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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO - ISERJ

CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: LIBRAS
PROFESSORA: MONICA ASTUTO
ALUNO: ARNALDO V. CARVALHO

TRABALHO INDIVIDUAL

ANÁLISE CRÍTICA DO FILME “MR. HOLLAND – ADORÁVEL PROFESSOR”

Parte I – Impacto Imediato da obra

O que aconteceu

Musicista se vê obrigado a trabalhar como professor em uma escola em função de suas condições
financeiras. Em pouco tempo sua esposa engravida e as coisas ficam gradualmente mais complexas
na vida do casal.

Sentimentos ou emoções despertados em mim


Me emocionei em vários momentos: Quando Holland se vê obrigado a trabalhar com algo que não
quer; Quando ele começa a descobrir o quanto a educação precisa ser prazerosa e finalmente cria
uma boa relação com seus alunos, especialmente demonstrada pelo ensino da clarineta a aluna
senhorita Lang; Quando ele revela sua dificuldade de adaptação ao novo, no momento da revelação
da gravidez; No momento da briga dele com seu filho já adolescente; No momento em que ele
ensina Ross a tocar tambor, e no momento em que seu então ex-aluno morre; Quando ele demonstra
sabedoria e deixa Rowena partir; No momento em que ele finalmente compreende que precisa
mudar sua relação com seu filho, e que eles não precisam viver mundos paralelos, e principalmente,
que o filho tinha uma vida tão rica quanto a dele. Quando ele é colocado na condição demissionária,
e logo após, na homenagem a ele. Depois fiquei com sentimento de revolta em relação a condição
de demissão do Prof. Holland.

Valores ou preconceitos que me pareceram ser apresentados através do filme

- Disciplinas humanas ou artísticas quase sempre tem menos valor para as instituições do que as
exatas e linguísticas;
- O preconceito dos que ouvem em relação ao surdo, acreditando que este vive um mundo pobre e
não tem capacidade para interagir com o mundo dos ouvintes;
- Pessoas de idade tem menos vez na nossa sociedade;
- A sociedade ainda se surpreende ao ver atletas de atividades onde a força é um forte requisito
(como luta livre e futebol americano) desempenhando outras atividades que requerem sensibilidade
(como a dança ou a música);
- As pessoas tem capacidade de perceber suas próprias limitações e criar meios de adaptação e
superação.

Informações gerais sobre a obra:

Mr. Holland – Adorável Professor


Diretor: Stephen Herek
Estúdio: Hollywood Pictures, PolyGram Filmed Entertainment e Interscope Communications (em
co-produção)
Ano: 1995
Síntese do enredo (máximo 20 linhas)

Responder:

1) Quem era o personagem principal?

O professor Glenn Holland.

2) Como era a relação desse personagem com sua família?

De extremo amor mas com muita dificuldade de aceitá-los em suas condições naturais (embora ele
tenha sido apoiado por todo o tempo). A esposa porque de certa maneira ela representava a
realidade concreta, quando ele era o sonhador. O filho porque representava uma sensação de
limitação, e ele queria ser “livre”...

3) Sua inserção social e sua relação com a comunidade?

Um indivíduo classe média, pelo visto de um bairro classe média, que batalhava dia a dia por
oferecer uma vida razoável a sua esposa e filho.

4) Como era a atuação dos profissionais em relação a ele?

Há dois modos de relacionamento profissional: ele como empregado, professor de uma escola,
tinha que interagir com dois diretores, além de seus colegas professores. A interação só era mais
tensa com um dos diretores, que reprovou quando Holland passou a utilizar músicas de aceitação
jovem em suas aulas, e mais tarde traria a tona problemas financeiros que tornariam em algum
momento a saída de Holland como incontornável.

Por outro lado, havia o embaraçoso relacionamento com os professores de seu filho, Coltrane
(Cole), com quem basicamente convivia de modo distante, pela dificuldade de se aproximar do
mundo do filho. Assim, nesse caso precisava sempre da intermediação da sua esposa. É curioso,
ouvintes precisam de mediação no mundo dos surdos, tanto como surdos podem precisar de
mediação no mundo dos ouvintes.

5) Quais as vantagens e desvantagens da educação de surdos apresentadas no filme?

No primeiro método apresentado, houve a orientação de não respeitarem os gestos, de tentar obrigar
Cole a se adaptar ao mundo dos ouvintes. Diante do fracasso e desespero, então o levam a um local
especializado, onde as crianças surdas tem aula “bilingue”, isto é, com sinais e também fala. Mais
tarde, embora não tenha ficado claro, parece que ele fica mais na língua de sinais, pois quase não
tenta vocalizar… Ele só fará isso depois que amadurece e a relação com o pai se torna saudável. Foi
bonito isso, quando o pai passa a querer se comunicar com o filho na língua de sinais, o filho
também se mostra interessado em vocalizar para o pai.

