04
06- Venda do veículo no valor de 60.000, sendo 50% à Saldos Iniciais
vista depositados no banco.
07- Resgate da aplicação, sendo o principal 40.000 e o Caixa 1.300,00
rendimento 15.000. Mercadorias 1.100,00
08- Pagamento de duplicata no valor 50.000 e despesas Duplicatas a Receber 400,00
de combustíveis 2.000; água-luz e telefone 2.000; Salários 50,00
viagens e hospedagens 2.000 pelo banco.
Férias 60,00
09- Venda de mercadorias no valor de 120.000, ao
custo de 35.000, sendo 30% à vista. Títulos a Pagar 200,00
10- Recebimento de duplicatas no valor de 50.000 Pró-labore a Pagar 50,00
acrescido de juros de 5.000. Pró-labore 90,00
11- Empréstimo bancário no valor de 150.000 para Fornecedores 750,00
pagamento em 10 parcelas de 16.000 cada.
Capital Social 2.000,00
12- Compra de um lote de ações da empresa Chris
Durán Sanches no valor de 35.000 a prazo. 01- Apropriação das despesas: salários 40,00;
encargos 30,00; honorários 40,00; comissões
2.1.3 Exercício: 03 60,00; pró- labore 50,00; férias 40,00.
Saldos Iniciais 02- Venda de mercadorias no valor de 450,00 ao custo
de 150,00, sendo 80% à vista.
Capital 350.000
03- Apropriação e pagamento das despesas: água e
Caixa 200.000 luz 20,00; vale refeição 60,00; material de consumo
Mercadorias 150.000 30,00.
01- Pagamento de despesas: salários 5.000; encargos 04- Pagamento de: salários 40,00; pró-labore 80,00;
3.000; pró-labore 5.000. comissões 40,00; duplicatas 150,00 com juros de
02- Venda de mercadoria no valor de 60.000, ao custo 15,00.
de 25.000, sendo metade à vista. 05- Apropriação das despesas: salários 60,00;
03- Compra de veículos no valor de 40.000, sendo comissões 70,00; vale transporte 40,00; pró-labore
pagos à vista 10.000. O restante foi financiado em 60,00.
10 parcelas de 4.000 cada. 06- Recebimento de duplicatas no valor de 250,00 com
04- Pagamento das despesas: combustíveis 4.000; juros de 25,00.
honorários 5.000; material de consumo 3.000; 07- Compra de máquina no valor de 800,00, financiada
Viagens 6.000. em 10 parcelas de 90,00 cada.
05- Venda de mercadorias a prazo no valor de 80.000, 08- Pagamento de salários 40,00; encargos 20,00;
ao custo de 40.000. vale transporte 40,00; títulos 150,00; pró-labore
06- Depósito bancário no valor de 100.000, sendo de 40,00; férias 30,00 e duas parcelas do
aplicados no ato 60.000. financiamento.
07- Compra de máquinas no valor total de 60.000, 09- Apropriação das despesas: salários 50,00; encargos
sendo pago à vista 20.000 com cheque. O restante 40,00; honorários 40,00; comissões 80,00; água e
foi financiado em 10 parcelas de 5.000 cada. luz 30,00 e uma parcela do financiamento.
147
Contabilidade Geral
148
AULA 14 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
149
Contabilidade Geral
150
AULA 14 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
5- Não é uma conta do ATIVO: 10- É valor encontrado subtraindo o custo da receita
a. fornecedores. líquida:
b. caixa. a. Receita Bruta
c. banco. b. Lucro Bruto
d. valores em trânsito. c. Lucro Operacional
6- Não é uma conta do PASSIVO: d. Lucro Líquido
a. juros a pagar
Gabarito 2.1.10 Exercício: 10
b. obrigações trabalhistas
c. clientes A D B D A C A B C B
d. títulos a pagar
7- Não é uma conta de RESULTADO: 2.1.11 Exercício: 11
a. Aplicação Financeira.
1- Não é uma demonstração financeira obrigada pela
b. Descontos Obtidos. legislação tributária:
c. Descontos Concedidos. a. Demonstração do valor adicionado.
d. Despesa com Vendas. b. Demonstração do resultado do período.
8- É a diferença entre a venda de mercadorias e o c. Demonstração dos lucros e prejuízos
custo dessa mercadoria vendida, sem considerar acumulados.
despesas administrativas, de vendas e financeiras. d. Balanço patrimonial.
Após cobrir o custo da fabricação do produto (ou 2- Onde deverão ser transcritas as demonstrações
o custo da mercadoria adquirida para revenda, ou financeiras e a apuração do lucro real?
o custo do serviço prestado), o lucro bruto será a. LALUR
destinado à remuneração das despesas de vendas, b. PEPS
das administrativas e financeiras, bem como c. UEPS
remunerará o governo, por meio dos impostos, e os d. DIÁRIO
proprietários da empresa, por meio do lucro líquido. 3- Não contém na parte A do Lalur:
Marque a alternativa correta. a. Adições.
a. Lucro Líquido b. Exclusões.
b. Lucro Bruto c. Compensações.
c. Lucro Operacional d. Receita Líquida.
4- A distribuição do lucro da empresa é evidenciada
d. Lucro Não Operacional
em qual demonstração?
9- Elabore a DRE e responda qual o valor do LUCRO
a. DOAR
LÍQUIDO da CIA VÂNIA SANCHES
b. DLPA
CONTAS R$ c. DVA
Despesas com Vendas 5,00 d. DRE
5- É considerada não operacional a receita decorrente
Despesas com Lanches 15,00
a. do recebimento de dividendos.
Receitas Financeiras 60,00 b. de aluguel de imóvel.
Devolução de Vendas 20,00 c. da venda de bem do ativo imobilizado.
ICMS 10,00 d. de aplicação financeira.
6- Qual a receita líquida da Cia. Daniel e Samuel
Receita de Vendas 100,00
Sanches, considerando os seguintes dados?
Custo das Mercadorias Vendidas 30,00
Receita Bruta de Vendas 300,00
a. 70,00 Despesas com Vendas 2,00
b. 90,0
Despesas Comerciais 8,00
c. 80,00
Receita Financeira 7,00
d. 100,00
151
Contabilidade Geral
2.1.12 Exercício: 12
1- A Cia Verônica Dorotea Sanches Lopes apresentou alguns saldos de suas contas em 31/12/2012. Apure os
Balanços Patrimoniais de 2010 e 2011 e marque a alternativa correta.
CONTAS 2010 2011 CONTAS 2010 2011
Imobilizado 47.100 63.300 Fornecedores 3.100 4.000
Disponível 3.100 2.200 Empréstimos 23.700 29.800
Aplicação Financeira 600 500 Outras Exigibilidades 6.000 6.600
Investimento 6.500 8.800 Capital Social 35.200 36.200
Clientes 20.100 19.100 Financiamento Longo Prazo 28.100 34.200
Estoques 18.700 16.900
152
AULA 14 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
153
Contabilidade Geral
154
AULA 14 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
7- Qual o lucro bruto da Cia Michelle Nascimento 10- Não é uma conta do Ativo Circulante:
Sanches, tendo em vista os seguintes dados? a. Terreno.
Receita Bruta de Vendas 455,00 b. Despesas Antecipadas.
c. Aplicação Financeira.
Descontos Incondicionais ou Comerciais 55,00
d. Caixa.
Despesas Tributárias 10,00
Receita com Juros 25,00 Gabarito 2.1.13 Exercício: 13
CPV 120,00
A D D B C C A B D A
Devolução de Vendas 15,00
Abatimentos sobre Vendas 14,00 3 RESUMO
Despesas com Combustíveis 45,00
Na aula de hoje foram apresentados vários
Despesas com Manutenção 11,00
exercícios práticos sobre os assuntos discutidos durante
a. 251,00 as primeiras aulas do livro. É importante deixar claro
b. 261,00 que é de grande importância para você fazer todos os
c. 187,00 exercícios. Alguns trazem as respostas no final, outros
d. 190,00 não. Você deve tentar resolvê-los todos e solicitar
8- Qual o lucro líquido da Cia Ozéias Reis Sanches, ajuda, caso necessite, ao seu tutor ou monitor. Esses
tendo em vista os seguintes dados? exercícios ajudam-no a entender a vida prática de um
Receita Bruta de Vendas 1.022,00 contabilista. Nesse primeiro momento, você deve ficar
Despesas com Vendas 122,00 atento a tudo que será ensinado para que, nas outras
matérias posteriores, venha a entender tudo com
Despesas Comerciais 55,00
facilidade e de uma forma prazerosa. Continuaremos
Receita Financeira 189,00
na próxima aula com outra bateria de exercícios. Além
CSP 287,00 de debitar e creditar, iremos levantar o balancete de
Devolução de Vendas 137,00 verificação, a DRE e o Balanço Patrimonial. Ao final,
Abatimentos sobre Vendas 110,00 você já será um profissional competente. Bastará
Despesas com Depreciação 150,00 continuar estudando sempre e praticando muito.
a. 375,00
4 REFERÊNCIAS
b. 350,00
c. 460,00 ANDRADE, Eurídice Mamede. Contabilidade
d. 295,00 Comercial: teoria e prática. São Paulo: Campus,
9- Qual a receita bruta da Cia Aretha Moraes Sanches, 2004.
considerando os dados seguintes?
FIPECAFI. Manual de Contabilidade das
Lucro Líquido 19,00 sociedades por ações: aplicável às demais
Despesas com Vendas 12,00 sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Despesas Administrativas 13,00
FRANCO, Hilário. Contabilidade Comercial. 13.
Receita Financeira 40,00
ed. São Paulo: Atlas, 1990.
CMV 55,00
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23. ed. São
Devolução de Vendas 14,00
Paulo: Atlas, 1997.
Descontos Incondicionais 25,00
Despesas com Lanches 2,00 IUDÍCIBUS, Sérgio; MARION, José Carlos.
Contabilidade Comercial. 8. ed. São Paulo: Atlas,
a. 59,00
2009.
b. 84,00
c. 98,00 RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Comercial
d. 100,00 fácil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
155
Unidade 04
Contabilidade Geral
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
AULA 15
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Objetivo
• Desenvolver competências e habilidades
de contabilista resolvendo exercícios
práticos para fixação dos conteúdos
teóricos estudados nas aulas anteriores.
Contabilidade Geral
Olá, caro aluno! Como vai? Gostou dos exercícios Grupo de Contas Natureza Débito Crédito
práticos na Aula 14? Espero que sim, pois teremos
Ativo Credora Diminui Aumenta
vários outros nesta aula. Como já foi dito, os exercícios
são uma forma de trazer a prática para você. Alguns Passivo e PL Devedora Aumenta Diminui
exercícios demoram 02 minutos para serem resolvidos;
Caro aluno, preste bastante atenção! Despesa,
outros, 30 minutos; e outros ainda podem demorar
Custo e Receita não apresentam naturezas diferentes.
horas. Nesta aula iniciarei com um exemplo que vai
Toda receita é de natureza credora e todo custo e
além de debitar e creditar. Vou elaborar o Balancete de
despesa são de natureza devedora.
Verificação, a Demonstração de Resultado do Exercício
Se mesmo assim ficar em dúvida, entre em contato
e o Balanço Patrimonial. Tudo isso feito passo a passo.
com seu tutor ou monitor. Eles são os responsáveis por
Em seguida vou passar uma bateria de exercícios para
lhe fornecer o suporte necessário.
você. Para saber se você acertou, serão postadas as
resoluções na plataforma. Antes que sejam postadas Vamos começar? Começou...
as resoluções, você pode pedir ajuda ao seu tutor ou
seu monitor. Muitos exercícios são inspirados em casos
2 EXERCÍCIOS PRÁTICOS
práticos das empresas, provas de concursos, questões 2.1 Faça os lançamentos
no ENADE e questões do Exame de Suficiência do Debito e Crédito no Livro
CFC. Eu acredito que o aluno tem que sair da faculdade Diário, em seguida abra o Livro
com base para enfrentar todos os obstáculos do
Razão e faça o Balancete de
mercado de trabalho. Antes de iniciar os exercícios, é
Verificação. Depois faça a DRE
preciso ter estudado as aulas teóricas, principalmente
e em seguida faça o Balanço
o funcionamento das contas, a natureza, o Balancete
de Verificação, a DRE e o Balanço Patrimonial.
Patrimonial
Para saber se está preparado, faça-se a seguinte 2.1.1 Exercício Resolvido Passo a
pergunta e a responda: Para que serve o Balancete de Passo: 01
Verificação? Para que serve a DRE? Para que serve o
Caro aluno, observe que a empresa Silas Sanches
Balanço Patrimonial? Para que serve o Livro Diário?
Para que serve o Livro Razão? Se conseguir acertar já está constituída, portanto apresenta Caixa e Capital
todas as respostas, posso afirmar que conseguirá Social. A conta Caixa foi Debitada e a conta Capital
fechar todos os exercícios. Se ainda tiver dúvida, Social foi Creditada.
volte às aulas teóricas. Para facilitar um pouco, veja o Balanço Patrimonial da Cia. Silas Sanches em
quadro para lembrar o método das partidas dobradas 31/12/2009
do Frei Luca Paccioli. Esse quadro é claro e retrata
99% das contas, pois você já sabe que 1% é composto ATIVO R$ PASSIVO R$
por contas redutoras de natureza contrária.
CIRCULANTE CIRCULANTE -
99% Contas Normais
Caixa 100,00
Grupo de Contas Natureza Débito Crédito NÃO NÃO
CIRCULANTE - CIRCULANTE
Ativo Devedora Aumenta Diminui
PATRIMÔNIO
Passivo e PL Credora Diminui Aumenta LÍQUIDO
158
AULA 15 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
159
Contabilidade Geral
Veículo
11- Resultado de Equivalência Patrimonial no
(2) 15,00
valor de R$ 16,00.
15,00
D- Participações em Coligadas e Controladas.....16,00
C- Resultado Credor de Equivalência Patrimonial.....16,00 Estoque
(4) 30,00 (8.2) 30,00
Lógica: Toda vez que aumentam os bens e 0,00
direitos devemos debitar, e toda receita deve ser
Fornecedor
creditada.
30,00 (4)
Caro aluno, terminamos de realizar todos os 30,00
lançamentos no Livro Diário, ou seja, nossa primeira
Controladas
etapa foi concluída com sucesso. Nossa segunda etapa
é abrir um razonete para cada conta, para apurarmos (5) 50,00
(11) 16,00
o saldo de cada uma delas, pois, para elaborarmos
o Balancete de Verificação, a DRE e o Balanço 66,00
Patrimonial, temos que encontrar o saldo de cada conta. Empréstimo Acionista
Começamos a abrir os razonetes por ordem: primeiro (6) 5,00
abrimos um razonete para cada conta que tenha 5,00
saldo do ano anterior. No nosso caso, que se refere
Patente
ao ano de 2009, temos duas contas - Caixa e Capital
(7) 15,00
Social. Em seguida abriremos quantos rasonetes forem
15,00
necessárias de acordo com os lançamentos dos fatos
de 2010. Cliente
(8.1) 80,00
Livro Razão
80,00
Receita com Vendas
(E) 80,00 (8.1) 80,00
0,00
CMV
Caixa
(8.2) 30,00 30,00 (E)
(SI) 100,00 15,00 (2) 0,00
(1) 80,00 50,00 (5)
(3) 40,00 5,00 (6) Depreciação Acumulada
15,00 (7) 4,00 (9)
160
AULA 15 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Caro aluno, já podemos fazer a DRE, pois nosso balancete está correto, o saldo das contas devedoras é igual
ao saldo das contas credoras.
DRE da Cia. Silas Sanches
31/12/2010
Receitas 80,00
- CMV (30,00)
= Lucro Bruto 50,00
- despesas com depreciação (4,00)
- despesas com amortização (2,00)
+ Resultado Credor de Equivalência Patrimonial 16,00
= Lucro Líquido 60,00
Caro aluno, tivemos lucro. O Lucro é de natureza credora e será encerrado no ARE. Veja: para encerrar, basta
debitar no ARE e creditar na Conta Lucro Líquido Acumulado que é uma conta patrimonial.
161
Contabilidade Geral
• Intangível 13,00
Patentes 15,00
(Amortização Acumulada) (2,00)
2.2 Exercício 02
2.2.1 Faça os lançamentos Debito e Crédito no Livro Diário; em seguida
abra o Livro Razão e elabore o Balancete de Verificação, a DRE e o
Balanço Patrimonial.
1- Constituição da empresa Elaine de Jesus Sanches com capital social no valor de R$ 100.000,00.
2- Compra à vista de móveis e utensílios no valor de R$ 12.000,00.
3- Compra de mercadorias no valor de R$ 15.000,00, sendo R$ 5.000,00 à vista e o restante a prazo,
4- Compra de um veículo financiado por R$ 6.000,00.
5- Pagamento de R$ 10.000,00 referentes à compra de mercadorias.
6- Obtenção de um empréstimo bancário no valor de R$ 50.000,00.
7- Aumento de capital social no valor de R$ 50.000,00, sendo 50% em dinheiro e 50% em máquinas.
8- Aquisição de um imóvel financiado no valor de R$ 3.000,00.
9- Venda a prazo de 1/6 do estoque por R$ 20.000,00
162
AULA 15 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
2.3 Exercício 03
A Cia. Noemi Nonato Sanches foi organizada em 01/11/2010. O Balanço a seguir foi preparado depois de
realizadas quatro transações. Analise e prepare a lista das quatro transações que você julga terem ocorrido e a
situação patrimonial após cada transação.
Balanço Patrimonial da Cia. Noemi Nonato Sanches em 01/11/2010
ATIVO R$ PASSIVO R$
2.4 Exercício 04
A Cia. Nívea Soares Sanches apresentou alguns fatos contábeis no mês de setembro de 2012 e precisa de
sua ajuda para registrar tais fatos no Livro Diário e no Livro Razão e levantar o Balancete de Verificação, a DRE e
o Balanço Patrimonial.
1- Integralização do capital social em dinheiro no valor de R$ 50.000,00.
2- Obtenção de um empréstimo sem juros no montante de R$ 10.000,00. O dinheiro entrou no caixa da empresa.
3- Compra a prazo de mercadorias no valor de R$ 20.000,00.
4- Abertura de uma conta bancária, efetuando um depósito de 50% do saldo de caixa.
5- Compra a prazo de um veículo no valor de R$ 15.000,00, financiados.
6- Aumento de capital mediante compra de um imóvel avaliado em R$ 20.000,00.
7- Compra à vista, em dinheiro, de um estoque de material de escritório no valor de R$ 5.000,00.
8- Pagamento, em cheque, de 15% da dívida para com os fornecedores.
9- Empréstimo efetuado ao sócio da empresa, no valor de R$ 2.000,00, em dinheiro.
10- Venda de 30% do seu estoque de mercadorias por R$ 14.000,00, sendo R$ 4.000,00 à vista e o restante a
prazo.
163
Contabilidade Geral
2.5 Exercício 05
A Cia. Elias Sanches apresentou seu Balanço Patrimonial de 2010 e alguns fatos contábeis ocorridos durante
o ano de 2011. Agora precisa de sua ajuda para registrar os fatos no Livro Diário e no Livro Razão e levantar o
Balancete de Verificação, a DRE e o Balanço Patrimonial de 2011.
Balanço Patrimonial da Cia. Elias Sanches em 31/12/2010
ATIVO R$ PASSIVO R$
CIRCULANTE CIRCULANTE -
2.6 Exercício 06
A Cia. Niquésia Sanches apresentou seu Balanço Patrimonial de 2011 e alguns fatos contábeis ocorridos
durante o ano de 2012. Ela precisa de sua ajuda para registrar os fatos no Livro Diário e no Livro Razão e levantar
o Balancete de Verificação, a DRE e o Balanço Patrimonial de 2012.
Balanço Patrimonial da Cia. Niquésia Sanches em 31/12/2011
ATIVO R$ PASSIVO R$
CIRCULANTE CIRCULANTE
Fornecedor 100,00
164
AULA 15 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
2.7 Exercício 07
A Cia. Ninfa e Cálita Sanches apresentou seu Balanço Patrimonial de 2010 e alguns fatos contábeis ocorridos
durante o ano de 2011. Assim, ela precisa de sua ajuda para registrar os fatos no Livro Diário e no Livro Razão e
levantar o Balancete de Verificação, a DRE e o Balanço Patrimonial de 2011.
Balanço Patrimonial da Cia. Ninfa e Cálita Sanches em 31/12/2010
ATIVO R$ PASSIVO R$
CIRCULANTE CIRCULANTE -
Caixa 1.300,00 Salários a Pagar 600,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 700,00
Total 1.300,00 Total 1.300,00
165
Contabilidade Geral
166
AULA 15 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
167
Unidade 05
Contabilidade Geral
TRIBUTOS SOBRE RECEITA E LUCRO
AULA 16
DUPLICATAS DESCONTADAS
E OPERAÇÕES DE FACTORING
Objetivos
• Conhecer a história da evolução da
contabilidade.
• Entender o objeto de estudo da contabili-
dade.
• Conhecer mais profundamente o campo
de aplicação da contabilidade e quem
são seus usuários.
• Analisar as técnicas, princípios e conven-
ções contábeis.
Contabilidade Geral
1 INTRODUÇÃO Finalidades
descapitaliza. A Factoring também presta serviços • A empresa vende seu bem, crédito ou serviço a
à empresa-cliente em outras áreas administrativas, prazo, gerando um crédito (exemplo: Duplicata
deixando o empresário com mais tempo e recursos Mercantil), no valor correspondente.
para produzir e vender. • A empresa negocia esse crédito com a
Factoring.
2.2 Banco x Factoring • De posse desse crédito, a Factoring informa
Por definição e filosofia, a Factoring não é uma o sacado sobre o fato e a forma de cobrança
(carteira ou banco).
atividade financeira. A empresa de Factoring não
• Findo o prazo negociado inicialmente, a
pode fazer captação de recursos de terceiros, nem
empresa sacada pagará o valor desse crédito
intermediar para emprestar esses recursos, como
à Factoring, encerrando a operação.
fazem os bancos. A Factoring não desconta títulos e
não faz financiamentos. Na verdade, a Factoring é uma Modalidades
atividade comercial, pois conjuga a compra de direitos No mercado brasileiro, a Factoring é mais atuante
de créditos com a prestação de serviços. Para isso na modalidade convencional. Veja a seguir um pequeno
depende exclusivamente de recursos próprios. resumo das principais modalidades:
170
AULA 16 • DUPLICATAS DESCONTADAS E OPERAÇÕES DE FACTORING
171
Contabilidade Geral
Durante o ano de X1, a Cia Maria Dorotéia fez as Aviso 03: Datado de 30/05/X1. Falência do
seguintes operações: Devedor. O título está sendo devolvido e
1- Descontou 4 duplicatas junto ao banco em 03/01/ o seu valor está sendo debitado na conta
X1. As duplicatas têm os seguintes valores: corrente da empresa pelo banco.
