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SUMÁRIO
RESUMO / ABSTRACT 1
1. INTRODUÇÃO 2
2. OBJETIVOS 2
5. PROGRAMA EXPERIMENTAL 11
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 24
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26
1
RESUMO
This research studied the IPT Method for mix-proportion determination of hardened
mortars. The method was applied to two lime, one cement, eight cement-lime based
mortars, and three pre-mixed laboratorial mortars simulating industrial mortars. The
cement type was CP-II E-32 and the hydrated lime types were dolomitic CH III and
calcitic CH I.
The purpose of the study was to adjust the IPT Method for actual mortars which are
produced with those materials found on the market today. The chemical analysis
included gravimetric and titulometric tests as set forth in the IPT Method. Silicium,
calcium, magnesium, iron and aluminum quantities were also determined by Atomic
Absorption Spectroscopy (AAS). This method proved to be a viable alternative to the
IPT Method when taking into consideration the limitations it has for each element.
The IPT Method presented good results when comparing the mix-proportions that were
calculated from chemical analysis with the corresponding mix-proportion references,
demonstrating the method’s actuality and applicability for the quality control of studied
mortars. It is suggested from the experimental data to use a correction factor for the
calculated proportion of sand in the mortars with hydrated lime. The methodology
seemed to be adequate for the elaboration of a National Standard.
2
1. Introdução
No contexto de estudos e avaliação de diferentes aspectos tecnológicos da argamassa1, é
de interesse conhecer o traço, isto é, a proporção dos materiais empregados na
dosagem, aglomerante(s) e agregado, expresso em massa ou volume. São exemplos,
estudos de causas de fenômenos patológicos de revestimentos de obras acabadas,
restauração de obras históricas, controle da qualidade de argamassas industrializadas e
misturas semiprontas para argamassas, e avaliação do desempenho dos materiais
empregados na produção de argamassas.
O Laboratório de Química de Materiais do IPT acumulou uma ampla experiência nos
seus 27 anos de atuação no estudo de materiais de construção, documentando e
divulgando métodos de ensaio e seus resultados.
No que diz respeito à análise química2 de argamassas e de revestimentos de argamassa
desenvolveu um método de reconstituição de traço com base nos resultados da análise
química quantitativa3.
O método de reconstituição de traço para concreto desenvolvido no IPT (Boletim, 1940)
foi adaptado para argamassa. O conhecimento da composição dos materiais
constituintes das argamassas e dos fenômenos químicos envolvidos ao longo do tempo
nos revestimentos, são dados importantes a serem considerados na interpretação de seus
resultados.
Presentemente, a modificação na composição dos cimentos e das cales, o emprego de
materiais residuais e o desenvolvimento e aplicação de novos materiais na construção
civil dificultaram a reconstituição de traço das argamassas endurecidas, constatando-se a
necessidade de uma adequação do método à realidade atual do mercado. Em virtude da
composição dos materiais nem sempre ser conhecida procurou-se também propor um
programa de cálculo com base em composições hipotéticas (QUARCIONI, 1998).
Na literatura encontramos as normas BS 4551-80 e a ASTM C-1324-96, que apresentam
metodologias para a análise química e cálculo do traço de argamassas. Dado a
peculiaridades de cada método não se aplicam diretamente às argamassas nacionais.
2. Objetivos
O estudo teve como objetivo geral atualizar o Método IPT de reconstituição de traço de
argamassas, empregando-se materiais atuais de mercado, caracterizando seu campo de
1
Argamassa, de acordo com a NBR 11172/89, é uma mistura íntima e homogênea de aglomerante de
origem mineral, agregado miúdo, água e, eventualmente, aditivos, em proporções adequadas a uma
determinada finalidade.
2
Análise química, ou melhor, análise química quantitativa, no cotidiano do laboratório, utiliza
basicamente a gravimetria e titrimetria.
3
Análise química quantitativa, é a parte da química analítica que se ocupa da determinação quantitativa
dos diversos elementos químicos ou de suas combinações que estão presentes na composição de um
material estudado (ALEXÉEV, 1966).
3
I - Andamento principal
AMOSTRA
ANALÍTICA A
(5g)
• adicionar 50mL de solução de HCl (1:2)
• lavar o precipitado com solução de Na2CO3 (5%) e
solução de HCl (5:95).
PRECIPITADO • filtrar, recolhendo o filtrado em balão de 500 mL.
