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Apresentação 5
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Objetivos 6
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Sumário 7
AULA 1
APRESENTAÇÃO DA AULA .............................................................................................. 12
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS TENSÕES .............................................................. 13
1.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 13
1.2 FORÇAS E TENSÕES ........................................................................................... 20
1.3 FORÇAS AXIAIS, TENSÕES NORMAIS ................................................................ 21
1.4 TENSÃO DE CISALHAMENTO .............................................................................. 23
1.5 TENSÕES DE ESMAGAMENTO ............................................................................ 24
1.6 TENSÕES EM UM PLANO OBLÍQUO AO EIXO .................................................... 24
1.7 COMPONENTE DE TENSÃO ................................................................................. 25
1.8 TENSÕES ADMISSÍVEIS, TENSÕES ÚLTIMAS E COEFICIENTE DE
SEGURANÇA ............................................................................................................... 26
AULA 2
APRESENTAÇÃO DA AULA .............................................................................................. 35
EXEMPLOS RESOLVIDOS: INTRODUÇÃO Ao ESTUDO DAS TENSÕES ....................... 36
AULA 3
APRESENTAÇÃO DA AULA .............................................................................................. 56
2 TENSÃO E DEFORMAÇÃO - CARREGAMENTO AXIAL ............................................. 57
2.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 57
2.2 DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA NORMAL SOB CARREGAMENTO AXIAL.............. 57
2.3 DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO ................................................................... 58
2.4 COMPORTAMENTO ELÁSTICO E PLÁSTICO DOS MATERIAIS ......................... 63
2.5 LEI DE HOOKE, MÓDULO DE ELASTICIDADE ..................................................... 66
2.6 DEFORMAÇÃO DE BARRAS SUJEITAS A CARGAS AXIAIS ............................... 68
2.7 PROBLEMAS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS .......................................... 69
2.8 COEFICIENTE DE POISSON ................................................................................. 69
2.9 TENSÕES TÉRMICAS ........................................................................................... 70
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AULA 4
APRESENTAÇÃO DA AULA .............................................................................................. 77
EXEMPLOS RESOLVIDOS: TENSÃO E DEFORMAÇÃO – CARREGAMENTO AXIAL .... 78
AULA 5
APRESENTAÇÃO DA AULA .............................................................................................. 99
3. TORÇÃO .................................................................................................................... 100
3.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 100
3.2 APLICAÇÃO DO MÉTODO DAS SEÇÕES........................................................... 101
3.3 DEFORMAÇÃO EM SEÇÕES TRANSVERSAIS CIRCULARES .......................... 102
3.4 TENSÕES NO REGIME ELÁSTICO ..................................................................... 103
3.5 ÂNGULO DE TORÇÃO NO REGIME ELÁSTICO ................................................. 105
3.6 EIXOS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS ................................................... 107
3.7 PROJETO DE EIXOS DE TRANSMISSÃO........................................................... 107
3.8 TORÇÃO EM BARRAS DE SEÇÃO NÃO CIRCULAR .......................................... 108
3.9 CONVENÇÃO DE SINAIS .................................................................................... 111
AULA 6
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 117
EXEMPLOS RESOLVIDOS: TORÇÃO ............................................................................. 118
AULA 7
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 139
4 FLEXÃO PURA ........................................................................................................... 140
4.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 140
4.2 BARRAS PRISMÁTICAS EM FLEXÃO PURA ...................................................... 140
4.3 ANÁLISE DAS TENSÕES NA FLEXÃO PURA ..................................................... 141
4.4 DEFORMAÇÃO EM UMA BARRA SIMÉTRICA NA FLEXÃO ............................... 142
4.5 TENSÕES E DEFORMAÇÕES NO REGIME ELÁSTICO ..................................... 144
4.6 FLEXÃO DE BARRAS COMPOSTAS................................................................... 147
4.7 FLEXÃO OBLÍQUA ............................................................................................... 149
AULA 8
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 157
EXEMPLOS RESOLVIDOS: FLEXÃO PURA ................................................................... 158
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AULA 9
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 179
5. CARREGAMENTO TRANSVERSAL .......................................................................... 180
5.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 180
5.2 CARREGAMENTO TRANSVERSAL EM BARRAS PRISMÁTICAS ...................... 180
5.3 HIPÓTESES BASICAS PARA A DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES NORMAIS ........ 183
5.4 DETERMINAÇÃO DO FLUXO DE CISALHAMENTO EM UM PLANO
LONGITUDINAL ......................................................................................................... 183
5.5 DETERMINAÇÃO DA TENSÃO DE CISALHAMENTO xy EM UMA VIGA ............ 185
5.6 TENSÕES DE CISALHAMENTO τxy EM SEÇÕES TRANSVERSAIS USUAIS ..... 186
5.7 CISALHAMENTO EM UMA SEÇÃO LONGITUDINAL ARBITRÁRIA .................... 189
5.8 TENSÕES DE CISALHAMENTO EM BARRAS DE PAREDES FINAS ................. 190
EXEMPLO RESOLVIDO 1 ............................................................................................. 191
EXEMPLO RESOLVIDO 2 ............................................................................................. 193
AULA 10
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 199
EXEMPLOS RESOLVIDOS: CARREGAMENTO TRANSVERSAL .................................. 200
AULA 11
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 218
6. INTRODUÇÃO AO PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS .................................. 219
6.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 219
6.2 MÉTODO DO TRABALHO VIRTUAL PARA DEFLEXÕES ................................... 219
6.3 EQUAÇÕES DO TRABALHO VIRTUAL PARA SISTEMAS ELÁSTICOS ............. 221
AULA 12
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 235
EXEMPLOS RESOLVIDOS: INTRODUÇÃO AO PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS
.......................................................................................................................................... 236
AULA 13
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 253
7. ANÁLISE DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES ............................................................ 254
7.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 254
7.2 ESTADO PLANO DE TENSÕES .......................................................................... 256
7.3 TENSÕES PRINCIPAIS E TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA ................... 259
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AULA 15
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 288
7.5 TEORIAS DE RESISTÊNCIA ............................................................................... 289
7.5.1 CRITÉRIOS DE FRATURA ................................................................................ 290
7.5.2 CRITÉRIOS DE ESCOAMENTO ...................................................................... 292
AULA 16
APRESENTAÇÃO DA AULA ............................................................................................ 308
PROBLEMAS PROPOSTOS ............................................................................................ 309
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Iconografia 11
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Aula 1 12
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
➢ Aplicar os conceitos da estática para calcular as forças internas
resultantes em um corpo;
➢ Aplicar o conceito de tensão normal
➢ Aplicar o conceito de tensão de cisalhamento
➢ Aplicar o conceito de coeficiente de segurança para cálculo de tensões
admissíveis;
➢ Analisar estruturas sujeitas a cargas axiais ou cisalhantes.
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Entre muitos dos conceitos que deve estar claros e que são indispensáveis para
a solução de problemas de engenharia estão:
- Ativas: São forças independentes que podem atuar em qualquer ponto de uma
estrutura. Correspondem às cargas as quais estaremos submetendo a estrutura,
normalmente conhecidas ou avaliadas. Por exemplo: peso do pedestre em uma
passarela, peso próprio das estruturas, etc.
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Assim, podemos dizer que sempre que uma peça de estrutura carregada tiver
contato com elementos externos ao sistema (vínculo), neste ponto surge uma força
reativa.
Forças Internas: são aquelas que mantêm unidos os pontos materiais que
formam o corpo sólido da estrutura (solicitações internas). Se o corpo é
estruturalmente composto de diversas partes, as forças que mantém estas partes
unidas também são chamadas de forças internas (forças desenvolvidas em rótulas).
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∑ 𝐹𝑥 = 0 ∑ 𝑀𝑥 = 0 (1.1)
∑ 𝐹𝑦 = 0 ∑ 𝑀𝑦 = 0 (1.2)
∑ 𝐹𝑧 = 0 ∑ 𝑀𝑧 = 0 (1.3)
∑ 𝐹𝑥 = 0 ∑ 𝐹𝑦 = 0 ∑ 𝑀𝑧 = 0 (1.4)
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Figura 1.6- Placas (ex. pavimento de concreto) e Cascas (ex. caldeira, avião, navio, lata).
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Figura 1.7- Barras: Podem ser retas (vigas, pilares, tirantes e escoras) ou curvas (arcos).
Figura 1.9
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𝑃
𝜎= (1.5)
𝐴
onde:
σ: tensão média em qualquer ponto na área da seção transversal;
P: força normal interna resultante, que é aplicada no centroide da área da
seção transversal. P é determinada pelo método das seções e pelas equações de
equilíbrio;
A: área da seção transversal da barra.
Obs: O método das seções é usado para determinar as cargas resultantes internas
que agem sobre a superfície do corpo secionado.
Unidades:
P [N] newton, [lb] libras
A [m²] metro², [in²] polegada²
σ [N/m²] = [Pa], [Psi ou ksi]
Convenção:
A convenção de sinais para as tensões deve ser de tal maneira que não permita
que uma mesma tensão tenha valores algébricos de sinais opostos quando se analisa
uma face ou outra do solido de tensões.
Para as tensões normais: São positivas quando estão associadas à tração (como
mostrado na Figura 1.9) e negativas quando estão associadas à compressão.
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∆𝐹
𝜎 = 𝑙𝑖𝑚 (1.6)
∆𝐴→0 ∆𝐴
Figura 1.10
Figura 1.11
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𝑃
𝜏𝑚é𝑑 = (1.7)
𝐴
Ou
𝐹
𝜏𝑚é𝑑 = (1.8)
𝐴
Figura 1.12
Contrariamente ao que foi dito para tensões normais, a distribuição das tensões
de cisalhamento na seção transversal não pode ser assumida como uniforme, como
será visto no capítulo 5.
As tensões de cisalhamento (equação 1.8) são encontradas em parafusos,
pinos e rebites ligando membros estruturais ou componentes de máquinas. Sendo
estes elementos finos, pode-se desprezar o momento criado pela força F. Por
consequência, para equilíbrio, a área da seção transversal do conector e a superfície
de fixação entre os elementos estão sujeitos a somente uma única força de
cisalhamento simples, sendo assim, P = F.
Figura 1.13
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Figura 1.14
(Fonte: BEER, 2006)
𝑃 𝑃
𝜎𝑒 = = (1.7)
𝐴 𝒕𝒅
Consideremos agora tensões que surgem sobre uma seção oblíqua de uma
barra sujeita a um par de cargas axiais. Observa-se que ambas as tensões normais e
de cisalhamento ocorrem nessa situação. Denotando por θ o ângulo entre a seção e
o plano normal (Figura 1.15) e por A0 a área de uma seção perpendicular ao eixo da
barra, podemos escrever:
Figura 1.15
𝑃 𝑃
𝜎= 𝑐𝑜𝑠 ² 𝜃 e 𝜏= 𝑠𝑒𝑛𝜃. 𝑐𝑜𝑠𝜃 (1.10)
𝐴0 𝐴0
Observação:
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P P
σmáx = para θ = 0° e σ= para θ = 45°
A0 2A0
P
τmáx = para θ = 45° e τ = 0 para θ = 0°
2A0
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𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎
𝐶𝑆 = (1.11)
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙
𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎
𝐶𝑆 = (1.12)
𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙
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EXEMPLO
(BEER, 2006) Observe a estrutura abaixo e a seguir responda as
seguintes questões apresentando a resolução com todos os cálculos
necessários:
a) Sabendo-se que a barra AB é feita de aço com a tensão última de 600 MPa, qual
o diâmetro da barra para que o CS seja de 3,3?
b) O pino do ponto C é feito de aço com tensão última de cisalhamento de 350 MPa.
Qual o diâmetro do pino C que leva um CS de cisalhamento de 3,3?
Solução:
Primeiramente vamos calcular as reações impostas pelo apoio e o valor da força P,
considerando positivo o momento no sentido anti-horário, a força vertical para cima e
a força horizontal para direita:
∑ 𝐹𝑦 = 0: −𝐶𝑦 − 50 − 15 = 0 → 𝐶𝑦 = 65 𝐾𝑁
∑ 𝐹𝑥 = 0: 𝐶𝑥 − 𝑃 = 0 → 𝐶𝑥 = 𝑃 = 40 𝐾𝑁
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40×103 4
𝑑=√ 6
× → 𝒅 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟔𝟕𝟒 𝒎 → 𝒅 = 𝟏𝟔, 𝟕𝟒 𝒎𝒎
81,81 ×10 𝜋
38,16×103 4
𝑑𝑐 = √ 6
× → 𝒅𝒄 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏𝟒 𝒎 → 𝒅 = 𝟐𝟏, 𝟒 𝒎𝒎
106,06×10 𝜋
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Resumo 31
✓ Introdução aos tipos de esforços que serão vistos nos capítulos ao longo da
disciplina, com foco em carregamento axial;
✓ Exemplo resolvido.
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Complementar 32
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Referências Bibliográficas 33
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard Blucher,
1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
LACERDA, F. S. Resistência dos Materiais. Ed. Globo, Rio de Janeiro. 1964.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica, 2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2° ed.
2003.
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Exercícios 34
AULA 1
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Aula 2 35
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após a resolução dos exercícios presentes nessa aula, você
seja capaz de:
➢ Relembrar os conceitos de estática;
➢ Aplicar os conceitos tensão normal média e tensão de cisalhamento média;
➢ Aplicar o conceito de coeficiente de segurança para cálculo de tensões
admissíveis;
➢ Analisar e interpretar estruturas sujeitas a forças axiais ou cisalhantes.
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EXEMPLO 1
As duas partes da peça AB são coladas em um plano que forma um
ângulo com a horizontal. As tensões ultimas para a união colada
valem U = 17 MPa e U = 9 MPa. Determine a faixa de valores de
para os quais o coeficiente de segurança é pelo menos igual a 3.
SOLUÇÃO:
Para resolvermos esse exercício usaremos as equações 1.10, tensões em um plano
oblíquo ao eixo.
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𝑃 𝑃
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐴 e 𝜏𝑎𝑑𝑚 = 𝐴 sen 𝜃 . cos 𝜃
0 0
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EXEMPLO 2
SOLUÇÃO:
Esta barra possui dois trechos: AB e BC.
Primeiramente vamos achar a área de cada barra já que foi pedido a tensão normal
e foi dado o carregamento:
𝜋𝑑2 𝜋×0,022
𝐴𝐴𝐵 = = = 3,14×10−4 𝑚2
4 4
𝜋𝑑 2 𝜋×0,032
𝐴𝐵𝐶 = = = 7,07×10−4 𝑚2
4 4
Agora vamos calcular a tensão em cada barra:
Para a barra AB: 𝑃𝐴𝐵 = 30 𝐾𝑁; 𝐴𝐴𝐵 = 3,14×10−4 𝑚2
𝑃𝐴𝐵 30×103
𝜎𝐴𝐵 = = → 𝝈𝑨𝑩 = 𝟗𝟓, 𝟓× 𝟏𝟎𝟔 𝑷𝒂 → 𝝈𝑨𝑩 = 𝟗𝟓, 𝟓 𝑴𝑷𝒂
𝐴𝐴𝐵 3,14×10−4
Para a barra BC: 𝑃𝐵𝐶 = 80 𝐾𝑁 (já que o extremo fixo, ponto C, suporta a carga total
aplicada nas barras, 50 + 30 = 80 KN) e 𝐴𝐵𝐶 = 7,07×10−4 𝑚2
𝑃𝐴𝐵 80×103
𝜎𝐴𝐵 = = → 𝝈𝑨𝑩 = 𝟏𝟏𝟑, 𝟐×𝟏𝟎𝟔 𝑷𝒂 → 𝝈𝑨𝑩 = 𝟏𝟏𝟑, 𝟐 𝑴𝑷𝒂
𝐴𝐴𝐵 7,07×10−4
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EXEMPLO 3
(Adaptado de POPOV, 1978) Uma força de 500 KN é aplicada ao nó
B do sistema de duas barras articuladas representadas na figura.
Determinar a área necessária para a seção transversal da barra BC
se as tensões admissíveis valem 100 MPa à tração e 70 MPa à
compressão.
SOLUÇÃO:
Esse exemplo ilustra uma treliça engastada entre os pontos A e C. Primeiramente
temos que fazer uma seção nas barras AB e BC (barra de interesse) separando da
parte fixa e em seguida calcular o ângulo que as barras AB e BC fazem com a
horizontal, bem como da força de 500KN com o eixo horizontal.
4
Ângulo da força: 𝛼 = tan−1 (3) = 53,13°
3,0
Ângulo da barra AB: 𝛾 = tan−1 (3,0) = 45°
1,5
Ângulo da barra BC: 𝛽 = tan−1 (3,0) = 26,56°
0,89𝑁𝐵𝐶 + 300
−( ) sen 45° − 𝑁𝐵𝐶 sen 26,56° + 500 sen 53,13°
cos 45°
=0 𝑜𝑏𝑠: sen 45° = cos 45°
−0,89𝑁𝐵𝐶 − 300 − 0,45𝑁𝐵𝐶 + 400 = 0 → −0,89𝑁𝐵𝐶 − 0,45𝑁𝐵𝐶 = 300 − 400
−100
−1,34𝑁𝐵𝐶 = −100 → 𝑁𝐵𝐶 =
−1,34
𝑁𝐵𝐶 = 74,62×103 → 𝑁𝐵𝐶 = 74,62𝐾𝑁(𝑡𝑟𝑎çã𝑜)
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40
O problema pede a área da barra BC, assim determinando a força aplicada na barra
temos:
Dados: 𝜎𝑎𝑑𝑚 (𝑡𝑟𝑎çã𝑜) = 100 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝑎𝑑𝑚 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜) = 70 𝑀𝑃𝑎; 𝐴𝐵𝐶 = ?
Utilizaremos o valor da tensão admissível para tração (𝜎𝑎𝑑𝑚 (𝑡𝑟𝑎çã𝑜) = 100 𝑀𝑃𝑎) já
que o valor força encontrado foi positivo, o que indica que está tracionando, como
mostra no diagrama de corpo livre.
𝑃𝐵𝐶 𝑁𝐵𝐶 74,62×103
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 𝜎𝑎𝑑𝑚 𝐵𝐶 = → 100×106 =
𝐴𝐵𝐶 𝐴𝐵𝐶 𝐴𝐵𝐶
𝑨𝑩𝑪 = 𝟕𝟒𝟔, 𝟐×𝟏𝟎−𝟔 𝒎² → 𝑨𝑩𝑪 = 𝟕𝟒𝟔, 𝟐 𝒎𝒎²
EXEMPLO 4
SOLUÇÃO:
Dados 𝐴𝐵𝐸 = 12×25 𝑚𝑚 = 0,012×0,025 = 3×10−4 𝑚2 ; 𝜎𝐵𝐸 = 90𝑀𝑃𝑎 (𝑡𝑟𝑎çã𝑜) P = ?
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No ponto C temos uma rótula o que nos permite fazer somatório de momentos à direita
ou à esquerda da rótula. Neste caso faremos o somatório de momentos à direita do
ponto C encontrando o valor da força vertical em D em função de P:
𝑷 = 𝟑, 𝟕𝟗×𝟏𝟎𝟑 𝑵 → 𝟑, 𝟕𝟗 𝑲𝑵
EXEMPLO 5
A haste AB será construída em aço, para o qual a tensão última
normal é de 450 MPa. Determine a área da seção transversal para
AB admitindo um coeficiente de segurança igual a 3,5. A haste está
adequadamente reforçada em torno dos pinos A e B.
SOLUÇÃO:
Dados: 𝜎𝑈 = 450 𝑀𝑃𝑎; 𝐶𝑆 = 3,5; 𝐴𝐴𝐵 = ?