Duplicata nº 01 Valor................................. 1.000,00 Aviso 04: Datado de 30/06/X1. A empresa de-
vedora não paga. O banco informa que o
Data de Vencimento................................. 30/04/X1
título está sendo debitado na conta corren-
Taxa de Desconto............................................ 10%
te da empresa - seu valor mais juros mora-
Duplicata nº 02 Valor................................. 4.000,00 tórios de 5%.
Data de Vencimento................................. 15/05/X1 2 - Em 30/03/X1 a Cia Maria Dorotéia aliena
Taxa de Desconto............................................ 15% duplicatas a receber no valor de R$ 2.000,00
Duplicata nº 03 Valor................................. 2.000,00 à Cia Wanda Margarida, tendo recebido R$
Data de Vencimento................................. 30/05/X1 1.400 (juros de 30%).
Taxa de Desconto............................................ 20% 3 - Contabilizar a depreciação das máquinas até a
Duplicata nº 04 Valor................................. 3.000,00 data do balanço em 31/12/X1.
Data de Vencimento................................. 15/06/X1 4 - Descontar mais R$ 1.000,00 de duplicatas
Taxa de Desconto............................................ 20% junto ao banco. Taxa de desconto: 10%.
5- Contabilizar as operações acima e elaborar o
Dados complementares:
Balanço Patrimonial em 31/12/X1.
1 - A Cia Maria Dorotéia recebe os seguintes
Preste atenção, caro aluno, nesta importante
avisos bancários: observação:
Aviso 01: Datado de 30/04/X1. A duplicata nº Na resolução deste problema os valores das
01 foi liquidada no vencimento. despesas financeiras serão diretamente apropriados
Aviso 02: Datado de 20/05/X1. A duplicata nº 02 foi ao resultado do exercício e não contabilizados
liquidada com atraso. Juros moratórios: 5% proporcionalmente ao prazo do desconto (competência).
Resolução 1
Inicialmente vamos calcular o valor recebido pela empresa e o valor das despesas financeiras (ou juros
passivos) suportados pela Cia Maria Dorotéia.
Despesa Financeira Líquido creditado em conta corrente
Duplicata 1 1.000 x 10% = 100 1.000 – 100 = 900
Duplicata 2 4.000 x 15% = 600 4.000 – 600 = 3.400
Duplicata 3 2.000 x 20% = 400 2.000 – 400 = 1.600
Duplicata 4 3.000 x 20% = 600 3.000 – 600 = 2.400
172
AULA 16 • DUPLICATAS DESCONTADAS E OPERAÇÕES DE FACTORING
Total das despesas financeiras...................... 1.700 Você observou que, no exemplo anterior, quem
Total creditado em conta corrente................... 8.300 teve que pagar ao banco foi a Cia Maria Dorotéia,
pois a empresa devedora não pagou. Você observou
Lançamentos:
também que a Cia Maria Dorotéia não pode baixar a
No ato do desconto: duplicata da empresa devedora, não é mesmo!
D - Banco........................................................8.300 De acordo com o aviso 04, a Cia Maria Dorotéia
D - Juros Passivos..........................................1.700 deverá pagar ao banco o valor do título mais juros
C - Duplicata Descontada.............................10.000 moratórios, já que o vencimento do título foi em 15/06,
De acordo com o aviso 01, vamos baixar a e o pagamento em 30/06.
responsabilidade da Cia Maria Dorotéia com relação à Valor dos juros: 3.000 x 5% = 150
duplicata: D - Duplicata Descontada...............................3.000
D - Duplicata Descontada...............................1.000 D - Juros Passivos.............................................150
C - Duplicata a Receber..................................1.000 C - Duplicata a Receber..................................3.150
Observação: Resolução 02
Caro aluno, a duplicata só é baixada quando Na operação de factoring baixamos diretamente a
o cliente a paga. Se não o fizer, ela permanece Duplicata a Receber, já que a Cia Maria Dorotéia não é
em duplicatas a receber. Em outro momento, caro devedora subsidiária.
aluno, veremos a baixa, no caso de a duplicata Valor dos juros: 2.000 x 30% = 600
ser absolutamente incobrável. Isso será visto em D - Banco........................................................3.000
provisões, quando estivermos calculando o Lucro Real. D - Juros Passivos.............................................600
É importantíssimo saber como é feito o lançamento da C - Duplicata a Receber..................................2.000
duplicata a receber, pois somente podemos descontar
uma duplicata se tivermos algo para receber, não é Resolução 03
mesmo? Vamos supor, caro aluno, que foi feita uma Vamos contabilizar 1 ano de depreciação (31/12/
venda de mercadorias no valor de R$ 10.000, para X0 à 31/12/X1).
receber a prazo. Nesse caso o lançamento seria: Cálculo: 10.000 x 10% = 1.000
D - Duplicatas a Receber..............................10.000 D - Despesa de Depreciação..........................1.000
C - Receitas de Vendas.................................10.000 C - Depreciação Acumulada...........................1.000
De acordo com o aviso 02, vamos adotar o mesmo Na operação de factoring baixamos diretamente a
procedimento da duplicata 01, já que os juros serão Duplicata a Receber, já que a Cia Maria Dorotéia não é
suportados pela empresa devedora, e não pela Cia devedora subsidiária.
Maria Dorotéia.
Resolução 04
D - Duplicata Descontada...............................4.000
C - Duplicata a Receber..................................4.000 Vamos contabilizar o lançamento da operação do
De acordo com o aviso 03, a Cia Maria Dorotéia desconto.
deverá pagar ao banco o valor do título, já que é D - Banco...........................................................900
devedor subsidiário. C - Juros Passivos.............................................100
D - Duplicata Descontada...............................2.000 C - Duplicatas Descontadas...........................1.000
C - Duplicata a Receber..................................2.000 Lançamento de encerramento:
Antes de continuar, meu aluno, é muito importante D - ARE...........................................................3.550
que saiba o conceito de responsabilidade subsidiária, C - Juros Passivos..........................................2.550
concorda? Então, vamos ao conceito. C - Despesa de Depreciação..........................1.000
Pode-se dizer que responsabilidade subsidiária D - Lucro Acumulado......................................3.550
é a assunção legal de uma obrigação de maneira C – ARE..........................................................3.550
acessória, dependente, não principal. Isso quer Caro aluno, como pode observar, fizemos os
dizer que alguém não é o principal responsável por lançamentos na forma de Diário. Agora, antes de
determinada obrigação, somente sendo chamado a apurarmos o Balanço Patrimonial, temos que abrir um
cumpri-la se o responsável direto deixar de fazê-lo. razonete para cada conta. Você também sabe que, para
173
Contabilidade Geral
as contas de resultado (receitas, despesas e custos), Cuidado, os valores do razonete não podem passar
temos que encerrá-las abrindo um razonete com o para a outra folha = máquinas
nome de ARE (Apuração do Resultado do Exercício)
Máquinas
para fazermos as contrapartidas, não é mesmo?
Antes, apenas para confirmar, somente as contas 10.000
de resultado serão encerradas; já as contas patrimoniais 10.000
ficarão com seus respectivos saldos. Então vamos lá!
Depreciação Acumulada
Razonetes: 1.000
Banco 1.000
2.000 2.000 2.000
8.300 3.150
Financiamento
1.400
8.000
900
8.000
7.450
174
AULA 16 • DUPLICATAS DESCONTADAS E OPERAÇÕES DE FACTORING
ATIVO PASSIVO
3 RESUMO
Caro aluno, discutimos na aula de hoje a diferença entre duplicatas descontadas e operações de factoring.
Primeiramente foi apresentado o conceito de factoring e em seguida foi mostrada a diferença entre factoring e
bancos. A empresa de factoring não pode fazer captação de recursos de terceiros, nem intermediar para emprestar
esses recursos, como fazem os bancos. Além das finalidades foram discutidas as vantagens, o funcionamento,
as etapas básicas do processo, assim como as modalidades de factoring. Em seguida foi discutido o conceito
de duplicatas descontadas e apresentado um exercício prático com o qual buscamos mostrar exclusivamente a
diferença entre duplicatas descontadas e operações de factoring.
4 ATIVIDADES
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/2011
ATIVO PASSIVO
175
Contabilidade Geral
Durante o ano de 2012, a Cia Adayr Pereira fez as Aviso 05: Datado de 30/06/2012. A duplicata nº 05
seguintes operações: foi liquidada no vencimento.
1- Descontou 5 duplicatas junto ao banco em 03/01/ 2 - Em 30/03/2012, a Cia Maria Dorotéia aliena
X2. As duplicatas têm os seguintes valores: duplicatas a receber no valor de R$ 5.000,00
à Cia Ataíde Mota, tendo recebido R$ 3.750
Duplicata nº 01
(juros de 25%).
Valor.......................................................... 2.000,00 3 - Contabilizar a depreciação das máquinas até a
Data de Vencimento................................. 30/04/X2 data do balanço em 31/12/X2.
Taxa de Desconto............................................ 10% 4 - Descontou mais R$ 2.000,00 de duplicatas
Duplicata nº 02 junto ao banco. Taxa de desconto: 8%.
5- Contabilizar as operações acima e elaborar o
Valor.......................................................... 8.000,00
Balanço Patrimonial em 31/12/2012.
Data de Vencimento................................. 15/05/X2
Taxa de Desconto............................................ 20% REFERÊNCIAS
Duplicata nº 03
FERRREIRA, Ricardo J. Coleção de provas
Valor.......................................................... 5.000,00 comentadas ESAF. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora
Data de Vencimento................................. 30/05/X2 Ferreira, 2002.
Taxa de Desconto............................................ 15% FIPECAFI. Manual de Contabilidade das
Sociedades por Ações: aplicável às demais
Duplicata nº 04
sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Valor.......................................................... 4.000,00
FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São
Data de Vencimento................................. 15/06/X2 Paulo: Atlas, 1997.
Taxa de Desconto............................................ 20%
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade.
Duplicata nº 05 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Valor.......................................................... 7.000,00 KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
Data de Vencimento................................. 20/06/X2 MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória –
Taxa de Desconto............................................ 25% Livro Texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
176
Unidade 05
Contabilidade Geral
TRIBUTOS SOBRE RECEITA E LUCRO
AULA 17
TRIBUTOS
Objetivos
• Compreender o que são Tributos.
• Conhecer os impostos da DRE.
• Conhecer as contribuições da DRE.
Contabilidade Geral
178
AULA 17 • TRIBUTOS
uma multa, que nada mais é do que uma prestação iniciar os cálculos, vamos saber o que significa cada
pecuniária compulsória prevista em lei. um?
“Tributo é toda prestação pecuniária [...] instituída
em lei” – o tributo deve ser instituído em lei, e não por 2.1.2 Impostos
decreto, portaria ou outra norma de posição hierárquica Imposto (do latim taxo: estimar) é a imposição
inferior. de um encargo financeiro ou outro tributo sobre
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória
o contribuinte (pessoa física ou jurídica) por um
[...] cobrada mediante atividade administrativa
estado ou o equivalente funcional de um estado a
plenamente vinculada”. Esse elemento aponta para
partir da ocorrência de um fato gerador e calculada
a atividade administrativa envolvida na cobrança
mediante a aplicação de uma alíquota a uma base
de tributo. A atuação vinculada é aquela em que a
de cálculo, de forma que o não pagamento dele
lei aponta o que deve ser feito em uma determinada
acarreta irremediavelmente sanções civis e penais
situação, não havendo margem para escolha por parte
impostas à entidade ou indivíduo não pagador, sob
do agente (HACK, 2008, p. 16).
a forma de leis.
2.1.1 Espécies Tributárias O imposto é uma das espécies do gênero tributo.
Diferentemente de outros tributos, como taxas e
As espécies tributárias são descritas na CF; suas
características mais importantes encontram-se nos contribuições de melhoria, é um tributo não vinculado:
artigos 145, 148, 149, 149-A e 195, da Carta Magna é devido pelo contribuinte independentemente de
em vigor. qualquer contraprestação por parte do Estado.
Segundo Valadão (2007, p. 11), há várias correntes Destina-se a atender às despesas gerais da
sobre quantas são as espécies tributárias: administração, pelo que só pode ser exigido pela
• duas (teoria bipartite) – taxas e impostos (essa pessoa jurídica de direito público interno que tiver
teoria é defendida por Alfredo Augusto Becker competência constitucional para tal.
e Pontes de Miranda); Os impostos são frequentemente divididos
• três (teoria tripartite) – taxas, impostos e em diretos e indiretos. Os impostos diretos são
contribuições de melhoria (teoria defendida por destinados a taxar diretamente o contribuinte,
Aliomar Baleeiro, Rubens Gomes de Souza, sendo que o principal exemplo deles é o imposto de
Roque Cazarra, Geraldo Ataliba, Paulo de renda e riqueza. Os impostos indiretos, entretanto,
Barros de Carvalho); são repassados ao contribuinte através do markup
• quatro (teoria quatripartite) – taxas, impostos, adicionado ao custo do produtor e o reflexo desse
contribuições especiais e contribuições de imposto é sentido no preço final do produto. Os
melhoria (defendida por Arnaldo Borges); ou impostos indiretos são cobrados em todos os bens
taxas, impostos, empréstimos compulsórios e
adquiridos pelo consumidor. Em tese, os recursos
contribuições (teoria de Fábio Fanuchi);
arrecadados pelos governos são revertidos para
• cinco (teoria quinquipartite) - taxas, impostos,
o bem comum, para investimentos e custeio de
contribuições de melhoria, empréstimos
bens e serviços públicos, como saúde, segurança
compulsórios e contribuições especiais
e educação. Mas não há vinculação entre receitas
(defendida por Gandra da Silva Martins, Hugo
de impostos e determinada finalidade - ao contrário
de Brito Machado, José Eduardo Soares de
Melo). do que ocorre com as taxas e a contribuição de
Caro aluno, agora que você já sabe que tributos melhoria, cujas receitas são vinculadas à prestação
envolvem: taxas, impostos, contribuição de melhoria, de determinado serviço ou à realização de
empréstimos compulsórios e contribuições especiais, determinada obra. Embora a lei obrigue os governos
fica mais fácil explicar que, na DRE, faremos cálculos a destinarem parcelas mínimas da arrecadação a
de impostos e de algumas contribuições especiais. Os certos serviços públicos - em especial de educação
impostos são: IPI, ICMS, ISS, IRPJ, e as contribuições e saúde -, o pagamento de impostos não confere ao
especiais são: PIS, COFINS e CSLL. Então, antes de contribuinte qualquer garantia de contrapartida.
179
Contabilidade Geral
Caro aluno, veja os impostos que iremos calcular Caro aluno, na DRE estudaremos o Imposto de
na DRE: Renda de Pessoas Jurídicas - IRPJ. São contribuintes
do IRPJ as empresas jurídicas e as empresas
2.1.2.1 IPI individuais. Existem formas de tributação diferenciada
O imposto sobre produtos industrializados é de como: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro
competência da União e tem como fato gerador: I – o Arbitrado e Lucro Real. Nosso foco será nas empresas
seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência de Lucro Real, está bem?
estrangeira; II – a sua saída dos estabelecimentos a
que se refere o parágrafo único do artigo 51; III – a 2.1.3 Contribuições especiais
sua arrematação, quando apreendido ou abandonado Caro aluno, o artigo 149 da Constituição Federal
e levado a leilão (CTN, art. 46, I, II e III). E, ainda, o reza o seguinte: compete exclusivamente à União
parágrafo único desse artigo dispõe que, para os efeitos instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
desse imposto, considera-se industrializado o produto econômico e de interesse das categorias profissionais
que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe ou econômicas. Assim como a Emenda Constitucional
modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe
nº 39, de 19 de dezembro de 2002, que inclui mais a
para o consumo.
contribuição de custeio de iluminação pública.
2.1.2.2 ICMS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
180
AULA 17 • TRIBUTOS
181
Contabilidade Geral
182
AULA 17 • TRIBUTOS
cálculo, para a determinação dessas contribuições, Existem diferenças quanto aos ajustes (adições,
sendo algumas de aplicação geral, outras dirigidas a exclusões e compensações) feitos no lucro contábil
atividades especificas. Tanto para o PIS quanto para para apuração do Lucro Real (IRPJ) ou do Resultado
a COFINS, excluem-se da receita bruta as seguintes Ajustado (CSLL), bem como nos percentuais aplicáveis
parcelas: ao faturamento para determinação do Resultado
1- Vendas Canceladas ou Devolução de Vendas Presumido ou Arbitrado.
A apuração e o recolhimento da CSLL estão
2- Descontos Incondicionais Concedidos no
atrelados à escolha de regime de tributação do IRPJ.
Ato da Venda
Cálculo e contabilização da CSLL
Exemplo 01
A Cia. Paulo Cézar Baruk Sanches Ltda. emitiu Da mesma forma como ocorre com o IRPJ, o que
nota fiscal da seguinte forma: muda de uma opção para a outra em termos de regime
de tributação da CSLL é a metodologia de apuração
1) 100 mesas de plástico R$ 200,00 cada R$ 20.000,00
da base de cálculo, e não a metodologia de cálculo
2) 10% de desconto especial por promoção - R$ 2.000,00 da contribuição. As diferenças entre as opções podem
provocar diferenças significativas no montante final de
3) Valor da mercadoria com desconto (1-2) R$ 18.000,00
tributos pagos pela empresa.
O “desconto incondicional” é o valor referido na
linha 2 do demonstrativo exemplificado acima. A base Exemplo 01
de cálculo, para fins de PIS e COFINS, será de R$ A Cia. Thalles Roberto Sanches começou a
18.000,00 (valor líquido da nota fiscal). funcionar em janeiro de 2012. Obteve resultado
Contabilização da COFINS sobre Faturamento tributável pela CSLL de R$ 1.800.000,00, no ano,
assim distribuídos: 1º trimestre (janeiro - março) R$
Exemplo 01
400.000,00; 2º trimestre (abril - junho) R$ 300.000,00;
A Cia. Anderson Freire Sanches, tributada pelo 3º trimestre (julho - setembro) R$ 500.000,00; 4º
Lucro Real, em junho de 2012 obteve as seguintes trimestre (outubro - dezembro) R$ 600.000,00.
informações: Optando pela apuração trimestral, a empresa
Receita Bruta de Vendas........................700.000,00
efetuaria os cálculos a seguir:
- Devolução de Vendas..........................(50.000,00)
- Descontos Incondicionais ou Comerciais.....(75.000,00) CSLL devida no 1º trimestre/2012:
= Base de Cálculo...................................575.000,00
Lucro Tributável: R$ 400.000,00
COFINS 575.000,00 x 7,60%...................43.700,00
CSLL: R$ 36.000,00 (R$ 400.000,00 x 9%)
COFINS sobre Faturamento
Débito R$ 43.700,00
(DRE)
O registro contábil da CSLL a pagar será:
COFINS a Recolher
Crédito R$ 43.700,00 Provisão para CSLL
(Passivo) Débito R$ 36.000,00
(resultado)
183
Contabilidade Geral
O registro contábil da CSLL a pagar será: CSLL: R$ 162.000,00 (R$ 980.000,00 x 9%)
184
AULA 17 • TRIBUTOS
de um encargo financeiro ou outro tributo sobre o com a Lei nº 9.715/98 no seu art. 2º. O PIS/PASEP
contribuinte (pessoa física ou jurídica) por um estado será apurado mensalmente pelas pessoas jurídicas
ou o equivalente funcional de um estado, a partir da de direito privado e as que lhes são equiparadas
ocorrência de um fato gerador, calculado mediante pela legislação do Imposto de Renda, inclusive as
a aplicação de uma alíquota a uma base de cálculo, empresas públicas e as sociedades de economia mista
de forma que o não pagamento deste acarreta e suas subsidiárias. Suas alíquotas são: as empresas
irremediavelmente sanções civis e penais impostas tributadas pelo Lucro Real = não cumulativa = 1,65%
à entidade ou indivíduo não pagador, sob a forma da sobre a receita As empresas tributadas pelo Lucro
leis. Os impostos resultantes da DRE são: IPI, ICMS, Presumido = cumulativo = 0,65% sobre a receita. Em
ISS E IRPJ. O IPI é o imposto de competência da seguida estudamos a COFINS, que é a Contribuição
União e incide sobre produtos industrializados, tendo para Financiamento da Seguridade Social, instituída
como fato gerador: I – o seu desembaraço aduaneiro, pela Lei Complementar 70 de 30/12/1991. A COFINS
quando de procedência estrangeira; II – a sua saída é a antiga contribuição Finsocial. A COFINS tem o
dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo objetivo de arrecadar para financiar a seguridade social
único do artigo 51; III – a sua arrematação, quando (saúde, previdência e assistências social), nos termos
apreendido ou abandonado e levado a leilão (CTN, art. do inciso I, art. 195 da Constituição Federal. Suas
46, I, II e III). Há ainda o parágrafo único desse artigo alíquotas são: as empresas tributadas pelo Lucro Real
que dispõe o seguinte: para os efeitos deste imposto, = não cumulativa = 7,60% sobre a receita; as empresas
considera-se industrializado o produto que tenha sido tributadas pelo Lucro Presumido = cumulativo = 3,00%
submetido a qualquer operação que lhe modifique sobre a receita. Para finalizar, estudamos a CSLL, que
a natureza ou a finalida de, ou o aperfeiçoe para o é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. A CSLL
consumo. O ICMS (imposto sobre operações relativas amparou-se no art. 195 da Constituição Federal, que
à circulação de mercadorias e sobre prestações de trata das contribuições para o custeio da seguridade
serviços de transporte interestadual, intermunicipal e social. A CSLL é uma contribuição social de competência
de comunicação) é de competência dos Estados e do da União, incidente sobre o lucro das pessoas jurídicas,
Distrito Federal. Sua regulamentação constitucional incluídos nesse grupo aqueles que são equiparados à
está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a pessoa jurídica para fins de tributação do Imposto de
chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Renda.