FILTRADO
• calcinar a 1000oC, • evaporar uma alíquota de 200 mL em banho-maria, até
esfriar secura
e pesar • secar em estufa a 100ºC
RI • atacar o resíduo com 30mL de solução de HCl (1:1)
• filtrar, recolhendo o filtrado em béquer
PRECIPITADO
FILTRADO
• calcinar a 1000 C,
o
• adicionar gotas de HNO3 e levar à fervura
esfriar • neutralizar com solução de NH4OH (1:1)
e pesar • filtrar, lavar o precipitado com solução de NH4 NO3
SiO2 (20 g/L), recolhendo o filtrado em béquer
PRECIPITADO
FILTRADO
• calcinar a 1000 C,
o
• ajustar o volume para 300mL
esfriar • adicionar solução HCl (1:1) até meio ácido, pH<5
e pesar • adicionar 15 mL de solução saturada de (NH4)2C2O4
R2O3 • adicionar NH4OH até meio básico, pH>7
• decantar o precipitado em banho-maria por 1h
• filtrar, recolhendo o filtrado em béquer
PRECIPITADO
FILTRADO
• dissolver o resíduo com • acertar o pH com NH4OH
20mL de solução de • precipitar com solução de (NH4)2HPO4 (20% )
H2SO4 (1:1) • manter em repouso de 8 a 12 horas
• aquecer a 80 C e titular
o
• filtrar, descartando o filtrado
com solução de
KMnO4(0,3M)
CaO PRECIPITADO MgO
FILTRADO • calcinar a 1000oC,
esfriar e pesar
AMOSTRA AMOSTRA
ANALÍTICA B ANALÍTICA C
(1g) (1g)
• determinação
gasométrica
• secar a 100oC, esfriar e após
pesar decomposição
térmica a
1000oC
UMIDADE CO2
• calcinar a 1000oC, esfriar e
pesar
PF
Quando o cimento não é conhecido, adota-se para a perda ao fogo, o valor máximo
especificado em norma ou de algum cimento de referência escolhido.
c) teor de cal: primeiramente é calculado o teor de cal na base não volátil, expresso
como cal virgem, (%CV). Este pode ser calculado de duas maneiras:
• 1ª alternativa: A partir dos teores de agregado e cimento, o teor de cal virgem é
obtido por diferença do total (100% do total):
% CV = 100 − (% Cim ( ARG , NV ) + % RI ( ARG , NV ) ) (3)
% CV
% Cal ( ARG ,OR ) = ⋅ 100 (5)
100 − % PF( CAL )
4
Na análise química do cimento obtém-se o teor de sílica total somado ao resíduo insolúvel. Desse total
deve-se subtrair o resíduo insolúvel, obtendo-se então, o valor da sílica solúvel do cimento.
9
R e su lta d o s (% )
D e te r m in a ç õ e s B a se o r ig in a l B a se n ã o v o lá til
U m id a d e 0 ,0 0 -
P e rd a a o Fo g o 2 ,5 2 -
RI 8 0 ,0 8 2 ,1
S iO 2 s o lú v e l 2 ,8 1 2 ,8 8
R 2O 3 1 ,1 9 1 ,2 2
C aO 1 2 ,4 1 2 ,7
M gO 0 ,6 3 0 ,6 5
CO2 0 ,8 4 -
Da equação (4) obtém-se o teor de cal hidratada, calculada em relação à perda ao fogo
da cal hidratada empregada
4,69
% Cal( ARG ,OR ) = ⋅ 100 = 6,38 (4)
100 − 26,46
Traço, em massa
Traço Rel Aglo/Agre
cimento cal areia
1 0,46 5,8 1 / 4,0
14,1 %
, 6,38 %
, 82,1 %
. 1 / 4,0
Tem-se então:
cimento: 1 / 1,12 = 0,89
cal hidratada: 0,46 / 0,53 = 0,87
agregado: [(5,8 + (5,8 x 0,025)]/1,153 = 5,2
5. Programa experimental
5
Argamassa simples é a argamassa preparada com um único aglomerante (NBR 13529/95).
6
Argamassa mista é a argamassa preparada com mais de um aglomerante (NBR 13529/95).
12
5.1.1 Aglomerantes
Foram utilizados cimento Portland tipo CP II-E 32, marca Votoran, da S/A Indústrias
Votorantin, cal hidratada cálcica tipo CH I, marca Supercal, da Cobrascal Indústria de
Cal Ltda e cal hidratada dolomítica tipo CH III, marca Votoran, da Companhia Cimento
Portland Itaú. São aglomerantes disponíveis no mercado paulista e de uso comum em
obras.