Conhecida a tensão última e o coeficiente de segurança calculamos a tensão
𝜎𝑈
admissível. Sabemos que 𝐶𝑆 =
𝐶𝑆
𝜎𝑈 450×106
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 128,57 ×106 𝑃𝑎
𝐶𝑆 3,5
Considerando que a haste AB está tracionando o ponto B, fazemos somatório de
momentos no ponto D encontrando o carregamento da barra AB:
𝑁𝐴𝐵 = 21,61×103 𝑁
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EXEMPLO 6
Duas barras de alumínio AB e AC têm, respectivamente,
diâmetros iguais a 10 mm e 8 mm. Determinar a maior força
vertical P que pode ser aplicada ao conjunto como mostrado na
figura. A tensão normal admissível para o alumínio vale 150 MPa.
(DCL)
SOLUÇÃO:
Fazemos o diagrama de corpo livre e calculamos os esforços nas barras,
encontrando NAB e NAC em função de P:
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Barra AC:
𝑁𝐴𝐶 𝑃
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 150×106 = → 𝑷 = 𝟕, 𝟓𝟑 𝑲𝑵
𝐴𝐴𝐶 5,02×10−5
Barra AB:
𝑁𝐴𝐵 1,41𝑃
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 150×106 = → 𝑃 = 8,35 𝐾𝑁
𝐴𝐴𝐵 7,85×10−5
EXEMPLO 7
(DCL)
SOLUÇÃO:
Primeiramente vamos calcular o ângulo e, em seguida os esforços nas barras:
3
𝛼 = tan−1 ( ) = 36,86°
4
𝑁𝐴𝐶 cos 36,86°
∑ 𝐹𝑥 = 0: − 𝑁𝐴𝐵 cos 30° + 𝑁𝐴𝐶 cos 36,86° = 0 → 𝑁𝐴𝐵 =
cos 30°
𝑁𝐴𝐵 = 𝑂, 92𝑁𝐴𝐶
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(𝑂, 92𝑁𝐴𝐶 ) sen 30° + 𝑁𝐴𝐶 sen 36,86° = 5 → 1,05𝑁𝐴𝐶 = 5 → 𝑁𝐴𝐶 = 4,76 𝐾𝑁
𝑁𝐴𝐵 = 𝑂, 92𝑁𝐴𝐶 → 𝑁𝐴𝐵 = 0,92(4,76) = 4,38 𝐾𝑁
Dados: 𝜎𝑎𝑑𝑚 = +200 𝑀𝑃𝑎; 𝑁𝐴𝐵 = 4,38 𝐾𝑁; 𝑁𝐴𝐶 = 4,76 𝐾𝑁; 𝑑𝐴𝐵 =? 𝑑𝐴𝐶 =?
Barra AB:
𝑁𝐴𝐵 4,38×103
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 200×106 = → 𝐴𝐴𝐵 = 21,9 𝑚𝑚²
𝐴𝐴𝐵 𝐴𝐴𝐵
2 2
𝜋𝑑𝐴𝐵 𝜋𝑑𝐴𝐵 21,9×4
𝐴𝐴𝐵 = → 21,9 = → 𝑑𝐴𝐵 = √
4 4 𝜋
Barra AC:
𝑁𝐴𝐶 4,76×103
6
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 200×10 = → 𝐴𝐴𝐶 = 23,8 𝑚𝑚²
𝐴𝐴𝐶 𝐴𝐴𝐶
2 2
𝜋𝑑𝐴𝐶 𝜋𝑑𝐴𝐶 23,8×4
𝐴𝐴𝐶 = → 23,8 = → 𝑑𝐴𝐶 = √
4 4 𝜋
EXEMPLO 8
Cada barra da treliça mostrada na figura tem área transversal igual
a 1,25 in². Se a tensão normal admissível para as barras vale 20 ksi,
quer à tração quer à compressão, determinar a máxima carga P que
pode ser aplicada a esta treliça como indicado.
(DCL)
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SOLUÇÃO:
Primeiramente vamos converter a unidades de medida de pés (ft) para polegadas
(in):
3 𝑓𝑡 (𝑝𝑒ç𝑎)×12 = 36 𝑖𝑛 (𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎); 4 𝑓𝑡×12 = 48 𝑖𝑛
Podemos fazer uma seção passando pelas barras AD, BD e BC e calculamos o ângulo
da barra BD com a horizontal.
48
𝛼 = tan−1 ( ) = 53,13°
36
Agora podemos calcular as forças nas barras:
1𝑃
∑ 𝐹𝑥 = 0: − 𝑁𝐵𝐷 cos 53,13° + 𝑃 = 0 → 𝑁𝐵𝐷 = → 𝑁𝐵𝐷 = 1,66𝑃
cos 53,13°
−48𝑃
∑ 𝑀𝐷 = 0: − 𝑁𝐵𝐶 (36) − 𝑃(48) = 0 → 𝑁𝐵𝐶 = → 𝑁𝐵𝐶 = −1,33𝑃
36
Note que as barras AB e BD estão na mesma linha de ação do ponto D, logo são
desprezadas.
EXEMPLO 9
(Adaptado de POPOV, 1978) Dimensionar as barras FC e CB da
treliça representada na figura de modo a resistir à ação de uma força
indicada P de 650 kN. Admitir para a tensão admissível um valor de
140 MPa.
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(DCL)
SOLUÇÃO:
Para determinar as forças nos membros a serem projetados, primeiramente vamos
calcular as reações de apoio. O ângulo da força P com a horizontal é:
3
𝛼 = tan−1 ( ) = 36,86°
4
𝐷𝑦 = 325 𝐾𝑁
O próximo passo é analisar as barras de interesse e utilizar o método das seções, pois
pelo método nos nós seria bem mais trabalhoso. Devemos atentar que uma seção
passando pelas duas barras a serem dimensionadas, FC e CB, não resolveria o
problema.
Seção 1: passando pelas barras FC, AC e AB e analisando a esquerda essa seção
temos:
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47
𝑁𝐹𝐶 6
86,66×103
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 140 ×10 = → 𝑨𝑨𝑩 = 𝟔𝟏𝟗×𝟏𝟎−𝟔 𝒎
𝐴𝐹𝐶 𝐴𝐴𝐵
𝑨𝑨𝑩 = 𝟔𝟏𝟗 𝒎𝒎²
Da mesma forma a seção 2 vai passar nas barras CG, CB e AB e fazemos a análise
à direita da seção:
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48
EXEMPLO 10
(BEER, 2006) Para a treliça e o carregamento mostrados na figura,
determinar a tensão normal na barra AD indicando se é de tração
ou de compressão. Sabe-se que a área da seção transversal desta
barra é igual a 1200 mm².
SOLUÇÃO:
∑ 𝐹𝑥 = 0: 𝐹𝑥 + 75 = 0 → 𝐹𝑥 = −75 𝐾𝑁
∑ 𝐹𝑦 = 0: 𝐹𝑦 + 110 − 200 = 0 → 𝐹𝑦 = 90 𝐾𝑁
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49
Outra opção para encontrar o valor do carregamento da barra DA, seria fazer
primeiramente o somatório de momentos no ponto D com o objetivo de encontrar a
força na barra BA, para depois fazer o somatório de forças verticais para encontrar o
esforço na barra DA.
𝑁𝐴𝐷 190,15×103
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = → 𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟏𝟓𝟖, 𝟑𝟑 𝑴𝑷𝒂
𝐴𝐴𝐷 1200×10−6
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Resumo 50
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Complementar 51
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Referências Bibliográficas 52
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard Blucher,
1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica, 2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2° ed.
2003.
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Exercícios 53
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54
3 – (HIBBELER, 2010) Cada uma das barras da treliça tem área de seção transversal
de 780 mm². Se a tensão normal média máxima em qualquer barra não pode
ultrapassar 140 MPa, determine o valor máximo P das cargas que podem ser
aplicadas a treliça.
4 – (HIBBELER, 2010) Os dois elementos de aço estão interligados por uma solda de
topo de angulada de 60°. Determine a tensão de cisalhamento médio e a tensão
normal média suportada no plano da solda.
Resposta: 90 mm e 110 mm
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55
6 – (Adaptado de POPOV, 1978) Uma torre utilizada em uma linha de alta tensão é
representada na figura. Sabendo-se que a mesma está submetida a uma força
horizontal de 540 kN e que as tensões admissíveis valem 100 MPa à compressão e
140 MPa à tração, respectivamente, qual a área necessária para a seção transversal
das barras AB e AD? Todas as barras são articuladas.
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Aula 3 56
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
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57
Toda a vez que um corpo tende a mudar de forma e de tamanho pela aplicação
de uma força ou carregamento, dizemos que o corpo sofre uma deformação. É
importante que as deformações sejam controladas para evitarmos que as
deformações excedam os valores admissíveis e que a estrutura venha a falhar no fim
ao qual estava destinada. Por meio da análise de deformações podemos também
determinar as tensões.
P
e (2.1)
A L
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58
Quando a barra for de seção variável, a tensão normal varia ao longo da barra
e é necessário definirmos a deformação específica normal , em um dado ponto Q,
considerando-se um pequeno elemento da barra em torno do ponto Q, e expressando-
se o comprimento do elemento por x (Figura 2.3) e por sua deformação devido
ao carregamento, da seguinte forma:
d
lim (2.2)
x dx
Figura 2.3
Fonte: BEER, 2010
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59
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60
https://www.youtube.com/watch?v=4bokS5qZN1w
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61
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62
Onde:
U = tensão última do material
R = tensão de ruptura
(a) (b)
Figura 2.9 - Diagrama tensão-deformação para materiais dúcteis
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/363922/
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63
Figura 2.10
Fonte: HIBBELER, 2010
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64
referida por tensão última, σU. Durante a execução do ensaio nesta região, enquanto
o corpo-de-prova é alongado, sua área da seção transversal diminui ao longo de seu
comprimento nominal, até o ponto que a deformação corresponda a tensão última.
✓ Estricção: Ao atingir a tensão última, a área da seção transversal começa a
diminuir em uma região localizada do corpo-de-prova, e não mais ao longo do seu
comprimento nominal. Este fenômeno é causado pelo deslizamento de planos no
interior do material e as deformações reais produzidas pela tensão cisalhante. Uma
vez que a área da seção transversal diminui constantemente, esta área só pode
sustentar uma carga menor. Assim, o diagrama tensão-deformação tende a curvar-se
para baixo até a ruptura do corpo-de-prova com uma tensão de ruptura, σR (Figura
2.11).
Figura 2.11
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/363922/
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65
Figura 2.12
Fonte: Adaptado de BEER, 2006
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66
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67
𝜎 = 𝐸. 𝜀 (2.5)
Figura 2.15 - Diagrama para ferro puro e aços com diferentes teores de carbono
Fonte: BEER, 2006
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68
P
Consideremos a barra da Figura 2.1. Se a tensão atuante não exceder
A
o limite de proporcionalidade do material, podemos aplicar a Lei de Hooke e escrever
E. , logo:
P
(2.6)
E A.E
Sendo ou .L (2.7)
L
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69
Problemas em que as forças internas não podem ser calculadas apenas com
os recursos da estática, usando os diagramas de corpo livre e as equações de
equilíbrio, são ditos estaticamente indeterminados. Para calcular as forças externas
(reações) precisamos, além das equações de equilíbrio, complementar com equações
da deformação, que podem envolver condições geométricas do problema.
O exemplo 9 da aula 4 ilustra um caso de eixos estaticamente indeterminados.
Figura 2.16
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/363922/
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70
x x
x e y z (2.12)
E E
T TL (2.13)
onde:
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71
T TL (2.13)
e
P.L
P (2.8)
E. A
Figura 2.16
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/363922/
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Resumo 72
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Complementar 73
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Referências Bibliográficas 74
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard Blucher,
1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica, 2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2° ed.
2003.
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Exercícios 75
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76
3 – (BEER, 2006) A barra BDE é suspensa por duas hastes AB e CD. A haste AB é
de alumínio (EAl = 70 GPa) com área de 500 mm2. A haste CD é de aço (Eaço = 200
GPa) com área de 600 mm2. Para a força de 30 kN determine:
a) o deslocamento da extremidade B, Resposta: 0,514 mm
b) o deslocamento da extremidade D, Resposta: - 0,3 mm
c) o deslocamento de E. Resposta: -1,928 mm
4 – (BEER, 2006) Duas barras cilíndricas maciças são ligadas em B e carregadas coo
mostrado. O ponto C é fixo. A barra AB é de aço (Eaço = 200 GPa) e a barra BC é de
latão (Elatão = 105 GPa). Determine:
a) a deformação total da barra ABC, Resposta: -0,1549 mm
b) a deflexão do ponto B. Resposta: 0,1019 mm
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Aula 4 77
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após a resolução dos exercícios presentes nessa aula, você
seja capaz de:
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78
EXEMPLO 1
O diagrama tensão-deformação de um material é mostrado abaixo.
Se um corpo-de-prova é carregado até 600 MPa, determine a
deformação permanente remanescente quando o corpo é
descarregado. Calcule também o módulo de resiliência antes e após
a aplicação do carregamento.
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79
SOLUÇÃO:
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80
EXEMPLO 2
(Adaptado de BEER, 2006) Uma barra de material homogêneo tem
500 mm de comprimento e 16 mm de diâmetro. Sob a ação da carga
de 12 KN o seu comprimento aumenta em 300 m e seu diâmetro se
reduz em 2,4 m. Determine o módulo de elasticidade e o coeficiente
de Poisson do material.
SOLUÇÃO:
Para calcular o módulo de elasticidade, precisamos primeiro calcular a tensão.
Dados: 𝑃 = 12 𝐾𝑁; 𝜀𝑥 = 6×10−4 𝑚; 𝑑 = 0,016 𝑚; 𝜎 =?; 𝐸 =?
𝜋𝑑² 𝜋×0,016²
𝐴= = = 2,01×10−4 𝑚²
4 4
𝑃 12×103
𝜎= = = 59,7 𝑀𝑃𝑎
𝐴 2,01×10−4
𝜎 59,7×106
𝜎 = 𝐸. 𝜀 (𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐻𝑜𝑜𝑘𝑒) → 𝐸 = = → 𝑬 = 𝟗𝟗, 𝟓×𝟏𝟎𝟗 → 𝟗𝟗, 𝟓 𝑮𝑷𝒂
𝜀𝑥 6×10−4
Coeficiente de Poisson:
A deformação axial ou longitudinal é aquela que ocorre ao longo do comprimento da
peça, e a deformação transversal é aquela perpendicular ao comprimento da peça,
𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝜀𝑦
assim: 𝜈 = |𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙| = |𝜀 |
𝑥
−6
Dados: 𝛿𝑥 = 300×10 𝑚; 𝐿𝑥 = 0,5 𝑚; 𝛿𝑦 = −2,4×10−6 𝑚; 𝐿𝑦 = 0,016 𝑚
𝛿𝑥 300×10−6
𝜀𝑥 = = → 𝜀𝑥 = 6×10−4 𝑚
𝐿𝑥 0,5
𝛿𝑦 −2,4×10−6
𝜀𝑦 = = → 𝜀𝑦 = −1,5×10−4 𝑚
𝐿𝑦 0,016
𝜀𝑦 1,5×10−4
𝜈=| |= → 𝝂 = 𝟎, 𝟐𝟓
𝜀𝑥 6×10−4
O coeficiente de Poisson é adimensional.
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81
EXEMPLO 3
(Adaptado de HIBBELER, 2010) O conjunto abaixo consiste de um
tubo de alumínio AB tendo uma área de 400 mm 2. Uma haste de
aço de diâmetro 10 mm é conectada ao tubo AB por uma arruela e
uma porca em B. Se uma força de 80 kN é aplicada na haste,
determine o deslocamento da extremidade C da barra. Considere
Eaço = 200 GPa e EAl = 70 GPa.
SOLUÇÃO:
Podemos observar que ao ser aplicada essa força na haste, ela está sendo tracionada
e como a haste está conectada no tubo essa mesma força está comprimindo o tubo,
logo o deslocamento da extremidade C vai ser o somatório dos deslocamentos da
haste e do tubo.
Calcular a área da haste de aço onde 𝑑 = 0,01 𝑚:
𝜋𝑑² 𝜋×0,01²
𝐴ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = = = 78,54×10−6 𝑚²
4 4
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82
EXEMPLO 4
SOLUÇÃO:
Primeiramente vamos calcular a força nas barras BA e DC após passar uma seção
cortando estas barras:
a) 𝐸𝐵𝐴 = 70𝐺𝑃𝑎; 𝐿𝐵𝐴 = 0,3 𝑚; 𝐴𝐵𝐴 = 0,5 𝑚²; 𝑁𝐵𝐴 = −60 𝐾𝑁; 𝛿𝐵 =?
𝑁𝐵𝐴 ×𝐿𝐵𝐴 −60×103 ×0,3
𝛿𝐵 = = → 𝜹𝑩 = −𝟓𝟏𝟒×𝟏𝟎−𝟔 𝒎 = 𝟎, 𝟓𝟏𝟒 𝒎𝒎 ↓
𝐸𝐵𝐴 ×𝐴𝐵𝐴 70×109 ×500×10−6
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83
EXEMPLO 5
SOLUÇÃO:
Podemos observar que a barra tem três seções AB, BC e CD, assim o deslocamento
da barra será o somatório do deslocamento de cada seção:
𝛿𝐴𝐷 = 𝛿𝐴𝐵 + 𝛿𝐵𝐶 + 𝛿𝐶𝐷
A carga ou força aplicada muda de acordo com a seção, sendo que no extremo fixo a
carga ou força aplicada será máxima
𝑃𝐴𝐵 = 500 − 300 + 200 = 400 𝐾𝑁
𝑃𝐵𝐶 = −300 + 200 = −100 𝐾𝑁
𝑃𝐶𝐷 = 200 𝐾𝑁
Calculando o deslocamento da barra AB:
Dados: 𝑃𝐴𝐵 = 400 𝐾𝑁; 𝐿𝐴𝐵 = 0,3 𝑚; 𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎; 𝐴𝐴𝐵 = 600×10−6 𝑚2
𝑃𝐴𝐵 ×𝐿𝐴𝐵 400×103 ×0,3
𝛿𝐴𝐵 = = = 1×10−3 𝑚
𝐸𝑎ç𝑜 ×𝐴𝐴𝐵 200×109 ×600×10−6
Calculando o deslocamento da barra BC:
Dados: 𝑃𝐵𝐶 = −100 𝐾𝑁; 𝐿𝐵𝐶 = 0,3 𝑚; 𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎; 𝐴𝐵𝐶 = 600×10−6 𝑚2
𝑃𝐵𝐶 ×𝐿𝐵𝐶 −100×103 ×0,3
𝛿𝐵𝐶 = = = −2,5×10−4 𝑚
𝐸𝑎ç𝑜 ×𝐴𝐵𝐶 200×109 ×600×10−6
Calculando o deslocamento da barra CD:
Dados: 𝑃𝐶𝐷 = 200 𝐾𝑁; 𝐿𝐶𝐷 = 0,4 𝑚; 𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎; 𝐴𝐶𝐷 = 200×10−6 𝑚²
𝑃𝐶𝐷 ×𝐿𝐶𝐷 200×103 ×0,4
𝛿𝐶𝐷 = = = 2×10−3 𝑚
𝐸𝑎ç𝑜 ×𝐴𝐶𝐷 200×109 ×200×10−6
Logo:
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84
EXEMPLO 6
(Adaptado de BEER, 2006) Duas barras de 36 mm de diâmetro, ABC
de aço e CD de bronze, são ligadas em C e formando a barra ABCD
de 7,5 m de comprimento. Determinar, para a carga aplicada e
desprezando o peso da barra, os deslocamentos: a) da seção C;
b) da seção D.
SOLUÇÃO:
Nesse exemplo temos duas barras, a barra ABC que tem duas seções e a barra CD
que é homogênea, logo tem uma seção, usaremos o mesmo critério de cálculo do
exemplo anterior.