Leis Complementares 92/1997, 99/1999, 102/2000
e 114/2002. O ISS - Imposto Sobre Serviços - é de 4 ATIVIDADES
competência dos Municípios e do Distrito Federal e tem
1) Quais as diferenças e semelhanças existentes
como fato gerador a prestação de serviços constantes
entre as espécies de tributos?
da lista anexa à Lei Complementar 116/2003, ainda
2) Qual o conceito de tributo estabelecido no Art. 3º
que esses serviços não se constituam como atividade
do CTN
preponderante do prestador. O IRPJ é o imposto
3) Quais são as espécies tributárias?
sobre a renda ou imposto sobre o rendimento e
4) Quais são as contribuições especiais?
existe em vários países. Cada contribuinte, seja
5) Quais são as contribuições sociais?
ele pessoa física ou pessoa jurídica, é obrigado a
6) Quais são as contribuições de seguridade social?
deduzir certa porcentagem de sua renda média anual
para o governo federal. A dedução é realizada com
REFERÊNCIAS
base nas informações financeiras de cada contribuinte,
obedecendo à tabela do organismo fiscalizador de FIPECAFI. Manual de Contabilidade das
cada país. Estudamos também as Contribuições Sociedades por Ações: aplicável às demais
Especiais: PIS, COFINS e CSLL. O PIS é o Programa sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
de Integração Social, criado em 07/09/1970 pela Lei FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São
Complementar nº 7, e o PASEP é o Programa de Paulo: Atlas, 1997.
Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade.
em 03/12/1970 pela Lei Complementar nº 8, de acordo 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
185
Contabilidade Geral
KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de; ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória – RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 5.
Livro Texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2.
SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
ed. São Paulo: Alínea, 2000.
Contabilidade: noções fundamentais. São Paulo:
NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo. Saraiva, 2011
Contabilidade básica. 9. ed. São Paulo: Editora
SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
Frase, 2011.
Contabilidade geral: introdução à Contabilidade
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 3. Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
186
Unidade 05
Contabilidade Geral
TRIBUTOS SOBRE RECEITA E LUCRO
AULA 18
LUCRO REAL
Objetivos
• Conhecer a Base de Cálculo do ICMS,
PIS, COFINS.
• Conhecer a Base de Cálculo do IRPJ.
• Conhecer a Base de Cálculo da CSLL.
• Compreender o que são as Contribuições
e Participações sobre o Lucro.
Contabilidade Geral
Meu caro aluno, espero que tenha percebido a Despesas com Depreciação 5.000,00
importância da aula 17. Lá estudamos cada imposto Despesas com Amortização 7.000,00
e sobre cada contribuição, cujos cálculos faremos Juros Ativos 22.000,00
nesta aula. Todos os nossos cálculos serão baseados Juros Passivos 12.000,00
em empresas cujo regime de tributação é o Lucro
Despesas com Combustíveis 10.000,00
Real. Sendo assim, veremos também nesta aula
algumas informações sobre esse regime de tributação. Despesas com Aluguel 20.000,00
Estudaremos ainda o LALUR - Livro de Apuração do A empresa apresentou: Prejuízo Acumulado de
Lucro Real. Venha comigo. Exercícios Anteriores no valor de R$ 280.000,00
Considere os seguintes tributos:
2 APURAÇÃO DOS TRIBUTOS
PIS: 1,65% COFINS: 7,60% ICMS: 18,00% IRPJ:
2.1 Exercício Prático Resolvido 15% ADICIONAL do IRPJ: 10%, CSLL: 9,00%
A empresa Comercial Marcelo de Arimatéia
Sanches Ltda. apresentava os seguintes saldos em Caro aluno, vamos fazer passo a passo o cálculo
31/12/2012. de todos os tributos. Vamos começar com os tributos
Caro aluno, a primeira pergunta é: Qual o regime sobre Faturamento (Receitas) que são: ICMS, PIS e
de tributação da empresa Marcelo de Arimatéia? COFIS. É importante lembrar que a empresa Marcelo
Resposta: Lucro Real Trimestral. Isso ajudará de Arimatéia é um comércio e por esse motivo não
escolher as alíquotas de PIS e COFINS. temos IPI nem ISS.
CONTAS DE RESULTADO R$ Receita Bruta de Vendas 300.000,00
Despesas de Vendas 3.000,00 Devolução de Vendas 10.000,00
Descontos Incondicionais ou Descontos Incondicionais de Vendas 4.000,00
4.000,00
Comerciais s/ Vendas
Base de Cálculo dos Impostos 286.000,00
Descontos Obtidos 8.000,00
ICMS (18%) 51.480,00
Abatimentos sobre Vendas 5.000,00
PIS (1,65%) 4.719,00
Outras Receitas (Receitas Não
36.000,00
Operacionais) COFINS (7,60%) 21.736,00
Custo de Mercadorias Vendidas 30.000,00 Abatimentos 5.000,00
Receitas Financeiras 15.000,00 Receita Líquida 203.065,00
Devolução de Vendas 10.000,00 CMV 30.000,00
Descontos Condicionais ou Financeiros Lucro Bruto 173.065,00
6.000,00
s/ Vendas
Caro aluno, para encontrar a base de cálculo
Despesas Administrativas 2.000,00
do ICMS, PIS e COFINS, basta subtrair da Receita
Despesas Financeiras 6.000,00 Bruta os valores referentes à Devolução de Vendas e
Despesas Comerciais 7.000,00 Descontos Incondicionais ou Descontos Comerciais.
Receita Bruta de Vendas 300.000,00 Nunca deduzir os valores referentes aos
Outras Despesas (Despesas não Abatimentos.
11.000,00 Após encontrar a base de cálculo, basta aplicar as
Operacionais)
Despesas com Alimentação dos Sócios 4.000,00
alíquotas de cada tributo. Viu que fácil? Agora temos
que calcular o IRPJ e a CSLL. Mas antes temos que
Despesas com Multas por Infrações 2.000,00
encontrar o Lucro Antes do Imposto de Renda – LAIR.
Resultado Devedor de Equivalência Veja que fácil! Vamos reduzir todas as despesas e
7.000,00
Patrimonial
vamos somar, caso apareçam outras receitas.
188
AULA 18 • LUCRO REAL
189
Contabilidade Geral
o qual calculará o IRPJ devido, inclusive o adicional, algumas Adições e algumas Exclusões, apenas para
quando for o caso. A determinação da base de cálculo demonstrar a forma correta de se calcular o IRPJ e a
sobre a qual deve incidir o Imposto de Renda é feita CSLL. Mas fique tranquilo porque esses assuntos serão
através da utilização do Livro de Apuração do Lucro vistos com mais detalhes na disciplina de Contabilidade
Real (Lalur). Fiscal e Tributária.
Esse livro tem a finalidade de demonstrar os ajustes
do resultado do período de apuração do IRPJ, através 2.2.1 Adições
das adições, exclusões ou compensações prescritas São despesas que devem ser adicionadas ao
ou autorizadas, que servirão de elementos para o Resultado, por serem consideradas pelo FISCO como
preenchimento da Demonstração do Lucro Real na desnecessárias para o andamento das atividades da
DIPJ - Declaração de Informações da Pessoa Jurídica. empresa: Exemplos:
O Lalur é peça fundamental para a apuração do • Contribuição social sobre o lucro líquido;
lucro real. Portanto estão obrigadas a escriturá-lo • Multas por infrações fiscais,
todas as pessoas jurídicas submetidas a essa forma de • Brindes
tributação, ainda que por opção. • Doações
• Resultado Negativo (Devedor) de Equivalência
Para determinação do lucro real, devem ser
Patrimonial;
adicionados ao lucro líquido do período de
• Despesas com alimentação dos sócios, acio-
apuração:
nistas e administradores;
• os custos, despesas, encargos, perdas, • Seguro de vida de sócios e acionistas
provisões, participações e quaisquer valores • Participações e gratificações a administra-
deduzidos na apuração do lucro real líquido dores e dirigentes
que, de acordo com a legislação tributária, não
sejam considerados dedutíveis; 2.2.2 Exclusões
• os resultados, rendimentos, receitas e O objetivo das exclusões é não computar na base
quaisquer outros valores não incluídos na de cálculo do imposto receitas que aumentaram o lucro
apuração do lucro líquido que, de acordo com da pessoa jurídica, mas que a legislação do Imposto
a legislação tributária, devam ser computados de Renda considera como não tributáveis. Exclusões
na determinação do lucro real. representam os resultados, rendimentos, receitas e
quaisquer outros valores incluídos na apuração do
Para determinação do lucro real, devem ser
lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária,
excluídos do lucro líquido do período de
não sejam computados no lucro real. Devemos excluir
apuração:
da base de cálculo todas as receitas ou ganhos que já
• os valores cuja dedução seja autorizada pela foram tributados, isso para evitar que uma receita ou
legislação tributária e que não tenham sido um ganho sejam tributados duas vezes. Exemplos:
computados na apuração do lucro líquido; os • Lucros e dividendos recebidos de participações
resultados, rendimentos, receitas e quaisquer societárias.
outros valores incluídos na apuração do • Resultado positivo (credor) da avaliação pela
lucro líquido que, de acordo com a legislação equivalência patrimonial.
tributária, não devam ser computados no
lucro real, considerados como valores não 2.2.3 Compensações
tributáveis. Os prejuízos fiscais apurados em O prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração
períodos anteriores podem ser compensados anteriores poderá ser compensado, limitado a 30%
com o lucro real. (trinta por cento), do lucro líquido ajustado pelas
Caro aluno, preste bem atenção! Quando o contador adições e exclusões previstas no Regulamento, desde
de uma empresa elabora uma DRE, ele sabe quais as que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos,
despesas que devem ser tratadas como indedutíveis e exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do
quais receitas devem ser excluídas por já terem sofrido prejuízo fiscal utilizado para compensação (Lei
a tributação anteriormente. Vou apresentar a você 9.065/95, art. 15 e parágrafo único).
190
AULA 18 • LUCRO REAL
191
Contabilidade Geral
LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL – compensar até 30% do lucro líquido ajustado pelas
LALUR - PARTE A adições e exclusões. Se você prestar atenção, verá que
CÁLCULO DA IRPJ tivemos um LAIR apurado na DRE de R$ 150.565,00 e
um Lucro Líquido depois das adições e exclusões, que
LAIR menos a CSLL 140.165,91 chamamos de Base de Cálculo para Compensações,
+ ADIÇÕES no valor de R$ 165.065,00. É sobre esse valor que
devemos aplicar os 30%. Se o valor encontrado for
• Despesas com alimentação dos sócios 4.000,00
igual ou inferior ao Prejuízo Acumulado, você deverá
• Despesas com brindes 1.500,00 compensar esse valor, porém, se esses 30% forem
• Despesas com multas por infrações 2.000,00 maiores que o Prejuízo Fiscal acumulado e registrado
na Parte B do LALUR, então você irá compensar o que
• Resultado Devedor de Equivalência
7.000,00 você tem, que é o Prejuízo Fiscal.
Patrimonial
Dúvida 02: O valor do Lucro Real que exceder ao
• CSLL 10.399,10
resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil
- EXCLUSÕES 0,00 reais) pelo número dos meses do respectivo período de
apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota
= BASE DE CÁLCULO PARA COMPENSAÇÕES 165.065,00
de 10% (dez por cento). Sendo assim, caro aluno, você
Limite para compensações: 165.065,00 X 30% = 49.519,50 deverá primeiramente saber de que tipo de período
- COMPENSAÇÕES 49.519,50 você está fazendo a apuração do IRPJ e CSLL. Se for
mensal por estimativa, você deverá subtrair apenas R$
= LUCRO REAL 115.545,50
20.000,00 do Lucro Real e aplicar a alíquota de 10%
IRPJ (15%) 17.331,83 do Adicional do IRPJ. Se for trimestral, você deverá
ADICIONAL (115.545,00 - 60.000,00) X 10% 5.554,55 subtrair R$ 60.000,00, e se for anual R$ 240.000,00.
Preste atenção! No caso da empresa Comercial José
Total do IRPJ 22.886,38
de Arimatéia Sanches, o período é trimestral, pois
Caro aluno, acredito que você está sem entender utilizamos R$ 60.000,00. Vamos supor que o Lucro
alguns pontos, tais como: Real apurado tivesse sido de R$ 19.000,00. Nesse
1- Por que foram compensados apenas R$ 49.519,50, caso não haveria o Adicional de 10% do IPRJ, mas
sendo que na parte B do LALUR tínhamos R$ somente os 15% do IRPJ.
280.000,00? Dúvida 03: A soma do IRPJ com o Adicional é pelo
2- Por que no Adicional do Imposto de Renda foram simples motivo de que a conta IRPJ é o somatório do
subtraídos R$ 60.000,00? IRPJ - 15% - mais o adicional de 10% do IRPJ. Não se
3- Por que se somam os valores do IRPJ mais o pode falar que a alíquota do IRPJ é de 25%, pois nem
Adicional para se levar para DRE? sempre haverá o adicional. Outro motivo é que todas
4- Por que na apuração do IRPJ no LALUR o LAIR as contas na DRE que representam a mesma rubrica
vem subtraído do valor da CSLL? devem ter os valores somados para apresentar apenas
5- E se, ao invés de R$ 49.519,50, fosse encontrado uma única conta.
o valor de R$ 300.000,00, qual valor seria usado Dúvida 04: Na apuração do IRPJ no LALUR, o
para compensações? Os R$ 300.000,00 ou R$ LAIR vem subtraído do valor da CSLL pelo simples fato
280.000,00? de que o valor do LAIR foi alterado depois do cálculo
6- Por que fazer as apurações separadas da CSLL da CSLL. Na DRE seguimos uma sequência, depois do
e do IRPJ, se o valor da base de cálculo (LUCRO LAIR subtrai-se o valor da CSLL.
REAL) foi o mesmo dado para a CSLL e para o Dúvida 05: Deveríamos compensar o valor do
IRPJ? prejuízo que a empresa tem apurado na Parte B, que
Caro aluno, vou explicar cada uma dessas é de R$ 280.000,00; os 30% é o limite que a empresa
possíveis dúvidas: pode compensar.
Dúvida 01: Quando a empresa apresenta prejuízo Dúvida 06: Existem algumas despesas que são
fiscal em períodos de apuração anteriores, ela pode indedutíveis para o IRPJ, mas, para o cálculo da
192
AULA 18 • LUCRO REAL
193
Contabilidade Geral
Crédito IRPJ a Pagar (Passivo) R$ 94.000,00 Crédito IRPJ a Pagar (Passivo) R$ 138.000,00
194
AULA 18 • LUCRO REAL
Pela compensação do IRPJ antecipado com o por exemplo: Prejuízos a Compensar, Depreciação
IRPJ devido Acelerada Incentivada. Vimos também as Adições,
que são despesas que devem ser adicionadas ao
Débito IRPJ a Pagar (Passivo) R$ 97.000,00
Resultado, por serem consideradas pelo FISCO como
IRPJ Antecipado (Passivo - desnecessárias para o andamento das atividades
Crédito R$ 97.000,00
Conta Redutora)
da empresa, como multas, brindes, doações. Em
Caro aluno, observe que o valor pago por estimativa seguida vimos que o objetivo das Exclusões é o de
foi de R$ 97.000,00, e a apuração anual foi de R$ não computar na base de cálculo do imposto receitas
138.00,00. Sendo assim, a empresa deverá recolher a que aumentaram o lucro da pessoa jurídica, mas que
diferença de R$ 41.000,00. a legislação do Imposto de Renda considera como
Pelo pagamento da diferença do IRPJ devido não tributáveis. Exclusões representam os resultados,
rendimentos, receitas e quaisquer outros valores
Débito IRPJ a Pagar (Passivo) R$ 41.000,00 incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo
Crédito Banco R$ 41.000,00 com a legislação tributária, não sejam computados no
lucro real. Devemos excluir da base de cálculo todas as
3 RESUMO receitas ou ganhos que já foram tributados, para evitar
que uma receita ou um ganho sejam tributados duas
Na aula de hoje fizemos um exercício prático para vezes. Por exemplo, o resultado credor da equivalência
calcularmos os tributos tanto sobre receita como sobre patrimonial. Em seguida estudamos as Compensações
o lucro. Para o cálculo dos tributos sobre a receita, do prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração
antes de tudo vimos que a empresa era um comércio e anteriores, limitado a 30% (trinta por cento) do lucro
o regime tributário era o Lucro Real Trimestral. O cálculo líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas no
dos tributos sobre receita (ICMS, PIS e COFINS) foi Regulamento, desde que a pessoa jurídica mantenha
bem simples. Bastou pegar a Receita Bruta e deduzir os livros e documentos, exigidos pela legislação
algumas contas permitidas por lei como: Devolução de fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para
Vendas e os Descontos Incondicionais ou Descontos compensação (Lei 9.065/95, art. 15 e parágrafo único).
Comerciais. Porém, para o cálculo dos tributos sobre
o Lucro, como a CSLL e o IRPJ, foram estudados 4 ATIVIDADES
alguns tópicos como: Lucro Real, que é o lucro
01- Considere os dados da Cia. Comercial Mattos Nas-
líquido do período apurado na escrituração contábil,
cimento Sanches e faça a DRE apurando os tribu-
denominado lucro contábil, ajustado pelas exclusões e
tos - Lucro Real Trimestral.
compensações autorizadas pela Legislação do Imposto
de Renda. Os ajustes no lucro líquido do período de
apuração e demonstração da apuração do Lucro Real
PIS: 1,65% COFINS: 7,60% ICMS: 18,00% IRPJ:
devem ser transcritos no Lalur (Livro de Apuração do 15% ADICIONAL do IRPJ: 10%, CSLL: 9,00%
Lucro Real). Na prática, às vezes, a empresa tem um
resultado negativo (prejuízo), mas a legislação do IR
manda adicionar a ele diversos valores que considera OBS: A empresa apresentou: Prejuízo Acumulado
indedutíveis. Em seguida vimos que o LALUR é peça de Exercícios Anteriores no valor de R$ 400.000,00.
fundamental para a apuração do lucro real. Portanto Lembre-se: você deverá apurar a CSLL e o IRPJ no
estão obrigadas a escriturá-lo todas as pessoas LALUR.
jurídicas submetidas a essa forma de tributação, ainda
CONTAS DE RESULTADO R$
que por opção. Vimos que ele tem duas partes: Parte
“A” - é a parte onde serão discriminados os ajustes, Despesas de Vendas 35.152,00
por data, ao Lucro Real, como: despesas indedutíveis, Descontos Incondicionais ou Comerciais
valores excluídos e a respectiva Demonstração do 32.000,00
s/ vendas
Lucro Real. Parte “B” é onde se incluem os valores que
Descontos Obtidos 42.300,00
afetarão o Lucro Real de períodos-base futuros, como
195
Contabilidade Geral
196
AULA 18 • LUCRO REAL
197
Unidade 05
Contabilidade Geral
TRIBUTOS SOBRE RECEITA E LUCRO
AULA 19
CONTRIBUIÇÕES E PARTICIPAÇÕES
Objetivos
• Compreender o que sejam os
Debenturistas.
• Verificar como se dão as Participações
de Empregados.
• Verificar como se dão as Participações
de Administradores.
• Entender o que são Partes Beneficiárias.
• Conhecer o que são Fundos de
Assistência aos Empregados.
Contabilidade Geral
Hoje nossa aula traz assuntos interessantes como: (=) 4ª Base de Cálculo
Contribuições e Participações. É comum o aluno
(-) Participações das Partes Beneficiárias
apurar a DRE, encontrando o Lucro Líquido ou Prejuízo
Líquido e transportá-los para o Balanço Patrimonial. (=) 5ª Base de Cálculo
Nossa aula de hoje mostrará que, no final de cada
ano-calendário, deve-se calcular o valor do Imposto de (-) Contribuições
Renda e da Contribuição Social por meio da alíquota O registro contábil no cálculo das participações
incidente sobre o lucro contábil, o qual é ajustado
de acordo com as determinações legais (Lucro Real Despesas com Participações
Débito R$
apurado no Lalur – Livro de Apuração do Lucro Real). (Resultado)
Além disso, a contabilização do Imposto de Renda e da
Crédito Participações a Pagar (Passivo) R$
Contribuição Social deve ser feita creditando contas do
Passivo Circulante (Imposto de Renda e Contribuição O registro contábil no pagamento das partici-
Social sobre Lucro Líquido a Pagar) e debitando contas pações
de despesa (Imposto de Renda e Contribuição Social).
Obtendo-se o Lucro após a Contribuição Social e o Débito Participações a Pagar (Passivo) R$
Imposto de Renda, faz-se a dedução das Contribuições
e Participações para se chegar ao Lucro (Prejuízo) Crédito Caixa ou Bancos (Ativo) R$
Líquido do Exercício. Vamos então conhecer cada uma
dessas contribuições e participações. Venha comigo. 2.1 Debêntures
2 CONTRIBUIÇÕES E São títulos mobiliários que representam
empréstimos de longo prazo contraídos por sociedade
PARTICIPAÇÕES anônima, por meio de lançamento público ou particular,
A forma de cálculo das participações estatutárias junto a investidores interessados. Além da participação
é definida nos artigos 189 e 190 Lei 6.404/76. Em nos lucros, rendem ao adquirente juros fixos ou
consonância com tais artigos, as participações variáveis, prêmio de reembolso e atualização monetária
e contribuições são calculadas e deduzidas do (por serem títulos cujo prazo de vencimento é superior
resultado do exercício após compensados os prejuízos a um ano), garantidos pelo ativo da companhia e
acumulados e a provisão para o Imposto de Renda e assegurando preferência quando do resgate.
Contribuição Social.
Conforme essa normatização, as participações Características
serão determinadas sucessivamente, com base nos Esses títulos podem:
lucros que remanescem (sobram) após a dedução a) não ser conversíveis em ações;
da participação anteriormente calculada, observada
b) sofrer amortizações parciais ou resgate anteci-
a seguinte ordem: Debenturistas, Empregados,
pado;
Administradores e Partes Beneficiárias. Como a Lei
c) ter vencimento condicionado a algum evento;
não menciona as contribuições, entendemos que elas
serão calculadas por último, da seguinte forma: d) ter garantia real ou flutuante;
e) conter cláusula de repactuação (normalmente
R$
um ano), ou seja, o comprador que não se
Lucro após o IR interessar pelo título, tem direito de revendê-lo
(-) Prejuízos Acumulados ao emitente.
