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Direito Administrativo

Profº Cyonil Borges

Princípios da Administração Pública – Questões FCC 2009 e


2011

1) (2009) Há dois princípios constitucionais fundamentais


para o Direito Administrativo. A partir deles constroem-se
todos os demais. São eles:
a) prescrição de veracidade e publicidade.
b) impessoalidade e legalidade.
c) legalidade e supremacia do interesse público.
d) publicidade e moralidade.
e) especialidade e supremacia do interesse público.
Comentários:
A Administração Pública age tanto como pessoa jurídica de direito
privado, como pessoa jurídica de direito público. Porém, é no regime
jurídico-administrativo (de Direito Público) que a Administração
dispõe de prerrogativas (de força, de supremacia sobre os
particulares). Isso ocorre em razão do significado que o Estado
representa na sociedade: a de ser responsável pelo cumprimento
dos interesses coletivos (públicos).
Em consequência, a Administração Pública dispõe de “poderes
especiais” que não são colocados à disposição do particular.
Como exemplos de tais prerrogativas: o exercício do poder de
polícia, a desapropriação de bens, a possibilidade de aplicação
de sanções administrativas independentemente da
intervenção judicial.
Todavia, no regime jurídico-administrativo, não há só
prerrogativas (autonomia). Jamais! Existem também as
restrições (liberdade), contrapartida das prerrogativas. Vamos a
mais um exemplo.
Imagine que a Administração Pública tenha de adquirir
veículos e toma conhecimento que uma loja está com uma
“promoção”, com preços bastante inferiores aos correntes no
mercado. Poderia o Administrador livremente, ao seu arbítrio,
adquirir os veículos? Sonoramente, NÃO!
A razão disso que é Constituição Federal submete a Administração
ao dever de licitar suas aquisições (art. 37, inc. XXI), restringindo
o que se poderia nominar de “liberdade” da Administração em realizar
contratos.

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Portanto, o regime jurídico-administrativo poderia ser resumido


em duas expressões: prerrogativas e sujeições do Estado no
desempenho de suas atividades Administrativas.

Daí a correção da alternativa C.

2) (2009) São princípios da Administração Pública


expressamente previstos na Constituição da República
Federativa do Brasil:
a) especialidade, moralidade e autotutela.
b) legalidade, razoabilidade e supremacia do interesse público.
c) publicidade, supremacia do interesse público e veracidade.
d) veracidade, eficiência e razoabilidade.
e) eficiência, legalidade e publicidade.
Comentários:
Em termos de texto constitucional, o Capítulo VII, do Título III (Da
organização do Estado), da Constituição da República Federativa do
Brasil, consagra as normas básicas regentes da Administração
Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (alcance

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amplo, não?); e proclama os princípios constitucionais essenciais


para a probidade e transparência na gestão da coisa pública. São
princípios constitucionais expressos da Administração Pública
(LIMPE):
Legalidade;
Impessoalidade;
Moralidade;
Publicidade e
Eficiência.

Isso mesmo. Tais princípios valem para TODOS os Poderes, de


TODOS os entes integrantes da Federação Brasileira (União;
Estados; Distrito Federal, e Municípios), e respectivas
Administração Direta e Indireta. É útil a transcrição do dispositivo
constitucional:

Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade e Eficiência e, também, ao seguinte: (...).

Daí a correção da alternativa “E”.

3) (2009) A Constituição determina expressamente que são


princípios da Administração Pública:
a) publicidade, moralidade e eficiência.
b) impessoalidade, moralidade e imperatividade.
c) hierarquia, moralidade e legalidade.

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d) legalidade, impessoalidade e autoexecutoriedade.


e) impessoalidade, presunção de legitimidade e hierarquia.
Comentários:
Dispensáveis maiores comentários. A resposta é a letra A.
Gabarito: alternativa A.