Dado o diâmetro 𝑑 = 0,036 𝑚, calculamos a área comum a todas as seções:
𝜋𝑑² 𝜋×0,036²
𝐴= = = 1,02×10−3 𝑚²
4 4
a) Dados: 𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎; 𝑃𝐴𝐵 = 150 𝐾𝑁; 𝐿𝐴𝐵 = 2 𝑚; 𝑃𝐵𝐶 = 100 𝐾𝑁; 𝐿𝐵𝐶 = 3 𝑚;
𝐴 = 1,02×10−3 𝑚²; 𝛿𝐶 =?
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85
b) Dados: 𝐸𝑏𝑟𝑜𝑛𝑧𝑒 = 105 𝐺𝑃𝑎; 𝑃𝐶𝐷 = 100 𝐾𝑁; 𝐿𝐶𝐷 = 2,5 𝑚; 𝐴 = 1,02×10−3 𝑚² ;
𝛿𝐶𝐷 =?
𝑃𝐶𝐷 ×𝐿𝐶𝐷
𝛿𝐷 = 𝛿𝐴𝐵 + 𝛿𝐵𝐶 + 𝛿𝐶𝐷 → 𝛿𝐷 = 𝛿𝐶 +
𝐸𝑏𝑟𝑜𝑛𝑧𝑒 ×𝐴𝐶𝐷
100×103 ×2,5
𝛿𝐷 = 2,94×10−3 +
105×109 ×1,02×10−3
𝜹𝑫 = 𝟓, 𝟐𝟖×𝟏𝟎−𝟑 → 𝜹𝑫 = 𝟓, 𝟐𝟖 𝒎𝒎
EXEMPLO 7
(Adaptado de HIBBELER, 2010) Uma barra maciça de aço
inoxidável A está envolvida pelo tubo B feito em bronze. Ambos
estão apoiados sobre uma base rígida. Se uma força igual a 5 kip é
aplicada a tampa rígida, determinar o diâmetro d necessário para a
barra A de modo que a força aplicada seja igualmente distribuída
entre os dois elementos estruturais. Considerar Eaço=28x10³ ksi e Ebronze=14,6x10³ ksi.
SOLUÇÃO:
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86
𝜋𝑑²
Dados da barra de aço: 𝑃 = 5000 𝑙𝑏; 𝐿 = 8 𝑖𝑛; 𝐸𝑎ç𝑜 = 28×106 𝑙𝑏/𝑖𝑛²; 𝐴𝑎ç𝑜 = 4
EXEMPLO 8
(Adaptado de HIBBELER, 2010) A viga rígida AC é suportada por
duas barras de aço como mostrado na figura. Se a tensão normal
admissível para o aço vale 16,2 ksi, a carga w = 3 kip/ft e x = 4 ft,
determinar o diâmetro para cada barra de modo que a viga
permaneça na posição horizontal após o seu carregamento.
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87
SOLUÇÃO:
𝑘𝑖𝑝 3000
Dados: 𝑊 = 3 = = 250 𝑙𝑏/𝑖𝑛, ×𝐿𝐶𝐷 = 6×12 = 72 𝑖𝑛
𝑓𝑡 12
𝑁𝐴𝐵 = 9000 𝑙𝑏
Para determinarmos o diâmetro de cada barra “de modo que a viga permaneça na
posição horizontal após o seu carregamento”, devemos considerar a condição que o
deslocamento nas duas barras serão iguais, logo: 𝜹𝑨𝑩 = 𝜹𝑪𝑫 .
𝑁𝐴𝐵 ×𝐿𝐴𝐵 𝑁𝐶𝐷 ×𝐿𝐶𝐷
𝛿𝐴𝐵 = 𝛿𝐶𝐷 → =
𝐸×𝐴𝐴𝐵 𝐸×𝐴𝐶𝐷
O comprimento das barras e o módulo de elasticidade têm o mesmo valor e se
cancelam:
𝑁𝐴𝐵 𝑁𝐶𝐷 9000 3000 9000×𝐴𝐶𝐷
= → = → 𝐴𝐴𝐵 = → 𝐴𝐴𝐵 = 3𝐴𝐶𝐷
𝐴𝐴𝐵 𝐴𝐶𝐷 𝐴𝐴𝐵 𝐴𝐶𝐷 3000
Barra AC:
2
2
𝜋𝑑𝐶𝐷 2
0,185×4
𝐴𝐶𝐷 = 0,185 𝑖𝑛 → = 0,185 → 𝑑𝐶𝐷 = → 𝑑𝐶𝐷 = √0,24
4 𝜋
𝒅𝑪𝑫 = 𝟎, 𝟒𝟖𝟓 𝒊𝒏
Barra AB:
2
𝜋𝑑𝐴𝐵 2
0,555×4
𝐴𝐴𝐵 = 0,555𝑖𝑛2 → = 0,555 → 𝑑𝐴𝐵 = → 𝑑𝐴𝐵 = √0,71
4 𝜋
𝒅𝑨𝑩 = 𝟎, 𝟖𝟒𝟏 𝒊𝒏
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88
EXEMPLO 9
SOLUÇÃO:
A barra está fixa nos extremos, o que significa que o deslocamento da barra AB será
igual a zero. Então:
𝜹𝑨𝑩 = 𝟎
𝜹𝑨𝑩 = 𝜹𝑨𝑫 + 𝜹𝑫𝑪 + 𝜹𝑪𝑲 + 𝜹𝑲𝑩 = 𝟎
Para encontrar a reação no extremo A (𝐴𝑦) vamos calcular de cima pra baixo os
carregamentos presentes nas quatro seções:
𝑃𝐴𝐷 = 𝐴𝑦; 𝑃𝐷𝐶 = 𝐴𝑦 − 300; 𝑃𝐶𝐾 = 𝐴𝑦 − 300;
𝑃𝐾𝐵 = 𝐴𝑦 − 300 − 600 = 𝐴𝑦 − 900
Dados 𝐴𝐴𝐷 = 𝐴𝐷𝐶 = 250×10−6 𝑚²; 𝐴𝐶𝐾 = 𝐴𝐾𝐵 = 400×10−6 𝑚²; 𝐿 = 0,15 𝑚 para todos
os trechos e os carregamentos calculados acima, temos:
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89
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90
EXEMPLO 10
(Adaptado de HIBBELER, 2010) A viga rígida AB está apoiada
em duas colunas curtas como apresentado abaixo. A coluna AC
é de aço e tem diâmetro de 20 mm, e a coluna BD é de alumínio
e tem diâmetro de 40 mm. Determine o deslocamento do ponto
F na viga AB se a carga de 90 kN é aplicada sobre este ponto.
Adote Eaço = 200 GPa, EAl = 70 GPa.
SOLUÇÃO:
∑ 𝐹𝑦 = 0: 𝑁𝐴𝐶 − 90 + 30 = 0 → 𝑁𝐴𝐶 = 60 𝐾𝑁
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91
Coluna BD:
Dados: 𝑁𝐵𝐷 = 30 𝐾𝑁; 𝐿𝐵𝐷 = 0,3 𝑚; 𝐸𝐴𝑙 = 70 𝐺𝑃𝑎; 𝐴𝐵𝐷 = 1,26×10−3 𝑚²
𝑁𝐵𝐷 ×𝐿𝐵𝐷 30×103 ×0,3
𝛿𝐵 = = → 𝛿𝐵 = 1,02×10−4 𝑚
𝐸𝐴𝑙 ×𝐴𝐵𝐷 70×109 ×1,26×10−3
Deslocamento do ponto F:
𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 1 𝑎′ 𝑏′ 𝑐′
= = =
𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 2 𝑎 𝑏 𝑐
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92
EXEMPLO 11
(Adaptado de HIBBELER, 2010) Uma barra rígida está presa a
parte superior de três postes, feitos de aço A-36 e alumínio 2014-
T6. Cada um dos postes tem comprimento de 250 mm quando não
há nenhuma carga aplicada à barra e a temperatura é de T1=20°C.
Determine a força suportada por cada poste se a barra for
submetida a um carregamento distribuído uniformemente de 150
KN/m e a temperatura aumentar até T2 = 80°C.
(DCL)
SOLUÇÃO:
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93
2
𝜋𝑑𝑎ç𝑜 𝜋×0,042
𝐴𝑎ç𝑜 = = = 1,26×10−3 𝑚2
4 4
2
𝜋𝑑𝐴𝑙 𝜋×0,062
𝐴𝐴𝑙 = = = 2,83×10−3 𝑚²
4 4
𝐹𝑎ç𝑜 ×𝐿 𝐹𝐴𝑙 ×𝐿
−𝛼(∆ 𝑇 )𝐿 + = −𝛼(∆ 𝑇 )𝐿 +
𝐴𝑎ç𝑜 ×𝐸 𝐴𝐴𝑙 ×𝐸
𝐹𝑎ç𝑜 ×0,25
−12×10−6 ×60×0,25 +
1,26×10−3 ×200×109
𝐹𝑎𝑙 ×0,25
= −23×10−6 ×60×0,25 +
2,83×10−3 ×73,1×109
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Resumo 94
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Complementar 95
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Referências Bibliográficas 96
Básica:
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HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
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BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
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DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica, 2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2° ed.
2003.
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Exercícios 97
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98
4 – (HIBBELER, 2010) A viga rígida AC está apoiada em suas extremidades por dois
tirantes de aço AB e CD. Se a tensão normal admissível para o aço vale adm =
115MPa, Eaço = 200 GPa, a carga w = 50 KN/m e x = 1,2m, determinar o diâmetro
para tirante de modo que a viga permaneça na posição horizontal após o seu
carregamento. Resposta: 22,32 e 12,89 mm
6 – Para fixar todo o conteúdo visto, volte em cada exercício e escreva o passo a
passo para a resolução de cada um.
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Aula 5
99
CAPÍTULO 3: TORÇÃO
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
➢ Analisar peças submetidas ao carregamento de torção;
➢ Analisar o estado de tensão conhecido como cisalhamento puro e a
obtenção da relação entre os módulos de elasticidade E e G em tração
e cisalhamento, aplicando a Lei de Hooke;
➢ Analisar de eixos estaticamente indeterminados;
➢ Determinar o ângulo de torção;
➢ Analisar eixos de rotação e determinar a potência que eles transmitem;
➢ Calcular a tensão de cisalhamento e o ângulo em peças de seção não
circular.
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100
3. TORÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO
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101
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102
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103
. máx
(3.3)
c
Figura 3.4
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104
(dA) T (3.7)
Figura 3.5
.d 4
• Para eixo maciço: I P
32
.(d e 4 d i 4 )
• Para eixo vazado: I P
32
O momento polar de inércia IP é uma propriedade geométrica do eixo circular e
seu valor é sempre positivo. Em algumas bibliografias IP é dado por J.
As equações 3.8 e 3.9 são conhecidas como as fórmulas de torção em regime
elástico.
Como unidades de medidas temos:
T [N.m]; c ou [m]; Ip [m4]; [N/m² = Pa] ou
T [lb.in]; c ou [in]; Ip [in4]; [lb.in² = Psi].
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105
Segundo Beer (2006) se o eixo tem seção circular variável (Figura 3.6) a
equação 3.11 deve ser aplicada deve ser aplicada a um disco de espessura dx.
Ângulo, segundo o qual uma face do disco gira em relação a outra é dada ela equação
3.13:
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106
L Tdx
(3.13)
0 G.I P
Figura 3.6
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107
proporcionais a rA e rB, desde que os arcos CC’ e CC” descritos pelos dentes das
engrenagens sejam iguais (BEER, 2006).
Figura 3.8
Fonte: BEER, 2006
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108
Todas as fórmulas deste capítulo desenvolvidas até aqui são válidas apenas
para eixos de seção circular. Foi estabelecido pelas deduções das equações que as
seções transversais permanecem planas após a deformação e mantém sua forma.
O mesmo não ocorre com as seções não circulares, que quando a barra for
torcida a barra se deformará devido à falta de axissimetria, e a própria seção
transversal sairá de seu plano original como mostra a Figura 3.9.
Figura 3.9
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109
Figura 3.10
Fonte: BEER, 2006
Fonte: BEER,2006
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110
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111
Figura 3.11
Fonte: HIBBELER, 2010
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Resumo 112
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Complementar 113
https://www.youtube.com/watch?v=htdFuxI7JTw
https://www.youtube.com/watch?v=NOOMtr2UNq8
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Referências Bibliográficas 114
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard Blucher,
1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BUFFONI, S.S.O. Resistência dos Materiais, Universidade Federal Fluminense –
Rio de Janeiro: 2008.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
LACERDA, F. S. Resistência dos Materiais. Ed. Globo, Rio de Janeiro. 1964.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica, 2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2° ed.
2003.
RODRIGUES, L.E.M.J. Resistência dos Materiais, Instituto Federal" de Educação,
Ciência e Tecnologia – São Paulo:2009.
TIMOSHENKO,S.P. Teoria da Elasticidade. Nova Iorque, MCGraw-Hill. 3° ed. 1970.
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Exercícios 115
1 – (HIBBELER, 2010) O eixo está apoiado em dois mancais e sujeito a três torques.
Determine a tensão de cisalhamento desenvolvida nos pontos A e B localizados na
seção a–a do eixo. Resposta:1,89 MPa e 0,377 MPa
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116
4 – O eixo composto mostrado consiste em uma camisa de latão (G lat = 39GPa) com
5mm de espessura, colado a um núcleo de aço (Gaço = 77GPa) com diâmetro de
40mm. Sabendo-se que o eixo é submetido a um torque de 600Nm, determinar:
(a) a máxima tensão de cisalhamento na camisa do latão; Resposta: 27,6MPa
(b) a máxima tensão de cisalhamento no núcleo de aço; Resposta: 17,47MPa
(c) o ângulo de torção de A, relativo a B. Resposta: 2,05°
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Aula 6
117
CAPÍTULO 3: TORÇÃO
APRESENTAÇÃO DA AULA
Nesta aula iremos resolver exercícios sobre o conteúdo do capítulo 3 que foi
apresentado na aula 5. Os exemplos ilustrados aqui representam apenas algumas
das muitas aplicações em projetos e análise de sistemas estruturais de engenharia,
relacionadas com as deformações e tensões causadas pela aplicação de torques ou
momentos torçores em elementos estruturais.
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após a resolução dos exercícios presentes nessa aula, você
seja capaz de:
➢ Conhecer os principais elementos estruturais que estão sujeitas a deformações
por torques e suas aplicações na engenharia;
➢ Determinar o ângulo em elementos estruturais considerando a aplicação de
carregamentos de torção;
➢ Calcular tensão de cisalhamento em elementos estruturais considerando a
aplicação de carregamentos de torção;
➢ Resolver problemas estaticamente indeterminados;
➢ Projetar eixos de transmissão no que diz respeito ao carregamento, potência ou
seção transversal;
➢ Calcular tensões e deformações para elementos de seções não circulares.
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118
É importante não esquecer, como foi dito nas aulas 2 e 4, que a força resultante
interna na seção (torque interno neste capítulo) é determinada pelas equações de
equilíbrio (somatório dos momentos). Não esqueça de fazer um diagrama de corpo
livre (DCL) da seção do elemento de interesse.
Vamos ao trabalho!
EXEMPLO 1
(BEER, 206) Determinar o maior valor do momento torçor que pode
ser aplicado a cada uma das barras de latão indicadas, adotando
adm = 40 MPa. Notar que as barras maciças têm a mesma área da
seção transversal, enquanto que a barra quadrada e o tubo de
seção quadrada tem as mesmas dimensões externas.
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119
SOLUÇÃO:
As barras 1 e 2 são maciças e podemos calcular o torque por meio da equação
3.16:
𝑇1
𝜏𝑚á𝑥 =
𝐶1 . 𝑎. 𝑏²
Barra 1: é uma barra com eixo maciço, com medidas 𝑎 = 𝑏 = 0,04 𝑚, o valor
de 𝐶1 , é tabelado e pode ser obtido pela divisão de 𝑎/𝑏.
𝑎 0,04
= =1
𝑏 0,04
na tabela 3.1 da relação 𝑎/𝑏 obtemos o valor do coeficiente 𝐶1 = 0,208
Dados: 𝜏𝑚á𝑥 = 40 𝑀𝑃𝑎; 𝐶1 = 0,208; 𝑎 = 𝑏 = 0,04 𝑚; 𝑇1 =?
𝑇1 𝑇1
𝜏𝑚á𝑥 = → 40×106 = → 𝑻𝟏 = 𝟓𝟑𝟐, 𝟒𝟖 𝑵. 𝒎
𝐶1 . 𝑎. 𝑏² 0,208×0,04×0,04²
Barra 2: é uma barra com eixo maciço, com medidas 𝑎 = 0,064 𝑚 e 𝑏 = 0,025 𝑚,
logo:
𝑎 0,064
= = 2,5
𝑏 0,025
(vale ressaltar que 𝑎 é o lado maior e 𝑏 o lado menor); de acordo com a tabela 𝐶1 =
0,258
Dados: 𝜏𝑚á𝑥 = 40 𝑀𝑃𝑎; 𝑎 = 0,064 𝑚; 𝑏 = 0,025 𝑚; 𝐶1 = 0,258; 𝑇2 =?
𝑇2 𝑇2
𝜏𝑚á𝑥 = → 40×106 = → 𝑻𝟐 = 𝟒𝟏𝟑 𝑵. 𝒎
𝐶1 . 𝑎. 𝑏² 0,258×0,064×0,025²
Barra 3: é um tubo com paredes finas (seção vazada) com espessura 𝑡 = 0,006 𝑚.
Para achar o momento torçor, usaremos a equação 3.18:
𝑇3
𝜏𝑚á𝑥 =
2. 𝑡. 𝑘
Sendo K a área limitada pela linha central da parede:
𝑘 = (0,040 − 0,006)×(0,040 − 0,006) = 1,156×10−3 𝑚²
Dados: 𝑘 = 1, 156×10−3 𝑚²; 𝑡 = 0,006 𝑚; 𝜏𝑚á𝑥 = 40 𝑀𝑃𝑎; 𝑇3 =?
𝑇3 𝑇3
𝜏𝑚á𝑥 = → 40×106 = → 𝑻𝟑 = 𝟓𝟓𝟒, 𝟖𝟖 𝑵. 𝒎
2. 𝑡. 𝑘 2×0,006×1, 156×10−3
A barra 1 como tem seção quadrada também pode ter seu torque calculado
pela expressão da tabela 2, sendo a = 0,04m:
0,481𝑇1 0,481𝑇1
𝜏𝑚á𝑥 = → 40×106 = → 𝑻𝟏 = 𝟓𝟑𝟐, 𝟐𝟐 𝑵𝒎
𝑎³ 0,04³
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120
EXEMPLO 2
(Adaptado de BEER, 2006) Os momentos de torção indicados
atuam nas polias A, B, C e D. Sabendo-se que os eixos são
maciços, determinar a máxima tensão de cisalhamento:
a) no eixo BC;
b) no eixo CD.
SOLUÇÃO:
Primeiramente vamos calcular momento polar de inércia nos eixos BC e CD:
𝜋𝑑 4 𝜋×2,54
𝐼𝑝𝐵𝐶 = = → 𝐼𝑝𝐵𝐶 = 3,83 𝑖𝑛4
32 32
𝜋𝑑4 𝜋×24
𝐼𝑝𝐶𝐷 = = → 𝐼𝑝𝐶𝐷 = 1,57 𝑖𝑛4
32 32
a) Calculando a tensão máxima de cisalhamento o eixo BC:
Dados: 𝑇𝐵𝐶 = 30 − 65 = −35 𝑘𝑖𝑝. 𝑖𝑛 ou 𝑇𝐵𝐶 = 15 + 20 = 35 𝑘𝑖𝑝. 𝑖𝑛
Em eixos “livres” o somatório dos torques é zero.