5.1.2 Areia
Quanto ao agregado, foi utilizada uma areia preparada em laboratório, a partir de frações
da Areia Normal Brasileira (NBR 7214/82) produzidas pelo IPT. A concepção da areia
com tal composição granulométrica surgiu inicialmente dentro de um estudo paralelo
desenvolvido pelo grupo de alunos de pós graduação do Departamento de Construção
Civil da Escola Politécnica, onde se avaliou a influência da curva granulométrica em
algumas propriedades das argamassas (CARNEIRO, 1997). Esta areia foi considerada
adequada para este estudo, porque é uma areia lavada de rio, de natureza quartzosa e
com ausência de materiais argilosos, mica e feldspato, comuns neste tipo de areia, não
tendo assim interferentes no detalhamento da composição das argamassas endurecidas, a
ser feito na etapa seguinte deste estudo.
7
Mistura pronta é a mistura de agregado e aglomerante(s) originais, pronta para o preparo da argamassa
somente pela adição da água de amassamento
13
1:1:6 com cal cálcica 1:1:6 CC 1 1 6 1 0,47 5,82 1 3 1 3,96 13,7 6,4 20,1 79,8
1:1:6 com cal dolomítica 1:1:6 CD 1 1 6 1 0,56 5,82 1 3 1 3,73 13,6 7,6 21,2 78,9
1:2:9 com cal cálcica 1:2:9 CC 1 2 9 1 0,95 8,73 1 3 1 4,48 9,4 8,9 18,3 81,7
1:2:9 com cal dolomítica 1:2:9 CD 1 2 9 1 1,13 8,73 1 3 1 4,10 9,2 10,4 19,6 80,4
1:1:8 com cal cálcica 1:1:8 CC 1 1 8 1 0,47 7,76 1 4 1 5,28 10,8 5,1 15,9 84,1
1:1:8 com cal dolomítica 1:1:8 CD 1 1 8 1 0,56 7,76 1 4 1 4,97 10,7 6,0 16,7 83,3
1:2:12 com cal cálcica 1:2:12 CC 1 2 12 1 0,95 11,6 1 4 1 5,95 7,4 7,0 14,4 85,6
1:2:12 com cal dolomítica 1:2:12 CD 1 2 12 1 1,13 11,6 1 4 1 5,45 7,3 8,2 15,5 84,5
14
5.2.2 Cura
A desforma deu-se após dois ou três dias da moldagem, com exceção das argamassas
simples de cal hidratada cálcica e dolomítica, ambas desmoldadas com cinco e dez dias,
respectivamente, por serem mais lentas no endurecimento. A cura foi feita em regime
cíclico de cinco dias em ambiente de laboratório (Tmédia= 25ºC, Hmédia= 70%) e dois dias
em câmara úmida (Tmédia= 23ºC, Hmédia= 95%),com exceção das argamassas simples de cal
hidratada, as quais foram mantidas constantemente em ambiente de laboratório. Este
regime de cura simulou uma condição característica do país (clima quente e úmido, com
elevados índices pluviométricos). Os corpos-de-prova foram ensaiados com 92 dias de
cura.
Tabela 5 : Traços das argamassas, calculados a partir da análise química, em massa - Método IPT
Tabela 6 : Traços das argamassas calculados a partir da análise química, em volume - Método IPT
1:3 CC - 1 3 1 : 3,0
.. - 1,0 3,0 1 : 3,0
.. - 1,0 3,0 1 : 3,0
.. - 1,0 3,1 1 : 3,1
..
1:3 CD - 1 3 1 : 3,0
.. - 1,0 2,9 1 : 2,9
.. - 1,0 2,9 1 : 2,9
.. - 1,0 2,9 1 : 2,9
..
1:1:6 CC 1 1 6 1 : 3,0
.. 1 1,0 6,2 1 : 3,1
.. 1 0,9 6,0 1 : 3,2
.. 1 1,0 6,4 1 : 3,2
..
1:1:6 CD 1 1 6 1 : 3,0
.. 1 1,0 6,5 1 : 3,3
.. 1 0,9 6,4 1 : 3,4
.. 1 1,1 6,7 1 : 3,2
..
1:2:9 CC 1 2 9 1 : 3,0
.. 1 2,2 9,6 1 : 3,0
.. 1 2,0 9,3 1 : 3,1
.. 1 2,4 9,9 1 : 2,9
..
1:2:9 CD 1 2 9 1 : 3,0
.. 1 1,7 8,8 1 : 3,3
.. 1 1,5 8,4 1 : 3,4
.. 1 1,9 9,1 1 : 3,1
..
1:1:8 CC 1 1 8 1 : 4,0
.. 1 1,4 9,1 1 : 3,8
.. 1 1,3 9,0 1 : 3,9
.. 1 1,4 9,3 1 : 3,9
..