4) (2009) O saudoso HELY LOPES MEIRELLES (cf. "Direito


Administrativo Brasileiro", 34a. ed., Malheiros Editores, São
Paulo, 02.2008, p. 89) ensina: "Na Administração Pública
não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na
administração particular é lícito fazer o que a lei não proíbe,
na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei
autoriza. A lei para o particular significa 'pode fazer assim':
para o administrador público significa 'deve fazer assim'".
No trecho, o autor se refere ao princípio constitucional do Direito
Administrativo Brasileiro da:
a) legalidade.
b) publicidade.
c) eficiência.
d) impessoalidade.
e) moralidade.
Comentários:
O princípio da legalidade não é restrito à Administração Direta
e Indireta e ao Poder Executivo, enfim, também vale para os
Poderes Judiciário e Legislativo e para os particulares, mas com
outro enfoque (legalidade constitucional): se uma norma não
proibir, o particular, dispondo de forma livre de sua vontade, pode
agir da maneira que melhor entender.

Pode-se, previamente, concluir que a Administração Pública só


pode agir da maneira que a lei determinar ou autorizar, enquanto
o particular age do modo que julgue mais conveniente, desde
que a lei (não apenas a Constituição) não o proíba.

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Isso significa que o agente público, responsável por tornar concreta


a missão da Administração Pública, não pode fazer tudo o que não
seja proibido em lei, e sim só o que a norma autoriza ou
determina.
Para o particular, o princípio da legalidade terá caráter mais
restritivo que impositivo: não sendo proibido em norma, é possível
ao particular fazer. Parafraseando o autor Hely Lopes, o princípio da
legalidade para o administrador significa “deve fazer assim”,
enquanto para os particulares, “pode fazer assim”.

Gabarito: alternativa A.

5) (2009) De acordo com o princípio da legalidade, em matéria


administrativa, a Administração apenas pode praticar os
atos que sejam expressamente permitidos pela lei. A partir
deste enunciado, conclui-se que:
a) a observância de medidas provisórias, pela Administração, ofende
o princípio da legalidade porque elas não são consideradas lei formal.
b) a Administração poderá praticar os atos permitidos pela lei e, em
caso de omissão, estará legitimada a atuar se for habilitada a tanto
por decreto do Chefe do Poder Executivo.
c) a prática de atos por razões de conveniência e oportunidade é
violadora do princípio da legalidade, uma vez que o mérito do ato
administrativo nestes casos não é definido em lei.

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d) o controle de legalidade interno dos atos administrativos deve ser


preocupação constante da Administração, como forma de
atendimento do interesse público na preservação desta legalidade.
e) o reconhecimento de circunstâncias excepcionais, como estado de
sítio e estado de defesa, autoriza a Administração a praticar atos
discricionários e arbitrários, isentos de controle jurisdicional.
Comentários:
A resposta, sem sombra de dúvidas, é a letra “D”. Vejamos, a seguir,
os erros nos demais quesitos.
a) a observância de medidas provisórias, pela Administração, NÃO
ofende o princípio da legalidade porque APESAR DE elas não são
SEREM consideradas lei formal.
b) a Administração poderá praticar os atos permitidos pela lei e, em
caso de omissão, NÃO estará legitimada a atuar se for habilitada a
tanto por decreto do Chefe do Poder Executivo.
c) a prática de atos por razões de conveniência e oportunidade NÃO
é violadora do princípio da legalidade, uma vez que o mérito do ato
administrativo nestes casos não é definido em lei É A MARGEM
GARANTIDA IMPLÍCITA OU EXPRESSAMENTE EM LEI.
e) o reconhecimento de circunstâncias excepcionais, como estado de
sítio e estado de defesa, autoriza a Administração a praticar atos
discricionários e arbitrários, E NÃO isentos de controle jurisdicional.
Gabarito: alternativa D.