(=) 1ª Base de Cálculo
2.2 Participações de
(-) Participações do Debenturistas
empregados e administradores
(=) 2ª Base de Cálculo
Correspondem a um complemento da remuneração
(-) Participações dos Empregados
dos funcionários estabelecido no estatuto ou no
(=) 3ª Base de Cálculo
contrato social a partir de um percentual sobre o lucro.
200
AULA 19 • CONTRIBUIÇÕES E PARTICIPAÇÕES
201
Contabilidade Geral
Abatimentos 100.000,00
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS
30%
ACUMULADOS Receita Líquida de Vendas 1.282.250,00
2011 que poderá ser compensado no LALUR? Despesas com Alimentação dos Sócios 20.000,00
5- Qual o valor da Receita Líquida de Vendas? Despesas com Brindes 40.000,00
6- Qual o valor do Lucro Bruto?
Despesas Comerciais 25.000,00
7- Qual o valor do Lucro Operacional?
Multas por Infrações Fiscais 22.000,00
8- Qual o valor do Lucro Não Operacional?
Descontos Obtidos 14.000,00
9- Quais são despesas consideradas indedutíveis
que deverão ser adicionadas no LALUR? Receitas Financeiras 400.000,00
10- Qual conta deverá ser excluída no LALUR? Despesas com Depreciação 15.000,00
11- Qual o valor da Participação dos Debenturistas? Descontos Condicionais 10.000,00
12- Qual o valor da Participação dos Empregados? Resultado Operacional 1.014.250,00
13- Qual o valor da Participação dos Administradores?
RNO 128.000,00
14-
Qual ao valor da Participação das Partes
Receitas Não Operacionais 200.000,00
Beneficiárias?
15- Qual o valor da Contribuição ao Fundo de Despesas Não Operacionais 90.000,00
esses valores para a DRE para encontrar o Lucro Lucro Líquido antes das
861.162,50
Líquido. Está pronto? Então venha comigo. Contribuições e Participações
202
AULA 19 • CONTRIBUIÇÕES E PARTICIPAÇÕES
203
Contabilidade Geral
204
AULA 19 • CONTRIBUIÇÕES E PARTICIPAÇÕES
OBSERVAÇÃO:
Despesas com Multas por Infrações 12.750,00
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS Resultado Credor de Equivalência
30% 29.000,00
ACUMULADOS Patrimonial
205
Contabilidade Geral
206
AULA 19 • CONTRIBUIÇÕES E PARTICIPAÇÕES
207
Contabilidade Geral
13- Qual o valor da Participação dos Administra- sociedades por ações: aplicável às demais
dores? sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
14- Qual ao valor da Participação das Partes HIGUCHI, Hiromi; HIGUCHI, Celso Hiroyuki;
Beneficiárias? HIGUCHI, Fábio Hiroshi. Imposto de Renda das
15- Qual o valor da Contribuição ao Fundo de empresas- interpretação e prática. 6. ed. São Paulo:
Assistência aos Empregados? IR Publicações Ltda., 2006.
HACK, Érico. Direito Tributário. Curitiba: Iesde, 2008.
5 REFERÊNCIAS LATORRACA, Nilton. Direito Tributário: Imposto de
AMARO, Luciano. Direito Tributário brasileiro. Renda das empresas.15. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
São Paulo: Saraiva 1997. NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo E. V. Curso
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da prático de Imposto de Renda – pessoa jurídica e
República Federativa do Brasil, 1988. Brasília. tributos conexos. São Paulo: Atlas, 2007.
BRASIL. Lei Complementar 116 (2003). Constituição OLIVEIRA, Luís Martins de. Manual de
da República Federativa do Brasil, 2003. Brasília. Contabilidade Tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
CAMPOS, Dejalma de. Direito Fiscal. São Paulo:
IPD IOB, 1991. REIS, Luciano Gomes dos. Manual de
contabilização de tributos e contribuições
FABRETTI, Láudio Camargo; RAMOS, Dilene. Direito
sociais. São Paulo: Atlas, 2010.
Tributário para os cursos de Administração e
Ciências Contábeis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. SITE que deve ser consultado sempre:
FIPECAFI. Manual de Contabilidade das http://www.receita.fazenda.gov.br/
208
Unidade 06
Contabilidade Geral
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AULA 20
DMPL E DLPA
Objetivos
• Compreender o que seja a DLPA e como
funciona.
• Entender a DMPL em seu funcionamento.
Contabilidade Geral
210
AULA 20 • DMPL E DLPA
211
Contabilidade Geral
O Lucro (ou Prejuízo) Líquido do Exercício é facultativa. Tal reserva torna evidente a parcela de
o lucro (ou prejuízo) apurado na Demonstração dos lucro não realizada financeiramente, uma vez que o
Resultados do Exercício no período contábil atual (ano propósito é evitar a distribuição de dividendos sobre
atual) e transferido para a conta Lucros ou Prejuízos essa parcela e o pagamento do Imposto de Renda.
Acumulados. No Artigo 197, parágrafo 2º, da Lei nº 11.638/2007,
O Lucro Total Disponível é a soma do saldo fica assegurado o cálculo da Reserva de Lucros
inicial com os ajustes de exercícios anteriores, com a Realizar somente para pagamento de dividendo
a Reversão de Reservas e com o Lucro (ou Prejuízo) obrigatório, e, por esse motivo, ele poderá ser deduzido
Líquido do Exercício, e é nesse montante disponível do lucro do exercício (para calcular o lucro que
de lucro que a proposta da administração se baseará servirá de base para a distribuição dos dividendos),
para a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do sendo revertido em exercícios futuros em que houver
Exercício, o qual será destinado às reservas de lucros realização financeira.
e distribuído aos acionistas na forma de dividendos. A parte do lucro que se destina aos acionistas
O processo de destinação do Lucro Líquido às da empresa denomina-se dividendo. A Lei da S.A.
reservas de lucros inicia-se na Reserva Legal, que estabeleceu, como forma de proteger os acionistas, o
visa a assegurar a probidade do Capital Social e dividendo mínimo obrigatório. Logo, obrigatoriamente,
somente poderá ser utilizada para equilibrar prejuízos uma parcela do lucro deve ser destinada aos acionistas.
ou aumentar o capital. Segundo o Artigo 193 da Lei Em cada exercício, os acionistas têm direito de
nº 6.404/1976, “[...] do lucro líquido do exercício, 5% adquirir como dividendos obrigatórios a parcela dos
(cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer lucros instituída no estatuto da empresa ou, em caso
outra destinação, na constituição da reserva legal, que de omissão, a metade do Lucro Líquido do Exercício
não excederá 20% (vinte por cento) do capital social”. diminuído ou acrescido da importância destinada
Em seguida, deve-se destinar o Lucro Líquido às à constituição da Reserva Legal e da importância
Reservas Estatutárias. atribuída à formação das Reservas para Contingências,
Outra reserva que se destina ao lucro é a Reserva bem como a reversão desta última formada em
para Contingências. Ela é uma parcela subtraída exercícios anteriores, os quais denominamos Lucro
do Lucro Líquido do período, com a finalidade de Líquido Ajustado.
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro O estatuto poderá determinar o dividendo como
por perda provável, desde que esse valor possa ser porcentagem do lucro ou do Capital Social ou firmar
estimado. Nesse sentido observa-se que o fato gerador outros critérios para determiná-lo, porém ambos
das Reservas para Contingências não ocorreu, todavia devem ser regulados de forma precisa e detalhada e
a probabilidade de ocorrência é grande. Ela será não sujeitar os acionistas minoritários ao arbítrio dos
revertida no exercício em que as razões deixam de órgãos de administração ou da maioria.
existir, não se justificando, assim, a sua constituição. Em síntese, a Demonstração de Lucros ou
A Reserva Orçamentária é mais uma reserva Prejuízos Acumulados deve demonstrar o valor do
para onde o Lucro Líquido pode ser destinado, e, dividendo por ação do capital, ou seja, deve-se dividir
de acordo com o Artigo 196 da Lei nº 6.404/1976, a o valor dos dividendos distribuídos no exercício pelo
Assembleia Geral poderá, por proposta dos órgãos da número de ações que forma do Capital Social.
administração, deliberar reter parcela do Lucro Líquido Compensações de Prejuízos: De acordo com
do Exercício previsto em orçamento de capital por ela o parágrafo único do artigo 189 da Lei nº 6.404/76, o
previamente aprovado. prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido
O orçamento submetido pelos órgãos da pelos lucros acumulados e pelas reservas de lucros,
administração com a justificativa da retenção de lucros nesta ordem, devendo a reserva legal ser a última
proposta deverá ter a duração de cinco exercícios, reserva de lucro a ser absorvida. Isso significa que
salvo no caso de execução, por prazo maior, de algum é incompatível a coexistência de reservas de lucros
projeto de investimento. e prejuízos acumulados, ou seja, a existência de
Por fim, resta a destinação do Lucro Líquido para prejuízos acumulados seria consequência de uma
a Reserva de Lucros a Realizar, cuja constituição é absorção integral de todas as reservas de lucros. Caso
212
AULA 20 • DMPL E DLPA
haja prejuízos acumulados e o lucro líquido do exercício n) Constituição da Reserva de Lucros a Realizar....
seja maior do que esses prejuízos, a prioridade é R$ 7.000,00
absorvê-los. Após isso, a parte remanescente do lucro
Estrutura da Demonstração de Lucros ou
será distribuída, sendo que a primeira destinação irá
Prejuízos Acumulados
para a reserva legal, à qual serão destinados 5% dessa
sobra, devendo, no entanto, serem observados os seus Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
limites. No caso de não haver prejuízos acumulados, o (DLPA)
valor a ser destinado à formação da reserva legal será Saldo de Lucros ou Prejuízos
0,00
de 5% do valor integral do lucro líquido, observando Acumulados no início do período
seus limites. (-) Ajustes Devedores de Exercícios
(2.500,00)
As reservas de capital também poderão Anteriores
ser utilizadas para absorção de prejuízos que (+) Ajustes Credores Exercícios
1.200,00
ultrapassarem os Lucros Acumulados e as Reservas Anteriores
de Lucros. Dessa forma, podemos concluir que os (+) Reversão da Reserva de Lucros a
prejuízos serão absorvidos pelas contas do Patrimônio 3.000,00
Realizar
Líquido, obedecida a seguinte ordem:
(+) Reversão da Reserva de
1) Lucros Acumulados, se houver saldo, pois esta 3.200,00
Contingências
conta deve ter saldo zero;
(+) Lucro Líquido do Exercício 80.000,00
2) Reservas de Lucros (Exceto a Reserva Legal);
3) Reserva Legal; Lucro Total Disponível 84.900,00
213
Contabilidade Geral
ALTERAÇÕES NO PL
MOVIMENTAÇÕES
Aumenta Diminui Nenhuma
Lucro Líquido do Exercício x
Aumento de capital por subscrição e integralização de novas ações x
Reavaliação de ativos x
Ágio cobrado na subscrição de ações e prêmios de debêntures x
Prejuízo Líquido do Exercício x
Aquisição de ações da própria empresa (ações em tesouraria) x
Dividendos x
Aumento de Capital por Incorporação de Reservas x
214
AULA 20 • DMPL E DLPA
Caro aluno, no quadro as seguir é possível verificar que a DLPA é uma coluna da DMPL.
DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)
Caro aluno, veja a coluna de Lucros ou Prejuízos Acumulados e verifique que a DLPA está basicamente
nessa coluna.
(Ações em Tesouraria)
Ajuste de Avaliação
Capital Realizado
Lucros/Prejuízos
Movimentações
Ágio na Emissão de
Partes Beneficiárias
Para Contingências
Acumulados
Lucros a Realizar
Patrimonial
Orçamentária
Estatutária
Total
ações
Legal
Saldos em 31/12/X0
(+ ou -) Ajustes de Exercícios Anteriores
Aumento de Capital
Reversão de Reservas
Lucro Líquido do Exercício
Destinação do Lucro
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Reserva Contingência
Reserva Orçamentária
Reservas de Lucros a Realizar
Dividendos
Saldos em 31/12/X1
215
Contabilidade Geral
216
AULA 20 • DMPL E DLPA
217
Contabilidade Geral
• Redução por ações próprias adquiridas ou movimentação ocorrida durante o exercício nas
acréscimo por sua venda diversas contas do Patrimônio Líquido:
• Acréscimo ou redução por Ajustes de Exercícios • Capital
Anteriores • Reservas de Capital
• Reservas de Lucro - (Modificado pela Lei
Itens que NÃO afetam o Patrimônio Total:
11.638/07)
• Aumento de capital com a utilização de lucros • Ajuste de Avaliação - Patrimonial (Incluído pela
e reservas Lei 11.638/07)
• Redução da conta de lucros para formação de • Prejuízos Acumulados - (Modificado pela Lei
outras reservas 11.638/07)
• Reversão de reservas patrimoniais para a • Ações em Tesouraria
conta de lucros disponíveis ou absorção de
Procedimentos a serem seguidos:
prejuízos acumulados;
a) Abrir um papel de trabalho colunado no qual
Técnica de Preparação da DMPL se transcreve o nome das contas no topo de
A preparação é bastante simples, pois basta cada coluna, reservando espaço nas primeiras
representar, de forma sumária e coordenada, a colunas para a descrição da natureza das
transações e uma coluna final para o total.
Modelo Básico:
Reservas Reservas Ajuste de Avaliação Lucros e Prejuízos Ações em
Capital Total
de Capital de Lucros Patrimonial Acumulados Tesouraria
b) Saldo de abertura: transcrever os saldos de cada conta na data do Balanço Patrimonial final do exercício
anterior. Somar os saldos por conta para preencher a coluna Total.
Reservas Reservas Ajuste de Avaliação Lucros e Prejuízos Ações em
b) Capital Total
de Capital de Lucros Patrimonial Acumulados Tesouraria
Saldos em
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
31/12/X1
218
AULA 20 • DMPL E DLPA
c) Adicionar ou subtrair os movimentos ocorridos nas referidas contas, no período, abrindo linhas para cada
natureza de transação: Aumento de Capital, Lucro do Exercício, Dividendos Distribuídos.
Ajuste de Lucros e
Reservas Reservas Ações em
c) Capital Avaliação Prejuízos Total
de Capital de Lucros Tesouraria
Patrimonial Acumulados
Saldos em 31/12/X1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ajustes de
Exercícios
Anteriores:
- Retificação de 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Erros
- Mudança de
Critério Contábil
Aumento de Capital
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
- Com lucros
Reversão de
Reservas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
- Lucros a Realizar
Lucro Líquido do
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Exercício
Proposta de
Destinação do
Lucro
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
- Reserva Legal
- Reserva Estatutária
- Outras Reservas
Dividendos a
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Distribuir
219
Contabilidade Geral
Reserva
250,00 (250,00) -
Estatutária
Reserva para
200,00 (200,00) -
Contingências
Dividendos
(1.088,00) (1.088,00)
Propostos
Saldo em
15.000,00 0,00 225,00 700,00 600,00 250,00 - 18.612,00
31/12/2012
220
AULA 20 • DMPL E DLPA
das Mutações do Patrimônio Líquido discriminará: os Sabendo-se que é o primeiro ano da empresa,
saldos no início do período; os ajustes de exercícios elabore a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
anteriores; as reversões e transferências de reservas Acumulados.
e lucros; os aumentos de capital, discriminando sua 5- A empresa Rodolfo Abrantes Sanches, ao final do
natureza; a redução de capital; as destinações do período de 2012, apresentou como Resultado do
lucro líquido do período; as reavaliações de ativos Exercício R$ 25.000,00. Registrava um prejuízo
e sua realização líquida do efeito dos impostos acumulado de R$ 7.300,00.
correspondentes; o resultado líquido do período; as A empresa, ao proceder à declaração do Imposto
compensações de prejuízos; os lucros distribuídos; os de Renda, observou que não retirou do lucro
saldos no final do período. líquido do exercício de 2011 o valor da despesa
de amortização referente às benfeitorias efetuadas
4 ATIVIDADES em imóveis de terceiros no valor de R$ 1.800,00.
Além da Reserva Legal, o estatuto também prevê
1- Analise os dados a seguir: a Cia Henrique Cerqueira
4% de Reserva para Contingência, 3% de Reserva
Sanches teve um Lucro Líquido de R$ 400.000,00,
Estatutária, 5% de Reserva Orçamentária, sendo
não houve Reservas para Contingências, a Reserva
omisso quanto à distribuição dos dividendos.
de Lucros a Realizar foi de R$ 60.000,00 e houve
O lucro a Realizar contido no Lucro Líquido do
uma reversão dessa mesma Reserva formada em
Exercício é de R$ 4.200,00.
exercício anterior de R$ 20.000,00. Além disso, seu
No período houve a reversão de R$ 1.900,00 de
estatuto nada dispõe sobre dividendos.
Reserva para Contingência e a realização de R$
Pede-se: Calcule o dividendo obrigatório. 1.500,00 de Lucros a Realizar.
2- A empresa Leonardo Gonçalves Sanches apurou Pede-se: Elabore a Demonstração dos Lucros ou
um lucro líquido de R$ 36.000,00. Além da Reserva Prejuízos Acumulados.
Legal, o Estatuto prevê: 6- Elaborar a demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados, considerando os seguintes dados
* 4% para Reserva Estatutária,
da contabilidade da Cia Kari Jobe Sanches no
* 6% para a Reserva de Contingência.
encerramento do exercício social de 2001.
a) O Patrimônio Líquido da empresa apresentava
Os lucros a realizar do exercício anterior foram
a seguinte posição de contas em 31/12/2011:
realizados no valor de R$ 1.200,00.
SALDO SALDO
Pede-se: Calcule o dividendo mínimo obrigatório. CONTAS
DEVEDOR CREDOR
3- A Cia Jamily Sanches apurou, em 2012, um Lucro Capital Social 20.000,00
Líquido de R$ 360.000,00, incluindo nesse lucro
Reserva de Capital 4.500,00
R$ 88.000,00 de lucros a realizar.
Ajuste de Avaliação
Sabe-se que as demais reservas foram assim 1.200,00
Patrimonial
constituídas: Reserva Legal R$ 18.000,00, Reserva
Reserva Legal 1.800,00
Estatutária R$ 28.000,00, Reserva de Contingência
Reserva para
R$ 17.000,00 e Reserva Orçamentária R$ 900,00
Contingência
10.000,00.
Reserva de Lucros a
Pede-se: Calcule o dividendo mínimo obrigatório. 650,00
Realizar
4- A empresa Walmir Alencar Sanches apurou um Lucros Acumulados 3.800,00
lucro líquido de R$ 45.000,00. Sabe-se que, desse
Total do Patrimônio
montante, R$ 4.000,00 são lucros não realizados. 32.850,00
Líquido
O estatuto dispõe para este ano:
b) Lucro líquido do Exercício em 2012 9.000,00
* Reserva Orçamentária = 2% Lucros a Realizar nele contidos 1.300,00
* Reserva Contingência = 3%. c) Contingências a serem baixadas no exercício
400,00
221
Contabilidade Geral
222
AULA 20 • DMPL E DLPA
BRASIL. Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro de LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para admi-
1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. nistradores. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
Consolidada. Publicada em 08.01.2008.
KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
BRASIL. Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009. MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória –
Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades livro texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
por Ações.
MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2.
FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas ed. São Paulo: Alínea, 2000.
Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
Contabilidade Societária: aplicável a todas as NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo.
sociedades. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; Contabilidade básica. 9. ed. São Paulo: Editora
GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS. São Paulo: Frase, 2011.
Altas, 2007. OLIVEIRA, Justino. Introdução à Contabilidade
IOB. INFORMAÇÕES OBJETIVAS. Textos Legais. para concursos públicos. Rio de Janeiro: Editora
São Paulo: IOB, 2012. Mensal. Índice trimestral. Método, 2010.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade introdutória RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil.
- livro de exercícios. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
223
Unidade 06
Contabilidade Geral
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AULA 21
DOAR
Objetivo
• Compreender o que seja a DOAR
Contabilidade Geral
226
AULA 21 • DOAR
• Transferência de dívidas de longo prazo para o Origens dos acionistas: quanto foi investido
curto prazo, pois aumenta o Passivo Circulante (aportado) pelos acionistas no período.
e não altera o Ativo Circulante. Origens de terceiros: quanto foi gerado de
• Pagamento de dívidas de longo prazo, pois recursos provenientes de terceiros, como por exemplo,
reduz o Ativo Circulante e não altera o Passivo empréstimos e recebimentos de longo prazo.
Circulante.
• Vendas recebidas com prazo inferior a um ano, 2.5 Modelo da DOAR
pois aumenta o Ativo Circulante e não altera o
1- Origens de Recursos:
Passivo Circulante.
• Despesas pagas à vista, pois diminui o Ativo Das Operações Lucro Líquido do Exercício
+ Despesas com depreciação, amortização e exaustão
Circulante e não altera o Passivo Circulante.
+ Participações (+/- Equivalência Patrimonial)
• Despesas a prazo, pois aumenta o Passivo
+ Baixa de itens do Imobilizado
Circulante e não altera o Ativo Circulante. = Lucro Ajustado
+ Recebimento de dividendos referentes a
2.3 Conceito de origem e investimentos pelo método de equivalência patrimonial
aplicação = Total das Operações
Para saber se uma operação aumenta ou reduz o Redução de ativos realizáveis a longo prazo
227
Contabilidade Geral
OBS: O PL em 31/12/X1 foi de R$ 620.000 e em 31/12/X2 foi de R$ 380.000. Agora você deve se perguntar:
Como que se chegou ao valor de R$ 380.000? A resposta é simples. Analise:
PL de X1 = R$ 260.000
Lucro de X2 = R$ 60.000
Integralização de Capital = R$ 75.000
Pagamento de Dividendos = (R$ 15.000)
PL de X2 = R$ 380.000
228
AULA 21 • DOAR
31/12/x2 31/12/x1
CCL = AC – PC
Receita Bruta de Vendas 250.000 350.000
Capital Circulante Líquido Inicial
Deduções de Receitas:
- Impostos sobre Receitas (45.000) (60.000)
- Devoluções de Vendas (5.000) (10.000) CCLi = ACi – PCi
229
Contabilidade Geral
Antes da mudança o CCL era: R$ 300.000,00 – Antes da mudança o CCL era: R$ 300.000,00 –
R$ 230.000,00 = R$ 70.000,00 R$ 230.000,00 = R$ 70.000,00.