𝑑 2,5
𝑐= = = 1,25 𝑖𝑛
2 2
𝑇𝐵𝐶 ×𝑐 35000×1,25
𝜏𝑚á𝑥 = = → 𝝉𝒎á𝒙 = 𝟏𝟏, 𝟒𝟐 𝒌𝒔𝒊
𝐼𝑝𝐵𝐶 3,83
b) Agora no eixo CD, dados: 𝑇𝐶𝐷 = 15 𝑘𝑖𝑝. 𝑖𝑛 ou 𝑇𝐶𝐷 = 30 − 65 + 20 = −15 𝑘𝑖𝑝. 𝑖𝑛
Em eixos “livres” o somatório dos torques é zero.
𝑑 2
𝑐= = = 1 𝑖𝑛
2 2
𝑇𝐶𝐷 ×𝑐 15000×1
𝜏𝑚á𝑥 = = → 𝝉𝒎á𝒙 = 𝟗, 𝟓𝟓 𝒌𝒔𝒊
𝐼𝑝𝐶𝐷 1,57
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121
EXEMPLO 3
(BEER, 206) O eixo circular BC é vazado e tem diâmetros de 90
mm e 120 mm, respectivamente interno e externo. Os eixos AB e
CD são maciços com diâmetro d.:
a) Determine o valor máximo e o valor mínimo da tensão de
cisalhamento no eixo BC;
b) Qual o diâmetro necessário nos eixos AB e CD se a tensão
admissível no material é 65 MPa?
SOLUÇÃO:
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122
𝐶1 0,045
𝜏𝑚í𝑛 = 𝜏 → 𝜏𝑚í𝑛 = ×86,33×106 → 𝝉𝒎í𝒏 = 𝟔𝟒, 𝟕𝟒 𝑴𝑷𝒂
𝐶2 𝑚á𝑥 0,06
b) Calcular o diâmetro necessário nos eixos AB e CD, que são vazados.
Os dois trechos sofrem o mesmo valor de 𝑇, tem o mesmo valor de 𝐼𝑝 , sendo o
diâmetro igual para os dois eixos
𝜋𝑑4 𝑑
Dados: 𝑇 = 6 𝐾𝑁; 𝜏𝑚á𝑥 = 65 𝑀𝑃𝑎; 𝐼𝑝 = ; 𝑐=
32 2
𝑑
𝑇×𝑐 6×103 × 2 𝑑 32
𝜏𝑚á𝑥 = → 65×106 = 𝜋𝑑4
→ 65×106 = 6×103 × × 4
𝐼𝑝 2 𝜋𝑑
32
65×106 𝑑 32 32 32
= × 4 → 10,83×103 = → 2𝜋𝑑 3 =
6×103 2 𝜋𝑑 2𝜋𝑑 3 10,83×103
2,95×10−3
2𝜋𝑑3 = 2,95×10−3 → 𝑑3 = → 𝑑 3 = 4,7×10−4
2𝜋
3
𝑑 = √4,7×10−4 → 𝒅 = 𝟕𝟕, 𝟕𝟓×𝟏𝟎−𝟑 → 𝒅 = 𝟕𝟕, 𝟕𝟓 𝒎𝒎
EXEMPLO 4
(BEER, 2006) Um eixo circular vazado de aço tem comprimento
L = 1,5 m e diâmetros interno e externo, respectivamente, de 40
mm e 60 mm.
a) Qual é o maior momento de torção que pode ser aplicado ao
eixo, para que as tensões de cisalhamento não excedam 120
MPa?
b) Qual é o valor mínimo da tensão de cisalhamento para este caso?
c) Que valor do momento de torção deve ser aplicado à extremidade do eixo circular
de modo que o ângulo de torção produzido seja de 2°? Dado G aço = 80 GPa.
SOLUÇÃO:
Primeiramente vamos calcular o momento polar de inércia para o eixo vazado:
Dados: 𝑑𝑒 = 0,06 𝑚; 𝑑𝑖 = 0,04 𝑚
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123
EXEMPLO 5
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124
SOLUÇÃO:
O ângulo de torção tem sua unidade em radianos, passando para graus, temos:
180°
∅𝐴 = 38,82×10−3 𝑟𝑎𝑑× → ∅𝑨 = 𝟐, 𝟐𝟐°
𝜋
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125
EXEMPLO 6
Uma haste AB de diâmetro ds = 66 mm é colocada no interior de
um tubo CD e soldada a ele em C. O tubo tem diâmetro externo de
80 mm e sua parede tem 6 mm de espessura. Sabendo-se que a
tensão admissível do material duas peças é de 60 MPa, determinar
o maior momento de torção T que pode ser aplicado ao conjunto.
SOLUÇÃO:
O maior momento de torção que pode ser aplicado ao conjunto é aquele que tanto a
haste como o tubo podem suportar, então temos que calcular o momento de torção
na haste e no tubo:
𝑇×𝑐 𝜏𝑚á𝑥 ×𝐼𝑝
𝜏𝑚á𝑥 = → 𝑇=
𝐼𝑝 𝑐
Haste AB: 𝑑 = 66 𝑚𝑚; 𝑐 = 0,033 𝑚 e 𝜏𝑚á𝑥 = 60 𝑀𝑃𝑎;
𝜋𝑑4 𝜋×0,0664
𝐼𝑝ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = = → 𝐼𝑝ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 1,86×10−6 𝑚4
32 32
𝜏𝑚á𝑥 ×𝐼𝑝ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 60×106 ×1,86×10−6
𝑇ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = = → 𝑇ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 3,38 𝐾𝑁. 𝑚
𝑐 0,033
Tubo CD : 𝑑𝑒 = 80 𝑚𝑚; 𝑒 = 6 𝑚𝑚; logo 𝑑𝑖 = 𝑑𝑒 − 2𝑒; 𝑐 = 0,04 𝑚 𝑒 𝜏𝑚á𝑥 = 60 𝑀𝑃𝑎
𝑑𝑖 = 𝑑𝑒 − 2𝑒 = 0,08 − 2(0,006) → 𝑑𝑖 = 0,068 𝑚
𝜋(𝑑𝑖 4 − 𝑑𝑒 4 ) 𝜋(0,084 − 0,0684 )
𝐼𝑝𝑡𝑢𝑏𝑜 = = → 𝐼𝑝𝑡𝑢𝑏𝑜 = 1,92×10−6 𝑚4
32 32
𝜏𝑚á𝑥 ×𝐼𝑝𝑡𝑢𝑏𝑜 60×106 ×1,92×10−6
𝑇𝑡𝑢𝑏𝑜 = = → 𝑻𝒕𝒖𝒃𝒐 = 𝟐, 𝟖𝟖 𝑲𝑵. 𝒎
𝑐 0,04
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126
O maior momento torçor que pode ser aplicado ao conjunto é de 𝟐, 𝟖𝟖 𝑲𝑵. 𝒎, pois
se aplicar 3,38 KN.m ao tubo o mesmo não suportará esse carregamento.
EXEMPLO 7
No anteprojeto do esquema apresentado no exemplo 6 foi
especificado que o diâmetro da haste deveria ser ds = 60 mm.
Sabendo-se que o conjunto é feito de aço (G = 80 GPa), determinar
o ângulo de torção no ponto A, quando se aplica à haste um torque
T = 2 KNm.
SOLUÇÃO:
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127
EXEMPLO 8
(BEER 2006) Que diâmetro deve ser usado para o eixo do rotor de
uma máquina de 5 HP, operando a 3600 rpm, se a tensão de
cisalhamento não pode exceder a 59 MPa?
SOLUÇÃO:
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128
EXEMPLO 9
(BEER 2006) Um eixo AB tem 250 mm de comprimento e 20 mm de
diâmetro. O eixo tem seção vazada, com di = 16 mm, no trecho de
125 mm a partir de B. O eixo é de aço (Gaço = 80 GPa). Determinar o
momento torçor exercido no eixo devido a cada apoio quando um
torque de 120 N.m é aplicado no ponto médio AB.
SOLUÇÃO:
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129
EXEMPLO 10
Dois eixos de aço, maciços, são ligados pelo flange em B e
engastados nos extremos A e C. Determinar, para o momento de
torção indicado, a máxima tensão de cisalhamento no eixo AB e no
eixo BC.
SOLUÇÃO:
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130
𝜋𝑑 4 𝜋0,064
𝐼𝑝𝐴𝐵 = → 𝐼𝑝𝐴𝐵 = → 𝐼𝑝𝐴𝐵 = 1,27×10−6 𝑚4
32 32
𝜋𝑑 4 𝜋0,054
𝐼𝑝𝐵𝐶 = → 𝐼𝑝𝐵𝐶 = → 𝐼𝑝𝐵𝐶 = 6,13×10−7 𝑚4
32 32
Precisamos encontrar o valor dos torques nos eixos AB e BC.
Dados: 𝐿𝐴𝐵 = 250 𝑚𝑚; 𝐿𝐵𝐶 = 500 𝑚𝑚:
𝑇𝐴 ×𝐿𝐴𝐵 𝑇𝐶 ×𝐿𝐵𝐶 𝑇𝐴 ×0,25 𝑇𝐶 ×0,5
∅𝐴𝐵 = ∅𝐵𝐶 → = → −6
=
𝐺×𝐼𝑝𝐴𝐵 𝐺×𝐼𝑝𝐵𝐶 𝐺×1,27×10 𝐺×6,13×10−7
Considerando que o módulo de elasticidade transversal do material (aço) dos dois
trechos são iguais:
𝑇𝐴 ×0,25 𝑇𝐶 ×0,5
−6
=
1,27×10 6,13×10−7
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131
𝑇𝐴 ×𝑐 3,24×103 ×0,03
𝜏𝑚á𝑥𝐴𝐵 = = → 𝝉𝒎á𝒙𝑨𝑩 = 𝟕𝟔, 𝟓 𝑴𝑷𝒂
𝐼𝑝𝐴𝐵 1,27×10−6
𝑇𝐶 ×𝑐 0,78×103 ×0,025
𝜏𝑚á𝑥𝐵𝐶 = = → 𝝉𝒎á𝒙𝑩𝑪 = 𝟑𝟏, 𝟖 𝑴𝑷𝒂
𝐼𝑝𝐵𝐶 6,13×10−7
EXEMPLO 11
(BEER 2006) Dois eixos maciços são ligados por engrenagens.
Sabendo-se que o material de cada eixo tem G = 80 GPa e
tensão de cisalhamento admissível de 55 MPa, determinar:
a) o maior valor do torque To que poderá ser aplicado à
extremidade A do eixo AB;
b) o ângulo de rotação da extremidade A do eixo AB, para este
valor de To.
SOLUÇÃO:
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132
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Resumo 133
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Complementar 134
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Referências Bibliográficas 135
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard Blucher,
1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica, 2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2° ed.
2003.
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Exercícios 136
3 – (HIBBELER, 2010) Um eixo maciço de aço AB será usado para transmitir 3.750
W do motor M ao qual está acoplado. Se o eixo girar a ω = 175 rpm e o aço tiver uma
tensão de cisalhamento admissível adm = 100 MPa, determine o diâmetro exigido para
o eixo com precisão de mm. Resposta: 2,22 mm
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137
4 – Os dois eixos de aço maciço mostrados na figura estão acoplados por meio de
engrenagens. Determinar o ângulo de torção da extremidade A do eixo AB quando é
aplicado o torque T = 45 Nm. Supor G = 80 GPa. O eixo AB é livre para girar nos
mancais E e F, enquanto o eixo DC é fixo em D. Cada eixo tem diâmetro de 20 mm.
Resposta: 4,87°
5 – O eixo de aço AB, engastado nos extremos, tem dois segmentos: AC tem diâmetro
igual a 1 in e CB diâmetro igual a 2 in. Determinar a tensão de cisalhamento máxima
neste eixo para o torque T = 500 lb ft. Considerar Gaço = 10,8 x 10³ ksi.
Resposta: 3,67 ksi.
6 – A barra circular maciça BC, de aço, é presa à haste rígida AB, e engastada ao
suporte rígido em C. Sabendo-se que G = 11x10³ ksi, determinar o diâmetro da barra,
de modo que, para P = 100 lb, a deflexão vertical do ponto A não ultrapasse 1in e a
máxima tensão de cisalhamento não exceda o valor de 15 ksi.
Resposta: d=0,841 in.
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138
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Aula 7
139
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
➢ Analisar vigas de diferentes seções transversais, simétricas e assimétricas sob a
ação do momento fletor, considerando apenas flexão pura;
➢ Determinar o raio de curvatura de uma viga;
➢ Determinar a distribuição de tensões provocadas pelos momentos fletores em
vigas de materiais homogêneos lineares elásticos;
➢ Determinar a distribuição de tensões provocadas pelos momentos fletores em
vigas de feitas de dois materiais diferentes;
➢ Analisar estruturas sujeitas a flexão oblíqua.
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140
4 FLEXÃO PURA
4.1 INTRODUÇÃO
∑ 𝐹𝑥 = 0 ∫ 𝜎𝑥 𝑑𝐴 = 0 (4.1)
∑ 𝐹𝑦 = 0 ∫ 𝑧𝜎𝑥 𝑑𝐴 = 0 (4.2)
Figura 4.2
Fonte: BEER,2010
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142
Observação:
O sinal (-) da equação 4.3 indica que a tensão de tração (σ x > 0) provoca um
momento negativo (sentido horário) da força normal σx.dA em relação ao eixo z.
Se a peça é simétrica em relação ao plano do conjugado M e se adotarmos a
posição do eixo y como indicado, a equação 4.2 se torna simples, pois a distribuição
de forças normais nessa seção será simétrica ao eixo y.
A Figura 4.3(a) representa uma viga de seção transversal reta (não deformada)
e em destaque uma grade de linhas longitudinais e transversais. Quando um momento
fletor é aplicado as linhas tendem a se distorcer conforme Figura 4.3(b). Podemos
notar que as linhas longitudinais ficam curvas e que as linhas transversais verticais
permanecem retas, porém sofrem rotação.
Figura 4.3
Fonte: HIBBELER, 2010
Agora consideremos a Figura 4.2. Para se ter flexão pura, submetemos a barra
à ação do conjugados M e M’, que atuam no plano de simetria, com intensidades
iguais e sentidos opostos.
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143
Figura 4.4
(BEER, 2006)
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144
𝑦
𝜀𝑥 = − (4.8)
𝜌
A deformação específica normal εx varia linearmente com a distância y da
superfície neutra, e ρ é o raio de curvatura da superfície neutra. A interseção da
superfície neutra com uma seção transversal é conhecida como linha neutra da seção.
A maior deformação específica εx ocorre para o máximo valor de y, chamado
de C (Figura 4.5-a). Daí tem-se:
𝐶
𝜀𝑚á𝑥 = (4.9)
𝜌
e
𝑦
𝜀𝑥 = − 𝜀𝑚á𝑥 (4.10)
𝐶
Para calcular a tensão ou a deformação em qualquer ponto de uma barra é
necessário localizar a linha neutra ou superfície neutra e para isto precisamos
especificar as relações entre a tensão e a deformação do material utilizado (BEER,
20006).
No regime elástico o valor de M vai ser um valor tal que as tensões normais se
mantêm abaixo do valor de escoamento σe. Assim podemos aplicar a Lei de Hooke,
onde as tensões na barra permanecem abaixo do limite de proporcionalidade e do
limite de elasticidade do material. Logo:
𝜎𝑥 = 𝐸. 𝜀𝑥 (4.11)
Onde E é o módulo de elasticidade longitudinal
Usando a equação 4.10:
𝑦
𝐸. 𝜀𝑥 = − (𝐸. 𝜀𝑚á𝑥 ) ou
𝑐
𝑦
𝜎𝑥 = − . 𝜎𝑚á𝑥 (4.12)
𝐶
onde σmáx expressa o maior valor absoluto de tensão (Figura 4.5-b).
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145
Figura 4.5
Fonte: HIBBELER, 2010
𝑦
𝑀 = ∫ 𝑦 (𝜎𝑑𝐴) = ∫ 𝑦 ( . 𝜎𝑚á𝑥 ) 𝑑𝐴
𝐴 𝐴 𝐶
𝜎𝑚á𝑥 𝐼
𝑀= . ∫ 𝑦² 𝑑𝐴 = . 𝜎𝑚á𝑥
𝐶 𝐴 𝐶
𝑀𝑐
𝜎𝑚á𝑥 = (4.13)
𝐼
Onde:
𝜎𝑚á𝑥 = tensão normal máxima no elemento, que ocorre em um ponto na área
da seção transversal mais afastada da linha neutro;
M = momento interno resultante, determinado pelo método das seções e pelas
equações de equilíbrio e calculado em torno da linha neutra da seção transversal;
I = momento de inércia da seção transversal em relação a linha neutra;
c = distância perpendicular da linha neutra ao ponto mais afastado da linha
neutra (geralmente a superfície).
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146
Figura 4.6
Fonte: BEER, 2006
Vemos que, tendo duas vigas com a mesma área de seção transversal, a viga
com maior altura terá um W maior, sendo então mais apropriada para resistir a tensões
de flexão, pois tem um maior momento de inércia quando comparada com a outra.
(Figura 4.6).
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147
Figura 4.7
Fonte: BEER, 2006
1 𝑀
= (4.17)
𝜌 𝐸𝐼
Uma viga composta é aquela feita por mais de um material, considerando que
deve suportar ao carregamento com eficiência. Se a barra submetida à flexão pura é
feita de dois ou mais materiais, com diferentes módulos de elasticidades, não
podemos assumir que a linha neutra passa pelo centroide da seção transversal
(Figura 4.8).
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148
As expressões para cálculo das tensões de cada material serão diferentes, pois
seus módulos de elasticidade E1 e E2 são diferentes:
𝐸1 . 𝑦 𝐸2 . 𝑦
𝜎1 = 𝐸1 . 𝜀𝑥 = − 𝑒 𝜎2 = 𝐸2 . 𝜀𝑥 = − (4.18)
𝜌 𝜌
o que pode resultar para seções transversais simétricas em relação
a linha neutra em:
𝐸1 . 𝑀 𝐸2 . 𝑀
𝜎1 = e 𝜎2 = (4.19)
𝐸1 . 𝐼1 + 𝐸2 . 𝐼2 𝐸1 . 𝐼1 + 𝐸2 . 𝐼2
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149
Até aqui consideramos a análise de flexão pura aplicada a barras que possuem
pelo menos um eixo de simetria e que estão submetidas a momentos fletores que
atuam nesse plano de simetria. Vamos agora considerar situações em que o
carregamento da barra (conjugados) não agem nos planos que coincidem com algum
plano de simetria da barra, ou no caso de conjugados aplicados a vigas que não
possuem nenhum plano de simetria.
A Figura 4.9 apresenta casos dessa situação. Podemos considerar que os
conjugados aplicados as vigas atuam em planos verticais, sendo representados por
vetores-momento horizontais M. Como o plano vertical não é um plano de simetria, a
barra não irá flexionar nesse plano, e a linha neutra da seção não irá coincidir com o
eixo do conjugado.
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150
Figura 4.10
Fonte: HIBBELER, 2010
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151
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Resumo 152
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Complementar 153
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Referências Bibliográficas 154
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard Blucher,
1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BUFFONI, S.S.O. Resistência dos Materiais, Universidade Federal Fluminense –
Rio de Janeiro: 2008.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
LACERDA, F. S. Resistência dos Materiais. Ed. Globo, Rio de Janeiro. 1964.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica, 2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2° ed.
2003.
RODRIGUES, L.E.M.J. Resistência dos Materiais, Instituto Federal" de Educação,
Ciência e Tecnologia – São Paulo:2009.