6) (2009) A regra geral de proibição de greve nos serviços


públicos, a faculdade de a Administração utilizar
equipamentos e instalações de empresa que com ela
contrata, e a necessidade de institutos com a suplência, a
delegação e a substituição, são consequências do princípio
da:
a) continuidade do serviço público.
b) autotutela.
c) legalidade.
d) supremacia do interesse público.
e) moralidade administrativa.
Comentários:
O princípio da continuidade é assim enunciado por Cretella Júnior: a
atividade da Administração é ininterrupta, não se admitindo a

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paralisação dos serviços públicos. Com outras palavras, os


serviços públicos não podem sofrer solução de continuidade.
Algumas consequências práticas advindas do princípio, em tela,
podem ser destacadas:
 Restrição ao direito de greve, nos termos do art. 37, VII, daí,
inclusive, a correção da alternativa “A”.
 Institutos da substituição, interinidade, suplência, “o
responder pelo expediente nos casos de vacância”.
 Na hipótese de rescisão do contrato administrativo, a
Administração Pública detém a prerrogativa de, nos casos de
serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato.
 A não oposição restrita da exceção do contrato não
cumprido. Nesse caso, o Estado pode ficar até 90 dias sem pagar
e a empresa contratada ainda assim tem o dever de manter a
execução dos serviços, regidos pela Lei 8.666/1993.

Ah! Para a doutrina, o serviço contínuo não precisa ser diário,


por exemplo, a Justiça Eleitoral não é um serviço diário, contudo,
atende plenamente o princípio da continuidade, pois é intermitente
e regular.
Gabarito: alternativa A.

7) (2009) Sobre os princípios básicos da Administração


Pública, é correto afirmar que:
a) a aplicação retroativa de nova interpretação desfavorável aos
interesses do particular encontra respaldo no princípio da segurança
jurídica.
b) o princípio da supremacia do interesse público não precisa estar
presente no momento da elaboração da lei, mas apenas quando da
sua aplicação em concreto.
c) os princípios da ampla defesa e do contraditório devem ser
observados tanto nos processos administrativos punitivos como nos
não punitivos.
d) o princípio da motivação é exigível apenas nos atos discricionários.
e) o princípio da eficiência sobrepõe-se a todos os demais princípios
da Administração.
Comentários:

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A resposta é a letra “C”. Os princípios do contraditório e da ampla


defesa são amplos, sendo aplicados aos processos judiciais e
administrativos, estes de natureza punitiva ou não, como, por
exemplo, a exoneração do servidor inabilitado em estágio probatório.
A seguir, vejamos os erros nos demais itens.
a) a aplicação retroativa de nova interpretação desfavorável aos
interesses do particular NÃO encontra respaldo no princípio da
segurança jurídica. EXATAMENTE AO CONTRÁRIO, O PRINCÍPIO
DA SEGURANÇA JURÍDICA VEDA A INTERPRETAÇÃO
RETROATIVA.
b) o princípio da supremacia do interesse público não precisa estar
presente no momento da elaboração da lei, mas apenas E TAMBÉM
quando da sua aplicação em concreto.
d) o princípio da motivação é exigível apenas nos atos discricionários
E TAMBÉM NOS VINCULADOS.
e) o princípio da eficiência NÃO SE sobrepõe a todos os demais
princípios da Administração, AFINAL INEXISTE HIERARQUIA
MATERIAL ENTRE OS PRINCÍPIOS.
Gabarito: alternativa C.

8) (2009) Sobre os princípios básicos da Administração


Pública, considere:
I. O princípio da publicidade é absoluto, no sentido de que todo ato
administrativo, sem exceção, deve ser publicado.
II. O princípio da impessoalidade tem dois sentidos: um relacionado à
finalidade, no sentido de que ao administrador se impõe que só
pratique o ato para o seu fim legal; outro, no sentido de excluir a
promoção pessoal das autoridades ou servidores públicos sobre suas
realizações administrativas.
III. Por força do princípio da segurança jurídica não é possível
retroagir interpretação de lei a casos já decididos com base em
entendimento anterior.
IV. A necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a
substituição para preencher as funções públicas temporariamente
vagas, é consequência do princípio da eficiência.
É correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) I e III.
c) I e II.