Após a mudança: R$ 290.000,00 – R$ 220.000,00 Após a mudança o CCL passa para: R$ 290.000,00
= R$ 70.000,00 – R$ 230.000,00 = R$ 60.000,00 = APLICAÇÃO,
pois o CCL se reduziu.
230
AULA 21 • DOAR
CCL deve ser feito os estornos para se chegar ao lucro de depreciação acumulada em X1 e R$ 30.000,00 em
ajustado. X2, ou seja, houve R$ 20.000,00 de depreciação no
Vamos analisar a DRE para verificar quais contas ano. Desses R$15.000,00 fazem parte dos custos; os
afetaram o Lucro, e, em contrapartida, afetaram outros R$ 5.000,00 fazem parte das despesas gerais
também as contas do Circulante. e administrativas e que nós estudaremos em breve,
Qual a contrapartida da conta Receita? Cliente ou certo? Assim, esses R$15.000 devem ser ajustados ao
Caixa. Eles fazem parte do AC, então a receita afetou o Lucro Líquido do Exercício.
lucro, mas afetou também o CCL. Quando afeta o lucro
Despesas com Vendas:
e o CCL não precisa fazer estorno.
Próxima conta: Custos - alterou o lucro? Alterou Contas Valores
o CCL? Para responder a essas questões, temos que Salário de vendedores 12.000,00
analisar a composição do CUSTO da empresa. Aluguel do escritório comercial 3.000,00
CUSTO Amortização do intangível 5.000,00
231
Contabilidade Geral
232
AULA 21 • DOAR
recursos? Se a resposta for entrada, então houve uma 5- Aquisição de ações de uma controlada por R$
origem de recursos; se a resposta for saída, então 350,00.
houve uma aplicação de recursos. Em seguida vimos 6- Empréstimos ao acionista no valor de R$
a estrutura da DOAR. A DOAR compõe-se de dois 30,00.
grande grupos: Origens e Aplicações de Recursos, 7- Venda a prazo de todo estoque por R$
apresentando no final a variação do CCL. O grupo 1.200,00.
de Origens está subdividido em três subgrupos: 8- Depreciação do veículo no valor de R$ 40,00.
Origens de Recursos: quanto foi gerado de recursos 9- Amortização da marca em 20,00.
com as operações da empresa. Basicamente será o 10- Resultado Credor de Equivalência Patrimonial
lucro do exercício ajustado pelos itens que não têm no valor de R$ 90,00.
efeito financeiro. Origens dos acionistas: quanto
DOAR – DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E
foi investido (aportado) pelos acionistas no período.
APLICAÇÕES DE RECURSOS
Origens de terceiros: quanto foi gerado de recursos
provenientes de terceiros, como por exemplo, NOME DA CIA: DÉBORA SANCHES
empréstimos e recebimentos de longo prazo. Para (+) ORIGENS
finalizar foi apresentado um exemplo prático da DOAR.
Das Operações
4 ATIVIDADES
1- Calcule o CCL do ano de 2009, faça débito e crédito
no livro diário e calcule o CCL de 2010. A cada
operação observe se aumentou, diminuiu ou ficou
sem alteração. Encerre as contas de resultado,
elabore a DRE, elabore o BP, calcule o CCL de Dos Acionistas
2010, calcule a variação do CCL, monte a DOAR.
BALANÇO PATRIMONIAL DA COMPANHIA
DÉBORA SANCHES EM 31/12/2009
ATIVO R$ PASSIVO R$ De Terceiros
CIRCULANTE
CIRCULANTE
Fornecedor 300,00
Caixa 300,00
Estoque 50,00 NÃO Total das Origens
CIRCULANTE (-) APLICAÇÕES
NÃO
CIRCULANTE - PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Marcas 50,00
Capital Social 300,00
233
Contabilidade Geral
234
Unidade 06
Contabilidade Geral
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AULA 22
Objetivo
• Sistematizar por meio de atividades
específicas os conhecimentos sobre a
DOAR.
Contabilidade Geral
236
AULA 22 • EXERCÍCIOS SOBRE DOAR
Calcule o CCL do ano de 2011. Houve alteração no CCL, então essa operação
deverá constar na DOAR como origem, pois houve um
CCLi = ACi - PCi aumento no CCL.
CCLi = 100,00 – 0,00 4- Compra a prazo de mercadoria no valor de R$
CCLi = 100,00 30,00.
D- Estoque......................................................30,00
Durante o ano 2012 ocorreram as seguintes C- Fornecedor.................................................30,00
transações: Veja o CCL após essa operação:
237
Contabilidade Geral
Veja o CCL após essa operação: Atenção: NÃO houve alteração no CCL, mas
HOUVE ALTERAÇÃO NO LUCRO, então essa
CCL = AC- PC operação deverá constar na DOAR como ajustes, por
CCL = 165,00 – 30,00 se tratar de uma despesa econômica e não financeira.
CCL = 135,00 10- Amortização do Gasto Pré-Operacional em 2,00.
D- Amortização...........................................2,00
Houve alteração no CCL, então essa operação C- Amortização Acumulada.........................2,00
deverá constar na DOAR como aplicação, pois houve Veja o CCL após essa operação:
uma redução no CCL.
8- Venda a prazo de todo estoque por R$ 80,00. CCL = AC- PC
CCL = 215,00 – 30,00
8.1 Venda
CCL = 185,00
D- Cliente........................................................80,00
C- Receita de Vendas.....................................80,00 Atenção: NÃO houve alteração no CCL, mas
Veja o CCL após essa operação: HOUVE ALTERAÇÃO NO LUCRO, então essa
operação deverá constar na DOAR como ajustes, por
CCL = AC- PC se tratar de uma despesa econômica e não financeira.
CCL = 245,00 – 30,00 11- Resultado Credor de Equivalência Patrimonial no
CCL = 215,00 valor de R$ 16,00.
D- Participação em coligadas e controladas.....16,00
Houve alteração no CCL, então essa operação C- Resultado Credor de Equivalência
deverá constar na DOAR (ela estará dentro do lucro Patrimonial.....16,00
das operações). Veja o CCL após essa operação:
238
AULA 22 • EXERCÍCIOS SOBRE DOAR
Caro aluno, agora já podemos calcular o CCLf DOAR – DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E
(Capital Circulante Líquido Final), pois já temos os APLICAÇÕES DE RECURSOS
NOME DA CIA: BEATRIZ SILVA SANCHES
valores do AC e os valores do PC.
Cálculo do CCL do ano de 2012 (+) ORIGENS
Das Operações
Lucro do Exercício.................................................60,00
Ajustes:
CCLf = ACf - PCf
+ despesas com depreciação..................................4,00
CCLf = 215,00 – 30,00 + despesas com amortização..................................2,00
CCLf = 185,00 - resultado credor de equivalência patrimonial......16,00
= Lucro Ajustado....................................................50,00
Dos Acionistas
Pronto, caro aluno, como já temos o CCLi e o CCLf, Integralização de Capital.......................................40,00
podemos calcular a variação do CCL. Veja: De Terceiros
Empréstimo de Longo Prazo.................................80,00
239
Contabilidade Geral
Viu, caro aluno, como foi bem fácil realizar a elaboração da DOAR, quando encontramos o CCL a cada operação
realizada dentro da empresa?
BALANÇO PATRIMONIAL DA COMPANHIA IVANILSON PONTES SANCHES
240
AULA 22 • EXERCÍCIOS SOBRE DOAR
ATIVO R$ PASSIVO R$
CIRCULANTE
CIRCULANTE De Terceiros
Fornecedor 1.300,00
Caixa
900,00
Estoque NÃO
700,00
CIRCULANTE
NÃO Total das Origens
-
CIRCULANTE PATRIMÔNIO
LÍQUIDO (-) APLICAÇÕES
200,00
Patentes
Capital Social 500,00
Total 1.800,00 Total 1.800,00
241
Contabilidade Geral
242
AULA 22 • EXERCÍCIOS SOBRE DOAR
Pede-se: Adiantamento de
80.000,00 100.000,00
Cliente – Longo Prazo
a) Balanço Patrimonial comparativo em Despesas Gerais (10.000,00) (10.000,00)
31/12/2011 e 31/12/2012.
Baixa Terreno Vendido (20.000,00) -
b) Demonstração do Resultado do Exercício -
Veículos 140.000,00 100.000,00
DRE comparativa em 31/12/2011 e 31/12/2012.
Marcas e Patentes 80.000,00 50.000,00
c) Demonstração de Mutação do Patrimônio
Líquido - DMPL em 31/12/2012. Receita Venda de
30.000,00 -
Terreno
d) Demonstração das Origens e Aplicação de
Reservas Estatutárias 42.000,00 18.000,00
Recursos – DOAR em 31/12/2012.
Participação em
170.000,00 200.000,00
Controladas
Observação: No ano de 2012 houve 10% de
(-) Amortização
distribuição de dividendos sobre o lucro líquido do (20.000,00) (10.000,00)
Acumulada
exercício, já refletido no saldo das contas.
Fornecedores 200.000,00 170.000,00
243
Contabilidade Geral
Máquinas e Pede-se:
200.000,00 150.000,00
Equipamentos
a) Balanço Patrimonial comparativo em
Aplicação Financeira 300.000,00 200.000,00 31/12/2011 e 31/12/2012.
Caixa 40.000,00 60.000,00 b) Demonstração do Resultado do Exercício -
DRE comparativa em 31/12/2011 e 31/12/2012.
Reserva Legal 21.000,00 9.000,00 c) Demonstração de Mutação do Patrimônio
Dividendos a Pagar 60.000,00 45.000,00 Líquido - DMPL em 31/12/2012.
d) Demonstração das Origens e Aplicação de
Computadores 10.000,00 10.000,00
Recursos – DOAR em 31/12/2012.
Despesa com aluguel
(5.000,00) (5.000,00) Dados Adicionais para o exercício de 2012:
do escritório comercial
Despesa com • Houve constituição da Reserva Legal (5%
(50.000,00) (40.000,00)
Propaganda sobre o Lucro Líquido).
Financiamento – • No Estatuto da Cia. está previsto constituição
160.000,00 130.000,00 de Reserva Estatutária de 10% sobre o Lucro
Longo Prazo
Capital Social 685.000,00 665.000,00 Líquido e distribuição de dividendos de 25% do
Lucro Líquido.
Banco Conta
100.000,00 80.000,00 • Houve aumento de capital em dinheiro.
Movimento
Despesa com
Amortização de (10.000,00) (10.000,00) REFERÊNCIAS
Marcas e Patentes
FERREIRA, Ricardo J. Coleção de provas
Móveis e Utensílios 50.000,00 50.000,00 comentadas ESAF. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora
Empréstimos a Ferreira, 2002.
80.000,00 50.000,00
Controladas FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas
Investimentos em Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
130.000,00 100.000,00 Contabilidade Societária: aplicável a todas as
Outras Empresas
sociedades. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu;
Contas a Pagar 115.000,00 100.000,00 GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS. São Paulo:
Adiantamento a Atlas, 2007.
40.000,00 30.000,00
Fornecedores IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade.
10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Receita Bruta de
1.500.000,00 1.200.000,00 KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
Vendas
MARTINS, Eliseu. Contabilidade Introdutória –
Devolução de Vendas (50.000,00) (40.000,00) Livro Texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Imóveis 100.000,00 100.000,00 MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2.
ed. São Paulo: Alínea, 2000.
Despesas Salários de
(65.000,00) (50.000,00) NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo.
Vendedores
Contabilidade básica. 9. ed. São Paulo: Editora
Resultado de
Frase, 2011.
Equivalência (30.000,00) 5.000,00
Patrimonial SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
Contabilidade: noções fundamentais. São Paulo:
Despesa com
Saraiva, 2011.
Depreciação do Depto (20.000,00) (15.000,00)
de Vendas SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
Contabilidade geral: introdução à Contabilidade
Provisão para IRPJ (80.000,00) (65.000,00)
Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
244
Unidade 06
Contabilidade Geral
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AULA 23
Objetivo
• Compreender o que seja o CPC para ser
utilizado na prática contábil.
Contabilidade Geral
246
AULA 23 • CPC: COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
247
Contabilidade Geral
248
AULA 23 • CPC: COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
249
Contabilidade Geral
• elaborar, com o auxílio dos demais membros 2.9.4 São atribuições do Coordenador
do CPC, o Relatório de Atividades de que trata Técnico do CPC:
o Art. 38 e solicitar ao CFC que efetue sua
• convidar, depois de aprovado pelo CPC,
divulgação;
os membros dos Grupos de Trabalho para
• tomar outras providências que lhe venham a
a consecução dos objetivos previstos no
ser solicitadas pelo CPC. regimento, disso informando ao CFC;
• elaborar pauta, convocar e coordenar as
2.9.2 São atribuições do Coordenador
reuniões do CPC;
de Relações Institucionais do CPC: • representar o CPC junto à imprensa nas
• manter os contatos necessários para sugerir matérias técnicas;
junto às entidades reguladoras para aderirem • tomar outras providências que lhe venham a
e aprovarem os procedimentos técnicos ser solicitadas pelo CPC.
recomendados pelo CPC;
2.9.5 São atribuições dos
• coordenar a representação do CPC junto às
Vice-Coordenadores do CPC:
entidades que o compõem, aos governos
federal, estaduais e municipais, em suas • substituir o respectivo Coordenador em
esferas executiva, legislativa e judiciária, às suas ausências ou em seus impedimentos
agências reguladoras, às organizações não temporários;
governamentais, à imprensa em matéria não • revisar as atas das reuniões do CPC, na forma
de rodízio;
técnica e à sociedade civil organizada;
• tomar outras providências que venham a ser
• assinar toda correspondência necessária
solicitadas pelo CPC.
ao relacionamento do CPC com terceiros
nacionais; 2.10 Posição dos
• preparar e/ou revisar os Comunicados e Pronunciamentos,
Boletins do CPC; Interpretações e Orientações
• propor ao CPC a data das eleições e posse Técnicas do Comitê de
para os representantes das entidades que o Pronunciamentos Contábeis
compõem;
• tomar outras providências que lhe venham a Estrutura conceitual para elaboração
CPC 00 e divulgação de relatório contábil-
ser solicitadas pelo CPC.
financeiro
• coordenar a representação do CPC junto aos Efeitos das mudanças nas taxas
CPC 02 (R2) de câmbio e conversão de
organismos internacionais governamentais e
demonstrações contábeis
privados;
• assinar toda correspondência necessária CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa
ao relacionamento do CPC com terceiros
CPC 04 (R1) Ativo Intangível
internacionais;
• acompanhar e reportar todos os assuntos Divulgação sobre partes
CPC 05 (R1)
relacionadas
que estejam sendo discutidos pelas principais
entidades internacionais que regem as regras Operações de arrendamento
CPC 06 (R1)
mercantil
contábeis;
• preparar e/ou revisar Comunicados e Boletins Subvenção e assistência
CPC 07 (R1)
governamentais
do CPC para serem divulgados
250
AULA 23 • CPC: COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
251
Contabilidade Geral
Recebimento em Transferência de
3 RESUMO
ICPC 11
Ativos dos Clientes
Na aula de hoje estudamos o CPC, sua história,
Mudanças em Passivos por desenvolvimento, criação, objetivo, características
ICPC 12 Desativação, Restauração e Outros básicas, documentos emitidos, produtos do CPC,
Passivos Similares
estrutura, coordenadorias e suas atribuições.
Direitos a Participações Decorrentes Em seguida vimos que IFRS em inglês significa
de Fundos de Desativação,
ICPC 13 International Financial Reporting Standards, que,
Restauração e Reabilitação
Ambiental traduzido para nossa linguagem, quer dizer Normas
e Padrões Internacionais de Contabilidade. Está em
Cotas de Cooperados em Entidades
moda usar a sigla IFRS. Ela é pronunciada pelos
ICPC 14 Cooperativas e Instrumentos
Similares principais executivos do Brasil. Isso porque as regras
de práticas contábeis mudaram a partir de janeiro de
Passivos Decorrentes de 2010. Desde então, as normas e padrões contábeis
Participação em um Mercado
ICPC 15
Específico – Resíduos de
brasileiros convergem para as IFRS’s, ou seja, para as
Equipamentos Eletroeletrônicos normas e padrões internacionais de Contabilidade. Se a
regra mudou, a contabilidade muda. O governo federal
Extinção de Passivos Financeiros deu o primeiro passo ao alterar a Lei 6.404/76 pelas
ICPC 16
com Instrumentos Patrimoniais
11.638/07 e 11.941/09, porém o órgão responsável pela
Contratos de Concessão: regulamentação das práticas e princípios contábeis no
ICPC 17
Evidenciação Brasil é o Conselho Federal de Contabilidade – CFC
–, que emite as Normas Brasileiras de Contabilidade –
REVISÕES
NBC –, que, por sua vez, têm força de lei federal. Vimos
252
AULA 23 • CPC: COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
que os CPCs são pronunciamentos emitidos pelo BRASIL. Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que nasceu Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades
pelos esforços de seis destacadas entidades: CFC, por Ações.
IBRACON, Fipecafi, Bovespa, Apimec (Associação dos CHAGAS, Gilson. Contabilidade geral simplificada.
Analistas Profissionais de Investimento do Mercado 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
de Capitais) e a Abrasca (Associação Brasileira das FIPECAFI- Fundação Instituto de Pesquisas
Sociedades Anônimas de Capital Aberto) e representa Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de
a perspectiva de importantes avanços no caminho da Contabilidade Societária: aplicável a todas as
atualização e modernização de normas e preceitos sociedades. IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu;
contábeis. GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS. São Paulo:
Atlas, 2007.
4 ATIVIDADES IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade.
10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
1- O CPF foi idealizado a partir da união de esforços
e comunhão de objetivos de quais entidades? KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória –
2- Quais são as características básicas do CPC?
Livro Texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
3- Como é a estrutura do CPC?
4- Como é o funcionamento do CPC? MACHADO, Itamar Miranda. Contabilidade. São
Paulo: Alínea, 2009.
5- Como é composta a coordenadoria do CPC?
6- Quais são as atribuições do coordenador de opera- MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2.
ções do CPC? ed. São Paulo: Alínea, 2000.
7- Quais são as atribuições do coordenador de rela- NEVES, Silvério das e VICECONT, Paulo Eduardo.
ções internacionais do CPC? Contabilidade Básica. 9. ed. São Paulo: Editora
8- Quais são as atribuições do coordenador técnico Frase, 2011.
do CPC? SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
Contabilidade: noções fundamentais. São Paulo:
REFERÊNCIAS Saraiva, 2011.
BRASIL. Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro de SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Contabilidade geral: introdução à Contabilidade
Consolidada. Publicada em 08.01.2008. Societária. 2. ed. São Paulo. Atlas, 2008.
253
Unidade 06
Contabilidade Geral
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AULA 24
DFC
Objetivo
• Compreender o que seja a DFC.
Contabilidade Geral
256
AULA 24 • DFC
atividades que não são de investimento, tampouco de definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de
financiamento. curto prazo.
Atividades de investimento: são as referentes Empréstimos bancários são geralmente
à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de considerados como atividades de financiamento.
outros investimentos não incluídos nos equivalentes de Entretanto saldos bancários a descoberto, decorrentes
caixa.
de empréstimos obtidos por meio de instrumentos como
Atividades de financiamento: são aquelas que
cheques especiais ou contas correntes garantidas que
resultam em mudanças no tamanho e na composição
são liquidados em curto lapso temporal, compõem
do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.
parte integral da gestão de caixa da entidade. Nessas
Joint venture ou empreendimento conjunto: é
uma associação de empresas, que pode ser definitiva circunstâncias, saldos bancários a descoberto são
ou não, com fins lucrativos, para explorar determinados incluídos como componente de caixa e equivalentes de
negócios, sem que nenhuma delas perca sua caixa. Uma característica desses arranjos oferecidos
personalidade jurídica. Difere da sociedade comercial pelos bancos é que frequentemente os saldos flutuam
e se relaciona a um único projeto cuja associação é de devedor para credor.
dissolvida automaticamente após o seu término. Um Os fluxos de caixa excluem movimentos entre itens
modelo típico de joint venture seria a transação entre que constituem caixa ou equivalentes de caixa porque
o proprietário de um terreno de excelente localização esses componentes são parte da gestão de caixa da
e uma empresa de construção civil, interessada em entidade, e não parte de suas atividades operacionais,
levantar um prédio naquele local. Há várias empresas, de investimento e de financiamento. A gestão de
de diversos setores da economia, que investem nesse
caixa inclui o investimento do excesso de caixa em
tipo de sociedade. As maiores joint ventures no Brasil
equivalentes de caixa.
e no mundo aconteceram nos ramos de tecnologia,
automobilismo e alimentação. No Brasil, um bom 2.5 Apresentação da demonstração
exemplo de joint venture foi a Autolatina; uma união dos fluxos de caixa
das empresas automobilísticas - Volkswagen e Ford -
que perdurou de 1987 até meados de 1996. Integrando A demonstração dos fluxos de caixa deve
as fábricas e operações das duas empresas, a ideia apresentar os fluxos de caixa do período classificados
era compartilhar os custos e potencializar os pontos por atividades operacionais, de investimento e de
fortes de cada uma. financiamento.
A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa
2.4 Caixa e equivalentes de caixa advindos das atividades operacionais, de investimento
Os equivalentes de caixa são mantidos com a e de financiamento da forma que seja mais apropriada
finalidade de atender a compromissos de caixa de curto aos seus negócios. A classificação por atividade
prazo, e não para investimento ou outros propósitos. proporciona informações que permitem aos usuários
Para que um investimento seja qualificado como avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição
equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade financeira da entidade e o montante de seu caixa e
imediata em montante conhecido de caixa e estar
equivalentes de caixa. Essas informações podem ser
sujeito a um insignificante risco de mudança de valor.
usadas também para avaliar a relação entre essas
Portanto um investimento normalmente qualifica-
atividades.
se como equivalente de caixa somente quando tem
Uma única transação pode incluir fluxos de caixa
vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou
menos, a contar da data da aquisição. Os investimentos classificados em mais de uma atividade. Por exemplo,
em instrumentos patrimoniais (de patrimônio líquido) quando o desembolso de caixa para pagamento de
não estão contemplados no conceito de equivalentes empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a
de caixa, a menos que eles sejam substancialmente parte dos juros pode ser classificada como atividade
equivalentes de caixa, como por exemplo, no caso operacional, mas a parte do principal deve ser
de ações preferenciais resgatáveis que tenham prazo classificada como atividade de financiamento.