TIMOSHENKO,S.P. Teoria da Elasticidade. Nova Iorque, MCGraw-Hill. 3° ed. 1970.
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Exercícios 155
3 – Para a viga mostrada na figura, determinar o maior momento fletor que pode ser
aplicado se as tensões admissíveis à tração e à compressão valem, respectivamente,
120 MPa e 150 MPa. Resposta: 330 N.m
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156
5 – Duas tiras de bronze são firmemente fixadas a uma barra de alumínio de seção
transversal quadrada como mostrado na figura. Determinar o momento fletor
admissível quando uma barra com esta seção transversal for flexionada em torno de
um eixo horizontal. Considerar para o alumínio E = 70 GPa e σ adm = 100 MPa, e para
o bronze E = 105 GPa e σadm = 160 MPa. Resposta: 1240 N.m
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Aula 8
157
APRESENTAÇÃO DA AULA
Nesta aula iremos resolver exercícios sobre o conteúdo do capítulo 4 que foi
apresentado na aula 7. Iremos explorar a fórmula da flexão no cálculo de todos os
seus parâmetros, considerando seções simétricas e assimétricas, além de flexão
oblíqua e casos com elementos feitos de matérias homogêneos ou compostos.
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após a resolução dos exercícios presentes nessa aula, você
seja capaz de:
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158
EXEMPLO 1
SOLUÇÃO:
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159
𝑀𝑐
Para determinar o momento vamos usar a fórmula da flexão: 𝜎𝑚á𝑥 = 𝐼
EXEMPLO 2
Determine o máximo momento fletor Mx que podem ser aplicado à
seção transversal do perfil de abas largas mostrado na figura. O
material deste perfil tem adm = 155 MPa.
SOLUÇÃO:
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160
0,008×0,1963 0,2×0,0123
𝐼= + 2 [( ) + 0,2×0,012×0,1042 ]
12 12
𝐼 = 57×10−6 𝑚4
Determinando máximo momento fletor 𝑀𝑥 :
Sendo: 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 155 𝑀𝑃𝑎 e 𝑐 = 110 𝑚𝑚 a distância da linha neutra até a extremidade
(superior ou inferior) da viga
𝑀𝑥 𝑐 𝑀𝑥 ×0,11
𝜎𝑎𝑑𝑚 = → 155×106 =
𝐼 57×10−6
155×106 ×57×10−6
𝑀𝑥 = → 𝑴𝒙 = 𝟖𝟎, 𝟑𝟐 𝑲𝑵. 𝒎
0,11
EXEMPLO 3
(BEER, 2006) O tubo retangular é feito de uma liga de alumínio para
a qual σe = 150 MPa, σu = 300 MPa e E = 70 GPa. Determinar:
a) O momento fletor M para qual o CS = 3;
b) O raio de curvatura correspondente no tubo.
SOLUÇÃO:
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161
EXEMPLO 4
(Adaptado de BEER, 2006) Uma peça de ferro fundido fica sujeita a ação
do conjugado M = 3 KN.m. Sabendo-se que E = 165 GPa, determinar:
a) as máximas tensões de tração e de compressão no perfil;
b) o raio de curvatura da peça fletida.
SOLUÇÃO:
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162
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163
EXEMPLO 5
Duas forças verticais são aplicadas à viga que tem a seção
transversal indicada. Determinar as tensões normais máximas de
tração e compressão na viga.
SOLUÇÃO:
Neste caso foi dada a viga com o carregamento axial aplicado a fim de calcularmos o
momento fletor, que irá provocar flexão na viga:
Como a viga é simétrica, as reações de apoio verticais são iguais a 10 KN cada.
Pelo método das seções:
𝑀 = 10(0,15) = 1,5 𝐾𝑁. 𝑚
Para calcular o centroide da peça, iremos considerar uma mesa (de base 30 mm e
altura 10 mm) e duas almas (com base 10 mm e altura 60 mm). A referência é a base
inferior da viga, de onde partem a mesa e as almas:
𝑎𝑙𝑚𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑎𝑠
⏞ ℎ ⏞ ℎ
(𝑏×ℎ× 2) + 2 (𝑏×ℎ× 2)
𝑦̅ =
(𝑏×ℎ) + 2(𝑏×ℎ)
(0,03×0,01×0,005) + 2(0,01×0,06×0,03)
𝑦̅ = → 𝑦̅ = 0,025 𝑚
(0,03×0,01) + 2(0,01×0,06)
Determinando o momento de inércia:
𝑚𝑒𝑠𝑎 𝑎𝑙𝑚𝑎𝑠
⏞ 𝑏ℎ3 ⏞ 𝑏ℎ3
𝐼 = [( ) + 𝐴𝑑2 ] + 2 [( ) + 𝐴𝑑 2 ]
12 12
0,03×0,013 0,01×0,063
𝐼=( + 0,03×0,01×0,022 ) + 2 ( + 0,01×0,06×0,0052 )
12 12
𝐼 = 5,13×10−7 𝑚4
Agora podemos determinar as tensões máximas de tração e compressão:
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164
EXEMPLO 6
Duas forças verticais são aplicadas à viga mostrada na figura.
Determine o valor das tensões normais máximas de tração e
compressão no trecho BC.
SOLUÇÃO:
Como no exemplo anterior foi dada a viga com o carregamento axial aplicado a fim de
calcularmos o momento fletor, que irá provocar flexão na viga:
Como a viga é simétrica, as reações de apoio verticais são iguais a 20 Kip (20000
libras) cada.
Pelo método das seções o momento 𝑀 é:
𝑀 = 20×25 = 500 𝑘𝑖𝑝. 𝑖𝑛
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165
Nesse exemplo, teremos que calcular o centroide e o momento de inércia das três
peças, separados porque as duas mesas têm medidas diferentes, o mesmo serve
para cálculo do centroide:
Calculando o centroide
𝑚𝑒𝑠𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑎𝑙𝑚𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟
⏞ ℎ ⏞ ℎ ⏞ ℎ
(𝑏×ℎ× 2) + (𝑏×ℎ× 2) + (𝑏×ℎ× 2)
𝑦̅ =
(𝑏×ℎ) + (𝑏×ℎ) + (𝑏×ℎ)
(4×1×0,5) + (1×6×4) + (8×1×7,5)
𝑦̅ = → ̅𝑦 = 4,78 𝑖𝑛
(4×1) + (1×6) + (8×1)
Determinando o momento de inércia:
𝑚𝑒𝑠𝑎 𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑎𝑙𝑚𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟
⏞ 𝑏ℎ3 ⏞ 𝑏ℎ3 ⏞ 𝑏ℎ3
𝐼 = [( 2
) + 𝐴𝑑 ] + [( 2
) + 𝐴𝑑 ] + [( ) + 𝐴𝑑 2 ]
12 12 12
4×1³ 1×6³ 8×1³
𝐼=( + 4×1×4,28²) + ( + 1×6×0,78²) + ( + 8×1×2,72²)
12 12 12
𝐼 = 155,11 𝑖𝑛4
Determinar o valor das máximas tensões de tração e compressão:
Em relação ao sentido das forças aplicadas, abaixo da linha neutra a estrutura sofre
tração e acima da linha neutra compressão.
A extremidade mais afastada da linha neutra que sofre tração fica na parte inferior da
viga, logo: 𝑐(𝑇) = 4,78 𝑖𝑛
𝑀𝑐(𝑇) 500×103 ×4,78
𝜎𝑚á𝑥(𝑇) = = → 𝝈𝒎á𝒙(𝑻) = +𝟏𝟓, 𝟒𝟏 𝒌𝒔𝒊
𝐼 155,11
A extremidade mais afastada da linha neutra que sofre compressão fica na parte
superior da viga, logo: 𝑐(𝐶) = 3,22 𝑖𝑛
𝑀𝑐(𝐶) 500×103 ×3,22
𝜎𝑚á𝑥(𝐶) = = → 𝝈𝒎á𝒙(𝑪) = −𝟏𝟎, 𝟑𝟖 𝒌𝒔𝒊
𝐼 155,11
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166
EXEMPLO 7
(BEER, 2006) Uma barra constituída de aço e latão (Eaço = 200GPa,
Elatão = 100 GPa). Determinar a máxima tensão no aço e no latão
quando a barra fica sujeita à flexão pura com um momento M =
2KN.m.
SOLUÇÃO:
Nesse exercício temos uma barra constituída de aço e latão em que há simetria em
relação a linha neutra considerando os dois materiais, sendo assim, podemos resolver
esse exercício pela equação 4.19 ou pela equação 4.20.
Vamos resolver pelo método da seção transformada (equação 4.20). Tente depois
resolver pela equação 4.19.
Primeiramente vamos fazer a transformação na barra para que ela seja
correspondente a uma barra feita inteiramente de um único material. Vamos
transformar o aço em latão:
Dados: 𝐸𝑎ç𝑜 = 200 𝐺𝑃𝑎; 𝐸𝑙𝑎𝑡ã𝑜 = 100 𝐺𝑃𝑎
𝐸𝑎ç𝑜 200
𝑛= = → 𝑛=2
𝐸𝑙𝑎𝑡ã𝑜 100
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167
EXEMPLO 8
Aço e alumínio são ligados para formar a viga composta de seção
transversal mostrada na figura. Determine as tensões normais
máximas no aço e alumínio. A viga é submetida a um momento
fletor em torno de um eixo horizontal de intensidade igual a 60
N.m. Considerar Eaço = 210 GPa e EAl = 70 GPa.
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168
SOLUÇÃO:
𝐼 = 1,04×10−8 𝑚4
Agora vamos determinar as tensões normais máximas no aço e alumínio:
Dado 𝑀 = 60 𝑁. 𝑚
Para o alumínio o ponto mais afastado da linha neutra fica na parte inferior da viga,
logo
𝑐𝐴𝑙 = 0,009 𝑚
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169
𝑀. 𝑐𝐴𝑙 60×0,009
𝜎𝐴𝑙 = = → 𝝈𝑨𝒍 = 𝟓𝟏, 𝟗𝟐 𝑴𝑷𝒂
𝐼 1,04×10−8
Ao longo da seção transformada, para o aço o ponto mais afastado da linha
neutra fica na parte superior da viga, logo 𝑐𝑎ç𝑜 = 0,007 𝑚 e devemos multiplicar pelo
fator da seção transformada:
𝑀. 𝑐𝑎ç𝑜 60×0,007
𝜎𝑎ç𝑜 = 𝑛 . = 3. → 𝝈𝒂ç𝒐 = 𝟏𝟐𝟏, 𝟏𝟓 𝑴𝑷𝒂
𝐼 1,04×10−8
EXEMPLO 9
O momento fletor M aplicado à viga com a seção transversal indicada
na figura, atua em um plano que forma um ângulo β com a vertical.
Determine o valor das tensões normais de flexão nos pontos A, B, C
e D.
SOLUÇÃO:
Vamos considerar que a linha neutra passa pelo eixo z e o eixo y é o vertical
Como é um caso de flexão oblíqua ou assimétrica a tensão em cada ponto será
calculada pela fórmula 4.21:
𝑀𝑧 ×𝑦 𝑀𝑦 ×𝑧
𝜎𝑃 = − +
𝐼𝑧 𝐼𝑦
Podemos iniciar determinando as componentes do momento em relação aos eixos z
e y:
𝑀𝑧 = 𝑀 cos 𝛽 = 15 cos 75° = 3,88 𝐾𝑁. 𝑚
𝑀𝑦 = 𝑀 sen 𝛽 = 15 sen 75° = 14,48 𝐾𝑁. 𝑚
Após determinamos o valor dos momentos de inércia em Iz e Iy:
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170
E para cada ponto vamos analisar o sinal em relação aos eixos coordenados
𝑀𝑧 ×𝑦 𝑀𝑦 ×𝑧
𝜎𝑃 = ± ±
𝐼𝑧 𝐼𝑦
Ponto A:
𝑀𝑧 ×𝑦 𝑀𝑦 ×𝑧
𝜎𝐴 = − +
𝐼𝑧 𝐼𝑦
3,88×103 ×0,035 14,48×103 ×0,07
𝜎𝐴 = − +
2,75×10−6 8,8×10−6
𝜎𝐴 = −49,38×106 + 115,18×106 → 𝝈𝑨 = 𝟔𝟓, 𝟖 𝑴𝑷𝒂
Ponto B:
𝑀𝑧 ×𝑦 𝑀𝑦 ×𝑧
𝜎𝐵 = − −
𝐼𝑧 𝐼𝑦
3,88×103 ×0,035 14,48×103 ×0,07
𝜎𝐵 = − −
2,75×10−6 8,8×10−6
𝜎𝐵 = −49,38×106 − 115,18×106 → 𝝈𝑩 = −𝟏𝟔𝟒, 𝟓𝟔 𝑴𝑷𝒂
Ponto C:
𝑀𝑧 ×𝑦 𝑀𝑦 ×𝑧
𝜎𝐶 = + +
𝐼𝑧 𝐼𝑦
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171
Ponto D:
𝑀𝑧 ×𝑦 𝑀𝑦 ×𝑧
𝜎𝐷 = + −
𝐼𝑧 𝐼𝑦
3,88×103 ×0,035 14,48×103 ×0,07
𝜎𝐷 = + −
2,75×10−6 8,8×10−6
𝜎𝐷 = +49,38×106 − 115,18×106 → 𝝈𝑫 = −𝟔𝟓, 𝟖 𝑴𝑷𝒂
Podemos concluir que a máxima tensão de tração está no ponto C e a máxima tensão
de compressão está no ponto B.
EXEMPLO 10
A viga simplesmente apoiada tem a área de seção transversal
mostrada na figura abaixo. Determine a tensão de flexão máxima
absoluta na viga e represente a distribuição de tensão na seção
transversal nessa localização.
SOLUÇÃO:
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172
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Resumo 173
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Complementar 174
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Referências Bibliográficas
175
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard Blucher,
1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BUFFONI, S.S.O. Resistência dos Materiais, Universidade Federal Fluminense –
Rio de Janeiro: 2008.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
LACERDA, F. S. Resistência dos Materiais. Ed. Globo, Rio de Janeiro. 1964.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica, 2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2° ed.
2003.
RODRIGUES, L.E.M.J. Resistência dos Materiais, Instituto Federal" de Educação,
Ciência e Tecnologia – São Paulo:2009.
TIMOSHENKO,S.P. Teoria da Elasticidade. Nova Iorque, MCGraw-Hill. 3° ed. 1970.
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Exercícios 176
1 – Uma viga de madeira teve sua resistência aumentada pela fixação em sua parte
inferior de uma tira de aço. Determine as tensões normais máximas no aço e na
madeira quando a viga assim constituída for solicitada por um momento de flexão
vertical igual 250 kip.in. Considere Eaço = 30x106 psi e Emadeira = 1,5x106 psi.
Resposta: 15,05 MPa e 1,56 MPa.
2 – Uma viga composta é construída em madeira e reforçada com tiras de aço em sua
parte inferior e superior. Para as dimensões transversais mostradas na figura,
determinar o valor da tensão normal de flexão máxima desenvolvida na madeira e no
aço quando um momento fletor igual a 5 KN.m em torno de um eixo horizontal atuar
nesta viga. Considerar Eaço = 200 GPa e Emadeira = 11 GPa.
Resposta: 0,179 MPa e 3,7 MPa.
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177
5 – A viga simplesmente apoiada mostrada na figura está sujeita a uma força P = 1,5
kN como indicado. Determinar a máxima tensão normal de flexão nesta viga.
Resposta: 27,4 MPa
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178
6 – Determine o máximo valor para as forças P que podem ser aplicadas a viga da
figura sabendo que a mesma é construída com um material para o qual a tensão
admissível à compressão vale -12 Ksi e a tensão admissível à tração vale 22 Ksi.
Respostas: 7,29kip
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Aula 9
179
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
➢ Calcular a tensão de cisalhamento em uma viga;
➢ Calcular o fluxo de cisalhamento em uma viga;
➢ Calcular a força de corte em elementos de fixação;
➢ Calcular o espaçamento entre elementos de fixação;
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180
5. CARREGAMENTO TRANSVERSAL
5.1 INTRODUÇÃO
Figura 5.1
Fonte: BEER, 2006
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181
Figura 5.3
Fonte: HIBBELER, 2010
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182
Figura 5.4
Fonte: BEER, 2006
Devemos escrever também as equações relacionadas às forças cortantes
elementares xy dA e xz dA (Figura 5.5).
∑ Fx = 0: ∫ τxz dA = 0 (5.2)
Figura 5.5
Fonte: BEER, 2006
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183
Figura 5.6
Fonte: BEER, 2006
Adotemos a origem no centroide da seção transversal da extremidade livre da
viga, onde x é a distância de qualquer ponto até a carga P, e y mede a distância de
qualquer fibra até a linha neutra (Figura 5.7):
𝑀. 𝑦 𝑃𝑥. 𝑦
𝜎𝑥 = =− (5.3)
𝐼 𝐼
Figura 5.7
Fonte: BEER, 2006
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184
Figura 5.8
Fonte: BEER, 2006
Para o corpo livre ACC’A:
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185
V .Q
Considerando a equação 5.8: q e sendo a força horizontal ΔH que se
I
exerce em um comprimento Δx da seção horizontal que passa por C’ (Figura 5.9) igual
a:
V .Q
H q.x x (5.9)
I
Figura 5.9
Fonte: BEER, 2006
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186
t = largura b da viga
Q = momento estático em relação a LN da área sombreada A’ indicada na Figura 5.10:
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187
Figura 5.10
Fonte: BEER, 2006
Figura 5.11
Fonte: BEER, 2006 e HIBBELER, 2010
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188
isto é méd V / A .
Figura 5.12
Fonte: HIBBELER, 2010
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189
V .Q
q (5.8)
I
Figura 5.13
Fonte: BEER, 2006
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190
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191
Figura 5.14
Fonte: HIBBELER, 2010
EXEMPLO RESOLVIDO 1
(Adaptado de HIBBELER, 2010) A viga mostrada na figura abaixo é
construída em madeira e está sujeita a uma força de cisalhamento
(cortante) vertical interna resultante V = 3 KN.
a) Determine a tensão de cisalhamento na viga no ponto P;
b) Determine a tensão de cisalhamento máxima na viga.
SOLUÇÃO:
Primeiro vamos calcular o momento de inércia da seção transversal, considerando
que o eixo centroidal passa na metade da altura da viga:
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192
𝑏ℎ3 0,1×0,1253
𝐼= → 𝐼= → 𝐼 = 1,628×10−5 𝑚4
12 12
a) Tensão de cisalhamento na viga no ponto P
Agora vamos calcular o momento estático em relação à Linha Neutra. Traçamos na
seção uma reta horizontal passando pelo ponto P, e a área A’ corresponde à porção
sombreada na figura abaixo. Assim:
̅̅̅̅̅
𝑄 = 𝐴×𝑦 ′ → 𝑄 = (0,1×0,05)×(0,0125 + 0,025) → 𝑄 = 1,875×10−5 𝑚3
A força de cisalhamento V é 3 KN. Aplicando a fórmula do cisalhamento para o ponto
P e sendo t a base da viga, temos:
𝑉𝑄 3000×1,875×10−5
𝜏= → 𝜏= → 𝝉 = 𝟎, 𝟑𝟒𝟔 𝑴𝑷𝒂
𝐼𝑡 1,628×10−5 ×0,1
O momento estático em relação à Linha Neutra pode ser calculado tanto acima
quanto abaixo da mesma, pois a tensão de cisalhamento máxima ocorre no eixo
neutro, visto que t é constante em toda a seção transversal e Q é o maior nesse caso.