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d) II e III.
e) III e IV.
Comentários:
Vamos direto às análises.
I - FALSO. O princípio da publicidade NÃO é absoluto, no sentido de
que NEM todo ato administrativo, sem exceção, deve ser publicado,
COMO, POR EXEMPLO, OS ATOS ATINENTES À SEGURANÇA DO
ESTADO.
II - VERDADEIRO. De fato, o princípio da impessoalidade tem dois
sentidos: um relacionado à finalidade, no sentido de que ao
administrador se impõe que só pratique o ato para o seu fim legal;
outro, no sentido de excluir a promoção pessoal das autoridades ou
servidores públicos sobre suas realizações administrativas.
III - VERDADEIRO. De fato, o princípio da segurança jurídica veda
a retroação de interpretação de lei a casos já decididos com base em
entendimento anterior.
IV - FALSO. A necessidade de institutos como a suplência, a
delegação e a substituição para preencher as funções públicas
temporariamente vagas, é consequência do princípio da eficiência
CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO.
Gabarito: alternativa D.

9) (2009) Sobre os princípios da Administração Pública, é


correto afirmar:
a) O art. 37 da Constituição Federal não é taxativo, pois, outros
princípios existem, previstos em leis esparsas, ou, mesmo, não
expressamente contemplados no direito objetivo, aos quais se sujeita
a Administração Pública.
b) Segundo o princípio da legalidade, a Administração pode fazer
tudo o que a lei não proíbe.
c) O princípio da especialidade é concernente à ideia da centralização
administrativa.
d) O princípio da autotutela significa o controle que a Administração
exerce sobre outra pessoa jurídica por ela mesma instituída.
e) O princípio da continuidade do serviço público é a possibilidade de
reeleição dos chefes do poder executivo.
Comentários:

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A resposta é letra “A”. Os princípios são indicados, no art. 37 da CF,


de 1988, apenas de forma exemplificativa. Outros princípios podem
ser encontrados expressamente em outros artigos do texto
constitucional, como, por exemplo, a ampla defesa e o contraditório;
bem como encontrados em atos infraconstitucionais, como, por
exemplo, na Lei 9.784, de 1999, o princípio da motivação e interesse
público.
A seguir, vejamos os erros nos demais itens.
b) Segundo o princípio da legalidade, a Administração O
PARTICULAR pode fazer tudo o que a lei não proíbe.
c) O princípio da especialidade é concernente à ideia da centralização
DESCENTRALIZAÇÃO administrativa.
d) O princípio da autotutela TUTELA ADMINISTRATIVA significa o
controle que a Administração exerce sobre outra pessoa jurídica por
ela mesma instituída.
e) O princípio da continuidade do serviço público é a possibilidade de
NÃO ESTÁ ATRELADO À reeleição dos chefes do poder executivo.
Gabarito: alternativa A.

10) (2009) Sobre os princípios constitucionais da


Administração Pública NÃO é correto afirmar que o
princípio:
a) da moralidade está ligado à ideia da probidade administrativa, do
decoro e da boa-fé.
b) da impessoalidade também é conhecido como princípio da
finalidade.
c) da publicidade apresenta dupla acepção: exigência de publicação
dos atos administrativos em órgão oficial como requisito de eficácia e
exigência de transparência da atuação administrativa.
d) da impessoalidade tem por objetivo assegurar que os serviços
públicos sejam prestados com adequação às necessidades da
sociedade.
e) da legalidade traduz a ideia de que a Administração Pública
somente tem possibilidade de atuar quando exista lei que a
determine ou que a autorize.
Comentários:

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A resposta é letra “D”. O princípio da eficiência é que tem por


objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com
adequação às necessidades da sociedade.
Gabarito: alternativa D.