257
Contabilidade Geral
258
AULA 24 • DFC
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda (b) o método indireto, segundo o qual o lucro
de instrumentos patrimoniais ou instrumentos líquido ou o prejuízo são ajustados pelos
de dívida de outras entidades e participações efeitos de transações que não envolvem
societárias em joint ventures (exceto caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos
aqueles recebimentos referentes aos títulos ou apropriações por competência sobre
considerados como equivalentes de caixa e recebimentos de caixa ou pagamentos em
aqueles mantidos para negociação imediata caixa operacionais passados ou futuros, e
ou futura);
pelos efeitos de itens de receita ou despesa
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos
associados com fluxos de caixa das atividades
a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e
de investimento ou de financiamento.
empréstimos feitos por instituição financeira);
02- Pelo método direto, as informações sobre as
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de
principais classes de recebimentos brutos
adiantamentos ou amortização de empréstimos
concedidos a terceiros (exceto aqueles e de pagamentos brutos podem ser obtidas
adiantamentos e empréstimos de instituição alternativamente:
financeira); (a) dos registros contábeis da entidade; ou
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a (b) pelo ajuste das vendas, dos custos dos
termo, de opção e swap, exceto quando tais produtos, mercadorias ou serviços vendidos
contratos forem mantidos para negociação (no caso de instituições financeiras, pela
imediata ou futura, ou os pagamentos receita de juros e similares e despesa de
forem classificados como atividades de juros e encargos e similares) e outros itens da
financiamento. demonstração do resultado ou do resultado
abrangente referentes a:
2.5.3 Atividades de financiamento
• variações ocorridas no período nos estoques e
A divulgação separada dos fluxos de caixa advin- nas contas operacionais a receber e a pagar;
dos das atividades de financiamento é importante por • outros itens que não envolvem caixa; e
ser útil na predição de exigências de fluxos futuros de • outros itens tratados como fluxos de caixa
caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. advindos das atividades de investimento e de
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades
financiamento.
de financiamento são:
02- De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou
líquido advindo das atividades operacionais é
outros instrumentos patrimoniais;
determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo
(b) pagamentos em caixa a investidores para
quanto aos efeitos de:
adquirir ou resgatar ações da entidade;
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, (a) variações ocorridas no período nos estoques e
empréstimos, notas promissórias, outros títulos nas contas operacionais a receber e a pagar;
de dívida, hipotecas e outros empréstimos de (b) itens que não afetam o caixa, tais como
curto e longo prazos; depreciação, provisões, tributos diferidos,
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; ganhos e perdas cambiais não realizados e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para resultado de equivalência patrimonial quando
redução do passivo relativo a arrendamento aplicável; e
mercantil financeiro. (c) todos os outros itens tratados como fluxos de
caixa advindos das atividades de investimento
2.6 Apresentação dos fluxos e de financiamento.
de caixa das atividades Alternativamente, o fluxo de caixa líquido advindo
operacionais das atividades operacionais pode ser apresentado
01- A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das pelo método indireto, mostrando-se as receitas e as
atividades operacionais, usando alternativamente: despesas divulgadas na demonstração do resultado
(a) o método direto, segundo o qual as principais ou resultado abrangente e as variações ocorridas no
classes de recebimentos brutos e pagamentos período nos estoques e nas contas operacionais a
brutos são divulgadas; ou receber e a pagar.
259
Contabilidade Geral
A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa Os fluxos de caixa que estejam expressos em
líquido das atividades operacionais deve ser fornecida, moeda estrangeira devem ser apresentados de acordo
obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto com o Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos
para apurar o fluxo líquido das atividades operacionais. das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão
A conciliação deve apresentar, separadamente, por de Demonstrações Contábeis. Esse Pronunciamento
categoria, os principais itens a serem conciliados, à Técnico permite o uso de taxa de câmbio que se
semelhança do que deve fazer a entidade que usa o aproxime da taxa de câmbio vigente. Por exemplo, a
método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido taxa de câmbio média ponderada para um período pode
ou prejuízo para apurar o fluxo de caixa líquido das ser utilizada para o registro de transações em moeda
atividades operacionais. estrangeira ou para a conversão dos fluxos de caixa de
controlada no exterior. Entretanto, o Pronunciamento
2.7 Apresentação dos fluxos Técnico CPC 02 não permite o uso de taxa de câmbio
de caixa das atividades de ao término do período de reporte quando da conversão
investimento e de financiamento dos fluxos de caixa de controlada no exterior. Ganhos
e perdas não realizados resultantes de mudanças nas
A entidade deve apresentar separadamente as
taxas de câmbio de moedas estrangeiras não são fluxos
principais classes de recebimentos brutos e pagamentos
de caixa. Todavia o efeito das mudanças nas taxas de
brutos advindos das atividades de investimento e de
câmbio sobre o caixa e equivalentes de caixa, mantidos
financiamento, exceto quando os fluxos de caixa forem
ou devidos em moeda estrangeira, é apresentado na
apresentados em base líquida.
demonstração dos fluxos de caixa, a fim de conciliar
2.8.1 Apresentação dos fluxos de o caixa e equivalentes de caixa no começo e no fim
do período. Esse valor é apresentado separadamente
caixa em base líquida
dos fluxos de caixa das atividades operacionais, de
Os fluxos de caixa advindos das atividades investimento e de financiamento e inclui as diferenças,
operacionais, de investimento e de financiamento se existirem, caso tais fluxos de caixa tivessem sido
podem ser apresentados em base líquida nas situações divulgados às taxas de câmbio do fim do período.
em que houver:
(a) recebimentos de caixa e pagamentos em caixa 2.10 Juros e dividendos
em favor ou em nome de clientes, quando os Os fluxos de caixa referentes a juros, dividendos e
fluxos de caixa refletirem mais as atividades juros sobre o capital próprio recebidos e pagos devem
dos clientes do que as da própria entidade; e ser apresentados separadamente. Cada um deles deve
(b) recebimentos de caixa e pagamentos em caixa ser classificado de maneira consistente, de período a
referentes a itens cujo giro seja rápido, os período, como decorrentes de atividades operacionais,
montantes sejam expressivos e os vencimentos de investimento ou de financiamento. O montante
sejam de curto prazo. total dos juros pagos durante o período é divulgado
na demonstração dos fluxos de caixa, quer tenha
2.9 Fluxos de caixa em moeda
sido reconhecido como despesa na demonstração
estrangeira do resultado, quer tenha sido capitalizado, conforme
Os fluxos de caixa advindos de transações em o Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de
moeda estrangeira devem ser registrados na moeda Empréstimos.
funcional da entidade pela aplicação, ao montante Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os
em moeda estrangeira, das taxas de câmbio entre a juros sobre o capital próprio recebidos são comumente
moeda funcional e a moeda estrangeira observadas classificados como fluxos de caixa operacionais em
na data da ocorrência do fluxo de caixa. Os fluxos de instituições financeiras. Todavia não há consenso sobre
caixa de controlada no exterior devem ser convertidos a classificação desses fluxos de caixa para outras
pela aplicação das taxas de câmbio entre a moeda entidades. Os juros pagos e recebidos e os dividendos
funcional e a moeda estrangeira observadas na data e os juros sobre o capital próprio recebidos podem
da ocorrência dos fluxos de caixa. ser classificados como fluxos de caixa operacionais,
260
AULA 24 • DFC
porque eles entram na determinação do lucro líquido Todavia, quando for praticável identificar o fluxo de
ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os caixa dos impostos com uma determinada transação,
juros, os dividendos e os juros sobre o capital próprio da qual resultem fluxos de caixa que sejam classificados
recebidos podem ser classificados, respectivamente, como atividades de investimento ou de financiamento,
como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa o fluxo de caixa dos impostos deve ser classificado
de investimento, porque são custos de obtenção de como atividade de investimento ou de financiamento,
recursos financeiros ou retornos sobre investimentos. conforme seja apropriado. Quando os fluxos de caixa
Os dividendos e os juros sobre o capital próprio dos impostos forem alocados em mais de uma classe
pagos podem ser classificados como fluxo de caixa de atividade, o montante total dos impostos pagos no
de financiamento porque são custos da obtenção de período também deve ser divulgado.
recursos financeiros. Alternativamente, os dividendos
e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser
2.12 Investimento em controlada,
classificados como componente dos fluxos de caixa das coligada e empreendimento
atividades operacionais, a fim de auxiliar os usuários controlado em conjunto
a determinar a capacidade de a entidade pagar Quando o critério contábil de investimento em
dividendos e juros sobre o capital próprio, utilizando os coligada ou controlada basear-se no método da
fluxos de caixa operacionais. O Pronunciamento CPC equivalência patrimonial ou no método de custo, a
20 encoraja fortemente as entidades a classificarem entidade investidora fica limitada a apresentar, na
os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros demonstração dos fluxos de caixa, os fluxos de caixa
sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa entre a própria entidade investidora e a entidade da
das atividades operacionais, e os dividendos e juros qual participa (por exemplo, coligada ou controlada),
sobre o capital próprio pagos a serem classificados representados, por exemplo, por dividendos e por
como fluxos de caixa das atividades de financiamento. adiantamentos.
A entidade que apresenta seus interesses
2.11 Imposto de renda e (participações societárias, principalmente) em entidade
contribuição social sobre o controlada em conjunto (ver Pronunciamento Técnico
lucro líquido CPC 19 – Investimento em Empreendimento Controlado
Os fluxos de caixa referentes ao Imposto de Renda em Conjunto [Joint Venture]), utilizando a consolidação
(IR) e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido proporcional, deve incluir em sua demonstração
(CSLL) devem ser divulgados separadamente e devem consolidada dos fluxos de caixa sua participação
ser classificados como fluxos de caixa das atividades proporcional nos fluxos de caixa da entidade controlada
operacionais, a menos que possam ser identificados em conjunto. A entidade que apresenta os referidos
especificamente como atividades de financiamento e interesses, utilizando o método da equivalência
de investimento. patrimonial, deve incluir, em sua demonstração dos
Os tributos sobre o lucro (IR e CSLL) resultam fluxos de caixa, os fluxos de caixa referentes a seus
de transações que originam fluxos de caixa que investimentos na entidade controlada em conjunto
são classificados como atividades operacionais, de e as distribuições de lucros e outros pagamentos ou
investimento ou de financiamento na demonstração recebimentos entre a entidade e a entidade controlada
dos fluxos de caixa. Embora a despesa com impostos em conjunto.
possa ser prontamente identificável com as atividades
2.13 Alteração da participação
de investimento ou de financiamento, torna-se,
em controlada e em outros
às vezes, impraticável identificar os respectivos
fluxos de caixa dos impostos, que podem também
negócios
ocorrer em período diferente dos fluxos de caixa da Os fluxos de caixa agregados advindos da obten-
transação subjacente. Portanto os impostos pagos são ção ou da perda de controle de controladas ou outros
comumente classificados como fluxos de caixa das negócios devem ser apresentados separadamente e
atividades operacionais. classificados como atividades de investimento.
261
Contabilidade Geral
A entidade deve divulgar, de modo agregado, com 2.14 Transação que não envolve
relação tanto à obtenção quanto à perda do controle caixa ou equivalentes de caixa
de controladas ou outros negócios durante o período,
cada um dos seguintes itens: Transações de investimento e financiamento que
(a) o montante total pago para obtenção do não envolvem o uso de caixa ou equivalentes de caixa
controle ou o montante total recebido na perda devem ser excluídas da demonstração dos fluxos de
do controle; caixa. Tais transações devem ser divulgadas nas notas
(b) a parcela do montante total de compra paga ou explicativas às demonstrações contábeis, de modo que
de venda recebida em caixa e em equivalentes forneçam todas as informações relevantes sobre essas
de caixa; atividades de investimento e de financiamento.
(c) o montante de caixa e equivalentes de caixa de Muitas atividades de investimento e de
controladas ou de outros negócios sobre o qual financiamento não têm impacto direto sobre os fluxos
o controle foi obtido ou perdido; e de caixa correntes, muito embora afetem a estrutura
(d) o montante dos ativos e passivos, exceto caixa de capital e de ativos da entidade. A exclusão de
e equivalentes de caixa, das controladas e de transações que não envolvem caixa ou equivalentes
outros negócios sobre o qual o controle foi de caixa da demonstração dos fluxos de caixa é
obtido ou perdido, resumido pelas principais consistente com o objetivo da referida demonstração,
classificações. visto que tais itens não envolvem fluxos de caixa no
A apresentação separada dos efeitos dos fluxos período corrente. Exemplos de transações que não
de caixa resultantes da obtenção ou da perda de envolvem caixa ou equivalente de caixa são:
controle de controladas ou de outros negócios, em (a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção
linhas específicas da demonstração, juntamente direta do passivo respectivo, quer seja por
com a apresentação separada dos montantes dos meio de arrendamento financeiro;
ativos e passivos adquiridos ou alienados, possibilita (b) a aquisição de entidade por meio de emissão
a distinção desses fluxos de caixa dos fluxos de de instrumentos patrimoniais;
caixa advindos de outras atividades operacionais, de (c) a conversão de dívida em instrumentos
investimento e de financiamento. Os efeitos dos fluxos patrimoniais.
de caixa decorrentes da perda de controle não devem
ser deduzidos dos efeitos decorrentes da obtenção do 2.15 Componentes de caixa e
controle. equivalentes de caixa
O montante agregado de caixa pago ou recebido
A entidade deve divulgar os componentes de
em contrapartida à obtenção ou à perda do controle
de controladas ou de outros negócios deve ser caixa e equivalentes de caixa e deve apresentar uma
apresentado na demonstração dos fluxos de caixa, conciliação dos montantes em sua demonstração dos
líquido do saldo de caixa ou equivalentes de caixa fluxos de caixa com os respectivos itens apresentados
adquirido ou alienado como parte dessas transações, no balanço patrimonial.
eventos ou mudanças de circunstâncias. Por causa da variedade de práticas de gestão de
Os fluxos de caixa advindos de mudanças no caixa e de produtos bancários ao redor do mundo, e
percentual de participação em controlada, que não com vistas a atentar para o Pronunciamento Técnico
resultem na perda do controle, devem ser classificados CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis
como fluxos de caixa das atividades de financiamento. –, a entidade deve divulgar a política que adota na
As mudanças no percentual de participação em determinação da composição do caixa e equivalentes
controlada que não resultem na perda de controle, de caixa.
tais como compras ou vendas subsequentes de O efeito de qualquer mudança na política para
instrumentos patrimoniais da controlada pela determinar os componentes de caixa e equivalentes de
controladora, devem ser tratadas contabilmente como caixa, como por exemplo, a mudança na classificação
transações de capital (ver Pronunciamentos Técnicos dos instrumentos financeiros previamente considerados
CPC 35 – Demonstrações Separadas – e CPC 36 – como parte da carteira de investimentos da entidade,
Demonstrações Consolidadas). deve ser apresentado de acordo com o Pronunciamento
262
AULA 24 • DFC
263
Contabilidade Geral
264
AULA 24 • DFC
KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de; NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória – Contabilidade básica. 9. ed. São Paulo: Editora
Livro Texto. 11. São Paulo: Atlas, 2010. Frase, 2011.
SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
MACHADO, Itamar Miranda. Contabilidade. São Contabilidade: Noções Fundamentais. São Paulo:
Paulo: Alínea, 2009. Saraiva, 2011.
SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2. Contabilidade geral: introdução à Contabilidade
ed. São Paulo: Alínea, 2000. Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
265
Unidade 06
Contabilidade Geral
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AULA 25
DFC - EXERCÍCIOS
Objetivo
• Compreender mais detalhadamente, por
meio de exercícios, o funcionamento da
DFC.
Contabilidade Geral
268
AULA 25 • DFC - EXERCÍCIOS
arrendamento mercantil.
269
Contabilidade Geral
Fluxos de caixa das atividades de investimento Aumento nas contas a receber de clientes
(500,00)
e outros
Aquisição da controlada X, líquido do caixa
(550,00) Diminuição nos estoques 1.050,00
obtido na aquisição
Compra de ativo imobilizado (350,00) Diminuição nas contas a pagar – fornecedores (1.740,00)
Recebimento pela venda de equipamento 20,00 Caixa gerado pelas operações 2.550,00
Recebimento pela emissão de ações 250,00 Caixa líquido gerado pelas atividades
1.380,00
operacionais
Recebimento por empréstimo a longo prazo 250,00
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamento de passivo por arrendamento (90,00)
Aquisição da controlada X, líquido do caixa
Dividendos pagos (1.200,00) (550,00)
obtido na aquisição
Caixa líquido consumido pelas atividades de
(790,00) Compra de ativo imobilizado (350,00)
financiamento
Demonstração dos fluxos de caixa pelo método Pagamento de passivo por arrendamento (90,00)
indireto
Dividendos pagos (1.200,00)
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Caixa líquido consumido pelas atividades
Lucro líquido antes do IR e CSLL 3.350,00 (790,00)
de financiamento
Ajustes por:
Aumento líquido de caixa e equivalentes
110,00
Depreciação 450,00 de caixa
270
AULA 25 • DFC - EXERCÍCIOS
Notas explicativas sobre a demonstração dos O Grupo tem linhas de crédito disponíveis para
fluxos de caixa - (métodos direto e indireto) utilização no valor de R$ 2.000,00, dos quais R$ 700,00
poderão ser utilizados somente para expansão futura.
a) Obtenção do Controle de Investida
d) Informação por segmento
Durante o período, o Grupo obteve o controle da
Segmento Segmento
controlada X. Os valores justos dos ativos adquiridos TOTAL
A B
e dos passivos assumidos são apresentados a seguir,
Fluxos de
em R$: 1.520,00 (140,00) 1.380,80
caixa de:
Caixa 40,00 Atividades
(640,00) 160,00 (480,00)
Estoques 100,00 Operacionais
271
Contabilidade Geral
3 - A Cia. Ramon Sanches tem os seguintes saldos de 5- Os Fluxos dos Caixas podem ser elaborados pelos
Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras e Duplica- métodos
tas a Receber de Clientes: a) descontado e direto.
b) de geração líquida e descontado.
Caixa = R$ 10.000,00 c) indireto e descontado.
Banco Conta Corrente = R$ 380.000,00 d) corrente e de geração líquida.
Poupança = R$ 46.000,00 e) direto e indireto.
CDB (30 dias de carência) = R$ 654.000,00 6- A composição da diferença entre o Lucro Contábil
Fundo de Capitalização (2 anos de carência) = R$ com o Fluxo de Caixa Operacional Líquido é
2.000,00 evidenciada
Duplicatas a Receber de Clientes (vencimento em a) na DOAR.
7 dias) = R$ 258.000,00 b) no Fluxo de Caixa Indireto.
Duplicatas a Receber de Clientes (vencimento em c) na Demonstração de Resultados.
30 dias) = R$ 500.000,00 d) no fluxo gerado por Investimentos.
Duplicatas a Receber de Clientes (vencimento em e) na composição dos financiamentos de Caixa.
60 dias) = R$ 350.000,00 7- O valor de resgate referente a aplicações
financeiras de longo prazo é classificado no Fluxo
Determine o saldo de “Caixa e Equivalente a de Caixa como item
Caixa”, para efeito da Demonstração dos Fluxos a) de Empreendimentos.
de Caixa (DFC) e marque a alternativa que contém b) de Financiamentos.
a resposta correta. c) de Operações.
(a) R$ 390.000,00 d) de Amortizações.
(b) R$ 1.090.000,00 e) de Investimentos.
(c) R$ 1.092.000,00 8- Das assertivas a seguir, indique aquela que é
(d) R$ 1.350.000,00 formada por fatores que provocam movimentações
(e) R$ 2.200.000,00 do caixa geradas pelas atividades de investimentos.
4- Da Demonstração dos Fluxos de Caixa elaborada a) Contratação de financiamentos de longo
prazo e aumento de capital com utilização de
pela Cia. Ana Santos Sanches, relativa ao exercício
reservas.
findo em 31-12-2011, foram extraídas as seguintes
b) Acréscimos de capital por subscrição firme
informações:
de ações ordinárias e reversão de reserva
I. O valor do Disponível da Cia. Ana Santos
contingencial.
Sanches aumentou R$ 186.500,00 entre 31-
c) Reversão de provisão para devedores
12-2010 e 31-12-2011.
duvidosos e alienação de imobilizado
II. Houve uma saída líquida de caixa e equivalente
operacional.
de caixa das atividades de investimento no
d) Alienação de imobilizado e aquisições de
valor de R$ 54.680,00.
controle acionário de outras companhias.
III. O fluxo de caixa das atividades de financiamento e) Aumento de capital com utilização de saldo de
registrou uma entrada líquida de R$ 38.640,00. reservas de lucro e aquisição de investimentos
À vista dessas informações, conclui-se que, no permanentes.
exercício de 2011, houve uma entrada líquida de 9- Na elaboração do Fluxo dos Caixas são considera-
caixa das atividades operacionais em reais no valor das atividades de financiamento:
de a) recebimentos por emissão de debêntures,
(a) 170.360,00. pagamentos de dividendos distribuídos no
(b) 170.460,00. período e empréstimos obtidos.
(c) 182.500,00. b) pagamentos pela aquisição de títulos patrimo-
(d) 202.540,00. niais de outras empresas, empréstimos obtidos
(e) 208.520,00. no mercado e pagamentos a fornecedores.
272
AULA 25 • DFC - EXERCÍCIOS
273
Contabilidade Geral
274
AULA 25 • DFC - EXERCÍCIOS
17- O valor pago pelas compras no ano de 2012 foi Balanço Patrimonial dos Exercícios 2011 e 2012
a) 1.300.000.
Contas do Ativo 2011 2012
b) 1.200.000.
Disponibilidades 8.000,00 6.000,00
c) 1.191.000.
d) 1.101.000. Clientes 12.000,00 22.500,00
275
Contabilidade Geral
276
AULA 25 • DFC - EXERCÍCIOS
BRASIL. Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009. KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória –
por Ações. Livro Texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
CHAGAS, Gilson. Contabilidade geral simplificada. MACHADO, Itamar Miranda. Contabilidade. São
2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. Paulo: Alínea, 2009.
MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. 2.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS.
ed. São Paulo: Alínea, 2000.
CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de
Caixa. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/ NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo.
pronunciamentosIndex.php> Acesso em: 31 jan. Contabilidade básica. 9. ed. São Paulo: Editora
Frase, 2011.
2013a.
SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
FERREIRA, Ricardo J. Coleção de provas Contabilidade: noções fundamentais. São Paulo:
comentadas ESAF. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Saraiva, 2011.
Ferreira, 2002.
SZUSTER, Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. Contabilidade geral: introdução à Contabilidade
10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
277
Unidade 06
Contabilidade Geral
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AULA 26
Objetivo
• Entender o que são Demonstração do
Valor Adicionado, Notas Explicativas e
Pareceres.
Contabilidade Geral
1 INTRODUÇÃO 2 DVA
Caro aluno, na aula de hoje estudaremos uma A Demonstração de Valor Adicionado surgiu
importante demonstração, a Demonstração do Valor na Europa por influência da França e da Alemanha
Adicionado – DVA –. Além dela, estudaremos algumas Ocidental, e a Lei 11.638/07 fixou como obrigatória a
peças que devem ser elaboradas para acompanhar sua publicação. Está voltada para mostrar os fluxos
a publicação das demonstrações contábeis, tais de valores adicionados aos insumos que adquire. Os
como: Notas Explicativas, Relatório da Administração, objetivos das duas demonstrações (DRE e DVA) são
Relatório dos Auditores Independentes e o Parecer do diferentes. A primeira procura verificar no final qual
parte da riqueza criada é da empresa na forma de lucro
Conselho Fiscal.
líquido; a segunda procura mostrar o total da riqueza
Anualmente, nos quatro primeiros meses seguintes
criada pela empresa e toda sua distribuição. A seguir
ao término social, deverá haver uma assembleia geral
são exemplificados os conceitos de cadeia produtiva
para: tomar as contas dos administradores, examinar,
e a consequente formação do PIB de um determinado
discutir e votar as demonstrações financeiras; deliberar
setor, conforme explica Gomes (2001).
sobre a destinação dos lucros líquidos do exercício e a
A título de exemplo, considere um determinado país
distribuição de dividendos; eleger os administradores que tenha somente o setor coureiro como alternativa
e os membros do Conselho Fiscal, quando for o caso. econômica. A cadeia produtiva é composta da pecuária
Os administradores devem comunicar, até um mês de corte (criação de bois para abate), dos curtumes
antes da data marcada para a realização da Assembleia que trabalham o couro e, finalmente, pelas indústrias
Geral Ordinária, por anúncios publicados na forma que confeccionam bolsas, sapatos, casacos e cintos
prevista no art. 124, que se acham à disposição dos de couro. Assim, há três etapas muito bem definidas,
acionistas: o relatório da administração sobre os conforme o esquema a seguir:
negócios sociais e os principais fatos administrativos do 1ª Etapa: Pecuária - venda de couro in natura para
exercício findo; a cópia das demonstrações financeiras; os curtumes por R$ 50.000,00.
o parecer do conselho fiscal, inclusive votos dissidentes, 2ª Etapa: Curtume - venda de couro trabalhado
se houver; o parecer dos auditores independentes, se para as indústrias por R$ 80.000,00.
houver; e demais documentos pertinentes a assuntos 3ª Etapa: Indústria - venda de produtos de couro
incluídos na ordem do dia. para consumidores finais por R$ 120.000,00.
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Caso o interesse fosse calcular o produto nacional,
talvez a resposta imediata fosse R$ 250.000,00 (R$
passou a ser exigida pela legislação brasileira, artigo
50.000,00 + R$ 80.000,00 + R$ 120.000,00). A Tab.
Lei 6.404/76 alterado pela Lei 11.638/07. Entretanto,
1 exibe o verdadeiro valor adicionado, que foi de
como sua importância está ligada à realidade social da
R$ 120.000,00 (R$ 50.000,00 + R$ 30.000,00 + R$
empresa, ao bem-estar da sociedade e à imagem que
40.000,00).
ela apresenta para seus clientes, fornecedores e outros
interessados externos, muitas instituições já a têm Tabela 1 - Demonstração do Valor Adicionado
adotado. Ela está implicitamente contida no Balanço Receita Custo da Valor
Etapas
Social, que muito provavelmente será obrigatório, Gerada Produção Adicionado
pois é peça fundamental para informações sociais, Pecuária 50.000,00 50.000,00
ambientais e econômicas para a sociedade. Em muitos Curtume 80.000,00 50.000,00 30.0000,00
Indústria 120.000,00 80.000,00 40.000,00
países da Europa, como Portugal, Espanha, Inglaterra,
Soma 120.000,00
Alemanha, Bélica, Holanda e Suécia, esse relatório já Fonte: Elaborada pelo autor.
é obrigatório. Sua função é divulgar e identificar o valor oTal como diz o ditado popular, de acordo com o
da riqueza gerada pela empresa, e apresentar como qual “do boi se aproveita tudo, até mesmo o berro”, o
essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores exemplo nos mostra que o couro é o mesmo desde o
que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua pecuarista até a indústria. Como se pode observar na
geração. Tab.1, o produto nacional desse “país imaginário” seria
280
AULA 26 • DVA, NOTAS EXPLICATIVAS E PARECERES
jargão capitalista, como um prêmio pago pelo mercado 1.2 Provisão para devedores duvidosos –
Reversão/Constituição
à empresa pelo esforço de transformação, inovação,
1.3 Não Operacionais
comercialização e tributação. O que a empresa fará
2- INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
com a renda é outro ponto de vital importância para (inclui ICMS e IPI)
a compreensão do fenômeno econômico, denominado 2.1 Matérias-primas consumidas
valor adicionado. Exemplo: uma empresa apresenta os 2.2 Custo das mercadorias e serviços
seguintes valores: vendidos
2.3 Materiais, energia, serviços de terceiros
Vendas Brutas R$ e outros
Vendas Brutas 100.000,00 2.4 Perda / Recuperação de valores ativos
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
(-) Impostos sobre Vendas 20.000,00
4 - RETENÇÕES
(-) CMV 50.000,00
4.1 Depreciação, amortização e exaustão
(-) Salários e Encargos 10.500,00 5- VALOR ADICIONADO LÍQUIDO
PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
(-) Comissão 10.000,00
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM
O valor adicionado pela empresa foi a diferença da TRANSFERÊNCIA
sua venda bruta em relação ao custo das mercadorias 6.1 Resultado de equivalência patrimonial
que adquiriu de seus fornecedores. 6.2 Receitas financeiras
7- VALOR ADICIONADO TOTAL A
2.1 Modelo de DVA DISTRIBUIR (5+6)
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO ADICIONADO *
8.1 Pessoal e encargos
I - GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO R$
Receitas: Operacional Líquida e Não 8.2 Impostos, taxas e contribuições
Operacional 8.3 Juros e aluguéis
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas
Serviços de Terceiros 8.4 Juros sobre capital próprio e dividendos
Despesas (energia, comunicação) 8.5 Lucros retidos / prejuízo do exercício
VALOR ADICIONADO BRUTO
( - ) Depreciação e Amortizações * O total do item 8 deve ser exatamente igual
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO ao item 7
( + ) Recebimento de Terceiros (Receita
Financeira) 2.2 Instruções para preenchimento
= VALOR ADICIONADO
Como as informações extraídas são da contabili-
II – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR
ADICIONADO dade, deverão ter como base o Princípio Contábil do
Remuneração do Trabalho Regime de Competência de exercícios.
Governo (tributos)
Juros e Aluguéis 2.2.1 Receitas (soma dos itens
Dividendos e Lucros
seguintes)
Caro aluno, observe agora o modelo seguinte, a) Vendas de mercadorias, produtos e serviços:
elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas inclui os valores do ICMS e IPI incidentes
Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP, sugerido sobre essas receitas, ou seja, correspondem à
pela CVM. receita bruta ou faturamento bruto.
281
Contabilidade Geral
b) Provisão para devedores duvidosos - Reversão/ b) Receitas financeiras (incluir todas as receitas
Constituição: inclui os valores relativos à financeiras independentemente de sua
constituição/baixa de provisão para devedores origem).
duvidosos.
c) Não Operacionais - incluem valores conside- 2.8 Valor Adicionado Total a
rados fora das atividades principais da Distribuir (soma dos itens 2.6 e
empresa, tais como: ganhos ou perdas na 2.7)
baixa de investimentos etc.
2.9 Distribuição do Valor
2.2.2 Insumos Adquiridos de
Adicionado (soma dos itens
Terceiros (soma dos itens seguintes)
seguintes)
a) Matérias-primas consumidas (incluídas no
a) Pessoa e encargos: nesse item deverão
custo do produto vendido).
ser incluídos os encargos com férias, 13º
b) Custo das mercadorias e serviços vendidos
salário, FGTS, alimentação, transporte etc.,
(não inclui gastos com pessoal próprio).
apropriados ao custo do produto ou resultado
c) Materiais, energia, serviço de terceiros e
do período (não incluir encargos com o INSS –
outros (inclui valores relativos às aquisições e
veja o tratamento a ser dado no item seguinte).
pagamentos a terceiros).
b) Impostos, taxas e contribuições: além das
Nos valores dos custos dos produtos e
contribuições devidas ao INSS, imposto de
mercadorias vendidas, materiais, serviços,
renda, contribuição social, todos os demais
energia etc., consumidos, deverão ser
impostos, taxas e contribuições deverão ser
considerados os impostos (ICMS e IPI) incluídos
incluídos neste item. Os valores relativos ao
no momento das compras, recuperáveis ou não.
ICMS e IPI deverão ser considerados como
d) Perda/recuperação de valores do ativos:
inclui valores relativos a valor de mercado de os valores devidos ou já reconhecidos aos
estoques e investimentos etc. (se no período o cofres públicos, representando a diferença
valor líquido for positivo deverá ser somado). entre os impostos incidentes sobre as vendas
e os valores considerados dentro do item 2 –
2.4 Valor Adicionado Bruto Insumos adquiridos de terceiros.
(diferença entre itens 2.2.1 e 2.2.2) c) Juros e aluguéis: devem ser consideradas
as despesas financeiras e as de juros
2.5 Retenções relativas a quaisquer tipos de empréstimos e
Depreciação, amortização e exaustão: deverá financiamentos junto a instituições financeiras,
incluir a despesa contabilizada no período. empresas do grupo ou outras e os aluguéis
(incluindo-se as despesas com leasing) pagos
2.6 Valor Adicionado líquido ou creditados a terceiros.
produzido pela entidade d) Juros sem capital próprio e dividendos: incluem
(diferença entre os itens 2.4 e 2.5) os valores pagos ou creditados aos acionistas.
Os juros sobre o capital próprio contabilizados
2.7 Valor Adicionado recebido
como reserva deverão constar do item “lucros
em transferência (soma dos
retidos”.
itens seguintes) e) Lucros retidos/prejuízo do exercício: devem ser
a) Resultado de equivalência patrimonial (inclui os incluídos os lucros do período destinados às
valores recebidos como dividendos relativos a reservas de lucros e eventuais parcelas ainda
investimentos avaliados ao custo). O resultado sem destinação específica.
da equivalência poderá representar receita ou Devem ser incluídos os lucros do período
despesa; se despesa, deverá ser informado destinados às reservas de lucros e eventuais parcelas
entre parênteses. ainda sem destinação específica.
282
AULA 26 • DVA, NOTAS EXPLICATIVAS E PARECERES
DVA DA CIA ALAN SANCHES BP- Balanço Patrimonial da Cia. Ana Santos em
31/12/2011
1- Receita bruta na venda de
870.000,00 ATIVO PASSIVO
mercadorias
1.1) Vendas de mercadorias, AC – ATIVO CIRCULANTE PC – PASSIVO
875.000,00
produtos e serviços CIRCULANTE
Caixa......................32.000,00
1.2) Provisão para devedores
PNC - PASSIVO NÃO
duvidosos – Reversão (5000,00)
ANC - ATIVO NÃO CIRCULANTE
(constituição)
CIRCULANTE
1.3) Não operacionais - PL – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
283
Contabilidade Geral
284
AULA 26 • DVA, NOTAS EXPLICATIVAS E PARECERES
285
Contabilidade Geral
instalado a pedido de acionistas. O Conselho Fiscal • opinar sobre o relatório anual da administração,
será composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, fazendo constar do seu parecer as informações
5 (cinco) membros, e suplentes em igual número, complementares que julgar necessárias ou
acionistas ou não, eleitos pela assembleia geral. O úteis à deliberação da assembleia geral.
Conselho Fiscal, quando o funcionamento não for • opinar sobre as propostas dos órgãos
permanente, será instalado pela assembleia geral a da administração a serem submetidas à
pedido dos acionistas que representem, no mínimo, assembleia geral, relativas à modificação
0,1 (um décimo) das ações com direito a voto, ou 5% do capital social, emissão de debêntures ou
(cinco por cento) das ações sem direito a voto, e cada bônus de subscrição, planos de investimentos
período de seu funcionamento terminará na primeira ou orçamentos de capital, distribuição de
assembleia geral ordinária após a sua instalação. O dividendo, transformação, incorporação, fusão
pedido de funcionamento do Conselho Fiscal, ainda ou cisão;
que a matéria não conste do anúncio de convocação, • denunciar aos órgãos da administração
poderá ser formulado em qualquer assembleia geral, e, se estes não tomarem as providências
que elegerá seus membros. necessárias para a proteção dos interesses
Na constituição do Conselho Fiscal serão da companhia, à assembleia geral, os erros,
observadas as seguintes normas: fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir
• Os titulares de ações preferenciais sem direito providências úteis à companhia;
a voto ou com voto restrito terão direito de • convocar a assembleia geral ordinária, se
eleger, em votação em separado, 1 (um) os órgãos da administração retardarem por
membro e respectivo suplente; igual direito mais de 1 (um) mês essa convocação, e a
terão os acionistas minoritários, desde que extraordinária, sempre que ocorrerem motivos
representem, em conjunto, 10% (dez por graves ou urgentes, incluindo-a na agenda das
cento) ou mais das ações com direito voto. assembleias úteis à companhia;
• Os membros do conselho fiscal e seus • analisar, ao menos trimestralmente, o
suplentes exercerão seu cargos até a primeira balancete e demais demonstrações financeiras
assembleia geral ordinária que se realizar após elaboradas periodicamente pela companhia;
a sua eleição e poderão ser reeleitos: • examinar as demonstrações financeiras do
• A função do membro do Conselho Fiscal é exercício social e sobre ela opinar;
indelegável. • exercer essas atribuições durante a liquidação,
Somente podem ser eleitos para o Conselho Fiscal tendo em vista as disposições especiais que a
pessoas naturais, residentes no país, diplomados em regulam.
curso de nível universitário, ou que tenham exercido por Os órgão de administração são obrigados, através
prazo mínimo de 3 (três) anos cargo de administrador de comunicação por escrito, a colocar à disposição
de empresa ou de conselho fiscal. dos membros em exercício do Conselho Fiscal, dentro
A remuneração dos membros do Conselho de 10 (dez) dias, cópias das atas de suas reuniões e,
Fiscal, além do reembolso obrigatório das despesas dentro de 15 (quinze) dia, do seu recebimento, cópias
de locomoção e estada necessárias ao desempenho dos balancetes e demais demonstrações financeiras
da função, será fixada pela assembleia geral que os elaboradas periodicamente e, quando houver, dos
eleger, e não poderá ser inferior, para cada membro relatórios de execução dos orçamentos. O Conselho
em exercício, a dez por cento da que, em média, for Fiscal, a pedido de qualquer dos seus membros,
atribuída a cada diretor, não computados benefícios, solicitará aos órgãos de administração esclarecimentos
verbas de representação e participação nos lucros. ou informações, assim como a elaboração de
demonstrações financeiras ou contábeis especiais.
4.2.1 Compete ao Conselho Fiscal Os membros do Conselho Fiscal assistirão às
• fiscalizar os atos dos administradores e reuniões do conselho de administração, se houver, ou
verificar o cumprimento dos seus deveres da diretoria, em que se deliberar sobre os assuntos
legais e estatutários; sobre os quais devam opinar. Se a companhia tiver
286
AULA 26 • DVA, NOTAS EXPLICATIVAS E PARECERES
auditores independentes, o Conselho Fiscal, a pedido indicadas. Ele tem a finalidade de informar ao seu(s)
de qualquer de seus membros, poderá solicitar-lhes usurário(s) o seguinte:
esclarecimentos ou informações e a apuração de fatos 1) o trabalho realizado;
específicos. 2) a extensão abrangida pelo trabalho;
Se a companhia não tiver auditores independentes, 3) a forma de sua realização;
o Conselho Fiscal poderá, para melhor desempenho 4) os fatos relevantes observados;
das suas funções, escolher contador ou firma de 5) as conclusões a que chegam.
auditoria e fixar-lhes os honorários, dentro de níveis Esse parecer de auditoria compõe-se, basicamente,
razoáveis, vigentes na praça e compatíveis com a de três parágrafos:
dimensão econômica da companhia, os quais serão 1) O referente à identificação das demonstrações
pagos pela instituição. contábeis e à definição das responsabilidades
O Conselho Fiscal deverá fornecer ao acionista, da administração e dos auditores.
ou grupo de acionistas que representam no mínimo 2) O relativo à extensão dos trabalhos.
5% (cinco por cento) do capital social, sempre que 3) O que expressa a opinião sobre as
solicitadas, informações sobre matérias de sua demonstrações contábeis.
competência. O parecer deve identificar as demonstrações
As atribuições e poderes conferidos pela lei ao contábeis sobre as quais o auditor está expressando
Conselho Fiscal não podem ser outorgados a outro sua opinião, indicando o nome da entidade, as datas e
órgão da companhia. Os membros do Conselho períodos a que correspondem.
Fiscal, ou ao menos um deles, deverão comparecer Ele é de exclusiva responsabilidade do auditor,
às reuniões da assembleia geral e responder aos diferentemente das demonstrações contábeis, que são
pedidos de informações formulados pelos acionistas. da administração para quem a informação deve ser
Os pareceres e representações do Conselho Fiscal evidenciada no início do parecer.
poderão ser apresentados e lidos na assembleia geral, Na parte relativa à extensão dos trabalhos, o
independentemente de publicação e ainda que a auditor declara se o exame foi efetuado de acordo com
matéria não conste na ordem do dia. as Normas Brasileiras de Auditoria em vigor (NBC T
Os membros do Conselho Fiscal têm os mesmos 11), fazendo uma descrição dos principais trabalhos
deveres dos administradores. Esses deveres são executados. No parágrafo de opinião, o auditor
tratados nos artigos 153 a 156. Esses membros expressa se as demonstrações contábeis representam
respondem também pelos danos resultantes de adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a
omissão no cumprimento de seus deveres e de atos posição patrimonial e financeira da entidade auditada,
praticados com culpa ou dolo, ou com a violação da lei de acordo com as práticas contábeis adotadas no
ou do estatuto. Brasil.
O membro do Conselho Fiscal não é responsável O Parecer dos Auditores Independentes classifica-
pelos atos ilícitos de outros membros, salvo se com se em: parecer sem ressalva, parecer com ressalva,
eles for conivente, ou se concorrer para a prática do parecer adverso e parecer com abstenção de opinião.
ato. A responsabilidade dos membros do Conselho O parecer sem ressalva é emitido quando o
Fiscal por omissão no cumprimento de seus deveres é auditor conclui, sobre todos os aspectos relevantes,
solidária, mas dela se exime o membro dissidente que que as demonstrações contábeis foram preparadas
fizer consignar sua divergência em ata da reunião do de acordo com os Princípios de Contabilidade e as
órgão e a comunicar aos órgãos da administração e à Norma de Contabilidade; que a apropriada divulgação
assembleia geral. de todos os assuntos relevantes às demonstrações
contábeis foi feita.
4.3 Auditoria Independente O parecer com ressalva é emitido quando o
O Parecer dos Auditores Independentes, ou Parecer auditor conclui que o efeito de qualquer discordância
do Auditor Independente, é o documento mediante o ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal
qual o auditor expressa sua opinião, de forma clara magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção
e objetiva, sobre as demonstrações contábeis nele de opinião.
287
Contabilidade Geral
288
AULA 26 • DVA, NOTAS EXPLICATIVAS E PARECERES
289
Unidade 07
Contabilidade Geral
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
AULA 27
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Objetivo
• Resolver uma série de exercícios práticos
para fixação dos conteúdos teóricos
estudados nas aulas anteriores.
Contabilidade Geral
292
AULA 27 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
293
Contabilidade Geral
294
AULA 27 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
295
Contabilidade Geral
296
AULA 27 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
297
Contabilidade Geral
b) A empresa Paulo André Sanches apresentava, Qual é o valor do total do Ativo Imobilizado, de
em 02/01/2012, um estoque de mercadorias acordo com a Lei 6.404/76?
no valor de R$ 390.000,00. No dia 06/01/2012 ________________________________________
efetuou uma compra no valor de R$ 416.000,00. _______________________
Em 31/01/2012 foi constatado que havia em e) A empresa Quelly Sanches apresentava em
seu estoque R$ 172.000,00 em mercadorias. 02/01/2012 um estoque de mercadoria no valor
Suas vendas foram da seguinte forma: a prazo de R$ 390.000,00. No dia 06/01/2012 efetuou
no valor de R$ 780.000 e à vista no valor de R$ uma compra no valor de R$ 416.000,00. Em
216.000. Calcule o valor do Lucro Bruto. 31/01/2012 foi verificado que havia em seu
c) O Balancete de Verificação da empresa Paulo estoque R$ 172.000,00 em mercadoria. Suas
César Baruck apresentava os seguintes saldos vendas foram da seguinte forma: a prazo no
em 31/12/2012: valor de $ 780.000 e à vista no valor de R$
CONTAS SALDOS 216.000. Com esses dados, calcule o valor do
Caixa 110.000,00 custo das mercadorias vendidas.
Banco 210.000,00 ________________________________________
Contas a Receber 90.000,00 _______________________
Adiantamento a Fornecedor 22.000,00
Reserva Legal 6.000,00 REFERÊNCIAS
Máquinas e Equipamentos 200.000,00 BAPTISTA, Antônio Eustáquio; GONÇALVES,
Salários a Pagar 112.000,00 Eugenio Celso. Contabilidade geral. 7. ed. São
Veículos 70.000,00 Paulo: Atlas, 2011.