1:1:8 CD 1 1 8 1 : 4,0
.. 1 0,8 8,1 1 : 4,5
.. 1 0,7 7,7 1 : 4,5
.. 1 1,0 8,6 1 : 4,3
..
1:2:12 CC 1 2 12 1 : 4,0
.. 1 2,2 12,8 1 : 4,0
.. 1 1,9 12,2 1 : 4,2
.. 1 2,5 13,6 1 : 3,9
..
1:2:12 CD 1 2 12 1 : 4,0
.. 1 1,6 12,0 1 : 4,6
.. 1 1,1 10,4 1 : 5,0
.. 1 2,2 13,8 1 : 4,3
..
Tabela 7 : Traços das argamassas calculados a partir dos ensaios de absorção atômica, em massa
Tabela 8 : Traços das argamassas calculados a partir dos ensaios de absorção atômica, em volume
1:3 CC - 1 3 1 : 3,0
.. - 1,0 3,0 1 : 3,0
.. - 1,0 3,0 1 : 3,0
.. - 1,0 3,1 1 : 3,1
..
1:3 CD - 1 3 1 : 3,0
.. - 1,0 2,9 1 : 2,9
.. - 1,0 2,9 1 : 2,9
.. - 1,0 2,9 1 : 2,9
..
1:1:6 CC 1 1 6 1 : 3,0
.. 1 0,8 5,9 1 : 3,3
.. 1 0,7 5,7 1 : 3,4
.. 1 0,9 6,1 1 : 3,2
..
1:1:6 CD 1 1 6 1 : 3,0
.. 1 0,8 6,1 1 : 3,4
.. 1 0,5 5,6 1 : 3,7
.. 1 1,1 6,7 1 : 3,2
..
1:2:9 CC 1 2 9 1 : 3,0
.. 1 1,9 9,0 1 : 3,1
.. 1 1,4 7,9 1 : 3,3
.. 1 2,6 10,3 1 : 2,9
..
1:2:9 CD 1 2 9 1 : 3,0
.. 1 1,7 8,7 1 : 3,2
.. 1 1,3 7,8 1 : 3,4
.. 1 2,1 9,6 1 : 3,1
..
1:1:8 CC 1 1 8 1 : 4,0
.. 1 1,0 8,4 1 : 4,2
.. 1 0,4 7,0 1 : 5,0
.. 1 1,8 10,1 1 : 3,6
..
1:1:8 CD 1 1 8 1 : 4,0
.. 1 0,6 7,7 1 : 4,8
.. 1 0,4 7,1 1 : 5,1
.. 1 0,9 8,4 1 : 4,4
..
1:2:12 CC 1 2 12 1 : 4,0
.. 1 1,6 11,3 1 : 4,3
.. 1 1,1 10,0 1 : 4,8 .. 1 2,3 13,3 1 : 4,0
..
1:2:12 CD 1 2 12 1 : 4,0
.. 1 1,3 10,9 1 : 4,7
.. 1 1,1 10,4 1 : 5,0 .. 1 1,4 11,5 1 : 4,8
..
90,0
85,0
Na base não volátil
y = 1,2921x - 21,248
2
80,0 R = 0,9971
% RI da análise química
75,0
60,0
60,0 65,0 70,0 75,0 80,0 85,0 90,0
% RI dosado ( Areia)
90,0
88,0
82,0
80,0
78,0
Na base original
76,0
Na base não volátil
Igualdade Na base original
74,0 Linear (Igualdade)
Linear (Na base não volátil)
y = 1,4206x - 41,11
2
72,0 Linear (Na base original) R = 0,9334
70,0
70,0 72,0 74,0 76,0 78,0 80,0 82,0 84,0 86,0 88,0 90,0
% RI dosado (Areia)
Figura 3 : Correlação do resíduo insolúvel (RI) nas argamassas mistas com cal
cálcica
90,0
88,0
82,0
80,0
78,0
Na base original
76,0 Na base não volátil
Igualdade
Linear (Igualdade)
74,0
Linear (Na base original) Na base original
Linear (Na base não volátil) y = 0,919x - 0,4812
72,0 2
R = 0,9678
70,0
70,0 72,0 74,0 76,0 78,0 80,0 82,0 84,0 86,0 88,0 90,0
%RI dosado (Areia)
Figura 4 : Correlação do resíduo insolúvel (RI) nas argamassas mistas com cal
dolomítica
A partir da observação dos gráficos acima podemos concluir:
• Argamassa simples de cimento
O método tradicional de cálculo não incorpora um erro, pois na argamassa 1:3C o valor
do RI dosado e RI na base não volátil são praticamente os mesmos (Figura 2). Como
não existe cal, principal responsável pela perda ao fogo, a PF da argamassa depende
22
1:3 CC - 1 3 1 : 3,0
. . - 1,0 3,1 1 : 3,1
. . - 1,0 2,9 1 : 2,9
. .