11) (2009) Sobre os princípios da Administração Pública,


considere:
I. O princípio da publicidade, previsto na Constituição Federal, exige a
ampla divulgação, sem exceção, de todos os atos praticados pela
Administração Pública.
II. A regra estabelecida na Lei n o 9.784/99 de que o processo
administrativo deve observar, dentre outros critérios, o atendimento
a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei, traduz o princípio
da supremacia da prevalência do interesse público.
III. Os princípios da eficiência e da impessoalidade, de ampla
aplicação no Direito Administrativo, não estão expressamente
previstos na Constituição Federal.
IV. O princípio da fundamentação exige que a Administração Pública
indique os fundamentos de fato e de direito de seus atos e decisões.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) I, II e III.
b) II e IV.
c) II e III.
d) III.
e) IV.
Comentários:
I - FALSO. O princípio da publicidade, previsto na Constituição
Federal, exige a ampla divulgação, sem COM exceção, de todos os
atos praticados pela Administração Pública.
II - VERDADEIRO. A regra estabelecida na Lei n o 9.784/99 de que
o processo administrativo deve observar, dentre outros critérios, o
atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou
parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei, traduz
o princípio da supremacia da prevalência do interesse público.

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III - FALSO. Os princípios da eficiência e da impessoalidade, de


ampla aplicação no Direito Administrativo, não estão expressamente
previstos na Constituição Federal.
IV - VERDADEIRO. O princípio da fundamentação OU MOTIVAÇÃO
exige que a Administração Pública indique os fundamentos de fato e
de direito de seus atos e decisões.
Gabarito: alternativa B.

12) (2011) No que concerne à Administração Pública, o


princípio da especialidade tem por característica:
a) a descentralização administrativa através da criação de entidades
que integram a Administração Indireta.
b) a fiscalização das atividades dos entes da Administração Indireta.
c) o controle de seus próprios atos, com possibilidade de utilizar-se
dos institutos da anulação e revogação dos atos administrativos.
d) a relação de coordenação e subordinação entre uns órgãos da
Administração Pública e outros, cada qual com atribuições definidas
em lei.
e) a identificação com o princípio da supremacia do interesse privado,
inerente à atuação estatal.
Comentários:
O princípio da especialidade é concernente à ideia de descentralização
administrativa. A descentralização administrativa pressupõe a criação
de novas pessoas jurídicas, exemplo das autarquias e fundações
públicas, daí a correção da alternativa “A”.
Gabarito: alternativa A.

13) (2011) O serviço público não é passível de interrupção


ou suspensão afetando o direito de seus usuários, pela
própria importância que ele se apresenta, devendo ser
colocado à disposição do usuário com qualidade e
regularidade, assim como com eficiência e oportunidade.
Trata-se do princípio fundamental dos serviços públicos
denominado
a) impessoalidade.
b) mutabilidade.
c) continuidade.

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d) igualdade.
e) universalidade.
Comentários:
Questão de fixação. O princípio fundamental que determina que os
serviços públicos não possam sofrer solução em sua continuidade é o
princípio da continuidade dos serviços públicos. Daí a correção da
alternativa C.
Gabarito: alternativa C.

14) (2011) A conduta do agente público que se vale da


publicidade oficial para realizar promoção pessoal atenta
contra os seguintes princípios da Administração Pública:
a) razoabilidade e legalidade.
b) eficiência e publicidade.
c) publicidade e proporcionalidade.
d) motivação e eficiência.
e) impessoalidade e moralidade.
Comentários:
O art. 37, §1º, da CF, de 1988, veda que os agentes públicos façam
uso da coisa pública para favorecimento pessoal, seja por meio de
imagens, nomes ou símbolos. Esse artigo é uma aplicação direta do
princípio da impessoalidade.
Perceba que a única alternativa que alude à impessoalidade é a letra
“E”. O maior problema seria se outra opção também tivesse citado o
referido princípio. No caso, o uso do dinheiro público para
favorecimento pessoal é, no mínimo, imoral.
Gabarito: alternativa E.