Para a área acima da linha neutra, temos:
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193
̅̅̅̅̅
𝑄 = 𝐴×𝑦 ′ → 𝑄 = (0,1×0,0625)×(0,0625/2) → 𝑄 = 1,953×10−5 𝑚3
A força de cisalhamento V é 3 KN. Aplicando a fórmula do cisalhamento e sendo t a
base da viga, temos:
𝑉𝑄 3000×1,953×10−5
𝜏𝑚á𝑥 = → 𝜏𝑚á𝑥 = → 𝝉𝒎á𝒙 = 𝟎, 𝟑𝟔 𝑴𝑷𝒂
𝐼𝑡 1,628×10−5 ×0,1
Podemos observar que isso é equivalente a aplicação na equação 5.14:
3𝑉 3000
𝜏𝑚á𝑥 = = 1,5× → 𝝉𝒎á𝒙 = 𝟎, 𝟑𝟔 𝑴𝑷𝒂
2𝐴 0,1×0,125
EXEMPLO RESOLVIDO 2
(Adaptado de POPOV, 1978) Uma viga caixão, quadrada, de
madeira é construída de quatro pranchas de madeira, fixadas através
de pregos, conforme figura abaixo. Sabendo que o espaçamento
entre os pregos é de 30 mm e que a viga está submetida a um
esforço cortante vertical V = 1200 N, determine a força de corte em cada prego. Obs:
Dimensões da seção transversal dados em milímetros.
SOLUÇÃO:
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194
̅̅̅̅̅
𝑄 = 𝐴×𝑦 ′ → 𝑄 = 0,08×0,02×0,05 → 𝑄 = 8×10−5 𝑚3
Por último vamos calcular a força de corte em cada prego (F) que é dada
pela expressão:
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Resumo 195
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Complementar 196
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Referências Bibliográficas 197
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard
Blucher, 1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
LACERDA, F. S. Resistência dos Materiais. Ed. Globo, Rio de Janeiro. 1964.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica,
2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2°
ed. 2003.
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Exercícios 198
6 – Uma viga de aço tem as dimensões mostradas na figura abaixo. Se for submetida
a uma força cortante V=80kN.
(a) trace uma curva da distribuição da tensão de cisalhamento que age na área da
seção transversal da viga e
(b) determine a força de cisalhamento à qual a alma resiste.
Resposta:
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Aula 10
199
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após a resolução dos exercícios presentes nessa aula, você
seja capaz de:
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200
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201
EXEMPLO 1
(BEER, 2006) Uma viga de madeira é constituída por 3 peças de
20 x 100 mm, que são pregadas umas às outras. O espaçamento
entre os pregos é de 25 mm. Sabendo-se que a viga está submetida
a uma força cortante V de 500N, determinar a força de corte em
cada prego.
SOLUÇÃO:
𝑏×ℎ3 ⏞ 𝑏×ℎ3
⏞
𝐼= + 2( + 𝐴×𝑑 2 )
12 12
0,02×0,13 0,1×0,023
𝐼= + 2( + 0,1×0,02×0,062 ) → 𝐼 = 1,62×10−5 𝑚4
12 12
Agora vamos calcular o momento estático em relação à Linha Neutra, que é
exercido na parte inferior da aba superior da viga onde está o elemento de fixação:
̅
𝑄 = 𝐴×𝑦′ → 𝑄 = 0,1×0,02×0,06 → 𝑄 = 1,2×10−4 𝑚3
Lembrando que 0,06 m representa a distância do centroide da aba até a LN.
Em seguida vamos calcular o fluxo cisalhante, que representa a força cortante por
unidade de comprimento da viga. Dado V = 500 N, temos:
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202
𝑉𝑄 500×1,2×10−4
𝑞= → 𝑞= → 𝑞 = 3703,7 𝑁⁄𝑚
𝐼 1,62×10−5
Por último, vamos calcular a força cortante em cada prego, considerando o
espaçamento de 25 mm entre os pregos ao longo do comprimento da viga:
𝐹 = 𝑞×∆𝑥 → 𝐹 = 3703,7×0,025 → 𝑭 = 𝟗𝟐, 𝟔 𝑵
EXEMPLO 2
(Adaptado de BEER, 2006) O perfil laminado W 250 x 101
(𝐼 = 164×10−6 𝑚4 ), está submetido a uma força cortante vertical de
220 KN. Determinar as tensões horizontais de cisalhamento no
ponto 𝑎 da aba superior do perfil, situado a 110 mm da borda da
viga.
110 mm
tf = 19,6 mm
132 mm 122,2 mm
264 mm
SOLUÇÃO:
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203
EXEMPLO 3
Uma viga em caixa de madeira é construída com duas tábuas
40 x 180 mm, que servem como flanges para duas almas de
compensados de 15 mm de espessura. A altura total da viga é de
280 mm. O compensado é preso aos flanges por parafusos cuja
força de cisalhamento admissível é F = 800 N cada. Se a força de
cisalhamento V é de 10,5 KN. Determine o máximo espaçamento permissível S dos
parafusos.
SOLUÇÃO:
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204
Como são dois pregos devemos dividir o fluxo cisalhante por dois, para achar
o valor da força de corte em cada prego, isso porque existe cisalhamento nas duas
faces da mesa.
𝑞 34363,63
= → 𝑞 ∗ = 17181,68 𝑁⁄𝑚
2 2
Por último determinamos a força de corte em cada prego (F):
800
𝐹 = 𝑞 ∗ ×∆𝑥 → 800 = 17181,68×∆𝑥 → ∆𝑥 = → ∆𝒙 = 𝟎, 𝟎𝟒𝟔𝟓𝟔 𝒎
17181,68
∆𝒙 = 𝟒𝟔, 𝟓𝟔 𝒎𝒎
EXEMPLO 4
A viga caixão é construída pela colagem de quatro peças de
plástico como mostrado. Se a cola tem tensão tangencial
admissível igual a 400 psi, determinar a máxima força cortante que
esta viga pode suportar.
SOLUÇÃO:
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205
Por último vamos calcular a máxima força cortante que a viga pode suportar,
sendo a espessura t = 0,25in:
𝑉𝑄 𝑉×3,75
𝜏𝑚á𝑥 = → 400 =
𝐼𝑡 23,23×0,25
400×23,23×0,25
𝑉= → 𝑽 = 𝟔𝟏𝟗, 𝟒𝟕 𝒍𝒃
3,75
EXEMPLO 5
SOLUÇÃO:
Como a viga tem seção transversal assimétrica vamos calcular o centroide da peça
por passa a linha neutra:
ℎ ℎ
(𝑏×ℎ× 2) + (𝑏×ℎ× 2) 0,05×0,02×0,01 + 0,02×0,07×0,055
𝑦̅ = =
(𝑏×ℎ) + (𝑏×ℎ) 0,05×0,02 + 0,02×0,07
𝑦̅ = 0,03625 𝑚
Agora vamos calcular o momento de inércia da seção transversal:
𝑏×ℎ3 𝑏×ℎ3
𝐼=( + 𝐴×𝑑2 ) + ( + 𝐴×𝑑2 )
12 12
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206
0,05×0,023 2
0,02×0,073
𝐼=( + 0,05×0,02×0,02625 ) + ( + 0,02×0,07×0,018752 )
12 12
𝐼 = 1,79×10−6 𝑚4
EXEMPLO 6
(Adaptado de BEER, 2006) Uma peça de máquina em forma de
perfil T fica submetida a uma força de atuante em seu plano de
simetria. Determinar:
a) a máxima tensão de compressão na seção n-n;
b) a máxima tensão de cisalhamento.
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207
SOLUÇÃO:
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208
EXEMPLO 7
(Adaptado de BEER, 2006) Para a viga e o carregamento
mostrados, considerar a seção transversal a-a e determinar:
a) a tensão tangencial no ponto a;
b) a máxima tensão tangencial.
SOLUÇÃO:
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209
EXEMPLO 8
SOLUÇÃO:
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210
EXEMPLO 9
SOLUÇÃO:
0,16×0,023 0,02×0,183
𝐼=( + 0,16×0,02×0,05542 ) + 2 ( + 0,02×0,18×0,02462 )
12 12
𝐼 = 3,37×10−5 𝑚4
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211
̅ = 0,02×0,04×0,0946 →
𝑄𝑎 = 𝐴×𝑦′ 𝑄𝑎 = 7,568×10−5 𝑚3
̅ = 0,02×0,08×0,0746 →
𝑄𝑏 = 𝐴×𝑦′ 𝑄𝑏 = 11,936×10−5 𝑚3
𝑉𝑄𝑎 120000×7,568×10−5
𝜏𝑎 = = → 𝝉𝒂 = 𝟏𝟑, 𝟒𝟕 𝑴𝑷𝒂
𝐼𝑡 3,37×10−5 ×0,02
𝑉𝑄𝑏 120000×11,936×10−5
𝜏𝑏 = = → 𝝉𝒃 = 𝟐𝟏, 𝟐𝟓 𝑴𝑷𝒂
𝐼𝑡 3,37×10−5 ×0,02
EXEMPLO 10
Uma viga é construída pregando-se quatro pranchas de madeira na
forma indicada. Se cada parafuso pode suportar uma força cortante
igual a 100 lb, determinar os espaçamentos mínimos necessários,
lateralmente "s" e no topo "s", para uma força cortante atuante igual
a 700 lb.
SOLUÇÃO:
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212
Da parte inferior até a LN temos 8,88 in e da LN até a superfície superior temos 4,12mm.
O momento de inércia da seção transversal é:
1,5×123 2
10×13 2
1×33
𝐼=( + 1,5×12×2,88 ) + ( + 10×1×3,62 ) + 2 ( + 1×3×2,622 )
12 12 12
𝐼 = 542,86 𝑖𝑛4
Para o topo:
Agora vamos calcular o momento estático do topo que corresponde à mesa e as duas
abas laterais:
̅̅̅̅ + 2(𝐴×𝑦′
𝑄𝑡𝑜𝑝𝑜 = (𝐴×𝑦′) ̅)
Para as laterais:
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Resumo 213
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Complementar 214
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Referências Bibliográficas 215
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard
Blucher, 1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica,
2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2°
ed. 2003.
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Exercícios 216
3 – (PALIGA, 2013) A viga tem seção transversal retangular e é feita de madeira com
tensão de cisalhamento admissível igual a 1,6ksi. Se for submetida a um cisalhamento
V=4kip, determine a menor dimensão a de sua parte inferior e 1,5a de seus lados.
Resposta: a=1,58in
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217
7 - (HIBBELER, 2010) A viga é composta por quatro tábuas coladas, como mostrado
na figura abaixo. Se for submetida a um cisalhamento V = 850 KN, determinar o fluxo
de cisalhamento em B e C ao qual a cola deve resistir. Resposta: 0,00131 e 0,049,8KN/m
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Aula 11 218
APRESENTAÇÃO DA AULA
Nesta aula faremos a introdução ao Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV), que
será visto detalhadamente na disciplina de Sistemas Hiperestáticos no 6° período. O
PTV consiste em um método para o cálculo de deslocamentos em estruturas.
Podemos dizer virtual algo que não é real; logo imaginário. Um deslocamento
virtual ou uma força virtual são, respectivamente, um deslocamento imaginário ou uma
força imaginária, arbitrariamente impostos sobre um sistema estrutural, como por
exemplo uma viga, uma treliça, um pórtico, uma grelha.
O trabalho virtual pode ser considerado como o trabalho produzido em uma das
duas situações abaixo relacionadas:
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
➢ Calcular o deslocamento (deflexão e declividade) em estruturas usuais pelo
Princípio dos trabalhos Virtuais;
➢ Aplicar o método da carga unitária para o cálculo desses deslocamentos,
particularmente me treliças e vigas.
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219
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220
Figura 6.1
(Fonte: Adaptado de POPOV, 1978)
1º) Aplicamos ao corpo sem carga uma força virtual δF, atuando na direção A-
B, que causa as forças internas δf, e podem ser determinadas nos sistemas
estaticamente determinados.
2º) Com a força virtual sobre o corpo, aplicamos as forças reais (Figura 6.1-b),
ou colocamos deformações especificadas como, por exemplo, as devidas a uma
variação de temperatura. Isso causa deformações internas reais ΔL, que podem ser
calculadas. Devido a essas deformações, o sistema de força virtual realiza trabalho.
3º) O trabalho externo realizado pela força virtual δF, movendo-se de Δ na
direção dessa força é igual ao trabalho total realizado nos elementos internos pelas
forças virtuais δf, movendo-se das distâncias reais respectivas ΔL:
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221
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222
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223
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224
EXEMPLO RESOLVIDO 1
SOLUÇÃO:
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225
Nó C:
∑ 𝐹𝑥 = 0: 𝑛𝐶𝐴 = 0
∑ 𝐹𝑦 = 0: 𝑛𝐶𝐵 = 0
Nó B:
6,93 2
𝐿𝐵𝐴 = 𝐿𝐵𝐶 √ 2
= 2 +( ) = 4𝑚
2
𝑛𝐵𝐴 ×𝑁𝐵𝐴 ×𝐿𝐵𝐴 𝑛𝐶𝐵 ×𝑁𝐶𝐵 ×𝐿𝐶𝐵 𝑛𝐶𝐴 ×𝑁𝐶𝐴 ×𝐿𝐶𝐴
1. 𝛿𝐵𝐻 = + +
𝐸×𝐴 𝐸×𝐴 𝐸×𝐴
1,15×12000×4
1. 𝛿𝐵𝐻 = +0+0
200×109 ×250×10−6
1. 𝛿𝐵𝐻 = 0,001104 𝑚
𝟏. 𝜹𝑯
𝑩 = 𝟏, 𝟏𝟎𝟒 𝒎𝒎
Como o deslocamento deu positivo, significa que ocorre para a direita, no mesmo
sentido da carga virtual.
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226
EXEMPLO RESOLVIDO 2
A viga mostrada na figura é construída com aço estrutural A36
tendo momento de inércia I = 125x106 mm4 e E = 200 GPa,
determine:
a) a flecha em D;
b) a rotação da elástica em A.
SOLUÇÃO:
∑ 𝑀𝐵 = 0: 𝐶𝑦 (6) − 18 + 18 = 0 → 𝐶𝑦 = 0
∑ 𝐹𝑦 = 0: 𝐵𝑦 + 𝐶𝑦 = 0 → 𝐵𝑦 = 0
∑ 𝐹𝑦 = 0: 𝐵𝑦 + 𝐶𝑦 = 1 → 𝐶𝑦 = 0,5
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227
𝑚𝐴𝐵 = 0
Trecho BD: (4 ≤ 𝑥 ≤ 7)
mBD
mDC
Trecho CE: (4 ≤ 𝑥 ≤ 0)
𝑚𝐶𝐸 = 0
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228
7 10
𝑚𝐵𝐷 ×𝑀𝐵𝐷 𝑚𝐷𝐶 ×𝑀𝐷𝐶
1. 𝛿𝐷 = ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥
4 𝐸𝐼 7 𝐸𝐼
7 10
1
1. 𝛿𝐷 = [∫ (0,5𝑥 − 2)(−18)𝑑𝑥 + ∫ (−0,5𝑥 + 5)(−18) 𝑑𝑥]
𝐸𝐼 4 7
7 10
1
1. 𝛿𝐷 = [∫ −9𝑥 + 36 𝑑𝑥 + ∫ 9𝑥 − 90 𝑑𝑥]
𝐸𝐼 4 7
7 10
1 9𝑥 2 9𝑥 2
1. 𝛿𝐷 = [(− + 36𝑥)| + ( − 90𝑥)| ]
𝐸𝐼 2 4
2 7
1
1. 𝛿𝐷 = [−4,5×(72 − 42 ) + 36(7 − 4) + 4,5(102 − 72 ) − 90(10 − 7)]
𝐸𝐼
1
1. 𝛿𝐷 = (−81×103 )
𝐸𝐼
−81×103
1. 𝛿𝐷 =
200×109 ×125×10−6
𝟏. 𝜹𝑫 = 𝟑, 𝟐𝟒 𝒎𝒎
1
∑ 𝑀𝐵 = 0: 𝐶𝑦 (6) + 1 = 0 → 𝐶𝑦 = −
6
1 1
∑ 𝐹𝑦 = 0: 𝐵𝑦 − =0 → 𝐵𝑦 =
6 6
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229
Trecho AB: (0 ≤ 𝑥 ≤ 4)
𝑚𝐴𝐵 + 1 = 0 → 𝑚𝐴𝐵 = −1
Trecho BD: (4 ≤ 𝑥 ≤ 7)
mBD
1 𝑥 4 𝑥 5
𝑚𝐵𝐷 + 1 − (𝑥 − 4) = 0 → 𝑚𝐵𝐷 + 1 − + → 𝑚𝐵𝐷 = −
6 6 6 6 3
1 𝑥 4 𝑥 5
𝑚𝐷𝐶 + 1 − (𝑥 − 4) = 0 → 𝑚𝐷𝐶 + 1 − + → 𝑚𝐷𝐶 = −
6 6 6 6 3
Trecho CE: (4 ≤ 𝑥 ≤ 0)
𝑚𝐶𝐸 = 0
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230
1 3(72 − 42 ) 3(102 − 72 )
1. ∅𝐴 = [18(4) − + 30(7 − 4) − + 30(10 − 7)]
𝐸𝐼 2 2
126×103
1. ∅𝐴 =
200×109 ×125×10−6
180°
1. ∅𝐴 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟎𝟒 𝒓𝒂𝒅× → 𝟏. 𝝋𝑨 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟗°
𝜋
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Resumo 231
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Complementar 232
https://www.youtube.com/watch?v=_ANyL3LlaSg
https://www.youtube.com/watch?v=Iod3-vwqubU
https://www.youtube.com/watch?v=pigi8lAl_8E
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Referências Bibliográficas 233
Básica:
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard
Blucher, 1978.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
SUSSEKIND, J.C. Curso de Análise Estrutural - 1. Estruturas Isostáticas. Ed.
Globo, 1984.
Complementar:
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2°
ed. 2003.
http://cadtec.dees.ufmg.br/nucleoead/forum/arquivos/apostila_ptv.pdf
http://www2.dec.fct.unl.pt/seccoes/S_Estruturas/DCR/teoricas/2_1Sebenta.pdf
http://coral.ufsm.br/decc/ECC1002/Downloads/_Cap_4_Solucoes_fundamentais.
pdf
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Exercícios 234
4 – A área transversal de cada barra da treliça mostrada na figura vale 0,5 in².
Considerando E = 29x106 psi, determine o deslocamento horizontal do nó C
provocado pela força de 12 kip. Resposta: 0,189 in.
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Aula 12 235
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após a resolução dos exercícios presentes nessa aula, você
seja capaz de:
➢ Aplicar o Princípio dos Trabalhos Virtuais, pelo uso método da carga unitária, para
calcular deslocamentos em pontos específicos de estruturas como vigas e em
treliças;
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236
O sistema virtual trabalha com a mesma estrutura, mas com uma configuração
deformada escolhida arbitrariamente de tal maneira que uma única força (ou
momento) desconhecida (a que se deseja calcular) produza trabalho externo. Ou seja,
desprezamos as cargas externas e no ponto de interesse para calcular a deflexão
colocamos uma força virtual (carga unitária, que pode ter direção horizontal ou vertical
– dependendo do que se quer determinar, e seu sentido pode ser para esquerda, para
direita, para cima ou para baixo). Se quisermos calcular a declividade desprezamos
as cargas externas e no ponto de interesse colocamos um momento virtual (momento
unitário, que pode ter sentido horário ou anti-horário).
A configuração deformada do sistema virtual não existe na realidade (por isso,
é dita virtual) e é uma mera abstração para cálculo.
É importante não esquecer que a força resultante interna na seção é
determinada pelas equações de equilíbrio. É indispensável fazer um diagrama de
corpo livre (DCL) de um segmento ou seção do elemento de interesse. Para treliças,
resolvemos pelo método dos nós e para vigas pelo método das seções.
Consideraremos positivo o momento no sentido anti-horário, a força vertical
para cima.