6) Quais os mitos ou conceitos que falam sobre a Lingua de Sinais ou a linguagem gestual das
crianças surdas e do adulto surdo no filme?

Não percebi mitos. Em um determinado momento, Cole se irrita com o pai porque o pai usa um
gesto, ao invés de tentar se comunicar por sinais ou algo assim. Fica clara a indignação dele, mas
mesmo assim ele confirma que entendeu o que o pai quis dizer. Ou seja, a Língua de Sinais precisa
ser tão respeitada quanto a língua falada, e impropriedades podem causar transtorno.

Discutir como o protagonista lida com a sua surdez

No caso do filme “Mr. Holland”, o protagonista é pai de Cole, e lida a maior parte do tempo muito
mal com a surdez do filho. Com o tempo, o amor pelo filho e o desejo de reverter a má relação o faz
repensar tudo e então ele passa a lidar bem. O filme mostra bem o despreparo inclusive de
profissionais na orientação da família, sobre como lidar.

Agora, Cole lida em princípio bem com sua surdez, embora não aceite não ser compreendido por
seus pais. Isso porém mostrou-se um saudável comportamento de defesa, que provocou na mãe a
reação de ir buscar profissionais e instituições mais preparadas para ajuda-los.

Apreciação geral da obra: qualidade do trabalho como obra de lazer, noções que a obra
transmite em relação a língua de sinais e a surdez

Eu havia assistido esse filme há mais de vinte anos, creio até que logo após seu lançamento. Já não
lembrava do plot do filho surdo, apenas da transformação de um professor a partir de suas
dificuldades pessoais. Assistir novamente um filme emocionante com mais maturidade e a
perspectiva de estudante da disciplina Libras modifica o foco do enredo, e o torna ainda mais rico
para mim.

Não só porque o tema passa a me chamar mais atenção de forma crítica, mas porque vamos aos
poucos passando pelas questões já levantadas em aula, desde a evolução dos métodos de ensino de
surdos, até mesmo as diferenças entre gestos e sinais, e entre sinais de línguas diferentes.

Houve um momento em que o Holland fez o “I love you” para o filho, e eu lembrei que em
LIBRAS o mesmo sinal seria abraço. Nos momentos em que os atores que representavam o filho de
Holland apareciam, tive a certeza de que eram todos surdos de fato (embora não tenha pesquisado
para confirmar), porque utilizavam a LIBRAS com fluidez e faziam as vocalizações típicas de
pessoas surdas.

Durante o filme, lembrei que na primeira vez em que assisti o filme, eu também li um livro Xamã
de Noah Gordon, cujo protagonista é um surdo que se tornará médico no século XIX. O curioso é
que não havia associado, mas ele se chama Cole (sobrenome), justo o apelido de Coltrane, filho de
Holland.

Creio que o tema Surdez não protagonize Mr. Holland – Adorável professor, o que por vezes é bom,
pois não gera resistências pelos expectadores ouvintes, que por preconceito poderiam pensar “ah é
um filme sobre surdo, esse universo não me interessa”. Como elemento de uma trama mais
abrangente, a surdez, as dificuldades do surdo, de sua família, as divergências de orientação
profissional, estão todos retratados. Não posso deixar de observar que o diretor não arriscou a, por
exemplo, colocar uma menina negra, obesa, com traços rudes e surda. Ter colocado o “rosto bonito”
da cultura dominante – menino, loiro, bonito nos padrões que a sociedade espera – talvez facilite,
doa a quem doer que as pessoas “aceitem a surdez” com mais tranquilidade. Infelizmente é algo
com o qual nos deparamos, e apesar de não me passar despercebido, não tenho uma solução para
isso. O preconceito está em muitos campos, e lidar com múltiplos preconceitos possivelmente
desviaria a atenção do filme, o que não era a intenção de seus executores (direção + produção).
Do ponto de vista de lazer, o filme pode parecer um pouco longo, talvez até porque obedece a um
ritmo mais comum nos anos de 1980 e 1990. Fora isso, é muito bem construído, equilibrado entre
drama e pontos de leveza, demonstrando que pode haver alegria em meio a tristeza. Os cortes são
bem feitos, a iluminação, figurino e textos maravilhosos. As passagens do tempo utilizando músicas
e cenas marcantes na história americana servirão como ótima solução de roteiro para que se possa
contar uma história de trinta anos de carreira do protagonista enquanto professor. Certeza de agradar
a muitos.

Referências

Wikipedia. Mr. Holland’s Opus. In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mr._Holland%27s_Opus. Última


visualização: 27/02/2018.

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