15) (2011)Analise as seguintes proposições, extraídas dos


ensinamentos dos respectivos Juristas José dos Santos
Carvalho Filho e Celso Antônio Bandeira de Mello:
I. O núcleo desse princípio é a procura de produtividade e
economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os
desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos
serviços públicos com presteza, perfeição e rendimento funcional.
II. No texto constitucional há algumas referências a aplicações
concretas deste princípio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir
que o ingresso no cargo, função ou emprego público depende de

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concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso


em plena igualdade.
As assertivas I e II tratam, respectivamente, dos seguintes princípios
da Administração Pública:
a) moralidade e legalidade.
b) eficiência e impessoalidade.
c) legalidade e publicidade.
d) eficiência e legalidade.
e) legalidade e moralidade.
Comentários:
I - EFICIÊNCIA. A procura de produtividade e economicidade e, o
que é mais importante, a exigência de reduzir os desperdícios de
dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos com
presteza, perfeição e rendimento funcional.
II - IMPESSOALIDADE. No texto constitucional há algumas
referências a aplicações concretas deste princípio, como por exemplo,
no art. 37, II, ao exigir que o ingresso no cargo, função ou emprego
público depende de concurso, exatamente para que todos possam
disputar-lhes o acesso em plena igualdade.
Gabarito: alternativa B.

16) (2011)O Jurista Celso Antônio Bandeira de Mello


apresenta o seguinte conceito para um dos princípios
básicos da Administração Pública: De acordo com ele, a
Administração e seus agentes têm de atuar na
conformidade de princípios éticos. (...) Compreendem-se
em seu âmbito, como é evidente, os chamados princípios da
lealdade e boa-fé.
Trata-se do princípio da
a) motivação.
b) eficiência.
c) legalidade.
d) razoabilidade.
e) moralidade. Comentários:
A lealdade, boa-fé e a honestidade são preceitos éticos desejados
pela sociedade que nos remunera direta ou indiretamente. O
princípio da moralidade pode ser considerado a um só tempo
dever do administrador e direito público subjetivo.

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Gabarito: alternativa E.

17) (2011) Constituem princípios do processo administrativo,


explícitos ou implícitos no Direito positivo:
a) oficialidade, publicidade e motivação.
b) sigilo, economia processual e unilateralidade.
c) onerosidade, publicidade e tipicidade.
d) formalismo, gratuidade e inércia dos órgãos administrativos
e) oficialidade, devido processo legal e inércia dos órgãos
administrativos.
Comentários:
A resposta é letra “A”.
Vejamos os erros nos demais itens.
b) sigilo PUBLICIDADE, economia processual e unilateralidade.
c) onerosidade GRATUIDADE, publicidade e tipicidade.
d) formalismo MODERADO, gratuidade e inércia IMPULSO OFICIAL
dos órgãos administrativos
e) oficialidade, devido processo legal e inércia IMPULSO OFICIAL
dos órgãos administrativos.
Gabarito: alternativa “A”.

18) (2011)O princípio segundo o qual a Administração


Pública Direta fiscaliza as atividades dos entes da
Administração Indireta denomina-se
a) finalidade.
b) controle.
c) autotutela.
d) supremacia do interesse público.
e) legalidade.
Comentários:
Questão maldosa!
Imagino que bons candidatos foram direto à alternativa “C”, que
menciona o princípio da autotutela.
Esclareço que a autotutela é autocontrole, ou seja, é o controle do
ato administrativo pela própria pessoa jurídica emissora, como
salienta a Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal.