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237
EXEMPLO 1
(Adaptado de POPOV) Encontre a deflexão vertical do ponto B da
treliça de aço com juntas de pino, mostrada abaixo, devida as
seguintes causas:
(a) deformação elástica dos membros;
(b) encurtamento de 3 mm do membro AB por meio de um tensor; e
(c) queda na temperatura de 60ºC ocorrendo no membro BC.
O coeficiente de dilatação térmica do aço é 𝛼𝑎ç𝑜 = 12×10−6 𝑚𝑚/𝑚𝑚/°𝐶.
Desprezar a possibilidade de flambagem lateral das barras comprimidas.
Considere E = 21 GPa.
SOLUÇÃO:
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238
Agora vamos calcular o carregamento REAL nas barras, pelo método dos nós:
−1500
−𝑁𝐵𝐶 𝑠𝑒𝑛 38,66° − 𝑁𝐵𝐶 𝑠𝑒𝑛 38,66° − 1500 = 0 → 𝑁𝐵𝐶 =
2× 𝑠𝑒𝑛 38,66°
𝑁𝐵𝐶 = −1200,58 𝐾𝑔𝑓
𝑁𝐴𝐵 = −𝑁𝐵𝐶 → 𝑁𝐴𝐵 = 1200,58 𝐾𝑔𝑓
Agora vamos calcular o sistema VIRTUAL para mesmas barras, onde foi
retirada a carga real e adicionada a carga virtual unitária no ponto em que se deseja
determinar o deslocamento:
1
−𝑛𝐵𝐶 𝑠𝑒𝑛 38,66° − 𝑛𝐵𝐶 𝑠𝑒𝑛 38,66° − 1 = 0 → 𝑛𝐵𝐶 = − → 𝑛𝐵𝐶 = −0,8
2× 𝑠𝑖𝑛 38,66°
𝑛𝐴𝐵 = −𝑛𝐵𝐶 → 𝑛𝐴𝐵 = 0,8
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239
1. ∆= ∑ f. ∆L = 𝑛𝐴𝐵 ×𝐿𝐴𝐵
1. ∆= −0,8×(−0,003) → 𝟏. ∆= 𝟐, 𝟒 𝒎𝒎
1. ∆= ∑ f. ∆L = 𝑛𝐵𝐶 ×𝐿𝐵𝐶
1. ∆= 0,8×1,152 → 𝟏. ∆= 𝟎, 𝟗𝟐𝟏𝟔 𝒎𝒎
EXEMPLO 2
Determine o deslocamento horizontal do nó B na estrutura mostrada
na figura.
Cada barra é de aço com área transversal igual a 2 in 2.
Considere E = 29x106 Psi.
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240
SOLUÇÃO:
Dados: 𝐿𝐴𝐵 = 120 𝑖𝑛; 𝐿𝐵𝐶 = 60 𝑖𝑛; 𝐸 = 29×106 𝑃𝑠𝑖; 𝐴𝐴𝐵 = 𝐴𝐵𝐶 = 2 𝑖𝑛2
A estrutura é hiperestática então vamos passar uma seção isolando os apoios,
resumindo a estrutura ao nó B:
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241
EXEMPLO 3
SOLUÇÃO:
A estrutura é hiperestática então passamos uma seção nos apoios para resolvermos
a questão e iniciamos os cálculos da parte REAL pelo nó B:
2
𝛼 = 𝑡𝑎𝑛−1 ( ) → 𝛼 = 45°
2
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242
Nó B:
Nó C:
𝑛𝐴𝐵 ×𝑁𝐴𝐵 ×𝐿𝐴𝐵 𝑛𝐵𝐶 ×𝑁𝐵𝐶 ×𝐿𝐵𝐶 𝑛𝐶𝐷 ×𝑁𝐶𝐷 ×𝐿𝐶𝐷 𝑛𝐴𝐶 ×𝑁𝐴𝐶 ×𝐿𝐴𝐶
1. 𝛿𝐶𝑉 = + + +
𝐸×𝐴 𝐸×𝐴 𝐸×𝐴 𝐸×𝐴
(1)×(−200×103 )×2 (−1,41)×141,42×103 ×2,83
1. 𝛿𝐶𝑉 = +
200×109 ×400×10−6 200×109 ×400×10−6
𝟏. 𝜹𝑽𝑪 = −𝟎, 𝟎𝟏𝟐 𝒎𝒎 → 𝟏. 𝜹𝑽𝑪 = 𝟏𝟐 𝒎𝒎 ↓
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243
EXEMPLO 4
Determinar a flecha em C. Considerar a viga com rigidez EI
constante.
SOLUÇÃO:
Agora vamos calcular o momento em cada seção do sistema REAL, pelo método das
seções:
Trecho AD: (0 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎)
𝑀𝐴𝐷 − 𝑃𝑥 = 0 → 𝑀𝐴𝐷 = 𝑃𝑥
3𝑎
Trecho DC: (𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 2
)
𝑎 3𝑎
Obs: 𝑎 + 2 = 2
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244
𝐴𝑦 = 𝐵𝑦 = 0,5
𝑚𝐴𝐶
0,5 x
𝑚𝑀
1. 𝛿𝐶 = ∫ 𝑑𝑥
𝐿 𝐸𝐼
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245
3
𝑎 𝑎
𝑚𝐴𝐷 ×𝑀𝐴𝐷 2 𝑚𝐷𝐶 ×𝑀𝐷𝐶
1. 𝛿𝐶 = 2 {∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥}
0 𝐸𝐼 𝑎 𝐸𝐼
3
𝑎 𝑎
0,5𝑥×𝑃𝑥 2 0,5𝑥×𝑃𝑎
1. 𝛿𝐶 = 2 {∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥}
0 𝐸𝐼 𝑎 𝐸𝐼
3
𝑎 𝑎
0,5𝑃𝑥 2 2 0,5𝑃𝑎𝑥
1. 𝛿𝐶 = 2 {∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥}
0 𝐸𝐼 𝑎 𝐸𝐼
3
𝑎 𝑎
0,5𝑃𝑥 3 0,5𝑃𝑎𝑥 2 2
1. 𝛿𝐶 = 2 { | + | }
3𝐸𝐼 0 2𝐸𝐼 𝑎
2 0,5𝑃 3
0,5𝑃𝑎 3 2
1. 𝛿𝐶 = { (𝑎) + [( 𝑎) − 𝑎2 ]}
𝐸𝐼 3 2 2
2 0,5𝑃 3 0,5𝑃𝑎 9 2
1. 𝛿𝐶 = { 𝑎 + ( 𝑎 − 𝑎2 )}
𝐸𝐼 3 2 4
2 0,5𝑃 3 0,5𝑃𝑎 9𝑎2 − 4𝑎2
1. 𝛿𝐶 = { 𝑎 + ( )}
𝐸𝐼 3 2 4
2 0,5𝑃 3 0,5𝑃𝑎 5𝑎2
1. 𝛿𝐶 = { 𝑎 + ( )}
𝐸𝐼 3 2 4
2 0,5𝑃 3 2,5𝑃𝑎3
1. 𝛿𝐶 = { 𝑎 + }
𝐸𝐼 3 8
2 4𝑃𝑎3 + 7,5𝑃𝑎3
1. 𝛿𝐶 = ( )
𝐸𝐼 24
2 11,5𝑃𝑎3
1. 𝛿𝐶 = ( )
𝐸𝐼 24
𝟐𝟑𝑷𝒂𝟑
𝟏. 𝜹𝑪 =
𝟐𝟒𝑬𝑰
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246
EXEMPLO 5
SOLUÇÃO:
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247
𝑀𝐵𝐶 = 0
Agora vamos considerar o sistema VIRTUAL e calcular as reações de apoio na
viga adicionando a carga virtual na direção vertical, sentido para baixo, no ponto C
para determinar o afundamento vertical nesse ponto:
∑ 𝐹𝑦 = 0: 𝐴𝑦 + 1,5 − 1 = 0 → 𝐴𝑦 = −0,5
𝑚𝐷𝐴 = 0
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248
−𝑚𝐵𝐶 + 1𝑥 = 0 → 𝑚𝐵𝐶 = 𝑥
Por último vamos calcular o afundamento vertical em C. Dados: 𝐼 = 53,8 𝑖𝑛4 ; 𝐸 =
29×106 𝑃𝑠𝑖:
60 180 0
𝑚𝑀 𝑚𝐷𝐴 ×𝑀𝐷𝐴 𝑚𝐴𝐵 ×𝑀𝐴𝐵 𝑚𝐵𝐶 ×𝑀𝐵𝐶
1. 𝛿𝐶𝑉 = ∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥
𝐿 𝐸𝐼 0 𝐸𝐼 60 𝐸𝐼 60 𝐸𝐼
Como o momento real no trecho BC e o momento devido a carga virtual no trecho DA
são iguais a zero temos:
180
𝑚𝐴𝐵 ×𝑀𝐴𝐵
1. 𝛿𝐶𝑉 = ∫ 𝑑𝑥
60 𝐸𝐼
1 180
1. 𝛿𝐶𝑉 = ∫ (−0,5𝑥 + 30)(4000𝑥 − 720000)𝑑𝑥
𝐸𝐼 60
1 180
1. 𝛿𝐶𝑉 = ∫ (−2000𝑥 2 + 360000𝑥 + 120000𝑥 − 21600000) 𝑑𝑥
𝐸𝐼 60
1 180
1. 𝛿𝐶𝑉 = ∫ (−2000𝑥 2 + 480000𝑥 − 21600000) 𝑑𝑥
𝐸𝐼 60
180
1 2000𝑥 3 480000𝑥 2
1. 𝛿𝐶𝑉 = (− + − 21600000𝑥)|
𝐸𝐼 3 2 60
1
1. 𝛿𝐶𝑉 = [−666,67(1803 − 603 ) + 240000(1802 − 602 ) − 21600000(180 − 60)]
𝐸𝐼
1
1. 𝛿𝐶𝑉 = (−3744×106 + 6912×106 − 2592×106 )
𝐸𝐼
576×106
1. 𝛿𝐶𝑉 =
29×106 ×53,8
𝟏. 𝜹𝑽𝑪 = 𝟎, 𝟑𝟔𝟗 𝒊𝒏
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Resumo 249
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Complementar 250
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Referências Bibliográficas 251
Básica:
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard
Blucher, 1978.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
Complementar:
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2°
ed. 2003.
http://cadtec.dees.ufmg.br/nucleoead/forum/arquivos/apostila_ptv.pdf
http://www2.dec.fct.unl.pt/seccoes/S_Estruturas/DCR/teoricas/2_1Sebenta.pdf
http://coral.ufsm.br/decc/ECC1002/Downloads/_Cap_4_Solucoes_fundamentais.
pdf
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Exercícios 252
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Aula 13 253
APRESENTAÇÃO DA AULA
No item 1.7 da aula 1, vimos que o estado mais geral de tensões, em um dado
ponto Q, pode ser representado por seis componentes, sendo dessas três
componentes de tensões normais exercidas e três componentes de tensões
cisalhantes na face de um pequeno elemento cúbico. Aqui faremos o estudo da
transformação das tensões devido a rotação dos eixos, e suas aplicações na solução
de problemas de engenharia.
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
➢ Fazer a análise de tensões planas, determinando as novas componentes de
tensão associadas ao elemento depois de ter sofrido a rotação de um ângulo
em torno de um eixo z;
➢ Calcular os planos principais e as tensões principais;
➢ Calcular a máxima tensão de cisalhamento no plano;
➢ Traçar e interpretar o Círculo de Mohr para as tensões planas.
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254
Figura 7.1
Fonte: BEER, 2006
Nosso estudo aqui terá foco nas tensões planas, ou seja, consideraremos
aquelas em que duas das faces do cubo elementar se encontram isentas de tensões.
Adotando o eixo z perpendicular a essas faces, temos z = yz = zx = 0, e as únicas
componentes de tensão que permanecem são x, y e xy (Figura 7.2 (a)). Podemos
encontrar essa situação em uma placa fina quando submetida a forças atuando no
plano médio da espessura da placa (Figura 7.2(b)), bem como na superfície livre de
um elemento estrutural, ou componente de máquina, que não esteja sujeito a
aplicação de uma força externa (Figura 7.2(c)).
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255
Figura 7.2
Fonte: BEER, 2006
Figura 7.3
Fonte: HIBBELER, 2010
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256
Figura 7.4
Fonte: HIBBELER, 2010
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257
Figura 7.5
Fonte: BEER, 2006
Figura 7.6
Fonte: BEER, 2006
Observe que não ocorrem forças atuando nas faces triangulares do prisma
elementar, pois adotamos que as componentes de tensões nessas faces são nulas.
Calculando as componentes dessas forças em relação aos eixos x’ e y’ e aplicando
as equações de equilíbrio, de ∑ 𝐹𝑥 ′ = 0 obtemos o valor de 𝜎𝑥 ′ , e de ∑ 𝐹𝑦 ′ = 0
obtemos o valor de 𝜏𝑥 ′ 𝑦 ′ .
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258
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦
𝜎𝑥 ′ = + cos 2𝜃 + 𝜏𝑥𝑦 𝑠𝑒𝑛 2𝜃 (7.5)
2 2
Podemos também, a partir das relações 7.3, reescrever a equação 7.2 da seguinte
maneira:
𝜎𝑥 −𝜎𝑦
𝜏𝑥 ′ 𝑦 ′ = − 𝑠𝑖𝑛 2𝜃 + 𝜏𝑥𝑦 cos 2𝜃 (7.6)
2
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦
𝜎𝑦 ′ = − cos 2𝜃 − 𝜏𝑥𝑦 𝑠𝑒𝑛 2𝜃 (7.7)
2 2
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259
Fazendo agora:
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎𝑚é𝑑 = 𝑒 𝑅 = √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦 (7.10)
2 2
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260
rotação p, que corresponde aos valores máximo e mínimo da tensão normal, pode
ser obtido da equação 7.6, fazendo 𝜏𝑥′𝑦′ = 0, e é dado por:
2𝜏𝑥𝑦
tan 2𝜃𝑝 = (7.12)
𝜎𝑥 − 𝜎𝑦
Essa equação define dois valores 2𝜃𝑝 com diferença de 180° ou dois valores
de 𝜃𝑝 com diferença de 90°. Qualquer um desses valores pode ser utilizado na
determinação do cubo elementar da Figura 7.9. As faces do cubo elementar obtido
dessa maneira definem planos chamados planos principais no ponto Q. As tensões
normais 𝜎𝑚á𝑥 e 𝜎𝑚í𝑛 que age nesses pontos são chamadas tensões principais no ponto
Q. O valor de 𝜃𝑝 na equação 7.12 foi determinado fazendo-se 𝜏𝑥′𝑦′ = 0, donde
concluímos que não ocorrem tensões de cisalhamento nos planos principais.
Figura 7.9
Fonte: BEER, 2006
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎𝑚á𝑥, 𝑚í𝑛 = ± √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦 (7.14)
2 2
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261
𝜎𝑥 +𝜎𝑦
𝜎𝑥′ = na equação 7.5. Assim, a soma dos dois últimos termos da equação deve
2
𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜏𝑚á𝑥 = √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦 (7.16)
2
Figura 7.10
Fonte: BEER, 2006
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262
Figura 7.11
Fonte: HIBBELER, 2010
origem.
3) Marque o ponto de referência A cujas coordenadas são A(𝜎 ; 𝜏𝑥𝑦 ). Esse
ponto representa as componentes de tensão normal e de cisalhamento sobre a face
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263
vertical direita do elemento, visto que o eixo x’ coincide com o eixo x, isso representa
𝜃 = 0° (Figura 7.12(b)).
4) Ligue o ponto A ao centro C do círculo e determine CA por trigonometria.
Essa distância representa o raio R do círculo Figura 7.12(a).
5) Com R determinado, desenhe o círculo.
Figura 7.12
Fonte: HIBBELER, 2010
✓ Tensões Principais:
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264
EXEMPLO RESOLVIDO 1
SOLUÇÃO:
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265
www.redentor.edu.br
266
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Resumo 267
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Complementar 268
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Referências Bibliográficas 269
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard
Blucher, 1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica,
2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2°
ed. 2003.
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Exercícios 270
www.redentor.edu.br
271
www.redentor.edu.br
272
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Aula 14
CAPÍTULO 7: ANÁLISE DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES
273
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
Esperamos que, após a resolução dos exercícios presentes nessa aula, você
seja capaz de:
➢ Relacionar os conceitos a parte prática na resolução de problemas de engenharia;
➢ Calcular as novas componentes de tensão associadas ao elemento depois de ter
sofrido a rotação de um ângulo em torno de um eixo;
➢ Calcular os planos principais e as tensões principais;
➢ Calcular a máxima tensão de cisalhamento no plano;
➢ Calcular a tensão média associada a máxima tensão de cisalhamento;
➢ Traçar e interpretar o círculo de Mohr e obtendo os valores dos parâmetros a ele
relacionados com o uso de trigonometria.
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274
EXEMPLO 1
As fibras de uma barra de madeira formam um ângulo de 15° com
a vertical. Determinar para os estados de tensões indicados abaixo:
a) a tensão de cisalhamento paralela às fibras;
b) a tensão normal às fibras.
SOLUÇÃO:
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275
EXEMPLO 2
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276
SOLUÇÃO:
EXEMPLO 3
Determinar, para o estado de tensão abaixo representado:
a) a orientação dos planos principais;
b) as tensões principais;
c) a máxima tensão de cisalhamento;
d) a orientação dos planos das tensões máxima de cisalhamento;
e) a tensão normal associada a tensão máxima de cisalhamento.
80 MPa
70 MPa
120 MPa
SOLUÇÃO:
Dados: 𝜎𝑥 = −120 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝑦 = −80 𝑀𝑃𝑎; 𝜏𝑥𝑦 = 70 𝑀𝑃𝑎
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277
Também é usual a nomenclatura de 𝜃𝑝′ para indicar 𝜃𝑝1 e 𝜃𝑝′′ para indicar 𝜃𝑝2.
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = √
± ( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
2
−120 + (−80) −120 − (−80)
𝜎1,2 = ± √( ) + 702
2 2
EXEMPLO 4
Uma engrenagem acoplada a um eixo de seção vazada recebe
duas forças verticais nos pontos A e B. O eixo DE tem diâmetro
externo de 60 mm e diâmetro interno de 40 mm. Determinar as
tensões principais e a tensão máxima de cisalhamento no ponto H
localizado na parte superior do eixo.
SOLUÇÃO:
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279
𝑇. 𝑐 1250×0,03
𝜏𝑥𝑦 = = → 𝜏𝑥𝑦 = 36,76 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑝 𝐴𝐵 1,02×10−6
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = ± √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
0 + 61,76 0 − 61,76 2
𝜎1,2 = ± √( ) + 36,762
2 2
𝜎1,2 = 30,86 ± 48
𝜎1 = 30,86 + 48 → 𝝈𝟏 = 𝟕𝟖, 𝟖𝟔 𝑴𝑷𝒂
𝜎2 = 30,86 − 48 → 𝝈𝟐 = −𝟏𝟕, 𝟏𝟒 𝑴𝑷𝒂
𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜏𝑚á𝑥 = √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2
0 − 61,76 2
𝜏𝑚á𝑥 = √( ) + 36,762 → 𝝉𝒎á𝒙 = 𝟒𝟖, 𝟎 𝑴𝑷𝒂
2
EXEMPLO 5
Para o estado plano de tensão apresentado a seguir, pede-se:
a) Construir o círculo de Mohr;
b) Determinar as tensões em todas as faces de um elemento que
está rotacionado 30° no sentido horário em relação à orientação do
elemento de tensão apresentado;
c) Determinar a orientação dos planos principais e as tensões principais;
d) Determinar a orientação dos planos da tensão de cisalhamento máxima e o valor
da tensão de cisalhamento máxima.