Dividendos a Pagar 17.000,00 BRASIL. Lei nº 11.638/07, de 28 de dezembro de
Depreciação Acumulada 46.000,00 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76,
Impostos a Pagar 213.000,00 de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de
7 de dezembro de 1976 e estende às sociedades
Capital Social 600.000,00
de grande porte disposições relativas à elaboração
Adiantamento de Cliente 32.000,00 e divulgação de demonstrações financeiras.
Qual é o valor do total do Ativo? Publicada na DOU de 28.12.2007 – Edição Extra.
________________________________________ BRASIL. Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro de
_______________________ 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
d) O Balancete de Verificação da empresa Queila Consolidada. Publicada em 08.01.2008.
Martins Sanches apresentava os seguintes BRASIL. Lei nº 11.941/09, de 27 de maio de 2009.
saldos em 31/12/2012. Dispõe sobre alterações na Lei das Sociedades
CONTAS SALDOS por Ações.
Caixa 110.000,00 IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE,
Banco 210.000,00 Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. Manual
Contas a Receber 90.000,00 de Contabilidade Societária: aplicável a todas as
sociedades de acordo com as normas internacionais
Adiantamento a Fornecedor 22.000,00
e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010.
Reserva Legal 6.000,00
IOB. Guia de Contabilidade on line.
Máquinas e Equipamentos 200.000,00
Salários a Pagar 112.000,00 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade.
10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Veículos 70.000,00
Dividendos a Pagar 17.000,00 KANITZ, Stephen Charles; IUDÍCIBUS, Sérgio de;
MARTINS, Eliseu. Contabilidade introdutória –
Depreciação Acumulada 46.000,00
Livro Texto. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Impostos a Pagar 213.000,00
NEVES, Silvério das; VICECONT, Paulo Eduardo.
Capital Social 600.000,00
Contabilidade básica. 9. ed. São Paulo: Editora
Adiantamento de Cliente 32.000,00 Frase, 2011.
298
AULA 27 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
OLIVEIRA, Justino. Introdução à Contabilidade RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil.
para concursos públicos. Rio de Janeiro: Editora 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
Método, 2010.
SANTOS, Roberto Fernandes. Introdução à
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 7. Contabilidade: noções fundamentais. São Paulo:
ed. São Paulo: Saraiva, 2010. Saraiva, 2011.
299
Unidade 07
Contabilidade Geral
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
AULA 28
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Objetivo
• Desenvolver através de exercícios as
competências relativas ao domínio dos
conhecimentos na disciplina.
Contabilidade Geral
302
AULA 28 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
303
Contabilidade Geral
304
AULA 28 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
305
Contabilidade Geral
306
AULA 28 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
307
Contabilidade Geral
308
AULA 28 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
309
Contabilidade Geral
310
AULA 28 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
311
Unidade 07
Contabilidade Geral
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
AULA 29
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Objetivo
• Desenvolver habilidades práticas de uso
dos conhecimentos da disciplina.
Contabilidade Geral
314
AULA 29 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
315
Contabilidade Geral
316
AULA 29 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Aplicação Outras
600 500 6.000 6.600
Financeira Exigibilidades
Financiamento
Clientes 20.100 19.100 28.100 34.200
Longo Prazo
317
Contabilidade Geral
318
AULA 29 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
319
Contabilidade Geral
320
AULA 29 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
321
Contabilidade Geral
a. ( ) 251,00 REFERÊNCIAS
b. ( ) 261,00
c. ( ) 187,00 BAPTISTA, Antônio Eustáquio; GONÇALVES,
d. ( ) 190,00 Eugenio Celso. Contabilidade geral. 7. ed. São
8) Qual o lucro líquido da Cia Ozeias Reis Paulo: Atlas, 2011.
Sanches, considerando os dados seguintes?
CHAGAS, Gilson. Contabilidade geral simplificada.
Receita Bruta de Vendas 1.022,00 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
Despesas com Vendas 122,00 IUDÍCIBUS, Sérgio; MARTINS, Eliseu; GELBCKE,
Despesas Comerciais 55,00 Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. Manual
de Contabilidade Societária: aplicável a todas as
Receita Financeira 189,00
sociedades de acordo com as normas internacionais
CSP 287,00 e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010.
Devolução de Vendas 137,00 FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São
Abatimentos sobre vendas 110,00 Paulo: Saraiva, 1996.
322
Unidade 07
Contabilidade Geral
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
AULA 30
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Objetivo
• Sistematizar o conteúdo da disciplina por
meio de exercícios práticos.
Contabilidade Geral
324
AULA 30 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
dos fatos contábeis registrados nos livros: diário e _______________: Não são utilizados pela
razão. empresa. São investimentos feitos com o objetivo
IX - ________________________ são contas com a de obter rendimentos.
natureza inversa no momento de sua apresentação _______________: Classificados no Imobilizado da
na estática contábil. empresa, destinam-se à manutenção da atividade
X - ___________________________ é o nome dado da empresa. Por exemplo, uma empresa industrial
aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos, utiliza suas máquinas para produzir os produtos
Obrigações e Patrimônio Líquido) e aos elementos que irá vender e consequentemente obter receita.
de Resultado (Despesas e Receitas). _______________: Desgastes dos bens pelo
XI – Veja a função da conta e complete os espaços em uso ou pela ação do tempo. A cada período, a
branco. Faça como no exemplo a seguir. empresa calcula o valor da depreciação, que irá
Ex.: Caixa: Representa dinheiro em espécie se acumulando no balanço. É conta redutora (ou
(notas, moedas). retificadora) do Ativo Permanente.
_______________: Deve registrar as obrigações
_______________: Valor que está depositado em
assumidas com a compra de mercadorias para
conta corrente.
revender e, na empresa industrial, a matéria-prima
_______________: Direitos a receber - até 12
necessária ao processo produtivo.
meses – dos clientes por vendas a prazo. Serão
_______________: São dívidas assumidas para
classificadas no ARLP as Duplicatas a Receber
financiar a compra de um ativo ou para obter
após 12 meses.
capital de giro. Dependendo do prazo, podem ser
_______________: De cálculo estimado, é uma
classificadas no PELP.
provisão para suprir as possíveis perdas com
_______________: Com base na contabilização
clientes. É conta redutora (ou retificadora) do ativo
da folha de pagamento, devem ser calculados os
circulante.
salários que serão pagos no mês seguinte.
_______________: As empresas, com a finalidade
_______________: Valores recebidos de clientes
de conseguir disponível, entregam suas duplicatas
por conta da entrega futura de uma encomenda.
em troca de dinheiro que será depositado em conta
_______________: São obrigações cujos valores
bancária, descontados os juros e as despesas
bancárias. É conta redutora (ou retificadora) do podem ser alterados. Incluímos nas provisões
ativo circulante. passivas: férias, 13º salários, contingências.
_______________: Adiantamentos concedidos Essas provisões são utilizadas, pois muitas vezes
aos funcionários por conta do salário. a empresa tem certeza da obrigação, mas não
_______________: Adiantamentos feitos a sabe seu valor exato, ou não tem certeza quanto
fornecedores por conta de entrega futura de uma à data. Por exemplo, férias dos empregados serão
encomenda. pagas apenas quando do período aquisitivo.
_______________: Direitos a Receber – até Outro exemplo é o das reclamações trabalhistas
12 meses – representados pelos empréstimos na Justiça feitas por ex-empregados. Valores
concedidos. Serão classificados no ARLP os gastos com essas reclamações podem ser apenas
empréstimos a receber após 12 meses. estimados e classificados no passivo circulante
_______________: São impostos de possível como Provisões para Contingências.
recuperação. Por exemplo: ICMS, IPI. _______________: Os principais itens que
_______________: Valor aplicado em produtos compõem as obrigações fiscais são: ICMS, ISS,
bancários. Imposto de Renda, IPI e etc.
________________: A conta estoques pode _______________: Valor que os acionistas
significar mercadorias (para empresa comercial), se comprometem a investir na empresa. O
matéria-prima e produtos em elaboração (para comprometimento inicial denomina-se subscrição.
empresa industrial). _______________: Parte do capital social
_______________: São despesas pagas subscrito ainda não integralizado. É conta redutora
antecipadamente. Exemplos: Seguros a Vencer. (ou retificadora) do PL.
325
Contabilidade Geral
_______________: É a conta que resulta dos _______________: Valor que será deduzido
prejuízos da empresa. Os prejuízos acumulados da receita líquida que não representa despesa.
diminuem o PL. Calculado conforme critérios legais, pode assumir
_______________: É a conta que resulta dos lucros nomenclatura diferente conforme a atividade da
da empresa. Os lucros acumulados aumentam o empresa. As empresas comerciais calculam o
PL. custo das mercadorias vendidas; as industriais, os
custos dos produtos vendidos; e as prestadoras
Capital Social
de serviços, o custo dos serviços prestados. Nas
Financiamentos e Empréstimos
empresas comerciais o cálculo do custo é simples,
Provisões Passivas
pois a empresa é apenas revendedora. Nas
Direitos a Receber
empresas industriais o cálculo é mais complexo,
Reservas de Lucros
pois, ao produzir, são incorridos custos diretos e
Impostos a Recuperar
indiretos. É preciso calcular o custo dos produtos
Prejuízos Acumulados
vendidos. São custos de produção, por exemplo:
Obrigações Fiscais
matéria-prima consumida, mão de obra direta
Duplicatas Descontadas
e indireta e outros custos indiretos (aluguel,
Duplicatas a Receber
transporte, depreciações e etc.).
Salários a Pagar
_______________: Receita líquida menos custo
Caixa
das vendas.
Aplicações Financeiras
_______________: Despesas e receitas são
Imóveis para Renda
sacrifícios necessários à obtenção de um produto
Provisão para Devedores Duvidosos
ou serviço e que não representam deduções de
Adiantamento de Clientes
vendas. São despesas operacionais: de vendas,
Móveis, Utensílios, Máquinas e outros bens
administrativas e financeiras. Receitas são
Adiantamento a Fornecedores
ganhos que normalmente ocorrem na atividade da
Empréstimos a Receber
empresa, mas não incluem a receita de vendas.
Duplicatas a Pagar
_______________: Lucro bruto menos despesas e
Depreciações Acumuladas
mais receitas.
Capital a Integralizar
_______________: Ocorrem eventualmente e
Bancos
não são derivadas da atividade da empresa. Um
Estoque
exemplo é o resultado obtido na venda de bens do
Despesas Antecipadas
imobilizado.
_______________: Lucro operacional mais ou
12- Veja a função da conta e complete os espaços em
menos despesas e receitas não operacionais.
branco com o nome correto dela.
_______________: O imposto de renda junto com
_______________: Valor total das vendas
a contribuição social representa uma obrigação
realizadas (à vista e a prazo). A empresa industrial
tributária. Nesse momento deve ser calculado o
vende produtos fabricados, as comerciais vendem
mercadorias e as empresas prestadoras de imposto com base no Lucro Real. Seu cálculo deve
serviços declaram a Receita Bruta de Serviços. ser calculado à parte, em um livro destinado a esse
_______________: Valores que serão deduzidos fim.
da receita bruta que não representam despesas. _______________: Lucro antes do IR menos a
São deduções: devoluções de vendas, abatimentos parcela do imposto calculada em termos legais.
sobre vendas e impostos sobre vendas (ICMS, _______________: Do lucro que remanescer
ISS, PIS, COFINS). Para incluir IPI nos impostos após o Imposto de Renda, serão calculadas as
sobre vendas é preciso que seu valor também seja participações estatuárias (previstas em estatuto
incluído na receita bruta de vendas de produtos. da empresa). A base de cálculo das participações
___________________: Receita bruta menos as será reduzida pelos prejuízos acumulados. As
deduções. participações devem ser calculadas sucessiva-
326
AULA 30 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
mente e por dedução da anteriormente calculada. 8- Aquisição a prazo de material para consumo
São participações estatutárias: debêntures, administrativo da Cia. Wilton Moura Sanches no
empregados, administradores e partes benefi- valor de R$ 257,00.
ciárias, nessa ordem. 9- Débito em conta corrente (Banco Bradesco) no
_______________: Lucro após o Imposto de valor de R$ 300,00, referente a fornecimento de
Renda menos as participações. talão de cheque.
_______________: De acordo com a Lei, a 10- Depósito em conta corrente Bradesco em dinheiro
demonstração do resultado deve indicar o lucro - R$ 2.000,00.
líquido por ação, que representa um indicador de 11- Venda a prazo no valor de R$ 10.000,00 para a
análise e será calculado da seguinte forma: empresa Valdileny Sanches.
12- Depósito em conta corrente - R$ 15.000,00 -
LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO referente a liquidação de duplicata do cliente
LUCRO OPERACIONAL Vanderson Correa Sanches, sendo R$ 13.500,00 o
RECEITA BRUTA DE VENDAS valor da duplicata e juros ativos de R$ 1.500,00.
PARTICIPAÇÕES 13- Pagamento de apólice de seguro em 01/01/2012, a
DEDUÇÕES DE VENDAS vigorar de 01/01/2012 até 31/12/2012.
14- Pagamento de aluguel em 01/01/2012, a vigorar de
LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
01/01/2012 até 31/12/2012.
DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS
15- Cheque 006 no valor de R$ 6.000,00 para
DESPESAS E RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
pagamento de IPVA da frota de veículos, válido de
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
01/01/2012 até 31/12/2012.
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E
16- Cheque 007 no valor de R$ 24.000,00, para
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
pagamento de IPTU do imóvel da empresa.
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 17- Adiantamento para a empregada Vanessa
LUCRO BRUTO Fernandes Sanches – Chefe de Vendas, no valor
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO de R$ 800,00, para cobrir despesas com viagem.
SOCIAL SOBRE O LUCRO 18- Depósito de R$ 800,00 na conta corrente da
CUSTO DAS VENDAS empresa, referente a prestação de contas do
adiantamento feito à empregada Vanessa Saches.
Exercícios série 3 19- Adiantamento ao fornecedor Voz da Verdade de
mercadoria adquirida para revenda no valor de R$
Faça os lançamentos no Livro Diário como no
10.000,00.
exemplo:
20- Cheque 012 no valor de R$ 3.000,00, para o
1- Compra de mercadoria a prazo para estoque
empregado comer e cobrir despesas emergentes
D- Estoque (Ativo Circulante)
com saúde da sogra.
C- Fornecedor (Passivo Circulante)
21- Compra a prazo no valor de R$ 5.000,00. A
2- Dinheiro dos sócios para a implantação da
empresa utiliza o inventário periódico.
empresa.
22- Devolução da metade da compra realizada no item
3- Depósito em dinheiro na conta corrente da
21. A empresa utiliza o inventário periódico.
empresa. 23- Compra à vista no valor de R$ 6.000,00. A empresa
4- Pagamento da Nota Fiscal 4070 da Distribuidora utiliza o inventário permanente.
de sandálias Wesley Ros Sanches no vencimento. 24- Devolução da metade da compra realizada no item
5- Compra a prazo, conforme NF 2001, de botijão 23. A empresa utiliza o inventário permanente.
de gás para cantina do escritório da Cia. Willian
Nascimento Sanches. Exercícios série 4
6- Compra de mercadoria à vista. 1) A empresa comercial Vanessa Granuzzio Sanches
7- Apropriação dos salários do pessoal administrativo. Ltda. apresenta os seguintes dados para apuração
Valor da folha de pagamento (FOPAG) de R$ do seu Custo de Mercadorias Vendidas através do
85.750,00, no mês de setembro de 2012. sistema periódico do mês de abril de 2012.
327
Contabilidade Geral
328
AULA 30 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
329
Contabilidade Geral
8) Ainda com base nos dados da questão 7, o Ativo 2- Comprou à vista (dinheiro) um Imóvel por R$
Permanente da referida empresa é 20.000, um automóvel por R$ 15.000 e mercadorias
a) R$ 2.500.000,00. para seu estoque por R$ 10.000.
b) R$ 2.756.000,00. 3- Comprou mercadorias a prazo para pagamento a
c) R$ 2.400.000,00.
fornecedores no total de R$ 30.000.
d) R$ 2.428.300,00.
4- Comprou uma casa a prazo para pagamento com
e) R$ 751.500,00.
Nota Promissória no valor de R$ 200.000.
9) Com base nos mesmos dados, o Ativo Circulante é
a) R$ 751.500,00. 5- Vendeu R$ 10.000 de mercadorias em dinheiro.
b) R$ 751.700,00. 6- Vendeu R$ 10.000 de mercadorias a prazo para
c) R$ 786.700,00. receber de clientes.
d) R$ 786.500,00. 7- Pagou 20% do saldo da conta de fornecedores em
e) R$ 1.186.700,00. dinheiro.
10) Com base nos seguintes dados da Cia. Vivianny
8- Pagou 10% do saldo da conta de notas promissórias
Sanches, levantados da escrituração contábil de
em dinheiro.
uma empresa, assinale a alternativa que contém o
valor correto do Resultado com Mercadorias (Lucro PATRIMÔNIO
Bruto).
ATIVO PASSIVO
Contas Valores
Compras 9.388,00 Bens Obrigações
Custo dos bens do Ativo vendidos 380,00
Despesas Administrativas 3.144,00
Despesas com Vendas 786,00
Despesas Tributárias 68,00 Direitos Patrimônio Líquido
Devolução de Compras 300,00
Devolução de Vendas 368,00
Estoque Final 968,00
Estoque Inicial 774,00
TOTAL TOTAL
Frete sobre Compras 106,00
ICMS sobre Vendas 4.054,00
Exercícios série 8
Receita Bruta de Vendas 26.200,00
Receita de vendas de Bens do Ativo 400,00 Faça um Balanço Patrimonial com os lançamentos
a) R$ 13.252,00 a seguir.
b) R$ 13.146,00 1- Início com capital de R$ 300.000,00 em dinheiro.
c) R$ 12.952,00 2- Compra de R$ 100.000,00 em mercadorias para
d) R$ 12.778,00 pagamento a prazo (Fornecedores).
e) R$ 12.564,00 3- Compra de um veículo no valor de R$ 50.000,00
Gabarito da série 6 de exercícios para pagamento a prazo (Duplicatas).
4- Empréstimo junto ao banco no valor de R$
B B E C A E A D A D 100.000,00 para crédito em conta corrente.
Exercícios série 7 5- Aumento de capital no valor de R$ 200.000,00,
com um imóvel.
Faça um Balanço Patrimonial com os dados a
seguir. 6- Venda de metade dos estoques de mercadorias
1- A Empresa Tamara Carvalho Sanches iniciou suas para recebimento a prazo (Clientes).
atividades com Capital inicial de R$ 300.000 em 7- Compra de computadores no valor de R$ 20.000,00,
dinheiro. com pagamento efetuado em dinheiro.
330
AULA 30 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
331
Contabilidade Geral
332
AULA 30 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Exercícios série 12
Despesas Gerais R$ 55,000.00
Com os movimentos contábeis a seguir, fazer os
Receitas de
lançamentos de Débito e Crédito. R$ 5,000.00
Vendas
a) Início com capital inicial de R$ 500.000,00
Total R$ 365,000.00 R$ 365,000.00
totalmente integralizados da seguinte forma:
20% em dinheiro (caixa), 30% em cheque Exercícios série 14
(banco) e 50% em estoques de mercadorias.
b) Compra de R$ 200.000,00 em mercadorias, Com os dados abaixo, faça os lançamentos
com 30% de entrada em cheque e o restante contábeis de Débito e Crédito (1 ponto), o Balancete
com emissão de duplicatas. de Verificação (0,5 ponto) e apure o Resultado do
c) Pagamento de R$ 20.000,00 em duplicatas, Exercício (0,5 ponto) e o Balanço Patrimonial (4
com débito em conta corrente. pontos).
d) Compra de um veículo no valor de R$ a) Início das atividades com Capital inicial de R$
60.000,00, com 40% de entrada em dinheiro e
500.000,00, distribuídos da seguinte forma:
o restante com emissão de títulos.
50% em dinheiro, 30% em mercadorias; 20%
e) Depósito de R$ 16.000,00 do caixa no banco.
em imóveis.
f) Recebimento de títulos no valor de R$
22.000,00, metade em dinheiro (caixa) e a b) Compra de mercadorias a prazo (fornecedores)
outra metade em cheque (banco). – R$ 300.000,00, sendo 30% para pagamento
g) Compra de mercadorias no valor de R$ a curto prazo e 70% a longo prazo.
25.000,00, com pagamento em dinheiro, mas c) Compra de veículos no valor de R$ 100.000,00,
o recebimento será em 30 dias. sendo 60% em dinheiro e 40% a prazo
h) Saída de um dos sócios da sociedade, com (duplicatas a pagar LP).
retirada de parte do seu capital no valor de R$
d) Venda de 50% dos estoques a prazo (duplicatas
100.000,00 em cheque.
a receber), com lucro de 100%, sendo 60% a
Exercícios série 13 curto prazo e 40% a longo prazo.
Com os dados do Balancete de Verificação a e) Venda de 20% dos estoques a prazo (títulos
seguir, apure o resultado do exercício e monte o a receber), com lucro de 100%, sendo 50% a
Balanço Patrimonial. curto prazo e 50% a longo prazo.
Balancete de Verificação f) Recebimento de 30% do saldo de duplicatas
Contas Devedora Credora CP, com juros de 10% em razão do atraso e
Caixas R$ 50,000.00 pagos em cheque depositado no banco.
Bancos R$ 30,000.00 g) Pagamento de despesas de telefone em
Mercadorias R$ 60,000.00 dinheiro, no valor de R$ 5.000,00, com multa
Clientes CP R$ 20,000.00 de 10% por atraso.
Clientes LP R$ 15,000.00 h) Pagamento de salários em dinheiro R$
Imóveis R$ 80,000.00 20.000,00.
Veículos R$ 40,000.00 i) Recebimento de receitas de serviços no valor
Capital R$ 320,000.00 de R$ 10.000,00, pagos em cheque, com multa
Lucros Anteriores R$ 5,000.00 de 10% por atraso.
Fornecedores CP R$ 10,000.00 j) Pagamento de 20% do saldo de fornecedores
Salários a Pagar R$ 5,000.00 CP, com juros de 10% em razão do atraso,
Fornecedores LP R$ 15,000.00 pagos em dinheiro.
Juros Ativos R$ 5,000.00
k) Compra de um Imóvel à vista, em dinheiro, no
Aluguéis Passivos R$ 15,000.00
valor de R$ 100.000,00.
333
Contabilidade Geral
334
AULA 30 • EXERCÍCIOS DE REVISÃO
335