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A Administração Indireta é formada por um conjunto de entidades


administrativas, de pessoas jurídicas, suscetíveis de supervisão pelo
Ministério da área temática, situado na Administração Direta.
Entre a Administração Direta e Indireta não existe subordinação, mas
sim vinculação, o que indica que estão sujeitas, igualmente, a
controle, porém do tipo finalístico e não hierárquico. Daí a correção
da alternativa “B”.
Gabarito: alternativa B.

19) (2011)Na relação dos princípios expressos no artigo 37,


caput, da Constituição da República Federativa do Brasil,
NÃO consta o princípio da
a) moralidade.
b) eficiência.
c) probidade.
d) legalidade.
e) impessoalidade. Comentários:
Questão de fixação. Suficiente relembrar do LIMPE. O “P” é de
publicidade e não de probidade, daí a correção da letra “C”.
Gabarito: alternativa C.

20) (2011) São princípios da Administração Pública,


expressamente previstos no artigo 37, caput, da
Constituição Federal, dentre outros,
a) eficiência, razoabilidade e legalidade.
b) motivação, moralidade e proporcionalidade.
c) legalidade, moralidade e impessoalidade.
d) publicidade, finalidade e legalidade.
e) eficiência, razoabilidade e moralidade.
Comentários:
Questão de fixação. A resposta é letra “C”.
Gabarito: alternativa C.

21) (2011) O direcionamento da atividade e dos serviços


públicos à efetividade do bem-comum é característica
básica do Princípio da
a) Eficiência

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b) Legalidade
c) Impessoalidade
d) Moralidade
e) Proporcionalidade
Comentários:
Pode-se dizer que o princípio da impessoalidade tem uma “tripla
formulação”, “três faces”.
Numa primeira visão, para parte da doutrina, a impessoalidade
como princípio significa que o administrador público só deve
praticar atos voltados à consecução do interesse público. Daí a
correção da letra “C”.
Por tal princípio, o tratamento conferido aos administrados em geral
deve levar em consideração não o “prestígio” social por estes
desfrutado, mas sim suas condições objetivas em face das normas
que cuidam da situação, tendo em conta o interesse público, que
deve prevalecer.
Para esses doutrinadores, a atuação impessoal determina uma
atuação finalística da Administração, ou seja, voltada ao melhor
atendimento dos interesses públicos. Desse modo, o princípio da
impessoalidade é sinônimo de finalidade.
Em outra interessante acepção do princípio da impessoalidade, os
atos e provimentos administrativos são imputáveis NÃO ao
funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade
administrativa em nome do qual age o funcionário.
Por essa linha, pelos atos dos agentes responde a Administração
Pública, em razão da impessoalidade de atuação daqueles. A tese
é consagrada em diversos momentos da nossa atual Constituição
Federal, como no art. 37, §6º, do texto constitucional:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa.

Vê-se que a pessoa jurídica à qual é vinculado o agente


responde pelo dano causado por este, nitidamente devido à
impessoalidade da atuação funcional. Portanto, o agente tem sua

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atuação imputada ao órgão/entidade a que se vincula (teoria


do órgão ou da imputação volitiva).
Uma terceira face da impessoalidade pode ser encontrada no art.
37, inc. II, por exemplo. Ao se exigir concurso público para o acesso
aos cargos públicos, o legislador prezou pelo mérito, sem criar
discriminações benéficas ou detrimentosas, em observância ao
princípio da isonomia ou igualdade.

Assim, a atividade administrativa deve dar-se segundo critérios de


bom andamento do serviço público, afastando-se favoritismo ou
mesmo desfavoritismos.
Lúcia Figueiredo explica que a impessoalidade pode levar à
igualdade, mas com ela não se confunde. É possível haver
tratamento igual a determinado grupo (que estaria satisfazendo
o princípio da igualdade), porém, se ditado por conveniências
pessoais do grupo e/ou do administrador, estará infringindo a
impessoalidade. É verdade que estão próximos os princípios, mas
certamente não se confundem.
Gabarito: alternativa C.

Prof. Cyonil Borges www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 18

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