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280
SOLUÇÃO:
𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2 20 − (−10) 2
𝑅 = √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦 → 𝑅 = √( ) + 102 → 𝑅 = 18,03 𝑀𝑃𝑎
2 2
b) Para obter as tensões nas faces com 𝜃 = 30° no sentido horário (trigonométrico),
devemos girar o diâmetro XY de 60° no mesmo sentido.
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281
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282
E as tensões principais:
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = ± √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
20 + (−10) 20 − (−10) 2
𝜎1,2 = √
± ( ) + (−10)2 → 𝜎1,2 = 5 ± 18,03
2 2
𝜎1 = 5 + 18,03 → 𝝈𝟏 = 𝟐𝟑, 𝟎𝟑 𝑴𝑷𝒂
𝜎2 = 5 − 18,03 → 𝝈𝟐 = −𝟏𝟑, 𝟎𝟑 𝑴𝑷𝒂
𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜏𝑚á𝑥 = √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2
20 − (−10) 2
𝜏𝑚á𝑥 = √( ) + (−10)2 → 𝝉𝒎á𝒙 = 𝟏𝟖, 𝟎𝟑 𝑴𝑷𝒂
2
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Resumo 283
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Complementar 284
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Referências Bibliográficas 285
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard
Blucher, 1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica,
2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2°
ed. 2003.
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Exercícios 286
41,4 MPa
27,6 MPa
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287
6 – (HIBBELER, 2010) Uma força axial de 900 N e um torque de 2,5 N.m são aplicados
ao eixo como mostrado a seguir. Se o diâmetro do eixo for de 40 mm, determine as
tensões principais em um ponto P na superfície. Construa o Círculo de Mohr.
Resposta: 767,7 KPa e –51,5KPa
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Aula 15 288
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
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289
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290
Figura 7.13
Fonte: BEER, 2006
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291
Figura 7.14
Fonte: BEER, 2006
✓ Critério de Mohr
Se a resistência máxima à compressão de um material frágil não é igual a sua
resistência máxima a tração, a teoria da tensão normal máxima não deve ser utilizada.
Uma teoria de falha alternativa foi proposta por Otto Mohr e é chamada critério de
falha (ruptura) de Mohr.
O critério de Mohr se utiliza de resultados de vários tipos de testes disponíveis
para um dado material. Para utiliza-lo devemos realizar três ensaios no material: Um
de tração uniaxial, um de compressão uniaxial e ainda, um ensaio de torção para
determinar o limite de resistência ao cisalhamento do material. Em seguida constrói-
se o Círculo de Mohr para cada uma dessas condições de tensão. Esses três círculos
estão contidos em um “envelope de falha” indicado pela curva na tangente a todos os
três círculos (Figura 7.15(a)). O círculo A representa a condição de tensão 𝜎1 = 𝜎2 =
0 e 𝜎3 = 𝜎𝑈𝑐 ; o círculo B representa as condições de tensão 𝜎1 = 𝜎𝑈𝑇 e 𝜎2 = 𝜎3 = 0 e
o círculo C representa a tensão de cisalhamento puro 𝜏𝑈 .
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292
(a) (b)
Figura 7.15
Fonte: HIBBELER (2010) e BEER (2006)
Segundo Hibbeler (2010), qualquer um desses dois critérios pode ser utilizado
na prática para prevermos a ruptura de um material frágil, porém essas teorias
possuem muitas limitações. Uma ruptura por tração ocorre de forma repentina, e em
geral, depende de diversos fatores como trincas, fissuras, imperfeições microscópicas
e outras irregularidades associadas a concentrações de tensões. Como existe uma
grande variabilidade dessas irregularidades de um corpo de prova para outro, torna-
se difícil especificar a falha com base em um único ensaio.
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293
o mecanismo real de falha, então a tensão que melhor caracteriza esta falha é a
tensão cisalhante nos planos de deslizamento.
Para o caso de tensão plana, o critério de falha da máxima tensão cisalhante,
proposto por Henri Tresca, em 1868, pode ser usado para prever a tensão de falha de
um material dúctil sujeito a qualquer tipo de carga. Para aplicar essa teoria
expressamos a tensão de cisalhamento máxima em termos das tensões principais.
Se as duas tensões tiverem o mesmo sinal, isto é, se ambas forem de tração ou de
compressão, a falha ocorrerá fora do plano e assim:
𝜎𝑚á𝑥
𝜏𝑚á𝑥 =
2
Mas, se as tensões principais no plano tiverem sinais opostos, a falha ocorrerá
no plano e:
𝜎1 − 𝜎2
𝜏𝑚á𝑥 =
2
Assim, o critério de Tresca pode ser enunciado em termos das tensões
principais que atuam no plano 𝜎1 e 𝜎2 como se segue:
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294
Figura 7.16
Fonte: BEER, 2006
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295
Esta equação representa uma curva elíptica no plano 𝜎1 − 𝜎2, como mostrado
na Figura 7.17. Com o propósito de comparação, o hexágono de falha para a teoria
de escoamento da tensão cisalhante máxima também está mostrado, em linhas
tracejadas. Nos seis vértices do hexágono, as duas teorias de falha coincidem, ou
seja, ambas as teorias predizem que o escoamento ocorrerá se o estado de tensão
(plano) em um ponto corresponde a qualquer um destes seis estados de tensão. Por
outro lado, a teoria da tensão cisalhante máxima dá uma estimativa mais
conservadora (ou seja, um valor menor) para as tensões necessárias para produzir
escoamento, pois o hexágono se situa sobre ou dentro da elipse.
A teoria da energia de distorção máxima apresentou resultados mais precisos,
(em torno de 15%), quando comparada a teoria da tensão de cisalhamento máxima,
em ensaios de torção reais usados para desenvolver a condição de cisalhamento puro
em um corpo de prova dúctil (HIBBELER, 2010).
Figura 7.17
Fonte: BEER, 2006
Re s
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296
EXEMPLO 1
Um componente de máquina construído em aço está submetido ao
estado de tensões indicado. O aço utilizado tem Y = 331 MPa.
Usando a teoria da tensão de cisalhamento máxima, determinar se
vai ocorrer escoamento quando:
a) 0 = 210 MPa; b) 0 = 252 MPa.
SOLUÇÃO:
Dados: 𝜎𝑌 = 331 𝑀𝑃𝑎; 𝜏𝑥𝑦 = 105 𝑀𝑃𝑎
a) Determinar se vai ocorrer escoamento quando 𝜎0 = 210 𝑀𝑃𝑎:
𝜎𝑥 = −210 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝑦 = −210 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜏𝑥𝑦 = 105 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = ± √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
2
−210 + (−210) −210 − (−210)
𝜎1,2 = ± √( ) + 1052
2 2
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297
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = ± √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
2
−252 + (−252) −252 − (−252)
𝜎1,2 = ± √( ) + 1052
2 2
𝜎1,2 = −252 ± 105
𝜎1 = −252 + 105 → 𝜎1 = −147 𝑀𝑃𝑎
𝜎2 = −252 − 105 → 𝜎2 = −357 𝑀𝑃𝑎
Usando a teoria da tensão de cisalhamento máxima (Tresca):
Se 𝜎1 e 𝜎2 têm o mesmo sinal |𝜎2 | ≤ 𝜎𝑌 se |𝜎2 | > |𝜎1 |
|𝜎2 | > |𝜎1 | → |357| > |147|
|𝝈𝟐 | ≤ 𝝈𝒀 → 𝟑𝟓𝟕 > 𝟑𝟑𝟏, escoa!
Assim ocorrerá falha por cisalhamento do material de acordo com essa teoria,
para o estado de tensão apresentado.
EXEMPLO 2
O estado plano de tensão indicado ocorre em uma barra feita de liga
de alumínio para o qual Y = 250 MPa para tração. Determinar o
coeficiente de segurança em relação ao escoamento, usando:
a) o critério da tensão de cisalhamento máxima;
b) o critério da energia de distorção máxima.
SOLUÇÃO:
Dados: 𝜎𝑌 = 250 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝑥 = 90 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝑦 = 120 𝑀𝑃𝑎; 𝜏𝑥𝑦 = −36 𝑀𝑃𝑎
Primeiro temos que calcular as tensões principais:
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298
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = ± √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
90 + 120 90 − 120 2
𝜎1,2 = √
± ( ) + (−36)2
2 2
𝜎1,2 = 105 ± 39
𝜎1 = 105 + 39 → 𝜎1 = 144 𝑀𝑃𝑎
𝜎2 = 105 − 39 → 𝜎2 = 66 𝑀𝑃𝑎
a) Determinar o coeficiente de segurança utilizando o critério da tensão cisalhante
máxima:
Se 𝜎1 e 𝜎2 têm o mesmo sinal |𝜎1 | ≤ 𝜎𝑌 se |𝜎1 | > |𝜎2 |
|𝜎1 | > |𝜎2 | → |144| > |66|
|𝜎1 | ≤ 𝜎𝑌 → |144| ≤ 250, não escoa!
𝜎𝑌 250
𝐶𝑆 = = → 𝑪𝑺 = 𝟏, 𝟕𝟒
𝜎𝑚á𝑥 144
EXEMPLO 3
O estado de tensões abaixo mostrado ocorre no ponto crítico de um
elemento estrutural cuja tensão de escoamento Y = 300 MPa.
Esboçar o hexágono de Tresca e a elipse de Von Mises marcando
sobre os mesmos o ponto correspondente ao estado de tensões
dado e demonstrando se há segurança ao escoamento.
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299
SOLUÇÃO:
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = ± √( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
2
220 + (−120) 220 − (−120)
𝜎1,2 = ± √( ) + 1002
2 2
𝜎1,2 = 50 ± 197,23
𝜎1 = 50 + 197,23 → 𝜎1 = 247,23 𝑀𝑃𝑎
𝜎2 = 50 − 197,23 → 𝜎2 = −147,23 𝑀𝑃𝑎
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300
EXEMPLO 4
O estado de tensões que atua em um ponto crítico de um elemento
de máquina é mostrado na figura abaixo. Determine a menor tensão
de escoamento para um aço que venha a ser selecionado para este
elemento. Considerar o critério de Tresca.
SOLUÇÃO:
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = √
± ( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
2
8 + (−10) 8 − (−10)
𝜎1,2 = ± √( ) + 42
2 2
𝜎1,2 = −1 ± 9,85
𝜎1 = −1 + 9,85 → 𝜎1 = 8,85 𝐾𝑠𝑖
𝜎2 = −1 − 9,85 → 𝜎2 = −10,85 𝑘𝑠𝑖
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301
EXEMPLO 5
O estado de tensões em torno de um ponto é dado por σx =
77,4 MPa; σy = 0; e τxy = 95 MPa. Se a tensão de escoamento do
material, obtida num ensaio de tração for σY = 200 MPa, verificar a
segurança ao escoamento em torno deste ponto de acordo com os
critérios de Tresca e de Von Mises.
SOLUÇÃO:
Dados: 𝜎𝑥 = 77,4 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝑦 = 0; 𝜏𝑥𝑦 95 𝑀𝑃𝑎; 𝜎𝑒 = 200 𝑀𝑃𝑎
Para determinar se vai ocorrer escoamento primeiramente devemos calcular as
tensões principais:
𝜎𝑥 + 𝜎𝑦 𝜎𝑥 − 𝜎𝑦 2
𝜎1,2 = √
± ( 2
) + 𝜏𝑥𝑦
2 2
77,4 + 0 77,4 − 0 2
𝜎1,2 = ± √( ) + 952 → 𝜎1,2 = 38,7 ± 102,58
2 2
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Resumo 302
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Complementar 303
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Referências Bibliográficas 304
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard
Blucher, 1978.
Complementar:
ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. São Paulo, UNICAMP, 2010.
BOTELHO, M. H. Resistência dos Materiais para entender e gostar. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
DI BLASI, C.G. Resistência dos Materiais. Ed. Freitas Bastos. 1990.
GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. Tradução da 7ª Edição Norte-Americana,
2011.
MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. Ed. Érica,
2002.
NASH, W. A. Resistência dos Materiais. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil. 2°
ed. 2003.
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Exercícios 305
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306
4 – Uma placa é construída com uma liga de cobre cuja tensão de escoamento vale
117 ksi. Determine o máximo valor possível para a componente x usando:
a) o critério da máxima tensão tangencial;
b) o critério da máxima energia de distorção.
Resposta: 117 Ksi e 133 Ksi
y=0,65x
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307
6 – (HIBBELER, 2010) O estado de tensão que age sobre o ponto crítico na estrutura
de um banco de automóvel durante uma colisão é mostrado na figura. Determine a
menor tensão de escoamento para um aço que possa ser selecionado para fabricar o
elemento estrutural com base na teoria da tensão de cisalhante máxima.
Resposta: 660,4 MPa
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Aula 16 308
APRESENTAÇÃO DA AULA
OBJETIVOS DA AULA
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309
PROBLEMAS PROPOSTOS
PROBLEMA 1
Uma luminária de 80Kg é sustentada por duas hastes, AB e BC,
como mostra a figura abaixo. Se AB tiver diâmetro de 10 mm e BC
tiver diâmetro de 8mm, determine a tensão média em cada haste.
Resposta: 7,86 MPa e 8,05 MPa
PROBLEMA 2
O elemento AC mostrado na figura a seguir está submetido a uma
força vertical de 3KN. Determine a posição x dessa força de modo
que a tensão de compressão média no apoio liso C seja igual a
tensão de tração média na barra AB. A área da seção transversal
da barra é de 400mm² e a área em C é de 650mm².
Resposta: 124mm
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310
PROBLEMA 3
Uma carga axial sobre o eixo mostrado na figura a seguir sofre a
resistência do colar em C, que está acoplado ao eixo e localizado
no lado direito do mancal B. Determine o maior valor de P para as
duas forças axiais em E e F de modo que a tensão no colar não
ultrapasse uma tensão de apoio admissível em C de75 MPa e que
a tensão normal média no eixo não exceda a tensão de tração admissível de 55 MPa.
Resposta: 51,8KN
PROBLEMA 4
Um corpo de prova de liga de titânio é testado em torção, e a figura
(a) abaixo mostra o diagrama tensão-deformação de cisalhamento.
Determine o módulo de cisalhamento G, o limite de
proporcionalidade e o limite de resistência de cisalhamento.
Determine também a máxima distância d de deslocamento
horizontal da parte superior de um bloco desse material, mostrado figura (b), se ele se
comportar elasticamente quando submetido a uma força de cisalhamento V. Qual o
valor de V necessário para causar esse deslocamento?
Resposta: 45GPa, 360MPa, 504MPa, 0,4mm, 2700KN
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311
PROBLEMA 5
O parafuso de 8mm de diâmetro é feito de uma liga de alumínio e
está instalado em uma luva de magnésio com diâmetro interno de
12 mm e diâmetro externo de 20mm. Se os comprimentos originais
de parafuso e da luva forem de 80mm e 50mm, respectivamente,
determine as deformações na luva e no parafuso se a porca do
parafuso for apertada de tal modo que a tenão no parafuso seja de 8KN. Considere
que o material em A é rígido. EAl = 70GPa e Emg = 45GPa.
Resposta: 0,00227mm/mm e 0,00084mm/mm
PROBLEMA 6
A haste de aço A-36 mostrada na figura abaixo tem diâmetro de
5mm. Ela está presa a parte fixa em A e, antes de ser carregada,
há uma folga de 1mm entre a parede em B’ e a haste. Determine as
reações em A e B’.
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312
PROBLEMA 7
O eixo de alumínio tem diâmetro de de 50mm. Determine a tensão
de cisalhamento máxima absoluta no eixo. Considere T 1=20N.m.
Resposta: 5,38MPa
PROBLEMA 8
Se o torque aplicado ao eixo CD for T’=75N.m, determine a tensão
de cisalhamento absoluta em cada eixo. Os mancais B, C e D
permitem a livre rotação dos eixos, e o motor impede a rotação dos
eixos.
Resposta: 5,66MPa e 8,91MPa
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313
PROBLEMA 9
Um tubo quadrado de alumínio tem as dimensões mostradas na
figura abaixo(a). Determine a tensão cisalhante média no tubo no
ponto A se ele for submetido a um torque de 85N.m. Calcule
também o ângulo de toerção devido a esse carregamento.
Considere GAl = 26GPa.
Resposta: 1,7MPa e 0,224°
PROBLEMA 10
A viga mostrada na figura (a) abaixo tem área de seção transversal
em forma de um canal como mostra a figura(b). Determine a tensão
de flexão máxima que ocorre na viga na seção a-a.
Resposta: 16,2MPa
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314
PROBLEMA 11
PROBLEMA 12
A viga em T está sujeita a um momento fletor M=15KN.m
direcionado, como mostra a figura. Determine a tensão de flexão
máxima na viga e a orientação da linha neutra.
Resposta: 21,97MPa e 63,91°
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315
PROBLEMA 13
PROBLEMA 14
Determine a tensão de cisalhamento nos pontos B e C localizados na
alma da viga de fibra de vidro.
Resposta: 0,572MPa e 0,572Mpa
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316
PROBLEMA 15
A viga caixão deve ser construída com quatro tábuas pregadas,
como mosstrado na figura. Se cada prego suporta uma força
cortante de 30N, determine o espaçamento máximo s dos pregos
em B e C de modo que a viga possa suportar a força vertical de
80N.
Resposta: 50mm e 85mm
PROBLEMA 16
A viga é feita com quatro tábuas pregadas, como mosstrado na
figura. Se cada um dos pregos suporta uma força de cisalhamento
de 500N, determine os espaçamentos s e s’ exigidos entre eles se
a viga pode suportar a força vertical V=3,5KN.
Resposta: 216,6mm e 30,7mm
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317
PROBLEMA 17
Usando o princípio dos trabalhos virtuais, determine a deflexão para
baixo, da extremidade C, provocada pela força de 1000 Kgf aplicada
na estrutura mostrada abaixo. Desprezara deflexão causada pela
força cortante. Considerar E=700 Kgf/mm².
Resposta: 84,9 mm
PROBLEMA 18
Usando o princípio dos trabalhos virtuais, encontre a deflexão vertical
do ponto B da treliça de aço com juntas de pino, mostrada abaixo,
devida as seguintes causas:
(a) deformação elástica dos membros;
(b) encurtamento de 4 mm do membro AB por meio de um tensor; e
(c) queda na temperatura de 55ºC ocorrendo no membro BC.
O coeficiente de dilatação térmica do aço é 𝛼𝑎ç𝑜 = 12×10−6 𝑚𝑚/𝑚𝑚/°𝐶.
Desprezar a possibilidade de flambagem lateral das barras comprimidas.
Considere E = 21 GPa.
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318
PROBLEMA 19
Devido ao carregamento aplicado o elemento no ponto sobre a
estrutura da figura abaixo está sujeito ao estado plano de tensão
mostrado. Determine as tensões principais e a tensão de
cisalhamento máxima absoluta no ponto. Construa o Círculo de
Mohr.
Resposta: -51,2 KPa e 41,2 KPa
PROBLEMA 20
O tubo de aço mostrado na figura (a) tem diâmetro interno de 60mm
e diâmetro externo de 80mm. Se estiver sujeito a um momento de
torção de 8KN.m e a um momento fletor de 3,5KN.m, determine se
essas cargas provocam falha como definido pela teoria da energia
da distorção máxima. A tensçao de escoamento para o aço
determinada por ensaio de tração é de 250MPa. Observe a distriuição de tensões
nas figuras (b) e (c). Resposta: Não
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Resumo 319
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Complementar 320
Até lá!
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Referências Bibliográficas 321
Básica:
BEER, F. P. Resistência dos Materiais, 3ª ed. São Paulo: McGraw Hill, 2006.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais, 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Ed. Edgard
Blucher, 1978.
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