1:3 CD - 1 3 1 : 3,0
. . - 1,0 2,9 1 : 2,9
. . - 1,0 2,8 1 : 2,8
. .
1:1:6 CC 1 1 6 1 : 3,0
. . 1 1,0 6,2 1 : 3,1
. . 1 1,0 6,0 1 : 3,0
. .
1:1:6 CD 1 1 6 1 : 3,0
. . 1 1,0 6,5 1 : 3,3
. . 1 1,0 6,3 1 : 3,2
. .
1:2:9 CC 1 2 9 1 : 3,0
. . 1 2,2 9,6 1 : 3,0
. . 1 2,2 9,3 1 : 2,9
. .
1:2:9 CD 1 2 9 1 : 3,0
. . 1 1,7 8,8 1 : 3,3
. . 1 1,7 8,5 1 : 3,1
. .
1:1:8 CC 1 1 8 1 : 4,0
. . 1 1,4 9,1 1 : 3,8
. . 1 1,4 8,8 1 : 3,7
. .
1:1:8 CD 1 1 8 1 : 4,0
. . 1 0,8 8,1 1 : 4,5
. . 1 0,8 7,8 1 : 4,3
. .
1:2:12 CC 1 2 12 1 : 4,0
. . 1 2,2 12,8 1 : 4,0
. . 1 2,2 12,5 1 : 3,9
. .
1:2:12 CD 1 2 12 1 : 4,0
. . 1 1,6 12,0 1 : 4,6
. . 1 1,6 11,5 1 : 4,4
. .
Fica evidente que a dispersão dos resultados do traço provêm, sobretudo, do tratamento
de dados (método de cálculo) e não da análise química. Para se chegar a esta conclusão
o planejamento experimental foi adequado, fornecendo dados que se complementaram
na sua interpretação.
24
6. Considerações finais
As técnicas analíticas do Método IPT são consagradas em química analítica. Portanto,
trata-se de avaliar sua aplicação em argamassa, visando atender à demanda do meio
técnico. A ordem de grandeza das medições no mundo da química é muito menor que
no campo da engenharia. Assim sendo, é fundamental saber interpretar corretamente os
dados da bancada de laboratório em confronto com dados de dosagem de obra.
Assim, foi relevante a comparação dos traços de referência ou de dosagem com os
traços obtidos através dos ensaios químicos, para avaliar se a variabilidade dos
resultados está dentro de uma margem aceitável pelo meio técnico. O atendimento desta
expectativa determinou a aceitação do método.
Via de regra, a dosagem de argamassas em obra é feita em volume. Portanto, trata-se de
uma medida que carece de precisão, exceção feita a construtoras que possuem controle
mais rigoroso do processo construtivo. Dessa forma, o valor do traço que é obtido a
partir da análise química deve ser considerado nesse contexto.
Assim sendo, este panorama vemos que as diferenças observadas em resultados de
traços podem ser perfeitamente aceitáveis. Mesmo em casos onde o valor do traço de
referência não esteve exatamente dentro da faixa de limites, obtidos pelo ICM, são
valores de mesma ordem de grandeza, plausível para o meio técnico.
Neste sentido, são confiáveis, por exemplo, respostas obtidas pelos ensaios químicos
para questões como:
• uma dada argamassa apresenta ou não cal hidratada em sua composição ?
• é possível distinguir se um traço é 1:1:8 ou 1:2:12 ? ou,
• comprovar se a relação agregado/aglomerante é 1:3 ou 1:4.
São respostas de interesse do meio técnico.
Vale a pena ressaltar, por fim, o dado mais importante que foi a correção do traço, a
partir dos dados da análise química. Estes dados permitiram justificar a diferença entre o
traço calculado e o dosado e elaborar uma correção.
7. Referências Bibliográficas
ALEXÉEV, V. 1966. Analyse quantitative. Tradução de M. Lazaréwitch. Moscou : Mir.
DELOYE, F.-X. 1978. Analyse minéralogique: application aux bétons durcis en liaision
avec la perénnité des ouvrages. Paris : LCPC. 56p. (LCPC - RR/LPC-83).
MILLER, J.C., MILLER, J.N. 1993. Estatística química analítica. 2.ed. Wilmington :
Addison-Wesley Iberoamenrican. 211p.
WAENY, J.C.C. 1979. Erros em análises químicas. São Paulo : IPT. 9p. (IPT-ACM, 4).